Você está na página 1de 131

Curso Preparatório TI

VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46


Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Apostila Específica para o Exame de Qualificação UERJ 2021

Linguagens
Tipologias: descrição; narração; argumentação; injunção

Descrição

Descrição é uma narração detalhada sobre algo ou alguém, que acontece através da enumeração de características ou
eventos.

Uma descrição é marcada pela presença de verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc). Esses verbos não buscam
expressar ações, mas sim interligar o sujeito às características que se deseja mencionar no relato.

Exemplos:

- O homem era alto, magro e parecia preocupado.

- Carolina estava empolgada e nervosa ao mesmo tempo.

- O clima do local era frio e chuvoso.

Narração

Narração ou texto narrativo é o relato feito por alguém de algo, de uma sequência de acontecimentos. Essa sucessão de
acontecimentos é chamada de enredo, e considera um período de tempo e de espaço (quando e onde acontece).

Quem assume o papel de narrar, contar ou relatar algo é chamado de narrador. O narrador relata os acontecimentos
vividos pelos personagens.

Tipos de narrativa

Dentre os tipos de narrativa, citamos:

- Conto: narrativa curta que gira em torno de um acontecimento real ou fictício.

- Crônica: narrativa informal que tem como tema o cotidiano.

- Fábula: narrativa que transmite mensagem de cunho moral.

- Novela: narrativa longa que se desenvolve em torno de um personagem principal.

- Romance: narrativa longa que envolve várias tramas.

Estrutura da narrativa

A narração segue a seguinte estrutura:

- Apresentação: é parte introdutória, em que as principais características do contexto são apresentadas, tais como as
personagens, o lugar e o período de tempo.

1
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

- Desenvolvimento: é a parte que apresenta a sucessão de acontecimentos.

- Clímax: é a parte mais emocionante em virtude de ser o momento em que algo é revelado.

- Desfecho: é parte conclusiva, a partir de quando são tomados os rumos finais da narração.

Elementos da narrativa

Narrador

Há três tipos de narrador. É esse elemento que determina o foco narrativo, ou seja, a perspectiva da história.

1- Narrador Personagem: ele faz parte da história contada. Nesse caso, a narração é feita na 1ª pessoa do singular (eu)
ou do plural (nós).

2-Narrador Observador: ele não faz parte da história, apenas a observa. A narração é feita na 3ª pessoa do singular
(ele) ou do plural (eles).

3- Narrador Onisciente: ele conhece todos os detalhes da narração: o presente, o passado e o futuro da história, além
do que os personagens e os seus pensamentos. Na maior parte das vezes a narração é feita na 3ª pessoa, por vezes, na
1ª.

Personagens

Conforme a sua importância, os personagens são classificados em principais e secundários.

Os principais são chamados de protagonistas, enquanto os secundários são coadjuvantes.

Exemplos de narração

Narrador personagem:

"No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e
sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia
emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo.
Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava
na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez
nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais
tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como
sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranqüilo e
diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração
batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse
no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte”
com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel
não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera

2
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer
me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois
o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a
outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus
olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua
recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela
menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa,
entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato
de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme
surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!"
Argumentação

A Argumentação é um recurso retórico da linguagem utilizado na produção de textos argumentativos, o qual apresenta
um conjunto de proposições, promovendo assim o diálogo e reflexões críticas.

Um bom texto argumentativo inclui a clareza de ideias e o uso correto das normas gramaticais, ou seja, a coerência e a
coesão.

De tal maneira, o ato de argumentar desenvolve a inteligência posto que está pautado na exposição de ideias ou em
opiniões organizadas e fundamentadas acerca de determinado assunto, com o intuito principal de persuadir o leitor
(interlocutor ou ouvinte).

Note que além de ser uma importante ferramenta dos textos argumentativos escritos, a argumentação pode ser
utilizada nos discursos orais, por exemplo, numa palestra, debates políticos, propagandas publicitárias, dentre outros.

Contra Argumentação

A contra argumentação é um recurso utilizado para rebater ou refutar as proposições produzidas pela argumentação.
Em outras palavras, ela apresenta uma opinião contrária à argumentação textual.

Textos Argumentativos

Segue abaixo os mais importantes textos argumentativos, os quais absorvem a estrutura básica textual: introdução
(tese), desenvolvimento (antítese) e conclusão (síntese):

Texto Dissertativo-Argumentativo

Um texto dissertativo argumentativo é aquele que apresenta um tema, de forma que argumentação é uma importante
etapa de desenvolvimento.

Através dela, o escritor expõe seu raciocínio e defende seu ponto de vista sendo, portanto, uma ferramenta muito
importante na produção desse tipo de texto.

Há muitos exemplos de textos dissertativos,a saber: artigos, ensaios, resenhas, dentre outros.

3
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Exemplo:

A violência é uma conduta aprendida, e nossa cultura é uma eficiente professora. Um dado aterrador em mais de 15%
dos vídeos musicais dirigidos a crianças e adolescentes aparecem imagens de crianças armadas. As cenas violentas
que a criança vê na televisão “legitimam” a violência do entorno.

Elementos comunicativos da argumentação

A argumentação ocorre em uma situação de comunicação peculiar, na qual se devem levar em conta três elementos: o
emissor, o destinatário e o modo de comunicação.

Emissor é a pessoa que faz a argumentação. Em algumas ocasiões, ele permanece no anonimato, como ocorre, por
exemplo, na maioria dos anúncios publicitários. A natureza do emissor, isto é, seu prestígio ou seu descrédito, é um
fator que aumenta ou reduz a força da argumentação. O emissor deve expressar-se de maneira simples, ordenada e
adaptada às circunstâncias em que se encontra. Ele tem de expor seus argumentos com base em sua experiência
pessoal e na opinião de especialistas, tentando ser sempre objetivo.

Destinatário é a pessoa ou o grupo de pessoas a quem se dirige a argumentação. O destinatário pode ser individual ou
coletivo, concreto (uma pessoa conhecida pelo emissor) ou genérico (um conjunto potencial de receptores que o
emissor não conhece).

O modo de comunicação diz respeito a questões como o caráter público ou privado da argumentação, a presença ou
ausência física do destinatário, a possibilidade de réplica por parte dele, assim por diante.

A argumentação será eficaz na medida em que o emissor consegue que o destinatário adote o ponto de vista defendido
ou modifique seu comportamento no sentido desejado. Para isso, o emissor deverá levar em conta tanto as
características do destinatário como os fatores relacionados com o modo de comunicação.

Os argumentos

A opinião que se sustenta recebe o nome de tese, e as razões que se alegam em sua defesa denominam-se argumentos.

Para que a argumentação seja eficaz, o emissor deve considerar as características e as crenças das pessoas a quem se
dirige, pois somente assim poderá saber a quais argumentos elas são mais sensíveis. Além disso, esses fatores devem
estar relacionados com a tese de tal modo que a aceitação dos argumentos conduza à aceitação da tese. Nas
argumentações, é frequente haver marcas que revelam a presença do emissor (como o uso da primeira pessoa, por
exemplo) e que o emissor se dirija diretamente ao destinatário, com o objetivo de incluí-lo no discurso.

No entanto, às vezes o emissor prefere dar à argumentação uma aparência de objetividade e elabora seu texto em
terceira pessoa.

Os argumentos apoiam-se em valores, crenças ou premissas que se supõem aceitos pela maior parte dos membros da
comunidade. Tais premissas compartilhadas recebem o nome de tópicos e permitem classificar os argumentos
ajustados ao seu conteúdo.

Entre os argumentos baseados em tópicos, empregam-se frequentemente os seguintes:

4
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

- O argumento da maioria baseia-se no tópico da quantidade (“O maior ou mais numeroso é preferível ao menor ou
menos numeroso”). Exemplo:

O filme teve mais de 2 milhões de espectadores, portanto deve ser muito bom.

- O argumento de utilidade baseia-se no tópico do útil (“O útil é preferível ao que não é”). Exemplo:

Ajudar globalmente as populações em condições de pobreza beneficiará a todos.

- O argumento ético baseia-se no tópico da moralidade (“O moral é preferível ao imoral”). Exemplo:

Senhores membros do Congresso, é à sua responsabilidade e ao seu senso de dever que recorremos para propor
soluções aos problemas que assolam o país.

O argumento hedonista baseia-se no tópico do prazer (“O prazeroso é preferível ao desagradável”). Exemplo:

Praia da Pipa: o paraíso na Terra.

Formular uma tese

Quando se redige uma tese, convém seguir estas diretrizes:

- Fazer com que a tese seja facilmente identificada. Em um processo de argumentação, é fundamental que o receptor
possa reconhecer imediatamente a ideia que está sendo defendida.

- Expressar a tese por meio de orações. A tese é uma ideia e, portanto, deve ser representada linguisticamente na forma
de oração. Não se deve confundir tese com tema, o qual é designado por meio de um sintagma. Exemplo:

Tema: A pobreza em nossa sociedade. Tese: A pobreza é uma ameaça à estabilidade social.

- Expor a tese da forma mais concisa possível.

A força dos argumentos

Nem todos os argumentos têm o mesmo poder de persuasão. A força persuasiva de um argumento depende de sua
consistência interna e do grau de aceitação da premissa na qual se apoia. Um argumento é consistente quando está
bem construído e serve para defender a tese. No enunciado a seguir, por exemplo, emprega-se um argumento
consistente:

- Fumar é prejudicial à saúde porque o cigarro contém substâncias que originam doenças.

- Não seria consistente, entretanto, o argumento que é usado neste outro enunciado:

- Fumar é prejudicial à saúde porque meu primo sofreu um acidente quando estava fumando.

Injunção

O texto injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a concretização de uma ação.

Ele indica o procedimento para realizar algo, por exemplo, uma receita de bolo, bula de remédio, manual de
instruções, editais e propagandas.

5
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Com isso, sua função é transmitir para o leitor mais do que simples informações, visa sobretudo, instruir, explicar,
todavia, sem a finalidade de convencê-lo por meio de argumentos.

São textos o quais incitam a ação dos destinatários, controlando, assim, seu comportamento, ao fornecer instruções e
indicações para a realização de um trabalho ou a utilização correta de instrumentos e/ou ferramentas.

Texto Injuntivo e Prescritivo

Há quem estabeleça uma relação entre os textos injuntivos e prescritivos e, por outro lado, há os que defendem que
são textos sinônimos e pertencem à mesma categoria, compartilhando funções e finalidades.

No entanto, os linguistas que preferem dividi-los em dois tipos de textos informam que o texto injuntivo, instrui sem
uma atitude coercitiva, recurso marcante nos textos ditos prescritivos.

Para esse grupo de estudiosos, um texto injuntivo pode ser um manual de instruções ou uma receita, enquanto os
textos prescritivos asseguram um tipo de atitude coercitiva, por exemplo, os editais dos concursos, contratos e leis.

Recursos Linguísticos

A linguagem dos textos injuntivos é simples e objetiva. Um dos recursos linguísticos marcantes e recorrentes desse
tipo de texto é a utilização dos verbos no imperativo, os quais indicam uma "ordem", por exemplo:

na receita de bolo: “misture todos os ingredientes”;

na bula de remédio: “tome duas cápsulas por dia”;

no manual de instruções: “aperte a tecla amarela”;

nas propagandas: “vista essa camisa”.

Exemplos

Segue alguns exemplos de textos injuntivos:

Manual de Instruções

Instalação: Prefira sempre os serviços da Rede de Assistência Técnica Brastemp para realizar desde a instalação até a
manutenção de seus produtos com tranquilidade e segurança.

1° passo: Veja se a tomada onde o produto será instalado tem o novo padrão plugue, segundo o INMETRO.

2° passo: Verifique se a tensão da rede elétrica no local de instalação é a mesma indicada na etiqueta do plugue da sua
lavadora.

3° passo: Nunca altere ou use o cabo de força de maneira diferente da recomendada. Se o cabo de força estiver
danificado, chame a Rede de Serviços Brastemp para substituí-lo.

4° passo: Verifique se o local de instalação possui as condições adequadas indicadas no Manual do Consumidor:-A
pressão da água para abastecimento deve corresponder a um nível de 2 a 80 m acima do nível da torneira;

- Recomenda-se que haja uma torneira exclusiva para a correta instalação da mangueira de entrada;

6
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Polifonia e intertextualidade

O conceito de polifonia está intimamente relacionado com o de intertextualidade. Isso porque a intertextualidade é um
recurso linguístico utilizado entre os textos. Nela, é possível observar o diálogo estabelecido entre os textos, ou seja, a
referência entre eles.

Na linguística, a Intertextualidade é um recurso utilizado entre textos, de maneira que estabelece uma analogia
mediada por um diálogo existente entre eles, sejam da mesma natureza ou não (por exemplo a intertextualidade entre
um texto escrito e um texto visual).

De tal modo, a intertextualidade é um recurso muito empregado na literatura, na música, na pintura, na televisão, bem
como na linguagem coloquial, posto que muitas vezes, sem notarmos, estamos criando um texto, ao fazer referência a
outro.

Note que para que a intertextualidade ocorra, é necessário a existência de um texto que influencie a produção deste,
denominado de “texto-fonte”, ou seja, aquele em que o autor se inspirou para fazer referência.

Em resumo, a intertextualidade é a criação de um texto a partir de outro já existente.

Paráfrase

Paráfrase é um recurso de interpretação textual que consiste na reformulação de um texto, trocando as palavras e
expressões originais, mas mantendo a ideia central da informação.

A intertextualidade é uma das principais características da paráfrase, pois para que esta exista é necessária a “ligação”
com outro texto, que serve como alusão para a produção do novo conteúdo.

Em alguns casos, a paráfrase é considerada um mecanismo que ajuda a clarificar alguns textos, pois ajuda a explicá-
los com termos e expressões que sejam mais simples de compreender, uma vez que a ideia central do conteúdo sempre
é mantida.

No campo linguístico, a paráfrase pode significar o modo diferente de transmitir determinada mensagem que já foi
dita anteriormente, alterando apenas algumas palavras por seus sinônimos, por exemplo.

Quando se diz que alguém parafraseou a obra de outro autor, significa que a apresentou com as suas próprias palavras,
mas mantendo a ideia e o sentido original da mesma. Neste sentido, parafrasear ainda pode significar a nova
abordagem, interpretação ou explicação que é dada a um conteúdo antigo (livro, narrativa, poema e etc).

Paródia

A paródia é uma releitura cômica de alguma composição literária, que frequentemente utiliza ironia e deboche. Ela
geralmente é parecida com a obra original, e quase sempre tem sentidos diferentes.

A paródia surge a partir de uma nova interpretação, da recriação de uma obra já existente e, em geral, consagrada. O
seu objetivo é adaptar a obra original a um novo contexto, passando diferentes versões para um lado mais despojado, e
aproveitando o sucesso da obra original para passar um pouco de alegria. A paródia pode ter intertextualidade.

Aparece como importante elemento no modernismo brasileiro e na poesia marginal da chamada "Geração
mimeógrafo". Em "Paródia, Paráfrase & Cia", lembra-se que o termo paródia foi institucionalizado a partir dos séculos

7
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

XVI e XVII, também traz os significados de Parodia segundo o dicionário de literatura que discrimina três tipos
básicos, sendo eles:

Verbal: Altera uma palavra ou outra do texto original;

Formal: O estilo e os efeitos técnicos de um escritor são usados como forma de zombaria;

Temática: em que se faz a caricatura da forma e do espírito de um autor.

A paródia é definida através de um jogo de intertextualidade e intratextualidade (quando o autor retoma sua obra e
reescreve).

Citação

Citação é, portanto, a menção no texto de informação extraída de outros documentos, com o objetivo de colocar o
trabalho no contexto da temática, conferir a ele credibilidade, confrontar dados, fatos e argumentos, e registrar
opiniões similares ou conclusões opostas.

Diálogo

O acordo é a condição e ao mesmo tempo o fim do diálogo. Condição, porque só existe o diálogo se os interlocutores
renunciarem à violência, e se submeterem a exigência da verdade.

É a verdade que o diálogo nem sempre chegue a uma conclusão, pelo menos visa a uma progressão a dois. A busca
conjunta da verdade pressupõe e reforça uma comunidade fundada sobre a linguagem compartilhada. O diálogo se
define pela circulação da palavra (daí: dia – logos).

Platão escreveu sua obra quase inteiramente sobre a forma de diálogos que colocaram em cena Sócrates junto com os
mais diversos interlocutores, entre estes, seus discípulos.

O diálogo platônico não se traduz em ser mero artifício literário. Platão estabeleceu um elo essencial entre os filósofos
e o dialogar.

A filosofia não é uma doutrina passível de ser objeto de uma exposição convencional. Esta é um diálogo vivo entre
dois interlocutores movidos pelo desejo de saber para transmitir, e que decidem juntos, procurar a verdade.

Discurso relatado

Um discurso relatado é um discurso indireto. Por meio de um discurso indireto relata-se um discurso direto (uma
pergunta, uma resposta, um diálogo, etc.). O discurso indireto consiste na transmissão diferida de palavras geralmente
anteriormente proferidas. O autor do discurso indireto incorpora no seu próprio falar frases suas ou de outrem,
construindo orações subordinadas e alterando a forma como foram inicialmente proferidas.
No plano formal, na escrita, o discurso direto é marcado pelos dois pontos, o travessão, a mudança de linha, o uso de
exclamações, interrogações, interjeições, vocativos, imperativos, o predomínio da 1.ª e da 2.ª pessoa. No discurso
indireto ocorre o relato do que foi dito, respeitando-se o conteúdo, mas alterando-se a forma.

Exemplo :

* Discurso Direto

8
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

- Vais sair?, perguntou ele.


- Não!, disse ela.

* Discurso Indireto

Ele perguntou-lhe se ela ia sair.


Ela disse-lhe que não.

Inferência

Inferência é uma dedução feita com base em informações ou um raciocínio que usa dados disponíveis para se chegar a
uma conclusão.

Inferir é deduzir um resultado, por lógica, com base na interpretação de outras informações. Inferir também pode
significar chegar a uma conclusão a partir de outras percepções ou da análise de um ou mais argumentos.

É um substantivo feminino e se originou do latim inferentia.

Exemplo: Se eu tiver dinheiro, irei viajar. Se eu for viajar, ficarei feliz. Portanto, se eu tiver dinheiro, ficarei feliz.

O silogismo é um modelo de raciocínio baseado na ideia da dedução a partir de duas premissas, ou seja, é um tipo de
inferência.

Veja também o significado de Silogismo.

A inferência causal acontece ao se estabelecer uma relação de causalidade (causa e efeito) entre fatos, a partir da
observação de acontecimentos.

Exemplo: Está chovendo. Depois da chuva vem o sol. Então, o sol deve aparecer logo.

Inferência textual

Inferência textual está relacionada à compreensão da leitura. Significa interpretar os elementos que estão explícitos e
implícitos no texto, analisando em conjunto tudo que foi escrito e compreendendo a ideia central do texto. A
inferência textual pode requerer algum conhecimento prévio sobre o tema da leitura.

Inferência estatística

A inferência estatística obtém conclusões a partir de dados de amostra coletados. Estes dados são utilizados como base
para se concluir sobre uma determinada situação ou hipótese. É o que acontece, por exemplo, com a coleta de dados
feita no censo demográfico.

Sinônimos de inferência

- Conclusão

- Implicação

- Ilação

- Indução

9
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

- Consequência

Pressuposição

Pressuposto significado algo que se pressupõe; que se supõe antecipadamente, ou seja, aquilo que se imagina e pensa
sobre determinada coisa ou situação antes mesmo de ter contato ou conhecimento sobre ela.

Os pressupostos são marcados por advérbios, verbos, orações adjetivas e adjetivos. O pressuposto é um dado
apresentado como indiscutível para o falante e o ouvinte, não permitindo contestações.

Pressupostos são ideias não expressas de maneira explícita num discurso, mas que podem ser percebidas a partir de
certas palavras ou expressões que foram utilizadas.

Quanto a utilização de pressupostos, eles devem ser sempre verdadeiros ou aceitos como verdadeiros, pois são os
responsáveis por construir as informações consideradas explícitas.

Exemplo: “A atividade de radiodifusão deve respeitar as condições pressupostas na atribuição do alvará para o seu
exercício”.

Pressuposto e Subentendido

Um pressuposto, como dito, consiste numa ideia clara que pode ser presumida, que seja possível supor. Por outro lado,
o subentendido é uma insinuação dentro do enunciado, algo que pode ser deduzido a partir da informação que é
fornecida.

Uma frase pode ter vários pressupostos e subentendidos, sendo que neste último caso, os subentendidos dependem da
interpretação que cada indivíduo é capaz de fazer.

Na frase: "O João não pode mais dirigir um carro", o pressuposto é que o João antes dirigia um carro. Quanto ao
subentendido, podem existir vários. Talvez o João não dirija mais porque a sua carteira de motorista foi cassada ou por
ter sofrido um acidente grade. São diversas as possibilidades de interpretação neste caso.

Subentendido

Subentendido é um adjetivo que significa algo que é tácito, que se entende, apesar de não estar expressoou enunciado.
Algo que está na mente, mas não foi expresso de forma explícita.

Subentender é conhecer, prever, ou entender através do auxílio da inteligência aquilo que não está expresso ou
esclarecido. É supor, admitir ou entender mentalmente através de uma interpretação. Uma coisa subentendida
é implicitamente compreendida.

A dúvida relativamente à grafia da palavra é bastante comum, sendo que muitas pessoas escrevem a palavra
incorretamente. A forma correta é subentendido e não sub-entendido, ou seja, sem o hífen.

Em inglês, a palavra subentendido é traduzida pelas palavras implicit, implied ou tacit. Ex: I told him it was raining. It
was implied that he should bring an umbrella. - Eu disse para ele que estava chovendo. Estava subentendido que ele
devia trazer um guarda-chuva.

Um indivíduo que fala por subentendidos é alguém que faz insinuações que se encontram disfarçadas no seu discurso.

Pressuposto e subentendido
10
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Um enunciado pode conter informações pressupostas e subentendidas. As informações pressupostas são claras,
indiscutíveis, e o leitor / ouvinte não tem que inferir ou deduzir qual a informação que o autor pretende passar. Por
outro lado, as informações subentendidas vão depender do contexto ou capacidade de interpretação do leitor ou
ouvinte.

Uma pessoa não ouve ou lê exatamente aquilo que foi dito ou escrito pelo autor ou interlocutor, porque cada pessoa
complementa as informações com as suas próprias interpretações (que variam de acordo com o seu contexto).

Métodos de argumentação

Dedução

Vamos começar pela Dedução. O método dedutivo costuma ser o mais conhecido por um motivo muito simples: todo
mundo conhece o famoso raciocínio de Aristóteles sobre Sócrates. Você não? Então veja:

Todo homem é mortal; ora, Sócrates é homem, logo, Sócrates é mortal.

Tenho certeza de que você já ouviu falar nisso. Esse é um exemplo bem básico de como funciona o
método dedutivo. A dedução é aquela que se organiza do geral para o particular, ou seja, parte de uma verdade
universal, geral, para chegar a afirmações e conclusões mais individuais. Tal ideia geral é conhecida como premissa
inicial, ou premissa maior. Após isso, com uma ou mais premissas intermediárias (menores) é possível chegar a
uma conclusão, de caráter particular. Vamos ver um exemplo?

Podemos ver, no exemplo acima, um raciocínio essencialmente dedutivo, já que se parte de uma verdade universal,
atingindo todas as fontes de informação, passando por premissas intermediárias e atingindo uma conclusão particular.

E o silogismo?

Essa observação é muito importante! Tanto o caso que acabamos de observar quanto o raciocínio construído por
Aristóteles são exemplos do que conhecemos como silogismo, uma espécie do raciocínio dedutivo. É formado por
duas — e apenas duas — premissas, conhecidas como Premissa Maior e Premissa Menor. A conclusão, como
discutimos no início, mantém seu caráter particular.

Por fim, cabe analisar as vantagens e desvantagens do raciocínio dedutivo, de forma que você, aluno, seja capaz de
identificar o que utilizar em qual momento do texto e de que forma apresentar sua argumentação. Como principal
vantagem, está o fato de, se escolhidas boas premissas, a conclusão atingida ser inquestionável. Por outro lado, a
desvantagem está – principalmente em textos dissertativos – na previsibilidade existente no processo de construção do

11
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

raciocínio. Trabalhar muito a argumentação, transformando a conclusão em uma persuasiva apresentação da opinião, é
o grande desafio. Mas nós estamos aqui pra isso, né?

Indução

Agora, pense em tudo o que você aprendeu na dedução, inverta, e você terá a indução. Ok, não é tão simples assim,
mas é quase isso. A indução é caracterizada por partir de afirmações particulares, individuais, e atingir
conclusões gerais, universais.

Assim como na dedução, a indução também apresenta vantagens e desvantagens. O principal benefício desse tipo de
raciocínio é o fato de ele permitir que se faça novas descobertas através de sua apresentação. As grandes invenções da
humanidade surgiram a partir de raciocínios essencialmente indutivos. Por outro lado, a maior desvantagem que
podemos apontar está no fato de que o método indutivo atua no campo das probabilidades, ou seja, se uma das
evidências não for condizente com a verdade universal anunciada, todo o raciocínio deve ser revisto.

Formas de articulação de ideias

Textualidade... Ao nos depararmos com essa palavra, logo nos remetemos à escrita que, por sua vez, requer
determinadas habilidades por parte do emissor. Nesse sentido e, sobretudo, partindo do pressuposto de que
independentemente de qualquer que seja a finalidade discursiva a que se presta um determinado texto, esse deve estar
claro, preciso e objetivo para quem o lê – isso é a verdadeira textualidade.

Mas, atenção! Um texto se constitui de ideias, de argumentos firmados por parte de quem o escreve, concorda? Sim,
fato indiscutível, contudo, somente elencá-las não é o suficiente, haja vista que precisam, antes de tudo, estar bem
ordenadas, articuladas. Fato esse que somente se materializa se os parágrafos se apresentarem bem construídos,
ordenados. Quando assim se apresentam, logo afirmamos que se trata de um texto que possui coesão, e se ela se faz
evidente, afirmamos também que ele está coerente, pois ambos os aspectos “trilham” (ou pelo menos devem trilhar)
juntos o mesmo caminho.

Partindo então de tais princípios, cabe ressaltar que essa articulação, uma vez manifestada, pode se dar tanto no nível
das frases quanto no nível do próprio texto, por meio dos articuladores lógicos do texto e dos próprios conectivos.

12
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Quando no nível das frases, a articulação se dá mediante o uso de pronomes, os quais fazem referência a elementos
antes proferidos; bem como das conjunções, uma vez que essas estabelecem distintas relações entre as orações,
podendo ser de causalidade, temporalidade, oposição, consequência, condição, conclusão, entre outros aspectos.

Manifestando-se no nível do texto, a articulação se caracteriza pela relação que se estabelece entre as partes maiores
desse, como é o caso da introdução, desenvolvimento e conclusão. Dessa forma, atuando como casos representativos
desse aspecto, eis algumas expressões notadamente expressas por “dessa forma”, “por outro lado”, “por
exemplo”; sequências numéricas, tais como “primeiro”, “segundo”, “primeiramente”, “em segundo plano”, entre
outras; conjunções de oposição, como, por exemplo, “não obstante”, “apesar de”, ente outras.

Procedimentos de coesão e coerência

A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais na construção textual.

Para que um texto seja eficaz na transmissão da sua mensagem é essencial que faça sentido para o leitor.

Além disso, deve ser harmonioso, de forma a que a mensagem flua de forma segura, natural e agradável aos ouvidos.

Coesão Textual

A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam a ligação entre frases, períodos e
parágrafos de um texto. Ela colabora com sua organização e ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos.

Mecanismos de Coesão

A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: anáfora e catáfora.

A anáfora e a catáfora se referem à informação expressa no texto e, por esse motivo, são qualificadas como
endofóricas.

Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual.

Algumas Regras

Confira abaixo algumas regras que garantem a coesão textual:

Referência

Pessoal: utilização de pronomes pessoais e possessivos. Exemplo: João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto.
(Referência pessoal anafórica)

Demonstrativa: utilização de pronomes demonstrativos e advérbios. Exemplo: Fiz todas as tarefas, com exceção desta:
arquivar a correspondência. (Referência demonstrativa catafórica)

Comparativa: utilização de comparações através de semelhanças. Exemplo: Mais um dia igual aos outros…
(Referência comparativa endofórica)

Substituição

Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar as repetições.

Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na próxima semana.


13
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Observe que a diferença entre a referência e a substituição está expressa especialmente no fato de que a substituição
acrescenta uma informação nova ao texto.

No caso de “João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto”, o pronome pessoal referencia as pessoas João e
Maria, não acrescentando informação adicional ao texto.

Elipse

Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase, pode ser omitido através da elipse.

Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto. Você os quer?

(A segunda oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos que o que está sendo oferecido são ingressos
para o concerto.)

Conjunção

A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas.

Exemplo: Nós não sabemos quem é o culpado, mas ele sabe. (adversativa)

Coesão Lexical

A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido aproximado ou que pertencem a um mesmo
campo lexical. São elas: sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos, entre outros.

Exemplo: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A instituição está literalmente caindo aos
pedaços.

Coerência Textual

A Coerência é a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua argumentação - resultado especialmente dos
conhecimentos do transmissor da mensagem.

Um texto contraditório e redundante ou cujas ideias iniciadas não são concluídas, é um texto incoerente. A incoerência
compromete a clareza do discurso, a sua fluência e a eficácia da leitura.

Assim a incoerência não é só uma questão de conhecimento, decorre também do uso de tempos verbais e da emissão
de ideias contrárias.

Exemplos:

O relatório está pronto, porém o estou finalizando até agora. (processo verbal acabado e inacabado)

Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal passado. (os vegetarianos são assim classificados pelo fato de se
alimentar apenas de vegetais)

Fatores de Coerência
14
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência de um texto, tendo em vista a sua abrangência. Vejamos
alguns:

Conhecimento de Mundo

É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao longo da vida e que são arquivados na nossa memória.

São o chamados frames (rótulos), esquemas (planos de funcionamento, como a rotina alimentar: café da amanhã,
almoço e jantar), planos (planejar algo com um objetivo, tal como jogar um jogo), scripts (roteiros, tal como normas
de etiqueta).

Exemplo: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo a postos para o Carnaval!

Uma questão cultural nos leva a concluir que a oração acima é incoerente. Isso porque “peru, panetone, frutas e nozes”
(frames) são elementos que pertencem à celebração do Natal e não à festa de carnaval.

Inferências

Através das inferências, as informações podem ser simplificadas se partimos do pressuposto que os interlocutores
partilham do mesmo conhecimento.

Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça que eles são indianos. (ou seja, em princípio, esses convidados
não comem carne de vaca)

Fatores de contextualização

Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem providenciando a sua clareza, como os títulos de uma notícia ou a
data de uma mensagem.

Exemplo:
— Está marcado para às 10h.
— O que está marcado para às 10h? Não sei sobre o que está falando.

Informatividade

Quanto maior informação não previsível um texto tiver, mais rico e interessante ele será. Assim, dizer o que é óbvio
ou insistir numa informação e não desenvolvê-la, com certeza desvaloriza o texto.

Exemplo: O Brasil foi colonizado por Portugal.

Princípios Básicos

Após termos visto os fatores acima, é essencial ter em atenção os seguintes princípios para se obter um texto coerente:

Princípio da Não Contradição - ideias contraditórias

Princípio da Não Tautologia - ideias redundantes

Princípio da Relevância - ideias que se relacionam

15
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Diferença entre Coesão e Coerência

Coesão e coerência são coisas diferentes, de modo que um texto coeso pode ser incoerente. Ambas têm em comum o
fato de estarem relacionadas com as regras essenciais para uma boa produção textual.

A coesão textual tem como foco a articulação interna, ou seja, as questões gramaticais. Já a coerência textual trata da
articulação externa e mais profunda da mensagem.

Relações semânticas

Tipos de Figuras de Linguagem

Dividimos as figuras de linguagem em metáfora, hipérbole, eufemismo, ironia, elipse, zeugma, comparação,
metonímia, antítese, paradoxo, prosopopeia, pleonasmo, anáfora, sinestesia, gradação, aliteração, polissíndeto,
assíndeto e onomatopeia.

Metáfora

A metáfora ocorre quando é utilizada uma substituição de termos que possuem significados diferentes, atribuindo a
eles o mesmo sentido. Veja o exemplo abaixo:

“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

Na frase acima o autor dá o sentido de “pensamento” ao termo “rio subterrâneo”, que nada têm em comum, mas
passam a ter na oração.

Metonímia

Metonímia é o uso da parte pelo todo. Ocorre quando o autor substitui uma palavra por outra próxima. É utilizada para
evitar a repetição de palavras em um texto. Por exemplo:

– “Os meus braços precisam dos teus”

Na frase acima, Vinicius de Morais se refere à necessidade que ele tem de ter a presença de outra pessoa e não
somente dos braços.

– “Eu adoro ler Maurício de Souza”

Na frase acima, a pessoa está querendo dizer que gosta de ler as obras de Maurício de Souza, e não ler o autor, o que
seria impossível.

Sinestesia

A sinestesia é o jogo da mistura das sensações. Quando na mesma oração o autor realiza o cruzamento de diferentes
sentidos humanos.

Sinestesia é uma figura de linguagem muito utilizada em livros e poesias em geral. É muito comum também notar sua
presença em letras de música.
16
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Perceba no exemplo abaixo:

“Ela sentiu o sabor frio da derrota”

Na frase acima, a sensação de frio que sentimos nos tatos foi direcionada para o paladar (sabor). De fato, não podemos
sentir o sabor do “frio”, por isso ocorreu um cruzamento de sensações na frase, o que configura uma figura de
linguagem sinestesia.

Catacrese

A Catacrese é um tipo de recurso muito interessante. Tal figura de linguagem ocorre quando atribuímos um “nome” a
algo que não possui um nome específico, fazendo referência a outras coisas e objetos.

Um ótimo exemplo seria o “céu da boca” ou a “asa da xícara”. Perceba que nossa boca não possui um céu de fato,
assim como a xícara não possui asas de fato, parte atribuída somente às aves.

Antítese

Quando, em uma mesma oração, usamos termos que possuem sentidos contrários, configura-se a antítese. Por
exemplo:

“O Renato estava dormindo acordado na aula”

Perceba que “dormindo” e “acordado” entram em contraste de significado na frase.

Paradoxo

Esta figura de linguagem se refere a algo “contrário ao que se pensa”, fugindo do senso comum e até mesmo refletindo
a falta de nexo. Confira um exemplo simples de um paradoxo:

“Ele não passa de um pobre homem rico”

Eufemismo

Troca de um termo por outro mais “leve”, que acaba passando uma conotação mais agradável a um sentido. Um bom
exemplo de eufemismo é quando trocamos o termo “morreu” por “foi para o céu“.

Hipérbole

Ao contrário de eufemismo, a hipérbole é uma figura de linguagem que dá um exagero intencional ao contexto. Por
exemplo, em vez de dizermos “eu estou com muita sede“, as vezes dizemos “estou morrendo de sede“. Na verdade,
não estamos morrendo literalmente, mas ocorre um exagero para ilustrar a grandeza da sede.
17
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Ironia

Ironia é a utilização proposital de termos que manifestam o sentido oposto do seu significado. Por exemplo, uma
pessoa que foi demitida após péssimo dia de trabalho, dizer: “- Era o que faltava para encerrar o meu dia
maravilhosamente bem”.

Apóstrofe

Apóstrofe é muito interessante. Esta figura de linguagem ocorre quando alguma pessoa faz uso da “invocação” de algo
ou alguém para manifestar algum sentido ao contexto. Por exemplo: “Meu Deus! Que susto!”.

Personificação ou Prosopopeia

A personificação ou prosopopeia ocorre quando atribuímos sentidos racionais a elementos irracionais. Por exemplo,
quando dizemos “A natureza está em chorando…” estamos atribuindo o “choro” (algo racional) à natureza (um
elemento irracional). Outro exemplo seria dizer “Meu coração está em pratos…“.

Pleonasmo

Pleonasmo é muito utilizado no dia-a-dia. Trata-se da repetição de palavras que tem o mesmo significado, em uma
mesma oração.

Exemplos: “Sair para fora”, “subir para cima”, “dupla de dois”…

Cacofonia

A cacofonia surgem quando ocorre uma junção do final de um vocábulo e começo de outro, formando tonalidades
estranhas, dando significados controversos, quando lemos ou pronunciamos a frase rapidamente. Assim, outras
pessoas podem entender ou atribuir sentidos contrários ao que falamos. É considerado um vício de linguagem.

Exemplo:

Eu vi ela na praça. (vi+ ela= viela)

Alma minha gentil que te partiste (Alma + minha = maminha)

Apóstrofe

Apóstrofe é a figura do chamamento, da invocação. É a forma de exteriorizar a voz que chama, que grita, que fala,
enfatizando seu chamado. Dentre as figuras de Linguagem é uma das mais fáceis de se identificar, pois, não deixa
dúvidas. Revela-se por meio do vocativo.

18
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Para entendê-la é bom saber o que é vocativo, já que esta é sua função quando analisada sintaticamente em uma
oração

Hipérbato ou Inversão

É uma figura de construção ou sintaxe caracterizada pela troca na sequência normal dos termos da oração. Neste caso,
ocorre uma inversão ocasionando uma mudança, onde a ordem direta destes termos é alterada.

Usos do verbo

O uso dos verbos costuma provocar dúvidas frequentes. Algumas delas são oriundas da oralidade, já que a gramática
normativa prescreve o uso correto dessa classe de palavras na modalidade escrita. Muitas pessoas transferem para a
escrita a maneira coloquial com que se expressam na fala e aí... é problema na certa!

Por apresentar certo grau de complexidade, o estudo dos verbos merece atenção especial. Fiquemos atentos a duas
situações especiais do uso dos verbos.

* Modo subjuntivo: esse modo verbal pode ser facilmente confundido com algumas conjugações do modo indicativo.
Por ser alvo de dúvidas frequentes, os falantes tendem a abandonar o subjuntivo, dando lugar a outro tipo de
construção, especialmente no que diz respeito à modalidade oral. Observe:

Acredito que ela vai à escola amanhã.

Acho que o professor está de folga

Por se tratar de duas suposições, o modo subjuntivo deveria ter sido empregado, pois, nas orações subordinadas, ele
expressa sentimento, hipótese, probabilidade ou incerteza. Observe as frases do exemplo devidamente corrigidas:

Acredito que ela vá à escola amanhã.

Acho que o professor esteja de folga.

A troca do futuro do pretérito pelo pretérito imperfeito do indicativo: A conjugação verbal provoca dúvidas
constantes, especialmente quando os verbos deveriam estar no futuro do pretérito imperfeito. Observe os exemplos:

Se a professora não explicasse, eu fazia errado.

Se eu quisesse, eu ia ao teatro.

O correto, no entanto, é:

Se a professora não explicasse, eu faria errado.

Se eu quisesse, eu iria ao teatro.

19
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

O uso do pretérito imperfeito do indicativo no lugar do futuro do pretérito pode ser considerado também um tipo de
arcaísmo, já que essa construção era admitida e continua em uso no português falado em Portugal. No Brasil, essa
substituição ganha conotação de coloquialidade, portanto, na dúvida, prefira à norma culta, especialmente na língua
escrita.

Vejamos as flexões verbais separadamente:

Número e Pessoa

O verbo apresenta flexão de número quando indica o singular ou o plural em sua forma. Aparecem no singular quando
se referem a uma única pessoa (eu corro/ ela corre) e no plural quando é mais de uma pessoa (nós corremos, eles
correm).
Logo, os verbos se flexionam em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª).

Modo

O modo verbal indica a atitude do falante em relação à ação que anuncia. (Eu arrependo/ eu arrependi/ eu
arrependerei).

Modo Indicativo: quando o faltante tem a certeza de sua atitude; o fato é ou será uma realidade.

Exemplos: Estudei muito para a prova.


Estudarei bastante para essa prova.

Modo Subjuntivo: quando o falante não tem certeza da atitude; o fato é duvidoso, incerto. Há uma possibilidade de
que aconteça.

Exemplos: Pode ser que eu estude hoje.


Se eu fosse você, estudaria.

Modo Imperativo: quando o falante expressa uma ordem, um pedido ou um conselho.

Exemplos: Não sejas tão indisciplinado!


Sê tu uma benção!

Tempo

Os tempos verbais são três: presente, pretérito e futuro. Vejamos:

Presente: tem relação com um fato ou ação que ocorre no momento em que se fala.

Exemplo: A professora está muito bonita hoje.

Pretérito: tem relação com um fato ou ação que ocorreu anterior à fala.
20
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Exemplo: A professora estava muito bonita ontem.

Futuro: tem relação com um fato ou ação que irá ocorrer posterior à fala:

Exemplo: A professora estará mais bonita amanhã, pois é nossa formatura.

Voz

A voz do verbo faz referência ao tipo de relação entre sujeito e verbo. Observe:

Voz ativa: acontece quando o sujeito pratica a ação; o sujeito é o agente da ação.

Exemplo: O aluno respondeu a pergunta da professora.

Voz passiva: acontece quando o sujeito sofre ação.

Exemplo: A pergunta da professora foi respondida pelo aluno.

• A voz passiva pode ser analítica, como no caso acima ou sintética, como no caso: Aluga-se apartamento.

Voz reflexiva: acontece quando o sujeito pratica e sofre a ação.

Exemplo: O aluno cortou-se com o estilete.

Elementos não verbais

A linguagem verbal é aquela expressa por meio de palavras escritas ou falada, ou seja, a linguagem verbalizada,
enquanto a linguagem não- verbal, utiliza dos signos visuais para ser efetivada, por exemplo, as imagens nas placas e
as cores na sinalização de trânsito.

21
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Exemplos de Linguagem Verbal e Não Verbal

Antes de mais nada, vale ressaltar que ambas são tipos de modalidades comunicativas, sendo a comunicação definida
pela troca de informações entre o emissor e o receptor com a finalidade de transmitir uma mensagem (conteúdo).
Nesse sentido, a linguagem representa o uso da língua em diversas situações comunicativas.

As duas modalidades são muito importantes e utilizadas no dia-a-dia, no entanto, a linguagem verbal é a mais
empregada, por exemplo, quando escrevemos um e-mail, utilizamos a linguagem verbal, expressa pela escrita; ou
quando observamos as cores do semáforo, expressa pela linguagem visual (não-verbal).

Em resumo, se a transmissão de informações na mensagem é realizada mediante o uso de palavras, trata-se de um


discurso verbal, por outro lado, se a mensagem não é produzida pela escrita, estamos utilizando um discurso com
linguagem não-verbal.

Linguagem Mista

Além da linguagem verbal e não verbal há a linguagem mista ou híbrida, a qual agrega essas duas modalidades, ou
seja, utiliza a linguagem verbal e não-verbal para produzir a mensagem, por exemplo, nas histórias em quadrinhos, em
que acompanhamos a história por meio dos desenhos e das falas das personagens.

22
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Linguagem Formal e Informal

As duas variantes linguísticas da língua podem ser classificadas em linguagem formal, chamada de linguagem culta, e
a linguagem informal, também denominada de linguagem coloquial.

Assim, enquanto a linguagem formal é utilizada através das normas gramaticais, utilizada por exemplo, numa
entrevista de emprego, a linguagem informal é aquela espontânea e despreocupada com as regras, utilizada, por
exemplo, numa conversa entre amigos.

Exemplos

Podemos citar inúmeros exemplos de linguagem verbal e não-verbal uma vez que recebemos esses dois tipos de
mensagens todos os dias sem nos darmos conta de sua diferença.

De tal modo, quando assistimos uma palestra (ou uma aula) estamos decodificando a mensagem do palestrante
(emissor), o qual se expressa por meio do signo linguístico (palavra e expressões). Nesse caso, a comunicação verbal
está sendo efetivada e a palavra é o código utilizado. Outros exemplos de comunicação verbal são: diálogos, leitura de
livros, revistas, dentre outros.

No entanto, quando estamos assistindo uma apresentação teatral em que o ator se expressa por mímicas (linguagem
corporal) e não emite nenhuma palavra, estamos diante da linguagem não-verbal. Outros exemplos de linguagem não-
verbal podem ser: linguagem corporal, gestos, pinturas, esculturas, apresentações de dança, dentre outros.

Física

• Cinemática
A cinemática estuda os movimentos dos corpos, sendo principalmente os movimentos lineares e circulares os objetos
do nosso estudo que costumar estar divididos em Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U) e Movimento Retilíneo
Uniformemente Variado (M.R.U.V)

Para qualquer um dos problemas de cinemática, devemos estar a par das seguintes variáveis:

-Deslocamento (ΔS)

-Velocidade ( V )

-Tempo (Δt)

-Aceleração ( a )

Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U)


No M.R.U. o movimento não sofre variações, nem de direção, nem de velocidade. Portanto, podemos relacionar as
nossas grandezas da seguinte forma:
ΔS= V.Δt

Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V)


No M.R.U.V é introduzida a aceleração e quanto mais acelerarmos (ou seja, aumentarmos ou diminuirmos a
velocidade andaremos mais, ou menos. Portanto, relacionamos as grandezas da seguinte forma:
ΔS= V₀.t + ½.a.t²

23
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

No M.R.U.V. o deslocamento aumenta ou diminui conforme alteramos as variáveis.


Pode existir uma outra relação entre essas variáveis, que é dada pela formula:
V²= V₀² + 2.a.ΔS

Nessa equação, conhecida como Equação de Torricelli, não temos a variável do tempo, o que pode nos ajudar em
algumas questões, quando o tempo não é uma informação dada, por exemplo.

• Dinâmica
As leis de Newton
A cinemática é o ramo da ciência que propõe um estudo sobre movimento, sem, necessariamente se preocupar com as
suas causas.

Quando partimos para o estudo das causas de um movimento, aí sim, falamos sobre a dinâmica. Da dinâmica, temos
três leis em que todo o estudo do movimento pode ser resumido. São as chamadas leis de Newton:

Primeira lei de Newton – a lei da inércia, que descreve o que ocorre com corpos que estão em equilíbrio

Segunda lei de Newton – o princípio fundamental da dinâmica, que descreve o que ocorrer com corpos que não estão
em equilíbrio

Terceira lei de Newton – a lei da ação e reação, que explica o comportamento de dois corpos interagindo entre si.

Força Resultante
A determinação de uma força resultante é definida pela intensidade, direção e sentido que atuam sobre o objeto. Veja
diferente cálculos da força resultante:

Caso 1 – Forças com mesma direção e sentido.

Caso 2 – Forças perpendiculares.

Caso 3 – Forças com mesma direção e sentidos opostos


24
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Caso 4 – Caso Geral – Com base na lei dos Cossenos

A Segunda lei de Newton – Quando há uma força resultante, caímos na segunda lei de Newton que diz que, nestas
situações, o corpo irá sofrer uma aceleração. Força resultante e aceleração são duas grandezas físicas intimamente
ligadas e diretamente proporcionais, ou seja, se aumentarmos a força, aumentamos a aceleração na mesma proporção.
Essa constante é a massa do corpo em que é aplicada a força resultante. Por isso, a segunda lei de Newton é
representada matematicamente pela fórmula:

A segunda lei de Newton também nos ensina que força resultante e aceleração serão vetores sempre com a mesma
direção e sentido.

Unidades de força e massa no Sistema Internacional:

Força – newton (N).


Massa – quilograma (kg).

A terceira Lei de Newton


A terceira lei, também conhecida como lei da ação e reação diz que, se um corpo faz uma força em outro,
imediatamente ele receberá desse outro corpo uma força de igual intensidade, igual direção e sentido oposto à força

25
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

aplicada, como é mostrado na figura a seguir.

Energia

A humanidade tem procurado usar a energia que a cerca e a energia do próprio corpo, para obter maior conforto,
melhores condições de vida, maior facilidade de trabalho, etc.

Para a fabricação de um carro, de um caminhão, de uma geladeira ou de uma bicicleta, é preciso Ter disponível muita
energia elétrica, térmica e mecânica.

A energia elétrica é muito importante para as indústrias, porque torna possível a iluminação dos locais de trabalho, o
acionamento de motores, equipamentos e instrumentos de medição.

Para todas as pessoas, entre outras aplicações, serve para iluminar as ruas e as casas, para fazer funcionar os aparelhos
de televisão, os eletrodomésticos e os elevadores. Por todos esses motivos, é interessante converter outras formas de
energia em energia elétrica.

Energia Cinética

A energia que um corpo adquire quando está em movimento chama-se energia cinética. A energia cinética depende de
dois fatores: da massa e da velocidade do corpo em movimento.

Qualquer corpo que possuir velocidade terá energia cinética. A equação matemática que a expressa é:

26
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Teorema da energia cinética

O trabalho realizado pela resultante de todas as forças aplicadas a uma partícula durante certo intervalo de tempo é
igual à variação de sua energia cinética, nesse intervalo de tempo.

Supondo uma força F constante, aplicada sobre um corpo de massa m com velocidade vA, no início do
deslocamento d e velocidade vB no final desse mesmo deslocamento.

Energia Potencial

É um tipo de energia que o corpo armazena, quando está a uma certa distância de um referencial de atração
gravitacional ou associado a uma mola.

Existe uma forma de energia que está associada a posição, ou melhor, uma energia que fica armazenada, pronta para
se manifestar quando exigida, esta forma de energia recebe o nome de Potencial.

27
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Quando discutimos o conceito de trabalho, falamos sobre dois casos especiais: o trabalho do peso e da força elástica.
Esses trabalhos independem da trajetória e conduzem ao conceito de uma nova forma de energia – Energia Potencial.

Energia Potencial Gravitacional (EPG)

Devido ao campo gravitacional um corpo nas proximidades da superfície terrestre tende a cair em direção ao centro da
Terra, este movimento é possível devido a energia guardada que ele possuía. Esta energia é chamada Potencial
Gravitacional.

Para Calcular: Epg = m . g . h

Energia Potencial Elástica (EPE)

Ao esticarmos ou comprimirmos uma mola ou um elástico, sabemos que quando soltarmos esta mola ela tenderá a
retornar a sua posição natural (original). Essa tendência de retornar a posição natural é devido a algo que fica
armazenado na mola a medida que ela é esticada ou comprimida. Este algo é a energia potencial elástica.

Para Calcular:

Energia Mecânica

Chamamos de Energia Mecânica a todas as formas de energia relacionadas com o movimento de corpos ou com a
capacidade de colocá-los em movimento ou deformá-los.

Conservação da energia mecânica

A energia mecânica (Emec) de um sistema é a soma da energia cinética e da energia potencial.

Quando um objeto está a uma altura h, ele possui energia potencial; à medida que está caindo, desprezando a
resistência do ar, a energia potencial gravitacional do objeto que ele possui no topo da trajetória vai se transformando
em energia cinética e quando atinge o nível de referência a energia potencial é totalmente transformada em energia
cinética. Este é um exemplo de conservação de energia mecânica.

Na ausência de forças disssipativas, a energia mecânica total do sistema se conserva, ocorrendo transformação de
energia potencial em cinética e vice-versa.

Trabalho

Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja, o Trabalho
Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um deslocamento no corpo.

Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.

A unidade de Trabalho no SI é o Joule (J)

28
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;

Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.

O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo cálculo da força
resultante no corpo.

Força paralela ao deslocamento

Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam ângulo entre si,
calculamos o trabalho:

Exemplo:

Qual o trabalho realizado por um força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa um aceleração de 1,5m/s² e se
desloca por uma distância de 100m?

Força não-paralela ao deslocamento

Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas componentes paralelas e
perpendiculares:

Considerando a componente perpendicular da Força e a componente paralela da força.

Ou seja:

29
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças paralelas ao deslocamento produzem trabalho. Logo:

Exemplo:

Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor deslocamento, que tem
valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?

Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é paralela ao
deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força é contrária ao
deslocamento o trabalho é negativo, já que:

O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1

Trabalho de uma força variável

Para calcular o trabalho de uma força que varia devemos empregar técnicas de integração, que é uma técnica
matemática estudada no nível superior, mas para simplificar este cálculo, podemos calcular este trabalho por meio do
cálculo da área sob a curva no diagrama

Calcular a área sob a curva é uma técnica válida para forças que não variam também.

30
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Trabalho da força Peso

Para realizar o cálculo do trabalho da força peso, devemos considerar a trajetória como a altura entre o corpo e o ponto
de origem, e a força a ser empregada, a força Peso.

Então:

Potência

Dois carros saem da praia em direção a serra (h=600m). Um dos carros realiza a viagem em 1hora, o outro demora
2horas para chegar. Qual dos carros realizou maior trabalho?

Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais rápido desenvolveu uma
Potência maior.

A unidade de potência no SI é o watt (W).

Além do watt, usa-se com frequência as unidades:

1kW (1 quilowatt) = 1000W

1MW (1 megawatt) = 1000000W = 1000kW

1cv (1 cavalo-vapor) = 735W

1HP (1 horse-power) = 746W

Potência Média

Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:

31
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Como sabemos que:

Então:

Potência Instantânea

Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a potência instantânea, ou seja:

Exemplo:

Qual a potência média que um corpo desenvolve quando aplicada a ele uma força horizontal com intensidade igual a
12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para percorrê-lo foi 10s?

E a potência instantânea no momento em que o corpo atingir 2m/s?

Eletricidade

Do estudo de eletrostática sabemos que há uma atração entre cargas de sinais diferente e uma repulsão entre cargas de
sinais iguais. Um corpo em equilíbrio eletrostático, no seu estado neutro, possui o mesmo número de elétrons e
prótons. Toda vez que temos um desiquilíbrio eletrostático é porque há um corpo com menos elétrons (carregado
positivamente pelo excesso de cargas positivas) ou com mais elétrons (carregado negativamente pelo excesso de
cargas negativas).

Um gerador de energia é um elemento que possui dois polos, um negativamente carregado e outro positivamente
carregado, de forma que quando os dois polos são ligados por um fio condutor, a tendência, pela atração de cargas
opostas, é dos elétrons se dirigirem ao polo positivo. Este fluxo de elétrons, que é ordenado, chama-se corrente
elétrica. A corrente elétrica é medida em ampère (A) no S.I.

Este movimento dos elétrons caracteriza o início de um estudo da física: a eletrodinâmica!

32
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Enquanto a eletrostática estuda as cargas em repouso (estática), a eletrodinâmica estuda as cargas em movimento
(dinâmica). É importante ressaltar que houve um acordo da comunidade científica quanto ao sentido da corrente
elétrica, de que não seria o sentido real, que vai do negativo para o positivo, mas que seria adotado o sentido
convencional, do positivo para o negativo.

Resistores

Os resistores, ou resistências, são componentes do circuito elétrico que têm duas funções. Uma delas é converter a
energia elétrica em energia térmica, a outra é limitar a passagem da corrente elétrica através do controle da voltagem.

Capacitores

Os capacitores, ou condensadores, são componentes elétricos que armazenam as cargas elétricas. Essas cargas
elétricas são utilizadas sempre que haja resistência, ou seja, sempre que a passagem da corrente elétrica seja
dificultada.

Geradores

Os geradores são dispositivos que prolongam a diferença de potencial entre dois corpos. É dessa forma que eles são
capazes de transformar diferentes tipos de energia.

Condutores

Os condutores são os elementos que permitem que as cargas circulem facilmente num circuito elétrico.

Indutores

Os indutores são os dispositivos que armazenam a energia elétrica.

Circuito Elétrico Simples

Circuito Elétrico Simples é aquele que percorre apenas um caminho. O exemplo mais comum é uma bateria.

Nas baterias, são sempre os mesmos elétrons que estão circulando. Se não fosse assim, elas não conseguiam receber
energia logo depois de a ter fornecido.

Circuito Elétrico em Série

33
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Circuito Elétrico em série é aquele em que existe uma associação. A partir dessa associação, os componentes ligam-se
entre si na mesma sequência e na mesma direção.

Como exemplo, podemos citar as lâmpadas usadas na decoração das árvores de Natal. O circuito feito por elas é
simples e o fato de uma lâmpada queimar prejudica as restantes.

Circuito Elétrico em Paralelo

34
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Circuito Elétrico em paralelo é aquele em que existe uma associação onde a corrente elétrica se divide ao longo do
circuito.

Isso acontece para que haja tensão elétrica constante em todos os pontos. Exemplo disso é o circuito elétrico
residencial, onde todas as tomadas existentes na casa tem de ter a mesma intensidade de corrente elétrica.

35
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Corrente elétrica

Intensidade da
corrente elétrica

Quando houver "opções de caminho" em um condutor a corrente


Continuidade da
anterior a eles serão iguais à soma das correntes em cada parte
corrente elétrica
das subdivisões.
Resistência elétrica

Resistência
elétrica

Condutância
elétrica

Associação de resistores

Série

Paralela

Em cada parte do circuito, a tensão (U), resistência (R) e


intensidade da corrente (i) serão calculadas com base no que se
Mista conhece sobre circuitos série e paralelos, e para facilitar estes
cálculos convém reduzir ou redesenhar os circuitos, utilizando
resistores resultantes para cada parte.
36
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Efeito Joule

Aquecimento
causado por efeito
Joule

Potência elétrica

Potência

Consumo de energia elétrica

Consumo de
energia

Magnetismo

Indução eletromagnética é o fenômeno que origina a produção de uma força


eletromotriz num meio ou corpo exposto a um campo magnético variável, ou bem num
meio móvel exposto a um campo magnético estático.

Confira a seguir uma lista de fórmulas sobre este conteúdo.

Fluxo de indução magnética

Fluxo de indução

Lei de Faraday-Neumann

37
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Força eletromotriz

Transformadores
Quanto ao número de espiras

Conservação da potência

Química

A estrutura atômica é composta por três partículas fundamentais: prótons (com carga positiva), nêutrons (partículas
neutras) e elétrons (com carga negativa).

Toda matéria é formada de átomo sendo que cada elemento químico possui átomos diferentes.

A eletricidade chega às nossas casas através de fios e da movimentação de partículas negativas que fazem parte dos
elétrons, que circulam pelos fios.

No núcleo de um átomo estão os prótons e os nêutrons e, girando em torno desse núcleo, estão os elétrons.

Cada núcleo de um determinado elemento químico tem o mesmo número de prótons.

Esse número define o número atômico de um elemento e determina sua posição na tabela periódica.

Em alguns casos acontece de um mesmo elemento ter átomos com números diferentes. Esses são chamados de
isótopos.

Leia também: Isótopos, isóbaros e isótonos.

38
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Prótons

O próton é uma partícula fundamental na estrutura atômica. Juntamente com os nêutrons, forma todos os núcleos
atômicos, exceto para o hidrogênio, onde o núcleo é formado de um único próton.

A massa de um átomo é a soma das massas dos prótons e nêutrons. Como a massa do elétron é muito pequena (tem
cerca de 1/1836,15267377 da massa do próton), ela não é considerada.

A massa do átomo é representada pela letra (A). O que caracteriza um elemento é o número de prótons do átomo,
conhecido como número atômico do elemento.

É representado pela letra (Z). O número da massa (A) do átomo é formado pela soma do número atômico (Z) com o
número de nêutrons (N), ou seja, A = Z + N.

Nêutrons

O nêutron são partículas neutras que fazem parte da estrutura atômica dos átomos, juntamente com os prótons. Ele tem
massa, mas não tem carga.

A massa é muito parecida com a do próton. O nêutron se localiza na porção central do átomo (núcleo).

Para se calcular a quantidade de nêutron que um átomo possui basta fazer a subtração entre o número de massa (A) e o
número eletrônico (Z).

Elétrons

O elétron é uma partícula subatômica que circunda o núcleo atômico, sendo responsável pela criação de campos
magnéticos elétricos.

Um próton na presença de outro próton se repele, o mesmo ocorre com os elétrons, mas entre um próton e um elétron
existe uma força de atração. Dessa maneira atribui-se ao próton e ao elétron uma propriedade física denominada carga
elétrica.

Os elétrons dos átomos giram em órbitas específicas e de níveis energéticos bem definidos. Sempre que um elétron
muda de órbita, um pacote de energia seria emitido ou absorvido.

Essa teoria envolve conhecimentos da mecânica quântica e estes pacotes de energia são chamados quantum.

Periodicidade Química

39
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

medida que os elementos químicos foram sendo descobertos, observou-se semelhanças entre as propriedades físicas e
químicas em determinados grupos desses elementos. Procurava-se então uma maneira de selecionar os elementos em
conjuntos de propriedades semelhantes.

Cronologia

1829 - Lei das Tríades de Döbereiner

1863 - Parafuso telúrico de Chancourtois

1864 -Lei das oitavas de Newlands

1869 - Lei periódica de Mendeleev e Lothar Meyer. Classificação periódica com os elementos em ordem crescente de
massas atômicas.

1913 - Lei de Moseley: conceito atual de número atômico. Classificação periódica com os elementos em ordem
crescente de números atômicos.

Períodos e famílias

Períodos são as sete filas horizontais da Tabela Periódica; 1o, 2o, 3o, 4o, 5o, 6o, 7o. Reúnem elementos com
configurações eletrônicas diferentes, portanto, com propriedades diferentes.

Famílias ou grupos são as dezoito colunas verticais da Tabela Periódica. Reúnem elementos com configurações
eletrônicas semelhantes, portanto, com propriedades semelhantes.

Elementos representativos são aqueles cujo subnível de maior energia de seus átomos é s (bloco s) ou p (bloco p).

Bloco s Grupos IA e IIA

Bloco p Grupos IIIA, IVA, VA, VIA, VIIA e 0

Elementos de transição são aqueles cujo subnível de maior energia de seus átomos é d. Constituem o bloco d, os
Grupos IB, IIB, IIIB, IVB, VB, VIB, VIIB E VIIIB.

Elementos de transição interna são aqueles cujo subnível de maior energia de seus átomos é f. Constituem o bloco f,
os lantanídios (Z = 59 e Z = 71) e os actinídeos (Z = 89 a Z = 103).

O átomo de um elemento localizado no enésimo (n) período tem seus elétrons distribuídos em n níveis de energia.
Exemplo: elementos do 5 período têm os elétrons de seus átomos distribuídos em 5 níveis de energia.

Principais famílias

40
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

IA Metais alcalinos: Li Na K Rb Cs Fr

IIA Metais alcalino-terrosos: Be Mg Ca Sr Ba Ra

IVA Família do carbono: C Si Ge Sn Pb

VA Família do nitrogênio: N P As Sb Bi

VIA Calcogênios: 0 S Se Te Po

VIIA Halogênios: F Cl Br I At

0 Gases nobres: He Ne Ar Kr Xe Rn

Para os elementos representativos e dos Grupos IB e IIB, o número do grupo é o número de elétrons no último nível
de energia do átomo (camada de valência).

IA IIA IB IIB IIIA IVA VA VIA VIIA 0

Número de elétrons 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8
na camada de
valência s1 s2 s1 s2 s2p1 s2p2 s2p3 s2p4 s2p5 s2p6

Propriedades periódicas

Propriedades periódicas - Os valores crescem e decrescem sucessivamente à medida que aumenta o número atômico.
A maioria das propriedades dos elementos são periódicas.

Propriedades aperiódicas - Os valores somente crescem ou decrescem à medida que aumenta o número atômico.
Exemplos:massa atômica e calor específico.

Propriedades Gerais dos Elementos e Grupos Periódicos

A Tabela Periódica organiza os elementos químicos até então conhecidos em uma ordem crescente de número atômico
(Z – quantidade de prótons no núcleo do átomo).

Muitas propriedades químicas e físicas dos elementos e das substâncias simples que eles formam variam
periodicamente, ou seja, em intervalos regulares em função do aumento (ou da diminuição) dos números atômicos. As
propriedades que se comportam dessa forma são chamadas de propriedades periódicas.

As principais propriedades periódicas químicas dos elementos são: raio atômico, energia de ionização,
eletronegatividade, eletropositividade e eletroafinidade. Já as físicas são: pontos de fusão e ebulição, densidade e
volume atômico.
41
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

A seguir, veja mais detalhadamente as propriedades periódicas químicas:

1- Raio atômico: pode ser definido como a metade da distância (r = d/2) entre os núcleos de dois átomos de um
mesmo elemento químico, sem estarem ligados e assumindo os átomos como esferas:

Ilustração de raio atômico

Na tabela periódica, o raio atômico aumenta de cima para baixo e da direita para a esquerda.

Isso acontece porque em uma mesma família (coluna), as camadas eletrônicas vão aumentando conforme se desce
uma “casa” e, consequentemente, o raio atômico aumenta. Em um mesmo período (linha), o número de camadas
eletrônicas é o mesmo, mas a quantidade de elétrons vai aumentando da esquerda para a direita e, com isso, a atração
pelo núcleo aumenta, diminuindo o tamanho do átomo.

Ordem de crescimento do raio atômico na Tabela Periódica

2. Energia ou potencial de ionização: é a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo ou íon no
estado gasoso.

Esse elétron é sempre retirado da última camada eletrônica, que é a mais externa e é conhecida como camada de
valência.

Quanto maior o raio atômico, mais afastados do núcleo os elétrons da camada de valência estarão, a força de atração
entre eles será menor e, consequentemente, menor será a energia necessária para retirar esses elétrons e vice-versa. Por
isso, a energia de ionização dos elementos químicos na Tabela Periódica aumenta no sentido contrário ao aumento do
raio atômico, isto é, de baixo para cima e da esquerda para a direita:
42
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Ordem de crescimento da energia de ionização na Tabela Periódica

3. Eletronegatividade: representa a tendência que um átomo tem de atrair elétrons para si em uma ligação química
covalente em uma molécula isolada.

Os valores das eletronegatividades dos elementos foram determinados pela escala de Pauling. Foi observado que,
conforme o raio aumentava, menor era atração do núcleo pelos elétrons compartilhados na camada de valência. Por
isso, a eletronegatividade também aumenta no sentido contrário ao aumento do raio atômico, sendo que varia na
Tabela Periódica de baixo para cima e da esquerda para a direita:

Ordem de crescimento da eletronegatividade na Tabela Periódica

4. Eletropositividade: é a capacidade que o átomo possui de se afastar de seus elétrons mais externos, em comparação
a outro átomo, na formação de uma substância composta.

Visto que é o contrário da eletronegatividade, a sua ordem crescente na tabela periódica também será o contrário da
mostrada para a eletronegatividade, ou seja, será de cima para baixo e da direita para a esquerda:

43
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Ordem de crescimento da eletropositividade na Tabela Periódica

5. Eletroafinidade ou afinidade eletrônica: corresponde à energia liberada por um átomo do estado gasoso, quando ele
captura um elétron.

Essa energia é chamada assim porque ela mostra o grau de afinidade ou a intensidade da atração do átomo pelo elétron
adicionado.

Infelizmente, não são conhecidos todos os valores para as eletroafinidades de todo os elementos, mas os que estão
disponíveis permitem generalizar que essa propriedade aumenta de baixo para cima e da esquerda para a direita na
Tabela Periódica:

Ordem de crescimento da afinidade eletrônica na Tabela Periódica

Resumidamente, temos:

44
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Resumo da variação das propriedades periódicas químicas na Tabela Periódica

Ligações Químicas

As ligações químicas correspondem à união dos átomos para a formação das moléculas. Em outras palavras, as
ligações químicas acontecem quando os átomos reagem entre si.

São classificadas em: ligação iônica, ligação covalente, ligação covalente dativa e ligação metálica.

Teoria do Octeto

Na Teoria do Octeto, criada por Gilbert Newton Lewis (1875-1946), químico estadunidense e Walter Kossel (1888-
1956), físico alemão, surgiu a partir da observação de alguns gases nobres e algumas características como por
exemplo, a estabilidade desse elementos preenchidas por 8 elétrons na Camada de Valência.

A partir disso, a "Teoria ou Regra do Octeto" postula que um átomo adquire estabilidade quando possui 8 elétrons na
camada de valência (camada eletrônica mais externa), ou 2 elétrons quando possui apenas uma camada.

Para tanto, o átomo procura sua estabilidade doando ou compartilhando elétrons com outros átomos, donde surgem as
ligações químicas.

Tipos de Ligações Químicas

Ligação Iônica

Também chamada de ligação eletrovalente, esse tipo de ligação é realizada entre íons (cátions e ânions), daí o termo
"ligação iônica".

Os Íons são átomos que possuem uma carga elétrica por adição ou perda de um ou mais elétrons, portanto um ânion,
de carga elétrica negativa, se une com um cátion de carga positiva formando um composto iônico por meio da
interação eletrostática existente entre eles.

Exemplo: Na+Cl- = NaCl (cloreto de sódio ou sal de cozinha)

45
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Ligação Covalente

Também chamada de ligação molecular, as ligações covalentes são ligações em que ocorre o compartilhamento de
elétrons para a formação de moléculas estáveis, segundo a Teoria do Octeto; diferentemente das ligações iônicas em
que há perda ou ganho de elétrons.

Além disso, os pares eletrônicos é o nome dado aos elétrons cedido por cada um dos núcleos, figurando o
compartilhamento dos elétrons das ligações covalentes.

Como exemplo, observe a molécula de água H2O: H - O - H, formada por dois átomos de hidrogênio e um de
oxigênio em que cada traço corresponde a um par de elétrons compartilhado formando um molécula neutra, uma vez
que não há perda nem ganho de elétrons nesse tipo de ligação.

Ligação Covalente Dativa

Também chamada de ligação coordenada, a ligação covalente dativa é semelhante à dativa, porém ela ocorre quando
um dos átomos apresenta seu octeto completo, ou seja, oito elétrons na última camada e o outro, para completar sua
estabilidade eletrônica necessita adquirir mais dois elétrons.

Representada por uma seta um exemplo desse tipo de ligação é o composto dióxido de enxofre SO2: O = S → O

Isso ocorre porque é estabelecida uma dupla ligação do enxofre com um dos oxigênios a fim a de atingir sua
estabilidade eletrônica e, além disso, o enxofre doa um par de seus elétrons para o outro oxigênio para que ele fique
com oito elétrons na sua camada de valência.

Ligação Metálica

É a ligação que ocorre entre os metais, elementos considerados eletropositivos e bons condutores térmico e elétrico.
Para tanto, alguns metais perdem elétrons da sua última camada chamados de "elétrons livres" formando assim, os
cátions.

A partir disso, os elétrons liberados na ligação metálica formam uma "nuvem eletrônica", também chamada de "mar
de elétrons" que produz uma força fazendo com que os átomos do metal permaneçam unidos. Exemplos de metais:
Ouro (Au), Cobre (Cu), Prata(Ag), Ferro (Fe), Níquel (Ni), Alumínio (Al), Chumbo (Pb), Zinco (Zn), entre outros.

Estrutura Molecular

Estados Físicos da Matéria

A matéria é composta por pequenas partículas e, de acordo com o maior ou menor grau de agregação entre elas, pode
ser encontrada em três estados: sólido, líquido e gasoso.
O volume, a densidade e a forma de um composto podem variar com a temperatura, sendo assim, os compostos
apresentam características de acordo com o estado físico em que se encontram, veja as características de cada um:

Estado Sólido: as moléculas da matéria se encontram muito próximas, sendo assim possuem forma fixa, volume fixo e
não sofrem compressão. Por exemplo: em um cubo de gelo as moléculas estão muito próximas e não se deslocam.

Estado Líquido: as moléculas estão mais afastadas do que no estado sólido e os elementos que se encontram nesse
46
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

estado possuem forma variada, mas volume constante. Além dessas características, possui facilidade de escoamento e
adquirem a forma do recipiente que os contém.

Estado Gasoso: a movimentação das moléculas nesse estado é bem maior que no estado líquido ou sólido. Se
variarmos a pressão exercida sobre um gás podemos aumentar ou diminuir o volume dele, sendo assim, pode-se dizer
que sofre compressão e expansão facilmente. Os elementos gasosos tomam a forma do recipiente que os contém.

Essas características obedecem a fatores como a Força de Coesão (faz com que as moléculas se aproximem umas das
outras) e a Força de Repulsão (as moléculas se afastem umas das outras). No estado gasoso a Força de Repulsão
predomina, enquanto que no estado sólido é a Força de Coesão.

Assim, quando uma substância muda de estado físico sofre alterações nas suas características microscópicas (arranjo
das partículas) e macroscópicas (volume, forma), sendo que a composição continua a mesma.

Compostos de coordenação

Química de Coordenação é o ramo da Química Inorgânica preocupada com o comportamento dos cátions e seus
ligantes.

Muitas substâncias são consideradas em grupos de compostos de coordenação devida poder-se lhes descrever a
química em termos de uma espécie catiônica central Mn+, sendo que entorno deste pode-se colocar vários ligantes.

Pode-se definir um composto de coordenação ou complexo como sendo um composto formado por um átomo
metálico (na quase totalidade dos casos, um metal de transição) envolvido por átomos, moléculas ou grupos de
átomos, em número igual ou superior ao estado de oxidação mais alto do metal (os ligantes são aqueles representados
dentro dos colchetes, junto com o metal). Um complexo pode ser um cátion, um ânion ou um composto neutro.
Alguns exemplos:

[Cu(H2O)2(NH3)4]2+ - O cobre, cujo Nox mais alto é +2, tem 6 ligantes coordenados;

[Co(NO2)3(NH3)3] - O cobalto, cujo Nox mais alto é +3, tem 6 ligantes coordenados.

Para que um ligante possa participar de um complexo é fundamental que esse ligante possua pares eletrônicos
disponíveis para efetuar ligações coordenadas. No exemplo abaixo, moléculas de amônia, que possuem um par de
elétrons não-ligantes capaz de formar uma ligação coordenada, estão ligadas ao átomo do metal:

número de coordenação - o número de ligantes que envolvem o átomo do metal. No caso do exemplo acima, o número
de coordenação é seis, pois existem seis moléculas de amônia ligadas ao cobalto. Os ligantes representados fora dos
colchetes não fazem parte do número de coordenação.

Tipos de ligantes

Os ligantes podem apresentar mais de um átomo com disponibilidade eletrônica para efetuar ligações coordenadas.
Assim, eles são classificados em:

Monodentado - Possui apenas um átomo capaz de efetuar ligação coordenada;

Bidentado - Possui dois átomos capazes de efetuar ligação coordenada;


47
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Tridentado - Possui três átomos capazes de efetuar ligação coordenada;

Polidentado - Possui mais de três átomos capazes de efetuar ligação coordenada.

Como exemplo de ligante bidentado, podemos citar o etilenodiamina (logo abaixo). A molécula pode fazer duas
ligações coordenadas, através de seus dois átomos de nitrogênio. No entanto, esse ligante só será dito bidentado se os
dois átomos de nitrogênio forem utilizados em ligações coordenadas. Se apenas um deles for utilizado, será dito
monodentado.

Quando os dois nitrogênios efetuam ligação coordenada para um mesmo átomo metálico, o ligante é dito quelante e o
complexo pode ser chamado de quelato. Quando cada um dos nitrogênios efetua uma ligação coordenada para um
átomo metálico distinto (estes metais podem ser iguais ou diferentes), a ligação é dita em ponte.

Representação e nomenclatura

São conhecidos milhares de compostos de coordenação. O método sistemático de denominação desses compostos, a
nomenclatura dos compostos, deve proporcionar a informação fundamental sobre a estrutura do composto de
coordenação. Qual o metal no complexo? O átomo do metal está no cátion ou no ânion? Qual o estados de oxidação
do metal? Quais são os ligantes? As respostas a essas perguntas se têm pelas regras da IUPAC (International Union of
Pure and Applied Chemistry). São regras que, na essência, generalizam as originalmente propostas por Werner.

Antes da proposição das regras de nomenclatura, em português, para os compostos de coordenação, deve-se
estabelecer a formulação correta de tais compostos. Os compostos de coordenação tratados aqui são aqueles que
envolvem um elemento central (metal ou não) cercado por ligantes, constituindo a esfera de coordenação. Os
complexos podem ser monômeros ou polímeros.

As fórmulas dos compostos de coordenação constituem o meio mais simples de se designar a composição dos
complexos. Tais fórmulas também são freqüentemente empregadas para mostrar detalhes estruturais ou aspectos de
interesse comparativo, devendo ser escrita da maneira mais conveniente possível. Nos casos gerais a seguinte ordem é
recomendada:

a) Coloca-se primeiro o símbolo do átomo central, seguido das fórmulas ou abreviações dos ligantes iônicos e depois
dos ligantes neutros. A fórmula do complexo é depois encerrada entre colchetes, colocando-se como expoente sua
carga, quando se tratar de espécie iônica.

b) Dentro de cada classe de ligante, as espécies são colocadas em ordem alfabética (sem levar em conta os prefixos)
em relação ao símbolo do átomo ligante. Exemplos: [CoN3(NH3)5]2+; [PtCl3(C2H4)]+; [CoCl2(NH3)4]+;
[CoH(N2){(C6H5)3P}3]; [OsCl5N]2-

c) Os sinais, parênteses, chave e colchetes, devem ser empregados nesta ordem, ou seja, [ { ( ) } ], para englobar um
conjunto de grupos idênticos e para evitar confusões nas fórmulas. Os ligantes com mais de um átomo são colocados
sempre entre parênteses (ou chaves) nas fórmulas dos compostos de coordenação.

Via de regra, um composto de coordenação apresenta um metal de transição ao qual se coordenam ligantes, que
podem iguais ou diferentes. O complexo pode ser uma espécie neutra ou um íon (cátion ou ânion). A fórmula química
do complexo é colocada entre colchetes. Dentro dos colchetes escreve-se o símbolo do metal (átomo central) e depois
os seus ligantes, na seguinte ordem: ligantes negativos (aniônicos) antes de ligantes neutros (moléculas). Ligantes

48
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

positivos (catiônicos) são muito raros, mas, caso exista, deverá ser escrito por último, após os demais ligantes. Veja o
seguinte exemplo:

[CoCl2(NH3)4]+. O ligante cloreto (negativo) foi escrito antes do ligante amônia (neutro).

Para se dar nome a um complexo deve-se conhecer alguns nomes de ligantes importantes. Quando espécies químicas
se encontram como ligantes de compostos de coordenação, estes ligantes geralmente recebem nomes especiais.
Exemplos:

Ligantes Neutros:

Espécie Nome da espécie Nome do ligante

H2O água aquo

NH3 amônio amin ou amino

CO monóxido de carbono carbonil

NO monóxido de nitrogênio nitrosil

O2 oxigênio dioxigênio

N2 nitrogênio dinitrogênio

H2 hidrogênio hidro

Ligantes Aniônicos:

Quando estes íons funcionam como ligantes, a terminação "ETO" é substituída por "O"

Espécie Nome da espécie Nome do ligante

F- fluoreto fluoro

Cl- cloreto cloro

Br- brometo bromo

I- iodeto iodo

CN- cianeto ciano

Oxiânions:

49
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Espécie Nome da espécie Nome do ligante

SO4- sulfato sulfato

CH3COO- acetato acetato

Forças intermoleculares

As forças intermoleculares são aquelas responsáveis por manter moléculas unidas na formação dos diferentes
compostos, elas se classificam em:

Força dipolo-induzido: é causada pelo acúmulo de elétrons em determinada região da molécula.


As interações intermoleculares presentes nas moléculas apolares são as dipolo-induzido, mas não ocorrem o tempo
todo, a distribuição de elétrons na eletrosfera dessas moléculas é uniforme. Contudo, em algum instante ocorre um
acúmulo de cargas δ + e δ- (pólos) nas extremidades, é aí que as forças dipolo-induzido aparecem, e como o próprio
nome já diz, elas induzem as moléculas vizinhas a também entrarem em desequilíbrio.

Veja exemplos de compostos apolares cujas moléculas interagem através de forças dipolo-induzido:

Cl2, CO2, CH4, H2, O2

Forças dipolo-dipolo: força intermolecular presente em compostos polares.

δ + δ- δ + δ- δ + δ-
H - Br ------------------------- H - Br --------------------- H - Br

Repare que nas moléculas de ácido bromídrico (HBr) existem pólos δ + e δ-, são eles os responsáveis por esta
molécula ser polar.

Exemplos de compostos polares em que ocorre interação dipolo-dipolo:

H2S, CO, SO2, HCl

Ligações de hidrogênio: essa é a interação mais forte que ocorre entre moléculas, é comparada à força dipolo-dipolo
bem mais intensificada. Esta ligação ocorre entre moléculas que contêm átomos de hidrogênio ligados a átomos de
nitrogênio, flúor, oxigênio, ou seja, elementos muito eletronegativos, por isso os pólos δ + e δ- ficam mais acentuados.

A molécula de água é um exemplo clássico das ligações de hidrogênio, onde átomos de H se unem fortemente aos
átomos de H de outras moléculas para formar a cadeia de H20.

Veja qual força intermolecular é mais intensa através da figura abaixo:

50
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

A seta indica a ordem crescente da intensidade de interação.

Substância Pura e Mistura

De uma forma geral, as substâncias puras dificilmente são encontradas isoladas na natureza, sendo encontradas na
forma de misturas, isto é, associadas às outras substâncias. Isso quer dizer que nós e quase tudo que está a nossa volta
são exemplos de misturas das mais variadas substâncias puras.

Neste texto vamos aprender o que é e quais são as classificações das substâncias puras e misturas.

Substâncias puras

Substâncias puras são materiais que possuem composição química e propriedades físicas e químicas constantes, já que
não se modificam em pressão e temperatura constantes.

De uma forma geral, as substâncias puras podem ser classificadas de duas formas:

a) Substâncias simples

São compostos químicos formados por átomos de um mesmo elemento químico. Por exemplo:

→ H2 (Gás Hidrogênio)

As moléculas do Gás Hidrogênio são formadas por dois átomos do elemento químico Hidrogênio, por isso, trata-se de
uma substância simples.

→ O3 (Gás Ozônio)

As moléculas do Gás Ozônio são formadas por três átomos do elemento químico Oxigênio, por isso, trata-se de uma
substância simples.

Existe ainda a possibilidade de átomos de um mesmo elemento químico formarem substâncias simples completamente
diferentes, os alótropos. Um exemplo de alotropia é o caso do elemento químico Oxigênio, o qual forma as
substâncias gás oxigênio (O2) e gás ozônio (O3).

b) Substâncias compostas

São compostos químicos formados por átomos de elementos químicos diferentes. Exemplos:

→ CO2 (Gás Carbônico ou Dióxido de Carbono)

As moléculas do Gás Carbônico são formadas por um átomo do elemento carbono e dois átomos do elemento
oxigênio. Como os elementos químicos são diferentes, trata-se de uma substância composta.

→ KMnO4 (permanganato de potássio)

51
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

O íon-fórmula do permanganato de potássio é formado por um átomo do elemento potássio, um átomo do elemento
manganês e quatro átomos do elemento oxigênio.

Misturas

Mistura é a união de duas ou mais substâncias diferentes (independentemente se são simples ou compostas). Ela
apresenta características físicas (ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade, tenacidade etc.) diferentes e variáveis
(não fixas) em comparação com as substâncias que a compõem.

A mistura de água e cloreto de sódio, por exemplo, apresenta um ponto de fusão totalmente diferente em relação aos
pontos de fusão da água ( 0oC) e do cloreto de sódio (803oC) isoladamente.

a) Misturas homogêneas

O soro fisiológico é uma mistura homogênea formada por água, glicose e cloreto de sódio

As misturas homogêneas apresentam apenas uma fase (um único aspecto visual). São formadas quando um material
tem a capacidade de dissolver outro. Exemplos:

- água e cloreto de sódio;

- água e glicose;

- gasolina e etanol;

- ar atmosférico (gás oxigênio, gás nitrogênio, gás carbônico, vapor de água etc);

- ácido acético e água;

- petróleo (gasolina, querosene, óleo lubrificante etc.);

- soro fisiológico.

b) Misturas heterogêneas

52
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

O leite é uma mistura heterogênea porque possui uma fase líquida (água) e uma fase sólida (gordura)

As misturas heterogêneas apresentam mais de uma fase (dois ou mais aspectos visuais). São formadas quando um
material não dissolve outro. Exemplos:

- Granito;

- Leite;

- Sangue;

- Água e areia;

- Água e óleo;

- Água e gasolina.

Reações em Soluções Aquosa

Sabemos que grande parte da Terra é recoberta por água, o que possibilita ocorrer vida em nosso planeta. Sabemos
também que a água é a substância mais abundante no nosso organismo. Tais fatos evidenciam que esse recurso natural
é importantíssimo para a manutenção da vida na Terra.

O fato de a água ser extremamente importante para nós vem, principalmente, das suas características ou propriedades.
E uma das propriedades mais importantes da água é a sua capacidade de dissolver uma grande variedade de
substâncias. Assim, qualquer água presente na natureza apresenta materiais dissolvidos, formando o que chamamos
de soluções aquosas.

Muitas das reações químicas que acontecem em nossos organismos ou ao nosso redor ocorrem devido às substâncias
dissolvidas na água. Tecnicamente, uma solução é uma mistura homogênea de uma ou mais substâncias, sendo que a
substância em maior quantidade é chamada de solvente (no caso, a água); e a substância em menor quantidade,
de soluto. Quando uma pequena quantidade de sal de cozinha é adicionada a uma considerável quantidade de água, a
água é o solvente - e o sal, o soluto.

Soluções eletrolíticas

Falamos da propriedade da água dissolver substâncias. Esse fato proporciona algumas peculiaridades às soluções, por
conta do material que é dissolvido. Entre as peculiaridades, a que mais se destaca é a formação de soluções

53
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

eletrolíticas. Por exemplo, duas soluções límpidas e incolores, uma com água e açúcar (sacarose) e a outra com água e
sal de cozinha (cloreto de sódio): uma assume características eletrolíticas e a outra não. A solução com sal de cozinha
é condutora de eletricidade, enquanto que a solução com açúcar, não.

Veja a figura abaixo:

Fonte: efisica.if.usp.br/.../basico/eletrolise/intro/

Caso a solução contida no copo seja de água com sal de cozinha, a lâmpada certamente acenderá. Mas se a solução
contiver açúcar, isso não ocorrerá. Para acender a lâmpada, a corrente elétrica deve "viajar" pelos dois terminais
(geralmente metálicos) imersos na solução.

A água não é boa condutora de eletricidade, então o que faz acender a lâmpada é a presença dos íons (partículas
eletricamente positivas e negativas) em solução. Ou seja, os íons transportam as cargas elétricas de um terminal
(eletrodo) para o outro, fechando o circuito. Veja a representação da liberação dos íons do sal de cozinha (NaCl):

Nessa representação, o cloreto de sódio sólido tem seus íons liberados na forma do cátion Na+ e do ânion Cl-, na
presença de água. Isso não ocorre com a sacarose (C12H22O11), pois suas moléculas em água não formam íons:

A água que bebemos contém concentrações (quantidades) pequenas de muitos íons, e a maioria deles resulta da
dissolução de materiais sólidos presentes nos ambientes com os quais a água interage.

A dissolução do sólido iônico resulta da separação dos íons de cargas opostas do material, sendo a água especialmente
boa para dissolver os compostos iônicos, pois cada molécula de água tem uma extremidade positivamente carregada e
outra negativamente carregada.

Assim, uma molécula de água pode atrair um íon positivo (cátion) à sua extremidade negativa e outro negativo (ânion)
à sua extremidade positiva. Quando um composto iônico se dissolve em água, cada ânion fica cercado por moléculas
de água com suas extremidades positivas em direção ao íon, e cada cátion fica cercado por extremidades negativas de
diversas moléculas de água.

54
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Soluções boas condutoras de eletricidade são consideradas eletrólitos fortes, pois têm uma grande quantidade de íons
livres em solução. Outras substâncias, que se solubilizam apenas parcialmente - e que, portanto, são más condutoras -,
são eletrólitos fracos. Então, nem todos os compostos iônicos dissolvem-se completamente em água.

Reações de precipitação

Os eletrólitos das soluções aquosas possibilitam a ocorrência de muitas reações químicas. Isso é muito importante,
pois esses tipos de reações ocorrem na terra, nas plantas e nos animais.

Por exemplo: alguns testes sobre a natureza química dos solos são realizados por meio de reações de precipitação.
Estas são reações em que íons de duas substâncias (ou mais) consideradas eletrólitos fortes reagem entre si, formando
um composto insolúvel (pouquíssimo solúvel) em água.

Uma solução incolor de iodeto de potássio (KI), ao interagir com uma outra, de nitrato de chumbo (Pb(NO3)2, forma
um precipitado amarelo de iodeto de chumbo PbI2. Pode-se representar essa reação de precipitação com as seguintes
equações:

Os termos (aq.) na equação significam "aquoso"; e o (s), "sólido". Logo, a substância KI, por exemplo, é representada
com íons K+ e I- em solução. Os outros componentes da equação, o reagente (Pb(NO3)2 e o produto formado KNO3,
também devem ser representados nas suas respectivas formas iônicas. Mas o outro composto formado, o PbI2, é
praticamente insolúvel, e por esse motivo é representado como PbI2(s).

Reações de neutralização

Como vimos com a sacarose, existem soluções compostas por substâncias moleculares, ou seja, não iônicas. Quando
um composto molecular se dissolve em água, normalmente as moléculas ficam intactas; em outras palavras, não são
eletrólitos.

Entretanto, existem algumas substâncias moleculares quando se formam íons em soluções aquosas. As mais
importantes delas são as ácidas. Podem, então, existir reações que ocorrem em soluções com materiais ácidos. Nesses
casos, destacam-se as reações ácido-base, mais conhecidas como reações de neutralização. Por exemplo, a reação
entre ácido nítrico (HNO3) e hidróxido de potássio (KOH):

55
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Nessa reação não há a formação de precipitado, mas, sim, de nitrato de potássio (KNO3), um sal iônico, portanto
solúvel, e água. Para verificar essas reações utilizam-se indicadores ácido-base.

Concentrações

O comportamento das soluções depende também das suas concentrações. Os químicos adotam o
termo concentração para designar a quantidade de soluto dissolvida em uma determinada quantidade de solvente ou
solução. Quanto maior a quantidade de soluto, maior a concentração da solução.

As concentrações, em termos de cálculos, podem ser determinadas em gramas por litro (g/L) - denominada
concentração comum -, ou em quantidade de matéria (mol) - determinada em mol por litro (mol/L). Existem também
outras formas de determinar as concentrações, como, por exemplo, em partes por milhão (ppm), em porcentagem, etc.

Mas este artigo abordará as concentrações em g/L e mol/L, pois são as mais estudadas no ensino médio.

A concentração comum (g/L) expressa a massa de soluto em 1 litro de solução. Por exemplo, se adicionarmos 4 g de
sulfato de sódio (Na2SO4), um sal utilizado em diversas aplicações industriais, em 100 ml de água, teremos uma
concentração desse sal igual a 40 g/L. Veja o raciocínio matemático:

4 g (sal) ---------------- 0,1 L (conversão de 100mL de água em litros)

X g (sal)----------------- 1 L

X = 4 / 0,1

X = 40 g/L (concentração comum, C)

C = 40 g/L

Esse valor pode ser convertido em mol/L, outra forma de cálculo de concentrações largamente utilizada na química.

Para tanto, deve-se começar tendo em mãos a massa molar dos elementos que compõem o sulfato de sódio, ou seja, a
massa equivalente a um mol do sal. Essa massa é determinada a partir dos valores das massas dos átomos do sulfato
de sódio (Na2SO4) encontradas na

Tabela Periódica dos elementos químicos.

Então encontramos: Na = 23 g/mol, S = 32 g/mol, O =16 g/mol.

De acordo com a fórmula Na2SO4 tem-se: (23 x 2) + 32 + (16 x 4) = 142, ou seja 142 g/mol.

56
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Agora podemos determinar a concentração em mol/L das 4 g de sulfato de sódio em 100 mL de água. A partir da
concentração 40 g/L podemos descrever o raciocínio matemático:

142 g (fórmula)............................ 1 mol

40 g.............................................. X mol

X = 40/142

X = 0,28 mol/L

Como X corresponde a mol/L, ou seja, à molaridade (M), e 40 g é a quantidade do sal em 1 L de solução, temos: M =
0,28 mol/L

Os cálculos envolvendo as concentrações são importantíssimos, pois servem de base para o químico (ou outro
profissional afim) calcular as quantidades envolvidas nas reações químicas em soluções. E servem, principalmente,
para esses profissionais:

(a) saberem quanto devem utilizar de materiais (reagentes), a fim de que não ocorram desperdícios, e

(b) preverem as quantidades dos materiais a serem produzidos.

Ácidos e Bases

Os ácidos e as bases são duas funções químicas que são consideradas opostas, isso porque as suas propriedades
costumam ser inversas. Por exemplo, se considerarmos alimentos presentes em nosso cotidiano que são ácidos,
veremos que o gosto deles, no geral, é azedo, como ocorre com o limão. Porém, alimentos que são básicos possuem
gosto adstringente (que “amarra” a boca), como o de uma banana verde.

Mas identificar uma substância como ácida ou básica apenas pelo gosto, além de ser um método que tem muitas
chances de falhar, também é altamente perigoso, pois existem muitos ácidos e bases que são fortes, tóxicos e podem
até matar, tais como o ácido sulfúrico (H2SO4), usado nas baterias dos automóveis, e o hidróxido de sódio (NaOH),
conhecido comercialmente como soda cáustica.

Assim, as propriedades organolépticas (propriedades que dizem respeito aos nossos sentidos, tais como o paladar e o
olfato) não são as usadas para identificar ácidos e bases. Observe abaixo outras propriedades dessas funções orgânicas
que servem para compará-las e distingui-las:

Solubilidade em água:

Os ácidos costumam ser bem solúveis em água, enquanto a maior parte das bases é insolúvel. As bases de metais
alcalinos são solúveis, a de metais alcalino terrosos são pouco solúveis e as bases de outros metais são insolúveis (uma
exceção é o hidróxido de amônio, NH4OH, que existe apenas em solução aquosa, borbulhando o gás amônia em água,
sendo, portanto, solúvel nela).

Quando dizemos “insolúvel”, estamos querendo dizer que essas substâncias são praticamente insolúveis, porque
nenhuma substância é totalmente insolúvel em água.

Estrutura:

57
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Todos os ácidos são moleculares, ou seja, formados por ligações covalentes em que há compartilhamento de elétrons.
Um exemplo é o gás clorídrico, que é formado pelo compartilhamento de um par de elétrons entre o hidrogênio e o
cloro:

Já as bases podem ser iônicas ou moleculares. As que possuem os metais alcalinos e alcalino terrosos são iônicas, e as
demais são moleculares.

Exemplos:

NaOH: base iônica formada pelos íons Na+ e OH-;

NH4OH: base molecular de amônia em água.

Condutividade elétrica:

Todos os ácidos só conduzem corrente elétrica quando estão dissolvidos em água, porque quando estão em meio
aquoso, eles sofrem ionização, ou seja, liberam íons.

Exemplo:

58
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Todas as bases também conduzem corrente elétrica em solução, pois as iônicas sofrem dissociação (liberam os íons já
existentes na fórmula) e as moleculares sofrem ionização, reagindo com a água e liberando íons. As bases de metais
alcalinos também conduzem corrente elétrica quando estão no estado líquido (fundidas).

Ação em relação aos indicadores:

Os indicadores ácido-base são substâncias naturais ou sintéticas que sofrem uma alteração em sua cor quando entram
em contato com um ácido ou uma base. Se um ácido provoca a alteração da cor do indicador, a base fará o indicador
voltar à cor original e vice-versa.

Por exemplo, a fenolftaleína é um indicador ácido-base muito utilizado, sendo que, em meio básico, ela fica um rosa
bem intenso; já em meio ácido, ela fica incolor. O papel de tornassol também é um bom indicador, sendo que em um
ácido, ele fica vermelho; e em uma base, ele fica azul.

Isso serve também para indicar a diferença de pH que há entre os ácidos e as bases.

PH:

Um meio considerado neutro possui pH igual a 7, como é o caso da água destilada.

Os ácidos possuem pH menor que 7, enquanto as bases possuem pH maior que 7.

Exemplos de soluções com pH próximo ao indicado pela escala:

Ação recíproca:

Quando colocados em contato, os ácidos e as bases reagem entre si, neutralizando um ao outro, isto é, tornado o pH do
meio neutro. Isso ocorre porque o cátion H+ proveniente do ácido reage com o ânion OH- proveniente da base,
formando água. Esse tipo de reação é chamado de reação de neutralização e produz também um sal.

Oxirredução

é uma reação química em que há a ocorrência de oxidação e redução de átomos de substâncias (espécie química)
presentes no processo.

Oxidação: É a perda de elétrons por parte de um átomo de uma espécie química.


59
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Redução: É o ganho de elétrons por parte de um átomo de uma espécie química.

Assim, durante uma reação de oxirredução, os elétrons transitam da espécie que os perde em direção à espécie que vai
recebê-los, o que resulta na formação de uma corrente elétrica (energia elétrica).

Agente redutor e agente oxidante

A espécie química que sofre o fenômeno da oxidação é denominada de agente redutor, e a espécie que sofre o
fenômeno da redução é chamada de agente oxidante.

A determinação do agente oxidante e do agente redutor de uma reação de oxirredução é feita a partir da variação
do NOX (quantidade de elétrons perdida ou recebida) de cada átomo das espécies químicas presentes na reação. Veja:

Oxidação: causa aumento do NOX;

Redução: causa diminuição do NOX.

Veja a variação do NOX dos átomos nas espécies químicas da equação abaixo:

NOX dos componentes de uma equação química de oxirredução

O Ferro sofreu oxidação porque seu NOX aumentou de 0 para +3 do reagente para o produto;

O gás Cloro (Cl2) sofreu redução porque seu NOX diminuiu de 0 para -1 do reagente para o produto.

Cálculos Estequiométricos

Utilizamos o cálculo estequimétrico quando desejamos descobrir a quantidade de determinadas substâncias envolvidas
numa reação química, reagentes e/ou produtos.

Antes de começar a resolução dos cálculos, devemos seguir alguns passos, como:

➢ Escrever a equação química;


➢ Balancear esta equação, acertando os coeficientes estequiométricos;
➢ Estabelecer as proporções das grandezas envolvidas no problema.

Qual será a massa, em gramas, de água produzida a partir de 8 g de gás hidrogênio?

1° Escrever a reação:
H2 + O2 → H2O
60
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

2° Balancear a equação:
2 H2 + O2→ 2 H2O
3° Estabelecer as proporções
2 H2 + O2→ 2 H2O
4 g ---- 32 g
8 g ---- x g
x = 64 g
2 H2 + O2→ 2 H2O
8 g+ 64 g = 72 g
Logo, a quantidade de água produzida será de 72 g.

Pureza

Na prática, a maioria dos produtos que participam de um processo químico não são totalmente puros, como é o caso
dos materiais utilizados nas indústrias. Ao realizar os cálculos estequiométricos, devemos levar em consideração o
grau de pureza das substâncias envolvidas na reação, já que, algumas vezes, é preciso descontar as impurezas, que não
participam da reação química.

Exemplo:

15 g de H2SO4, com 90% de pureza, reage com alumínio para formar Al2 (SO4)3 e H2. Qual será a massa de
hidrogênio formada?
Reação balanceada:
2 Al + 3 H2SO4→ Al2 (SO4)3 + 3 H2

Se a pureza do ácido sulfúrico é de 90%, então sua massa corresponde a 15 * (90/100), que é igual a 13,5 g. Na reação
percebemos que 3 mols de H2SO4 (M = 98 g/mol) formam 3 mols de H2 (M = 2 g/mol), então:

294 g -------- 6g
13,5 g ---------- x
x = 0,275 g de H2.

Rendimento

O rendimento de uma reação química é a relação entre a quantidade realmente obtida de produto e a quantidade
teoricamente calculada.Na prática, o rendimento de uma reação química nunca é de 100%. O cálculo para obter o
rendimento, expresso em porcentagem, pode ser feito da seguinte forma:

Rendimento = (quantidade de produto real/quantidade teórica) * 100

Ou podemos apenas calcular os valores das substâncias (reagentes e produtos) para uma reação total (100% de
aproveitamento), e depois aplicar uma regra de três para relacionar as proporções, encontrando os valores necessários.

61
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Queimando 40 g de carbono puro, com rendimento de 95%, qual será a massa de dióxido de carbono obtida?
Reação:
C + O2 → CO2
Considerando um rendimento de 100%, temos:
12g de C --------- 44 g de CO2
40 g de C -------- x g de CO2
x = 146,66 g de CO2

Queimando 40 g de carbono puro é obtido 146,66 g de dióxido de carbono, caso o rendimento da reação seja de 100%.
Mas a questão é que o rendimento é de 95%, logo:
146,66 g de CO2 --------- 100%
x g de CO2 ---------- 95%

x = 139,32 g de CO2 é obtido pela queima de carbono puro, numa reação com rendimento de 95%.

REAGENTE LIMITANTE E REAGENTE EM EXCESSO

uando um problema fornece a quantidade de dois reagentes, provavelmente um deles está em excesso, enquanto o
outro é totalmente consumido, sendo denominado reagente limitante.

Para saber qual é o reagente limitante e qual está em excesso, devemos:


➢ Escrever a equação balanceada;
➢ Escolhemos um reagente e calculamos as proporções das grandezas envolvidas, descobrindo as quantidades
necessárias para o outro reagente;
➢ Determinamos se o reagente ignorado é o reagente limitante ou em excesso. Se o valor obtido no cálculo das
proporções, para o reagente em questão for menor que o valor fornecido no enunciado do problema, significa que o
reagente ignorado é o reagente em excesso, sendo o outro (que escolhemos para fazer os cálculos) o limitante. Se o
valor obtido nos cálculos para o reagente ignorado, for maior que o valor fornecido no enunciado da questão, significa
que ele é o limitante.
➢ A partir daí, utiliza-se o reagente limitante para os cálculos estequiométricos.

Exemplo:

Qual será a massa de sulfato de sódio (Na2SO4) obtida na reação de 16 g de hidróxido de sódio (NaOH) com 20 g de
ácido sulfúrico (H2SO4)?
Equação balanceada:
2NaOH + H2SO4→Na2SO4 + H2O
Calculando a massa molar das substâncias, encontramos os seguintes valores:
NaOH = 40 g/mol
H2SO4 = 98 g/mol
Na2SO4 = 142 g/mol

62
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Para descobrir o reagente limitante e em excesso, ignoramos um deles e fazemos o cálculo em função de outro:
2NaOH + H2SO4 → Na2SO4 + H2O
80 g 98 g
16 g x
x = 19,6 g

19,6 g de ácido sulfúrico reagem com 16 g de hidróxido de sódio, o que significa que o reagente em excesso é o
H2SO4, que se encontra em maior quantidade do que a obtida no cálculo das proporções. Desta forma, o reagente
limitante é o NaOH.

Trabalhando com o valor do reagente que será totalmente consumido na reação (NaOH):
2 NaOH + H2SO4 → Na2SO4 + H2O
80 g 98 g 142 g
16 g 19,6 g xg

80 g -------- 142 g
16 g --------- x g
x = 28,40 g é a massa obtida de sulfato de sódio.

Funções Orgânicas

I) FUNÇÃO ORGÂNICA:

É o conjunto de substâncias com propriedades químicas semelhantes (denominadas, então, propriedades


funcionais).

O grupamento dos compostos orgânicos com propriedades semelhantes,ocorre em conseqüência de características


estruturais comuns.

Cada função é caracterizada por um grupo funcional.

II) NOMENCLATURAS:

2.1) Nomenclatura Usual: nomes relacionados a sua fonte de obtenção.

Exemplo: ácido láctico – obtido a partir do leite.

63
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

2.2) Nomenclatura Oficial – IUPAC – União Internacional de Química Pura e Aplicada.

 Prefixo – Indica o número de átomos de Carbonos na cadeia.

 Intermediário – Indica o tipo de ligação que ocorre entre os Carbonos.

 Sufixo – Indica a função a que pertence o composto orgânico.

Prefixo

1C – MET

2C – ET

3C – PROP

4C – BUT

5C – PENT

6C – HEX

7C – HEPT

8C – OCT

9C – NON

10C – DEC

Intermediário

AN – ligações simples C – C

EN – 1 ligação dupla C = C

IN – 1 ligação tripla C  C

64
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

DIEN – 2 ligações duplas

DIIN – 2 ligações triplas

Sufixo

O – Hidrocarbonetos

OL – Álcool e Enol

ONA – Cetona

AL – Aldeído

ÓICO – Ácido carboxílico

Observações:

 Escolha da cadeia principal: caso ocorra, deve conter o grupo funcional e a insaturação.

 Deve possuir o maior número de átomos de carbonos e formar os radicais mais simples.

 Ordem de prioridade de numeração: Grupo funcional  Insaturação  Ramificação.

 Devemos buscar sempre os menores números, seguinte a ordem de prioridade.

 Os números são separados por vírgulas e entre os nomes e no e nome separa-los por hífens.

EXEMPLOS: Cadeias Normais

a) CH3 – CH = CH – CH2 – CH3 

2 – Penteno ou Penteno – 2
65
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

b) CH2 = CH – CH2 – CH = CH – CH3

 1, 4 – Hexadieno ou Hexadieno – 1,4 ou Hex – 1,4 – adieno

OH OH

 

c) CH3 – CH – CH2 – CH – CH2 – CH3  2,4 – Hexanodiol ou Hexanodiol – 2,4

OH

d) CH3–CH–CH2–CH=CH–CH2–CH3 

4 – Heptenol – 2 ou Hepten – 4 ol – 2 ou Hept – 4 – en – 2 –


ol.

III) FUNÇÕES E SUAS NOMENCLATURAS:

3.1) HIDROCARBONETOS:

3.1.1) Cadeias alifáticas:

a) ALCANOS ou Hidrocarbonetos parafínicos (Parafinas): possui somente ligações simples (sp 3).

Exemplo: CH3 – CH2 – CH3  Propano  Fórmula molecular (FM) = C3H8

Fórmula Geral (FG): CnH2n + 2


66
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Terminação: ANO

b) ALCENOS, Alquenos, Olefinas ou Etilênicos: possui uma ligação dupla (sp 2).

Exemplo: CH2 = CH – CH2 – CH3 

1 – Buteno (F.M = C4H8)

F.G = CnH2n

Terminação: ENO

c) ALCINOS, Alquinos ou Acetilênicos: possui uma ligação tripla (sp).

Exemplo: HC  C– CH2 – CH3 

1 – Butino (F.M = C4H6)

F.G = CnH2n - 2

Terminação: INO

d) ALCADIENOS ou dienos: possui duas ligações duplas (sp/sp 2).

Exemplo: H3C – CH = C = CH2 

1,2 – butadieno (F.M = C4H6)

F.G = CnH2n – 2

Terminação: DIENO

Observações:

1ª) Dienos:

acumulado  Ex: CH3–CH=C=CH2, conjugado  Ex: CH2=CH-CH=CH-CH3,

67
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

isolado  Ex: CH2=CH-CH2-CH=CH2.

2ª) Alcinos verdadeiros: pelo menos 1 carbono da tripla ligação faz ligação com o hidrogênio (HC  C– CH2
– CH3) e

Alcinos falsos: nenhum carbono da tripla ligação faz ligação com o hidrogênio

(CH3–C  C– CH2 – CH3).

3.1.2) Cadeias Alicíclicas:

a) CICLOALCANOS, ciclanos ou cicloparafinas: possui somente ligações simples (sp 3).

Exemplo:  Ciclobutano 

(FM) = C4H8

F.G = Cn H2n

Nome: prefixo CICLO + terminação ANO

b) CICLOALCENOS, ciclenos ou ciclolefinas: possui uma ligação dupla (sp 2) .

Exemplo:  Ciclobuteno 

(FM ) = C4H6

F.G = Cn H2n – 2

Nome: prefixo CICLO+ terminação ENO

Observação: A insaturação receberá sempre as numerações 1, 2 , logo não há necessidade de numerar a


dupla. A seguir procurar o sentido (horário ou anti-horário, para encontrar os menores números para as
ramificações.

3.1.3) Cadeias Aromáticas:

68
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Exemplos:

Observações:

 Fórmulas moleculares:

Benzeno  C6H6

Naftaleno  C10H8

Antraceno  C14H10

Fenantreno  C14H10

 Posições no anel benzênico: orto(1,2), meta (1,3) e para (1,4).

 Posições no anel naftalênico:  (acima e abaixo) e  (laterais).

 Não existe fórmula geral e regra de nomenclatura para os compostos aromáticos.

69
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

3.1.4) Nomes usuais de alguns hidrocarbonetos importantes:

Biogás; principal
composto do gás
CH4 natural; gasolixo

H2C = CH2 Etileno (eteno)

Eritreno

H2C = CH  CH = CH2 (butadieno – 1,3)

Acetileno (etino) 
usado em soldas
H – C  C H
(maçaricos)

CH2 = C – CH = CH2 Isopreno ( 2 – metil-


butadieno – 1,3) 
 produção de
borracha natural
CH3
(látex)

H2C = C = CH2 Aleno (propadieno)

CH3  CH – CH3 Isobutano (metil –


propano)

CH3

70
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

CH3 Tolueno (metil –


benzeno)

Xilenos (orto, meta


e para – dimetil –
CH3 CH3 benzeno)

para – xileno ou para –


dimetil - benzeno

3.2) Função: ÁLCOOL (R – OH):

Os compostos desta função apresentam a hidroxila ligada a um carbono saturado.

Grupo funcional: Hidroxila ou oxidrila.

 Classificação de álcoois:

a) Quanto à posição da hidroxila:

Álcool primário: OH ligado à carbono primário.

Álcool secundário: OH ligado à carbono secundário.

Álcool terciário: OH ligado à carbo terciário.

b) Quanto ao número de hidroxilas:

71
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Monol ou monoálcool: somente uma hidroxila.

Diol ou diálcool: duas hidroxilas.

Triol ou triálcool: três hidroxilas.

Poliol ou poliálcool: a partir de 4 hidroxilas.

 Fórmula Geral: CnH2n + 2O ou


CnH2n+1OH

 Nomenclatura oficial (IUPAC):

hidrocarboneto + terminação OL

 Nomenclatura usual 1:

álcool + nome do radical + ico

 Nomenclatura usual 2:

nome dos radicais + carbinol

(C – OH)

 Obs: ordem de prioridade para numeração da cadeia carbônica: grupo funcional  insaturação 
radical.
OH

Exemplo: H3C  CHCH2 CH3 Butanol –2 ou Álcool s – butílico ou metil – etil –carbinol.

3.3) Função: ENOL (R – OH):

Os compostos desta função apresentam a hidroxila ligada a carbono insaturado(ligação dupla).


Grupo funcional: Hidroxila ou oxidrila.

72
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

 Fórmula Geral: CnH2nO ou


CnH 2n-1OH

 Nomenclatura oficial (IUPAC):

hidrocarboneto + terminação OL

 Obs: ordem de prioridade para numeração da cadeia carbônica: grupo funcional  insaturação 
radical.

OH

Exemplo: H3C  C = CH  CH3 

2 – Butenol – 2

.4) Função: ALDEÍDO (R – CHO)

Os compostos desta função apresentam a carbonila (C=O) na extremidade da cadeia.

O grupo funcional CHO é chamado aldoxila ou carbonila aldeídica.

 Fórmula Geral: CnH2n O

 Nomenclatura oficial:

hidrocarboneto + terminação AL

 Obs: Ordem de prioridade para numeração da cadeia carbônica : grupo funcional  insaturação 
radical.

 Nomenclaturas Especiais:

a) aldeído fórmico ou formol ou formaldeído (CH2O)


73
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

b) aldeído acético ou acetaldeído (C2H4O)

c) aldeído propiônico ou propionaldeído (C3H6O)

d) aldeído butírico (C4H8O)

e) aldeído valérico (C5H10O)

f) aldeído benzóico ou benzaldeído (C6H5CHO)

Exemplo: H3CCH2CH2CH2CH2–CHO  hexanal.

3.5) Função: CETONA (R – CO – R):

Os compostos apresentam a carbonila no interior da cadeia.

O grupo funcional é chamado carbonila cetônica.

 Fórmula Geral: CnH2nO

 Nomenclatura oficial:

hidrocarboneto + ONA

 Nomenclatura usual:

nomes dos radicais + cetona

 Obs: Ordem de prioridade para numeração da cadeia carbônica : grupo funcional  insaturação 
radical.

Exemplo: H3C–CH2–CH2–CO–CH3 

2 – pentanona ou pentan-2- ona

74
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

3.6) Função: ÁCIDO CARBOXÍLICO

(R – COOH)

Caracteriza-se pela presença do grupo funcional carboxila (COOH).

 Fórmula Geral: CnH2nO2

 Nomenclatura oficial:

Ácido + hidrocarboneto + ÓICO

 Obs: Ordem de prioridade para numeração da cadeia carbônica: grupo funcional  insaturação 
radical.

Exemplo: CH3 – CH2 – COOH  ácido propanóico

 Nomenclaturas Especiais:

Ácidos Monocarboxílicos:

Ácido fórmico (CH2O2)

Ácido acético (C2H4O2)

Ácido propriônico (C3H6O2 )

Ácido butírico (C4H8O2 )

Ácido valérico (C5H10 O2 )

Ácido benzóico (C6H5 COOH )

Ácidos Dicarboxílicos:

75
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Ácido Oxálico ( C2H2O4 )

Ácido Malônico ( C3H4O4 )

Ácido Succínico ( C4H6O4 )

Ácido Glutárico ( C5H8O4 )

 NOTA: As funções: aldeído, amida, éster, haleto de ácido , anidrido , sal de ácido carboxílico são
consideradas como derivadas dos ácidos carboxílicos.
 Importante: Podemos substituir a indicação dos radicais nos carbonos 2, 3 e 4 por ,  e .

  

C – C – C – COOH

  
R3 R2 R1

Exemplo1: CH3 – CH – COOH 



NH2

ácido 2 – amino – propanóico ou ácido  - aminopropanóico.

3.7) Função: ANIDRIDO

(R – CO – O – CO – R)

Os anidridos caracterizam-se pelo grupo  CO – O – CO – .

 Fórmula Geral: CnH2n -2 O3

 Nomenclatura oficial:

Anidrido + nome oficial do ácido carboxílico

 Nomenclatura usual:

Anidrido + nome usual do ácido carboxílico

76
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

 Obs: Ainda utiliza-se a ordem de complexidade para nomear os anidridos.

Exemplo:

H3C – CO – O – CO – CH2 – CH3 Anidrido – etanóico – propanóico ou


Anidrido – acético – propiônico.

3.8) Função: SAL DE ÁCIDO CARBOXÍLICO

(R – COOMetal)

Os sais de ácidos carboxílicos possuem o grupamento R – COOMetal.

 Fórmula Geral: CnH2n –1 O2Metal

 Nomenclatura oficial:
Nome do hidrocarboneto + ato + nome do metal

 Nomenclatura usual:

ver usual de ácido carboxílico  nome usual do ácido – ICO + ATO + nome do metal.



Exemplo: CH3 – CH2 – C – ONa  Propanoato de sódio ou Propionato de sódio

3.9) Função: ÉTER (R – O – R):

Os éteres apresentam o átomo de oxigênio como heteroátomo.

 Fórmula Geral: CnH2n + 2 O

 Nomenclatura oficial:

Prefixo (cadeia menor) + Oxi + hidrocarboneto (cadeia maior)

 Nomenclatura usual:
77
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Éter + nomes dos radicais (menor/ maior) + ico

Exemplo:
H3C – CH2 – O – CH2 – CH2 – CH3  Etóxi – propano ou Éter- etil-propílico.

3.10) Função: ÉSTER (R – COO – R):

É caracterizada pelo grupo funcional carboxilato (– COO – ).

 Fórmula Geral: CnH2n O2

 Nomenclatura oficial:

hidrocarboneto + ATO + nome do radical (ila)

 Nomenclatura usual:

ver usual de ácido carboxílico  nome do ácido – ICO + ATO + radical

Exemplo: O



H3C – CH2 – C  O – CH2 – CH3  Propanoato de etila ou Propionato de etila

3.11) Função: FENOL (Ar – OH):

Presença de hidroxila ligada diretamente a um carbono que faz parte do anel aromático.

 Nomenclatura IUPAC:

Hidroxi + radical + nome do aromático

78
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

 Nomenclatura Usual:

Radical + Fenol

Exemplo:
OH

CH2CH2CH3
 1,2- hidroxi-propil-benzeno (IUPAC) ou orto-hidroxi -propil – benzeno (IUPAC) ou orto – propil –fenol.

 Nomenclatura IUPAC:

Haleto de + nome do hidrocarboneto + ila

 Nomenclatura Usual:

Haleto de + nome usual do ácido – ico + ila

O

Exemplo: CH3 – CH2 – C – Cl  Cloreto de propanoíla ou Cloreto de propionila.

3.13) Função: HALETO ORGÂNICO

(R - X)

Os compostos são denominados derivados halogenados. A função pode ser identificada conforme o
radical (R), como haletos de alquila e arila. Se R for um radical alquila (alcano), o chamamos de haleto de
alquila, por exemplo o cloro

– metano ou cloreto de metila,CH3 – Cl e, sendo R um radical arila (aromático), o chamamos de haleto de


arila, como por exemplo o cloro – benzeno ou cloreto de fenila, C6H5 – Cl.

São compostos resultantes da substituição de um ou mais hidrogênios dos hidrocarbonetos por um ou


mais halogênios (X).

79
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

 Fórmula Geral: CnH2n +1 X

 Nomenclatura IUPAC:

nome do halogênio + nome do hidrocarboneto

 Nomenclatura Usual:

haleto + nome do radical (ila)

Exemplo:

CH3 – CH2 – CH2 – Cl 

1 – cloro – propano ou cloreto de propila

3.14) Função: AMINAS (R – NH2):

São resultantes da substituição dos hidrogênios do NH 3 por radicais orgânicos.

 Classificação:

Amina Primária  R – NH2

Ex: CH3 – NH2  metilamina

Amina Secundária  R – NH – R
Ex: CH3 – NH – CH2 – CH3  etil – metilamina

Amina Terciária  R – N – R

Ex: (CH3)2 – N – CH2 – CH3 

etil - dimetilamina

80
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

 Fórmula Geral: CnH2n +3 N

 Nomenclatura oficial:

nomes dos radicais ligados ao N(ordem alfabética) + amina.

 Nomenclatura usual:

amino + nome do hidrocarboneto

Exemplo : CH3  CH2  CH2  CH2  NH2  Butilamina ou 1 – amino – butano.

3.15) Função: AMIDAS (R – CONH2):

São compostos resultantes da substituição de hidrogênios do NH 3, por radicais acila (R – CO –).

 Classificação:

Amida Primária  R – CONH2

Ex: CH3 – CONH2  etanoamina

Amida Secundária  R – CONH – R


Ex: CH3 – CONH – CH2 – CH3  N – etil – etanoamina

Amina Terciária  R – CON – R

Ex: CH3– CON – (CH3)2  N – dimetil – etanoamida

81
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

 Fórmula Geral: CnH2n +1 ON

 Nomenclatura oficial:

nome do hidrocarboneto + amida

 Nomenclatura usual:

nome usual do ácido carboxílico - ICO + amida



Exemplo: CH3  CH2  C  NH2  Propanoamida ou Propionamida

3.16) Função: NITRILAS ( R – C ≡ N):

 Fórmula Geral: CnH2n -1 N

 Nomenclatura oficial:

nome do hidrocarboneto + nitrila

 Nomenclatura usual:
cianeto + nome do radical (ila)

Exemplo: CH3  CH2  CH2  CN  Butanonitrila ou Cianeto de propila.

3.17) Função: ISONITRILAS (R–N= C):

 Fórmula Geral: CnH2n -1 N

82
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

 Nomenclatura oficial:

nome do hidrocarboneto + isonitrila

 Nomenclatura usual:

isocianeto + nome do radical (ila)

Exemplo: CH3  CH2  CH2  NC  Propanoisonitrila ou Isocianeto de propila

3.18) Função: NITROCOMPOSTOS

(R – NO2)

 Fórmula Geral: CnH2n +1 NO2

 Nomenclatura oficial:

Nitro + nome do hidrocarboneto

Exemplo: CH3 – CH2 – CH2 – NO2  1 - nitropropano

3.19) Função: DERIVADOS DE


GRIGNARD ou COMPOSTOS ORGANO-METÁLICOS

( R – MgX ) ( X = halogênio)

 Fórmula Geral: CnH2n +1 MgX

 Nomenclatura oficial:

83
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Nome do halogênio + eto + nome do radical + magnésio

Exemplo: CH3  CH2  CH2  MgCl  Cloreto de propil-magnésio

3.20) Função: ÁCIDOS SULFÔNICOS

(R – SO3 H)

 Fórmula Geral: CnH2n +1 SO3 H

 Nomenclatura oficial:

Ácido + nome do hidrocarboneto + sulfônico

Exemplo: CH3  CH2  CH2  SO3 H  Ácido – propano - sulfônico

Concentração Comum

Sendo que: C = Concentração Comum;


m1 = massa do soluto (o índice 1 indica que a grandeza se refere somente ao soluto);

84
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

v = volume da solução (o fato de estar sem índice indica que se refere à solução inteira, isto é, o volume
do soluto e do solvente juntos).

A unidade no SI (Sistema Internacional) para a Concentração Comum é o g/L (gramas por litro).

Essa relação mostra a quantidade de soluto presente em cada litro da solução.

Observe um exemplo de exercício em que se utiliza essa grandeza:

“Um adulto possui, em média, 5 L de sangue dissolvidos na concentração de 5,8 g/L. Qual a massa total de NaCl no
sangue de uma pessoa adulta?”

Resolução:

• Dados:
C= 5,8 g/L
m1= ?
v=L

• Invertendo a fórmula para isolar a massa do soluto, temos:

• Substituindo na fórmula:

m1 = C . v
m1 = 5,8 g/L. 5L
m1 = 29 g

A concentração mostra que em cada litro do sangue humano há 5,8 g de NaCl e, portanto, em 5 litros tem-se 29 g. Isso
também poderia ser feito por regra de três:

5,8 g --------------- 1 L
m1 -------------------- 5 L
m1 = 5,8 g/L. 5L
m1 = 29 g

Normalidade

Embora soluções expressas em molaridade atendam os requisitos da maioria das pesquisas, ela também tem suas
limitações quando o comportamento ácido/base de determinado soluto precisa ser considerado. Assim, por exemplo,
soluções de ácido clorídrico (HCl) e ácido sulfúrico (H2SO4) ambas na concentração molar por exemplo 1,0 M,
embora sejam iguais em termos do número de mols em solução, elas são totalmente diferentes em termos de poder
ácido-base.
Isso é devido ao fato que enquanto o HCl tem apenas 1H ionizável libera 1H+ (próton para a solução) H2SO4 possui
2H ionizáveis, isto é, libera 2H+ para a solução.
Desse modo, a concentração de H+ numa solução 1,0 M de H2SO4 é 2x maior do que a da solução de HCl na mesma

85
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

concentração molar. Em outras palavras, são soluções totalmente diferentes quanto ao comportamento ácido.
Esse mesmo raciocínio é valido para bases em termos de números de íons hidroxilas (OH-) ionizáveis, que podem ser
liberados para a solução,por exemplo, NaOH vs Ca(OH)2.
Logo, para contemplar essa diferença da capacidade de diferentes solutos liberarem H+ ou OH- para a solução é usada
a unidade de concentração chamada de Normalidade que matematicamente é simplesmente a concentração em
Molaridade normalizada pelo número de H+ ou OH- ionizáveis de um soluto.

Rendimento da Reações

Uma reação química não pode ser considerada como um sistema ideal, ou seja, que poderá ser previsto
quantitativamente em exatidão. Vários fatores podem estar envolvidos em um processo laboratorial cujo resultado
obtido não satisfez o teorizado. “A palavra estequiometria vem do grego e significa medir algo que não pode ser
dividido. Ela foi empregada pela primeira vez pelo químico alemão J. B. Richter, que em 1972 publicou
Anfangsgründe der Stöchyometrie (Fundamentos de Estequiometria). Hoje a estequiometria compreende os requisitos
atômicos das substâncias que participam de uma reação química, particularmente no que diz respeito ao peso”.
86
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Por exemplo, uma dada reação química de precipitação entre 1g de nitrato de prata (AgNO3) e 0,34g de cloreto de
sódio (NaCl), massas sem excesso, após pesada a massa precipitada de um dos produtos formados, o cloreto de
prata (AgCl), após isolamento por filtração seguida por evaporação, observou-se um valor levemente abaixo do
esperado, equivalente a 0,6g deste sal. Esse fato deve-se principalmente a fatores de impurezas dos reagentes
utilizados. Essa reação em questão está equacionada abaixo, e está previamente com seus coeficientes
estequiométricos ajustados, ou seja, a massa dos reagentes é igual à massa dos produtos, juntamente com os pesos
moleculares das espécies envolvidas.

Dessa forma, deve-se primeiramente calcular a massa teórica esperada de AgCl, para então compará-la com a massa
realmente obtida. O método empregado pode ser uma regra de três simples, considerando-se apenas um dos produtos
envolvidos, uma vez que não há excesso de reagentes. Usaremos para fins de cálculos o AgNO3, o qual terá sua massa
molecular relacionada à massa molecular do produto em destaque; na primeira linha da regra de três. Na segunda
linha, relacionaremos a massa que reage com a massa teórica esperada do produto.

O cálculo indica que seriam esperadas 0,84g de AgCl, caso tivéssemos um rendimento teórico de 100%. Entretanto,
sabemos que a massa obtida deste produto foi de 0,60g, portanto, podemos calcular o rendimento da reação química,
também através de uma regra de três simples. Nesta, consideramos como 100% a massa de produto esperada e
relacionamos a massa obtida com a variável, conforme podemos observar abaixo:

Observamos dessa forma que o rendimento reacional foi de 71,42%, o que nos demonstra erros operacionais durante o
procedimento laboratorial de síntese ou qualidade inferior dos reagentes utilizados, os quais não permitiram que
obtivéssemos a massa esperada (0,84g) do produto considerado, mas apenas 0,6g, validando a afirmação de que a
maioria dos processos laboratoriais não ocorre de modo ideal.

Ciências Humanas

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

87
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado
feridas difíceis de curar.

Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século
XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e
Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A
insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.

Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus,
principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre
as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira
de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os
países, onde um tentava se armar mais do que o outro.

Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final
do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo
francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.

O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte
vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo
acontecia com os países eslavos.

O início da Grande Guerra

O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua
visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo
Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro
não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à
Servia.

Política de Alianças

Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito
mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império
88
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada
em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.

O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da
Tríplice Entente.

Desenvolvimento

As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias
entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os
inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo,
tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias
bélicas como empregadas.

Fim do conflito

Em 1917, ocorreu um fato histórico de extrema importância: a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA
entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e
França.

Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram
ainda que assinar o Tratado de Versalhes, que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve
seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à
França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de
Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.

A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu
indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito de proporções globais que aconteceu entre 1939 e 1945. Caracterizada
como um conflito em estado de guerra total (no qual há mobilização de todos os recursos para a guerra), a Segunda
Guerra Mundial fez Aliados e Eixo enfrentarem-se na Europa, África, Ásia e Oceania. Após seis anos de conflito,
mais de 60 milhões de pessoas morreram.

Resumo

A Segunda Guerra Mundial estendeu-se de 1939 até 1945, resultando na morte de 60 milhões a 70 milhões de pessoas,
embora existam estatísticas que sugiram que a guerra provocou mais que 70 milhões de mortos. O conflito teve como
estopim a invasão da Polônia pelos alemães em 1º de setembro de 1939.

A guerra iniciou-se na Europa, mas espalhou-se pela África, Ásia e Oceania e contou com o envolvimento de nações
de todos os continentes, inclusive o Brasil. Pode ser organizada em três fases distintas: a fase da supremacia alemã, a
fase em que as forças estavam equilibradas e a fase que marcou a derrota do Eixo.

Os grupos que se enfrentaram na guerra foram os Aliados (Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos) e
o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Esse conflito ficou marcado por uma série de acontecimentos impactantes, tais
como o Massacre de Katyn, o Holocausto, o Massacre de Babi Yar e o lançamento das bombas
atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.

89
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

A Segunda Guerra teve fim oficialmente em 2 de setembro de 1945, quando os japoneses assinaram um documento
que reconhecia sua rendição incondicional aos americanos (os nazistas renderam-se aos Aliados em maio de 1945).

De cima para baixo e da esquerda para a direita: Trincheiras na Frente Ocidental; o avião bi-planador Albatros D.III;
um tanque britânico Mark I cruzando uma trincheira; uma metralhadora automática comandada por um soldado com
uma máscara de gás; o afundamento do navio de guerra Real HMS Irresistible após bater em uma mina.

Principais causas que desencadearam a Primeira Guerra Mundial

- A partilha das terras da África e Ásia, na segunda metade do século XIX, gerou muitos desentendimentos entre as
nações europeias.

Enquanto Inglaterra e França ficaram com grandes territórios com muitos recursos para explorar, Alemanha e Itália
tiveram que se contentar com poucos territórios de baixo valor. Este descontentamento ítalo-germânico permaneceu
até o começo do século XX e foi um dos motivos da guerra, pois estas duas nações queriam mais territórios para
explorar e aumentar seus recursos.

- No final do século XIX e começo do XX, as nações europeias passaram a investir fortemente na fabricação de
armamentos. O aumento das tensões gerava insegurança, fazendo assim que os investimentos militares aumentassem
diante de uma possibilidade de conflito armado na região;

90
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

- A concorrência econômica entre os países europeus acirrou a disputa por mercados consumidores e matérias-primas.
Muitas vezes, ações economicamente desleais eram tomadas por determinados países ou empresas (com apoio do
governo);

- A questão dos nacionalismos também esteve presente na Europa pré-guerra. Além das rivalidades (exemplo:
Alemanha e Inglaterra), havia o pan-germanismo e o pan-eslavismo. No primeiro caso era o ideal alemão de formar
um grande império, unindo os países de origem germânica. Já o pan-eslavismo era um sentimento forte existente na
Rússia e que envolvia também outros países de origem eslava.

Causas

A Segunda Guerra Mundial teve como grande causa o expansionismo e o militarismo da Alemanha Nazista. Essa
postura da Alemanha refletia diretamente a ideologia dos nazistas, que haviam alcançado o poder da Alemanha em
1933. A ação dos nazistas resultava, em grande parte, da insatisfação de uma parte radicalizada da sociedade alemã
com o desfecho da Primeira Guerra Mundial.

Ao final da Primeira Guerra Mundial, consolidou-se fortemente na sociedade alemã uma ideia de que a derrota na
guerra havia sido injusta. Somado a isso, havia também a grande humilhação que a Alemanha sofreu com o Tratado de
Versalhes, acordo que pôs fim à Primeira Guera e que proibia a Alemanha de ter navios e aviões de guerra, limitou ao
número de 100 mil os soldados de infantaria, obrigou a nação alemã a pagar uma indenização altíssima e a entregar
suas colônias para aqueles que a derrotaram.

Para piorar, na década de 1920, durante a República de Weimar, a Alemanha encarou uma crise econômica duríssima,
que levou o país à falência. Essa crise foi agravada com a Crise de 1929, que, por sua vez, reforçou a crise da
democracia liberal e fomentou movimentos autoritários e fascistas pela Europa. O fascismo italiano e o nazismo
alemão são os grandes exemplos.

Os nazistas ocuparam o poder da Alemanha em 1933, e Adolf Hitler, o líder do partido nazista, iniciou uma campanha
de recuperação da Alemanha, de doutrinação da população e de perseguição às minorias. A Alemanha, ao recuperar a
sua economia, partiu para o rearmamento – um desafio claro às determinações do Tratado de Versalhes. Franceses e
ingleses nada fizeram, pois temiam que um desafio aos alemães poderia levar a Europa a uma nova guerra,
experiência essa que queriam evitar ao máximo.

À medida que a Alemanha fortaleceu-se militarmente, Hitler deu início ao seu expansionismo territorial. A ideia de
Hitler era construir o lebensraum, o “espaço vital” que os nazistas tanto almejavam. Esse conceito consistia
basicamente em formar um império para a Alemanha em territórios que historicamente haviam sido ocupados por

91
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

germânicos. Esse era o Terceiro Reich, um império dedicado exclusivamente para os arianos (ideal de raça pura dos
nazistas) e que sobreviveria à custa da exploração dos eslavos.

O expansionismo germânico ocorreu em três momentos distintos. Inicialmente foi realizada a invasão e anexação da
Áustria, evento conhecido como Anschluss e que ocorreu em 1938. Em 1939, os alemães manifestaram o interesse de
invadir e anexar os Sudetos, região da Checoslováquia. Após negociações conduzidas por britânicos e franceses, os
alemães tiveram autorização para anexar os Sudetos (acabaram anexando quase toda a Checoslováquia). Por fim, veio
a Polônia. Esse país do Leste Europeu havia surgido ao final da Primeira Guerra Mundial em territórios que
anteriormente pertenciam aos alemães e aos russos. A retórica de Hitler contra os poloneses endureceu-se em meados
de 1939. A invasão da Polônia, no entanto, não seria aceita por ingleses e franceses. Ambos os países haviam exigido
de Hitler, durante a Conferência de Munique, que suas ambições territoriais encerrassem-se na Checoslováquia.

Hitler, no entanto, não esperava que ingleses e franceses fossem reagir aos seus movimentos. Em 1º de setembro
ordenou a invasão da Polônia utilizando como justificativa um suposto ataque polonês na fronteira com a Alemanha (o
ataque foi forjado pelos nazistas). Dois dias depois, britânicos e franceses responderam à agressão alemã contra a
Polônia com uma declaração de guerra. Esse foi o início da Segunda Guerra Mundial.

Combatentes

A Segunda Guerra Mundial contou com o envolvimento de dezenas de países. Os participantes da Segunda Guerra
Mundial podem ser agrupados em dois grupos.

Aliados: Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos eram os membros principais;

Eixo: Alemanha, Itália e Japão eram os membros principais.

Adolf Hitler e Benito Mussolini eram os líderes da Alemanha e Itália, respectivamente. Ambas as nações pertenciam
ao Eixo.

Naturalmente, ao longo da guerra, diversos outros países foram tomando partido e juntando-se a um dos dois lados
que estavam na luta. Do lado dos Aliados, por exemplo, lutaram o Canadá, o Brasil, a Austrália, a China,
a Holanda etc. No Eixo, atuaram nações como Hungria, Romênia, Croácia etc. É importante mencionar que em
diversos locais que os nazistas pisaram houve colaboracionismo, mas também houve resistência.

Um símbolo do colaboracionismo com os nazistas foi Vidkun Quisling, nazista da Noruega que organizou o plano de
invasão de seu próprio país com os alemães. Símbolos de resistência contra os nazistas foram, por exemplo, os

92
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

guerrilheiros (partisans) da Bielorrússia (conhecida atualmente como Belarus) que organizaram forças nas florestas de
seu país e atuaram por anos sabotando os nazistas.

Fases da Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial pode ser dividida em três fases para melhor entendimento dos acontecimentos do conflito,
a saber:

Supremacia do Eixo (1939-1941): nessa fase, tornaram-se notórios o uso da blitzkrieg e a conquista de diversos locais
pelas tropas da Alemanha. Além disso, na Ásia, os japoneses conquistaram uma série de territórios dominados por
britânicos, franceses e holandeses.

Equilíbrio de forças (1942-1943): nessa fase, os Aliados conseguiram recuperar-se na guerra, tanto na Ásia quanto na
Europa, e equilibraram forças com os alemães. Essa fase ficou marcada pela indefinição de quem ganharia o conflito.

Derrota do Eixo (1944-1945): nessa fase, o Eixo estava em decadência. A Itália foi invadida; Mussolini, deposto; os
alemães e japoneses passaram a ser derrotados sucessivamente e ambos os países entraram em colapso.

A guerra, conforme mencionado, foi iniciada quando os alemães invadiram a Polônia em 1º de setembro de 1939. A
partir desse momento, os alemães iniciaram a utilização de uma tática que se destacou no conflito: a blitzkrieg. Essa
palavra em alemão significa “guerra-relâmpago” e consistia, basicamente, em uma tática em que artilharia e infantaria
faziam ataques coordenados contra as linhas adversárias com o objetivo de abri-las. A partir da abertura das linhas, a
infantaria e os blindados faziam rápidas movimentações no território para penetrar na brecha que foi aberta.

Entre 1939 e 1941, os alemães


conquistaram Polônia, Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica, França, Iugoslávia e Grécia. Nesse período, as
conquistas aconteciam em uma velocidade assombrosa, com as forças alemãs passando a dominar grande parte do
continente europeu.

Em 1941, a Alemanha parecia invencível, e os alemães organizaram o seu plano mais ousado em toda a guerra:
a Operação Barbarossa. Essa operação consistia em coordenar a invasão do grande adversário dos alemães na Europa:
o bolchevismo soviético. Até esse momento, ambas as nações estavam em paz, pois, em 1939, haviam assinado
um pacto de não agressão, em que concordavam em não lutar entre si durante um período de 10 anos.

Tropas alemãs em Minsk, Bielorrússia, durante a Operação Barbarossa.

A invasão da União Soviética aconteceu em 22 de junho de 1941, e o plano dos alemães era conquistar o país em oito
semanas. O fracasso dos alemães nesse sentido destruiu toda e qualquer possibilidade de o fazerem em longo prazo,
pois a Alemanha não tinha recursos e nem dinheiro para uma guerra de longa duração contra os soviéticos.
93
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Os alemães tinham três objetivos: Moscou, Leningrado e Stalingrado. A capital soviética quase foi conquistada
(Moscou) porque os alemães chegaram a poucos quilômetros dela, mas falharam. Leningrado foi cercada pelos
alemães durante 900 dias e deixada para morrer de fome – os relatos sobre a fome na cidade mostram o desespero da
população diante da falta de alimento.

O ponto-chave da Segunda Guerra Mundial aconteceu em uma cidade do sul da União Soviética (sul da atual Rússia)
que fica às portas do Cáucaso e à beira do rio Volga: Stalingrado. A conquista dessa cidade era crucial para os alemães
garantirem o controle sobre os poços de petróleo do Cáucaso, além de ser simbólico conquistar a cidade que levava o
nome do líder da União Soviética, Josef Stalin.

A luta em Stalingrado foi duríssima e estendeu-se de julho de 1942 até 1943. Antes de Stalingrado os alemães haviam
conquistado vastos territórios da União Soviética (os alemães tinham conquistado os Países
Bálticos, Ucrânia, Bielorrússia etc). Em Stalingrado, os alemães sofreram a derrota que iniciou a virada dos Aliados.

A batalha por Stalingrado resultou na morte de 1 a 2 milhões de pessoas, e a descrição dessa batalha define-a como
um inferno. A cidade foi arrasada, e os alemães estiveram bem perto de conquistá-la, mas a resistência dos soviéticos
garantiu a derrota dos alemães. Durante essa batalha, diariamente, milhares de soldados e de munição eram enviados
para as tropas soviéticas. A derrota dos alemães veio logo após a Operação Urano.

Destruição em Stalingrado causada pela batalha que aconteceu na cidade entre 1942 e 1943.

As tropas alemãs foram empurradas para fora da cidade e, sem autorização para recuar, foram cercadas pelos
soviéticos. Nesse momento, o exército, a indústria e a economia alemã iniciaram seu colapso. Começava a
recuperação dos Aliados na luta contra os alemães. Outra batalha importante que selou o destino dos alemães na União
Soviética foi a batalha travada em Kursk, em 1943.

Nesse ano também (1943), britânicos e americanos ampliaram seus esforços na luta contra os alemães. A partir dos
esforços dos Estados Unidos e da Inglaterra, as tropas alemãs foram expulsas do norte do continente africano. Depois,
os Aliados debateram a respeito das possibilidades de um ataque contra os alemães na Normandia. Esse plano, no
entanto, foi adiado, e americanos e britânicos optaram por invadir a Sicília.

94
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Com o desembarque de tropas aliadas na Sicília, iniciou-se a reconquista da Itália, e os alemães foram obrigados a
reforçar as defesas no norte italiano. Foi na frente de batalha travada na Itália, inclusive, que as tropas
brasileiras lutaram entre 1944 e 1945. A partir de 1944, a situação da Alemanha na guerra era caótica, e mais derrotas
ocorreram.

Em junho de 1944, britânicos e americanos lideraram no dia 6 o desembarque de tropas conhecido como Dia D. Essa
operação fazia parte dos planos de reconquista da França (ocupada pelos alemães desde 1940). No Dia D, foram
mobilizados cerca de 150 mil soldados, que desembarcaram em cinco praias da Normandia: os codinomes das praias
eram Utah, Juno, Sword, Gold e Omaha.

Na virada de 1944 para 1945, a situação da Alemanha era desesperadora. Nos primeiros meses de 1945, os alemães
acumularam grande parte de suas perdas em toda a Segunda Guerra Mundial. Na virada do ano, foi travada a última
ofensiva dos alemães na Batalha das Ardenas, que tinha como objetivo recuperar territórios na França e Bélgica. A
campanha foi um fracasso e serviu para enfraquecer as tropas alemãs que ainda resistiam no front oriental.

Uma consequência direta da derrota nas Ardenas foi a perda de territórios na Polônia, quando os soviéticos
conseguiram avançar do rio Vístula para o rio Oder e ficar à beira da fronteira com a Alemanha. Além disso, os
soviéticos avançaram pelo Leste Europeu conquistando locais como Budapeste (Hungria) e a Iugoslávia.

Segunda Guerra Mundial na Ásia

Em dezembro de 1941, os japoneses atacaram os americanos de surpresa em Pearl Harbor, no Havaí.

95
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

O conflito na Ásia ficou marcado pela luta travada entre japoneses e americanos no que também ficou conhecido
como Guerra do Pacífico. Ao longo da década de 1930, o Japão também manifestou intenções expansionistas baseado
em um forte militarismo. O resultado direto disso foi a Segunda Guerra Sino-Japonesa, conflito iniciado em 1937 que
se fundiu com a Segunda Guerra Mundial e, portanto, só teve fim em 1945.

Veja também: Primeira Guerra Sino-Japonesa

Antes mesmo do início da Segunda Guerra Mundial, os japoneses haviam participado de uma batalha contra os
soviéticos entre junho e agosto de 1939. A Batalha de Khalkhin Gol, como ficou conhecida, foi travada basicamente
por disputas territoriais existentes entre japoneses e mongóis (apoiados pelos soviéticos).

Os japoneses foram derrotados nessa batalha, o que foi fundamental para o caminho que os japoneses tomaram em
seguida. Com a derrota nessa batalha, os japoneses passaram a priorizar levar a guerra para o sul da Ásia, ou seja, para
as colônias europeias que ficavam no sudeste asiático, e contra os Estados Unidos.

Em 1937, foi iniciada a guerra do Japão contra a China. Em 1940, os japoneses invadiram a Indochina Francesa e, em
1941, além de atacarem os americanos em Pearl Harbor, invadiram uma série de colônias britânicas e a colônia
holandesa.

O ataque a Pearl Harbor é entendido como marco da Guerra no Pacífico e aconteceu em dezembro de 1941. Por causa
desse ataque, os americanos declararam guerra contra o Japão e iniciaram a sua luta contra o exército e marinha
japoneses. Alguns momentos marcantes da luta travada no Pacífico foram as batalhas de Midway (vista como a virada
dos americanos na luta contra os japoneses), Guadalcanal e Tarawa, que aconteceram entre 1942 e 1943.

De 1944 em diante a situação do Japão era similar à da Alemanha: o país estava em ruínas, mas seguia resistindo. No
ano final da guerra, batalhas cruciais foram travadas em Iwo Jima, Okinawae nas Filipinas, sendo as duas primeiras
ilhas pertencentes ao território japonês. Nessas batalhas ficou evidente que a resistência promovida pelos japoneses
seria realizada até a morte.

Os soldados japoneses, de fato, lutaram até a morte – pouquíssimos renderam-se aos americanos. Além da doutrinação
imposta aos soldados, a rendição na cultura japonesa era vista de forma vergonhosa, sendo assim, os soldados lutavam
até ser mortos ou, em casos extremos, cometiam o seppuku – um ritual de suicídio no qual uma adaga é enfiada nas
entranhas.

Após a rendição dos nazistas, os Aliados exigiram na Declaração de Potsdam, em julho de 1945, a rendição
incondicional dos japoneses; caso contrário, eles enfrentariam a sua própria destruição. Os japoneses não aceitaram se
render e, em represália a isso, os americanos organizaram os ataques a Hiroshima e Nagasaki com bombas atômicas.

Bombas atômicas

Existe um debate intenso entre os historiadores a respeito da questão ética por trás do lançamento dessas bombas sobre
o Japão. Existem aqueles que defendem a hipótese de que o lançamento foi apenas uma demonstração de força dos
americanos e totalmente desnecessário, tendo em vista a situação em que o Japão estava naquele momento.

Por outro lado, existem aqueles que afirmam que o lançamento foi justificado dentro daquele cenário porque o Japão
negava-se a se render, e a invasão da ilha principal do Japão custaria a vida de milhares de soldados americanos. Além
disso, dentro do cenário de resistência dos japoneses até a morte, os americanos não sabiam até quando o conflito se
estenderia. Assim, o lançamento seria justificado como ferramenta para forçar o fim da guerra.

96
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Argumentos à parte, o lançamento das bombas atômicas foi um dos capítulos mais tristes da história mundial. Os
relatos narram toda a destruição e o horror que se espalharam em 6 e 9 de agosto de 1945. Após o lançamento da
segunda bomba, os japoneses renderam-se incondicionalmente aos americanos.

Veja também: Vitórias Japonesas na Segunda Guerra Mundial e Derrota Japonesa na Segunda Guerra Mundial

Fim da Segunda Guerra Mundial

A batalha final no cenário de guerra europeu foi travada em Berlim, capital alemã, onde foi organizada a resistência
final dos nazistas em uma situação tão desesperadora que havia tropas compostas por velhos e crianças. O ataque a
Berlim foi realizado apenas pelos soviéticos e, logo após as tropas do Exército Vermelho entrarem
no Reichstag (Parlamento alemão), Hitler e sua esposa (Eva Braun) cometeram suicídio. O comando da Alemanha foi
transmitido para Karl Dönitz, e os alemães renderam-se oficialmente no dia 8 de maio de 1945.

No cenário asiático, a guerra teve fim oficialmente no dia 2 de setembro de 1945, quando os japoneses assinaram sua
rendição incondicional aos americanos. A rendição japonesa foi resultado direto do lançamento das bombas atômicas
sobre Hiroshima, em 6 de agosto, e Nagasaki, em 9 de agosto.

Movimentos sociais no Brasil República

Durante a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, o Brasil vivenciou um dos eventos mais
fundamentais de sua História. O movimento liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca destituiu do poder o último
imperador do país, inaugurando um novo sistema de governo, a República. No entanto, a despeito de sua relevância
histórica, este acontecimento não alterou as estruturas socioeconômicas brasileiras: as desigualdades continuavam
profundas, a economia frágil e arcaica e a cidadania não era experimentada em sua amplitude pela grande maioria da
população.

Frente a este quadro de permanência de misérias e insatisfações, diversos setores da sociedade brasileira vieram a se
mobilizar, trazendo à tona todo o inconformismo que então se fazia presente. Neste período, campos e cidades foram,
então, tomados por inúmeras revoltas populares, demonstrando como os parâmetros jurídicos que limitavam a
participação política à época não impediram, na prática, a atuação dos mais distintos grupos sociais.

CANUDOS, CONTESTADO E CANGAÇO

Problema que ainda hoje nos aflige, a concentração de terras se apresentava como o principal ingrediente motivador
das rebeliões que ocorreram nos campos brasileiros na passagem do século XIX para o XX. A exploração da mão de
obra camponesa e as dificuldades de acesso à propriedade rural podem ser encontrados, assim, nas origens da “Revolta
de Canudos”, da “Guerra do Contestado” e do movimento do “Cangaço”.

Ocorridos em locais distintos, a formação do arraial de Canudos (Bahia) e a Revolta do Contestado (região fronteiriça
entre Paraná e Santa Catarina) fizeram-se a partir da luta dos mesmos atores sociais, ou seja, camponeses explorados
em decorrência da expansão latifundiária. Do mesmo modo, possuíam a liderança de personagens entendidos por seus
seguidores como verdadeiros “messias”. Antonio Conselheiro e José Maria representavam, portanto, um comando que
era ao mesmo tempo político e religioso.

97
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Morte do bando de lampião (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

Os destinos dos dois movimentos foram igualmente semelhantes, com seus integrantes sendo ferozmente combatidos
pelas tropas federais. E este foi o mesmo tratamento dado aos “cangaçeiros”. Interpretados pela historiografia ora
como “heróis” que roubavam dos ricos para dar aos pobres, ora como bandidos que corrompiam a ordem estabelecida,
estes indivíduos se utilizavam de práticas não legais como forma de resistência à miséria que os afligia. O
enfrentamento a tais movimentos correspondia, deste modo, tanto aos interesses das oligarquias latifundiárias, quanto
aos de um governo que ainda almejava se consolidar em âmbito nacional e que, portanto, não poderia admitir
tamanhas convulsões sociais.

REVOLTA DA ARMADA

98
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Revolta da Armada (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

Embora tivesse uma população majoritariamente camponesa, a sociedade brasileira não se limitou ao espaço rural para
demonstrar suas insatisfações com a recém-proclamada república. Contrários ao centralismo político que marcou as
gestões de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, rebeldes se levantaram no Rio de Janeiro e em cidades do sul
através das “Revoltas da Armada”. Organizadas por setores da marinha, foram severamente reprimidas pelo governo,
fato que valeu a Floriano a alcunha de “Marechal de Ferro”.

Revolta da Chibata (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

Em 1910, setores da marinha vieram novamente a se rebelar contra o governo. No entanto, dessa vez a revolta se fez a
partir de marinheiros inconformados com as punições físicas que sofriam através da ação de seus superiores. A
questão racial contribuiu igualmente à eclosão do movimento, já que a grande maioria dos castigados era constituída
por marinheiros negros, muitos dos quais ex-escravos. Sob a liderança de João Cândido, o “Almirante Negro”, os
revoltosos se confrontaram contra os militares fiéis ao governo, sendo derrotados após sangrentos embates.

REVOLTA DA VACINA

A cidade do Rio de Janeiro apresentava grande centralidade nos movimentos sociais ocorridos durante a República
Oligárquica. Capital federal, foi palco de inúmeros levantes contra o governo, inclusive da polêmica “Revolta da
Vacina”. Tendo ocorrido durante a gestão do prefeito Pereira Passos, o movimento se opôs à obrigatoriedade de
vacinação contra a varíola imposta pelo poder público. O que se contestava, na verdade, não era apenas o
autoritarismo do projeto, mas as reais intenções do governo em estabelecer tal medida.

99
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

A insatisfação da população carioca com a administração do prefeito “Bota Abaixo” também se relacionava às
reformas urbanísticas então desenvolvidas na capital. Marco fundamental do projeto “Paris Tropical”, a avenida
Central foi aberta após a demolição de boa parte do morro do Castelo, o que acarretou a saída compulsória de diversas
famílias que ali moravam. Muitas delas passaram a residir, então, em cortiços e nas primeiras favelas formadas na
cidade.

Avenida
Central, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

TENENTISMO

Ao longo da década de 1920 as críticas ao governo federal ficaram ainda mais vorazes. Diversas revoltas colocavam
em xeque a legitimidade das oligarquias que então estavam no poder. Opunham-se, deste modo, às estruturas arcaicas
que perduravam no país, como a prática do voto de cabresto, as elevadas taxas de analfabetismo e a debilidade de
nossas incipientes indústrias.

Nesse contexto, e lutando contra tais mazelas, é que serão organizadas a Semana de Arte Moderna (São Paulo) e o
movimento “tenentista”. A “SAM”, além de sua grande importância em termos intelectuais e artísticos, foi
vanguardista ao criticar claramente os desmandos das elites políticas brasileiras. O “Tenentismo”, idealizado por
tenentes e outros jovens militares, uniu diversos setores das forças armadas contra esses mesmos poderosos. A
“Revolta dos Dezoito do Forte de Copacabana” e a “Coluna Prestes” são dois exemplos de eventos mobilizados a
partir das concepções tenentistas.

Ditadura Militar

O Regime militar foi o período da política brasileira em que militares conduziram o


país.

100
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Essa época ficou marcada na história do Brasil através da prática de vários Atos
Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão
de direitos constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram
contrários ao regime militar.

A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de 1964,
resultando no afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o
poder o Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, caracterizado por
personagens afinados como uma revolução instituiu no país uma ditadura militar, que
durou até a eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares na época justificaram o
golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país.

Golpe Militar de 1964


O Golpe Militar de 1964 marca uma série de eventos ocorridos em 31 de março de
1964 no Brasil, e que culminaram em um golpe de estado no dia 1 de abril de 1964.
Esse golpe pôs fim ao governo do presidente João Goulart, também conhecido
como Jango, que havia sido de forma democrática, eleito vice-presidente pelo Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB).

Imediatamente após a tomada de poder pelos militares, foi estabelecido o AI-1. Com
11 artigos, o mesmo dava ao governo militar o poder de modificar a constituição,
anular mandatos legislativos, interromper direitos políticos por 10 anos e demitir,
colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que fosse
contra a segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração
101
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

pública, além de determinar eleições indiretas para a presidência da República.

Durante o regime militar, ocorreu um fortalecimento do poder central, sobretudo do


poder Executivo, caracterizando um regime de exceção, pois o Executivo se atribuiu a
função de legislar, em detrimento dos outros poderes estabelecidos pela Constituição
de 1946. O Alto Comando das Forças Armadas passou a controlar a sucessão
presidencial, indicando um candidato militar que era referendado pelo Congresso
Nacional.

A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos,


sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da
sociedade foram suprimidas ou sofreram interferência do governo. Os meios de
comunicação e as manifestações artísticas foram reprimidos pela censura. A década
de 1960 iniciou também, um período de grandes transformações na economia do
Brasil, de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de
abertura ao capital estrangeiro e do endividamento externo.

Governos Militares no Brasil


Governo Castello Branco (1964-1967)
Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da
República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a
democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária.

Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos.


Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos
tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam
intervenção do governo militar.

Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o


funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro ( MDB ) e a Aliança
Renovadora Nacional ( ARENA ). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma
controlada, o segundo representava os militares.

O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país.
Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o
regime militar e suas formas de atuação.

Governo Costa e Silva (1967-1969)


Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito
indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e
102
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE ( União


Nacional dos Estudantes ) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil.

Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em


protesto ao regime militar.

A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda,


assaltam bancos e sequestram embaixadores para obterem fundos para o movimento
de oposição armada.

No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5


). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos,
acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.

Governo da Junta Militar (31/8/1969-30/10/1969)


Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros
Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e
Melo (Aeronáutica).

Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN sequestram o embaixador dos EUA


Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência
conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de
Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de
"guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".

No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de
repressão em São Paulo.

Governo Medici (1969-1974)


Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu
Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido
como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de
censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes,
músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores,
políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou
exilados do país. O DOI-Codi ( Destacamento de Operações e Informações e ao
Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e
repressão do governo militar.

Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do


Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.
103
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

O Milagre Econômico

Na área econômica, o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973
ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma
taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos
internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-
estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país.
Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia
Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.

Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no
futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os
padrões econômicos do Brasil.

Governo Geisel (1974-1979)


Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento
processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre
econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a
recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e
empréstimos internacionais diminuem.

Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa
a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o
Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes
cidades.

Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel,


começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o
jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São
Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação
semelhante.

Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a
volta da democracia no Brasil.

Governo Figueiredo (1979-1985)


A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de
redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia,
concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais
brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura
continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da
104
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981,


uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O
atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje
nada tenha sido provado.

Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos


voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS,
enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como : Partido dos
Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ).

A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já

Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é
alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento
de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.

Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros


participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da
Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano.
Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo


Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia
parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente
Liberal.

Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e
acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma
nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura
militar e estabeleceu princípios democráticos no país.
O AI-5 (Ato Institucional nº 5)

O Ato Institucional nº 5 (AI-5) tornou-se o maior símbolo da repressão durante o regime militar. Chamado de “golpe
dentro do golpe” pelo jornal Correio da Manhã, esse decreto marca o período denominado “anos de chumbo”, que vai
do governo de Costa e Silva até o fim do Governo Médici.

O crescimento da oposição e a reação dos militares

Em um contexto de greves operárias – como as ocorridas em Contagem (MG) e Osasco (SP) – em virtude da política
de arrocho salarial – e de manifestações estudantis – como a Passeata dos Cem Mil–, Costa e Silva passou a enfrentar
enorme pressão para o endurecimento do regime. A linha-dura acreditava ser necessário conter esses movimentos,
visto por eles como sinais de avanço do comunismo no país. O surgimento de movimentos de guerrilha urbana e rural
nos primeiros anos da ditadura também foram fatores motivadores para a edição do AI-5.

105
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

O estopim do AI-5

Entretanto, o estopim para a edição do decreto correu especificamente em 13 de dezembro de 1968 e está relacionado
a um acontecimento específico, ocorrido um dia antes. No contexto das manifestações estudantis devido a morte do
estudante Édson Luís Souto durante uma manifestação contra o atraso das obras no restaurante estudantil Calabouço
(RJ), a Polícia Militar (PM) invadiu a Universidade de Brasília (UNB). Em reação, o deputado Márcio Moreira Alves,
do MDB, discursou no Congresso sugerindo a população o boicote ao desfile de 7 de Setembro e que as mulheres não
namorassem oficiais que fossem coniventes com a violência operada pelos militares. Ofendidos, os militares
precisavam suspender a imunidade parlamentar do deputado para processá-lo, o que foi negado pelo Congresso em 12
de dezembro de 1968. No dia seguinte, foi editado o AI-5, que passou por cima da Constituição elaborada pelos
próprios militares e deu amplos poderes ao Executivo para perseguir e punir seus opositores retirando-lhes qualquer
garantia constitucional.

As medidas decretadas pelo AI-5

Em seu preâmbulo, o AI-5 manteve a convicção de que o golpe de 1964 representou uma revolução que refletiu os
anseios do povo brasileiros. Investidos do poder que emana do povo e que lhes foi delegado por este, os militares
novamente colocam na conta da esquerda socialista seus atos contrários aos direitos e garantias individuais, "no
combate à subversão e às ideologias contrárias às tradições de nosso povo, na luta contra a corrupção" [...]. Para isso,
buscaram os meios que julgavam necessários à realização da reconstrução da pátria. Além disso, o texto reforçou que
o processo revolucionário seria continuado (AI-2) e, para isso, seria necessário eliminar grupos oriundos dos setores
políticos e culturais, assim como "processos subversivos e de guerra revolucionária", em alusão aos grupos de
resistência armada que vinham promovendo diversas ações para desestabilizar o regime militar, tais como
expropriações em bancos e sequestros.

Além da já conhecida prerrogativa de decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das
Câmaras de Vereadores a qualquer tempo, medida já presentes em atos institucionais anteriores, o AI-5 deixa claro
que o retorno às atividades desses órgãos também dependeria de convocação do Presidente da República. Também
permitiu que o Presidente da República pudesse decretar intervenção nos estados e municípios sem limitações
constitucionais.

O AI-5 também reforçou a prerrogativa do Presidente da República, orientado pelo Conselho Nacional de Segurança,
de suspender por dez anos os direitos políticos e cassar mandatos eletivos em todas as esferas (municipal, estadual e
federal) de qualquer cidadão. A suspensão de tais direitos cessaria privilégio de foro devido à função exercida - o que
atingia o deputado Márcio Moreira Alves e permitiu sua cassação - e impediria o cidadão de votar e ser votado em
eleições sindicais. Proibia também manifestação de assuntos de natureza política e poderia até chegar a proibição de
frequentar determinados lugares.

Quanto à decretação de estado de sítio, o prazo anterior de 180 dias foi relativizado para o prazo fixado pelo
Presidente da República. Além dessa medida claramente ditatorial, também foi suspenso a garantia ao habeas
corpus em casos de crimes políticos contra a ordem econômica, social e contra a segurança nacional.

Novamente, a redação do AI-5 garantia a exclusão de apreciação judicial para qualquer ato praticado de acordo com
os Atos Institucionais ou Atos Complementares.

Consequências do AI-5

106
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Na madrugada de 13 de dezembro já começaram as ações militares contra os inimigos do regime militar. Os jornais
Estado de São Paulo e Correio da Manhã foram ocupados pela polícia e suas edições impedidas de circular. Antes
mesmo que o AI-5 fosse divulgado através da Hora do Brasil, a polícia já havia prendido milhares de pessoas
consideradas um perigo para a segurança nacional.

A partir do AI-5 o país viveria uma censura aos meios de comunicação jamais vista no país. Novelas, peças de teatro,
livros e até mesmo o Balé Bolshoi foi proibido de se apresentar no Brasil, por ser russo.

Dentre as personalidades públicas que foram forçadas ao exílio após a edição do AI-5 estão os músicos Caetano
Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque de Holanda; o dramaturgo do Teatro de Arena Augusto Boal; o cineasta
Glauber Rocha; e Geraldo Vandré cuja música "Para não dizer que não falei das flores" tornou-se um hino de
resistência ao regime militar.

Os primeiros meses de 1969 foram de terror. As cassações seguiram-se juntamente à aposentadoria de centenas de
servidores, dentre eles juízes. Foram realizadas uma série de intervenções na diretoria de diversos sindicatos a fim de
afastar lideranças da oposição. As universidades também foram alvo dos militares que, a partir do Decreto nº 477,
passaram a suspender estudantes, professores e demais funcionários ligados ao que se considerava “atividades
subversivas”.

Nos onze anos em que vigorou, o AI-5 permitiu que os militares perseguissem, prendessem e torturassem milhares de
pessoas, levando a óbito centenas, dentre elas, algumas cujos corpos até hoje não foram encontrados. Em um contexto
de euforia nacionalista e milagre econômico, o AI-5 teve espaço amplo de atuação gerando reação contrária de
resistência que fortaleceu os movimentos de oposição e a luta armada.

O assassinato de Martin Luther King;

Em dois atentados anteriores, o reverendo Martin Luther King conseguira escapar por pouco da morte. O negro que
tanto se engajou pela igualdade de direitos nos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960 alcançou apenas os 39
anos de idade.

No dia 4 de abril de 1968, foi assassinado com um tiro na sacada de um hotel em Memphis. O autor do disparo teria
motivos supostamente racistas. Em dezembro de 1999, no entanto, um processo civil no Estado do Tennessee chegou
à conclusão de que sua morte foi planejada por membros da máfia e do governo norte-americano.

Que homem era este que conseguiu dividir uma nação e ser amado e odiado ao mesmo tempo? Para melhor entendê-
lo, precisamos nos situar no contexto dos Estados Unidos em plena década de 50: uma superpotência em plena Guerra
Fria, uma nação rica, um país racista.

O país que se considerava modelo de democracia e liberdade, mas seus habitantes eram classificados de acordo com a
raça. Os negros eram discriminados em todos os setores: na política, na economia e no aspecto social.

Boicote de ônibus

Os negros norte-americanos não podiam votar, eram chamados pejorativamente de "nigger" e "boy", seu trabalho não
era devidamente remunerado, e as agressões dos brancos eram rotina. Até que, em dezembro de 1955, em
Montgomery, a costureira negra de 52 anos Rosa Parks resolveu não ceder seu lugar num ônibus para um passageiro
branco.

107
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Parks foi presa e, em decorrência, Martin Luther King, pastor da cidade, conclamou um boicote dos negros aos ônibus.
Em um ano, tornou-se tão conhecido no país que assumiu a liderança do movimento negro norte-americano.

O boicote aos ônibus foi apenas o começo. Seguiram-se as marchas de protesto de King e milhares de defensores dos
direitos civis em todo o país, acompanhadas de violações conscientes da legislação racista. Usavam, por exemplo, as
salas de espera e os restaurantes reservados aos brancos. Nem a violenta repressão policial enfraqueceu o movimento.

"Temos que levar nossa luta adiante, com dignidade e disciplina. Não podemos permitir que nosso protesto degenere
em violência física", advertia o pastor batista, não se deixando provocar pela ordem pública.

EUA divididos para brancos e negros

Ele manteve esta filosofia, mesmo quando os 1.100 participantes do movimento negro radical exigiram a divisão dos
Estados Unidos em dois, para brancos e negros, na Black Power Conference, em 1967.

Vinte e quatro horas antes de sua morte, Martin Luther pronunciou o célebre discurso em que anunciava ter avistado a
terra prometida. "Talvez eu não consiga chegar com vocês até lá, mas quero que saibam que nosso povo vai atingi-la",
declarou ele, como se previsse a proximidade da morte.

Seu assassinato provocou consternação internacional. As inquietações raciais se agravaram em Chicago e Washington.
Depois de anunciar o fim dos bombardeios no Vietnã e sua desistência de se recandidatar à Casa Branca, o presidente
Lyndon Johnson chegou a adiar uma viagem ao exterior.

Em memória a King, no ano de 1983, os Estados Unidos tornaram feriado nacional a terceira segunda-feira de janeiro
(ele havia nascido em 15 de janeiro de 1929).

Maio de 68

Universitários montaram barricadas nas ruas e usaram pedras para enfrentar a polícia

Foi uma grande onda de protestos que teve início com manifestações estudantis para pedir reformas no setor
educacional. O movimento cresceu tanto que evoluiu para uma greve de trabalhadores que balançou o governo do
então presidente da França, Charles De Gaulle. “Os universitários se uniram aos operários e promoveram a maior
greve geral da Europa, com a participação de cerca de 9 milhões de pessoas. Isso enfraqueceu politicamente o general
De Gaulle, que renunciou um ano depois”, diz o historiador Alberto Aggio, da Universidade Estadual Paulista
(Unesp), de Franca (SP).

O começo de tudo foi uma série de conflitos entre estudantes e autoridades da Universidade de Paris, em Nanterre,
cidade próxima à capital francesa. No dia 2 de maio de 1968, a administração decidiu fechar a escola e
ameaçou expulsarvários estudantes acusados de liderar o movimento contra a instituição. As medidas provocaram a
reação imediata dos alunos de uma das mais renomadas universidades do mundo, a Sorbonne, em Paris.

Eles se reuniram no dia seguinte para protestar, saindo em passeata sob o comando do líder estudantil Daniel Cohn-
Bendit. A polícia reprimiu os estudantes com violência e durante vários dias as ruas de Paris viraram cenário de
batalhas campais. A reação brutal do governo só ampliou a importância das manifestações: o Partido Comunista
Francês anunciou seu apoio aos universitários e uma influente federação de sindicatos convocou uma greve geral para
o dia 13 de maio.

108
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

No auge do movimento, quase dois terços da força de trabalho do país cruzaram os braços. Pressionado, no dia 30 de
maio o presidente De Gaulle convocou eleições para junho. Com a manobra política (que desmobilizou os estudantes)
e promessas de aumentos salariais (que fizeram os operários voltar às fábricas), o governo retomou o controle da
situação. As eleições foram vencidas por aliados de De Gaulle e a crise acabou.

Primavera de Praga

A Primavera de Praga foi um período de oito meses durante o ano de 1968 em que a população da Checoslováquia (ou
Tchecoslováquia) passou a pressionar por mudanças no sentido de reformar os moldes do governo comunista que
estava instalado naquele país. A mobilização popular e a abertura do governo pelas reformas levaram a União
Soviética a intervir, invadindo a Checoslováquia em agosto de 1968.

Antecedentes

O regime comunista estabeleceu-se na Checoslováquia (atualmente Eslováquia e Tchéquia/Chéquia) logo após o final
da Segunda Guerra Mundial como consequência da ocupação soviética do país. A partir de então, o sistema político da
Checoslováquia foi estruturado com base nos moldes do regime soviético e contava com partido único, censura
estabelecida, economia planificada etc.

Em geral, os sistemas comunistas que se estabeleceram no leste europeu foram impostos à força pelos soviéticos, mas
o caso checoslovaco foi distinto nesse aspecto. O regime comunista na Checoslováquia estabeleceu-se como uma
demanda da população, que via nele uma boa alternativa para o futuro. A comprovação disso é o fato de que, em 1947,
o Partido Comunista (PC) recebeu 40% dos votos, segundo Eric Hobsbawm|1|.

O autoritarismo do regime soviético sobre as nações do bloco comunista foi resultado da política stalinista. Após a
morte do ditador, em 1953, espalhou-se pelo bloco um reformismo que propunha debates para estabelecer novas
diretrizes ao regime. Esse reformismo foi uma consequência direta da desestalinização da URSS, e um reflexo do
desejo de reformas foi a Revolução Húngara de 1956. No caso da Checoslováquia, essa insatisfação só se manifestou
a partir da década de 1960.

Primavera de Praga

Considera-se o ponto de partida da Primavera de Praga a data 5 de janeiro de 1968, quando Alexander Dubcekassumiu
o posto de primeiro-secretário do PC e o comando da Checoslováquia. Dubcek era um comunista que possuía extensa
ligação com o governo de Moscou. Durante anos, ele e sua família moraram no Quirguistão (país da Ásia Central, ex-
integrante da antiga União Soviética).

Dubcek também era um político reformista que possuía forte ligação com intelectuais checoslovacos e defendia a ideia
de promover um “socialismo com rosto humano”. Há dois fatores de destaque que nos ajudam a entender o
fortalecimento desse desejo reformista dentro da Checoslováquia. Primeiro, Hobsbawm |2| indica que o reformismo no
PC local estava diretamente relacionado com um desejo dos eslovacos (minoria na Checoslováquia) de reformar o PC
para ganhar maior protagonismo no governo checoslovaco.

Segundo, havia um claro descontentamento popular com os rumos que o governo comunista seguiu na
Checoslováquia. Quando o comunismo foi instalado na Checoslováquia, em meados da década de 1940, havia toda
uma esperança popular de que o regime trouxesse mudanças positivas, mas, passadas duas décadas, o sentimento que
vingava no país era de desilusão. Uma das classes mais insatisfeitas era a dos intelectuais.

109
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Foi dentro desse contexto que Alexander Dubcek despontou como nova liderança política na Checoslováquia. Ele se
encaixava dentro dos dois fatores citados, pois era eslovaco e alimentava ideais reformistas, conforme já
mencionamos. Com a posse de Dubcek, inúmeras mudanças aconteceram no país, alimentando o desejo da população
por reformas.

Uma das primeiras mudanças sob o regime de Dubcek foi o fim da censura que existia no país. Isso garantiu que
produtos típicos da cultura ocidental passassem a ser amplamente consumidos. Outra consequência direta do fim da
censura foi a maior divulgação de ideias que, muitas vezes, criticavam o próprio Dubcek, além de, claro, ampliação
das denúncias contra as irregularidades do regime comunista.

As ações de Dubcek refletiram diretamente no movimento estudantil checoslovaco, que se mobilizou e passou a
pressionar o governo para que as mudanças no país em direção a um regime socialista com liberdade e democracia se
ampliassem. Entre os intelectuais a adesão também foi maciça. Destaca-se aqui o “Manifesto das duas mil palavras”,
redigido por Ludvik Vaculik. Esse documento exigia que amplas reformas fossem realizadas no país e contou com
milhares de assinaturas.

Dentro desse contexto de agitação política e social, o governo checoslovaco divulgou em abril de 1968 o Programa de
Ação. Esse documento basicamente resumia as intenções de Dubcek de promover um regime socialista com ampla
democracia. A citação abaixo resume as propostas do projeto:

Este programa de ação resumia os fundamentos do socialismo com rosto humano: preparava-se uma legislação para
regular a liberdade de imprensa e o direito de assembleia, a criação de vários partidos políticos socialistas para tornar
realidade a pretendida democracia socialista, garantia a autonomia dos sindicatos e o reconhecimento do direito de
greve, estabelecia a igualdade de checos e eslovacos e preparava-se uma legislação para auxiliar as vítimas de
governos comunistas anteriores. Na política exterior reafirmava-se a soberania nacional e a cooperação com a União
Soviética e com o Pacto de Varsóvia. No âmbito cultural e religioso, garantia-se a liberdade de culto, expressão
artística e da pesquisa científica |3|.

As reformas em curso na Checoslováquia foram apoiadas por países como Iugoslávia, Romênia e Hungria, mas,
evidentemente, enfureceram Moscou. O governo soviético via nos acontecimentos de Praga um perigoso precedente
que poderia enfraquecer o seu poder sobre o bloco comunista e logo passou a negociar com o governo checoslovaco
para que o que acontecia na Checoslováquia fosse devidamente controlado.

A repercussão dos acontecimentos da Checoslováquia na União Soviética fez surgir um grupo no governo de Moscou
que passou a defender uma intervenção direta no país. Esse grupo intervencionista era composto por membros do
KGB (serviço secreto soviético), do Comitê Central e das outras repúblicas soviéticas.

A ação desse grupo pró-intervenção refletiu diretamente na posição de Leonid Brejnev, presidente da União Soviética.
A princípio, ele era desfavorável à possibilidade de uma intervenção, principalmente por causa do impacto que essa
ação representaria. No entanto, como Dubcek não controlou as reformas em curso na Checoslováquia e o grupo pró-
intervenção pressionava cada vez mais, Brejnev cedeu e autorizou a intervenção na Checoslováquia.

Na virada de julho para agosto, aconteceram duas reuniões, uma em Cierna e outra em Bratislava, nas quais foram
debatidas com representantes do governo checoslovaco e soviético alternativas para controlar as reformas. Para o
governo de Moscou, as reuniões foram um fracasso e fortaleceram o reformismo.

110
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Ainda em agosto de 1968, em uma reunião secreta realizada no dia 16, militares soviéticos optaram por realizar a
intervenção na Checoslováquia. Essa intervenção aconteceu na virada do dia 20 para o dia 21 de agosto, quandomais
de 500 mil soldados soviéticos invadiram a Checoslováquia. A intervenção soviética também contou com milhares de
blindados e centenas de aeronaves.

As tropas soviéticas que invadiram a Checoslováquia logo se encaminharam para locais estratégicos da cidade de
Praga: emissoras de rádio e prédios governamentais. Aconteceram pequenos confrontos localizados da população
local com as tropas soviéticas, mas, em geral, a resistência foi pacífica. A intervenção soviética colocou fim ao projeto
reformista da Checoslováquia, e este era o fim da Primavera de Praga.

Dubcek acabou renunciando ao seu cargo no ano seguinte, em 1969. O bloco comunista iniciava então um período de
desgaste, que se estendeu durante 20 anos, e no qual a coesão do bloco se dava única e exclusivamente por conta da
ação repressiva de Moscou. A Checoslováquia colocou fim ao regime comunista no país somente em 1989, durante a
Revolução de Veludo.

|1| HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 385.

|2| Idem, p. 388.

|3| SERRANO, Patricia Chia. Primavera de Praga.

Ofensiva do Tet (Invasão do Vietnã do Sul)

No dia 30 de janeiro de 1968, o presidente norte-americano Lyndon Johson foi aos meios de comunicação para
anunciar que a Guerra do Vietnã seria um conflito de curta duração. Mal sabia o chefe de Estado estadunidense que os
vietnamitas preparavam, para o dia seguinte, uma ofensiva militar que alteraria esse tom passivo com que os EUA
encaravam o “simples” conflito organizado no Vietnã.

As tropas militares do Vietcongue e do Vietnã do Norte empreenderam uma violenta ação militar com o objetivo de
tomar conta de todo o Vietnã. Entre outras cidades, Saigon, Hué e Khe Sahn foram tomadas por diferentes tropas
comunistas. A ação militar dos vietcongues ganhou os noticiários do mundo inteiro com a reprodução do conflito em
tempo real. Entre as mais famosas imagens do conflito está a do assassinato de um suposto vietcongue com um tiro na
cabeça.

Outra cena que marcou o conflito foi a invasão do prédio da Embaixada dos Estados Unidos, no Vietnã do Sul. Essa
ação foi de fundamental importância para que a opinião pública internacional começasse a desconfiar sobre a
supremacia bélica dos Estados Unidos. Protestos de universitários e grupos políticos em todo o mundo começaram a
questionar a validade da ocupação dos EUA naquela região.

No dia 6 de fevereiro daquele mesmo ano, as tropas do Vietcongue conseguiram controlar a cidade de Khe Sahn, um
dos principais pontos de controle dos norte-americanos. Mais uma vez os episódios da guerra eram transmitidos em
tempo real, produzindo uma avalanche de artigos de opinião, protestos e declarações que questionavam o conflito. No
entanto, a ofensiva do TET acabou sendo controlada pelas tropas dos Estados Unidos.

A vitória dos Estados Unidos, no entanto, não significou a criação de uma situação política confortável para os
defensores da guerra no Oriente. De fato, aquele incidente em 1968 mudou drasticamente a visão segura que as
111
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

autoridades americanas insistiam em repassar para a população. Aos olhos da população dos EUA, aquele conflito não
poderia ser facilmente vencido. Afinal de contas, como seria possível que com mais de dois anos de ocupação os EUA
ainda seriam alvo de uma ofensiva daquela proporção?

Esse simples questionamento acabou tendo força suficiente para que o presidente Lyndon Johson não tivesse apoio
público para se reeleger presidente. A insistência da guerra parecia ter abatido o respaldo e a confiança depositados
sobre o presidente da mais poderosa nação do mundo. Ainda assim, o “Tio Sam” ainda insistiu no conflito até 1975.
Oficialmente, os Estados Unidos declararam sua vitória. Em contrapartida, o Vietnã se unificou sob o controle do
regime comunista.

População

Os estudos de população são realizados a partir dos dados coletados pelos censos demográficos e pesquisas de campo,
que são organizados e interpretados por instituições oficiais do governo e universidades. O IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) acumula uma grande quantidade de pesquisas e dados estatísticos sobre a população
brasileira.

Antes de olhar para os dados representativos da população brasileira – que foram atualizados recentemente após a
realização do censo 2010, é importante ressaltar que mais do que uma série de observações e dados quantitativos, as
informações do censo são utilizadas como referência para a formação de políticas públicas nas mais diferentes áreas
da sociedade e segmentos da economia, apontando as fragilidades, potenciais e a evolução histórica dos aspectos mais
importantes de nossa sociedade.

A realização dessas análises exige também a compreensão de alguns conceitos fundamentais empregados pelos
estudos de população do Brasil e também do mundo, que serão destacados a seguir na forma de tópicos.

Taxa de Natalidade: nº de nascimentos x 1000 ( ‰) ou x 100 (%) / população total

Taxa de Mortalidade: nº de mortes x 1000 ( ‰) ou x 100 (%) / população total

Taxa de fecundidade: média de número de filhos das mulheres entre 15 e 45 anos.

Mortalidade infantil: número de crianças que morreram antes de completar 1 ano de vida, medida a cada 100 ou a cada
1000 crianças nascidas.

Expectativa de vida: idade média que a população alcança.

Crescimento vertical: diferença entre o número de nascimentos e o número de mortes.

Migrações: movimentos duradouros da população.

1. Imigração: entrada de população;

2. Emigração: saída de população.

Crescimento horizontal ou saldo migratório: diferença entre imigrações (entradas) e emigrações (saídas).

Crescimento Vegetativo: diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade.

112
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Bônus Demográfico: situação em que a população ativa, com potencial para ocupar postos de trabalho e mercado
consumidor, supera os inativos (crianças e idosos).

Crescimento Total: diferença entre o crescimento vegetativo e o saldo migratório.

Total de População: crescimento total somado à população residente.

Transição demográfica: passagem de uma situação de alta taxa de natalidade e de alta taxa de mortalidade para uma
situação de estabilidade, através de baixos índices de natalidade e de mortalidade. O Japão é um exemplo de país que
apresenta um estágio avançado de transição demográfica, com grande envelhecimento.

Migrações externas: movimentos intracontinentais ou intercontinentais.

Migrações internas: movimentos intrarregionais ou inter-regionais.

Êxodo rural: movimentos duradouros no sentido campo-cidade.

Êxodo urbano: movimentos duradouros no sentido cidade-campo.

Migrações pendulares:

1. sazonais: realizadas em determinado período do ano em virtude de fatores naturais e/ou econômicos, como os
agricultores do sertão do Nordeste que migram sazonalmente de acordo com o período de seca mais intensa;

2. Transumância: deslocamento relacionado aos pastoreios que migram de acordo com as necessidades dos rebanhos e
a oferta de recursos como água e pastagens;

3. Diários:

3.1: urbano-urbano: movimentos realizados a partir das chamadas cidades-dormitório em direção ao local de trabalho;

3.2: urbano-rural: movimentos realizados pelos trabalhadores volantes, também conhecidos como boias-frias.

4. Recreação e turismo: movimentos diários, semanais ou mensais, com o objetivo de lazer, encontros familiares ou
círculo de amizades.

Indústria

A atividade industrial consiste no processo de produção que visa transformar matérias-primas em mercadoria através
do trabalho humano e, de forma cada vez mais comum, utilizando-se de máquinas. Essa atividade é classificada
conforme seu foco de atuação, sendo ramificada em três grandes conjuntos: indústrias de bens de produção, indústrias
de bens intermediários e indústrias de bens de consumo.

As indústrias de bens de produção, também chamadas de indústrias de base ou pesadas, são responsáveis pela
transformação de matérias-primas brutas em matérias-primas processadas, sendo a base para outros ramos industriais.
As indústrias de bens de produção são divididas em duas vertentes: as extrativas e as de bens de capital.

Indústrias extrativas – são as que extraem matéria-prima da natureza (vegetal, animal ou mineral) sem que ocorra
alteração significativa nas suas propriedades elementares. Exemplos: indústria madeireira, produção mineral, extração
113
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

de petróleo e carvão mineral.

Indústrias de equipamentos – são responsáveis pela transformação de bens naturais ou semimanufaturados para a
estruturação das indústrias de bens intermediários e de bens de consumo. Exemplos: siderurgia, petroquímica, etc.

As indústrias de bens intermediários caracterizam-se pelo fornecimento de produtos beneficiados. Elas produzem
máquinas e equipamentos que serão utilizados nos diversos segmentos das indústrias de bens de consumo. Exemplos:
mecânica (máquinas industriais, tratores, motores automotivos, etc.); autopeças (rodas, pneus, etc.)

As indústrias de bens de consumo têm sua produção direcionada diretamente para o mercado consumidor, ou seja,
para a população em geral. Também ocorre a divisão desse tipo de indústria conforme sua atuação no mercado, elas
são ramificadas em indústrias de bens duráveis e de bens não duráveis.

Indústrias de bens duráveis – são as que fabricam mercadorias não perecíveis. São exemplos desse tipo de indústria:
automobilística, móveis comerciais, material elétrico, eletroeletrônicos, etc.

Indústrias de bens não duráveis – produzem mercadorias de primeira necessidade e de consumo generalizado, ou seja,
produtos perecíveis. Exemplos: indústria alimentícia, têxtil, de vestuário, remédios, cosméticos, etc.

Taylorismo, fordismo e toyotismo

Qual a diferença entre taylorismo, fordismo e toyotismo?

O Taylorismo, Fordismo e o Toyotismo são três modos de organização da produção industrial utilizadas pelas
indústrias durante a Segunda Revolução Industrial.

Apesar do objetivo ser o mesmo - fabricar ao menor custo - eles têm diferenças quanto ao processo de produção, ritmo
de trabalho, papel do funcionário, objetivos, entre outros.

O Taylorismo e o Fordismo enfatizaram basicamente os princípios de fabricação. O primeiro iniciou o estudo da mão
de obra na produção industrial, organizando o trabalho de modo a obter grande produtividade com menor custo.

Por sua parte, o Fordismo manteve o mecanismo de produção e organização semelhante ao taylorismo, porém
adicionou a esteira rolante, ditando um novo ritmo de trabalho.

O Toyotismo, por sua vez, se concentrou no aspecto da cultura organizacional e de sua importância para a
competitividade de uma empresa.

Taylorismo Fordismo Toyotismo

Em massa, de bens Em massa, de bens


Produção homogêneos. homogêneos. Pequenos lotes, produção diversificada.

Baseado no rendimento Baseado no ritmo das máquinas Baseada na demanda dos clientes e no
Ritmo de trabalho individual. e da esteira. trabalho em grupo.

114
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Taylorismo Fordismo Toyotismo

Economia De escala. De escala. De escopo.

Manutenção de grandes Manutenção de grandes


Estoque estoques. estoques. Não fazem estoque.

Objetivo de
produção Voltada para recursos. Voltada para recursos. Voltada para a demanda.

Controle de São feitos no final da linha de São feitos no final da linha de


qualidade montagem. montagem. São feitos ao longo do processo.

O trabalhador realiza uma O trabalhador realiza uma única


Tarefas única tarefa. tarefa. O trabalhador realiza múltiplas tarefas.

Autonomia de Alta subordinação aos Subordinação levemente


trabalho gerentes. atenuada. Exercida de forma estrutural.

Espaço de
trabalho Divisão espacial. Divisão espacial. Integração espacial.

Ideias Estado de bem-estar social. Estado de bem-estar social. Estado Neoliberal.

Demandas Coletivas. Coletivas. Individuais.

Estado e sindicatos detém o Estado e sindicatos detém o


Poder poder. poder. Poder financeiro e individual.

O que é taylorismo?

O Taylorismo é uma teoria administrativa criada pelo americano Frederick Winslow Taylor e cujo objetivo principal é
racionalizar o trabalho e assim aumentar a produtividade.

O Taylorismo visava alcançar a fragmentação máxima do trabalho, de forma a minimizar os movimentos e tarefas
supérfluas, bem como o tempo de aprendizado.

Taylor dividiu a execução do trabalho em movimentos individuais, analisou-os para determinar quais eram essenciais
e cronometrava os funcionários realizando suas funções. No Taylorismo, a remuneração era estabelecida segundo a
produtividade de cada indivíduo.

Segundo Taylor, a tarefa da gerência era determinar a melhor maneira do funcionário fazer seu trabalho, fornecer
ferramentas e treinamento adequados, além de incentivos para um bom desempenho.

As consequências desse princípio foram um aumento da produtividade, dos lucros e do salário. Contudo, a frustração
dos operários cresceu, pois estes ficavam restritos em apenas uma função.

Características do Taylorismo

Divisão do trabalho em tarefas específicas;


115
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Aumento da produtividade;

Grande nível de subordinação.

O que é o Fordismo?

Aspecto de
uma linha de montagem fordista

O Fordismo é um princípio organizador do trabalho desenvolvido por Henry Ford em 1908, sendo um desdobramento
do Taylorismo.

No Fordismo, manteve-se o mecanismo de produção e a organização da gerência utilizada do sistema anterior, porém
foi adicionada a esteira rolante, estabelecendo um ritmo de trabalho mais dinâmico.

Essa filosofia de fabricação também se baseava na produção industrial em massa e visava alcançar maior
produtividade através da padronização da fabricação. Este objetivo era alcançado através da divisão do trabalho em
tarefas menores, onde cada funcionário é responsável por uma etapa.

A minimização de custos e aumento da produtividade fazem com que os preços dos produtos caiam, porém, esse
método acaba por desqualificar os funcionários.

Henry Ford foi o primeiro a entender que seus operários eram também consumidores dos seus produtos e por isso
limitou o expediente a 8h diárias e aumentou o salário de seus funcionários.

Características de produção

Padronização dos produtos;


116
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Produção em grande escala;

Uso de linhas de montagem;

Divisão do trabalho em pequenas tarefas.

O que é toyotismo?

O toyotismo é uma forma de organização do trabalho desenvolvido pelo japonês Taiichi Ohno, em 1962, na
montadora japonesa Toyota. Esta filosofia define-se por dois princípios:

Princípio just in time (JIT): consiste em minimizar estoques produzindo de acordo com a demanda;

Princípio dos cinco zeros: zero de atraso, zero defeitos, zero de estoque, zero panes e zero papéis.

No toyotismo, o trabalho em equipe é um fator importante, com grupos que se organizam e controlam seu próprio
trabalho, de forma a obter um aperfeiçoamento contínuo. Surgiu assim uma organização de trabalho horizontal, com
objetivo de conseguir produtos de ótima qualidade.

O toyotismo aparece como um modelo ideal em termos de produtividade, no entanto, sua implementação é difícil e
muitas empresas que tentaram aplicá-lo, falharam.

Características de produção

- Produção diversificada;

- Eliminação de desperdício;

- Autonomia;

- Trabalhadores com múltiplas tarefas.

Biologia

Características dos seres vivos

Os seres vivos compartilham algumas características em comum. Veja abaixo.

Organização Celular

Com exceção dos vírus, todos os seres vivos são formados por células. Célula é a menor parte com forma definida que
constitui um ser vivo dotada de capacidade de auto-duplicação (pode se dividir sozinha). São as unidades estruturais e
funcionais dos organismos vivos. Podem ser comparadas aos tijolos de uma casa. As células, em geral, possuem
tamanho tão pequeno que só podem ser vistas por meio de microscópio. Dentro delas ocorrem inúmeros processo que
são fundamentais para manter a vida.

Os seres humanos possuem aproximadamente 100 trilhões de células; um tamanho de célula típico é o de 10 µm (1
µm = 0,000001m); uma massa típica da célula é 1 nanograma (1ng = 0,000000001g). A maior célula conhecida é a
gema do ovo de avestruz.

117
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Um ovo de avestruz, de tamanho médio, tem 15 cm de comprimento, 12 cm de largura, e peso de 1.4 kg. São os
maiores ovos de uma espécie viva (e as maiores células únicas), embora eles sejam na verdade os menores em relação
ao tamanho da ave.

Composição química

Está representada por:

Substâncias inorgânicas: água e sais minerais.

Substâncias orgânicas (possuem o carbono como elemento principal):carboidratos, lipídios, proteínas, ácidos
nucléicos e vitaminas.

A composição química aproximada da matéria viva é de 75 a 85% de água; 1% de sais minerais; 1% de carboidratos;
2 a 3% de lipídios; 10 a 15% de proteínas e 1% de ácidos nucléicos.

Número de células

Todos os seres vivos são constituídos de células, mas o número de células varia de um ser para outro.

Existem os seres unicelulares, a palavra unicelular tem origem no latim uni, que significa "um, único". Esse são as
bactérias, as cianobactérias, protozoários, as algas unicelulares e as leveduras.

Bactéria Escherichia coli, vista em microscópio eletrônico, ser unicelular.

118
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Formas das células dos protozoários, seres unicelulares.

Os seres pluricelulares são formados por várias células, a palavra pluricelular tem origem no latim pluri, que significa
"mais, maior".

A cebola é um vegetal, portanto um ser pluricelular.

Corte do tecido da cebola, mostrando as várias células colocadas uma ao lado da outra.

Tipos de células

Os diferentes tipos de células podem ser classificadas em duas categorias quanto a sua organização do núcleo.

Células procariotas - não apresenta uma membrana envolvendo o núcleo, portanto o conteúdo nuclear permanece
mistura com os outros componentes celulares. Os únicos pertencentes a esse grupo são as bactérias, as cianofitas e as
micobacterias.

Células eucariotas - no núcleo da célula eucariota fica "guardado" o material genético e, em volta do núcleo existe
uma membrana que o separa do citoplasma.

119
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

No citoplasma dessa células podem ser encontradas diversas estruturas membranosas.

Desenhos ilustrando a diferença de uma célula procariota (acima) e eucariota (a baixo).

À esquerda, temos representado uma célula eucariótica vegetal e à direita uma célula eucariótica animal

Os níveis de organização das Células Eucariotas

A maioria dos seres pluricelulares possuem células especializadas para exercer algum tipo de função no organismo,
como por exemplo captar o oxigênio.

Essas células são organizadas em tecidos específicos e algumas vezes em órgãos. Vejamos o esquema:

A célula é a menor parte dos seres vivos. As estruturas das células garantem o funcionamento de todo o organismo.

120
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Células pulmonares vistas em microscópio e coloridas artificialmente.

O tecido é formado por conjuntos de um ou mais tipos de células, que podem ter diferentes funções.

Tecido epitelial, mostrando em roxo o núcleo das células que compõem o tecido, vistas em microscópio e coloridas
artificialmente.

O órgão é composto de diferentes tipos de tecido. Entre os órgãos, podemos citar: coração, cérebro, rins e olhos, cada
um exercendo papel específico.

Representação do órgão pulmão, formado por tecidos pulmonares.

Um sistema é formado por vários órgãos que, em conjunto, exercem determinadas "funções", tais como locomoção,
respiração e circulação.

121
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Esquema simplificado do sistema respiratório.

Os sistemas funcionam associados para prover vida ao organismo.

Busca de energia

Além da organização celular, os organismos para se manterem vivos precisam de energia, que é obtida a partir
dos alimentos ou dafotossíntese.

O modo em que os organismos obtém o alimento pode ser classificados como:

Autótrofos: Os seres vivos, como plantas e as algas que realizam a sua nutrição por meio da fotossíntese.

Heterótrofos: Os seres vivos, que buscam energia se alimentando de outros seres vivos pois são incapazes de produzir
energia sozinhos (através da fotossíntese).

Capacidade de responder a estímulos

Os seres vivos devem ter a capacidade de responder a estímulos. E essa reação é feita das mais variadas formas.

As plantas, por exemplo, não possuem sistema nervoso, por isso têm respostas menos elaboradas que as dos animais,
mas ela pode reagir com movimentos, como ocorre com a dormideira ou sensitiva, que se fecha quando é tocada; ou
ainda apresentar um fenômeno conhecido como fototropismo (crescimento da planta orientado pela luz).

122
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Fototropismo, crescimento da planta orientado pela luz.

A essa capacidade de responder a estímulos do meio ambiente chamamos de irritabilidade.

Os animais apresentam respostas mais complexas aos estímulos do meio ambiente porque apresentam sistema
nervoso. Possuem sensibilidade. Nós somos capazes de distinguir sons, cores, cheiros e gostos, além de outras coisas.
Mesmo os animais que não possuem a visão, a audição ou outros sentidos bem desenvolvidos podem apresentar
estruturas que lhes permitem perceber o ambiente a sua volta. As planárias, um tipo de verme achatado, não-parasita,
por exemplo, não possuem olhos mas apresentam ocelos, estruturas que não formam imagens, mas fornecem uma
percepção de luminosidade, permitindo que elas se orientem pela luz.

Reprodução

A reprodução é uma das características comuns a todas as espécies de seres vivos. Ter filhotes, isto é, ter
descendentes, é importante para garantir a ocupação do ambiente e para se manter como espécie. Se não deixa
descendentes, à medida que os indivíduos mais velhos vão morrendo, a espécie tende a desaparecer. Daí a importância
da reprodução para a manutenção da existência da espécie.

Por isso devem ser valorizados projetos de preservação como o Projeto Tamar do Ibama. Esse projeto visa preservar
as tartarugas marinhas acompanhando a época de desova, cuidando dos ninhos, e fazendo campanhas para a proteção
desses animais para garantir a sua reprodução e consequentemente a manutenção da espécie.

Tipos de reprodução

Reprodução sexuada é aquela em que há participação de células especiais, os gametas. Os gametas são células que
carregam parte do material genético que formará um novo ser. No animal, o gameta masculino é o espermatozoide e o
gameta feminino é o óvulo.

A união dos gametas, que dá origem a um novo ser, chama-se fecundação. A fecundação pode ser interna, ou seja o
gameta masculino encontra o gameta feminino dentro do corpo da fêmea, ou externa, ou seja o gameta masculino
encontra o gameta feminino fora do corpo da fêmea.

123
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Reprodução sexuada de sapos com fecundação externa.

O sapo macho massageia o abdômen da fêmea para que essa libere seus óvulos na folha enquanto o macho deposita os
espermatozoides sobre eles.

A reprodução assexuada não envolve estas etapas especiais, os gametas; depende apenas das células.

A regeneração, um tipo de reprodução assexuada, ocorre, por exemplo, nas planárias.

Reneração em planárias: se o corpo desse animal for cortado em alguns pedaços, cada um deles pode originar uma
planária inteira.

A reprodução sexuada é mais vantajosa para a espécie que a assexuada. Enquanto a reprodução assexuada origina
indivíduos geneticamente iguais aos seus antecessores, a reprodução sexuada produz indivíduos diferentes dos seus
pais. Por exemplo, você não é exatamente igual ao seu pai nem a sua mãe, embora possa apresentar muitas
características de cada um deles.

A variabilidade genética, produzida pela reprodução sexuada, é sempre vantajosa, pois aumenta a chance de adaptação
da espécie a possíveis modificações do ambiente. A variabilidade genética é fundamental para a evolução dos
organismos.

Evolução

Uma característica comum a todos os seres vivos, segundo as teorias evolucionistas, é a capacidade de evolução.

A evolução dos seres vivos é o processo do desaparecimento ou do surgimento de novas espécies devido
a variabilidade genética. Esse processo é muito lento e pode levar até milhares de anos por isso é difícil de
acompanhar o processo de evolução.
124
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

O que é variabilidade genética?

Se observarmos atentamente, veremos que, por mais semelhantes que possam, ser os indivíduos de uma população
apresentam algumas diferenças entre si. Chamamos essas diferenças entre os seres de variabilidade.

Vamos pensar no bicho-pau. Esse animal é muito parecido com um graveto de uma árvore que, muitas vezes, é difícil
distingui-lo do ambiente. Para este inseto, ser semelhante a um graveto é uma vantagem, pois ele pode camuflar-se no
ambiente e não ser notado por seus predadores.

Mesmo na população de bichos-paus, existem diferenças entre os indivíduos. Aqueles menos parecidos com os
gravetos das árvores serão mais caçados pelos predadores, portanto terão chances menores de conseguir se reproduzir.
Se somente os bichos-paus mais parecidos com os gravetos conseguirem se reproduzir essa característica será passada
para a nova geração (ou para os próximos bichos-paus), continuando na população.

O aparecimento e o aumento da variabilidade entre os seres devem-se principalmente à ocorrência de mutações e à


reprodução sexuada.

As mutações - alterações que ocorrem ao acaso no material genético dos seres vivos - provocam o aparecimento de
novas características. Estas novas características podem ser vantajosas para a adaptação do ser ao ambiente ou não.

Esse fenômeno de sobrevivência dos seres mais aptos - isto é, melhor adaptados - é o que Charles Darwin (1809-1882)
chamou de seleção natural.

"Mais apto" não significa ser "mais forte". O mais apto, em certos ambientes, pode ser o com menor tamanho; o que
consegue camuflar-se, o que tem mais filhotes; enfim, o que tem características que favorecem a vida e a reprodução
no ambiente onde ele vive.

De acordo com Darwin, o processo de seleção natural age constantemente. A cada modificação no ambiente, é
possível haver indivíduos, antes adaptados, que não suportem as novas condições ambientais. Por exemplo, uma
mudança drástica no ambiente aquático é a poluição, desta maneira peixes antes adaptados as condições da água só
irão sobreviver se tiverem "algo" a mais que os permita viver no ambiente poluído. Este "algo" a mais pode ser a
característica de suportar metais tóxicos na água, que anteriormente não lhe trazia vantagem na reprodução, mas agora
traz porque ele consegue sobreviver naquele ambiente.

125
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

No decorrer do tempo ainda é possível que uma população se modifique tanto a ponto de ser considerada uma nova
espécie.

Bioquímica

Bioquímica é o ramo da Biologia que é responsável pelo estudo de todos os processos químicos que acontecem nos
organismos vivos.

Ela aborda todos os compostos, orgânicos e inorgânicos, presentes nos seres vivos. A bioquímica estuda todas
as transformações moleculares, chamadas de metabolismo, que são necessárias para a sobrevivência e reprodução dos
seres vivos.

Todas as espécies são formadas basicamente por carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, fósforo, enxofre e algumas
outras moléculas. Os processos bioquímicos são necessários para a manutenção da vida. Entre eles estão a síntese de
biomoléculas, o transporte de substâncias, produção de energia e eliminação de substâncias químicas.

Resumo de bioquímica

A bioquímica estuda a estrutura molecular e a função metabólica de proteínas, enzimas, carboidratos, lipídios, ácidos
nucleicos e outros. As áreas da bioquímica se estendem para o campo dos alimentos, remédios, análises clínicas,
biocombustíveis, etc.

Em geral ela se relaciona à biologia molecular e também estuda as informações genéticas contidas no DNA.

As biomoléculas são compostos sintetizados pelos organismos e que estão envolvidas em seu metabolismo. São
moléculas orgânicas, compostas principalmente de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.

Carboidratos

Carboidratos são as principais fontes de energia dos seres vivos. São as moléculas orgânicas mais numerosas da Terra
e são formadas por carbono, oxigênio e hidrogênio. Também podem ser chamadas glicídios, hidratos de carbono ou
açúcares.

126
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Classificação dos carboidratos

Monossacarídeos: são os carboidratos de composição mais simples. Possuem a fórmula química geral (CH2O)n, onde
“n” é o número de átomos de carbono. A glicose, é um exemplo de monossacarídeo essencial para nossa vida, como
fonte de energia. Sua fórmula é C6H12O6.

Dissacarídeos: são moléculas que provém da união de dois monossacarídeos por uma ligação glicosídica. Quando
ocorre esse evento, há a liberação de uma molécula de água (desidratação). Sacarose (glicose + frutose), lactose
(glicose + galactose) e maltose (glicose + glicose) são três exemplos dos dissacarídeos mais comuns.

Polissacarídeos: são formados pela união de inúmeros monossacarídeos. São formados por cadeias longas e podem
apresentar moléculas de nitrogênio ou enxofre. Não são solúveis em água.

Lipídios

127
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Os lipídios são moléculas orgânicas que apresentam estrutura molecular variada, e que possuem diversas funções
orgânicas. Podem ser utilizados para reserva energética, isolante térmico, além de fazerem parte da composição da
membrana plasmática das células.

A principal característica dos lipídios é a insolubilidade em solventes polares e a solubilidade em solventes apolares,
ou seja, não são solúveis em água (natureza hidrofóbica). Essa característica é essencial, pois a insolubilidade permite
uma interface mantida entre o meio intra e extracelular.

Ácidos Nucléicos

Os ácidos nucléicos são as macromoléculas responsáveis pelo armazenamento, transmissão e tradução das
informações genéticas. Eles são formados por nucleotídeos, que são compostos por um grupo fosfato, um
monossacarídeo/pentoses e uma base nitrogenada. Esses nucleotídeos estão unidos um ao outro por ligações
fosfodiéster estabelecidas entre um açúcar e um fosfato.

Presentes no núcleo dos eucariontes e espalhados no hialoplasma dos procariontes, existem dois tipos de ácido
nucléicos: o Ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA). O DNA e o RNA diferenciam-se por
causa do açúcar (pentose) e das bases nitrogenadas encontradas em seus nucleotídeos, que pode ser uma desoxirribose
ou uma ribose. O ácido fosfórico, no entanto, é igual nos dois ácidos nucleicos existentes.

A desoxirribose é a pentose presente no DNA, por isso ele recebe o nome de ácido desoxirribonucleico. A pentose do
RNA é a ribose e, por isso, ele é chamado de ácido ribonucleico.

As bases nitrogenadas também se diferem em ambos os ácidos nucléicos.

Essas são as 5 bases nitrogenadas:

Adenina

Guanina

Citosina

128
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Timina

Uracila.

A uracila está presente somente no RNA, enquanto a timina é uma base exclusiva do DNA. As demais bases (adenina,
citosina e guanina) estão presentes em ambos os ácidos nucléicos.

Proteínas

Proteínas são macromoléculas basicamente compostas por cadeias lineares de aminoácidos. Elas são fundamentais
para o nosso organismo por causa de sua função construtora e reparadora. As proteínas também participam
da formação de hormônios, enzimas e anticorpos.

Ao ingerirmos as proteínas em nossa alimentação, elas são quebradas durante a digestão e absorvidas pelas células.
Posteriormente, as células irão quebrá-las novamente, transformando-as em aminoácidos. Estes aminoácidos serão
utilizados pelo nosso corpo onde eles forem mais necessários.

Funções das Proteínas

Catalisação de reações químicas;

Defesa do organismo, uma vez que os anticorpos são proteínas;

Comunicação celular;

Transporte de substâncias (como a hemoglobina, que atua no transporte de oxigênio);

Movimento e contração de certas estruturas (como as proteínas responsáveis pela movimentação de cílios e flagelos);

Sustentação (como o colágeno, que atua na sustentação da pele).

Metabolismo é o termo utilizado para descrever as inúmeras reações químicas que existem no organismo e que
realizam a manutenção das necessidades estruturais e energéticas de um ser vivo. Essas reações químicas têm a

129
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

finalidade de síntese e quebra de biomoléculas, produção de energia, conversão de moléculas dos nutrientes, entre
outras.

As reações que constituem o metabolismo podem ser classificadas em dois processos: o anabolismo e o catabolismo.

Anabolismo

Anabolismo ou metabolismo construtivo são as reações químicas que dizem respeito à síntese de biomoléculas. Essas
reações acontecem somente quando uma célula possui energia suficiente. Elas são responsáveis por produzir as
macromoléculas que constituem a célula, por exemplo.

Catabolismo

O Catabolismo ou metabolismo oxidativo são todas as reações químicas que têm por objetivo quebrar ou desdobrar
moléculas, ou seja, que possuem caráter degradativo. Nesses processos, há a liberação de energia necessária para a
realização de diversas atividades. No catabolismo, por exemplo, carboidratos, proteínas e lipídios são quebrados em
subprodutos menores e mais simples. Podemos classificar o catabolismo em:

Catabolismo aeróbico: As reações acontecem na presença de oxigênio;

Catabolismo anaeróbico: As reações ocorrem na ausência de oxigênio.

Apesar de serem reações opostas, o anabolismo e o catabolismo proporcionam o equilíbrio no nosso organismo:
enquanto o catabolismo faz com que energia seja liberada, o anabolismo faz uso dela para sintetizar biomoléculas.

Ecologia

Ecologia é a parte da Biologia responsável pelo estudo das relações entre indivíduos de uma mesma espécie, de
espécies distintas e entre eles e o meio abiótico. É por esse motivo que as atividades humanas responsáveis por causar
impactos negativos no meio ambiente são estudadas nessa matéria.

Para estudar Ecologia, conhecer alguns conceitos é fundamental:

- Biosfera: região do ambiente terrestre onde são encontrados os seres vivos.

- Hábitat: local onde determinada espécie é encontrada.

- Nicho ecológico: relações que determinada espécie desempenha com outras e com o ambiente físico; modo de vida
da espécie.

- Cadeia alimentar: relação alimentar entre indivíduos de um ecossistema.

- Produtores: organismos autotróficos de uma cadeia alimentar.

- Consumidores primários: animais herbívoros de uma cadeia alimentar.

- Consumidores secundários: animais que se alimentam de animais herbívoros.

- Consumidores terciários, quaternários, e assim por diante: animais que se alimentam de animais carnívoros.
130
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

- Decompositores: organismos que se alimentam de excretas e restos mortais dos seres vivos.

- Nível trófico: cada etapa da cadeia alimentar - produtores, consumidores (...) decompositores.

- Ciclos biogeoquímicos: processo contínuo de retirada e devolução de elementos químicos à natureza.

- População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie.

- Relações intraespecíficas: relações entre indivíduos da mesma espécie.

- Relações interespecíficas: relações entre indivíduos de espécies diferentes.

- Relações harmônicas: relações entre indivíduos em que pelo menos um é beneficiado, sem causar prejuízo ao outro.
- Relações desarmônicas: relações entre indivíduos em que pelo menos um é prejudicado.

- Bioma: conjunto de ecossistemas com vegetação característica e fisionomia típica, onde predomina certo tipo de
clima.

- Poluição: modificação indesejável do ambiente, causada pela espécie humana.

Bibliografia

http://obviousmag.org/egregora_e_alteridade/2017/gota-dagua-de-chico-buarque-e-paulo-pontes-uma-releitura-da-
classica-medeia.html

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br

https://www.todamateria.com.br

https://www.coladaweb.com

https://www.sohistoria.com.br

http://educacao.globo.com

https://www.sobiologia.com.br

131

Você também pode gostar