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16 A 18 DE SETEMBRO DE 2010
BRASÍLIA (DF)
TÍTULO DO TRABALHO:
AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NA
FORMAÇÃO DE DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS
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AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NA FORMAÇÃO DE
DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS
INTRODUÇÃO
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André (2005) reporta-se ao tipo de conhecimento que é gerado a partir do
estudo de caso, tomando como referência os trabalhos de Merrian (1988) e Stake (1985), e
comenta as características que tornam este conhecimento diferente do conhecimento
derivado de outras pesquisas: é mais concreto, pois fala da experiência vivida; mais
contextualizado, pois se consolida no espaço onde os acontecimentos emergem; estimula a
interpretação do leitor, pois impõe relatórios de pesquisa detalhados, como uma reportagem;
e, distingue os traços característicos da população pesquisada, de maneira que o leitor da
pesquisa possa reconhecer a população de referência.
Nesse sentido, o estudo de caso pode inteiramente emergir ou ser construído da
complexidade do contexto, porém é conveniente e necessário para a pesquisa o esboço
cuidadoso dos fenômenos para que a evidência que está sendo coletada (evento, conceito,
programa, processo, etc.) possa ser analisada dentro de sua complexidade.
Por atender a cinco requisitos básicos o estudo de caso pode ser aplicado em
pesquisa de avaliação. Estes requisitos são: 1) possibilitar explicar os vínculos causais em
intervenção da vida real por serem muito complexas; 2) descrever uma intervenção e o
contexto onde ela ocorre; 3) ilustrar certos tópicos dentro de uma avaliação; 4) explorar
aquelas situações nas quais as intervenções que estão sendo avaliada não apresentam um
conjunto simples e claro de resultado; 5) poder ser considerado como uma meta-avaliação
(Yin, 2001).
No intuito de compreender a todo o processo avaliativo optou-se pela análise de
conteúdo. Durante todo trabalho, o objetivo maior foi encontrar subsídios suficientes para
alcançar uma maior aproximação da realidade observada, as questões de pesquisa e o
arcabouço teórico que fundamentam este trabalho.
1. EDUCAÇÃO EM DIREITOS
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El abordaje de un tema educativo como éste presenta desde el inicio algunas dificultades. Por um
lado, una gran amplitud y la posibilidad de diferentes ángulos de aproximación y de énfasis, aún
cuando los términos usados sean los mismos.
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Rodino (2003) evidencia algumas diferenças que podem ser entendidas a partir do quadro
abaixo:
Quadro 01. Conceitos de educação para democracia, cidadania, em valores e direitos humanos.
Educação para democracia Educação que postula ensinar e promover conhecimentos, valores e
competências necessárias para viver em uma sociedade
democrática
Educação para cidadania Educação política com vista a formação de cidadãos e cidadãs
responsáveis e conhecedores de seus direitos e deveres.
Educação em valores Educação pautada no ensino de valores e atitudes que podem ser
do tipo social, ético, político e às vezes religiosos.
Educação em direitos Educação que ensina a importância de conhecer, valorizar e
humanos respeitar os direitos das pessoas como uma exigência condição de
seres humanos e como pautas para uma convivência social.
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formas de organização da sociedade. Nesse contexto, a cooperação e a colaboração são
essenciais e esse processo de reconhecimento pode ser entendido como solidariedade.
A EDH concebe possibilidade de interação entre as diferentes áreas do
conhecimento podendo preparar as pessoas para compreender e intervir na realidade. Ela
deve ser crítica, problematizadora, geradora de conhecimento e conteúdos de acordo com
as pautas e demandas da sociedade.
Nesse sentido, a negociação de saberes segundo Magendzo (2002) deve buscar
consensos nas diferenças e nos diversos espaços sociais. O desenvolvimento humano
ocorre em uma realidade social. O conhecimento sobre os direitos humanos se constrói na
medida em que os homens tomam consciência das diferentes “verdades” sobre liberdade,
justiça, igualdade, dignidade humana e principalmente sobre situações em que os direitos
humanos são violados em suas vidas (Magendzo, 2005).
Muntarbhorn (2003) elenca uma série de desafios a serem assumidos por toda
comunidade global no que se referem à EDH. O primeiro desafio é a universalização da
EDH e os problemas a serem solucionados são: o desacerto entre a norma universal e a
necessidade de adaptação a variações culturais; a não adesão aos pactos por vários
países; processo educativo voltado mais para cultura local o que dificulta a compreensão da
idéia de universalidade; pouca difusão de informações acerca dos direitos humanos em
vários países.
O segundo desafio é a interligação entre os direitos civis e políticos e os direitos
econômicos, sociais e culturais. Determinados contextos políticos como os países que não
tem sua democracia consolidada às vezes procuram “negociar” um direito social usando
como moeda por um direito político. Atualmente o conceito de direitos humanos foi ampliado
e associado ao conceito de democracia, desenvolvimento sustentável e paz, porém ainda
não foi possível traduzir em programas educacionais essa perspectiva holística.
O terceiro desafio reside na necessidade de diversificar os espaços e ampliar a
abordagem do estudo de direitos humanos. A EDH tem sido abordada em sua maioria na
educação superior e em cursos jurídicos.
Lutar pela consolidação dos direitos sociais, econômicos e culturais significa
reduzir a desigualdade na distribuição das oportunidades de desenvolvimento. A distribuição
mais equitativa de rendimentos funcionaria como forte catalisador da redução acelerada da
pobreza. A educação deve ser prioridade nesse processo, pois possibilita a construção da
cidadania e a formação de sujeitos de direitos, cientes de seus deveres e conscientes de
sua responsabilidade na defesa e promoção dos direitos humanos.
A luta pelos direitos humanos se dá no cotidiano, no dia a dia, afetando
profundamente a vida de cada um de nós e dos diferentes grupos sociais. A percepção de
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direitos humanos de cada pessoa está condicionada ao seu lugar na sociedade. Nesse
sentido, Candau afirma:
“A luta pelos direitos humanos passa por questões concretas como a raça, a
classe social, a religião, a cultura. Alguns são sujeitos diretos dessas lutas,
pois sentem em suas vidas as conseqüências concretas dos desrespeitos
aos seus direitos. A outros cabe solidarizar-se nesta luta, constituindo-se
em parceiros” (CANDAU, 1995, p. 13).
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La evaluación de la Educación en Derechos Humanos nos desafía a pensar cómo y en que
momentos reuniremos la información que nos permita construir aquella apreciación o juicio. Pues, si
la formación en derechos humanos compromete los ámbitos afectivo, intelectual, moral y cívico es
eminentemente un proceso sostenido y lento, muchas veces incluso no lineal.
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(2005) ao discutir critérios, processos e recursos para avaliação da Educação em Direitos
Humanos comenta:
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A democratização da avaliação aconteceu em razão dos processos de interação
entre a sociedade civil e os governos a partir da necessidade de formulação de políticas
sociais, com a participação nos processos de avaliação de todos os implicados.
Minayo (2006) enumera as razões do aumento de programa e projetos de
avaliação na área social no Brasil no início da década de 90. As razões elencadas são:
diminuiu a participação do Estado e ampliou a participação do terceiro setor na aplicação de
recursos para avaliação; necessidade de prestação de contas com vistas à análise da
eficácia dos investimentos; atendimento dos compromissos assumidos com instituições
internacionais de financiamento; e, por último o próprio controle social como um elemento
essencial à aplicação de recursos públicos com equidade.
Barreira (2002) enfatiza o status da avaliação a partir do crescimento da
produção em pesquisas envolvendo diversos atores como universidades, OGs e ONGs. A
eficiência, a eficácia e a efetividade de programas sociais são mais abordadas na literatura
acadêmica. “Esses estudos e pesquisas adentraram a agenda acadêmica produzindo novos
aportes teóricos – metodológicos no campo da avaliação” (BARREIRA 2002, p. 26).
As discussões sobre o que era considerado como maior violação aos direitos
humanos terminavam por polemizar o debate sem se chegar a um consenso. Por exemplo,
quando a “ordem do dia” era a ocupação de terreno urbano, quem falava eram os
representantes das OGs e ONGs preocupadas com essa temática, e os membros ligados ao
movimento de mulheres, por sua vez, não participavam.
Telles (1999), ao tratar das dificuldades da construção da cidadania, afirma que
as exigências da sociedade pela equidade e justiça estruturam uma linguagem pública e um
processo de problematização da realidade. Os direitos devem ser tratados a partir das
garantias formais instituídas na forma das leis e das instituições, mas sem perder de vista a
própria dinâmica da sociedade, uma vez que:
“Os direitos dizem respeito, antes de mais nada, ao modo como as relações
sociais se estruturam. Seria possível dizer que os direitos estabeleceram
uma forma de sociabilidade regida pelo reconhecimento do outro como
sujeito de interesses válidos, valores pertinentes e demandas legítimas”
(TELLES, 1999, p. 138).
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Podemos definir la ciudadanía como el rasgo esencial que caracteriza a los miembros de una
comunidad que favorecen la convivencia pacífica (justicia social a través del ejercicio y respeto de los
derechos humanos), se comportan de acuerdo con los valores éticos que inspira la paz como derecho
humano y participan activa y públicamente en la búsqueda de soluciones alternativas y posibles a las
distintas problemáticas sociales. Ciudadanía que se ejerce en el marco organizativo de una
comunidad democrática, pacífica y solidaria que para su consolidación necesita de la formación de
sus ciudadanos, con el fin de posibilitar el ejercicio de los derechos y deberes de los que son
portadores.
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Isso exposto, a EDH deverá ser concebida como um meio de desenvolver atitudes,
conhecimentos e, sobretudo, valores.
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A metodologia seguida para avaliação do projeto procurou contemplar o maior
conjunto de informações possíveis de modo a dar um retrato mais fiel da realidade. Assim,
foram recolhidos dados relativos às fases de concepção, desenvolvimento e conclusão da
etapa do projeto que tratava da formação e capacitação do público alvo, os programas das
disciplinas, e os materiais pedagógicos produzidos.
Realizou-se visitas as ONGs, as OGs, as comunidades e redes onde havia
egresso do curso trabalhando ou participando na forma de assessoria, voluntariado ou
coordenando. Nesse momento, analisou-se a missão institucional, os estatutos, programas,
projetos e relatórios e os processos de luta política pela exigibilidade dos direitos humanos,
não só em Teresina, nos outros municípios do Piauí onde o curso aconteceu.
Em dezembro de 2007 formou-se uma comissão a partir do CEDDHPI e da
CDHUFPI para planejar as ações que deveriam ser desenvolvidas no Piauí (mobilização,
forma de participação, realização da ação e avaliação). Nessa reunião, ficou decidido que
seriam envidados esforços para fazer um pouco diferente não realizando somente os cursos
em Teresina, mas em municípios do interior do Piauí.
As razões para tomar tal decisão foram: a) a realização dos cursos somente na
capital garantiria a participação de uma grande quantidade de pessoas, mas não garantiria a
divulgação para uma parcela maior da população piauiense; b) a possibilidade concreta de
envolver várias pessoas/entidades para discutir a temática de DH; c) a existência de uma
expectativa/desejo da formação de uma rede em que a EDH fundamentaria os
trabalhos/ações; d) maior visibilidade à necessidade de ter a EDH como política pública para
todos os setores da sociedade civil e, e) ampliação do espaço de interlocução com a
sociedade civil através da interiorização da ação.
Esse projeto foi intitulado “Projeto Rodagem” 4. As ações planejadas residiram na
realização de:
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Rodagem, no bom piauiês, significa estrada, caminho, trecho que precisa ser percorrido, percurso.
Aqui, quando temos que realizar um trabalho difícil, demorado ou complicado, costumamos dizer “a
rodagem é grande”. Portanto, sabíamos que muitos caminhos deveriam ser percorridos, não só na
estrada mesmo, mas também diante de tudo aquilo que está sendo relatado neste relatório. Daí a
escolha dessa palavra para dar título ao projeto.
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Realização de pesquisa bibliográfica objetivando a elaboração de um caderno de
textos com artigos sobre EDH, visando dar subsídios à equipe de coordenação e
às pessoas que iriam participar do processo;
Preparação de material pedagógico e o projeto de avaliação.
Os documentos trabalhados nas oficinas e palestra eram: “Diretrizes para
elaboração de planos nacionais de ação para a educação na esfera dos direitos humanos”,
como marco referencial das atividades da Década das Nações Unidas para Educação na
esfera dos Direitos Humanos (1995-2004) (Documento das Nações Unidas – Assembléia
Geral – Qüinquagésima Segunda Sessão: A/52/469/Supl. 1), elaborado pela Oficina do Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em novembro de 1997; a
Portaria n° 98, de 9 de julho de 2003; e, o documento enviado pelo CNEDH sobre o quais
seriam suas finalidades e objetivos.
Em janeiro de 2008 iniciou-se o processo de divulgação e inscrição. No princípio
todos os cursos foram realizados em Teresina em razão das condições oferecida e a própria
demanda por cursos dessa natureza.
O primeiro curso foi ministrado para os membros do CEEDHPI. A metodologia
adotada nessa turma utilizava as técnicas de estudo de caso e grupos de discussão. Essa
estratégia objetivava avaliar o que estava sendo proposto com vistas a orientar o que seria
proposto para as outras turmas. As lideranças comunitárias eram os representantes das
associações de bairro, de ONGs e de pastorais sociais que participavam do CEEDHPI. O
curso tinha a carga horária estabelecida entre 30 a 40 horas aula.
Os conteúdos trabalhados eram discutidos nos diversos módulos, a saber:
História dos Direitos Humanos; Direitos e Garantias Fundamentais; Acesso a Justiça;
Direitos Humanos e Diversidade; Movimentos Sociais e Direitos Humanos; Segurança
Pública e Direitos Humanos; Currículo, Cidadania e Direitos Humanos; Estado, Políticas
Públicas e Direitos Humanos; Educação em Direitos Humanos.
Os corsos foram realizados em Teresina onde a demanda era maior.
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Os municípios onde aconteceram os cursos foram escolhidos a partir das
discussões ocorridas no CEEDHPI que priorizou os que tinham interesse em criar os
Comitês Municipais de Educação em direitos humanos. Diferente do que aconteceu em
Teresina as turmas formadas nos municípios do interior agregavam membros do CEEDHPI,
Líderes comunitários, Professores da Educação Básica e Sociedade civil.
As discussões que aconteciam em sala de aula nos municípios eram mais ricas
porque não se reportavam a realidade de um só grupo como aconteceu na turma de
multiplicadores de Teresina. Nessa turma onde predominava estudantes de direito as
discussões se concentravam no acesso à justiça.
Quadro 03: relação dos municípios onde os cursos foram realizados e a quantidade de
participantes:
Atividade Município Participantes
Floriano 50
Luzilândia 90
Curso de capacitação em EDH São José do Peixe 40
Uruçuí 60
Parnaíba 30
Total 270
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humanos. A educação em direitos humanos deve priorizar o exercício prático de direitos e
deveres na vida cotidiana.
4. AS REPERCUSSÕES SOCIAIS
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passando pela coordenação até a simples execução. Trabalhar com uma grande quantidade
de pessoas que não era do conhecimento dos professores foi um desafio. As decisões
tinham que ser tomadas às vezes rapidamente e – para que não tivessem problemas de
continuidade – ficavam sob a responsabilidade que quem dizia sim ou não.
A experiência foi enriquecedora, pois para alguns o saldo positivo foi o “aprender
fazendo”, para outros o “aprender conhecendo” ou o “aprender errando”.
Os diversos espaços e momentos deram visibilidade às atitudes que designou-se
como “cidadania individual” do tipo “o meu ponto de vista, minha estratégia de trabalho” ou
“eu cheguei aqui primeiro, portanto o discurso é meu!”. O exercício da cidadania coletiva não
é muito fácil, exige de cada um que participa uma vigilância da própria atitude para que um
projeto coletivo não se transforme em um projeto individual.
Falar sobre EDH tem que ser discurso e ação de todos onde o bem coletivo está
em primeiro lugar. Assim como tem que servir como aprendizado e momento de
crescimento. Educar para os DH dignifica o homem, o faz protagonista de um projeto que
tem como objetivo um mundo melhor.
Trabalhar com direitos humanos exige saber atender s novas demandas de
proteção de grupos vulneráveis exigem a necessidade de pessoas aptas para negociar,
decidir e propor soluções sobre questões complexas que envolvem crianças, adolescentes,
idosos, pessoas portadoras do vírus HIV; reivindicações de tratamentos mais justos em prol
das mulheres e de grupos étnicos historicamente discriminados como negros e indígenas.
Os alunos reportaram que na maioria das vezes as aulas eram desenvolvidas na
forma de seminários e alguns professores pouco se preocupavam em entregar subsídios
para os alunos realizarem seus trabalhos. Cada grupo dividia o tema com os componentes e
estes, por sua vez, estudavam e apresentavam sua parte do conteúdo que lhe foi definida.
Trabalhar dessa forma não era muito bom porque quando a disciplina era
do Direito o Advogado dava show e nós da Pedagogia penávamos. Talvez
nesses casos a técnica estudo de caso fosse mais apropriada, pois cada
um contribuiria com sua área e assim trabalharíamos de forma coletiva.
(Egresso do curso)
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à educação como um direito humano e todos os benefícios que o desenvolvimento poderá
possibilitar.
Assim poderemos apresentar algumas ações que poderão responder as
questões de pesquisa referente às repercussões sociais do curso, a saber:
• O trabalho de advogacy realizado por um egresso do curso de capacitação na
constituição da Associação de Produtores de Artesanato de Teresina (ASPROARTE),
que se iniciou com a articulação política dos artesãos; a constatação dos mesmos da
necessidade de se organizarem como uma associação; e, do processo de construção
dos instrumentos legais para a formalização da associação.
• A consolidação do trabalho realizado pela Comissão de Educação em Direitos
Humanos no Conselho Estadual de Defesa dos Direitos humanos do Piauí. Essa
comissão tem por missão a promoção e realização de estudos e eventos que
incentivem o debate sobre os direitos humanos; a elaboração e publicação de
trabalhos, a emissão de pareceres, organização de campanhas pelos diversos meios
de comunicação social, de forma a difundir o conhecimento e a conscientização
acerca dos direitos humanos, dos instrumentos legais e serviços existentes para a sua
proteção; e a promoção de programas educativos para a conscientização sobre os
direitos humanos.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ESQUÍVEL, Adolfo Pérez. Prefácio. In: MOSCA, Juan José e AGUIRRE, Luiz Pérez.
Directos Humanos: pautas para uma educação libertadora. Petrópolis: Vozes, 1990.
FIGARI, G. Avaliar: que referencial? FERREIRA, J.; CLÁUDIO, J. (Trad.). Porto, 1996.
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MUNTARBHORN, V. Educação para os direitos humanos. In: SYMONIDES, J. Direitos
Humanos: novas dimensões e desafios. Brasília: UNESCO Brasil, Secretaria Especial dos
Direitos Humanos, 2003. 400p.
ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS. Alto Comissariado das Nações Unidas para
os Direitos Humanos. Formação em Direitos Humanos: Manual sobre a Metodologia da
Formação em Direitos Humanos. Nova York e Genebra: Publicações das Nações Unidas,
2000.
RAYO, J. T. La Convención sobre los derechos del niño (a): Propuesta para la
Educación Secundaria. Instituto Paz y Conflictos. Universidad de Granada. 2001. Impresso.
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