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GEOMETRIA ANALÍTICA

NÚCLEO BÁSICO DE ENGENHARIA


DISCIPLINA: GEOMETRIA ANALÍTICA
PROF. MSC. JULIERME GOMES CORREIA DE OLIVEIRA - 40H
1. PROFESSOR NA NET: juliermegco@yahoo.com.br

2. EMENTA: Vetores. A reta. Estudo do plano. Estudo das cônicas. Estudo das quádricas.

3. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS:
• Operação com Vetores;
• Análise e operação com Retas;
• Análise e operação com Planos;
• Análise e operação com as Cônicas;

4. ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA-HORÁRIA:

Os alunos deverão apresentar, no final da disciplina, um único trabalho apresentando todos os exercícios
propostos nas listas de exercícios entregues no início de cada aula.
BIBLIOGRAFIA
Livros-Textos:
1. STEINBRUCH, A.; WINTERLE, P.. Geometria Analítica, 2a ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 1987.
2. WINTERLE, Paulo. Vetores e Geometria Analítica, 1a ed. São Paulo: PEARSON EDUCATION DO BRASIL, 2000.

Livros Complementares:
1. BOULOS, P. Introdução à Geometria Analítica no espaço. São Paulo: PEARSON EDUCATION DO BRASIL, 1997.
2. CAMARGO, I.; BOULOS, P.. Geometria Analítica, um tratamento vetorial, 3a ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
ATENÇÃO
Este material não deve ser utilizado como

material de estudo, ele é apenas um guia para o

acompanhamento das aulas. É imprescindível

que o aluno utilize a bibliografia sugerida.


VETORES
O que é um Vetor?
“É um ente matemático representado por um
segmento de reta orientado”.

Módulo
Direção
Sentido Sentido

Direção da
Módulo
Reta Suporte
Representação de vetores:

Seja um segmento orientado de origem


v
no ponto A e extremidade no ponto B: B(xB,yB)

A(xA,yA)

Este vetor é representado por AB ou AB ou v:


 
v = AB = B − A
= ( xB , y B ) − ( x A , y A ) = ( xB − x A , y B − y A )

O módulo de AB é representado por AB ou | v | e calculado por:

v = ( xB − x A , y B − y A ) = ( xB − x A ) + ( y B − y A )
2 2

Exemplo*: Dados os pontos A( 2 , 3 ) e B( 5 , 7 ),
obtenha um vetor v formado por AB. Calcule o
módulo de v.

A( 2 , 3 ) v = (3, 4)
B( 5 , 7 ) = 32 + 42

  = 9 + 16
v = AB = B − A = 25
= ( 5 , 7 )−( 2 , 3 ) = ( 5−2 , 7−3 )

 v =5
v=( 3 , 4 )
Soma Vetorial (método algébrico):

Sejam dois vetores u = (xu , yu) e v = (xv , yv), a operação da


soma e da subtração está definida algebricamente por:

Soma : Subtração:
u + v = ( xu , yu ) + ( xv , yv )
 
u − v = ( xu , yu ) − ( xv , yv )
 

= ( xu + xv , yu + yv ) = ( xu − xv , yu − yv )
Soma Vetorial (método gráfico):

Exemplo: Dados os vetores u, v e w, e sabendo


que:
u = (4 , 0);
v = (4 , 4);
w = (4 ,-8);

Obtenha graficamente o vetor S, onde:

S=u+v+w
4 4

u = (4,0) -8

-4

12
Multiplicação por Escalar:

Seja um vetor v = (xv , yv), é possível obter um vetor w,


múltiplo de v, usando a propriedade da multiplicação por
escalar:

Seja n ∈ R:

 
w = n⋅v  xw = n ⋅ xv
w = ( xw , yw ) onde: 


= n ⋅ ( xv , yv )  yw = n ⋅ yv
= ( n ⋅ xv , n ⋅ yv )
Propriedades da Multiplicação por escalar:

Seja w, um vetor múltiplo de v, ou seja, w = n·v (nœR),


então:

1) Módulo: O módulo de w necessariamente será um


múltiplo do módulo de v, ou seja, |w| = n·|v|;

2) Direção: A direção de w é a mesma direção de v;

3) Sentido: O sentido de w será determinado pelo sinal de


n.
y
Exemplo:

n = 2 2
v = (1,1)
w=2v
w = (2,2)

w=? 1

v = (1,1)

0 1 2 x
Ângulo Entre Vetores:

s
O ângulo entre dois
vetores u e v , não
u nulos, é o ângulo
formado pelas semi-
θ r retas que dão
v direção aos mesmos.
0≤ θ≤π
Ângulo Entre Vetores:

Vetores Colineares:

Se θ = 0:
• Mesma direção
θ=0 • Mesmo sentido

Se θ = π
θ=π • Mesma direção
• Sentidos opostos
Ângulo Entre Vetores:

Vetores Ortogonais:
θ = π /2:

Propriedades dos Vetores


Ortogonais:
v
1. | u + v |2 = |u|2 + |v|2

2. Se u é ortogonal a v, u também é ortogonal a um múltipo


de v;
Decomposição de um Vetor no Plano (R²):

“Qualquer vetor v contido em um plano poderá ser


decomposto em qualquer conjunto de dois vetores
não colineares contidos no mesmo plano ”.

w = n·u + m·v
Projeção de w sobre u

m·v

w
v
Projeção de w sobre v
n·u
u

w = n·u + m·v
Base para o Plano (R²):

“Qualquer conjunto de dois vetores não colineares,


são uma base para o plano.”

v = (x, y)
βR² = { v1 , v2 }
Ordenada
Abscissa
Base Canônica do Plano (R²):

y
“A partir de agora, quando
falarmos em base do plano
(0, 1)
(R²), estaremos nos
j
( 1, 0) referindo à base canônica.”

i x
βR² = { i , j }
Expressão Analítica de um vetor no Plano:

v = ( x , y)


= ( x , 0) + ( 0 , y )
 i = (1 , 0 )

= x ⋅ (1 , 0 ) + y ⋅ ( 0 , 1) mas :  
 j = ( 0 , 1)
v = ( x , y) = x ⋅i + y ⋅ j
  

Dois vetores u = (x1, y1) e v = (x2, y2) são iguais se e somente se

x1 = x2 e y1 = y2, e escreve-se que u = v;


Exemplo:
Sejam os vetores u = ( x+1 , 4 ) e v = ( 5 , 2y-6 ),
de acordo com a definição de igualdade de vetores,
encontre o valor de x e y na qual u = v.
 
u=v
( x + 1 , 4) = (5 , 2 y − 6)

 x +1 = 5 x=4
 →
2 y − 6 = 4 y=5
Decomposição de um Vetor no Espaço (R³):
“Todos os estudos feitos no espaço (R³) é análogo ao estudo
realizando no plano (R²), considerando as devidas
adequações”.

No espaço, qualquer conjunto {v1, v2, v3} de 3 vetores


NÃO COPLANARES e NÃO COLINEARES entre si é
uma base para o R³

t = k·u + m·v + n·w βR³ = { u , v , w}


Base Canônica do Espaço (R³):

z v = (x, y, z)
Cota
( 0, 0, 1)
k Ordenada
Abscissa
j
y
( 1, 0, 0) ( 0, 1, 0)
i βR³ = { i , j, k }
x
Expressão Analítica de um vetor no Espaço:
v = ( x , y , z)


= ( x ,0,0 ) + ( 0, y ,0 ) + ( 0,0, z )
 i = (1,0,0 )


 
= x ⋅ (1,0,0 ) + y ⋅ ( 0,1,0 ) + z ⋅ ( 0,0,1) mas :  j = ( 0,1,0 )

k = ( 0,0,1)
v = ( x , y , z) = x ⋅i + y ⋅ j + z ⋅ k
   

No espaço (R³), dois vetores u = (x1, y1 , z1) e v = (x2, y2 , z2) são


paralelos entre si, se e somente se: x1 y1 z1
= =
x2 y2 z2
Operações com vetores:

1. u + v = v + u;
2. (u + v) + w = u + (v + w)
3. u + 0 = u
4. u + (-u) = 0
5. m·(n·v) = (m·n)·v (n e m œ R)
6. (m+n)·v = n·v + m·v (n e m œ R)
7. n·(u + v) = n·u + n·v (n œ R)
Exemplo: Determine o vetor w = (x,y,z) para que a

igualdade 3w + 2u = 4 v – w seja satisfeita, sabendo

que u = (3, -1,0) e v = (-2, 4,1).

4 w = ( −8 , 16 , 4 ) − ( 6 , − 2 , 0 )

u = (3 , −1 , 0) 2u = ( 6 , − 2 , 0 )
 
4 w = ( −14 , 18 , 4 )

→  
v = ( −2 , 4 , 1) 4v = ( −8 , 16 , 4 )

 1
w = ( −14 , 18 , 4 )
    4
3w + 2u = 4v − w   −7 9 
    w= , , 1
3w + w = 4v − 2u  2 2 
Exemplo: Determine os valores de m e n para que
os vetores sejam paralelos :
u = ( m+1 , 3 , 1 ) e v = ( 4 , 2 , 2n-1 )
 
Se u // v :
m +1 3 1
= =
4 2 2n − 1

 m +1 3
 4 = 2 m +1 = 6 ∴ m = 5
 → 2 5
 1 =3 2n − 1 = ∴ n=
 2n − 1 2 3 6
PRODUTO ENTRE VETORES
•Produto Escalar
•Produto Vetorial
•Produto Misto
Produto Escalar:

“ Chama-se produto escalar, ou produto interno, a


operação na qual se obtêm um número real a partir
de dois vetores.”

u = ( xu , yu , zu )

Sejam os vetores u e v tal que:  
 v = ( xv , yv , zv )

u ⋅ v = ( xu , yu , zu ) ⋅ ( xv , yv , zv ) = xu ⋅ xv + yu ⋅ yv + zu ⋅ zv
 
Propriedades do Produto Escalar:
1. u · u ≥ 0

2. u · v = v · u

3. w ·(u+v)=(w·u)+(w·v)

4. (mu ) · v = m( u · v ) = u · ( mv ) (m œ R)

5. u · u = | u |²
 
u ⋅v
6. cos θ =  
u v
Produto Vetorial:

“ Chama-se produto vetorial a operação entre dois


vetores na qual se obtêm um terceiro vetor
ortogonal a estes dois vetores.”

Sejam u e v:
  
i j k
u = ( xu , yu , zu )
  
u × v = det xu yu zu

 v = ( xv , yv , zv ) xv yv zv
Propriedades do Produto Vetorial:

1. u x u = 0

2. u x v = ─(v · u)

3. w x(u+v)=(wxu)+(wxv)

4. (mu ) x v = m( u x v ) = u x ( mv ) (m œ R)

5. u x v = 0 apenas se u ou v é nulo ou se os

mesmos são colineares.


Propriedades do Produto Vetorial:
6. u x v é ortogonal a u e a v;

7. Identidade de Lagrange: | u x v |² = |u|²|v|²- ( u · v )²

8. | u x v | = |u||v| sen θ

9. u x ( v x w ) ≠ (u x v ) x w

10. O módulo do produto vetorial de dois vetores mede


A = |u x v|
a área do paralelogramo formado por eles;
u
v
Produto Misto:

 u = ( xu , yu , zu )

 
Sejam u, v e w: v = ( xv , yv , zv )
 
 w = ( xw , yw , zw )

xu yu zu
( )
     
(u , v, w) = u ⋅ v × w = det xv yv zv
xw yw zw
Propriedades do Produto Misto:

1. A única maneira do produto misto entre três vetores ser


nulo é se um destes vetores é o próprio vetor nulo, se dois
destes vetores são colineares, ou se os três vetores são
coplanares.

2. Ordem cíclica: ( u , v , w ) = ( v , w , u ) = ( w , u , v )

3. Ordem acíclica: ( u , v , w ) = ─ ( v , u , w )
Propriedades do Produto Misto:

4. ( u, v , w1 + w2) = ( u, v , w1) + ( u , v , w2 )

5. ( nu , v , w ) = ( u , nv , w ) = ( u , v , nw )

6. Geometricamente, o valor absoluto

produto misto de três vetores é igual ao u


v
volume do paralelepípedo formado por v

eles. V = |( u, v, w )|
Exercício: Dados os vetores u e v, e os pontos A e
B, determine o valor de n tal que: u · ( v + BA) = 5
 
A(4 , − 1 , 2) B (3 , 2 , − 1) u = (4 , n , − 1) v = (n , 2 , 3)

( )
  
 • u ⋅ v + BA = (4 , n , − 1) ⋅ (n + 1 , − 1 , 6)
• BA = (4 , − 1 , 2) − (3 , 2 , − 1)
= 4 ⋅ ( n + 1) + n ⋅ ( −1) + ( −1) ⋅ 6
= (1 , − 3 , 3)
= 4n + 4 − n − 6
  = 3n − 2
• v + BA = (n , 2 , 3) + (1 , − 3 , 3)
3n − 2 = 5
= (n + 1 , − 1 , 6)
7
3n = 7 ∴ n =
3
Exercício: Calcule o ângulo entre os vetores
u=(1 , 1 , 4) e v=(-1 , 2 , 2)

• u = (1 , 1 , 4)
 
u ⋅v 9
cos θ =   =
( )

u = 12 + 12 + 42 = 18 = 3 2
u v 3 2 ( 3)
9
=

• v = (−1 , 2 , 2)
9 2
v = ( −1) + 22 + 22 = 9 = 3
 2

1
=
  2
• u ⋅ v = (1 , 1 , 4) ⋅ (−1 , 2 , 2)
2
= 1 ⋅ ( −1) + 1 ⋅ 2 + 4 ⋅ 2 = → θ = 45o
2
=9
Exercício: Calcule um vetor w ortogonal aos vetores
u=(1 , 1 , 4) e v=(-1 , 2 , 2) simultaneamente
  
i j k
  
w = u × v = det 1 1 4
−1 2 2

= (1 ⋅ 2 − 2 ⋅ 4 ) i − (1 ⋅ 2 − (−1) ⋅ 4 ) j + (1 ⋅ 2 − (−1) ⋅1) k


  

= ( 2 − 8 ) i − ( 2 + 4 ) j + ( 2 + 1) k
  
  
= −6i − 6 j + 3k

w = ( −6 , − 6, 3)

Exercício: Calcule a área do paralelogramo formado
pelos vetores u=(1 , 1 , 4) e v=(-1 , 2 , 2)

Do exercício anterior: u × v = ( −6 , − 6, 3)
 

 
Au ,v = u×v

( −6 ) + ( −6 ) + 32
2 2
=
= 36 + 36 + 9
= 81
Au ,v = 9
Exercício: Calcule o volume do paralelepípedo formado
pelos vetores u=(1 , 1, 4) , v=(-1 , 2, 2) e w=(-2 ,-2, 3)
1 1 4
( )
  
u, v, w = det −1 2 2
−2 −2 3
= 1 ⋅ ( 2 ⋅ 3 − (−2) ⋅ 2 ) − 1 ⋅ ( (−1) ⋅ 3 − (−2) ⋅ 2 ) + 4 ⋅ ( ( −1) ⋅ ( −2) − ( −2) ⋅ 2 )
= ( 6 + 4 ) − ( −3 + 4 ) + 4 ⋅ ( 2 + 4 )
= 10 − 1 + 4 ⋅ 6
= 10 − 1 + 24
= 33

( )
  
V   
u ,v , w
= u , v, w ∴ Vu ,v , w = 33
A RETA
Equação Vetorial da Reta:
r
P(x, y, z)

A(x1, y1, z1)

k
v = (a, b, c)

i j  
AP = t v
(x, y, z) = (x1 , y1 , z1 ) + t(a, b, c)
Exercício: a)Determine a Equação Vetorial da Reta que
passa pelo ponto A(3, 0, 5) e tem a direção do vetor
v = 2i + 2j – k; b) O Ponto P(7, 4, -7) pertence a
esta reta? b) P(7, 4, −7)
a ) P ( x, y , z ) r: ( x, y, z ) = (3, 0,5) + t (2, 2,1)
A(3, 0,5) P ∈ r?

v = (2, 2,1) (7, 4, −7) = (3, 0,5) + t (2, 2,1)
(7, 4, −7) − (3, 0,5) = t (2, 2,1)
 
AP = t v (4, 4, −12) = (2t , 2t , t )
 2t = 4 → t = 2

P− A=t v

2t = 4 → t = 2 FALSO!

P = A+t v
 t = −12 → t = −12
( x, y, z ) = (3, 0,5) + t (2, 2,1) 
Equação Paramétrica da Reta:
r
P(x, y, z)

(x, y, z) = (x1 , y1 , z1 ) + t(a, b, c)


A(x1, y1, z1)
(x, y, z) = (x1 + at , y1 +bt , z1 +ct)
k
v = (a, b, c) ↓
i j  x = x1 + at

 y = y1 + bt
 z = z + ct
 1
Exercício: a) Determine a Equação paramétrica da
Reta que passa pelo ponto A(3, -1, 2) e paralela ao
vetor v=–3i–2j+k; b) O Ponto Q(0, 3, 1) pertencem
a esta reta? b) Q(0,3,1)
 x = 3 + 3t

a ) P ( x, y , z ) A(3, −1, 2) v = (3, −2,1) 
r:  y = −1 − 2t
z = 2 + t
Eq. Vetorial: ( x, y, z ) = (3, −1, 2) + t (3, −2,1) 
( x, y, z ) = (3, −1, 2) + (3t , −2t , t )
( x, y, z ) = (3 + 3t , −1 − 2t , 2 + t ) P ∈ r?
 x = 3 + 3t 0 = 3 + 3t t = −1
 
Eq. Paramétrica:  y = −1 − 2t 3 = −1 − 2t → t = −1 ok, Q ∈ r!
z = 2 + t 1 = 2 + t t = −1
 
Equação Simétrica da Reta:
r
P(x, y, z)  x − x1
t = a
 x = x1 + at 
  y − y1
 y = y1 + bt →  t =
A(x1, y1, z1)
 z = z + ct  a
k  1
 z − z1
v = (a, b, c) t = a

i j ↓
x − x1 y − y1 z − z1
= =
a b c
Exercício: Determine a Equação simétrica da Reta que
passa pelo ponto A(3, 0, -5) e tem a direção do
vetor v = 2i + 2j - k.

P ( x, y , z ) A(3, 0, −5) v = (2, 2, −1)
 x−3
 t =
 x = 3 + 2t  x − 3 = 2t 2

   y
Eq. Paramétrica:  y = 2t →  y = 2t → t =
 z = −5 − t  z + 5 = −t  2
   z +5
 t =
 −1
x −3 y z +5
Eq. Simétrica: t= = =
2 2 −1
Equação Reduzida da Reta:
r
P(x, y, z)

A(x1, y1, z1)


x − x1 y − y1 z − z1
= =
k a b c
v = (a, b, c) ↓
j  x − x1 y − y1
i  a = b  y = mx + n
 → 
 x − x1 = z − z1  z = px + q
 a c
Exercício: Determine as Equações Reduzidas da Reta
que passa pelos pontos A(2, 1, -3) e B(4, 0, -2).
A(2,1, −3) B(4, 0, −2)

AB = (2, −1,1)
x − 2 y −1 z + 3
Eq. Simétrica: = =
2 −1 1
 x − 2 y −1
 2 = −1 − x + 2 = 2 y − 2 2 y = − x + 4
 →  → 
 x − 2 z + 3  x − 2 = 2 z + 6  2z = x − 8
=
 2 1
 −x + 4
 y =
2
Eq. Reduzida: 
z = x −8
 2
Propriedades das Retas:

1. Retas podem ser paralelas aos planos e aos eixos


coordenados; z

z
 y = y1 z1
 A r
 x − x1 z − z1
 a = c
z1 r
A
j y
y x1  x = x1
y1 
 y = y1 − bt
x
x1
z = z
x  1
Propriedades das Retas:

2. É possível Calcular o ângulo entre duas retas usando o


produto escalar;
3. Duas retas são paralelas quando quaisquer dois vetores
pertencentes às mesmas obedecem a regra de paralelismo
entre dois vetores.
4. Duas retas são ortogonais entre si quando quaisquer dois
vetores pertencentes às mesmas são ortogonais;
Propriedades das Retas:

5. Condição de coplanaridade de duas retas:

A2 v2
r2
A1 A2

A1 v1

( )
r1   
v1 , v2 , A1 A2 = 0
O PLANO
Equação Cartesiana do Plano
z

P(x, y, z)
n = (a, b, c)
A(x1, y1, z1)

k n π y

i j  
n ⋅ AP = 0
x a ( x − x1 ) + b ( y − y1 ) + c ( z − z1 ) = 0
Exercício: Determine a equação geral do plano π que
passa pelo ponto A(2, -1, 3), sendo n = 3i + 2j – 4k
um vetor normal a π.

P ( x, y, z ) A(2, −1,3) n = (3, 2, −4)

AP = ( x − 2, y + 1, z − 3)

 
n ⋅ AP = 0
(3, 2, −4) ⋅ ( x − 2, y + 1, z − 3) = 0
3( x − 2) + 2( y + 1) − 4( z − 3) = 0
3x − 6 + 2 y + 2 − 4 z − 12 = 0 → π : 3x + 2 y − 4 z − 16 = 0
Equação Paramétrica do Plano
z
A ( x0 , y0 , z0 ) u = ( a1 , b1 , c1 )


π v tv
P ( x, y , z ) v = ( a2 , b2 , c2 )

A
u
hu P

k
y
j  x = x0 + a1h + a2t
i 
  
AP = hu + tv  y = y0 + b1h + b2t
x z = z +c h+c t
 0 1 2
Exercício: Determine a equação paramétrica do plano
π que passa pelo ponto A(2, -1, 3), e que contém os
vetores u = -3i - 3j + k e v = (2, 1, -2)
 
P( x, y, z ) A(2, −1,3) u = (−3, −3,1) v = (2,1, −2)
  
AP = hu + tv
 
P − A = hu + tv
 
P = A + hu + tv → ( x, y, z ) = (2, −1,3) + h(−3, −3,1) + t (2,1, −2)
( x, y, z ) = (2 − 3h + 2t , − 1 − 3h + t , 3 + h − 2t )

 x = 2 − 3h + 2t

π :  y = −1 − 3h + t Equação Paramétrica
 z = 3 + h − 2t

Ângulo entre uma Reta e um Plano

r  
n⋅v
n cos φ =  
φ
v n v
π θ

θ = 90 − φ
0
Ângulo entre dois planos
n1
n2
θ

π2

 
θ n1 ⋅ n2
cos θ =  
n1 n2
π1
Paralelismo entre uma Reta e um Plano

v n
n
π r
v
 
v⋅n = 0
Paralelismo Entre Planos

n1 = ( a1 , b1 , c1 )


n2 = ( a2 , b2 , c2 )


n2
π2
n1
a1 b1 c1
π1 = =
a2 b2 c2
Perpendicularismo entre uma Reta e um Plano

n = ( an , bn , cn )

r
v = ( av , bv , cv )


v
n
an bn cn
π = =
av bv cv
Perpendicularismo Entre Planos

n1 = ( a1 , b1 , c1 )


n2 = ( a2 , b2 , c2 )

n2
n2
π2
n1
n1
 
π1
n1 ⋅ n2 = 0
INTERSEÇÕES
Interseção Entre Duas Retas Reversas

π2

π1
Interseção Entre Duas Retas Coplanares

π
θ

0 ≤ θ ≤ 90o
Interseção Entre Dois Planos

0 ≤ θ ≤ 90o
Interseção Uma Reta e um Plano

0 ≤ θ ≤ 90o
DISTÂNCIAS
Distância Entre Dois Pontos no Plano (R²)

P2(x2, y2)
y2

y2 – y1

d ( P1 , P2 ) = P1 P2

y1
P1(x1, y1)
x2 – x1

x
O(0,0) x1 x2
z2 Distância Entre Dois Pontos no
Espaço (R³)

z1
P2
P1

y1 y2

x1 P1 ’
d ( P1 , P2 ) = P1 P2

x2
P2 ’
Distância de um Ponto e uma Reta

P0
r
d
 
v × P1 P0
P1
v
d = d ( P0 , r ) = 
v
Distância Entre Duas Retas Paralelas

s
Ps
r
d
 
vr × Pr Ps
d = d ( Ps , r ) = 
vr
Distância Entre Duas Retas Reversas
s
vs
Ps

vs
d
( )
  
vr , vs , Pr Ps
Pr
d = d ( r, s ) =  
vr r vr × vs
Exercício: Calcule a distância entre os pontos
P1(7,3,4) e P2(1,0,6).

P1 (7,3, 4) P2 (1, 0, 6)

P1 P2 = (−6, −3, 2)

d ( P1 , P2 ) = P1 P2 = (−6, −3, 2)


= (−6) 2 + (−3) 2 + 22
= 36 + 9 + 4
= 49 → d ( P1 , P2 ) = 7
Exercício: Calcule a distância entre o ponto P(2,0,7) e
x y−2 z −7
a reta r : = =
2 2 1

P(2, 0, 7) Pr (0, 2, 7)v r = (2, 2,1)  
vr × PPr
d ( P, r ) =

> PPr = (−2, 2, 0) 
 vr
> vr = 22 + 22 + 12 = 3
6 2
 i =
j k
  
3
      
> vr × PPr = det  2 2 1  = −2i + 2 j + 8k =2 2
 −2 2 0 
 
> vr × PPr = ( −2 ) + ( 2 ) + ( 8 ) = 6 2
2 2 2
 
CÔNICAS
A Parábola

Parábola
É o lugar geométrico dos
pontos de um plano na qual
a distância entre estes
F pontos e a reta geratriz é
igual a distância destes
pontos ao foco da parábola.
Geratriz
A Parábola
  p   p
y FP =  x, y −  P`P =  0, y + 
 2  2

d FP = d P `P
 
FP = P`P
2 2
 p  p
x + y−  =  y+ 
2

 P(x,y)  2  2
FP  p 
2
p
2

F(0,p/2) x + y−  = y+ 
2
  2  2
p/2 P`P x p2 p2
x + y − py +
2 2
= y + py +
2

4 4
-p/2 x 2 − py = py
d
P’(x,-p/2))
x 2 = 2 py
A Parábola

A equação x² = 2py é conhecida como equação reduzida da


parábola e constitui a forma padrão da equação da parábola.
p>0
Analisando a equação, conclui-se que o tremo 2py y>0
é sempre positivo, pois x² ≥ 0, então p e y sempre
terão o mesmo sinal. Consequentemente se p > 0,
a parábola terá concavidade para cima, enquanto
que p < 0, a parábola terá concavidade para baixo. p<0
y<0
A Elipse

B2
É o lugar geométrico dos
P(x,y)
pontos de um plano na qual
soma das distâncias a dois
A1 F1 C F2 A2
pontos fixos desse plano é
constante, ou seja:
B1
dF1P + dF2P = dA1A2
Consideramos que os pontos F1 e F2 são os focos, C é o centro, e, A1,
A2, B1 e B2, são os vértices da elipse.
A Elipse

(0,b) a
b

c
(- a,0) F1 (-c,0) C F2 (c,0) (a,0)
2c

(0,- b)
a =b +c
2 2 2

2a
A Elipse
d F1P + d F2 P = d A1 A2
(0,b)   
F1 P + F2 P = A1 A2
P(x,y)
( x + c) ( x − c) ( 2a )
2 2 2
 + y2 + + y2 =
F2 P 
F1P ( x + c)
2
+ y 2 = 2a − ( x − c)
2
+ y2

( )
2
(- a,0) F1 (-c,0) C F2 (c,0) (a,0) ( x + c)
2
+ y2 = 2
2aa− ( x − c)
2
+ y2
2c
( x − c) + y2 + ( x − c) + y2
2 2
x 2 + 2cx + c 2 + y 2 = 4a 2 − 4a
(0,- b)
( x − c)
2
x 2 + 2cx + c 2 + y 2 = 4a 2 − 4a + y 2 + x 2 − 2cx + c 2 + y 2
2a 4a ( x − c)
2
+ y 2 = 4a 2 − 4cx

F1 P = P − F1 = ( x + c, y ) a 2 − cx

( x − c) + y =
2 2

a
F2 P = P − F2 = ( x − c, y )

2
 a 2 − cx 
( x − c) + y = 
2 2

A1 A2 = A2 − A1 = ( 2a, 0 )

 a 
A Elipse
a 4 − 2a 2 cx + c 2 x 2
(0,b) x − 2cx + c + y =
2 2 2

P(x,y) a2
a 2 x 2 −2a 2 cx + a 2 c 2 + a 2 y 2 = a 4 −2a 2 cx + c 2 x 2

F2 P 
F1P

(- a,0) F1 (-c,0) C F2 (c,0) (a,0)


a 2 x 2 − c 2 x 2 + a 2 y 2 = a 4 − a 2c 2
2c (a 2
− c2 ) x2 + a2 y2 = a2 ( a2 − c2 )
(0,- b) b 2 x 2 + a 2 y 2 = a 2b 2
2a b2 x 2 + a 2 y 2
2 2
=1
ab

x2 y2
2
+ 2 =1
a b
A Hipérbole

P
É o lugar geométrico dos pontos
de um plano cuja a diferença das

A1
distâncias, em valor absoluto, a
F1 A2 F2
dois pontos fixos deste plano é
cosntante: |dF1P - dF2P|= dA1A2
Consideramos que os pontos F1 e F2 são os focos, C é o centro, A1 e
A2, os vértices da hipérbole, e a distância entre F1 e F2, é dita distância
focal.
A Hipérbole

B2(0,b) c
b
c
b
a
F1(-c,0) F2(c,0)
A1(-a,0) a A2(a,0)

c = a +b
2 2 2

B1(0,-b)
2c
A Hipérbole
d F1P − d F2 P = d A1 A2

P(x,y)
  
F1 P − F2 P = A1 A2

( x + c) ( x − c) ( 2a )
2 2 2
+ y2 − + y2 =

( x + c) ( x − c)
2 2
+ y2 − + y 2 = ± 2a
F1(-c,0) A1 (-a,0) C A2 (a,0) F2(c,0)
( x + c) ( x − c)
2 2
+ y 2 = ±2a − + y2

( )
2
( x + c) ( x − c)
2 2
+ y = ±2a −
2
+y 2

2a
2c x 2 + 2cx + c 2 + y 2 = 4a 2 ± 4a ( x − c)
2
+ y2 + ( x − c) + y2
2

F1 P = P − F1 = ( x + c, y ) ( x − c)
2
x 2 + 2cx + c 2 + y 2 = 4a 2 ± 4a + y 2 + x 2 − 2cx + c 2 + y 2


( x − c)
2
± 4a + y 2 = 4a 2 − 4cx
F2 P = P − F2 = ( x − c, y )

 a 2 − cx 
A1 A2 = A2 − A1 = ( 2a, 0 ) ( )
2
− + = ±
 2
x c y  
 a 
A Hipérbole
2
 a 2 − cx 
( x − c) + y = 
2 2

 a 
P(x,y) a 4 − 2a 2 cx + c 2 x 2
x − 2cx + c + y =
2 2 2

a2
a 2 x 2 −2a 2 cx + a 2 c 2 + a 2 y 2 = a 4 −2a 2 cx + c 2 x 2
A1 (-a,0) C A2 (a,0)
F1(-c,0) F2(c,0) a 2 x 2 − c 2 x 2 + a 2 y 2 = a 4 − a 2c 2
(a 2
− c2 ) x2 + a2 y 2 = a2 ( a2 − c2 )
2a − b 2 x 2 + a 2 y 2 = − a 2b 2
2c b2 x2 − a 2 y 2
2 2
=1
ab

x2 y2
− =1
a 2 b2
Translação de Eixos
y y'

P Então, com a ajuda da figura, temos


que:
y'
x = x’ + h e y = y’ + k
y x'
O’(h,k) Ou então:
x'
k
x' = x - h e y’ = y - k
x
O(0,0)
h
x
Equação geral da Parábola
( x`) = 2 p ( y`)
2

( x − h ) = 2 p ( y − k ) (Equação Padrão da Parábola)


2

x 2 − 2hx + h 2 = 2 p ( y − k )

x 2 − 2hx + h 2
y−k =
2p
 1  2  h  h2 
y−k =  x +  −  x +  
V(h,k)  2p   p  p
k
 1  2  h  h2 
y=  x +  −  x +  +k
h  2p   p  p 

 1   h  h2 
 x`= x − h fazendo : a= ; b =  - ; c = +k
( x`) = 2 p ( y`)
2
 →  2p   p  p 
 y`= y − k
y = ax 2 + bx + c (Equação Geral da Parábola)
Equação geral da elipse

B2
( x`) ( y`)
2 2

+ =1
a2 b2
A1 F1 F2 A2
C (x’, y’) ( x − h) (y −k)
2 2

+ =1 (Equação Padrão da Elipse)


a2 b2
B1
x 2 − 2hx + h 2 y 2 − 2ky + k 2
+ =1
a2 b2
b 2 ( x 2 − 2hx + h 2 ) + a 2 ( y 2 − 2ky + k 2 ) = a 2b 2

( bx ) + ( ay ) − 2 ( b 2 hx + a 2 ky ) = a 2b 2 − b 2 h 2 − a 2 k 2
2 2

( bx ) + ( ay ) − 2 ( b 2 hx + a 2 ky ) = a 2b 2 − b 2 h 2 − a 2 k 2
2 2

( x`) ( y`)
2 2
 x`= x − h
 → + =1 − 2 ( b 2 hx + a 2 ky )
( bx ) + ( ay )
2 2
 y`= y − k a2 b2 =1
a 2b 2 − b 2 h 2 − a 2 k 2
Equação geral da elipse

 b2  2  a2  2  b2h   a 2k 
 2 2 2 2 2 2 
x + 2 2 2 2 2 2 
y − 2 2 2 2 2 2 2 
x − 2 2 2 2 2 2 2 
y =1
 a b − b h − a k   a b − b h − a k   a b − b h − a k   a b − b h − a k 

1  b2  1  a2 
Fazendo : 2
=  2 2 2 2 2 2 ; 2
=  2 2 2 2 2 2  ; n = −2h; m = −2k
A  a b -b h -a k  B  a b -b h -a k 

x 2 y 2 nx my
+ + + =1
A2 B 2 A2 B 2

 x 2 + nx   y 2 + my 
 2 + 2  =1 (Equação Geral da Elipse)
 A   B 
Equação geral da Hipérbole

( x`) ( y`)
2 2

− =1
a2 b2

( x − h) (y −k)
2 2

− =1 (Equação Padrão da Elipse)


F1 A1 A2 F2 a2 b2
C(x’,y’)

x 2 − 2hx + h 2 y 2 − 2ky + k 2
− =1
a2 b2
b 2 ( x 2 − 2hx + h 2 ) − a 2 ( y 2 − 2ky + k 2 ) = a 2b 2

( bx ) − ( ay ) − 2 ( b 2 hx − a 2 ky ) = a 2b 2 − b 2 h 2 + a 2 k 2
2 2

( bx ) − ( ay ) − 2 ( b 2 hx − a 2 ky ) = a 2b 2 − b 2 h 2 + a 2 k 2
2 2

( x`) ( y`)
2 2
 x`= x − h
 → − =1 − 2 ( b 2 hx − a 2 ky )
( bx ) − ( ay )
2 2

 y`= y − k a2 b2 =1
a 2b 2 − b 2 h 2 + a 2 k 2
Equação geral da Hipérbole

 b2  2  a2  2  b2h   a2k 
 2 2 2 2 2 2 
x − 2 2 2 2 2 2 
y − 2 2 2 2 2 2 2 
x + 2 2 2 2 2 2 2 
y =1
 a b − b h + a k   a b − b h + a k   a b − b h + a k   a b − b h + a k 

1  b2  1  a2 
Fazendo : =  2 2 2 2 2 2 
; =  2 2 2 2 2 2 
; n = −2h; − m = 2k
A  a b -b h + a k 
2
B 2
 a b - b h + a k 

x 2 y 2 nx my
− + − =1
A2 B 2 A2 B 2

 x 2 + nx   y 2 + my 
 2 − 2  = 1 (Equação Geral da Elipse)
 A   B 

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