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1.CARBOIDRATOS
GALACTOSEMIA CLÁSSICA:
Ausência da enzima Galactose-1-fosfato uridil-transferase
Essa enzima é responsável por metabolizar a galactose
(monossacarídeos obtido no leite) em glicose.
Na ausência, ocorrem o acúmulo de substrato (galactose)
A incidência é de 1:55000 neonatos
Manifestações clínicas, decorrem, sobremaneira da ingestão de
leite.
o Problemas gastrointestinais
o Hepatoesplenomegalia
o Cirrose hepática
o Catarata
o Lesões no SNC
Na triagem neonatal, é realizada a dosagem sanguínea de galactose-
1-fostato uridil-transferase.
Tratamento: EVITAR GALACTOSE DURANTE TODA A VIDA!
Suspensão de leite e seus derivados, optando por leite desprovido
de lactose ou galactose.
Protocolo de monitoramento:
o 1° ano de vida = medir níveis eritrocitários de Gal-1-P no
diagnóstico e no 3 e 9 mês após o início da restrição da
galactose.
o Medir níveis eritrocitários de Gal-1-P anualmente, após o
primeiro ano de vida até a definição de uma linha base
individual.
o Recomenda-se o monitoramento do nível eritrocitário de Gal-
1-P toda vez que houver aumento no consumo de galactose
ou suspeita de intoxicação.
Há necessidade de suplemento de cálcio para as crianças com a
galactosemia, devido a restrição de leite
SUS não inclui teste de galactosemia no teste gratuito de pezinho.
2.AMINOÁCIDOS
a) FENILCETONÚRIA
Defeito na enzima: Fenilalanina hidroxilase
Excesso de metabólitos, ocorrendo reações por vias alternativas.
Hiperfenilalaninemia --- Fenilcetonúria (PKU)
A Fenilalanina hidroxilase (PAH) converte a fenilalanina em tirosina.
Sem essa enzima, a fenilalanina passa por um processo metabólico
diferente, sendo convertida em metabólitos tóxicos, que são
excretados na urina (principal = ác. fenilpirúvico).
A incidência é de 10000 – 12000 nascimentos. No Brasil, 1:15000 a
1:25000.
Doença genética autossômica recessiva, o gene afetado se localiza
no cromossomo 12 (12q22-q24), onde já foram descritas 500
mutações no locus (autograude heterogeneidade alélica).
Por serem muitas mutações diferentes para testar especificamente
cada uma, faz-se testes que testem o funcionamento da enzima,
toras metabólicas.
Com o consumo da fenilalanina essas crianças, que nascem com
características normais desenvolvem como manifestações clínicas:
o Retarda a mieliniação – alterações neuromusculares
o Hiperatividade e irritabilidade
o Movimentos repetitivos – autismo
o Convulsões
o Vômitos constantes
o Urina com cheiro de rato (ác fenilpirúvico – prod alternt tóx)
o Pele e cabelos claros (sem tirosina, sem melanina)
Teste da frauda: adicionar cloreto férrico na urina, se ficar verde
escuro há presença de ácido fenilpirúvico)
Triagem neonatal: tete do pezinho – dosagem de fenilalanina no
sangue.
Diagnóstico precoce até 6 meses e dieta pobre em fenilalanina (300-
500 mg/dia) até os 7 anos ou tempo indeterminado.
NÃO PODEM CONSUMIR: carne de todos os tipos, leite e derivado,
ovo, embutido, farinha de trigo, soja, grãos, aspartame.
PODEM CONSUMIR: frutas (acerola, limão, jabuticaba), farinha de
polvilho, mandioca, doces (açúcar, geleia de grutas), mel, sagú,
refrigerantes, picolé, balas, pirulito.
Sempre consultar a tabela nutricional e consumir apenas a
quantidade indicada pela nutricionista.
b) ALCAPTONÚRIA / OCRONOSE
Ausência de homogentisato 1,2 dioxidase (HGO/HGD)
Defeito no catabolismo de tirosina, ocorrendo acúmulo de
substrato.
o Ác. homogentísico (alcaptona) é transformada em ác.
maleilacetoacético pela HGO.
o Sem essa enzima, o ác. maleilacetoacético apresenta baixa
concentração, tendo como resultado o acúmulo de ác
homogentísico no organismo.
o Acumula, sobremaneira, no sangue, depositado nas
cartilagens (ocrose – cor azulada - em orelhas, nariz,
bochechas e escleróticas), causando artrite.
o Também é excretado na urina, onde oxida e a deixa mais
escura (fralda preta).
Tem manifestação tardia, geralmente por voltas dos 30 anos.
Tratamento (tto): redução no consumo de fenilalanina e tirosina.
c) ALBINISMO ÓCULO-CUTÂNEO
Deficiência da enzima Tirosinase.
Ausência do produto final por defeito no metabolismo de melanina.
(tirosina não vira melanina)
Sem essa enzima, há acúmulo de tirosina e ausência de melanina
(pele, mucosas, cabelos e olhos)
Tipos de albinismo:
o OCULOCUTÂNEO: completo ou total, todo o corpo é afetado.
- TIPO I, ausência completa de produção de melanina, com
quadro clínico mais intenso, pele e cabelo totalmente brancos
e graves alterações oculares.
- TIPO II, mais frequente no Brasil, a deficiência é parcial;
cabelo e pele com certo grau de coloração.
o OCULAR: somente os olhos sofrem despigmentação.
o PARCIAL: há produção de melanina em algumas partes do
corpo, mas em outras não, como, por exemplo, nas
extremidades superiores.
Outras características associadas ao albinimo:
o Nistagmo: olho não consegue ficar parado num lugar só
o Acuidade visual reduzida
o Fotofobia.
a) TAY-SACHS
Deficiência de Hexosaminidade A – cliva ganglioídeos -- (segregada
nos liossomos) – resíduo N-acetil-beta-galactosamina termial
(gangliosídeo GM2)
Armazenamento de gangliosídeo (GM2)
o A hexosaminidase A quebra especificamente derivados de ác
graxos chamados gangliosídeos.
o Gangliosídeos são formados e biodegradado rapidamente no
início da vida, quando o cérebro desenvolve.
o Em vias normais, o GM2, componente das membranas de
neurônios, é clivado quando desnecessário.
o Tay-Sach há acúmulo tóxico de GM2, porque sem a
Hexosaminidade, não há quebra desses gangliosídeos.
Frequente em judeus Ashkenazi (1:3000 nascimento)
População geral – 1:300000
Quadro clínico:
o Grave degeneração física e mental progressiva (primeiros
anos de vida) – acúmulo de GM2 no tec cerebral.
o Convulsões, retardo mental
o Paralisia – perda de atividades motoras
o Cegueira, surdez, incapacidade de deglutição
o Mancha macular vermelho-cereja no olho
o Morte na primeira infância (3-5 anos)
o Perda dos marco de desenvolvimento começam pelo 6
meses.
b) DOENÇA DE SANDHOFF
Deficiência combinada de Hexosaminidase A e B.
Manifestações clínica:
o Degeneração cerebral progressiva desde os 6 meses.
o Cegueira
o Mancha vermelho-cereja na mácula
o Hiperacusia (acuidade auditiva exacerbada, com audição
dolorosa de certo sons, sobremaneira os agudos)
Praticamente indiferenciável da doença de Tay-Sachs pela evolução,
diagnóstico e conduta. As diferenças são baseadas pelo
comprometimento visceral (hepatomegalia e alterações óseas) e
por não apresentar associação étnica.
c) GAUCHER
Deficiência de glicosilceramida beta-glucosidade, que degrada
lipídeos complexos e glicoesfingolipídeos, como a glicosilceramida.
Doença de hereditariedade autossômica recessiva.
Deficiência da enzima lisossomal glucocerebroidade, que causa
acumulação anormal do esfingolipídeo glucosilceramida (ou
glucocerebrosídeo) nos macrófagos (células de Gaucher) de todo o
organismo.
o Glicoesfingolipídeos = esfingosina + ácido gordo.
o Glicocerebrosídeo = ceramida + glicose.
Gaucher pode apresentar três formas clínicas: (judeus Ashkenasi)