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Pedro Cepeda II
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais e ao meu irmão pela confiança depositada e por todo
o trabalho que também eles tiveram durante este percurso.
Ao meu orientador, Dr. Ricardo Mena, devo também palavras de apreço, pois
teve uma disponibilidade total e uma orientação sempre atenta, com sugestões plenas
de sabedoria e palavras de incentivo em todos os momentos.
Pedro Cepeda IV
ABSTRACT
In this context, place marketing has gained importance in the academic sphere
and in public administration. Thus, we decided to investigate this matter, having as a
physical support a peripheral region such as Bragança. As well, we observed through
literature review on the subject that the inclusive and collaborative management
models of territory marketing were taking special predominance in the field of public
governance, mostly on the mobilization of different stakeholders, mainly residents.
Pedro Cepeda V
ÍNDICE
RESUMO ................................................................................................................................... IV
ABSTRACT ................................................................................................................................ V
ÍNDICE...................................................................................................................................... VI
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................11
4. METODOLOGIA ............................................................................................................44
Pedro Cepeda VI
4.1. OBJETIVO GERAL E OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................... 44
4.2. MODELO CONCETUAL ......................................................................................................... 45
4.3. MÉTODO........................................................................................................................... 48
4.4. TÉCNICAS DE PESQUISA...................................................................................................... 48
4.4.1. ENTREVISTA ....................................................................................................................... 49
4.4.2. QUESTIONÁRIO ................................................................................................................... 51
6. CONCLUSÕES ................................................................................................................81
7. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................85
8. NETGRAFIA ..................................................................................................................91
9. ANEXOS.........................................................................................................................92
Pedro Cepeda IX
ÍNDICE DE TABELAS
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1. INTRODUÇÃO
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A opção pelo estudo de uma cidade de pequena/média dimensão de uma
região periférica como é Trás-os-Montes encontra a sua principal justificação nas
palavras de Fidalgo acima transcritas. Existem, de facto, na actualidade, muitos
estudos e aplicações práticas de sucesso do Marketing Territorial, contudo, quase
sempre refletem realidades de grandes cidades/regiões, nas quais, quase
intuitivamente se percebe que existe um manancial de oportunidades e poucos
constrangimentos ao desenvolvimento de estratégias de Marketing Territorial.
Pedro Cepeda 12
responsabilidade na gestão do território em várias áreas, com técnicas quantitativas
com a aplicação de 408 questionários à população residente.
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2. REVISÃO DA LITERATURA
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redução dos seus custos, ao grande impulso da tecnologia, entre outros
fatores. A globalização, ao terminar com as barreiras e obstáculos antes
conhecidos, permitiu que as empresas pudessem atuar em qualquer
parte do mundo, havendo, cada vez mais, uma maior
internacionalização do mercado.
Cracolici e Nijkamp (2008) definem competitividade como a expressão de
superioridade qualitativa e quantitativa de um determinado ator sobre o conjunto de
concorrentes existentes e potenciais. Os territórios competitivos são aqueles que
afirmam a sua posição de superioridade no mercado global em diferentes vertentes.
De acordo com Silva (2007), a competitividade de uma região advém, não só
da competitividade das empresas que aí estão instaladas e da sua interação, mas
também de outros agentes coletivos, como é o caso de redes formais e informais de
inovação e conhecimento, capital social e confiança institucional. Esta ideia é
complementada por Martins et al. (2007) que referem que as cidades são elementos
estruturantes da economia, aglutinadoras de pessoas e de atividades, espaços de
interação e de criatividade, onde se formam complementaridades e sinergias.
A competitividade territorial de uma região/cidade depende da sua
capacidade em produzir e comercializar bens (tangíveis) e serviços (intangíveis) com
um valor superior ao dos bens e serviços produzidos noutras regiões urbanas, seja
através do preço, qualidade ou inovação associada. A capacidade de criar
conhecimento e de o integrar em novos produtos e processos produtivos e
organizacionais, ou em novas soluções materiais e imateriais (inovação), aparece
como essencial para aumentar a atratividade e sustentabilidade dos territórios
(Webster e Muller, 2000).
Vive-se um período ímpar da história, no qual as cidades se veem obrigadas a
aumentar indefinidamente a sua competitividade, pois só assim conseguirão
sobreviver a um mercado violentamente concorrencial, onde as regras são ditadas
pela sociedade do conhecimento, da informação, da criatividade e do
desenvolvimento sustentável.
Segundo Kotler e Amstrong (1993), é na dualidade entre competitividade e
desenvolvimento sustentado que se situam as abordagens contemporâneas de
Pedro Cepeda 15
mercantilização do território na medida em que o alcance dos seus objetivos se dá
apenas quando o público interno, particularmente cidadãos, trabalhadores e
empresas instaladas no território encontram as suas necessidades satisfeitas. Todas
as cidades, territórios e lugares têm que aprender a competir, aprender a desenvolver
produtos, mercados e clientes (Kotler, Gertner, Rein e Haider, 1993).
Pedro Cepeda 16
por uma visão sistémica do território, em que todos os seus elementos estão
interligados (Ferrão, 2000).
Segundo Simão (2008), o planeamento estratégico é um processo de gestão
territorial que define uma grande vontade de desenvolvimento para um determinado
período, normalmente a médio/longo prazo, e é ajustado num conjunto de eixos
estratégicos partilhados pelos atores locais mais influentes. Fonseca & Ramos (2004)
comungam da ideia da importância dos atores locais, de acordo com estes autores,
confere-se agora relevância não só a fatores quantitativos, de mensuração dos
fenómenos, à semelhança das técnicas do planeamento tradicional, como também a
fatores qualitativos, não mensuráveis. Esta alteração dos pressupostos e dos objetivos
acarreta uma mudança ao nível dos métodos e das técnicas de ação, aprofundando-se
formas de análise das dinâmicas sociais até então inexploradas, relacionadas com a
participação dos atores locais (Fonseca & Ramos, 2004).
A gestão territorial desenvolve-se num contexto complexo de cenários e perfis
sociais, económicos e políticos dificilmente harmonizáveis e a execução territorial
encontra-se muito na dependência da atuação e do comportamento particular dos
indivíduos e entidades territoriais agregados ao território e que de alguma forma
influenciam ou são influenciados por este (Rainisto, 2003).
Promover com estratégia um território exige uma visão alargada sobre ele
mesmo, sobre os residentes, sobre os recursos locais disponíveis, as suas
especificidades, as associações que nele atuam, as universidades que desenvolvem
criatividade e conhecimento e as pequenas e médias empresas, entre outros agentes
económicos e sociais (Kavaratzis e Ashworth, 2008).
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unidade de análise em termos de competitividade, cuja gestão é assumida pelo poder
público. Desta forma, as políticas públicas são uma variável de extrema importância,
em virtude de influenciarem significativamente o ambiente de competitividade de um
país (Porter, 1994).
Num contexto de globalização, que, com frequência, quase de forma direta, se
associa à desvalorização do território enquanto elemento definidor de um
determinado quadro social, a leitura do espaço geográfico parece subalternizada,
como se apenas o papel histórico se refletisse sobre a dinâmica passada das
sociedades enquanto símbolos de uma determinada territorialidade (Caetano, 2002).
Neste contexto, Araújo (2002) defende que é necessário adotar novos modelos
de organização, centrados ao nível do desempenho, da estabilidade da atividade dos
serviços públicos e da promoção da eficiência coletiva, são necessidades patentes da
nossa economia. Atualmente, assistimos a uma maior abertura à interação e parceria
entre os organismos públicos com organismos privados e atores locais relevantes,
sendo um sinal da desburocratização e externalização dos serviços públicos. Modelos
alternativos de governação local que contemplam a participação dos cidadãos através
do associativismo e outras formas de intervenção estão já presentes, em maior ou
menor grau, na governação local em Portugal.
Abordando ainda a realidade nacional, Fidalgo (2009) refere que os atores
presentes no território têm de pôr de lado a postura reativa e de gestão quotidiana
que têm vindo a assumir nas últimas décadas para adotar uma nova postura e
filosofia organizacional pró-ativa e prospetiva.
Segundo Ribeiro e Santos (2005), a política de desenvolvimento local pode
entender-se como uma forma flexível de regulação do ajustamento, cujo êxito ficará a
dever-se à sua capacidade de instrumentar a coordenação territorial das atuações e a
cooperação dos agentes públicos e privados, contudo, de forma a suportarem a
elevada competitividade, a gestão urbana terá que se organizar eficientemente e
aceder às estratégias orientadas pelo marketing numa linha de competição e
interdependência entre cidades num contexto de internacionalização e alargamento
das escalas espaciais das relações económicas (Fernandes e Gama, 2006).
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2.1.4. Dinâmicas de Cooperação Territorial
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2.1.5. Cidades Competitivas, Inovadoras e Criativas
Estética.
O crescente impacto económico dos sectores da cultura e da criatividade, o seu
efeito de arrasto sobre outros sectores, a sua importância nos processos de coesão
territorial e a sua maior influência nos indicadores de qualidade de vida dos cidadãos
converte-os em elementos estratégicos para definir a competitividade dos territórios
(Martins, 20012).
Com o intuito de promover o crescimento e a vitalidade das cidades, múltiplas
iniciativas suportadas na ideia de “criatividade” têm vindo a ser planeadas e
desenvolvidas, por exemplo, no âmbito das estratégias de desenvolvimento local, de
operações de renovação e requalificação urbana ou de ações de desenvolvimento
regional centradas em setores inovadores e menos convencionais. O reconhecimento
de que o conhecimento e a inovação são matérias fundamentais para manter o
potencial competitivo e atrativo nas sociedades contemporâneas mudou
radicalmente a forma de pensar e agir dos atores económicos e institucionais (Costa
et al., 2006).
Segundo Vaz (2004), as cidades estão a tornar-se num objeto cuja imagem
está a ser permanentemente trabalhada e promovida. A identidade das cidades tende
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também a evoluir, deixando de ser uma identidade clássica para passar a ser uma
identidade ligada ao potencial do lugar. As cidades são cada vez mais conhecidas por
aquilo que são capaz de fazer e propiciar ou pelas capacidades virtuais que são
afirmadas pelo marketing urbano ou de representações que se vão difundindo e
solidificando.
Na gestão do sector público é chave e indispensável ter um objetivo que
consiga satisfazer as necessidades dos diferentes atores envolvidos na comunidade,
através de diversas políticas que visem o maior aproveitamento dos recursos com os
que conta determinado território e gerando eficiência. Neste contexto, o marketing
torna-se em fator estratégico, quer para uma cidade quer para uma região ou um país,
pois vai ajudar a definir o nível de desempenho necessário para o desenvolvimento
do território (Gutierrez, 2013).
Pedro Cepeda 21
mas sim da forma qualitativa como se insere no sistema urbano de proximidade e
como se relaciona com os restantes territórios, é que os aspetos simbólicos, a
espessura da sua identidade sociocultural, são aspetos qualitativos da maior
importância para áreas de baixa densidade, fundamentais para a sua afirmação (Vaz,
2004).
Costa (2002) defende que o peso da posição e as condições geográficas e
económicas do sítio onde se localiza a cidade, que até então apareciam como
determinantes do seu desenvolvimento, perdeu preponderância, apontando a
envolvente, questões culturais, sociais e económicas como fatores determinantes da
centralização e fortalecimento da organização e estruturação de centros urbanos.
Beira (2005) advoga que se uma região não tomar nas suas próprias mãos as
questões de promoção e de procura de investimento e de desenvolvimento, não serão
os outros a fazerem o seu trabalho. Ou pelo menos não deve estar sempre à mercê e a
contra com o casuísmo dessas contribuições de terceiros. Não será apenas pelo lado
das políticas do poder central que a convergência regional irá acontecer.
Para se integrarem na lógica do mercado global, as cidades médias devem
afirmar-se como entidades com dinâmicas próprias, capazes de mobilizar os seus
recursos e atores locais, de desenvolver formas de regulação económica e social que
garantam a sustentabilidade do seu processo dinâmico e contínuo de
desenvolvimento: a dinâmica das cidades médias dependerá igualmente do seu grau
de inserção nos sistemas regional, nacional e global, justificando-se a necessidade da
sua integração nas redes de cooperação.
Reconstruir o interior destruindo a interioridade (ou reduzir a perificidade de
um território) implica, pois, o desenvolvimento de estratégias ativas de inclusão:
mobilizar atores individuais e coletivos, integra-los em objetivos comuns e em linhas
de rumo estrategicamente partilhadas, co responsabilizá-los na missão de criar
condições de desenvolvimento para as regiões onde vivem e atuam. E, nesta tarefa
específica, cabe ao Estado um papel crucial, impulsionando direta e indiretamente
estas estratégias ao mesmo tempo que combate com vigor a cultura assistencialista
(Ferrão, 1997).
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As cidades de regiões periféricas devem então definir estratégias que lhes
permitam afirmar-se no contexto global. Estas estratégias devem passar, como vimos
anteriormente, pela promoção da cooperação entre os diferentes agentes do
território e pela colaboração com outras cidades, numa abordagem em rede às
questões do desenvolvimento e no aproveitamento dos recursos endógenos.
Interioridade e perificidade não devem ser sinónimos de inércia.
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“marketing places”, “promotion of urban places”, “citymarketing” (Azevedo et al.,
2010).
Pedro Cepeda 24
Territorial aplicado às cidades médias portuguesas: os casos de Évora e Portalegre”,
que o Marketing Territorial pode ser definido como sendo a análise, planificação,
execução e controlo de processos concebidos pelos atores de um território, de forma
mais ou menos concertada e institucionalizada. A sua finalidade é, por um lado,
responder às necessidades das pessoas e do seu território e, por outro, melhorar a
curto e longo prazo a qualidade e competitividade global da cidade no seu ambiente
concorrencial.
Recentemente, surgiram novas definições e abordagens como a (Bergqvist,
2009) que indica que o Marketing (territorial) Estratégico se centra num conjunto de
argumentos assentes nas capacidades e competências únicas que atraem o público ao
território, prevendo e visando um melhor aproveitamento desses recursos em prol do
desenvolvimento territorial.
Braun (2008) criou uma definição específica com base na definição de
Marketing da AMA - American Marketing Association. Segundo o autor, o Marketing
da Cidade é o uso coordenado de ferramentas de marketing apoiada numa filosofia
orientada para o cliente, para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas urbanas que
têm valor para os “clientes” da cidade e para comunidade em geral, contudo, de
acordo com Nunes (2011), o Marketing Territorial apresenta alguns aspetos
distintivos e peculiares:
Dificuldade de identificar de forma objetiva as potencialidades a
explorar e divulgar;
Frequente desconfiança entre o sector público e privado com
consequente dificuldade de harmonização;
Dificuldade no financiamento para as ações de marketing territorial;
Existência de uma multiplicidade de alvos a que se direciona
(nomeadamente recursos humanos quer residentes quer externos à
região, empresários e investidores, turistas);
Existência, numa mesma unidade territorial de diferentes interesses,
por vezes conflituais;
Dificuldade na aferição e avaliação das medidas implementadas, no
curto e mesmo no médio prazo.
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Diversos autores (Kotler, 1993, Braun, 2008) fizeram referência ao público-
alvo do Marketing Territorial, Gutierrez (2013) refere que se deve orientar de modo a
garantir à sociedade (residentes, visitantes e investidores) o bem-estar, o
desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social. Para isto, é necessário
identificar as principais necessidades destes agentes e, com base nestas, criar os
objetivos e estratégias que levarão a comunidade ao estado desejado, promovendo
uma constante interação e relacionamento mais próximo entre a função pública e a
comunidade.
Para Kotler et al. (1999), o Marketing Territorial tem como função o
desenvolvimento de estratégias que potenciem e tornem pública a competitividade
da região relativamente ao que se pode constituir como fator de atratividade,
nomeadamente:
Hard factors que remetem para fatores como estabilidade económica,
níveis de produtividade, custos, serviços locais de apoio, localização,
tecnologias e incentivos financeiros;
Soft factors que estão associados à dimensão mais intangível do
território e se relacionam com fatores como qualidade de vida,
cultura, empreendedorismo, flexibilidade e dinamismo.
Segundo Gama e Fernandes (2006), o marketing adaptado ao território
reflete-se num conjunto de atividades cujo objetivo se prende com a otimização das
funções urbanas, características e condições, quer para os seus habitantes e para as
empresas, quer para os seus turistas, visitantes ou investidores, sendo encarado como
um conjunto de atividades de suporte ao desenvolvimento de um lugar, região ou país
através da melhoria da sua capacidade concorrencial (colocando o território “no
mercado” ou fortalecendo o seu “ranking” e posição no mesmo).
Kavaratzis e Ashworth (2008) identificam alguns desafios para o futuro do
Marketing Territorial:
A necessidade de um entendimento coletivo e apreciação do Marketing
Territorial antes de iniciarem qualquer procedimento;
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O significado de uma ampla cooperação e atribuição clara do papel de
cada interveniente, bem como uma coordenação eficaz das atividades
de marketing;
A importância da implementação de marketing como um processo e
não como o desenvolvimento de atividades esporádicas ou
fragmentadas;
A expansão da compreensão de marketing para além da área
relacionada com o turismo;
A necessidade de envolver as comunidades locais a um grau muito mais
elevado para a concretização das estratégias de marketing e integrar
as suas necessidades em todas as fases do processo de marketing;
A ampliação da compreensão da competição interurbana atual,
apresentando as possibilidades para um melhor aproveitamento de
oportunidades no ambiente;
Uma melhor compreensão ao nível da monitorização e avaliação das
atividades de marketing, bem como dos seus resultados.
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O branding gera valor territorial e ajuda a criar perspetivas de futuro, quando
construído com base nas características objetivas de cada lugar em particular. Será
importante desenvolver um elo de ligação real entre um território (o produto), e a
sua promessa, expressa pela comunicação quer ao nível interno como externo
(Gomes, 2012).
A marca territorial pode promover o reconhecimento pelo lugar, posicionar,
credibilizar, diferenciar, apoiar e potenciar o desenvolvimento pois constitui, entre
outros, uma fonte de atração de públicos (particulares e organizacionais), um
elemento motivador do sentimento de pertença dos públicos territoriais internos,
uma alavanca para parcerias estratégicas e um efeito de âncora para os esforços de
marketing (Gaio, 2010).
A abordagem integrada de gestão da marca cidade foi definida por Kavaratzis
(2009) em oito diferentes categorias:
1) Visão e estratégia dos líderes (ter uma visão de futuro para a cidade e
desenvolver uma estratégia clara para a realizar).
2) Cultura interna (mostrar a orientação para a marca através da
administração da cidade e da própria organização de marketing).
3) Comunidades locais (dar prioridade às necessidades locais, envolvendo os
residentes, empresas, parceiros públicos e privados, para que desenvolvam e
entreguem a marca).
4) Sinergias (conseguir acordo e apoio das várias partes interessadas,
promovendo uma participação equilibrada).
5) Infraestrutura (providenciar as necessidades básicas sem as quais a cidade
não pode corresponder às expectativas criadas pela sua marca).
6) Ambiente e cenários (capacidade do ambiente construído para representar
a cidade e reforçar a marca da cidade).
7) Oportunidades (oportunidades orientadas para indivíduos, como serviços, e
para empresas, como incentivos fiscais, que mostram o potencial da cidade).
8) Comunicações (afinar todas as mensagens intencionalmente comunicadas).
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2.2.3. Planeamento e Aplicação Estratégica do Marketing Territorial
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Figura 2 - Elementos do marketing estratégico do lugar / cidade
Pedro Cepeda 30
económica/organizacional; os visitantes procuram um ambiente atrativo e acesso às
principais atrações da cidade; os investidores procuram uma cidade que possa
garantir o retorno no seu investimento (podem ser investimentos imobiliários,
financeiros, etc.).
Gaio e Gouveia (2007) reuniram e interligaram os principais conceitos
subjacentes à aplicação prática do Marketing Territorial.
Pedro Cepeda 31
território face ao emprego, índices de produtividade, nível de especialização,
inovação e tecnologia, bem como, na sua dimensão social, as envolventes culturais,
recreativas e outras.
Azevedo et. al (2010) sistematizaram as respostas num modelo sequencial:
Figura 4 - Etapas do processo de planeamento estratégico
Pedro Cepeda 32
O processo de planeamento estratégico de uma cidade deve realizar a
implementação dos quatro estádios que ocorrem em qualquer tipo de gestão de
marketing: (1) Análise; (2) Planeamento e definição de objetivos e estratégias; (3)
Execução de tarefas que visem atingir os objetivos definidos; (4) Monitorização de
resultados (Azevedo et. al 2010).
Alguns fatores críticos de sucesso para o Marketing Territorial foram
apresentados por Rainisto (2003). Na obra “Success factors of place marketing: A
study of place marketing practices in Northern Europe and the United States”, o autor
analisa as cidades de Helsínquia, Estocolmo, Copenhaga e Chicago referenciando
exemplos de práticas de marketing territorial bem-sucedidas.
Pedro Cepeda 33
externa do prisma (união política, coincidências do processo, desenvolvimento local e
mercado global), representam os desafios do ambiente externo.
O autor refere ainda que deve existir uma capacidade de organização
suficiente para a gestão da parte estratégica do processo, bem como para a execução
operacional dos programas. Esta capacidade traduz-se na competência de gestão dos
recursos do local. O autor considera também que o pensamento estratégico é
essencial para o Marketing Territorial, sem ele, o sucesso acontecerá apenas “por
acidente”. A análise do modelo é completada pela estrita necessidade de
acompanhamento e monitorização das ações de Marketing Territorial.
Baseados numa extensa revisão da bibliografia existente, Alves e Aragonez
(2012) desenvolveram um modelo para a aplicação do Marketing Territorial que,
segundo os autores, se traduz num contributo para o trabalho de planeamento e
desenvolvimento das cidades, numa junção de várias teorias e conceitos, de forma a
guiar e orientar o crescimento e desenvolvimento das cidades sustentáveis e
competitivas.
Pedro Cepeda 34
O modelo é minuciosamente explicado pelos autores, recorrendo às teorias,
conceitos e autores que serviram de base para a sua conceção.
Pedro Cepeda 35
2.2.4. Integração dos Stakeholders no Marketing Territorial
Pedro Cepeda 36
Segundo Gama e Fernandes (2006), a articulação, cooperação e organização
entre os agentes em busca de um único fim é fundamental na busca de uma posição
assumida para o território, sendo este quadro um dos vetores chave das estratégias
de marketing territorial.
Pedro Cepeda 37
Para reduzir o défice de comunicação entre as instituições públicas e os
cidadãos;
Pedro Cepeda 38
As primeiras abordagens à satisfação no âmbito do marketing territorial
foram efetuadas por Insch e Florek (2008) que desenvolveram um modelo de
satisfação com o lugar a partir das abordagens de satisfação do cliente. Mais
recentemente, Insch (2010) desenvolveu uma ferramenta que permite identificar as
lacunas nas perceções dos residentes sobre os diferentes aspetos da vida nas cidades
que influenciam positiva ou negativamente a sua satisfação geral com o lugar.
Pedro Cepeda 39
A vinculação implica o desejo de se manter um relacionamento com aquele
lugar ao longo do tempo e em diferentes fases da vida quer pela relação com as suas
características físicas quer sociais. Estes dois tipos de características geralmente
surgem juntas e tornam-se fonte de afetos em relação ao lugar onde se vive. Por estas
razões, o desenvolvimento de laços emocionais com os lugares é em si um pré-
requisito ao próprio equilíbrio psicológico e ao bom ajustamento do indivíduo com o
meio, facilitando o seu envolvimento nas atividades locais existentes (Freire, 2012).
Pedro Cepeda 40
São diversos os exemplos encontrados na literatura que abordam o “word-of-
mouth” na perspetiva do marketing turístico e da recomendação de um determinado
destino por parte dos turistas. Na perspetiva do marketing territorial encontram-se
menos abordagens, contudo, conforme referem Gaio e Gouveia (2009), o fenómeno de
“word-of-mouth” é em si um fenómeno de rede materializado pela translação de
opiniões e perceções que, no caso dos lugares, se manifestam de forma
particularmente relevante. Neste contexto, os residentes podem ser um ativo
importante na promoção de um lugar através da comunicação boca-a-boca,
transformando-se em prescritores e embaixadores desse mesmo território.
Pedro Cepeda 41
3. BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DO CASO DE ESTUDO
Pedro Cepeda 42
transição do milénio, a sua atratividade e liderança regional ao nível das atividades
económicas exportadoras. Bragança, no ano de 2000, representava 0,14% das
exportações da Região Norte. Em 2011, representou 2,04% (http://www.cm-
braganca.pt/).
Pedro Cepeda 43
4. METODOLOGIA
Objetivo geral:
Objetivos específicos:
Pedro Cepeda 44
Medir a satisfação, vinculação e recomendação (word-of-mouth) dos
residentes em relação a Bragança;
Pedro Cepeda 45
“As redes de cooperação não são mais que meios para
adquirir uma vantagem competitiva. Por isso, incluir estas
ferramentas no plano estratégico para os territórios é
Cooperação Martins et al. (2008)
essencial e imperativo, pois levar ao território a um campo
de inovação é uma das exigências para os territórios
sobreviverem neste mundo globalizado e competitivo.”
O Papel dos residentes “Os cidadãos podem desempenhar diferentes papéis, todos
no Marketing eles importantes para o marketing da cidade: acionistas Azevedo et al (2010)
Territorial (investindo na cidade, vivendo nela e pagando impostos),
Pedro Cepeda 46
clientes (alimentando expectativas em relação à cidade nos
campos da educação, saúde e emprego), produtores
(criando produtos ou prestando serviços na cidade) e,
finalmente promotores (na medida em que a sua própria
imagem influencia a imagem da cidade).”
Pedro Cepeda 47
4.3. Método
Pedro Cepeda 48
4.4.1. Entrevista
Pedro Cepeda 49
Turismo do Porto e Norte de Portugal Dr. Carlos Ferreira Abril/Maio
Questões da
Temas Categorias
entrevista
Análise SWOT Q1. Q2.
Visão e objetivos Q3.
Posicionamento Q4.
Identidade Q5.
Pedro Cepeda 50
4.4.2. Questionário
Pedro Cepeda 51
resposta é dada numa escala de 5 pontos (1a 5), em que 1 corresponde a discordo
totalmente e 5 concordo totalmente (ponto médio 3, nem concordo nem discordo).
H1) Existe uma correlação positiva entre satisfação com o lugar e vinculação
ao lugar:
Pedro Cepeda 52
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
5.1.1. Estratégia
6. Posição geoestratégica.
Oportunidades Ameaças
1. Evolução demográfica;
1. Turismo (religioso, gastronómico, cultural e de
2. Políticas públicas centralistas;
natureza);
3. Esvaziamento de serviços de proximidade à
2. Parcerias e sinergias entre instituições;
população;
3. Programa Operacional Regional do Norte 2014-
4. Falta de dinâmicas de promoção e incentivo ao
2020.
desenvolvimento económico no país;
Pedro Cepeda 53
5.1.1.2. Visão e objetivos
“Naturalmente os
“Acho que é necessário a objetivos têm de passar ”A visão que tenho para a
“Temos que ter uma
cidade encontrar-se com por aí (aproveitar as cidade é de aposta na sua
diferenciação muito
ela própria… trabalhar a oportunidades) mas tem unicidade cultural, na
grande, o que se faz
questão da coexistência de vir sangue novo. É preservação do seu
desenvolvendo fileiras. No
pessoal e identitária, a preciso definir grandes património cultural e
ponto de vista turístico
auto estima, o vivenciar, linhas estratégicas para ambiental, num esforço
temos que construir o
as pessoas darem a sua a região que não se integrado na promoção e
nosso relato, temos que
opinião, o encontrarem- compadecem com os desenvolvimento da sua
construir uma narrativa e
se com a rua e com o ciclos eleitorais. São economia regional e
essa narrativa constrói-se
espaço público, porque linhas estratégicas que aposta na oferta
pensando no ordenamento
isso é que define uma nos projetem para um estruturada e integrada
urbano.”
cidade.” futuro que tem que ser a de turismo.”
médio e a longo prazo.
Pedro Cepeda 54
inverter o ciclo negativo atual. Referem ainda a necessidade de centrar a visão e os
objetivos nas pessoas, contribuindo para o reforço da identidade, da autoestima, do
envolvimento e da participação no território.
5.1.1.3. Posicionamento
“Acho que Bragança poder- “Nós temos que nos “Nós temos que apostar “A cidade deverá
se-ia posicionar na posicionar e ter uma nos aspetos assumir-se
economia da cultura… onde outra atitude, Bragança diferenciadores do definitivamente como
a questão do turismo, do tem de liderar, e para tal, território. Se um elo estruturante e
ambiente, da ecologia, da tem de ter lideres, que é percebermos que temos reivindicativo de todo
eco-cidade e das indústrias algo que nós não temos.” que ter uma o Nordeste
criativas tivessem um papel diferenciação Transmontano.”
fundamental.” relativamente ao que é
global, talvez o nosso
caminho seja mais fácil.”
Pedro Cepeda 55
permita explorar diferentes potencialidades ao nível do turismo, do ambiente e das
indústrias criativas, com claros benefícios para todo o Nordeste Transmontano.
5.1.1.4. Identidade
Pedro Cepeda 56
5.1.1.5. Mercados-alvo
Pedro Cepeda 57
5.1.1.6. Concorrentes
Pedro Cepeda 58
5.1.1.7. Vantagens competitivas
“Temos um território
“As vantagens “As principais
classificado do ponto de
“Há um serie de áreas de competitivas estão vantagens são as
vista natural…A segurança
modernidade, de inovação. presentes, mas deve características
que existe aqui também me
A criatividade e a conexão haver sobretudo uma naturais, a
parece uma vantagem
têm que estar sempre potencialização de gastronomia e o valor
grande. O facto de
aliadas a essas diferentes questões, cultural. Atualmente
Bragança ter um conjunto
especificidade que é esse nomeadamente a também podemos
de serviços razoável para
património que nos abertura aos mercados e mencionar as ligações
se viver bem…também me
identifica e nos faz a criação de condições rodoviárias e a
parece bastante
diferente do outro.” para fixar e para trazer proximidade da
interessante.”
gente para este local.” fronteira”
Pedro Cepeda 59
humanos qualificados como uma vantagem competitiva importante e acrescentam
outras como a segurança, as ligações rodoviárias e alguns impostos municipais mais
baixos do que em outras geografias nacionais.
Pedro Cepeda 60
diferentes vertentes como o património e o turismo. Avançam também com a
necessidade de gerar uma multiplicidade de projetos de empreendedorismo e
capitalizar o potencial de alguns já existentes como o Parque de Ciência e Tecnologia.
Pedro Cepeda 61
indicadores têm que ser definidos com rigor, a apontam alguns instrumentos de
avaliação como estudos de impacto social e económico, plataformas de discussão
pública, sondagens de opinião, serviço de apoio ao munícipe para medir indicadores
como a criação de riqueza, o investimento, o número de visitantes ou a satisfação dos
residentes.
5.1.2. Governação
5.1.2.1. Liderança
Pedro Cepeda 62
protagonistas, há outros stakeholders que percecionam as Comunidades
Intermunicipais como a entidade com a estrutura, competências e ação regional para
ser agregadora num projeto de marketing territorial a nível regional.
Pedro Cepeda 63
Q13. Quais os atores cuja contribuição considera indispensável e qual deverá ser a
extensão da sua participação?
Comunidade Câmara Municipal de Instituto Politécnico
Brigantia EcoPark
Intermunicipal Bragança de Bragança
“O Instituto Politécnico de
Bragança, as entidades
“Os agentes fundamentais
“Devem ser atores ligadas ao setor
são os municípios, a nível
que tenham alguma empresarial…os
local são os principais
dimensão e representantes de setores
agentes de desenvolvimento
capacidade para com intervenção no
porque têm autonomia
ajudar ao território como o turismo, “Câmaras Municipais,
administrativa, financeira e
desenvolvimento, a cultura, o ambiente, a CIMs, IPB, UTAD e
capacidade para intervir. Os
como aquelas que agricultura, a parte social, núcleos empresariais.”
grupos associativos, as
referi (IPB / o emprego, a
associações culturais e de
Comunidade juventude…No fundo
produtores também têm que
Intermunicipal / seriam três tipos de
estar presentes numa ótica
Câmara Municipal).” intervenientes: o setor
de participação efetiva.”
público, o setor privado e a
sociedade civil.“
Museu do Abade Teatro Municipal de Turismo do Porto e
de Baçal Bragança Norte de Portugal
ZASNET
Indispensável será a
Câmara Municipal… A
“As câmaras, as
entidade de turismo julgo
“Na área do turismo cultural, comunidades
que terá uma grande
olhando para esta cidade, intermunicipais, as
importância…os
nós temos que sentar à associações de
“Todos eles.” organismos de
mesma mesa a gente que desenvolvimento como a
cooperação
está à frente dos diferentes Corane, as várias
transfronteiriça e as
equipamentos.” instituições de
associações de
administração local que
desenvolvimento (do
aqui estão.”
território)
Pedro Cepeda 64
organismos de desenvolvimento local e transfronteiriço. Numa segunda linha de ação
consideram importante a participação do setor privado bem como da sociedade civil
e dos movimentos associativos nos quais esta se encontra organizada.
Q14. Qual deverá ser o papel dos residentes e da comunidade neste processo?
Comunidade Câmara Municipal de Instituto Politécnico de
Brigantia EcoPark
Intermunicipal Bragança Bragança
“Os residentes e a
comunidade são um
“Acho que tem que haver “Vamos ser práticos e
elemento fundamental no
sempre alguém que os realistas, a comunidade
“Deve ser sucesso da estratégia a
represente, eles próprios está à espera que as suas
participativo, acho que implementar. Têm que
têm que estar lideranças se afirmem e a
as regiões são feitas de funcionar como
organizados. Temos que comunidade naturalmente
pessoas e as pessoas catalisador de novas
ter bons representantes, vai estar com as suas
devem participar no iniciativas, no sentido de
revermo-nos nos lideranças, a democracia
seu desenvolvimento.” promover ações
representantes e exigir em si própria é a escolha
empreendedoras para que
deles.” das lideranças.”
haja uma apropriação do
conceito e da estratégia. “
Museu do Abade de Teatro Municipal de Turismo do Porto e
Baçal Bragança Norte de Portugal
ZASNET
Pedro Cepeda 65
Os stakeholders consideram que o envolvimento dos residentes é essencial
para o sucesso de uma estratégia de marketing territorial, contudo, defendem que
existe um trabalho de base a ser feito que se prende com a vivência, cidadania e apego
da comunidade em relação ao território. O Presidente do Instituto Politécnico de
Bragança, por seu lado, considera que mais importante que envolver a comunidade é
importante que as lideranças se afirmem e assim terão o suporte da comunidade.
Pedro Cepeda 66
Q16. Considera que os atuais mecanismos de participação dos residentes
promovem o envolvimento e mobilização da comunidade?
Comunidade Câmara Municipal Instituto Politécnico de
Brigantia EcoPark
Intermunicipal de Bragança Bragança
“Essa é uma questão do
“Os atuais talvez não sejam “Acho que sim, a
copo meio cheio e meio
suficientes. Daquilo que eu Câmara Municipal de
vazio, os que fazem vão
conheço de outras cidades Bragança tem
achar que sim e os que não
europeias, a participação das adotado algumas
(Sem resposta) fazem vão achar que não.
comunidades é mais efetiva estratégias de
O mais simpático e
mas isso tem que ver também envolvimento e
inteligente seria dizer que
com o enquadramento político mobilização da
sim mas não tenho essa
das regiões.” comunidade.”
perceção.”
Teatro Municipal de Turismo do Porto e
Museu do Abade de Baçal
Bragança Norte de Portugal
ZASNET
Pedro Cepeda 67
5.1.2.4. Atitudes e medidas facilitadoras da participação
Pedro Cepeda 68
5.1.3. Cooperação
Pedro Cepeda 69
5.1.4. Constrangimentos
Pedro Cepeda 70
a questão da perificidade em relação ao litoral tem que ser vista como uma
oportunidade, e neste contexto, Bragança deve assumir a sua centralidade.
“É bastante importante
“No encontro da sua que haja uma consolidação
vocação, no encontro “Não nos interessa ficar “O marketing territorial do marketing territorial
do seu caminho, e o amarrados ao passado, torna as coisas mais claras para combater as
retorno desse caminho temos de dar a volta às e transparentes numa adversidades que
é o espelho onde revê, tradições, mantendo a altura em que vivemos atualmente existem no
onde se avalia, onde se marca da identidade mas num mundo em que a Nordeste Transmontano,
alimenta e onde projetando-a doutra possibilidades de escolhas nomeadamente no
procura encontrar forma e penso que é aqui são infinitas e optamos em desenvolvimento do
algum equilíbrio e que o marketing tem função da informação turismo, na captação de
futuro neste seculo uma palavra a dizer.” disponível. “ investimentos e a
XXI.” promoção conjunta do
território.”
Pedro Cepeda 71
Os stakeholders consideram importante que haja uma consolidação da
estratégica de marketing territorial pois este pode ser um instrumento essencial para
potenciar o desenvolvimento do território e combater as adversidades que se vivem
na atualidade. Na opinião dos stakeholders, o marketing territorial pode servir para
mostrar as capacidades da região, aquilo que ela tem para oferecer e projetar a sua
identidade a um outro nível. Mais uma vez se chama a atenção para a necessidade de
trabalhar a criação de uma marca e da sua comunicação ao exterior.
Figura 9 - Idade
Pedro Cepeda 72
No que se refere ao género, 213 questionários foram respondidos por
pessoas do sexo masculino, equivalente a 52,2% da totalidade dos inquiridos, sendo
que 195 foram respondidos por pessoas do sexo feminino, representando 47,8% da
totalidade de questionários preenchidos.
Tabela 4 - Género
Tabela 5 - Escolaridade
Válida Acumulada
Em falta 2 ,5
Total 408 100,0
Pedro Cepeda 73
Relativamente à situação perante o emprego, apenas 6,9% dos inquiridos
indicaram estar desempregados, enquanto que 61,3% dos inquiridos indicaram que
exercem algum tipo de profissão.
Tabela 7 - Naturalidade
Acumulada
Em falta 2 ,5
Total 408 100,0
Pedro Cepeda 74
Em relação à freguesia de residência, 328 inquiridos indicaram viver na
União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, o que corresponde a 80, 4% da
amostra. Em relação aos restantes inquiridos verifica-se que há uma elevada
distribuição pelas diferentes freguesias do concelho.
Tabela 8 - Freguesia
Válida Acumulada
Gostei 3 ,7 ,8 92,0
Espinhosela 1 ,2 ,3 93,6
Quintanilha 3 ,7 ,8 94,4
Nogueira 3 ,7 ,8 96,0
Rossas 2 ,5 ,5 96,5
Válidos
Rebordãos 4 1,0 1,1 97,6
Coelhoso 1 ,2 ,3 97,9
Sortes 2 ,5 ,5 98,4
Alfaião 1 ,2 ,3 98,9
Gondesende 1 ,2 ,3 99,2
Gimonde 1 ,2 ,3 99,7
Pedro Cepeda 75
Apenas 32,6% dos inquiridos afirmou ter vivido sempre no Concelho de
Bragança.
Tranquilidade do lugar.
Limpeza da cidade.
Acesso à água.
Pedro Cepeda 76
Tabela 10 - Satisfação com o lugar
Pedro Cepeda 77
5.2.3. Análise da Vinculação ao Lugar
Pedro Cepeda 78
recomendei este lugar a muitas pessoas como um lugar para trabalhar.) Percebe-se a
relação com os dados anteriores, pois, como vimos anteriormente na escala de
satisfação, os itens com os quais os residentes estavam mais insatisfeitos eram
aqueles que estavam relacionados com o emprego. Verifica-se que os residentes
promovem o lugar junto dos amigos e tentam divulgar todas as potencialidades do
mesmo. Importa ainda referir que os residentes recomendam Bragança como um
lugar para visitar, o que indica que os residentes reconhecem o potencial turístico da
cidade.
Pedro Cepeda 79
Verifica-se através da análise de ambos os coeficientes que existe uma
correlação positiva entre as diferentes variáveis (escalas).
Pedro Cepeda 80
6. CONCLUSÕES
Pedro Cepeda 81
Este é considerado o momento em que deve ser gizado um plano para que
Bragança e a região possam inverter o ciclo e alavancar um período de
desenvolvimento económico sustentável numa escala regional. Este aspeto é fulcral e
amplamente referido pelos stakeholders. Bragança deve afirmar a sua capitalidade e,
em conjunto com os outros territórios do distrito e da região, estabelecer as sinergias
necessárias ao desenvolvimento de uma estratégia de marketing territorial de âmbito
regional. Contudo, é apontado um fator crítico para o sucesso desta estratégia que se
prende com a mudança de paradigma no desenvolvimento do país. Para que, de facto,
o interior inicie um novo ciclo de prosperidade, é necessário que haja uma mudança
abrupta nas políticas centrais que têm visto o interior como um fardo e não como um
território com elevado potencial de desenvolvimento.
Pedro Cepeda 82
participar devido a alguma inércia e falta de sensibilização, por outro defende-se que
os projetos não promovem o envolvimento e a mobilização dos cidadãos.
Pedro Cepeda 83
6.2. Limitações do Estudo e Sugestões para Investigação Futura
Pedro Cepeda 84
7. BIBLIOGRAFIA
Pedro Cepeda 85
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uma abordagem geográfica. Comunicação Apresentada no 2º Congresso PLURIS, 28
de Setembro de 2006: Braga
FLORIDA, R. (2008) Who’s your city? How the creative economy is making
where to live the most important decision of your life. New York: Basic Bocks
Pedro Cepeda 86
GAIO, S. e GOUVEIA, L. (2009) A Importância de uma Abordagem de Rede na
Edificação de uma Marca Territorial. Revista A Obra Nasce. Edições UFP
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LIM, Y., CHING, Y e WEAVER, P. (2012), The impact of social media on
destination branding: consumer-generated videos versus destination marketer
Pedro Cepeda 88
OLIVEIRA, E. (2010) Territórios, Marcas e Competitividade: A região Minho e a
sua projecção internacional. Dissertação de Mestrado Universidade do Minho: Braga
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YIN, R. K. (2003) Case Study Research: Design and Methods, Third edition.
London: Sage Publications Ltd.
Pedro Cepeda 90
8. NETGRAFIA
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9. ANEXOS
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Anexo 2 – Questionário aplicado aos residentes
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Pedro Cepeda 95
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Anexo 3 – Correlação de Pearson e Spearman
Escala de Coefficient
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