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O TEATRO VICENTINO
AUTO DA BARCA DO
INFERNO, GIL VICENTE

Soluções
O TEATRO VICENTINO | Soluções
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2. O Anjo é um elemento de serenidade e moderação e


Compreensão / Expressão Pág. 7
apenas deseja transportar para o céu os poucos que de
1. O Teatro é “uma totalidade” visto tratar-se de texto, na facto mereçam a vida eterna. Ao contrário do Diabo,
base, mas compreender igualmente a representação que deseja (e festeja) uma grande quantidade das
desse texto. almas recebidas, o Anjo espera tranquilamente pelos
2. “Comunicação pluricodal” é a comunicação que envolve virtuosos (necessariamente raros, porque na Terra há
vários códigos (isto é, várias linguagens) além da própria sobretudo pecadores).
Língua. No caso do Teatro, para além da escrita ou fala, 3. O destino da viagem comandada pelo Diabo é o Inferno.
recorre-se à mímica, à dança, ao canto, aos jogos de luz e
de som, à cenografia, etc.
Laboratório da língua Pág. 16

Aplicação de conhecimentos Pág. 9 1. “Hou-lá!” / “Hu-u!” / “Sus!” / “Oh-oh!”


2.
(preenchimento de espaços em branco)
2.1. “vai” / “Atesa” / “Despeja” / “Abaixa” / “Faze” /
aderecista / palco / ponto / acto / actores / bastidores / “Alija” / “Põe”
dramaturgo / encenador 2.2. O Diabo usa a frase de tipo imperativo para dar
ordens ao seu subordinado (o Companheiro), no
Compreensão / Expressão Págs. 10-11 sentido de preparar a embarcação infernal para
eficazmente receber e transportar as almas con-
1. A actriz irá desempenhar o papel de “bêbeda”. denadas.
2. Não. A actriz tem “apenas cinco falas”.
3. Não. Durante a sua actuação, a actriz tem de encarnar Compreensão / Expressão Pág. 20
a personagem profundamente, de modo que o público
perceba e sinta o drama que aquela mulher transporta 1. “Cá” tem a ver com o que se passa depois da morte;
em palco. “Lá” refere-se à vida terrena.
4. 2. Caracterização [psicológica] do Fidalgo: O Fidalgo é
4.1. O alcoolismo pode ter várias causas, mas sem
vaidoso, superficial, arrogante, egocêntrico.
dúvida que uma delas reside no(a) próprio(a)
alcoólico(a), que não foi capaz de evitar a queda 3. A seguir, o Fidalgo dirige-se à barca da Glória, onde
nessa situação. Por isso, como se sabe, a recu- não entra por decisão do Anjo. Acaba por regressar à
peração depende, em grande parte, da força de barca do Inferno e aí aceita finalmente, sem remédio, a
vontade do dependente do álcool. sua condenação ao Inferno.
4.2. O público representa, ali, a própria sociedade, que 4. O Fidalgo está convencido de que a sua morte causou
é cúmplice daquela tragédia. Não deixa de ser um muita tristeza, na Terra, sobretudo à sua mulher.
“crime” assistir passivamente à destruição das
vidas dos alcoólicos, sem nada fazer para evitar 5. Os bens materiais (representados pela ostentação da
essas situações ou para ajudar quem precisa a roupa luxuosa e pelos modos arrogantes e vaidosos do
recuperar a saúde e a dignidade. Fidalgo) não “cabem” na barca da Glória, isto é, são aí
5. Resposta livre. dispensáveis e inadequados.
6. Resposta livre.

Compreensão Pág. 13
Laboratório da língua Pág. 21
F / V/ F / V / V/ F / V / F
1. É uma metáfora.
Compreensão Pág. 14 2. É um eufemismo.
3. A palavra “Fidalgo” é uma palavra composta por aglu-
1465: Data provável do nascimento de Gil Vicente.
tinação.
1509: Concepção e representação de Auto da Índia.
1517: Concepção e representação de Auto da Barca do
Inferno. Compreensão / Expressão Págs. 26-27
1537: Data provável do falecimento de Gil Vicente.
1562: Publicação de Copilaçam de Todalas Obras de Gil 1. O Onzeneiro desprezava, na sua prática profissional, o
Vicente. Bem, não sendo sensível às necessidades dos seus
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semelhantes. Em boa verdade, o Onzeneiro lucrava


com as dificuldades dos outros. Esta atitude torna-o
Compreensão / Expressão Pág. 16
parecido com o próprio Diabo, representante máximo
1. Trata-se do dia de receber almas para o Inferno, o que do Mal. [Poderíamos dizer que o dinheiro está para o
é naturalmente motivo de festa para o Diabo. Onzeneiro como as almas para o Diabo.]
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2. Trata-se da figura da ironia. O Diabo sabe muito bem


Laboratório da língua Págs. 32-33
da inutilidade do dinheiro (um bem terreno) no tempo
seguinte à morte, mas sublinha e ridiculariza, com este 1. O nível de língua utilizado pelo Parvo é normalmente
aparente “espanto”, a ilusão do Onzeneiro que crê familiar e popular, descendo com frequência até ao
ainda, mesmo depois de morto, no poder das moedas. calão.
3. O bolsão representa a própria actividade do Onzeneiro
2. No diálogo com o Diabo, o uso do nível popular e do
e a sua ambição: recolher o máximo de bens materiais,
calão inscreve-se numa atitude geral de desrespeito e de
sobretudo dinheiro.
confrontação do Parvo com aquele “arrais do Inferno”.
4. O Anjo refere-se, nesta passagem, ao Diabo.
3. “Hou da barca!”
5. Em vida, o Fidalgo receberia certamente de bom grado
a manifestação de cortesia do Onzeneiro, porque
nessa altura ainda contariam as aparências e o sentido Compreensão / Expressão Pág. 35
das hierarquias.
1. O Diabo acusa o Sapateiro de haver morrido exco-
6. No julgamento da vida passada (terrena), importa não
mungado, tendo passado a vida a enganar e a roubar o
só a aparência (a realidade imediata, visível), mas o
povo.
que se praticou e o que se sentiu (ou se sente).
2. De facto, manter hábitos (aparentes) de cristão, como ir
7. Trata-se de Caronte (ver página 16).
à missa, e ao mesmo tempo explorar os semelhantes,
como fazia o Sapateiro, torna ainda mais grave a
Laboratório da língua Pág. 27 situação do pecador em julgamento. No fundo, é um
modo de vida hipócrita, já que o que a personagem
1. Corresponde ao grau aumentativo do nome “bolso” aprende na missa não tem correspondência prática na
(embora, neste caso, o objecto em causa possa ser vida quotidiana.
mais facilmente designado como “bolsa”).
3. A carga do Sapateiro, em termos concretos, é cons-
2. O diminutivo correspondente a “bolso” é “bolsinho”
tituída pelas formas que o Sapateiro transporta. Em
(o diminutivo correspondente a “bolsa”seria, por seu
termos simbólicos, significa o seu apego à vida
turno, “bolsinha”).
material e a ligação aos utensílios com que enganou e
3. Trata-se de uma comparação. explorou o povo.
4. O Sapateiro começa por se dirigir à barca do Inferno.
Compreensão / Expressão Pág. 32 Depois, dirige-se à barca da Glória; finalmente,
regressa à barca do Inferno e aceita, sem remédio, o
1. O Parvo é uma personagem cómica por fugir a todas as destino infernal.
normas convencionais, quer nos gestos e atitudes, quer
na linguagem desbragada. A percepção do cómico, 5. O Sapateiro, ciente já da impossibilidade de fugir ao
pelo espectador, não requer um grande esforço de destino infernal, desiste de mais argumentação e
interpretação. resigna-se à sua sorte. É como se reconhecesse que não
é ali possível negar as evidências (isto é, a verdade).
2. O tipo de cómico mais evidente é aqui, sem dúvida, o
de linguagem. O Parvo interpela, insulta, responde –
sempre com absoluta liberdade de expressão, recor- Compreensão / Expressão Págs. 43-44
rendo sobretudo ao calão com grande facilidade.
3. Não parece que o Parvo tenha uma clara noção da 1. A entrada do Frade surpreende, desde logo, porque a
gravidade da sua situação (em trânsito entre a vida condição social e moral da personagem não deixava
terrena e o Céu ou o Inferno). Mas pode igualmente antever o uso de espada nem a sua alegre cantoria e
interpretar-se esta tranquilidade aparentemente irres- dança. Para cúmulo, surge acompanhado de uma
ponsável como a ideia de que quem não foi bene- “namorada”, contrariando o dever instituído do celibato.
ficiado na vida terrena (como ele) tem motivos para 2. Claro que não. O facto de o Frade assumir publicamente
não recear o julgamento final. como sua aquela “namorada” revela um grande
4. O Parvo parece reconhecer, com a utilização do descaramento e até irresponsabilidade do Frade, que
advérbio de dúvida (“samica”, i.e., “talvez”), a sua parece entender como normal aquela situação ilícita.
quase nula importância como pessoa, durante a vida 3. O Frade não parece recear, em vida, qualquer castigo
terrena – e mesmo agora, já depois de morto, numa da parte dos responsáveis do seu convento.
atitude (voluntária ou involuntariamente) humilde. 3.1. A imagem que aqui se transmite da Igreja é a de
5. Os actos do Parvo, ainda que inconvenientes, não são uma instituição permissiva, pecadora, corrupta.
tão graves como se poderia pensar, dada a ausência 4. O Parvo manifesta escândalo e desrespeito pela figura
de uma efectiva (e consciente) vontade de pecar.
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do Frade, em especial devido à presença da mulher


6. O Anjo não o aceita imediatamente, mas convida-o a que o acompanha. Em boa verdade, é o Parvo que, com
esperar, junto à barca da Glória, para o caso de sobrar ironia e desfaçatez, sublinha a situação reprovável do
algum lugar. Frade, o qual desiste imediatamente de tentar aceder à
7. Resposta livre. barca da Glória.
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5. a) Exemplo de cómico de carácter – A indumentária especialmente do que outros contemporâneos


do Frade, com seu broquel e sua espada; faziam. Todos pecariam, enfim, cada qual na sua
b) Exemplo de cómico de situação – A lição de esgrima própria profissão e no quadro da sua própria
que o Frade oferece ao Diabo. classe social, tanto como ela (ou mais do que ela).
c) Exemplo de cómico de linguagem – O Parvo 4. A personagem mostra-se humilde e solícita, face ao
pergunta ao Frade: “Furtaste esse trinchão, Frade?” Anjo, procurando também impressioná-lo com lisonjas
6. e insinuações.
Argumentos de cariz religioso (a favor) apresentados 5. Não. O Anjo, à semelhança do que faz com outras
pelo Frade: personagens, não se deixa influenciar pela estratégia
“Padre tanto dado à virtude”; “tanto salmo rezado”; de sedução levada a cabo pela Alcoviteira.
Argumentos de cariz religioso (contra) apresentados 6.
pelo Diabo: 6.1. A “conversão”, no contexto do discurso de Brízida
“não temestes [o fogo do Inferno] vivendo”; “padre Vaz, é vista como a conquista das moças para o
mundanal” [dado à esgrima, ao canto, à dança, às mundo da prostituição. Ou seja, “conversão”
mulheres]. alcança aqui o sentido inverso daquele que a
Argumentos de cariz social (a favor) apresentados pelo palavra normalmente comporta; significa, neste
Frade: caso, “perversão” ou “corrupção”.
“E este hábito [de Frade] no me val?”; “Um padre tão
namorado”; [Um Frade] que “tal aprendia [esgrima]”;
“não ficou isso [essa condenação] na avença”. Laboratório da língua Pág. 48

Argumentos de cariz social (contra) apresentados pelo


1. “Meu amor”.
Diabo:
Não há argumentos deste tipo a assinalar, no discurso 2.
do Diabo. A acusação é sobretudo de cariz moral. 2.1. Oração subordinada condicional.
Sentença: 2.2. Oração principal ou subordinante.
Diz o Diabo: “A Berzebu vos encomendo” (l. 30); “Pois 2.3. “Se”.
dada já está a sentença!” (l. 43); “haveis de ser cá
pingado (l. 54); “Haveis, padre, de vir.” (l. 118). Compreensão / Expressão Pág. 50
Diz o Frade: “Vamos onde havemos de d’ir! [Barca do
Inferno]” (l. 114); “compra-se esta sentença” (l. 120). 1. O Judeu, com a sua conduta em palco, demonstra nem
sequer acalentar a mínima esperança (ou vontade) de
entrar na barca da Glória.
Laboratório da língua Pág. 44
2. O Judeu contava garantir a entrada na barca do
1. A partícula “la” está a substituir “a mulher”. Inferno com dinheiro e também com a menção de
1.1. Trata-se de um pronome pessoal. relações que mantivera, em vida, com personalidades
socialmente poderosas.
2. “Gentil”.
2.1. O adjectivo está no grau normal. 3. O Judeu não deixa de ter alguma razão. Com efeito, a
conduta de Brízida Vaz, em vida, não se distingue
muito da do próprio Judeu: são ambos pecadores.
Compreensão Pág. 45
(Ressalve-se, contudo, o facto de, para o Diabo, ser
talvez mais importante ganhar para o Inferno a alma
3.º / 5.º / 1.º / 2.º / 4.º
de uma “cristã”).
4. O Parvo surge, nesta cena, como uma oportuna voz de
Compreensão / Expressão Págs. 47-48
denúncia, que aliás representa um certo sentir do
povo da época face aos judeus. Apesar de pouco
1. “Seiscentos virgos postiços / e três arcas de feitiços”;
instruído, nem assim escapa ao Parvo o conhecimento
“três armários de mentir, / e cinco cofres de enleos / e
dos pecados do Judeu.
alguns furtos alheos, / assi em jóias de vestir, /
guarda-roupa d’encobrir, / enfim – casa movediça; / 5. O Parvo refere-se à obrigação cristã-católica do jejum.
um estrado de cortiça / com dous coxins d’encobrir”; 6. O Judeu é condenado a “ir a reboque”, rumo ao
“moças que vendia”. Inferno. Vai, portanto, num espaço diferente (distinto,
2. Sim. A carga está directamente relacionada com a para pior) daquele que o Diabo reservou para os outros
actividade profissional da personagem, que negociava condenados.
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e vendia raparigas virgens (verdadeiras ou falsas),


bem vestidas e enfeitadas. Laboratório da língua Pág. 50
3.
3.1. A personagem considera que o seu modo de vida 1. O adjectivo é “ruim”.
e os seus eventuais pecados não se distinguiam 2. Está no grau normal.
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Compreensão / Expressão Pág. 52 Compreensão / Expressão Págs. 58-59

No sentido de cumprirem os seus deveres de cristãos, os 1. Certamente, o propósito de Gil Vicente foi colocar em
portugueses passaram a vigiar-se uns aos outros, de cena, simultaneamente, duas personagens ligadas à
modo a controlarem e, se necessário, denunciarem e administração da justiça. Em boa verdade, são faces
reprimirem comportamentos heréticos. Esta situação de uma mesma moeda, pelo que o seu julgamento, em
(horrível, de facto) obrigava a que todos fossem pessoas cena, ganha com o facto de aparecerem ambas num
mesmo espaço, dialogando entre si e com o Diabo ou
vigilantes e vigiadas, como se toda a gente fosse
com o Anjo (e até com o Parvo).
potencialmente suspeita e, em simultâneo, potencialmente
denunciante. 2. Os símbolos cénicos transportados pelo Corregedor e
pelo Procurador, embora diferentes, têm em ambos os
casos a ver com o mundo da justiça terrena. Por um
Compreensão / Expressão Págs. 54-55 lado, temos “os feitos” (processos judiciais), trazidos
pelo Corregedor; por outro, temos “os livros”, trazidos
1. Só aparentemente (por exemplo, o Diabo utiliza o pelo Procurador, que são o símbolo da erudição e das
adjectivo “santo” para caracterizar a personagem, mas leis que regulam a administração da justiça.
chama-lhe, logo de seguida, “Descorregedor”). De 3. O Procurador não acreditou que a morte poderia
facto, o Diabo mantém uma atitude de alguma aparecer tão rapidamente (“Não cuidei que era extremo,
superioridade, consequência do facto de conhecer as / nem de morte minha dor.” – ll. 23, 24).
culpas de cada pecador, o que aliás não hesita em 4. Ao contrário do Procurador, o Corregedor confessou-se,
referir concretamente. mas em vão, pois fê-lo sem sinceridade, mentindo por
2. As acusações feitas pelo Diabo são várias: o Corregedor, omissão (“tudo quanto roubei / encobri ao confessor…”).
em vida, aceitou roubos e subornos; extorquiu haveres 5.
aos lavradores ignorantes; foi culpado e cúmplice de 5.1. A Alcoviteira, apesar de avisada, não desistia das
corrupção. suas práticas ilegais e indecorosas.
3. A palavra (inventada) “Descorregedor” surge no Auto
como o contrário de “Corregedor”. Se este deveria ser Laboratório da língua Pág. 59
o nome do homem (Juiz) que assegurava a Justiça e o
Bem, o seu contrário representará naturalmente uma 1. Oração coordenada adversativa: “mas tudo quanto
personagem que fez o oposto do que se lhe pedia e roubei / encobri ao confessor”.
exigia. “Descorregedor” será, pois, em traços 2. Hoje, a expressão “ir à toa” significa ir sem rumo
resumidos, aquele que pratica a injustiça e o Mal. definido, sem plano.
4. Apesar de não ser o Corregedor o culpado directo da 3. “lo”: complemento directo.
situação reportada pelo Diabo, subsiste a atitude de 4. Futuro do indicativo.
cumplicidade da personagem, que preferiu não 4.1. “levamo-lo à toa / e vai nesta barcada.”
denunciar a esposa. Esta situação, já de si reprovável, 5.
agrava-se por se tratar de um favorecimento deliberado 5.1. Trata-se de uma acção em curso, isto é, uma acção
de um familiar muito próximo do Corregedor. sendo realizada.
5. O uso de palavras, expressões e frases em latim justifica-
se por essa ser uma linguagem característica do mundo Compreensão / Expressão Pág. 62
do Direito e dos Tribunais. Por outro lado, é um modo de
o Corregedor manifestar uma certa superioridade 1. O Enforcado está convencido de que a morte por
sociocultural, decorrente do seu estatuto profissional. enforcamento, no seguimento de uma decisão da
justiça terrena, é um passaporte para o céu. Assim lho
5.1. O uso recorrente e até excessivo do latim (muitas
explicou Garcia Moniz, decerto um funcionário estatal
vezes em versão pouco rigorosa) concorre para
de considerável importância.
a obtenção de um certo cómico de linguagem. Essa
2. O Enforcado confessa que, estando em vias de ser
situação é sobretudo visível nas falas do Diabo,
executado, não apreciou grandemente a pregação de
que usa o latim para acusar o Corregedor ou para
Garcia Moniz defendendo a bondade e a santidade da
lhe responder às observações de modo trocista.
forca.
3. É natural que o Enforcado surgisse em cena com uma
Laboratório da língua Pág. 55 corda ao pescoço.

1. Em “Descorregedor” (palavra inventada por Gil Vicente,


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como elemento cómico), encontramos o exemplo de uma Laboratório da língua Pág. 62

palavra derivada por prefixação.


1.
2. Exemplos de advérbios de lugar: “aqui” (l. 6); “lá” 1.1. Encontramos, neste passo, o adjectivo “lindos”,
(l. 11); “cá” (l. 32). no grau normal.
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2. A frase significa que Garcia Moniz, em seu discurso de b) Exemplo de frase do tipo interrogativo: “Que cousa
consolação, utilizou muitas e cuidadas palavras, talvez é essa?” (l. 23)
até fora do entendimento de um receptor menos c) Exemplo de frase do tipo exclamativo: “Quem
instruído. Eventualmente, poderá até ter recorrido a morre por Jesus Cristo / não vai em tal barca como
vocábulos e expressões do latim. essa!” (ll. 25, 26)
2.1. Trata-se de uma hipérbole. d) Exemplo de frase do tipo imperativo: “Entrai cá!”
(l. 23)
Compreensão / Expressão Pág. 63 3.
3.1. “O Anjo disse aos Cavaleiros que eles eram livres
1. O primeiro país a abolir a pena de morte foi Portugal. de todo o mal, que eram mártires da Santa Igreja e
2. A pena de morte veio a ser restabelecida em Portugal, que quem morria em tal peleja [numa peleja
no ano de 1916, para “caso de guerra com país daquelas] merecia paz eternal.”
estrangeiro, em tanto quanto a aplicação dessa pena
seja indispensável, e apenas no teatro de guerra”.
Compreensão / Expressão Págs. 67-68
3. Por “código de humanidade”, Miguel Torga entende
um “código que garanta a cada cidadão o direito a 1. A palavra “Paraíso”, no texto, representa o nome do
morrer a sua própria morte”, isto é, um código que Café (“Café Paraíso”) e significa, por outro lado,
exclua a pena de morte. o Éden (de onde foram expulsos, segundo a Bíblia,
Adão e Eva, e para onde irão um dia os que
Compreensão / Expressão Págs. 64-65 merecerem o Céu).
2. Modernamente, aquele espaço é um Banco – um lugar
1. onde se poderá conseguir uma certa forma de “céu”
1.1. Os Cavaleiros referem-se aos humanos (ainda) (ter dinheiro) ou de inferno (não ter dinheiro; ter
vivos. dívidas).
2. O Diabo fica espantado e até indignado (“Cavaleiros,
3. Num tempo feliz, associado pelo autor à infância, tudo
vós passais / e nom perguntais onde is?” – ll. 15, 16;
parecia mais simples, mais delicado e mais simpático.
“Que cousa é esta? / Eu nom posso entender isto!” –
A vida, então, ao contrário da televisão daquele
ll. 23, 24).
tempo, era “a cores”.
3. Os Cavaleiros menosprezam o Diabo, assumindo uma 3.1. Com o crescimento, vieram as desilusões, as
atitude de superioridade moral (“Vós, Satanás, dificuldades, o envelhecimento e a morte das
presumis? / Atentai com quem falais!” – ll. 17, 18; “E pessoas queridas, o progresso virado para o mate-
vós que nos demandais? / Siquer conheceis-nos bem: / rialismo. A vida é hoje, para Daniel Abrunheiro,
morremos nas partes de Além, / e não queirais saber
menos rica e menos interessante, isto é, mais triste
mais.” – ll. 19-22).
(uma vida a “a preto e branco”).
4.
4. Para o autor, o melhor tempo é indiscutivelmente o
4.1. Para o representante do Inferno (e do Mal), o
passado.
Diabo, é muito difícil perceber a convicção e a
serenidade dos que, como os Cavaleiros, fazem o 5. Para Daniel Abrunheiro, “o inferno” é a perda de um
Bem e, por isso, confiam tranquilamente no seu tempo bom, puro, cheio de ilusão, de esperança e de
direito à barca da Glória. humanidade – o tempo da infância.
5. O Anjo recebe os Cavaleiros com gratidão, alegria e
felicidade, como se depreende do discurso do arrais da Revisão Págs. 70-71
embarcação divina e do destino final dos cruzados:
“Ó Cavaleiros de deus, / a vós estou esperando / que Judeu / Fidalgo (+ Pajem) / Frade (+ Moça) / Cavaleiros /
morrestes pelejando / por Cristo, Senhor dos Céus! / Corregedor / Sapateiro / Procurador
Sois livres de todo mal, / Mártires da Santa Igreja, /
Entrevista a Gil Vicente
Que quem morre em tal peleja / Merece paz eternal.” –
ll. 30-37; “E assim embarcam.” – l. 38. 1. O Teatro distingue-se daquilo a que chamamos texto
5.1. Para o Anjo, os Cavaleiros são personagens raras dramático?
e altamente meritórias. Representam o mais alto 2. Que códigos utiliza, afinal, o Teatro?
exemplo de Fé, visto que, à luz das ideias da 3. Quantos Autos constituem a “trilogia das Barcas”?
Igreja daquele tempo, deram a vida por Cristo.
4. Gil Vicente, o senhor sofreu com a Inquisição?
5. Quem concebia e escrevia, de facto, os principais
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Laboratório da língua Pág. 65


autos e as principais farsas do seu tempo?
1. “Ó Cavaleiros de Deus”. 6. O que significava para si o Teatro?
2. a) Exemplo de frase do tipo declarativo: “Sois livres de 7. Qual é, no seu entender, o maior tesouro da nossa
todo mal” (l. 34) cultura?
M16
A ÉPICA CAMONIANA
OS LUSÍADAS,
LUÍS DE CAMÕES

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Compreensão / Expressão Pág. 76 Laboratório da língua Pág. 85

1. O respeito do autor por Camões veio da influência 1. a) “vós”


familiar (sobretudo da parte do pai de Manuel Alegre). b) “em mim”
2. Porque o livro representava, segundo o pai de Manuel c) “me”
Alegre, a própria língua e pátria portuguesas. Era
como um bilhete de identidade do nosso povo.
Aplicação de conhecimentos Pág. 85

Compreensão / Expressão Pág. 78


proposição / invocação / dedicatória

1. a) A invenção da imprensa, em meados do século XV,


Compreensão / Expressão Págs. 89-90
permitiu a difusão das ideias e das notícias
importantes. 1. O verso “Já no largo Oceano navegavam” indica que a
b) Os descobrimentos obrigaram a rever as ideias acção (a viagem de Gama) já se iniciou há algum
medievais sobre o universo. tempo.
c) Os avanços da técnica e da ciência incrementaram
2. Quem convocou o Consílio foi Júpiter.
as navegações e as descobertas de novas terras.
3. Quem levou a convocatória até aos outros deuses foi
Mercúrio (o mensageiro dos Deuses).
Compreensão Pág. 81
4. Quem preside ao Consílio é o próprio Júpiter.
1572: Data da primeira edição de Os Lusíadas. 5. No início da reunião, a ideia de Júpiter é ajudar os
10: Número de Cantos da obra; número de sílabas portugueses. Ele lembra que “Prometido lhe está do
métricas de cada verso. Fado eterno / (…) Que tenham longos tempos o
110: Número médio de estâncias (ou estrofes) por cada governo / Do mar” [estância 28] e, mais à frente,
Canto. anuncia: “Que sejam, determino, agasalhados / Nesta
costa africana, como amigos” [estância 29].
156: Número de estâncias (ou estrofes) do Canto mais
longo, o Canto X. 6. Quem discorda desta ideia é Baco.
8: Número de versos de cada estância (ou estrofe). 6.1. Porque Baco entendia que a glória dos portugueses
(simples humanos) determinaria a perda de poder e
1102: Total de estâncias (ou estrofes) que compõem a
prestígio dos Deuses do Olimpo, nomeadamente do
obra.
próprio Baco.
8896: Número total de versos que compõem a obra (1102
7. Vénus toma o partido dos portugueses, a quem reco-
estâncias * 8 versos).
nhecia valor e mérito. Os portugueses lembravam-
773: Número de estâncias (ou estrofes) que dizem lhe, em muitos aspectos, os seus queridos Romanos
respeito à acção principal – viagem da armada de Gama
(até pela semelhança da língua portuguesa com o
e intervenções dos deuses do Olimpo.
latim).
8. Nesta discussão com Baco, Marte toma o partido de
Aplicação de conhecimentos Págs. 81-82 Vénus.
8.1. Para além de querer agradar à sua amada Vénus
1. Virgílio / Homero / Odisseia / Eneida / Camões / [Os]
(“amor antigo”), Marte reconhece aos portugueses
Lusíadas / Proposição / Invocação / Dedicatória /
um valor indiscutível (“gente forte”).
Narração / Verso
9. No final do consílio, Júpiter decide que os portugueses
2. Humanismo / Estância (ou estrofe) / Epopeia / Cantos /
deverão ser ajudados (“O Padre poderoso (…) /
Classicismo / Estrutura interna / Decassílabo / Renas-
consentiu / No que disse Marte”).
cimento / Estrutura externa / [Rima]Emparelhada

Laboratório da língua Págs. 90-91


Compreensão / Expressão Pág. 84

1.
1. Camões quer cantar a gloriosa história do povo
1.1.
português (seus heróis, seus governantes, seus
a) “Navegavam no largo Oceano / quando os deuses
artistas, etc.).
do Olimpo se juntaram.”
2. b) “Os outros deuses sentaram-se / como a razão e a
2.1. Agora, Camões pretende escrever poesia épica.
ordem concertavam.”
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3. Camões pede inspiração às Tágides (ninfas do Tejo). c) “Deveis saber da viagem dos portugueses / se do
4. O exemplo recomendado ao Rei é aquele que os grande valor desta gente não perdeis o
próprios versos de Os Lusíadas cantam – o dos feitos pensamento.”
levados a cabo pelos heróis. Mas, em boa verdade, a d) “A intenção de Baco não é justa / porque resulta da
própria obra de Camões é um exemplo de amor pátrio. sua inveja.”
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M16

1.2.
Compreensão / Expressão Págs. 102-103
a) oração subordinada condicional: “se do grande
valor desta gente não perdeis o pensamento.” 1. Já haviam decorrido cinco dias (“Já cinco Sóis eram
b) oração subordinada comparativa: como a razão e a passados”).
ordem concertavam.” 2. De início, o Adamastor assemelha-se, nas palavras do
narrador, a uma nuvem (“Uma nuvem que os ares
c) oração subordinada temporal: “quando os deuses
escurece / Sobre nossas cabeças aparece”).
do Olimpo se juntaram.”
3. O aparecimento desta nuvem provoca, sobretudo,
d) oração subordinada causal: “porque resulta da sua
espanto, preocupação e medo (“Tão temerosa vinha e
inveja.”
carregada, / Que pôs nos corações um grande medo”).
4. De acordo com o narrador, a figura é caracterizada
Pré-leitura Pág. 93 como robusta, poderosa, medonha. O Adamastor tem
uma cor terrena (acastanhada), barba suja, olhos
1. encovados, cabelos crespos, dentes amarelos, pernas e
1.1. Resposta livre. braços enormes, voz grossa e horrenda.
2. e 2.1. Ver página 97 (texto “Mário e o Mestre”). 5. O Adamastor indigna-se com o atrevimento dos
portugueses que ousaram invadir um reino proibido (à
Compreensão / Expressão Págs. 95-96 sua guarda), que esconde os segredos da natureza e do
mar. Estes segredos estavam vedados aos humanos.
1. Inês estava feliz porque amava Pedro e era corres- 6.
pondida. A sua vida era simples, despreocupada e 6.1. O Adamastor anuncia que, no futuro, durante a
cheia de alegria, quer na presença de seu amado, quer aventura das viagens marítimas e dos desco-
mesmo na sua ausência, porque até aí as lembranças brimentos, haverá naufrágios, sofrimento e
de Inês eram sempre boas. morte.
2. D. Afonso IV decide intervir porque está atento ao 7. O Adamastor apaixonou-se pela bela Tétis, depois de
“murmurar do povo” e preocupado com o príncipe um dia a ver sair, nua, das águas do mar. Não sendo
herdeiro que “casar-se não queria”. correspondido, tentou tomá-la pela força. Foi Dóris, a
3. Inês lembra ao Rei que é uma frágil donzela e que não mãe de Tétis, que serviu de intermediária na procura
de uma solução para este problema. Quando,
tem culpa de amar D. Pedro. Igualmente recorda o
ingenuamente, o Adamastor acreditou que Tétis
facto de ter filhos pequenos que, no caso D. Afonso IV
estava disposta a ser sua, correu para ela – mas os
a mandar matar, ficarão órfãos de mãe.
Deuses castigaram-no e ele foi transformado num
4. Inês propõe, para si própria, como alternativa à morte, imenso rochedo (um “remoto cabo”). Para cúmulo, o
o exílio (“Põe-me em perpétuo e mísero desterro, / Na gigante é obrigado, sem se poder mover, a ver
Cítia fria, ou lá na Líbia ardente”). Mas pretende ficar frequentemente a doce Tétis banhando-se à sua
com os seus filhos e criá-los (“Ali co amor intrínseco volta.
(…) / criarei / Estas relíquias suas que aqui viste / Que 8. Sim, Gama levou a sério os avisos do Adamastor (“Eu,
refrigério sejam da mãe triste.”). levantando as mãos ao santo coro / Dos Anjos (…) / A
5. Camões compara esta morte a uma flor que é Deus pedi que removesse os duros / Casos, que
arrancada da terra (e, portanto, morta) precocemente: Adamastor contou futuros”).
“Assi como a bonina que, cortada / Antes do tempo 9. O narrador (Vasco da Gama) é participante. Note-se o
foi”. uso da primeira pessoa, por exemplo, quando Gama se
6. a) “cândida”, “bela”, “branca”, “viva”, “doce”. dirige ao Adamastor [estância 49]: “Mas ia por diante
b) “murchada”, “morta”, “pálida”, “secas”. o monstro horrendo / Dizendo nossos fados, quando
alçado / Lhe disse eu: - Quem és tu?”
7. Assim que “tomou do Reino governança”, D. Pedro
vingou-se, tendo perseguido e castigado os responsáveis
pela morte de Inês. Laboratório da língua Pág. 103

2.
Laboratório da língua Pág. 96
2.1. “Um grande brado será dado por Gama.”
1. “Tirar Inês ao mundo determina” 2.2. Sujeito da primeira oração (forma activa): Gama
2. Predicado da primeira oração (forma activa): dará
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um grande brado
2.1. “Queria perdoar-lhe o Rei benigno / e o Povo não Complemento directo da primeira oração (forma
deixou.” activa): um grande brado
2.2. Oração coordenada copulativa: “e o Povo não Sujeito da segunda oração (forma passiva): Um
deixou.” grande brado
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Predicado da segunda oração (forma passiva): será


Revisão Págs. 109-110
dado [por Gama]
Complemento agente da passiva da segunda 1. V / V / V / V / V / V / V / V
oração (forma passiva): por Gama
2. Adamastor / Inês de Castro / Consílio dos Deuses
Entrevista a Luís de Camões
Compreensão / Expressão Pág. 105
1. Acha que Vasco da Gama é o verdadeiro herói de Os
1. Fisicamente, os passos do astronauta no solo lunar não Lusíadas?
são muito diferentes dos passos que, na Terra, todos os 2. Por que razão optou pelo título Os Lusíadas para a sua
dias damos. Mas ter chegado à Lua representa um obra?
avanço imenso e uma conquista extraordinária para a
3. Luís de Camões, a quem dedicou a obra?
Humanidade, pelo que os passos de Armstrong se
tornam, ali, verdadeiramente gigantescos. 4. O que pretendeu, afinal, cantar no episódio dedicado a
Inês de Castro?
2. Os astronautas, antes de poderem festejar o sucesso
da sua missão, tiveram de passar um período de 5. O que representa o Adamastor na sua obra?
quarentena, numa estação isolada, de modo a 6. Por que razão é que Marte apoia os portugueses?
despistarem quaisquer problemas de saúde que a 7. O que mais o impressionou na cena da partida das
viagem à Lua pudesse ter provocado. naus (cena que relata na sua obra e foi certamente
inspirada em memórias verídicas)?
Compreensão / Expressão Págs. 107-108 8. O que espera que a obra Os Lusíadas consiga junto
dos jovens leitores?
1. O poeta sabe que a sua viagem de barco é difícil e
9. Na sua opinião, o que é mais importante para o
perigosa. A própria embarcação em que viaja poderá,
progresso humano: a teoria ou a prática?
em caso de catástrofe, tornar-se na própria sepultura
do navegador. É assim também com os portugueses,
que estão conscientes dos perigos que comporta uma
viagem rumo ao desconhecido.
2. Seja qual for o destino (cada homem projecta os seus
próprios sonhos), o fundamental é ter espírito de
iniciativa e coragem para ir à procura da felicidade.
“Partir”, no poema de Torga, significa ser capaz de
agir, em vez de ficar parado, passivamente, sem tentar
alcançar o objectivo. Não é garantido que aquele que
parte chegue ao porto desejado; mas pelo menos viaja
(ou seja, vive) e ousa tentar.
3. Metáfora: “Aparelhei o barco da ilusão”
Hipérbole: “Desmedida / A revolta imensidão”
Antítese: “O que importa é partir, não é chegar.”

Laboratório da língua Pág. 108

Subordinação
1. Oração subordinada causal: “porque o objectivo foi
cumprido” [Oração subordinante ou principal: “Os
portugueses festejaram”]
Oração subordinada condicional: “Se os portugueses
seguirem o exemplo dos antigos” [Oração subordinante
ou principal: “o futuro do país será radioso”]
Oração subordinada temporal: “quando a armada
chegou a Calecute” [Oração subordinante ou principal:
“A viagem de Gama terminou”]
Oração subordinada final: “para obter ajuda divina”
[Oração subordinante ou principal: “O Capitão rezou”]
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Coordenação
1.1. Oração coordenada copulativa: “e Marte respeitava-os”
Oração coordenada adversativa: “mas Júpiter apoiou
a filha”
Oração coordenada disjuntiva: “ou ignorá-los”

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