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Joana Beatriz Simões, 11ºBCT

Texto de opinião
“Os Maias”, escrito por Eça de Queirós, é um dos grandes romances do património
português do século XIX onde é criticada a sociedade portuguesa e relatado o amor
incestuoso entre Carlos e Maria Eduarda, amor este que levará à degradação da família
Maia.
Na minha opinião, parte do simbolismo desta obra deve-se à sua intemporalidade,
uma vez que alguns dos comportamentos da sociedade portuguesa da época também
são visíveis nos dias de hoje. O adultério (relação de Ega e Raquel Cohen, por
exemplo); a discussão de temas fúteis no jantar no Hotel Central (capítulo VI) e a
sociedade irreal, “comandada” pelas aparências, como é demonstrado no episódio das
corridas de cavalos no hipódromo de Belém (capítulo X) são algumas das críticas que o
autor faz à sociedade.
Além disso, as descrições que Eça faz, por exemplo, do Ramalhete (capítulos I e
XVIII, mostrando que a sua evolução acompanha a progressão das personagens), e de
Lisboa (no capítulo XVIII, aquando do passeio final de Ega e Carlos, dez anos depois de
acabada a intriga) levam o leitor a “transportar-se” para esses mesmos locais, dando
uma maior autenticidade à obra.
Em suma, na minha opinião, estes são os fatores que revelam o valor d’ “Os Maias”
enquanto obra simbólica.

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