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1. INTRODUÇÃO
A rotação específica é, como outras propriedades físicas, uma grandeza importante para
a identificação de uma substância. Neste caso particular, os valores de []1, para a sacarose,
glicose e frutose são, respectivamente, + 66,47; + 52,5 e - 93,0 .
Ainda com relação à equação 1 observa-se que a sacarose é dextrógira e o produto
como um todo (mistura de glicose e frutose), levógiro; ou seja, o plano de luz polarizado que
no início da reação está desviado para a direita, passa gradualmente a deslocar-se para a
esquerda, à medida que a reação se processa. Então, para se estudar cineticamente esta reação,
pode ser usado um polarímetro. Este é um instrumento que mede a atividade óptica de uma
substância, ou seja, o ângulo de rotação da luz polarizada que atravessa uma solução desta
substância. A extensão deste desvio (o ângulo) pode ser utilizada para se determinar a
concentração da substância e, conseqüentemente, acompanhar o curso de uma reação (a
variação da concentração com o tempo).
A rigor o ângulo de rotação óptica de um soluto (por exemplo, a sacarose) em solução
aquosa a 20C pode ser representado da seguinte maneira:
Este valor foi publicado em 1988 pela Comissão sobre símbolos, terminologia e
unidades para grandezas físico-químicas da IUPAC.
Suponha uma reação genérica de primeira ordem, cuja cinética é mostrada a seguir:
[B] [Produtos]
t=0 a 0
t=t A–x x
dx / dt = k [B] ou dx / dt = k (a - x),
dx / (a - x) = k dt.
Laboratório de Físico-Química - IQD0192
Prof. Edgardo Garcia – Instituto de Química – UnB
____________________________________________________________________________
[1 / (a - x)] dx = k dt (2)
k dt = kt + c2 (4)
- ln(a - x) + c1 = k t + c2 (5)
- ln(a - x) = k t + c
- ln(a - 0) = k 0 + c e c = - ln(a). (6)
Para facilitar a compreensão dos ângulos de rotação óptica que serão determinados
experimentalmente (marcados com *) e calculados, a seguir está uma descrição de cada um
deles:
(solv)* = ângulo de desvio do plano da luz polarizada pelo solvente;
(sol, t = 0)* = ângulo de desvio do plano da luz polarizada pela solução da sacarose para o
tempo t = 0;
(mix, t)* = ângulo de desvio do plano da luz polarizada pela mistura (solução de sacarose +
solução de ácido) para um tempo t, qualquer, sendo t < t = tempo infinito (na realidade t
dois dias);
(mix, t)* = ângulo de desvio do plano da luz polarizada pela mistura no tempo t;
(corr, t = 0) = (sol, t = 0) - (solv), sendo corr = corrigido;
(corr, t) = (mix, t) - (solv);
(corr, t) = (mix, t) - (solv).
Na realidade esta equação pode ser reescrita como uma equação do tipo y = a + bx,
sendo a e b os coeficientes linear e angular, respectivamente. Ou seja,
Para encontrar a equação da reta que mais se aproxima dos pontos, usamos o método
dos mínimos quadrados, ou seja:
a= b=
2. PARTE EXPERIMENTAL
(3) Adicione água destilada (da mesma água que foi utilizada para preparar as soluções
indicadas acima) no interior da célula do polarímetro, até que esta fique completamente
cheia (evite formação de bolhas de ar no interior da célula).
(4) Faça a leitura e anote. Esta leitura corresponde ao ângulo de rotação óptica devido ao
solvente ("o branco"). Chame-o de α(solv).
(5) Coloque a solução de sacarose original A (concentrada) no interior da célula do
polarímetro e faça a leitura α(sacarose) para calcular depois a rotação específica da
sacarose []L .
(6) Faça uma diluição da solução de sacarose original A para metade da concentração e
faça a leitura do ângulo de rotação para o tempo t = 0, α(sol, t = 0).
(7) Prepare uma mistura com 10,0 mL da solução de sacarose e 10,0 mL de ácido
clorídrico 2,0 mol/L e imediatamente acione o cronômetro (para acompanhar a cinética
da reação).
(8) Lave a célula com água destilada e com um pouco da mistura preparada na etapa
anterior (aproximadamente 1 mL). Encha a célula com a mistura (mais uma vez, evite
bolhas de ar no interior do tubo).
(9) Coloque a célula no polarímetro e faça várias leituras do ângulo de rotação em
intervalos de 5 em 5 minutos, durante 1 hora, aproximadamente. Para cada intervalo,
anote a temperatura Ti, o valor lido α(mix,ti) e o tempo correspondente ti.
(10) Solicite ao técnico um frasco para o acondicionamento da solução para a leitura
no tempo infinito (após dois dias), α(mix, t∞).
(11) Repita as quatro últimas etapas para a solução 4,0 mol·L-1 de ácido clorídrico,
realizando as leituras de 5 em 5 minutos por meia hora.
3. PRÉ-RELATÓRIO
SACAROSE
ÁCIDO
CLORÍDRICO
ÁGUA
5. BIBLIOGRAFIA
(1) Shoemaker, D. P.; Garland, C. W. & Nibler, J. W., Experiments in Physical Chemistry,
5ª Ed., New York, Mc Graw-Hill Publishing Company, 1989.
(2) Daniels, F. et al, Experimental Physical Chemistry, 7ª Ed., New York, McGraw-Hill,
1972.
(3) Bettelheim, F. A., Experimental Physical Chemistry, Philadelphia, W. B. Saunders,1971.
(4) Salzberg, H. W. et al., Physical Chemistry: A Modern Laboratory Course, New York,
Academic Press, 1969.
(5) Ewing, G. W., Instrumental Methods of Chemical Analysis, 4ª Ed., Tokio, McGraw Hill,
1975.
(6) Atkins, P. W., Físico-Química, Vol. 1, Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos,
1999.