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Bloque de la Patria, Caracas, domingo 23 de outubro de 2016

O QUE ESTÁ ACONTECENDO NA VENEZUELA?

1. A direita ganhou a maioria da Assembleia Nacional (AN) em dezembro de 2015.


2. O seu principal objectivo, uma vez que foi instalado no parlamento, foi derrubar o
presidente Nicolas Maduro.
3. Para fazer isso, a direita levou QUATRO meses debatendo qual deve ser o método,
considerando pelo menos o seguinte:
a. Exigindo a renúncia.
b. Acusação.
c.Declarar a sua deficiência mental.
d.Anulação das eleições pelo fato de ser colombiano.
e. Alteração e / ou emenda constitucional para encurtar o período.
f. Constituinte.
g.Pressão social na rua.
h.Referendo revogatório.
4. Somente no final de abril, decidiu activar o processo de solicitação de um referendo
revogatório.
a. Ao ativar o mecanismo em abril e não em janeiro, quando metade do período
constitucional presidencial foi cumprida, a direita não teve tempo para fazer o referendo em
2016, porque os termos estabelecidos por regras de regulação ativação e chamada,
estabelecer um procedimento que dura mais de 260 dias.
b.Fazer o referendo em 2017 implica que, de ser bem sucedido, quem completa o
mandato do Presidente é seu Vice-Presidente Executivo, levando a um chavista completar o
mandato presidencial até 2019.
5. Nos últimos meses, a Assembleia Nacional decidiu desrespeitar as decisões do Supremo
Tribunal anulou suas ações inconstitucionais. Por manter o desrespeito, o Tribunal decidiu
anular todos os actos de AN até tanto não se ajustar à lei e respeitar a Constituição.
6. No entanto, o presidente Nicolas Maduro sempre exortou a oposição a um diálogo nacional
para resolver a política e os conflitos pacificamente.
a. Para estes diálogos pidiu a participação da UNASUL com participação dos ex-
presidentes Zapatero, Martin Torrijos e Leonel Fernandez.
b. A direita botou como condição a incorporaçãp do Vaticano, que foi imediatamente
concedida pelo Presidente Maduro.
c.Todas as tentativas de diálogo fracassaram até agora devido às contradições internas
da oposição.
7. Para chamar ao referendo, a direita tinha que juntar o 1% das assinaturas de registo
eleitoral, com o objectivo de legitimar as organizações políticas que promovem o referendo.
Ao atingir esta meta, eles tinham que recolher 20% das assintauras do registro, conforme
estabelecido pela Constituição venezuelana.
8. A direita deveria recolher apenas 195.000 assinaturas para cumprir a exigência de 1%, no
entanto entregou 1,957,779 assinaturas para a CNE, que foram identificadas na auditoria,
onde a direita e a Revolução estavam representadas, não menos que 605,727 assinaturas
fraudulenta, entre os quais:
 10.995 pessoas mortas.
 53,658 pessoas não estão registadas no Registo Eleitoral.
 3.003 crianças menores de 18 anos.
 1.335 pessoas desqualificadas para crimes graves (homicídio, tráfico de drogas, roubo,
burla, abuso sexual).
 Mais de 9.000 queixas de roubo de identidade foram apresentadas em todos os
estados.

9. Embora a CNE considerou estas irregularidades, apoiado pela Comissão, nomeou-se o


direito de rever as assinaturas, passou a reunir nos dias 26, 27 e 28 de outubro, o processo de
coleta de 20% do assinaturas, com a condição de que registos fraudulentos submetidos a uma
investigação judicial.
10. Na quinta-feira 20 de outubro de sete tribunais nacionais de diferentes estados da
Venezuela, com base em queixas dos cidadãos atingidos, emitiu medidas cautelares que
ordena ao CNE a suspender todos os procedimentos que foram gerados como resultado da
cobrança de 1% das assinaturas, por ter se evidenciado o massivo fraude de identidades.
 Em conformidade com estes mandados, a CNE suspendeu a coleta das assinaturas.
11. A direita reagiu acusando o governo do presidente Maduro de ter um golpe de Estado, mas
se esquivou da responsabilidade pelo fraude de 1% das assinturas.
12. No Domingo 23 de outubro a Assembléia Nacional se reuniu de forma extraordinária,
declarando-se abertamente em "rebelião" e concordaram com os seguintes pontos:
a. Declarando que o presidente Nicolas Maduro deu um golpe e quebrou a ordem
constitucional.
b. Solicitar aos organismo internacionais a aplicação de sanções contra a Venezuela.
c. Denunciar no Tribunal Penal Internacional aos membros do CNE e os juízes que
suspenderam o processo de referendo.
d. Destituir os diretores do CNE e os juízes do Supremo Tribunal.
e. Decidir sobre a alegada dupla nacionalidade do presidente Maduro, com o objetivo
de derruba-lo.
f. Decidir sobre o abandono do cargo pelo presidente Maduro, com o obejtivo de
derruba-lo.

13. Questões a considerar:


Quem deu o golpe de quem?

a. A direita tem cometido fraude na cobrança de 1% das assinaturas e do governo é o


responsável?
b. A direita procura justificar uma intervenção estrangeira em larga escala sob o pretexto da
suspensão do referendum e de uma suposta crise humanitária?
c. Um parlamento em desobediência ao tribunal, pode demitir diretores eleitorais ou juízes do
supremo tribunal pelo fato de garantir o cumprimento da Constituição e proteger a nação
inteira de fraude contra a soberania popular?
e. Não é um caso de um golpe o fato do Parlamento desconhça todas as autoridades e decisões
dos demais Poderes P~ublicos, além de buscar sua deposição pela via inconstitucional?
f. Ministério das Relações Exteriores da Colômbia enviou uma nota oficial ao Presidente da AN
informando que nenhuma agência do seu governo tinha registros da nacionalidade do
presidente Nicolas Maduro. Não é uma tentativa de golpe de Estado reivindicar a remoção de
um Presidente com três anos no cargo, acusando-o de ser um cidadão do país que havia
negado oficialmente?
Enquanto a sessão é dada na AN, o presidente Maduro está realizando uma viagem ofocial
pelos países OPEP e os países não-OPEP para combinar um acordo para estabilizar os preços
internacionais do petróleo, a base da economia venezuelana. Não é o caso de uma ação
golpista tentar derrubar ao presidente pelo abandono do cargo, quando é do conhecimento
público que está no exercício de suas funções como chefe de Estado?
h. O povo na rua vai defender sua Constituição, a sua Revolução e seu Presidente legítimo

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