1) A Igreja Católica é uma instituição religiosa cristã separada do Estado, definida como Una, Santa, Católica e Apostólica.
2) A hierarquia da Igreja inclui o Papa, cardeais, patriarcas, arcebispos, bispos, padres, diáconos e leigos.
3) Além dos leigos, a Igreja inclui pessoas consagradas que vivem em ordens religiosas ou institutos seculares.
Descrição original:
apostila de formação sobre os fundamentos básicos da igreja.
1) A Igreja Católica é uma instituição religiosa cristã separada do Estado, definida como Una, Santa, Católica e Apostólica.
2) A hierarquia da Igreja inclui o Papa, cardeais, patriarcas, arcebispos, bispos, padres, diáconos e leigos.
3) Além dos leigos, a Igreja inclui pessoas consagradas que vivem em ordens religiosas ou institutos seculares.
1) A Igreja Católica é uma instituição religiosa cristã separada do Estado, definida como Una, Santa, Católica e Apostólica.
2) A hierarquia da Igreja inclui o Papa, cardeais, patriarcas, arcebispos, bispos, padres, diáconos e leigos.
3) Além dos leigos, a Igreja inclui pessoas consagradas que vivem em ordens religiosas ou institutos seculares.
A Igreja Católica é uma instituição religiosa cristã separada do Estado.
O termo Igreja vem do grego ekklesia e do latim ecclesia, quanto ao termo católico, derivado da palavra grega (katholikos), significa "universal" ou "geral”, chamada também de Igreja Católica Romana e Igreja Católica Apostólica. A Igreja Católica define-se pelas palavras do Credo Niceno- Constantinopolitano, como: Una: porque nela subsiste a única instituição verdadeiramente fundada e encabeçada por Cristo para reunir o povo de Deus; Santa: por causa da sua ligação única com Deus, o seu Autor; Católica: porque a Igreja é universal e está espalhada por toda a Terra; Apostólica: porque ela é fundamentada na doutrina dos Apóstolos cuja missão recebeu sem ruptura.
Formação e Hierarquia
A Igreja é formada por leigos e pelo clero, que é constituído por
"ministros sagrados que receberam o sacramento da Ordem", podendo estes dois grupos terem, como membros, pessoas consagradas ou não. O clero está disposto numa hierarquia ascendente, baseado nos 3 graus do Sacramento da Ordem (o Episcopado, o Presbiterado e o Diaconato), que vai desde o simples diácono, passando pelo presbítero, bispo, arcebispo, primaz, patriarca (em casos mais especiais) e cardeal, até chegar ao cargo supremo de Papa. O Episcopado católico é formado por prelados, que são os Bispos, ministros sagrados que receberam a totalidade do sacramento da Ordem, sendo, por isso, considerados como os sucessores diretos dos doze Apóstolos, tem o encargo de governar ou dirigir uma Prelatura ou Prelazia. Excetuando o Papa, que possui jurisdição universal e suprema sobre toda a Igreja Católica, os prelados podem ter jurisdição ordinária ou não sobre as suas respectivas circunscrições eclesiásticas. O Presbiterado é vivido por padres ou sacerdotes, que são homens que receberam o sacramento da Ordem. Este sacramento confere-lhes alguns mistérios de Cristo, principalmente o de consagrar o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo, e o poder de perdoar os pecados no Sacramento da Reconciliação. Quando realiza estas coisas, o sacerdote age na Pessoa de Cristo. O Diaconato é composto pelos diáconos que são os auxiliares dos presbíteros e bispos e possuem o primeiro grau do sacramento da Ordem. O Papa é o Sumo Pontífice e chefe da Igreja Católica, o Vigário de Cristo na Terra, o Bispo de Roma e o possuidor do Pastoreio de todos os cristãos, concedido por Jesus Cristo a São Pedro e, consequentemente, a todos os Papas, sendo, assim considerado, o sucessor direto do Apóstolo Pedro. O Papa é aconselhado e eleito pelo Colégio dos Cardeais através do conclave e, no governo da Igreja, é assistido pela Cúria Romana. Ele tem a sua sede (a cátedra de Pedro) em Roma e é também periodicamente aconselhado pelo Sínodo dos Bispos. Aliás, o Papa é eleito, de forma vitalícia (a abdicação é rara, porque já não acontecia desde a Idade Média). Entre outras funções, o Papa tem a missão de manter a integridade e fidelidade do depósito da fé, corrigindo se for necessária qualquer interpretação errada da Revelação divina vigente na Igreja. Para tal, convoca concílios ecumênicos ou então exerce pessoalmente a Infalibilidade Papal, que é uma prerrogativa dada aos Papas pelo Concílio Vaticano I. O papado é uma das instituições mais duradouras do mundo (268 papas), e teve uma participação proeminente na história da humanidade. Os papas na Antiguidade auxiliaram na propagação do cristianismo e a resolver diversas disputas doutrinárias. Na Idade Média eles desempenharam um papel secular importante na Europa Ocidental, muitas vezes, servindo de árbitros entre os monarcas e evitando diversas guerras na Europa. Atualmente, para além da expansão e doutrina da fé cristã, os Papas se dedicam ao ecumenismo, e diálogo inter-religioso, a trabalhos de caridade e à defesa dos direitos humanos. Os Cardeais, reunidos no Colégio dos Cardeais, são os conselheiros e os colaboradores mais íntimos do Papa, sendo na sua esmagadora maioria bispos. No entanto, o Papa concedeu no passado a presbíteros destacados (por exemplo, a teólogos) lugares de membro do Colégio, após ultrapassarem a idade eleitoral, desde que eles se "distingam em fé, moral e piedade". Muitos dos cardeais servem na Cúria Romana, que assiste o Papa na administração da Igreja. Todos os cardeais com menos de 80 anos têm o direito de votar para eleger um novo Papa depois da morte ou renúncia (que é rara) do seu predecessor. A cada cardeal é atribuída uma igreja ou capela em Roma para fazer dele membro do clero da cidade, daí nasceu a classificação de: Cardeal-bispo Cardeal-presbítero ou Cardeal-diácono. Os Patriarcas são normalmente títulos possuídos por alguns líderes das Igrejas Católicas Orientais. Os Arcebispos (metropolitano, Mor, titular, ad personam, Primaz, coadjutor ou emérito) são prelados que, na maioria dos casos, estão à frente das arquidioceses. Primaz é o arcebispo cuja sede e circunscrição são as mais antigas de um país ou região. No caso do Brasil se trata de Salvador na Bahia. Os Bispos (Diocesano, Titular, Coadjutor, Auxiliar e Emérito) são os sucessores diretos dos doze Apóstolos e, por isso, receberam o todo do sacramento da Ordem. Isto lhes confere, na maioria dos casos, jurisdição completa sobre os fiéis da sua diocese. Os Presbíteros (ou padres) são os colaboradores dos bispos e só têm um nível de jurisdição parcial sobre os fiéis. Isto porque eles não receberam ainda a totalidade do sacramento da Ordem. Alguns deles lideram as paróquias da sua diocese e têm vários títulos como, por exemplo: Vigário (Vigário-Geral, Vigário Judicial, Vigário-Episcopal), Monsenhor, Cônego e Arquimandrita. Existem dois tipos de padres: religiosos e diocesanos. Os padres religiosos professam os votos religiosos de pobreza, castidade e obediência. Pertencem a uma Congregação Religiosa, como por exemplo, os Franciscanos ou Salesianos, vivem uma Regra de Vida própria, com um carisma e vivem em comunidade e são missionários. Já os padres diocesanos ficam ligados à diocese pela qual foi ordenado. É o colaborador do Bispo diocesano. Não professam os votos. Trabalham quase sempre em sua diocese. Os Diáconos são ordenados não para o sacerdócio, mas para o serviço da caridade, da proclamação da Palavra de Deus e para tarefas específicas na liturgia. Diácono não pode ser compreendido como "quase padre" e muito menos como "padre". Existem diáconos temporários e permanentes segundo rege o Código de Direito Canônico. O ministério do diácono caracteriza-se pelo exercício de proclamar a Escritura e a instruir e exortar o povo, exercer-se na oração, na administração solene do batismo, na conservação e distribuição da Eucaristia, na assistência e bênção do matrimonio, na presidência ao rito do funeral e da sepultura e na administração dos sacramentais, na dedicação às obras de caridade e de assistência e na animação de comunidades ou setores da vida eclesial, dum modo especial no que toca à caridade cristã. (Tim. 3, 8. 10.12) A maioria dos membros da Igreja Católica são leigos, que têm a missão de testemunhar e difundir o Evangelho, bem como uma vocação própria a de procurar o Reino de Deus, iluminando e ordenando as realidades temporais segundo Deus, correspondendo assim ao chamamento à santidade e ao apostolado, dirigido a todos os batizados. Mas, mesmo assim, eles devem também participar das mais diversas formas no governo e administração das suas igrejas locais. A origem da palavra leigo vem do grego "Laos theon", que significa o "Povo de Deus". As pessoas consagradas, que podem ser leigos, religiosos ou clérigos, normalmente agrupam-se em ordens religiosas ou em institutos seculares, existindo, porém aqueles que vivem isoladamente ou até em comunidade aberta, junto dos outros leigos não consagrados. Entre estas pessoas, algumas aceitam levar uma vida de clausura monástica ou conventual. Esta forma de vida é reconhecida e supervisionada pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, sendo classificada pela Igreja Católica como "uma resposta livre a um chamamento particular de Cristo, mediante a qual os consagrados se entregam totalmente a Deus e tendem para a perfeição da caridade sob a moção do Espírito Santo". A doutrina da Igreja Católica, ou simplesmente a doutrina católica, é o conjunto de todas as verdades de fé professadas pela Igreja Católica. Segundo o Catecismo de São Pio X, a doutrina católica foi ensinada por Jesus Cristo para mostrar aos homens o caminho da salvação e da vida eterna. As suas partes mais importantes e necessárias são quatro: o Credo, o Pai Nosso, os Dez Mandamentos e os sete sacramentos. O Catecismo da Igreja Católica é uma exposição da fé católica e da doutrina da Igreja Católica, fiel e iluminado pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja. Trata-se de um texto de referência, seguro e autêntico, para o ensino da doutrina católica, com o qual pode-se conhecer o que a Igreja professa e celebra, vive e reza em seu cotidiano. Ele foi organizado de maneira a expor em linguagem contemporânea os elementos fundamentais e essenciais da fé cristã. Neste livro encontram-se orientações para o católico comprometido com sua fé. É também oferecido a todo homem que deseja perguntar à Igreja e conhecer o que a Igreja crê. O Código de Direito Canônico é o conjunto ordenado das normas jurídicas do direito canônico que regulam a organização da Igreja Católica Romana (de rito latino), a hierarquia do seu governo, os direitos e obrigações dos fiéis e o conjunto de sacramentos e sanções que se estabelecem pela contravenção das mesmas normas. Na prática é a constituição da Igreja Católica. Documentos pontifícios referem-se aos documentos e decretos utilizados pelo Papa, sendo "todos importantes", e "exigem respeito e acatamento", tratando sobre assuntos doutrinários, disciplinares, governamentais e outros. São "designados por diversos nomes": Bula, Carta encíclica (Social, Exortatória ou Disciplinar), Encíclica Epístola, Breve, Constituição, Exortação e Carta Apostólica. A encíclica é usada pelo Papa para exercer o seu magistério ordinário, é um documento pontifício dirigido aos bispos de todo o mundo e, por meio deles, a todos os fiéis. Trata de matéria doutrinária em variados campos: fé, costumes, culto, doutrina social, etc. A matéria nela contida não é formalmente objeto de fé. Mas, a ela, se deve o religioso obséquio do assentimento exterior e interior. Logo, uma "encíclica não define um dogma, mas atualiza a doutrina católica através de um ensinamento ou um tema da atualidade e é vista como a posição da Igreja Católica sobre um determinado tema. Sob a denominação de carta apostólica pode-se compreender duas espécies de documentos emitidos pelo papa: Epistola Apostolica e Litterae Apostolicae. A primeira trata de matéria doutrinária, de caráter menos solene que a encíclica. Exortação Apostólica são documentos menos solenes que as encíclicas, contendo recomendações dirigidos a um determinado grupo de pessoas Um concílio é uma reunião de autoridades eclesiásticas com o objetivo de discutir e deliberar sobre questões pastorais, de doutrina, fé e costumes (moral). Os concílios podem ser ecumênicos, plenários, nacionais, provinciais ou diocesanos, consoante o âmbito que abarquem. Até à data, são 21 os concílios ecumênicos da Igreja Católica. O último a ser realizado foi o Concílio Vaticano II (1962-1965). O Concílio Vaticano II (CVII), XXI Concílio Ecumênico da Igreja Católica, foi convocado no dia 25 de Dezembro de 1961, através da bula papal"Humanae salutis", pelo Papa João XXIII. O Concílio, realizado em 4 sessões, só terminou no dia 8 de dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI. Em 1995, o Papa João Paulo II classificou o Concílio Vaticano II como "um momento de reflexão global da Igreja sobre si mesma e sobre as suas relações com o mundo". Ele acrescentou também que esta "reflexão global" impelia a Igreja "a uma fidelidade cada vez maior ao seu Senhor. Mas o impulso vinha também das grandes mudanças do mundo contemporâneo, que, como “sinais dos tempos”, exigiam ser decifradas à luz da Palavra de Deus". Todos os concílios católicos são nomeados segundo o local onde se deu o concílio episcopal. A numeração indica a quantidade de concílios que se deram em tal localidade. Vaticano II portanto, indica que o concílio ocorreu na cidade-Estado do Vaticano, e o número dois indica que foi o segundo concílio realizado nesta localidade. Nestas quatro sessões, mais de 2 000 Prelados convocados de todo o planeta discutiram e regulamentaram vários temas da Igreja Católica. As suas decisões estão expressas nas 4 constituições, 9 decretos e 3 declarações elaboradas e aprovadas pelo Concílio. O primeiro concílio ocorreu em Jerusalém, conforme pode ser lido no livro dos Atos dos Apóstolos, quando os Apóstolos se reuniram para tratar sobre os temas que estavam dividindo os primeiros cristãos: de um lado os judaizantes (judeus convertidos) e do outro os gentios (não-judeus convertidos). Na Igreja Católica, Doutor e Doutora da Igreja são homens e mulheres cujos pensamentos, pregações, escritos e forma de vida enalteceram o cristianismo. Todos eles foram considerados modelos de santidade e que contribuíram de alguma forma original (e conforme a doutrina católica) para a doutrina e espiritualidade cristã, tendo sido o título reconhecido quer por um Papa, quer por um concílio ecumênico. A Igreja conta apenas 35 Doctores Ecclesiæ entre os seus múltiplos santos, atribuída apenas a título póstumo e após a canonização. Os motivos que levaram à atribuição do título são variados; alguns foram proeminentes escritores e tratadistas (como Gregório ou Ambrósio); outros grandes místicos (Catarina de Siena, João da Cruz, Hildegarda de Bingen). Outros ainda foram polemistas, defendendo a Igreja contra heresias (Agostinho, Bellarmino). Outros filósofos de renome da Escolástica, como Anselmo, Alberto Magno ou Tomás de Aquino. Os cinco mais recentes doutores da Igreja datam dos últimos quarenta anos e dentre eles quatro são mulheres: Teresa de Ávila, Catarina de Sena, Teresa de Lisieux (também conhecida como Teresa do Menino Jesus) e Hildegarda de Bingen. De referir ainda que dos atuais Doutores da Igreja apenas Catarina de Sena era leiga, sendo os demais todos presbíteros, papas, bispos, diáconos ou religiosos. Segue-se a lista dos Doutores da Igreja Católica: Afonso de Ligório Papa Gregório I Agostinho de Hipona Gregório de Nazianzo Alberto Magno Três Hierarcas Sagrados Ambrósio de Milão Hilário de Poitiers Anselmo de Cantuária Isidoro de Sevilha Santo António de Lisboa Jerónimo de Estridão Tomás de Aquino São João de Ávila Atanásio de Alexandria João Crisóstomo Basílio de Cesareia João da Cruz Beda João Damasceno Roberto Belarmino Papa Leão I Bernardo de Claraval Lourenço de Brindisi Boaventura de Bagnoregio Pedro Crisólogo Pedro Canísio Pedro Damião Catarina de Siena Francisco de Sales Cirilo de Alexandria Teresa de Ávila Cirilo de Jerusalém Teresa de Lisieux Efrém da Síria