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1.0.

Introdução
O presente trabalho de investigação referente a cadeira de História das Sociedade 1, tem
como tema de abordagem: resolução das actividades (trabalhos de auto - ajuda) na
secção 7.1 actividade 1 (unidade i a ix). Ao longo do trabalho se fará uma abordagem
dos principais aspectos relacionados com as unidade i a ix, seus impactos na sociedade.
O trabalho traz a seguinte estrutura organizacional: introdução, objectivos gerais e
específicos, metodologia, desenvolvimento que é a resolução das perguntas da secção
7.1, conclusão e bibliografia.

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1.1. Objectivos
Segundo PILLETE (2008:80), “ (….) objectivos consistem numa descrição clara dos
resultados que desejamos alcançar com a nossa actividade”.

1.1.1. Geral

Segundo BARETO e BONORATO (1987), "objectivos gerais indicam uma acção muito
ampla. Uma acção individual ou colectiva se materializa através de um verbo.” Neste
contexto apresento para o trabalho o seguinte objectivo geral:

 Conhecer de forma geral os factores da variabilidade da cultura humana.

1.1.2. Específicos

Apresento os seguintes objectivos específicos:

 Explicar a natureza e identificação do facto social;


 Descrever o processo de socialização e politicidade nas comunidades Humanas;
 Posicionar a história social e cultural no contexto das outras ciências sociais;
 Explicar a interdisciplinaridade das ciências sociais;
 Explicar a organização social das comunidades de caçadores e recolectores;
 Identificar as primeiras representações dos padrões sócio-culturais;
 Explicar a hierarquização das sociedades;
 Descrever o Processo Dinástico na China Antiga.

1.2. Metodologias
E para a elaboração do presente trabalho usou-se a metodologia de pesquisa
bibliográfica, que é um apontamento geral sobre os principais trabalhos já realizados,
revistados de importância por serem capazes de fornecer dados actuais e relevantes
relacionados com o tema.

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2.0. - 7.1 Actividade 1 (Unidade I a IX).
1. A vida em sociedade é condição necessária à sobrevivência da espécie humana.
Explique de que maneira os seres humanos se organizam?

Resposta: os seres humanos quando nasce, apesar de já trazer os genes necessários ao


ser humano, é um ser socialmente em branco, torna-se um ser social, quando toma
contacto com o ambiente grupal que a rodeia onde vai repetindo e imitando
comportamentos dos outros indivíduos. De modo que a sociedade faz os indivíduos mas
estes não fazem a sociedade. E esta sociedade constrói representações que ajudam a dar
inteligibilidade à sua realidade (valores de crenças, valores emocionais, tradição,
hábitos e costumes).

2. Os grupos sociais são mais duradouros, resultam em formas mais estáveis de


integração social. O que compõe os grupos sociais?

Resposta: os grupos sociais integram toda a componente típica da vida das pessoas,
determinada por uma atribuição social de prestígio, positivo ou negativo. E refere-se à
partilha de um certo estilo de vida.

3. Nos grupos que normalmente as pessoas fazem parte, já existem antes que elas
entrassem e continuam existindo mesmo depois de elas se retirarem dos
mesmos. O que poderia ser um grupo?

Resposta: um grupo é conjunto de coisas que formam um todo, ou reunião de pessoas,


ou grupos são unidades colectivas que englobam uma multiplicidade de formas de
sociabilidade e são um elemento constitutivo das sociedades globais. A sua existência
depende da presença de atitudes comuns e activas por parte dos seus constituintes, uma
vez que as atitudes mesmo que comuns, se não forem duradouras são incapazes de
reunir as pessoas num grupo.

4. Geralmente quando falamos de grupo, automaticamente queremos indicar uma


junção de pessoas que ocupam determinado lugar. Debruce sobre grupo sociais
Segundo FICHTER.

Resposta: Os grupos sociais existem quando em um determinado conjunto de pessoas há


relações estáveis, em razão de objectivos e interesses comuns, assim como sentimentos

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de identidade grupal desenvolvidos através do contato contínuo. Para Fichter são as
manifestações públicas, diferentes tipos de multidão, público e massa.

a) Manifestações públicas: são agregados de pessoas que se reúnem deliberadamente em


função de um objetivo, participando de determinada ação colectiva. Por exemplo: um
desfile, uma procissão ou um festejo isolado de acordo com uma comemoração de título
futebolístico.

b) Multidão: é um agregado pacífico ou tumultuoso de indivíduos que ocupam um


determinado espaço físico. Tem como característica a proximidade física, o anonimato,
a indiferenciação, comportamento coletivo e desordenado. Exemplo: pessoas reunidas
observando uma construção ou um incêndio. Também podem ser populares envolvidos
em motins, revoltas, linchamentos, manifestações de protesto ou comemorações de rua
por uma conquista futebolística.

c) Público: é um agrupamento de pessoas que recebem os mesmos estímulos, mas que


são mais ou menos autônomos em suas ações e opiniões. O modo de pensar e agir do
público é exprimido através daquilo que é conhecido como opinião pública. Existe, no
público, uma forma primária de organização, porque o mesmo está sujeito a certos
regulamentos. Exemplo: as pessoas que assistem a palestras, jogos de futebol, show
musicais, etc. formam o público. Para isso, são necessárias certas normas como fazer
silêncio, aplaudir, comprar ingressos, obedecer a horários, etc.

d) Massa: é um conjunto de pessoas que recebem de forma passiva opiniões ou


informações veiculadas através dos meios de comunicação. Essas informações são
opiniões já formadas, transmitidas pelos meios de comunicação de massa. É por isso
que a massa é um agrupamento grande de pessoas separadas fisicamente e
desconhecidas umas das outras. Exemplo: pessoas que assistem ao programa de
televisão, ou a uma programação determinada.

5. Os grupos apresentam diversidades entre si, não só na forma de recrutamento como


também na organização, finalidade e objectivos. Características os seguintes elementos
dos grupos sociais Estrutura social, Relações recíprocas, Interesses e valores comuns.

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Resposta: Estrutura Social é o ordenamento particular das partes que constituem o todo
social, e Relações recíprocas é o sentimento de relação conjunta, também está presente,
no entanto o elemento de delimitação e diferenciação dos participantes sobrepõe-se ao
elemento comum, estende-se a todas as formas de relações com outrem, e isto abrange
as relações de conflitos, direitos e deveres, bem como as relações familiares próximas. E
Interesses e valores comuns os inidividuos mantém as relações são apenas um meio para
atingir um objetivo em comum.

6. Quando se fala de cultura, a tendência tem sido de modo geral pensar nas grandes
artes ou em alto conhecimento intelectual, como a literatura, pintura, esculturas, etc.
apresente 3 conceitos de cultura de vários autores a sua escolha.

Resposta: Merville J. Herkovits define “A cultura é a parte do ambiente feita pelo


homem”. Taylor (1871) define desta forma “cultura ou civilização é o todo complexo
que inclui a crença a arte, a lei, a moral, o costume e quaisquer outras capacidades e
hábitos adquiridos pelo Homem como membro de uma sociedade”. E for fim "Cultura é
um conjunto de factos que englobam técnicas, a ciência, o direito, a moral, os costumes
e tudo o mais que o Homem implanta sobre a natureza".

7. Se existe várias culturas, pode haver aquelas que sejam superiores ou inferiores. Uma
cultura não pode ser inferior nem superior a outra, elas são apenas diferentes. Qualquer
cultura ou subcultura contém três elementos. Identifique-os e comenta.

Resposta: A cultura compreende vários elementos desde atitudes, valores,


conhecimentos, costumes, símbolos, ideologias, usos. Os elementos da cultura estão
agrupados em: Elementos da Cultura Material – associado aos elementos tangíveis,
concretos e palpáveis construídos pelos seres humanos. Como exemplos de cultura
material podemos citar as construções e os objetos: museus, igrejas, obras de arte,
vestuário, utensílios, etc. E elementos da Cultura Imaterial – está relacionado com os
elementos intangíveis e espirituais de um grupo, a cultura imaterial representa os
saberes, os modos de fazer e os valores partilhados entre os membros de uma sociedade.
Como exemplos, podemos citar os rituais, as lendas, as festas, a linguagem, a culinária,
etc. Nessa apresento 3 elementos:

Artefatos: são as coisas concretas que cada um vê, ouve e sente quando se depara com
uma organização. Incluem os produtos, serviços, e os padrões, de comportamento dos

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membros de uma organização. Quando se percorre os escritórios de uma organização,
pode-se notar como as pessoas se vestem, como elas falam, sobre o que conversam,
como se comportam, o que são importantes e relevantes para elas. Os artefatos são todas
ou eventos que podem nos indicar visual ou auditivamente como é a cultura da
organização. Os símbolos, as histórias, os heróis, os lemas, as cerimônias anuais são
exemplos de artefatos.

Valores compartilhados: São os valores relevantes que se tornam importantes para as


pessoas e que definem as razões pelas quais elas fazem o que fazem. Funcionam como
justificativas aceitas por todos os membros. Em muitas culturas organizacionais os
valores são criados originalmente pelos fundadores da organização.

Pressuposições básicas: São as crenças inconscientes, percepções, sentimentos e


pressuposições dominantes nos quais as pessoas acreditam. A cultura prescreve a
maneira de fazer as coisas adotadas na organização, muitas vezes através de
pressuposições não escritas e nem sequer faladas.

8. O mito é um sistema total de interpretação da realidade, cuja base eram duas


abordagens interligadas: a mitológica e a mágica. Em que lugar se ocupa a mitologia?

Resposta: A Mitologia ocupa-se no estudo de mitos, lendas e a interpretação dos


mesmos em alguma cultura, que são histórias populares ou religiosas complexas, com
vários pontos-de-vista, das pessoas que viviam na época em que os mitos foram criados.
Normalmente é uma narrativa, na qual se usa a linguagem simbólica, e que busca
retratar e descrever a origem e suposições de alguma cultura, explicar a criação do
mundo, do universo, ou qualquer assunto de difícil explicação. Geralmente retratam o
mundo como ele era antes de o conhecermos. O tempo, o lugar e os personagens
sobrenaturais e divindades fizeram com que muitos mitos tivessem um cunho religioso,
sendo que em algumas religiões restam alguns resquícios mitológicos.

9. Em relação a dinâmica da cultura, apresenta a relação existente entre: Cultura é


orgânica e supra orgânica, a Cultura é aberta e coberta, e a Cultura é explícita e
implícita.

Resposta: Segundo Schein "o aspecto mais intrigante do conceito de cultura é que ele
nos aponta para fenômenos que estão debaixo da superfície, que são poderosos em seus
impactos mas invisíveis e até certo ponto inconsciente, a cultura é para um grupo o que

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a personalidade é para um indivíduo. Podemos ver o comportamento dela resultante,
mas muitas vezes não conseguimos ver as forças escondidas que causam certos tipos de
comportamentos." A cultura é orgânica por passar a ser compreendida sob a perspectiva
das representações, dos significados e dos sentidos, e é supra orgânica quando
representada por espaços constituídos por cores, materialidades e funcionalidades, mas
também por cheiros, representatividades, significações etc, que por relação torna o
cotidiano e as percepções dos homens elementos importantes para compreensão dos
espaços. A Cultura é aberta quando é integrativa e comunicativa, onde a estrutura da
organização permite a comunicação interna entre os diversos níveis de forma simples ou
os seus valores são compartilhados intensamente pela maioria e influencia
comportamentos e expectativas e é coberta quando se caracterizam pela manutenção de
ideias, tabus, valores, costumes e tradições que permanecem arraigados e que não
mudam ao longo do tempo. São conservadoras que se mantêm inalteradas como se nada
tivesse mudado no mundo ao seu redor. E é uma cultura explícita (como falamos sobre
o que somos) que torna grande ajuda na construção, reforço ou mudança de uma cultura
implícita (o que somos).

10. Sobre a dinâmica da cultura, comenta a diferença entre a cultura é ideal e manifesta.

Resposta: A cultura é um sistema complexo de práticas características da sociedade


humana. A cultura compreende vários elementos, desde atitudes, valores,
conhecimentos, costumes, símbolos, ideologias, usos. Existem vários níveis de cultura,
desde o ideal ao real. E é cultura manifesta aquela que expressa a forma de viver de
um grupo social, e a cultura ideal diz respeito ao conjunto de comportamentos que os
indivíduos, em tese, deveriam ter, é reguladora (normativa), consiste em normas, regras
que estabelecem os comportamentos, considerados ideais para o grupo ou a sociedade.
São modelos tidos como perfeitos, adequados, bons, mas que geralmente estão fora do
alcance, pois invariavelmente encontram-se longe de serem realizáveis por todo mundo,
do mesmo jeito.

11. Conceitos básicos dentro do Contexto Cultural. Existem diferença entre os seguintes
conceitos como: Subcultura, Enculturação, Aculturação e Choque cultural. Apresente-
os.

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Resposta: Subcultura é um conjunto de padrões de comportamento, crenças, interesses,
etc, próprios de um determinado grupo, que geralmente não é partilhado pela sociedade
global em que se esta integrado.

Enculturação é o processo através do qual uma pessoa aprende as exigências da cultura


na qual ela está inserida, e adquire valores e comportamentos que são tidos como
apropriados ou necessários naquela cultura.

Aculturação é a interpenetração de culturas. É um termo que foi criado para designar as


mudanças que podem acontecer em uma sociedade diante de sua junção com elementos
culturais externos, geralmente por meio de dominação política, militar e territorial.
Trata-se de aculturação quando duas culturas distintas ou parecidas são absorvidas uma
pela outra, formando uma nova cultura diferente. Além disso, aculturação pode ser
também entendida como a absorção de uma cultura pela outra, onde essa nova cultura
terá aspectos da cultura inicial e da cultura absorvida.

e Choque cultural refere-se à ansiedade e sentimentos (de surpresa, desorientação,


incerteza, confusão mental, etc) quando uma pessoa tem de conviver dentro em uma
diferente e desconhecida cultura ou ambiente social. Após maravilhoso o que era
familiar para trás, essa pessoa tem de encontrar o caminho em uma nova cultura, que
tem um modo de vida e uma mentalidade diferente. A partir daí, nascem as dificuldades
em assimilar a nova cultura, causando dificuldades em saber o que é adequado e o que
não é. Muitas vezes combinada com uma aversão ou mesmo nojo (moral ou estético) a
certos aspectos da nova cultura.

12. Dentro da dinâmica cultural, descreve o etnocentrismo de acordo com William


Grahan Summer (1906).

Resposta: William G. Summer, define etnocentrismo como toda a forma de avaliar a


cultura ou os hábitos culturais do outro tomando como medida a nossa própria cultura.

Isso tem resultado na inferiorização de determinadas culturas e na sobreposição de uma


cultura sobre a outra, criando o conceito de cultura certa e cultura errada, e tem sido
responsável muitas vezes por gerar preconceito e intolerância, seja ela cultural, religiosa
ou política, no decorrer da história.

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13. A endoculturação ou socialização cultural, é o aprendizado da própria cultura.
Comente sobre este processo baseando-se nos seus conhecimentos.

Resposta: A endocultura ocorre basicamente nos primeiros anos de vida. São os adultos
que transmitem à próxima geração os aspectos fundamentais de sua cultura. O indivíduo
se apropria dos elementos culturais adquiridos e os torna seus, e esses elementos
culturais são compartilhados por um conglomerado social. Muitos dos aspectos culturais
adquiridos são feitos inconscientemente, como o simbolismo da linguagem, formas de
expressão, atitudes, etc.

Consiste em um comportamento dos indivíduos que depende de um processo de


aprendizado cultural, chamado endoculturação ou socialização. Pessoas de sexos ou
raças diferentes possuem comportamentos diferentes, não em função de transmissão
genética ou do ambiente que vivem, mas pela educação diferenciada que cada um
recebeu.

14. No que concerne a variabilidade cultural, comente sobre a cultura no sentido


sociológico.

Resposta: Cultura é um termo muito abrangente que pressupõe várias áreas, e o próprio
conceito sociológico não se restringe ao domínio da sociologia. Seguindo os
dicionários, cultura é definida, no âmbito da sociologia, como o "sistema de valores,
conhecimentos, técnicas e artefactos, de padrões de comportamento e atitudes que
caracteriza uma determinada sociedade" (Dicionário Universal da Língua Portuguesa,
Ed. Melhoramentos, 1972) ou, também, como o "conjunto de costumes, práticas,
comportamentos que são adquiridos e transmitidos socialmente de geração em geração"
(Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de
Lisboa, 2001).

Ao factor de estar intimamente associada às particularidades de um determinado povo


ou de uma civilização, então o termo cultura refere-se, ao "património literário, artístico
e científico de um grupo social, de um povo". E segundo é assustentado por muitos
sociológos, "os modelos, os valores e símbolos que compõem a cultura incluem os
conhecimentos, as ideias, o pensamento, abrangem todas as formas de expressão dos
sentimentos, assim como as regras que regem acções observáveis do modo objectivo", o

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que leva a que sejam muito formalizadas num código de lei, nas fórmulas rituais,
cerimónias, protocolo, em certos sectores das regras da boa educação.

15. A cultura é um sistema, um todo, um conjunto de elementos ligados uns aos outros.
Identifique os principais elementos da cultura e comente uma delas a sua escolha.

Resposta: Associada aos valores materiais e espirituais, os elementos culturais são:


elementos da cultura material e elementos da cultura imaterial.

Os elementos da cultura imaterial relacionam os elementos intangíveis e espirituais de


um grupo, a cultura imaterial representa os saberes, os modos de fazer e os valores
partilhados entre os membros de uma sociedade. Como exemplos, podemos citar os
rituais, as lendas, as festas, a linguagem, a culinária, etc.

16. Como é sabido, a História do ser humano é marcada por uma luta constante para
manterse como espécie e assegurar sua reprodução. Sobre o processo de hominização,
porque que se afirma África como Berço da Humanidade?

Resposta: quanto as fontes, é preciso citar primeiramente a arqueologia, detentora de


grande parte das chaves da história das culturas e das civilizações africanas. Graças a
ela, admite-se, nos dias actuais, reconhecer que a África foi, com toda probabilidade, o
berço da humanidade, palco de uma das primeiras revoluções tecnológicas da história,
ocorrida no período Neolítico. A arqueologia igualmente mostrou que, na África,
especificamente no Egito, desenvolveu-se uma das antigas civilizações mais brilhantes
do mundo. Outra fonte digna de nota é a tradição oral que, até recentemente
desconhecida, aparece hoje como uma preciosa fonte para a reconstituição da história da
África, permitindo seguir o percurso de seus diferentes povos no tempo e no espaço.

17. O processo de surgimento do Homem terá provavelmente começado durante a Era


Primária, quando certos vertebrados, abandonaram o seu habitat e deslocaram-se para a
terra firme. O que teria acontecido no processo do surgimento do homem na era
quarternária?

Resposta: No processo do surgimento do homem na era quarternária foi marcada por


manifestação mais espectacular das variações climáticas, que foi a extensão das áreas
lacustres em zonas actualmente áridas, e o desenvolvimento de grandes extensões de

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dunas em regiões que hoje apresentam um clima mais úmido, facto que motivava
abandonarem o seu habitat e deslocaram-se para a terra com climas favoráveis. E a
estratigrafia do Quaternário baseava-se principalmente na sucessão dos eventos
climáticos, tido como um quadro cronológico. Estabeleciam-se as correlações de uma
região a outra comparando-se épocas sucessivas caracterizadas por climas semelhantes.
Assim, sugeriu-se, por exemplo, uma correspondência um tanto arbitrária entre os
períodos glaciais europeus e as fases pluviais africanas.

18. A evolução física do Homem contribuiu para que houvesse mudanças de


comportamento, as quais levaram a alterações anatómicas, num lento processo que
culminou no Homo sapiens, espécie a que pertencemos. Quais as primeira
transformação decisiva que o hominídeo sofreu?

Resposta: Os últimos milhões de anos da história de nosso planeta foram marcados pela
alternância de profundas modificações climáticas. O fenômeno mais importante, bem
conhecido há mais de um século, é sem dúvida o extraordinário avanço e recuo das
geleiras nas altas latitudes e altitudes. Este fenômeno é reflexo dos consideráveis
resfriamentos que exerceram profunda influência sobre o ambiente e a vida dos
hominídeos. Os primatas diferenciam-se dos outros mamíferos placentários pelo
desenvolvimento precoce do cérebro, pelo aperfeiçoamento da visão, que se torna
estereoscópica, pela redução da face, pela substituição das garras por unhas chatas, e
pela oposição do polegar aos outros dedos. As tendências evolutivas se orientam para os
traços que caracterizam o gênero Homo, ao qual pertencemos: locomoção sobre os
membros posteriores com as consequentes transformações dos pés, das pernas, da bacia,
da orientação do crânio, das proporções da coluna vertebral; desenvolvimento da caixa
craniana; redução da face; arredondamento da arcada dentária; redução dos caninos;
curvatura do palato, etc.

19. Por volta de 100 000 a.n.e, com o fim da última era glacial ocorreram profundas
alterações climáticas e ambientais que estimularam a migração de animais e seres
humanos. Em que parte do continente surgiram os primeiros os homens primitivos?

Resposta: Há boas razões para se acreditar que a África seja o continente onde os
hominídeos surgiram pela primeira vez e onde, mais tarde, desenvolveram a postura
ereta e o bipedismo, elementos decisivos à sua adaptação. E registra-se ter traçado da
história que os primeiros homens que habitaram o vale do Nilo.

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20. Um facto social é o processo de socialização e politicidade nas comunidades
humanas incluindo as implicações antropológicas da sociabilidade do ser humano.
Apresenta o conceito de facto social de acordo com a ideia de LAKATOS.

Resposta: De acordo com a ideia de LAKATOS, em seu livro Sociológia Geral,


apresenta uma definição igual ao de Durkheim, abordando o Facto Social: como toda
maneira de agir, fixa ou não, suscetivel de exercer sobre o individuo uma coersão
exterior, que e geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência
própria, independente das manifestações individuais que possa ter. E acrescenta ainda
que seria incorreto afirmar que os factos sociais são exteriores aos individuos
considerados em diversas gerações.

21. Segundo E. Durkheim afirma explicitamente que quando tentamos explicar um


fenómeno social, devemos investigar separadamente a causa eficiente que o produz e a
função que ele desempenha. Enumere as principais características do facto social e
comenta uma a sua escolha.

Resposta: A sociedade é uma totalidade de factos que se desenvolvem de acordo com o


caráter do meio social interno. Os factos sociais são realidades objectivas, prega a
primeira regra do método sociológico que se deve tratá-los como coisas, no sentido que
são realidades desconhecidas, que não podem ser naturalmente penetráveis pela
inteligência humana, mas apenas pela observação e experimentação, passando
progressivamente dos caracteres mais externos e mais imediatamente acessíveis aos
menos visíveis e aos mais profundos. Para dar conta desse processo exige-se que se
coloque em relação aos factos sociais com o mesmo estado de espírito com que se
colocam os físicos, químicos ou biólogos diante dos seus objetos de investigação.

22. Podemos dizer que existe socialização desde que existem comunidades humanas,
apesar da evolução que essa socialização foi revestindo. Com efeito, o processo através
do qual o ser humano vai tendo acesso a etapas sucessivas da sua autonomia é
fortemente marcado pelas características culturais da sociedade em que vive (Erickson,
1972). Em poucas palavras, a politicidade e sociabilidade de acordo com os
conhecimentos já adquiridos.

Resposta: A politicidade é condição ou característica do que é político (civilizado,


referente à administração de algo, especialmente de um povo). e sociabilidade é a

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qualidade de sociável que apresenta uma pessoa, ou seja, aquele que de maneira natural
tende a viver em sociedade, como também aquele indivíduo amável que se relaciona
bem com todas as pessoas.

23. Em forma de resumo apresenta as principias implicações antropológicas da


sociabilidade do ser Humano.

Resposta: As principias implicações antropológicas da sociabilidade do ser Humano são


dentre outras naturais, pois são por natureza animais sociais, estão naturalmente
inclinados à vida em sociedade, é praticamente impossível que um ser humano viva para
si mesmo, de alguma maneira, todos, até o mais egoísta, em algum momento necessita
de relacionamento com os outros. Este fenômeno da sociabilidade é que é inato no
homem e não uma manifestação casual e passageira. O conhecimento, a corporeidade, a
linguagem, a liberdade e o amor coloca-o em contato com todo o mundo que o circunda,
particularmente com o mundo humano; o amor e a liberdade colocam-no à disposição
para dar-se aos outros e para fazê-los participantes das próprias coisas e do próprio ser;
A sociedade é, de outro modo, um organismo que está essencialmente ao serviço dos
indivíduos para permitir a cada um deles realizar plenamente a si mesmo.

E também a sociabilidade, é de alguma maneira aquele valor que impulsiona os seres


humanos a buscar e cultivar relações com outras pessoas, combinando interesses mútuos
e ideias para assim, orientá-los em direção a um objetivo comum para além das
circunstâncias pessoais que se encontram cada um (como as diferentes áreas de nossa
vida, pessoal, trabalhista, escolar, para atingir os objetivos que tenhamos propostos, e
isto é basicamente assim porque o conhecimento do outro, de suas ideias, sua
problemática, seu ambiente, permitirá entendê-lo, saber o que necessita e assim ajudá-lo
que esteja bem e, portanto, quanto melhor estiver melhor será seu rendimento em todas
as ordens mencionadas).

24. A história social e cultural no contexto das outras ciências sociais, apresenta
relações de interdisciplinaridade com outras ciências. Diferencie a interdisciplinaridade
entre: A História Social e a Geografia Humana, e História social e a economia.

Resposta: Na Geografia, há uma grande abertura para a aplicação de um ensino


interdisciplinar porque possui relações – diretas ou indiretas – com as mais diversas
áreas do saber. Os conhecimentos são transversais às ciências e o que caracteriza cada

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área do saber não é o seu objeto exclusivo de estudo, mas a sua abordagem. Pontuschka,
(2007, p.166), pondera que “os instrumentos teórico-metodológicos da Geografia são
diferentes dos instrumentos, por exemplo, da Física e da Biologia, no entanto todos eles
precisam ser apropriados pelos alunos, à luz de seu direito de cidadãos”. No entanto
como a Geografia preocupa-se com o social e o espacial-geográfico, é necessário, então,
área tematize os diferentes conceitos, buscando uma harmonia entre as demais formas
de conhecimento e tais direcionamentos com o objetivo de focar sobre como o espaço
geográfico transforma e se vê transformado diante da realidade múltipla que conforma a
realidade e seus diferentes contextos. Na história social, é o estudo do Passado
Humano” estudando as acções e transformações humanas, ela também é considerada
como campo de produção de conhecimento, e fortes relações interdisciplinares com
outras áreas do saber científico, principalmente com a Geografia, o facto de se ter o
“homem” e as sociedades humanas como objecto de estudo em comum – por ser este o
universo obrigatório de estudo partilhado entre a História e a Geografia Humana –
pode-se dizer que o Espaço é o grande mediador das relações entre estas duas
disciplinas irmãs. E quanto a econômica é marcada pelo estudo do funcionamento dos
mercados, determinação das taxas de juros, câmbio, entre diversos outros aspectos que
são relacionados aos aspectos gerais macroeconômicos e microeconômicos. Possui um
forte caráter multidisciplinar, pelo potencial impacto dos estudos econômicos na
sociedade. Tendo como finalidade principal aumentar o bem-estar da sociedade, trata-se
logo de um processo complexo que envolve uma série de factores. Dessa forma, a sua
multidisciplinaridade tem muito a oferecer para o desenvolvimento da ciência e,
consequentemente, para o entendimento das relações econômicas entre os seres
humanos.

25. Sobre a organização Social das Comunidades de Caçadores e Recolectores, é


costume designar por paleolítico a primeira e a mais longa divisão da pré-história: é a
época da pedra antiga, ou seja, da pedra lascada. Faça uma breve síntese sobre as
principais caracterizam do período paleolítico.

Resposta: Neste período foi marcado pela necessidade de arrotear terras para implantar
novas culturas e de eliminar outras plantas que pudessem disputar com elas os
elementos nutritivos do solo, facto que acarretou em toda a África mudanças radicais no
carácter da vegetação. O fogo talvez tenha sido o elemento mais poderoso utilizado com
aquela finalidade. Os testemunhos de sua utilização pelo homem africano remontam

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nessa fase do Paleolítico. A princípio, o homem utilizou apenas para sua proteção, para
a confecção de utensílios; talvez mesmo nas caçadas, incendiando o mato para desalojar
a caça. Com a descoberta do cultivo, era natural que o homem usasse o fogo também
para eliminar a vegetação nociva. Ao início do Paleolítico, fácies industrial
caracterizavam o periodo, por bifaces desbastados, em grandes lascamentos, com um
percutor duro (pedra) que eram instrumento de pedra em forma de amêndoa, lascado nas
duas faces, que devia servir para escavar e esfolar.

26. A utilização do fogo nas Comunidades de Caçadores e Recolectores provocou


alterações físicas, demográficas e sociais na vida das primeiras comunidades. Debruce-
se sobre o convívio nesta comunidade.

Resposta: O fogo talvez tenha sido o elemento mais poderoso utilizado pelas
comunidades. A princípio, o homem utilizou apenas para sua proteção, para a confecção
de utensílios; talvez mesmo nas caçadas, incendiando o mato para desalojar a caça. Com
a descoberta do cultivo, era natural que o homem usasse o fogo também para eliminar a
vegetação nociva. Esta luta travada pelo fogo contra a vegetação e em benefício do
cultivo afectou de maneiras diversas as plantas herbáceas e as árvores, durante a estação
seca, a erva queimava até o nível do solo, mas as raízes, enterradas, impediam sua
destruição. As árvores, ao contrário, quando protegidas por cascas espessas, morriam ou
tornavam-se disformes e retorcidas. Com introdução do fogo no ambiente natural
acarretou, assim, uma transformação considerável na paisagem, provocada pelo homem
ao longo dos tempos. Como consequência das queimadas frequentes, que acabavam por
destruir as espécies vulneráveis da floresta densa, criavam-se novas condições,
favoráveis à expansão progressiva das pradarias.

27. Em relação as primeiras representações dos Padrões Sócio-Culturais. Existem dois


tipos de arte do Paleolítico. Identifique-os e comente sobre essas artes do Paleolítico.

Resposta: A arte do Paleolítico refere-se ao início da história da arte e à mais antiga


produção artística de que se tem conhecimento. A arte deste período situa-se na Pré-
História, no Paleolítico (Idade da Pedra Lascada), e tem início há cerca de dois milhões
de anos estendendo-se até c. 8000 a.C. Arte paleolítica é a que os primeiros objectos de
arte não eram utilitários ou adornos, mas uma tentativa de controlar forças sobrenaturais
e, segundo especulam os arqueólogos, obter a simpátia dos deuses e bons resultados na
caça. Os tipos de artes:

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Vênus – eram esculturas famosas, chamadas as estatuetas femininas de pequenas
dimensões. São identificadas como possíveis ídolos para o culto da fertilidade e
sexualidade, estas figuras apresentam características semelhantes entre si; são
representadas nuas, de pé e revelam os elementos mais representativos do corpo
feminino em linhas exacerbadas. O exagero destes elementos traduz-se num peito,
ventre e ancas voluminosos em oposição a braços e pernas delicadas e cabeça pequena.
A face, tratada com linhas simples reduzidas ao essencial, onde não é possível
reconhecer traços individuais, transforma-se, com o tempo, num elemento cada vez
mais estilizado e simbólico, assim como todo o corpo da figura.

Pinturas - eram feitas em cavernas e paredes externas de pedra, há aproximadamente 15


000 anos. A representação de vários animais era comum (cavalos, mamutes, bois,
veados). Aproveitando-se das irregularidades naturais das pedras, utilizavam para os
seus trabalhos diversos materiais como carvão, terra e sangue, além de pincéis e osso
oco como instrumento de sopro

E depois surgem a arte rupestre (com teor de pintura e escultura) - Situada entre as duas
grandes regiões de arte rupestre – Saara e África do Sul –, a bacia do Zaire também
possui uma arte rupestre, embora não tão rica quanto se podia esperar em vista de sua
localização. No Chade, no Ennedi e no Borku desenvolveu-se uma arte rupestre que faz
parte dos grandes complexos saarianos. Em Camarões conhece-se um sítio de gravuras
sobre lajes horizontais, polidas e desgastadas pela erosão, no norte do país, em Bidzar.
As representações são essencialmente geométricas: círculos e arcos, ora isolados, ora
em grupo.

A arte rupestre da bacia do Zaire não tem nenhuma semelhança com a do Saara. Seu
eixo de penetração deve ser buscado em direção à África do sul e do leste. Ela é
bastante similar à que se conhece na região bantu; é, pois, recente, e até mesmo
histórica. Entretanto, tem grande importância para o estudo das migrações e
movimentos de populações de um período muito mal conhecido da preto-história ou
mesmo da história da África tropical.

28. Nos finais do período Neolítico, surgiram na Europa numerosas construções ligadas
a práticas religiosas e funerárias. Todas elas eram feitas com grandes blocos de pedra,
por essa razão, os historiadores chamaram-lhes megálitos. Existem dois tipos de

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monumentos megalíticos: os Menires e os dólmenes. Apresenta as principais
características de cada tipo dois monumentos megalíticos.

Resposta: As culturas megalíticas desenvolveram-se sob diversas formas na África,


particularmente na África do norte e no Saara. A bacia do Zaire, com exceção do
noroeste da República Centro-Africana, não conheceu tais culturas. Em Angola, no
Zaire, no Gabão, na República Popular do Congo, não foi encontrado nenhum
monumento megalítico, e, em Camarões, somente algumas pedras colocadas em sentido
vertical.

Menir: que consiste num megálito, coluna rudimentar, erguida em direcção ao céu,
sendo muitas vezes trabalhado de modo a apresentar uma configuração cilíndrica ou
cónica, associada à forma fálica. Na sua origem, admite-se estar uma manifestação
ritual à vitalidade e à fertilidade da terra ou, pela sua forma fálica, uma evocação à
fecundidade. Usava-se para ver o tempo (através da sombra projectada) e para
demarcação de terrenos.

Anta ou Dólmen: construções megalíticas formadas por pedras colocadas na vertical


sobre as quais assenta uma laje formando uma câmara circular que serviriam como
locais de enterramento ou de culto ligado à morte. Era uma homenagem aos mortos.

29. Os antigos habitantes do Egipto se estabeleceram no vale do Nilo, a nordeste do


continente africano onde dedicavam a actividade agrícola. Em poucas palavras, explica
o processo de unificação entre o norte e o sul.

Resposta: O Antigo Egito foi uma civilização do Antigo Oriente próximo do Norte de
África, concentrada ao longo ao curso inferior do rio Nilo. Era parte de um complexo de
civilizações, as civilizações do Vale do Nilo, do qual também faziam parte as regiões ao
sul do Egito. Tinha como fronteiras o Mar Mediterrâneo, a norte, o Deserto da Líbia, a
oeste, o Deserto Oriental Africano a leste e a primeira catarata do Nilo a sul. Foi umas
das primeiras grandes civilizações da Antiguidade e manteve durante sua existência
uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável
em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e
contactos com o estrangeiro tenham sido também uma realidade. A civilização egípcia
se aglutinou em torno de 3 100 a.C. com a unificação política do Alto e Baixo Egito,
sob o primeiro faraó (Narmer), e se desenvolveu nos três milênios seguintes.

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Desenvolveu-se historicamente em três grandes reinos marcados pela estabilidade
política, prosperidade económica e florescimento artístico, separados por períodos de
relativa instabilidade conhecidos como Períodos Intermediários. Suas realizações
incluem o desenvolvimento de técnicas de extração mineira, topografia e construção que
permitiram a edificação de monumentais pirâmides, templos e obeliscos; um sistema de
matemática, um sistema prático e eficaz de medicina, sistemas de irrigação e técnicas de
produção agrícola, os primeiros navios conhecidos, faiança e tecnologia com vidro,
novas formas de literatura e o mais antigo tratado de paz conhecido.

30. O reino de Méroe desenvolveu-se depois do declínio do império novo no Egipto e


tinha como principais actividades económicas a agricultura, criação de gado, artesanato
e o comércio. Como esta organizada a sociedade meroita?

Resposta: O Reino Meroítico ou Reino de Meroé foi um antigo reino africano situado ao
sul de Assuão, entre a primeira e a sexta catarata do rio Nilo, onde hoje se localiza o
Sudão. As primeiras sociedades a se desenvolver na área surgiram na Núbia antes da
Primeira Dinastia do Egito (r. 3100–2890 a.C.). Em cerca de 2 500 a.C., os egípcios
começaram a avançar na direção sul e é por meio deles que a maior parte das
informações sobre Reino de Meroé ficou conhecida. Os historiadores não têm certeza se
por cidades-Estado múltiplas ou por um império unificado, e debatem se o conceito de
Estado surgiu ali de modo independente ou se foi tomado do Egito. Mas disputas
internas no Egito permitiram aos nativos derrubar o regime colonial egípcio e instituir
um reino independente, governado a partir de Napata. Este novo reino, teve sede em
Napata, foi unificado por Alara no período entre 780 e 755 a.C. Alara era visto pelos
seus sucessores como o fundador do reino Cuxita (méroe). Depois transferiram a capital
para Meroé, mais ao sul do que Napata. A transferência deveu-se à atração do ferro, já
que Meroé, ao contrário de Napata, possuía vastas florestas que serviam de combustível
para os altos-fornos. A chegada de mercadores gregos na área também sinalizou o fim
da dependência Cuxita do comércio ao longo do Nilo, pois agora podia exportar seus
produtos via o mar Vermelho e as colônias mercantis gregas ali localizadas. Os Estados
haviam-se formado em área controlada por Meroé. Falavam núbio antigo e escreviam
com uma versão do alfabeto copta. A língua meroítica e sua escrita parecem ter
desaparecido.

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31. Por volta de 3500 a.C., existiam na Suméria cerca de doze grandes cidades-estado –
eram cidades independentes, com governo próprio, e exerciam domínio sobre uma vasta
região rural circundante. Neles estavam concentradas as mais importantes funções da
cidade: a administrativa, a religiosa e a económica. Comente sobre a função dos
monarcas na sociedade Suméria.

Resposta: Os sumérios habitaram várias cidades-estados, cada uma erigida em torno de


seus respectivos templos, dedicados ao deus a cuja proteção a cidade competia. Estas
cidades, grandes centros mercantis, eram governadas por déspotas locais denominados
ou patésis (líder local), ou lugal (título de rei), supremo-sacerdotes e chefes militares
absolutos, auxiliados por uma aristocracia constituída por burocratas e sacerdotes. O
patési controlava a construção de diques, canais de irrigação, templos e celeiros,
impondo e administrando os tributos a que toda população estava sujeita. As cidades-
estados sumerianas, tradicionalmente, eram cidades-templos. Isto porque os sumérios
acreditavam que os deuses haviam fundado as cidades para que fossem centros de
cultos. Mais tarde, segundo a religião, os deuses limitavam-se a comunicar os soberanos
as plantas das cidades e dos santuários. A ligação dos patésis aos ritos da cidade era
extremamente íntima. Os templos estavam ligados ao poder estatal e suas riquezas eram
usufruídas pelos soberanos, chefe político e religioso ao mesmo tempo. O soberano
consultava os concidadãos mais notáveis nos maiores interesses do Estado, ou seja,
guerra ou paz. Além do clero, que administrava os bens do templo. Junto com os
templos das cidades, homenageando o seu deus patrono, não raramente eram erguidos
zigurates — pirâmides de tijolos maciços cozidos ao sol — que serviam de santuários e
acesso aos deuses quando desciam até seu povo.

Dentre as cidades mais importantes do território sumério estavam Eridu, Quis, Lagaxe,
Uruque, Ur e Nipur. Com o desenvolvimento dessas cidades, a tentativa de supremacia
duma sobre a outra tornou-se inevitável. O resultado foi um milênio de embates quase
incessantes sobre o direito de uso de água, rotas de comércio e tributos a tribos
nômades. Havia também a aristocracia burocrática que cuidava dos interesses do rei,
dos bens da casa real, do tesouro público, que recebe os impostos etc. Abaixo de toda
essa pirâmide, vinha a população e seus diversos afazeres, fazendeiros, barqueiros,
pescadores, criadores, negociantes, artesãos, enfim. E para finalizar, havia escravidão.
Esses escravos eram inimigos capturados, ou formas de pagamento de dívidas. Esses
escravos porém, tinham alguns privilégios, como liberdade para se casar, por exemplo.

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32. A China Antiga estava localizada entre os rios Yang-Tse-Kiang e Hoang- Ho ou
Amarelo. É uma extensão que compreendia as montanhas de Tibete e a zona de
Mongólia até ao deserto de Gobi. Com a dinastia Tsin, a coroa tomou várias medidas
para modificar o estado chinês. Explique como teria funcionado o novo estado da India
Antiga?

Resposta: O território indiano foi alvo da ocupação de uma série de tribos nômades.
Entre outras regiões, foram controlaram porções do território onde a civilização hindu
fixou marcantes traços da cultura indiana. A organização da sociedade indiana em
castas. As castas organizaram a sociedade indiana durante vários séculos. Dentro desse
modelo, a condição de um indivíduo é determinada pelo seu nascimento. Em cada uma
das castas observamos o direito nato de exercer determinadas profissões definidoras do
prestígio e da posição social. A casta superior é ocupada pelos brâmanes, líderes
religiosos do povo indiano. Em contrapartida, a casta inferior é formada pelos párias,
pessoas incumbidas de serviços considerados degradantes. Sua organização era em
diversos pequenos reinos e cidades-Estado que cobriram o subcontinente, que perfaziam
dezesseis monarquias e "repúblicas". Este período foi marcado por grandes mudanças
sociais, ocorridas numa sociedade de maioria hindu governada por grão-mogóis
(imperadores) que, alguns, adotavam uma postura de tolerância religiosa, outros,
destruíam templos hindus e cobravam impostos. Outros conquistadores mongóis da
China haviam adotado a cultura local, os mogóis professavam uma política de
integração com a cultura indiana que contribui para explicar o seu sucesso em
comparação com o Sultanato de Déli. Os grão-mogóis casaram-se com a realeza local,
aliaram-se com marajás e procuraram fundir a sua cultura com as tradições indianas.

33. A estrutura de classes sociais foi modificada ao longo do desenvolvimento da China


antiga. Como eram estruturas as classes sociais na dinastia Han?

Resposta: A Dinastia Han foi uma dinastia chinesa que durou de 206 a.C. até 220 d.C.,
tendo sido precedida pela dinastia Qin e seguida pelos três reinos da China. A dinastia
Han foi governada pela família conhecida como o clã de Liu. O reino da dinastia Han,
com seus 400 anos de duração, é considerado geralmente um dos grandes períodos da
história da China. Até hoje, a maioria étnica da China ainda diz ser "descendente de
Han". A dinastia Han foi notável também pela sua aptidão militar. Com expedições

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militares para o oeste, assim como além-mar Cáspio, tornou possível o tráfego mercantil
através da Ásia central, desenvolvendo o comércio inclusive com os romanos. Os
trajetos do tráfego vieram a ser conhecidos como "a estrada de seda" porque a rota foi
usada para exportar a seda chinesa. E para assegurar a paz com os poderes não
Chineses, a corte de Han desenvolveu "um sistema tributário mutuamente benéfico".
Foi permitido aos estados não chineses permanecer autónomos em troca da aceitação
simbólica da autoridade de Han. Os laços tributários foram confirmados e reforçados.
Durante a dinastia Han, a China transformou-se oficialmente num estado confucionista
e progrediu em questões internas: a agricultura, o artesanato e o comércio floresceram.

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3.0. Conclusão

Na realização do trabalho de prática de referente na cadeira de História das Sociedade 1,


tem como tema de abordagem: resolução das actividades (trabalhos de auto - ajuda) na
secção 7.1 actividade 1 (unidade i a ix), conclui que: os seres humanos torna-se um ser
social, quando toma contacto com o ambiente grupal que a rodeia onde vai repetindo e
imitando comportamentos dos outros indivíduos. De modo que a sociedade faz os
indivíduos mas estes não fazem a sociedade. E esta sociedade constrói representações
que ajudam a dar inteligibilidade à sua realidade (valores de crenças, valores
emocionais, tradição, hábitos e costumes). E a sociabilidade é inato no homem e não
uma manifestação casual e passageira. O conhecimento, a corporeidade, a linguagem, a
liberdade e o amor coloca-o em contato com todo o mundo que o circunda,
particularmente com o mundo humano; o amor e a liberdade colocam-no à disposição
para dar-se aos outros e para fazê-los participantes das próprias coisas e do próprio ser.
E a sociedade passa a ser um organismo que está essencialmente ao serviço dos
indivíduos para permitir a cada um deles realizar plenamente a si mesmo.

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4.0. Bibliografia
1. BERNARDI, B. Introdução aos Estudos Etno-Antropológicos. Lisboa,
Edições 70, 1974, p. 19-119.
2. Barata, O., S. (2002), Introdução às Ciências Sociais, Vol 1 e2 Viseu, Bertrand
Editora, 10ª edição.
3. MARCONI, A. & LAKATOS, E. Mª. Sociologia Geral, 7ª edição. SP, Edição
Atlas, 130-148.
4. ASSIS, Cássia Lobão. & NEPOMUCENO Cristiane Maria. Classificação e
especificidades da cultura. UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do
Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.
5. www.wikipedia.com retirado no dia 2 de julho de 2020.
6. www.google.com retirado no dia 2 de julho de 2020.
7. www.passeidireito.com retirado no dia 2 de julho de 2020.
8. BARROS, José D’Assunção. Geografia e História: uma interdisciplinaridade
mediada pelo espaço.
9. BRESSAN, Suimar João. Fundamentos das Ciências Sociais. Ijuí, Rio Grande
do Sul, Brasil 2008.
10. Ki-Zerbo, J. História da África Negra, Vol. I e II, Publicações Europa-
América;
11. Ki-Zerbo, J. (1980). História Geral da África, Ática/UNESCO.

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