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Tópicos sobre os
Organismos
Geneticamente
Modificados
Edição especial
Colaboradores:
Cristina Lederhos Marcolino – Secretária Administrativa
Angela Maria Braga Knorr – Pesquisadora
Hamilton Alexsander Cassa Viegas – Estagiário
Edição especial.
Responsabilidade editorial : Centro de Estudos, Tribunal
de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.
Apresentação ........................................................................................................ 05
Capítulo I
O que diz a doutrina sobre os Organismos Geneticamente Modificados ...... 07
Capítulo II
Evolução Histórica dos Organismos Geneticamente Modificados .................. 23
Capítulo III
Os Organismos Geneticamente Modificados na Comunidade Européia ........ 49
1 – Considerações gerais .............................................................................. 49
2 – Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Huma-
nos ............................................................................................................. 60
3 – Directiva 2001/18/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 12
de março de 2001 .................................................................................... 67
4 – Orientação para a Efetividade da Legislação ....................................... 126
5 – Regulamento (CE) nº 1.829/2003 do Parlamento Europeu e do Con-
selho de 22 de setembro de 2003 .......................................................... 144
Capítulo IV
A Legislação Brasileira sobre os Organismos Geneticamente Modificados .. 191
Lei nº 8.974, de 05 de janeiro de 1995 .............................................................. 191
Lei nº 10.688, de 13 de junho de 2003 .............................................................. 199
Lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003 ....................................................... 201
Lei nº 1.752, de 20 de dezembro de 1995 ......................................................... 205
Lei nº 4.846, de 25 de setembro de 2003 .......................................................... 212
Resolução CNTBio nº 01, de 30 de outubro de 1996 ....................................... 217
Portaria nº 2.658, de 22 de dezembro de 2003 ................................................. 226
Capítulo V
Conceitos que abrangem os Organismos Geneticamente Modificados ......... 229
APRESENTAÇÃO
( *)
Área hachurada contempla os países com plantio de variedades transgênicas
Fonte: International Service for the Acquisition of Agro-biotech Applications (ISAAA)
• O relatório de 2002 não incluiu o Brasil, pois a soja transgênica vinha sendo cultivada
de forma ilegal.
* Fonte: http://img.terra.com.br/i/2003/12/08/93039_in.gif
CAPÍTULO I
(4) – Sílvio Antonio Marques, do Ministério Público de São Paulo, descreve a técnica em lin-
guagem acessível aos profissionais do direito em Patenteamento de Microorganismo
Transgênico, São Paulo, 2001, dissertação de mestrado aprovada pela PUC-SP.
(5) – O triptofano da Showa-Denko matou, em 1989, nos Estados Unidos, 37 pessoas, e dei-
xou 1.500 outras com seqüelas permanentes em razão “da síndrome de eosinofilia-mialgia,
caracterizada por dor muscular e pelo aumento de um tipo de glóbulo branco (leucócitos) no
sangue” (Marcelo Leite, Os alimentos transgênicos. São Paulo, 2000, Publifolha, págs. 36).
(6) – “According to the World Food Summit, food security exists when all people, at all times,
have physical and economic Access to sufficient, safe and nutritious food to meet their
dietary needs and food preferences for an active and healthy life” (FAO, Special Programme
for Food Security, Objectives and Approach, www.fao.org).
(7) – Consulta na Internet: www.fao.org.
10 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
Panorama
Primeiro, contudo, é útil conhecer um pouco do que a engenharia genética pode
ou não pode fazer. Técnicas de engenharia genética representam fundamentalmente
Plantas Transgênicas
Os avanços das ciências, especialmente nas áreas da genética e da biologia ce-
lular, criaram, a partir do final do século XX, polêmicas que saíram dos laboratórios
de pesquisa e foram parar nos gabinetes de governantes, escritórios de grandes
empresas, casas legislativas, editoriais de jornais e revistas, e até bares e residên-
cias do mundo todo. Estes debates têm o poder de envolver pessoas dos mais vari-
ados níveis culturais e classes sociais, sob o mesmo tema. Entre os principais as-
suntos envolvidos nestes debates estão a clonagem humana e o desenvolvimento
de plantas transgênicas. Ativistas do mundo todo se manifestam contrários à produ-
ção ou comercialização de grãos oriundos de plantas transgênicas. Grande parte
dos protestos tem motivação política, e, em virtude da falta de esclarecimento da
grande maioria da população, consegue criar no público consumidor a idéia de que
(16) – OLIVEIRA, Fátima, Médica. Engenharia Genética: o sétimo dia da criação. Moderna,
SP, 1995, págs. 18-19. Site: http:www.argonautas.org.br/suave_veneno.htm
(17) – SCHUSTER, Ivan, Eng. Agr. D. S. Genética e Melhoramento de Plantas. Pesquisador do
Setor de Biotecnologia da COODETEC. Site: http://www.coodetec.com.br/artigos.asp?id=25)
capítulo I — O que diz a doutrina sobre os ogm 15
Origem
Técnicos agrícolas foram os precursores da biotecnologia no campo ao usar
espécies melhoradas.
A ferramenta biotecnológica abriu um mundo novo na medicina, na indústria da
moda, no setor químico-farmacêutico, nas modernas lavouras e, aos poucos, na
mesa do consumidor. Na agricultura, não se pode falar hoje em biotecnologia sem
levar em conta um capítulo histórico: o desenvolvimento das sementes melhora-
das.
Até a década de 70, quando a comunidade científica começou a desenvolver a
capacidade de manipular os genes dos seres vivos, o melhoramento de sementes
era feito pelo simples cruzamento de espécies iguais ou similares, segundo o qual
grãos de pólen contendo o genoma completo de uma espécie são introduzidos
nos ovários de uma outra espécie ou variedade de planta. Foi assim que Gregor
Mendel revelou a hereditariedade genética, ao cruzar ervilhas com diferentes co-
res de flores, em 1865. Quase uma seleção natural induzida, de importante signi-
ficado do século 20, mas cujo resultado não é totalmente controlado. Além do
mais, o processo leva muito tempo, de 8 a 12 anos.
Com o avanço da engenharia genética, o melhoramento de sementes ficou
muito mais rápido, preciso e eficiente. O homem manipula o DNA, troca genes e
consegue exatamente a finalidade esperada daquela semente, sem que ela perca
18 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
Os Transgênicos
Anos 80. Surgem as plantas da bioengenharia.
Antes de tudo, vale esclarecer, prefiro sempre identificar as plantas resultantes
de manipulação genética, ou seja, aquelas formadas a partir de transferência de
genes, como “plantas transgênicas”.
A denominação Organismo Geneticamente Modificado ou OGM tem sido utili-
zada ultimamente como uma expressão de impacto negativo ao material genético
resultante de procedimentos biotecnológicos, como a transferência gênica.
Trata-se a meu ver de uma expressão que busca acentuar maior contraste en-
tre uma variedade transgênica e uma variedade chamada convencional. Na reali-
dade, ambas são resultantes de processos tecnológicos que alteram sua consti-
tuição genética. Assim sendo, uma variedade que tenha sido desenvolvida de cru-
zamentos através do melhoramento genético convencional também é um Organis-
mo Geneticamente Modificado.
Além disso, uma planta resultante desse processo convencional de hibridação
é muito mais geneticamente modificada do que uma transgênica, uma vez que, ao
cruzarmos duas variedades de uma espécie, estamos misturando milhares de
genes desconhecidos na tentativa de obter a característica desejada. No genoma
do milho, que já foi decifrado ou decodificado, são aproximadamente 100 mil
genes. Por tudo isso, OGM poderia muito bem significar Organismo Geneticamen-
te Melhorado. E identificaria os dois tipos de variedades.
vírus, e não a proteína, que programa as células para fazer cópias do ví-
rus. O experimento reforça a idéia de que os genes estão contidos no
DNA37.
A britânica Rosalind Franklin (1920-1958) obtém imagens de DNA de ex-
cedente qualidade, por difração de Raios X38 .
1953 – O norte-americano James Watson e o britânico Francis Crick revelam a
estrutura do DNA, o que permitiu conhecer-se que as informações gené-
ticas são armazenadas nas células, como estas informações são
duplicadas e como são transmitidos de geração para geração39 .
Em 30 de maio, também na Nature, Watson e Crick analisam as implica-
ções genéticas de seu modelo e sugerem um mecanismo para a replica-
ção do DNA40.
1957 – Francis Crick afirma que a especificidade de um fragmento de ácido
nucléico depende apenas da seqüência de suas bases, e que essa se-
qüência é a chave para a disposição dos aminoácidos em uma proteína
particular. Propõe que o fluxo de informação vai do DNA para a proteína
e que não pode retornar (suposição que ficou conhecida como o “Dogma
Central”)41.
1958 – Joshua Lederberg recebe o prêmio Nobel, descobriu a recombinação ge-
nética e a organização do material genético da bactéria42 .
1959 – Severo Ochoa e Arthur Kornberg recebem o prêmio Nobel, descobrem as
sínteses biológicas dos mecanismos dos ácidos ribonucléicos e desoxir-
ribonucléicos43 .
1960 – O norte-americano Arthur Kornberg (1918_) identifica a polimerase,
enzima que catalisa a síntese de DNA e que posteriormente se mostrou
uma ferramenta importante na engenharia genética44 .
1961 – O sul-africano Sydney Brenner (1927_), o francês François Jacob
(1920_) e Matthew Meselson descobrem que um tipo de RNA (o RNA
mensageiro, ou MRNA) leva a informação genética “inscrita” na dupla
Também neste mesmo ano Stanley Cohen, Annie Chang e Herbert Boyer
transferem com sucesso DNA de uma forma de vida (vírus) para outra
(bactéria), produzindo o primeiro organismo com DNA recombinado 55.
1975 – David Baltimore, Renato Dulbecco e Howard Martin descobriram a rela-
ção entre a bactéria do tumor e o material genético da célula56 .
Dois grupos de pesquisa desenvolvem métodos de sequenciamento de
DNA. O primeiro deles, criado pelos norte-americanos Walter Gilbert
(1932_) e Allan Maxam, é complexo; o mais usado atualmente foi desen-
volvido ela equipe do britânico Frederick Sanger (1918_)57
Em encontro internacional em Asilomar (EUA), um grupo de cientistas
alerta para a necessidade de estabelecer regras gerais e de segurança
para experimentos com DNA recombinante58 .
1976 – É criada a primeira companhia de engenharia genética, a Genentech,
que produz a primeira proteína humana em uma bactéria geneticamente
modificada e, em 1982, comercializa a primeira droga recombinante, in-
sulina humana59 .
Os cientistas da primeira companhia de engenharia genética produzem a
clonagem do gene da insulina60 .
1978 – Werner Arber, Daniel Nathans e Hamilton Smith descobrem as enzimas
restritivas e a aplicação destas para problemas de genética molecular 61.
1980 – A Suprema Corte dos EUA decide que formas de vida alteradas podem
ser patenteadas62 .
Pesquisadores introduzem em uma bactéria o gene humano que codifica
o interferon63 .
Martin Cline cria um rato transgênico, transferindo genes de um animal
para o outro 64.
Baruj Benacerraf, Jean Dausset e George Snell descobrem a relação da
estrutura geneticamente determinada da célula que regula as reações
imunológicas 65.
(55) – Site://www.monsanto.com.br/biotecnologia/oque/tebiotecnologia1.htm.
(56) – Site: www.rainhadapaz.g12.br/projetos/biologia/genoma/linhadotempo.htm.
(57) – Linha do tempo do DNA. Site: www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2003/dna.
(58) – Linha do tempo do DNA. Site: www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2003/dna.
(59) – Linha do tempo do DNA. Site: www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2003/dna.
(60) – Site: www.rainhadapaz.g12.br/projetos/biologia/genoma/linhadotempo.htm
(61) – Linha do tempo do DNA. Site: www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2003/dna.
(62) – Linha do tempo do DNA. Site:www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2003/dna.
(63) – Site: www.rainhadapaz.g12.br/projetos/biologia/genoma/linhadotempo.htm.
(64) – Site: www.rainhadapaz.g12.br/projetos/biologia/genoma/linhadotempo.htm.
(65) – Site: www.rainhadapaz.g12.br/projetos/biologia/genoma/linhadotempo.htm.
capítulo Ii — evolução histórica dos ogm 31
David Botstein, Ronald Davis, Mark Skolnick e Ray White, dos EUA, de-
senvolvem técnica baseada no uso de enzimas de restrição para frag-
mentar o DNA. A técnica foi importante para o Projeto Genoma Huma-
no 66 .
1982 – O primeiro produto da biotecnologia passa a ser amplamente utilizado: a
insulina humana para tratamentos de diabetes é produzida por engenha-
ria genética67 .
O primeiro animal, camundongo, é obtido nos EUA pela equipe de
Richard Palmiter e Ralph Brinster 68.
1983 – As primeiras plantas são desenvolvidas por meio da biotecnologia 69.
Companhias nos EUA conseguem obter patentes para plantas genetica-
mente modificadas70 .
Seqüenciador de DNA automatizado é desenvolvido nos EUA por Marvin
Carruthers e Leroy Hood 71 .
É mapeado nos EUA o primeiro gene relacionado a uma doença, um
marcador da doença de Huntington encontrado no cromossomo 4. O es-
tudo de James Gusella permitiu o desenvolvimento de um teste diagnós-
tico72 .
Ainda neste mesmo ano foi criado a PCR (corrente reativa da polimera-
se), técnica que permite a reprodução rápida de fragmentos de DNA 73.
Los Alamos National Laboratory e Lawrence Livermore criam bibliotecas
de produção de clones de DNA 74.
Bárbara Mcclintock recebe prêmio Nobel por descobrir os elementos ge-
néticos móveis75 .
1984 – Alec Jeffreys desenvolve o genetic fingerprinting, que permite a identifi-
cação de indivíduos utilizando uma única seqüência de DNA 76.
1985 – O britânico Alec Jeffreys (1950_) publica artigo em que descreve técnica
de identificação que ficou conhecida como “impressão digital” por DNA
(DNA fingerprintg), que permitiu a elucidação mais precisa de vários cri-
mes 77.
Neste mesmo ano também é publicado artigo do norte-americano Kary
Mullis (1944_) que descreve o método PCR (reação em cadeia de poli-
merase, em inglês), que possibilita a obtenção rápida de bilhões de cópi-
as de um segmento específico de DNA.
Os NIH dos EUA aprovam diretrizes gerais para a realização de experi-
mentos com terapia genética em seres humanos 78.
1986 – São realizados os primeiros testes de campo das plantas transgênicas.
(A Monsanto desenvolve a soja Roundup Ready, resistente ao herbicida
Roundup Ready, que permite um melhor controle de plantas daninhas.) 79
Plantas de tabaco geneticamente modificadas para se tornarem resisten-
tes a herbicida são testadas em campo pela primeira vez, nos EUA e na
França.
EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) autoriza plantações co-
merciais desse tipo80 .
Entre 1986 e 1996 – Foram realizados em 34 países diferentes, em mais de 15
locais, cerca de 3.500 experimentos com 56 culturas dife-
rentes 80.
1986 – É aprovada pelo FDA a primeira vacina elaborada pela engenharia gené-
tica, para hepatite B 82.
1987 – Susumo Tonegawa descobre o princípio genético da geração da diversi-
dade de anticorpos83.
1988 – É concedida a primeira patente a Harvard para alterar geneticamente um
animal; rato geneticamente alterado, altamente suscetível ao câncer de
mama84 .
1989 – É criado o National Center for Human Genome Research (NHGRI), lide-
rado por James Watson, com o objetivo de mapear e seqüenciar todo o
DNA humano até 200585 .
(105) – Site:http://www.argonautas.org.br/crono_transgen.htm.
(106) – Site: http://www.monsanto.com.br/biotecnologia/oque/tebiotecnologia1.htm.
(107) – Linha do tempo do DNA. Site: www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2003/dna.
(108) – Site: www.rainhadapaz.g12.br/projetos/biologia/genoma/linhadotempo.htm.
(109) – Site:http://www.argonautas.org.br/crono_transgen.htm.
(110) – Site:http://www.argonautas.org.br/crono_transgen.htm.
36 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
(111) – Site:http://www.argonautas.org.br/crono_transgen.htm.
(112) – Site:http://www.argonautas.org.br/crono_transgen.htm.
(113) – Site: http://www.monsanto.com.br/biotecnologia/oque/tebiotecnologia1.htm.
(114) – Site: http://www.monsanto.com.br/biotecnologia/oque/tebiotecnologia1.htm.
(115) – Site: http://www.argonautas.org.br/crono_transgen.htm.
(116) – Site: http://www.argonautas.org.br/crono_transgen.htm.
capítulo Ii — evolução histórica dos ogm 37
(136) – Site:http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(137) – Site: http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(138) – Site: http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(139) – Site: http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(140) – Site: http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(141) – O Estado de São Paulo, 09-07-01.
capítulo Ii — evolução histórica dos ogm 41
(148) – Site::http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(149) – Site: O Globo,18-01-02.
(150) – Site: http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(151) – Site: http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(152) – Site: http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(153) – Site: http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
capítulo Ii — evolução histórica dos ogm 43
(177) – http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(178) – http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(179) – http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(180) – Site: http://www.embrapa.br:8080/aplic/bn.nsf/0/06d154097908f35603256c31005d3c
bf?OpenDocument.
(181) – Site: http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(182) – Site: http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(183) – Site: http://www.monsanto.com.br/imprensa/index.asp.
(184) – Site: http://www.cib.org.br/pdf/Suplemento_especial.pdf.
48 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
OS ORGANISMOS GENETICAMENTE
MODIFICADOS NA
COMUNIDADE EUROPÉIA(*)
1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS
A União Européia (UE) tem uma política comum em relação aos alimentos
geneticamente modificados, tendo sido produzida legislação em nível da UE.
As diferentes legislações nacionais refletem esta política comum, com ligei-
ras adaptações.
2.1 Portugal
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia.
Em Portugal, para além dos ingredientes à base de soja e milho, toda a impor-
tação e comércio de alimentos geneticamente modificados está presentemente
suspensa (Decreto-Lei 12/2002, fevereiro). Este período de suspensão deve-se
às incertezas quanto ao impacto dos produtos geneticamente modificados na saú-
de pública e no ambiente e destina-se à reflexão e ao estudo.
3.1 Portugal
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é parcialmente regula-
mentado em nível nacional.
3.2 Alemanha
A autoridade competente para quaisquer requisições relativas às experiências
no terreno com plantas geneticamente transformadas na Alemanha é o Robert-
Koch-Institut, em Berlim, associado ao Ministério Federal da Saúde. Outras enti-
dades como o Centro Federal de Investigação Biológica para a Agricultura e Flo-
restas (BBA) e a Agência Federal do Ambiente (UBA) participam no processo de
admissão. Finalmente, a Zentrale Kommission für biologische Sicherheit (Comis-
são para a segurança biológica) deverá dar o seu consentimento por escrito.
A aprovação dos alimentos geneticamente modificados para comércio no mer-
cado alemão é dada pelo Robert-Koch-Institut ou pelo Instituto Federal para a
Proteção da Saúde dos Consumidores e Medicina Veterinária (BgVV), consoante
o tipo de produto.
3.3 Dinamarca
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é parcialmente regula-
mentado em nível nacional.
Na Dinamarca são os Ministros do Ambiente e da Alimentação, Agricultura e
Pescas que avaliam as requisições relativas à engenharia genética. Os responsá-
veis pelas avaliações dependem da área a que respeita o requerimento.
52 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
3.4 Espanha
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia mas é parcialmente regula-
mentado em nível nacional.
3.5 Finlândia
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia mas é parcialmente regula-
mentado em nível nacional.
3.6 França
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é parcialmente regula-
mentado em nível nacional.
4.1 Portugal
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é regulamentado em ní-
vel nacional.
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 55
4.2 Alemanha
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é regulamentado em ní-
vel nacional.
4.3 Dinamarca
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é regulamentado em ní-
vel nacional.
4.4 Espanha
Segue-se a regulamentação comunitária. Para que uma semente geneticamen-
te modificada seja lançada no mercado, é necessária a aprovação da Norma Co-
munitária (CE) 258/97 sobre novos alimentos e ingredientes alimentares se as
culturas ou sub-produtos se destinarem ao consumo humano. Essa notificação é
publicada no Jornal Oficial das Comunidades Européias e regulamenta a autoriza-
ção e a eventual rotulagem do produto. Para a rotulagem de alimentos contendo
frações ou aditivos de organismos geneticamente modificados, os termos das
Normas Comunitárias CE nºs. 49/2000 e 50/2000 serão levados em conta; estas
56 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
4.5 Finlândia
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é regulamentado em ní-
vel nacional.
4.6 França
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é regulamentado em ní-
vel nacional.
5.1 Portugal
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é parcialmente regula-
mentado em nível nacional.
5.2 Alemanha
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é parcialmente regula-
mentado em nível nacional.
Para além da finalidade geral de proteção da vida e saúde dos seres humanos,
animais e plantas e do ambiente (§ 1º Gentechnikgesetz, Lei para a Regulamenta-
ção da Tecnologia Genética), a lei alemã sobre engenharia genética não inclui re-
ferências específicas aos aspectos éticos.
58 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
5.3 Dinamarca
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é parcialmente regula-
mentado em nível nacional.
5.4 Espanha
A atual legislação espanhola não contém qualquer menção aos aspectos éti-
cos; limita-se à segurança alimentar em relação à saúde pública e ao ambiente.
5.5 Finlândia
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é parcialmente regula-
mentado em nível nacional.
Apesar das questões éticas envolvidas na lei da UE, a lei finlandesa não con-
tém disposições adicionais sobre os aspectos éticos dos organismos genetica-
mente modificados.
5.6 França
Este aspecto rege-se pela lei da União Européia, mas é parcialmente regula-
mentado em nível nacional.
A Conferência Geral,
Artigo 1
O genoma humano constitui a base da unidade fundamental de todos os mem-
bros da família humana, assim como do reconhecimento de sua inerente dignida-
de e diversidade. Em sentido simbólico, é o legado da humanidade.
62 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
Artigo 2
a) Toda pessoa tem o direito de respeito a sua dignidade e seus direitos, inde-
pendentemente de suas características genéticas.
b) Essa dignidade torna imperativo que nenhuma pessoa seja reduzida a suas
características genética e que sua singularidade e diversidade sejam respeitadas.
Artigo 3
O genoma humano, que por natureza evolui, é sujeito a mutações. Contém po-
tenciais que são expressados diferentemente, de acordo com os ambientes natu-
ral e social de cada pessoa, incluindo seu estado de saúde, suas condições de
vida, sua nutrição e sua educação.
Artigo 4
O genoma humano no seu estado natural não deve levar a lucro financeiro.
Artigo 5
a) Qualquer pesquisa, tratamento ou diagnóstico que afete o genoma de uma
pessoa só será realizado após uma avaliação rigorosa dos riscos e benefícios as-
sociados a essa ação e em conformidade com as normas e os princípios legais no
país.
b) Obter-se-á, sempre, o consentimento livre e esclarecido da pessoa. Se essa
pessoa não tiver capacidade de autodeterminação, obter-se-á consentimento ou
autorização conforme a legislação vigente e com base nos interesses da pessoa.
c) Respeitar-se-á o direito de cada pessoa de decidir se quer, ou não, ser in-
formada sobre os resultados do exame genético e de suas conseqüências.
d) No caso de pesquisa, submeter-se-ão, antecipadamente, os protocolos para
revisão à luz das normas e diretrizes de pesquisa nacionais e internacionais perti-
nentes.
e) Se, de acordo com a legislação, a pessoa tiver capacidade de autodetermina-
ção, a pesquisa relativa ao seu genoma só poderá ser realizada em benefício direto
de sua saúde, sempre que previamente autorizada e sujeita às condições de prote-
ção estabelecidas na legislação vigente. Pesquisa que não se espera traga benefí-
cio direto à saúde só poderá ser realizada excepcionalmente, com o maior controle,
expondo a pessoa a risco e ônus mínimos, sempre que essa pesquisa traga benefí-
cios de saúde a outras pessoas na mesma faixa etária ou com a mesma condição
genética, dentro das condições estabelecidas na lei, e contanto que essa pesquisa
seja compatível com a proteção dos direitos humanos da pessoa.
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 63
Artigo 6
Ninguém poderá ser discriminado com base nas suas características genéticas
de forma que viole ou tenha o efeito de violar os direitos humanos, as liberdades
fundamentais e a dignidade humana.
Artigo 7
Os dados genéticos relativos a pessoa identificável, armazenados ou proces-
sados para efeitos de pesquisa ou qualquer outro propósito de pesquisa, deverão
ser mantidos confidenciais nos termos estabelecidos na legislação.
Artigo 8
Toda pessoa tem direito, em conformidade com as normas de direito nacional
e internacional, a reparação justa de qualquer dano havido como resultado direto
e efetivo de uma intervenção que afete seu genoma.
Artigo 9
Com vistas a proteger os direitos humanos e as liberdades fundamentais, qual-
quer restrição aos princípios de consentimento e confidencialidade só poderá ser
estabelecida mediante lei, por razões imperiosas, dentro dos limites estabelecidos
no direito público internacional e a convenção internacional de direitos humanos.
Artigo 10
Nenhuma pesquisa do genoma humano ou das suas aplicações, em especial
nos campos da biologia, genética e medicina, deverá prevalecer sobre o respeito
aos direitos humanos, às liberdades fundamentais e à dignidade humana de pes-
soas ou, quando aplicável, de grupos de pessoas.
Artigo 11
Não é permitida qualquer prática contrária à dignidade humana, como a
clonagem reprodutiva de seres humanos. Os Estados e as organizações interna-
cionais pertinentes são convidados a cooperar na identificação dessas práticas e
na implementação, em níveis nacional ou internacional, das medidas necessárias
para assegurar o respeito aos princípios estabelecidos na presente Declaração.
Artigo 12
a) Os benefícios resultantes de progresso em biologia, genética e medicina,
relacionados com o genoma humano, deverão ser disponibilizados a todos, com
as devidas salvaguardas à dignidade e aos direitos humanos de cada pessoa.
64 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
Artigo 13
Dar-se-á atenção especial às responsabilidades inerentes às atividades dos
pesquisadores, incluindo meticulosidade, cautela, honestidade intelectual e inte-
gridade na realização de pesquisa, bem como na apresentação e utilização de
achados de pesquisa, no âmbito da pesquisa do genoma humano, devido a suas
implicações éticas e sociais. As pessoas responsáveis pela elaboração de políti-
cas públicas e privadas no campo das ciências também têm responsabilidade es-
pecial nesse respeito.
Artigo 14
Os Estados deverão tomar medidas apropriadas para promover condições inte-
lectuais e materiais favoráveis à liberdade de pesquisar o genoma humano e con-
siderar as implicações éticas, jurídicas, sociais e econômicas dessa pesquisa,
com base nos princípios estabelecidos na presente Declaração.
Artigo 15
Os Estados deverão tomar as medidas necessárias ao estabelecimento de um
ambiente adequado ao livre exercício da pesquisa sobre o genoma humano, res-
peitando-se os princípios estabelecidos na presente Declaração, a fim de salva-
guardar os direitos humanos, as liberdades fundamentais e a dignidade humana e
proteger a saúde pública. Os Estados deverão procurar assegurar que os resulta-
dos das pesquisas não são utilizados para propósitos não pacíficos.
Artigo 16
Os Estados deverão reconhecer o valor de promover, nos vários níveis, con-
forme apropriado, o estabelecimento de comitês de ética pluralistas,
multidisciplinares e independentes, com o propósito de avaliar as questões éticas,
legais e sociais levantadas pela pesquisa do genoma humano e de suas aplica-
ções
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 65
Artigo 17
Os Estados deverão respeitar e promover a prática da solidariedade em rela-
ção a pessoas, famílias e grupos populacionais particularmente vulneráveis a do-
ença ou incapacidade de natureza genética, ou por elas afetados. Os Estados de-
verão promover, entre outros, pesquisa visando à identificação, à prevenção e ao
tratamento de doenças de base genética ou influenciadas pela genética, em es-
pecial doenças raras e endêmicas que afetem grande número de pessoas na po-
pulação mundial.
Artigo 18
Os Estados deverão envidar esforços, com devida e apropriada atenção aos prin-
cípios estabelecidos na presente Declaração, para continuar a promover a divulga-
ção internacional de conhecimentos relativos ao genoma humano, à diversidade hu-
mana e à pesquisa genética e, nesse respeito, promover a cooperação científica e
cultural, em especial entre países industrializados e países em desenvolvimento.
Artigo 19
a) No marco da cooperação internacional com países em desenvolvimento, os
Estados deverão procurar incentivar medidas que permitam:
1. realizar uma avaliação dos riscos e benefícios da pesquisa sobre o
genoma humano e prevenir abusos;
2. desenvolver e fortalecer a capacidade dos países em desenvolvimento de
realizar pesquisa em biologia e genética humanas, levando em consideração os
problemas específicos de cada país;
3. beneficiar os países em desenvolvimento, como resultado das realizações
da pesquisa científica e tecnológica, de maneira que seu uso, em prol do progres-
so econômica e social, possa beneficiar a todos;
4. promover o livre intercâmbio de conhecimentos e informações científicas
nas áreas de biologia, genética e medicina.
b) As organizações internacionais pertinentes deverão apoiar e promover as
iniciativas dos Estados visando aos objetivos antes relacionados.
Artigo 20
Os Estados deverão tomar as medidas necessárias para promover os princípi-
os estabelecidos na presente Declaração, mediante intervenções educacionais e
de outra natureza, como a realização de pesquisa e treinamento em campos
interdisciplinares e a promoção de capacitação em bioética, em todos os níveis,
em especial para os responsáveis pela política científica.
66 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
Artigo 21
Os Estados deverão tomar medidas apropriadas para incentivar outras formas
de pesquisa, capacitação e divulgação de informações que promovam a
conscientização da sociedade e de todos seus membros acerca de sua responsa-
bilidade em questões fundamentais relativas à proteção da dignidade humana,
que possam ser levantadas por pesquisa nos campos da biologia, genética e me-
dicina, e por suas aplicações. Os Estados também deverão facilitar a discussão
aberta desse assunto, assegurando a liberdade de expressão das diversas opi-
niões socioculturais, religiosas e filosóficas.
G. IMPLEMENTAÇÃO DA DECLARAÇÃO
Artigo 22
Os Estados deverão envidar esforços para promover os princípios estabeleci-
dos na presente Declaração e facilitar sua implementação através de medidas
apropriadas.
Artigo 23
Os Estados deverão tomar medidas apropriadas para promover, por meio de
treinamento, capacitação e divulgação de informações, o respeito aos princípios
antes mencionados, assim como incentivar seu reconhecimento e sua efetiva apli-
cação. Os Estados também deverão encorajar o intercâmbio e a articulação entre
comitês de ética independentes, à medida que forem estabelecidos, de maneira a
promover sua plena colaboração.
Artigo 24
O Comitê Internacional de Bioética da Unesco deverá contribuir à divulgação
dos princípios estabelecidos na presente Declaração e aprofundar o estudo das
questões levantadas por sua aplicação e pela evolução dessas tecnologias. De-
verá organizar consultas com as partes interessadas, como os grupos vulnerá-
veis. Em conformidade com os procedimentos estatutários, deverá formular reco-
mendações para a Conferência Geral da Unesco e prover assessoria relativa ao
acompanhamento desta Declaração, em especial quanto à identificação de práti-
cas que possam ir de encontro à dignidade humana, como as intervenções em li-
nhas de germes.
Artigo 25
Nenhuma disposição da presente Declaração poderá ser interpretada como o
reconhecimento a qualquer Estado, grupo, ou pessoa, do direito de exercer qual-
quer atividade ou praticar qualquer ato contrário aos direitos humanos e às liber-
dades fundamentais, incluindo os princípios aqui estabelecidos.
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 67
neste domínio deve ser complementada por normas que abranjam a respon-
sabilidade por diferentes tipos de danos ambientais em todas as zonas da
União Européia. Para o efeito, a Comissão comprometeu-se a apresentar
uma proposta legislativa sobre a responsabilidade ambiental até ao final de
2001, proposta que cobrirá também os danos decorrentes de OGM.
(17) A presente directiva não deve ser aplicável a organismos obtidos por meio
de certas técnicas de modificação genética que têm sido convencionalmente
utilizadas num certo número de aplicações e têm um índice de segurança
longamente comprovado.
(18) É necessário estabelecer procedimentos e critérios harmonizados para a
avaliação caso a caso dos riscos potenciais resultantes da libertação delibe-
rada no ambiente de OGM.
(19) Deve ser sempre efectuada uma avaliação caso a caso dos riscos ambien-
tais previamente a uma libertação. A avaliação deverá também atender aos
potenciais efeitos cumulativos a longo prazo associados à interacção com
outros OGMs e com o ambiente.
(20) É necessário o estabelecimento de uma metodologia comum para a realiza-
ção das avaliações dos riscos ambientais com base em aconselhamento ci-
entífico independente. É igualmente necessário estabelecer princípios co-
muns para a monitorização dos OGMs após a sua libertação deliberada ou a
colocação no mercado de produtos que contenham ou sejam constituídos
por OGMs. A monitorização dos potenciais efeitos cumulativos a longo prazo
deverá ser considerada um elemento obrigatório do plano de monitorização.
(21) Os Estados-Membros e a Comissão deverão garantir a realização de uma in-
vestigação sistemática e independente dos potenciais riscos envolvidos na
libertação deliberada ou na colocação no mercado de OGM. Os Estados-
Membros e a Comunidade deverão assegurar os recursos necessários a
essa investigação, de acordo com os respectivos processos orçamentais,
devendo os investigadores independentes ter acesso a todo o material perti-
nente, no respeito pelos direitos de propriedade intelectual.
(22) A questão dos genes que conferem resistência a antibióticos deve ser tida
especialmente em conta na condução da avaliação dos riscos de OGM que
contenham tais genes.
(23) A libertação deliberada de OGM na fase de investigação constitui, na maio-
ria dos casos, um passo necessário para o desenvolvimento de novos pro-
dutos derivados de OGM ou contendo esses organismos.
(24) A introdução de OGM no ambiente deve ser feita de acordo com o princípio
“por etapas”; deste modo o confinamento dos OGM irá sendo reduzido, e a
amplitude da libertação aumentada gradualmente, por etapas, mas apenas
se a avaliação das etapas anteriores, em termos de protecção da saúde hu-
mana e do ambiente, indicar que se pode passar à fase seguinte.
(25) Nenhum produto que contenha ou seja constituído por OGM destinados à li-
bertação deliberada pode ser tomado em consideração para a colocação no
70 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
mercado sem que tenha sido previamente sujeito a testes de campo satisfa-
tórios, nas fases de investigação e desenvolvimento, em ecossistemas que
possam ser afectados pela sua utilização.
(26) A implementação da presente directiva deverá ser efectuada em conexão
com a de outros instrumentos importantes, tais como a Directiva 91/414/CEE
do Conselho, de 15 de julho de 1991, relativa à colocação de produtos fito-
farmacêuticos no mercado 5 . Neste contexto, as autoridades competentes
responsáveis pela implementação da presente directiva e de tais instrumen-
tos, na Comissão e em nível nacional, deverão coordenar a sua acção na
medida do possível.
(27) No que se refere à avaliação dos riscos ambientais constante da parte C, à
gestão do risco, à rotulagem, à monitorização e às informações a fornecer
ao público, a presente directiva deve constituir um ponto de referência relati-
vamente aos produtos que contenham ou sejam constituídos por OGM, auto-
rizados ao abrigo de outra legislação comunitária que deve, por conseguinte,
prever avaliações de riscos ambientais específicos a realizar de acordo com
os princípios estabelecidos no anexo II e com base nas informações especi-
ficadas no anexo III, sem prejuízo dos requisitos adicionais estabelecidos na
legislação comunitária atrás referida, e bem assim requisitos em matéria de
gestão dos riscos, de rotulagem, de monitorização adequada e de informa-
ções a fornecer ao público que sejam, pelo menos, equivalentes aos estabe-
lecidos na presente directiva; para este efeito, é necessário providenciar no
sentido de uma cooperação com os organismos instituídos pela Comunidade
ao abrigo da presente directiva e pelos Estados-Membros para aplicação da
mesma.
(28) É necessário estabelecer um procedimento comunitário de autorização para
a colocação no mercado de produtos que contenham ou sejam constituídos
por OGM, sempre que a utilização pretendida desse produto acarrete a liber-
tação deliberada de organismos no ambiente.
(29) A Comissão é convidada a elaborar um estudo que deverá incluir uma avali-
ação de várias opções destinadas a melhorar a coerência e a eficácia deste
quadro normativo, dando especial atenção a um procedimento centralizado
de autorização para a colocação de OGM no mercado na Comunidade.
(30) Em casos de legislação sectorial, os requisitos em matéria de monitorização
poderão ter de ser adaptados ao produto em questão.
(31) A parte C da presente directiva não se aplicará aos produtos abrangidos pelo
Regulamento (CEE) nº 2309/93 do Conselho, de 22 de julho de 1993, que es-
tabelece procedimentos comunitários de autorização e fiscalização de medica-
mentos de uso humano e veterinário e que institui uma Agência Européia de
(5) – JO L 230 de 19.8.1991, p. 1. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela
Directiva 1999/80/CE da Comissão (JO L 210 de 10.8.1999, p. 13).
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 71
Avaliação dos Medicamentos 6, desde que seja feita uma avaliação dos riscos
ambientais equivalente à prevista na presente directiva.
(32) Qualquer pessoa, antes de proceder a uma nova libertação deliberada no
ambiente de um OGM ou à colocação no mercado de um produto que conte-
nha ou seja constituído por OGM, deve apresentar uma notificação à autori-
dade nacional competente, sempre que a utilização pretendida desse produ-
to acarrete a sua libertação deliberada no ambiente.
(33) Essa notificação deve incluir um dossier técnico de informação contendo
uma avaliação completa dos riscos ambientais, respostas adequadas de se-
gurança e de emergência e, no caso de se tratar de produtos, instruções e
condições precisas de utilização e a rotulagem e embalagem propostas.
(34) Após a notificação, não se deve proceder à libertação deliberada de OGM, a
menos que tenha sido obtida aprovação das autoridades competentes.
(35) Um notificador poderá retirar o seu dossier em qualquer fase do procedimen-
to administrativo estabelecido na presente directiva. O procedimento admi-
nistrativo ficará encerrado quando um dossier for retirado.
(36) A recusa por parte de uma autoridade competente de uma notificação de co-
locação no mercado de produtos que contenham ou sejam constituídos por
OGM não deverá prejudicar a apresentação de uma notificação relativa ao
mesmo OGM à outra autoridade competente.
(37) Dever-se-á chegar a acordo no fim do período de mediação quando não tiver
permanecido qualquer objecção.
(38) A recusa de uma notificação na sequência de um relatório de avaliação ne-
gativo e confirmado não deverá prejudicar as decisões futuras baseadas na
notificação do mesmo OGM à outra autoridade competente.
(39) No interesse do funcionamento regular da presente directiva, os Estados-
Membros deverão poder utilizar as diferentes disposições para o intercâmbio
de informações e de experiências antes de recorrerem à cláusula de salva-
guarda estabelecida nessa directiva.
(40) A fim de assegurar que a presença de OGM em produtos que contenham ou
sejam constituídos por OGM é identificada de forma adequada, a expressão
“este produto contém organismos geneticamente modificados” deverá cons-
tar claramente de um rótulo ou de um documento de acompanhamento.
(41) Deverá ser criado, através do procedimento de comité adequado, um siste-
ma de atribuição de uma identificação única dos OGMs que tome em consi-
deração a evolução das circunstâncias nas instâncias internacionais.
(42) É necessário assegurar a rastreabilidade dos produtos que contenham ou
sejam constituídos por OGM autorizados nos termos da parte C, em todas as
fases da sua colocação no mercado.
(6) – JO L 214 de 24.8.1993, p. 1. Regulamento com a redacção que lhe foi dada pelo
Regulamento (CE) nº 649/98 (JO L 88 de 24.3.1998, p. 7).
72 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
PARTE A
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1º
Objectivo
Artigo 2º
Definições
Artigo 3º
Isenções
1. A presente directiva não é aplicável aos organismos obtidos através das téc-
nicas de modificação genética enumeradas no anexo I B.
2. A presente directiva não é aplicável ao transporte por via ferroviária, rodovi-
ária, marítima, fluvial ou aérea de organismos geneticamente modificados.
Artigo 4º
Obrigações Gerais
(9) – JO L 117 de 8.5.1990, p. 1. Directiva com a redacção que lhe foi dada pela
Directiva 98/81/CE (JO L 330 de 5.12.1998, p. 13).
76 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
efeitos negativos para a saúde humana e para o ambiente que possam resultar da
libertação deliberada de OGM ou da sua colocação no mercado. A libertação deli-
berada de OGM ou a sua colocação no mercado só são autorizadas nos termos,
respectivamente, da parte B ou da parte C.
2. Antes de se proceder à apresentação de uma notificação nos termos da par-
te B ou da parte C, é necessário efectuar uma avaliação dos riscos ambientais.
As informações necessárias para efectuar a avaliação dos riscos ambientais
constam do anexo III. Os Estados-Membros e a Comissão devem assegurar que
os OGMs que contenham genes de resistência aos antibióticos utilizados na tera-
pêutica médica ou veterinária são especialmente tomados em consideração ao
efectuar uma avaliação dos riscos ambientais, a fim de identificar e eliminar pro-
gressivamente os marcadores de resistência aos antibióticos presentes em OGM
que tenham efeitos adversos na saúde humana e no ambiente. Esta eliminação
deverá ocorrer até 31 de dezembro de 2004 no caso dos OGMs colocados no
mercado de acordo com a parte C e até 31 de dezembro de 2008 no caso dos
OGMs autorizados de acordo com a parte B.
3. Os Estados-Membros e, quando necessário, a Comissão zelarão por que os
efeitos adversos potenciais para a saúde humana e o ambiente que possam
directa ou indirectamente decorrer da transferência de genes de OGM para outros
organismos sejam aferidos com exactidão caso a caso. Esta aferição será
efectuada de acordo com o anexo II, tendo em conta o impacto ambiental de acor-
do com a natureza do organismo introduzido e do ambiente de recepção.
4. Os Estados-Membros devem designar a ou as autoridades competentes res-
ponsáveis pelo cumprimento dos requisitos da presente directiva. A autoridade
competente deve analisar as notificações apresentadas nos termos das partes B
e C, a fim de verificar se são cumpridos os requisitos da presente directiva e se é
adequada a avaliação estabelecida no nº 2.
5. Os Estados-Membros devem assegurar que a autoridade competente orga-
nize inspecções e tome outras medidas de controlo eventualmente necessárias
para garantir o cumprimento da presente directiva. Em caso de libertação ou de
colocação no mercado de produtos que contenham ou sejam constituídos por
OGM para os quais não foi concedida nenhuma autorização, o Estado-Membro
em questão deve assegurar que sejam tomadas as medidas necessárias para
suspender a libertação ou colocação no mercado, para iniciar, se necessário, me-
didas destinadas a eliminar os danos causados e para informar o público do seu
país, a Comissão e os restantes Estados-Membros.
6. Os Estados-Membros devem tomar as medidas necessárias para assegurar,
em conformidade com os requisitos fixados no anexo IV, a rastreabilidade em to-
das as partes da colocação no mercado dos OGMs autorizados nos termos da
parte C.
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 77
PARTE B
Artigo 5º
Artigo 6º
Artigo 7º
Artigo 8º
Artigo 9º
Artigo 10
Artigo 11
PARTE C
Artigo 12
Legislação Sectorial
Artigo 13
Procedimento de Notificação
Artigo 14
Relatório de Avaliação
Artigo 15
Procedimento normal
base que contenha OGM num registo nacional de material de base nos termos da
Directiva 1999/105/CE do Conselho 13 .
Artigo 16
Artigo 17
Renovação da Autorização
Artigo 18
1. Nos casos em que uma objecção seja levantada e mantida por uma autori-
dade competente ou pela Comissão nos termos dos artigos 15, 17 e 20, uma de-
cisão é adoptada e publicada no prazo de 120 dias, nos termos do nº 2 do artigo
30. Essa decisão deve incluir as informações referidas no nº 3 do artigo 19
Para efeitos do cálculo do prazo de 120 dias, não é contabilizado qualquer pe-
ríodo de tempo em que a Comissão aguarde informações complementares que te-
nha solicitado ao notificador ou o parecer de um comité científico que tenha con-
sultado em conformidade com o artigo 28. A Comissão deve justificar qualquer
pedido de informações complementares e informar as autoridades competentes
dos pedidos que faça ao notificador. O período de tempo durante o qual a Comis-
são aguarda o parecer do comité científico não pode exceder 90 dias.
O período de deliberação do Conselho nos termos do nº 2 do artigo 30 não é
contabilizado.
2. Se a decisão for favorável, a autoridade competente que elaborou o relató-
rio de avaliação dará a sua autorização por escrito à colocação no mercado ou à
renovação da autorização, comunicá-la-á ao notificador e informará do facto os
restantes Estados-Membros e a Comissão no prazo de 30 dias a contar da publi-
cação ou notificação da decisão.
Artigo 19
Autorização
Artigo 20
Artigo 21
Rotulagem
produtos colocados no mercado que contenham ou sejam constituídos por OGM se-
jam conformes com os requisitos relevantes que constem da autorização por escrito
a que é feita referência no nº 3 do artigo 15, nos nos 5 e 8 do artigo 17, no nº 2 do ar-
tigo 18 e no nº 3 do artigo 19.
2. Relativamente aos produtos aos quais seja impossível de excluir a existên-
cia de vestígios de OGM autorizados, fortuita ou tecnicamente inevitável, pode
ser fixado um limiar mínimo abaixo do qual esses produtos não têm de ser rotula-
dos, em conformidade com o disposto no nº 1. Os limiares devem ser fixados con-
soante o produto em questão, nos termos do nº 2 do artigo 30.
Artigo 22
Livre Circulação
Artigo 23
Cláusula de Salvaguarda
Artigo 24
Informação do Público
PARTE D
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 25
Confidencialidade
mantidas confidenciais. Em tais casos, deve ser dada uma justificação susceptí-
vel de verificação.
3. A autoridade competente decidirá, após consulta ao notificador, quais as in-
formações que serão mantidas confidenciais e informará o notificador da sua de-
cisão.
4. Em caso algum podem ser mantidas confidenciais as seguintes informações,
quando apresentadas nos termos do disposto nos artigos 6, 7, 8, 13, 17, 20 ou
23:
– descrição do(s) OGMs, nome e endereço do notificador, objectivo e locali-
zação da libertação,
– métodos e planos para a monitorização do(s) OGMs e para uma resposta
de emergência,
– avaliação dos riscos ambientais.
5. Se, por qualquer motivo, o notificador retirar a notificação, as autoridades
competentes e a Comissão terão de respeitar a confidencialidade das informa-
ções fornecidas.
Artigo 26
Artigo 27
Artigo 28
1. Nos casos em que, relativamente aos riscos que os OGMs representem para
a saúde humana ou para o ambiente, uma objecção levantada e mantida por uma
autoridade competente ou pela Comissão nos termos do nº 1 do artigo 15, nº 4 do
artigo 17, nº 3 do artigo 20 ou do artigo 23, ou em que o relatório de avaliação re-
ferido no artigo 14 indique que o OGM não deve ser colocado no mercado, a Co-
missão consultará, por sua própria iniciativa ou a pedido de um Estado-Membro,
o(s) comité(s) científico(s) relevante(s) sobre a questão da objecção.
2. A Comissão pode igualmente consultar o(s) comité(s) científico(s)
relevante(s) por sua própria iniciativa ou a pedido de um Estado-Membro, sobre
qualquer questão abrangida pela presente directiva e que possa ter efeitos nega-
tivos na saúde humana ou no ambiente.
3. Os procedimentos administrativos estabelecidos na presente directiva não
são afectados pelo disposto no nº 3.
Artigo 29
Artigo 30
Procedimento de Comité
Artigo 31
Artigo 32
Artigo 33
Sanções
Artigo 34
Transposição
Artigo 35
Notificações Pendentes
Artigo 36
Revogação
Artigo 37
Artigo 38
Os Estados-Membros são os destinatários da presente directiva.
Pelo Conselho
O Presidente
L. Pagrotsky
100 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
ANEXO I A
PARTE 1
As técnicas de modificação genética referidas no nº 2, alínea a), do artigo 2º,
são, nomeadamente:
1) Técnicas de recombinação de ácidos nucleicos que envolvam a formação de
novas combinações de material genético através da inserção de moléculas de
ácidos nucleicos em vírus, plasmídeos de bactérias ou outros vectores, indepen-
dentemente do modo como sejam produzidas fora do organismo, e respectiva in-
corporação num organismo hospedeiro em que não ocorrem naturalmente, mas
onde poderão continuar a ser propagadas;
2) Técnicas, incluindo a microinjecção, a macroinjecção e o microencapsula-
mento, que envolvam a introdução directa num organismo de material genetica-
mente transmissível preparado fora desse organismo;
3) Técnicas de fusão celular (incluindo a fusão protoplástica) ou de hibridação
em que células viáveis com combinações novas de material geneticamente
transmissível sejam formadas através da fusão de duas ou mais células através
de meios ou métodos que não ocorrem naturalmente.
PARTE 2
Técnicas referidas no nº 2, alínea b), do artigo 2º, cujos resultados não são
considerados modificações genéticas desde que não envolvam a utilização de
moléculas recombinantes de ácidos nucleicos ou de organismos geneticamente
modificados obtidos por técnicas/métodos diferentes dos excluídos pelo anexo I
B:
1) Fertilização in vitro,
2) Processos naturais como a conjugação, a transdução e a transformação,
3) Indução da poliploidia.
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 101
ANEXO I B
ANEXO II
A. Objectivo
O objectivo de uma avaliação dos riscos ambientais é definir e avaliar, caso a
caso, os potenciais efeitos adversos sobre a saúde humana e sobre o ambiente,
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 103
B. Princípios gerais
De acordo com o princípio de precaução, deverão observar-se os seguintes
princípios gerais ao realizar cada avaliação dos riscos ambientais:
– As características encontradas no OGM ou na utilização deste último po-
tencialmente susceptíveis de provocar efeitos adversos deverão ser comparadas
com as do organismo não modificado no qual teve origem e com as da utilização
deste último em situações equivalentes,
– a avaliação dos riscos ambientais deverá ser realizada de forma cientifica-
mente correcta e transparente, assente nos dados científicos e técnicos disponí-
veis,
– a avaliação dos riscos ambientais deverá ser realizada caso a caso, o que
significa que a informação necessária pode variar consoante o tipo do OGM visa-
do, a utilização a que o mesmo se destina e o eventual meio receptor, tendo em
conta, entre outros aspectos, os OGMs já presentes em tal meio,
– a avaliação dos riscos ambientais poderá ter de ser revista se surgirem no-
vas informações sobre o OGM e seus efeitos na saúde humana ou no ambiente, a
fim de permitir determinar se:
– houve alteração do risco,
– há ou não necessidade de corrigir a gestão do risco, em conformidade.
C. Metodologia
C.1. Características dos OGMs e das libertações de OGM.
Ao ser realizada a avaliação dos riscos ambientais, deverão ser tomados em
consideração todos os dados técnicos e científicos, consoante os casos, referen-
tes às características:
– do organismo ou organismos receptores ou parentais,
– das modificações genéticas operadas, tanto por inclusão como por delec-
ção de material genético, e a informação relevante sobre os organismos vector e
dador,
– do OGM,
– da libertação ou utilização previstas e respectiva escala,
– do eventual meio receptor,
– da interacção entre os factores acima referidos.
Serão de utilidade para a avaliação dos riscos ambientais quaisquer informa-
ções sobre libertações de organismos semelhantes ou que apresentem caracte-
rísticas genéticas semelhantes e sobre a sua interacção com ambientes seme-
lhantes.
104 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
ANEXO III
ANEXO III A
I. INFORMAÇÕES GERAIS
A. Nome e endereço do notificador (empresa ou instituto).
B. Nome, qualificações e experiência do(s) cientista(s) responsável(eis).
C. Título do projecto.
B. Características do vector
1. Natureza e origem do vector.
2. Sequência dos transposões, dos vectores e de outros segmentos genéticos
não codificantes utilizados para construir o OGM e nele fazer funcionar o vector e
a sequência inserida.
3. Frequência de mobilização do vector inserido e/ou capacidade de transfe-
rência genética, bem como métodos para a respectiva determinação.
4. Informação que indique em que medida o vector se limita ao DNA necessá-
rio para executar a função pretendida.
A. Técnicas de monitorização:
1. Métodos de rastreio dos OGMs e de monitorização dos seus efeitos.
2. Especificidade (para identificação dos OGMs e para os distinguir do dador,
do receptor ou, quando necessário, dos organismos parentais), sensibilidade e
fiabilidade das técnicas de monitorização.
3. Técnicas de detecção das transferências do material genético doado para
outros organismos.
4. Duração e frequência da monitorização.
114 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
B. Controlo da libertação:
1. Métodos e procedimentos para evitar e/ou minimizar a disseminação dos
OGMs para além do local da libertação ou da zona designada para a sua utiliza-
ção.
2. Métodos e procedimentos para a protecção do local contra a intrusão de in-
divíduos não autorizados.
3. Métodos e procedimentos para impedir outros organismos de entrar no local.
C. Tratamento de resíduos:
1. Tipo de resíduos gerados.
2. Quantidade prevista desses resíduos.
3. Descrição dos tratamentos previstos.
D. Planos de emergência:
1. Métodos e procedimentos para controlo dos OGMs em caso de dissemina-
ção inesperada.
2. Métodos para a descontaminação das zonas afectadas, ou seja, erradicação
dos OGMs.
3. Métodos para a eliminação ou saneamento de plantas, animais, solos, etc.,
que tenham sido expostos durante ou após a disseminação.
4. Métodos para o isolamento da zona afectada pela propagação.
5. Planos para proteger a saúde humana e o ambiente no caso da ocorrência
de efeitos indesejáveis.
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 115
ANEXO III B
A. INFORMAÇÕES GERAIS
1. Nome e endereço do notificador (empresa ou instituto).
2. Nome, qualificações e experiência do(s) cientista(s) responsável(eis).
3. Título do projecto.
10. Potenciais alterações das interacções da PSGM com organismos não alvo
resultantes da modificação genética.
11. Potenciais interacções com o ambiente abiótico.
12. Descrição das técnicas de detecção e identificação das plantas genetica-
mente modificadas.
13. Informações sobre anteriores libertações das plantas geneticamente modi-
ficadas, se pertinente.
ANEXO IV
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
ANEXO V
ANEXO VI
ANEXO VII
PLANO DE MONITORIZAÇÃO
A. Objectivo
O plano de monitorização tem por finalidade:
- confirmar a correcção de todos os pressupostos que serviram de base à
realização da avaliação dos riscos ambientais no que se refere à ocorrência e im-
pacto de potenciais efeitos adversos do OGM ou respectiva utilização,
- determinar a ocorrência de efeitos adversos do OGM ou respectiva utiliza-
ção na saúde humana ou no ambiente, não previstos na avaliação dos riscos am-
bientais.
B. Princípios gerais
A monitorização referida nos artigos 13, 19 e 20 deverá ser efectuada após a
autorização de colocação no mercado do OGM.
Os dados recolhidos através da monitorização deverão ser interpretados à luz
de outras condições e actividades ambientais existentes. Sempre que forem ob-
servadas alterações ambientais, deverá ser aprofundada a análise com vista a
determinar se resultam ou não do OGM ou respectiva utilização, dado que podem
resultar de factores ambientais alheios à colocação deste último no mercado.
A experiência e os dados obtidos através da monitorização de libertações ex-
perimentais de OGM poderão ser de utilidade na concepção do regime de monito-
rização pós-comercialização exigido para a colocação no mercado de produtos
que contenham ou sejam constituídos por OGM.
ANEXO VIII
QUADRO DE CORRESPONDÊNCIA
II
(Actos cuja publicação não é uma condição da sua aplicabilidade)
COMISSÃO
RECOMENDAÇÃO DA COMISSÃO(*)(**)
de 23 de Julho de 2003
(2003/556/CE)
RECOMENDA:
1. Na definição de estratégias e normas de boa prática nacionais em matéria
de coexistência, os Estados-Membros devem seguir as orientações estabelecidas
no anexo da presente recomendação.
2. Os Estados-Membros são os destinatários da presente recomendação.
Feito em Bruxelas, em 23 de Julho de 2003.
Pela Comissão
Franz FISCHLER
Membro da Comissão
29.7.2003 L 189/37 Jornal Oficial da União Européia PT
128 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
ANEXO
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
(16) – Para poderem ser cultivados na União Europeia, os OGM devem ter sido autorizados
para cultura nos termos da Directiva 2001/18/CE.
132 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
1.4. Subsidiariedade
As condições em que os agricultores europeus exercem a sua actividade são
extremamente diversificadas. Existe na Europa uma grande variedade no respei-
tante à dimensão das parcelas e das explorações, aos sistemas de produção, às
rotações e aos sistemas culturais, e ainda às condições naturais. Esta variabilida-
de deve ser tida em conta na concepção, aplicação, monitorização e coordenação
das medidas de coexistência. As medidas aplicadas devem ser específicas das
estruturas agrícolas, sistemas de produção, sistemas culturais e condições natu-
rais de determinada região.
Por essa razão, na sua reunião de 5 de março de 2003, a Comissão declarou-
se favorável a uma abordagem que confiasse aos Estados-Membros a definição e
a aplicação de medidas de gestão da coexistência. À Comissão caberia, nomea-
damente, reunir e coordenar as informações pertinentes, com base nos estudos
em curso em nível comunitário e nacional, e emitir pareceres e orientações que
auxiliassem os Estados-Membros a estabelecer normas de boa prática em maté-
ria de coexistência.
A definição e a aplicação de estratégias e normas de boa prática em matéria
de coexistência deve ser feita em nível nacional e regional, com a participação
dos agricultores e de outros intervenientes, e tendo em conta factores nacionais e
regionais.
matéria de coexistência, que sejam eficazes mas também económicas, são espe-
cíficos de determinadas condições nacionais ou regionais.
Além disso, o desenvolvimento de sistemas de gestão e de normas de boa prá-
tica em matéria de coexistência é um processo dinâmico, que deve poder ser
aperfeiçoado com o tempo e ter em conta os novos elementos resultantes do pro-
gressos científico e tecnológico.
2. PRINCÍPIOS GERAIS
Nesta secção é apresentada uma lista de princípios gerais e factores que se
recomenda aos Estados-Membros que tenham em conta na definição de estraté-
gias e normas de boa prática nacionais em matéria de coexistência.
2.1.4. Proporcionalidade
As medidas de coexistência devem ser eficazes, económicas e proporciona-
das. Elas não devem exceder o que é necessário para evitar que a presença aci-
dental de vestígios de OGM exceda os limiares de tolerância fixados na legislação
134 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
2.1.8. Instrumentos
Não existe, a priori, nenhum instrumento que deva ser recomendado em maté-
ria de coexistência. Os Estados-Membros podem preferir explorar diferentes ins-
trumentos, por exemplo, acordos voluntários, recomendações e legislação, e es-
colher a combinação de instrumentos e o grau de regulamentação mais susceptí-
veis de garantir a efectiva aplicação, monitorização, avaliação e controlo das me-
didas.
– número e tipo de variedades cultivadas (GM e não GM) que têm que coexistir
em determinada região,
– forma e dimensão das parcelas na região. Em parcelas mais pequenas, a im-
portação de pólen é proporcionalmente maior que em parcelas mais extensas,
– fragmentação e dispersão geográfica das parcelas de uma mesma explora-
ção,
– práticas regionais de gestão das explorações agrícolas,
– programas de rotação e sistemas culturais na região, tendo em conta a lon-
gevidade das sementes das diferentes culturas,
– actividade, comportamento e dimensão da população de polinizadores
(insectos, etc.),
– condições climáticas (por exemplo, distribuição da precipitação, humidade at-
mosférica, direcção e intensidade dos ventos, temperatura do ar e do solo) que
influenciam a actividade dos polinizadores e o transporte de pólen pelo vento, e
que podem afectar o tipo de culturas praticadas, a data de início e a duração do
ciclo cultural, o número anual de ciclos de produção, etc.,
– topografia (por exemplo, a presença de vales ou de planos de água influenci-
am as correntes atmosféricas e a intensidade dos ventos),
– estruturas circundantes, tais como sebes, florestas e baldios, e disposição
das parcelas no espaço.
3.3.3. Acordos voluntários entre agricultores quanto a zonas com um único tipo
de produção
Grupos de agricultores vizinhos podem reduzir significativamente os custos li-
gados à segregação da produção de culturas GM e não GM se coordenarem vo-
luntariamente a respectiva produção com base em acordos voluntários.
3.5. Cadastro
– O registo estabelecido nos termos do nº 3, alínea b), do artigo 31 da
Directiva 2001/18/CE pode também ser útil para acompanhar a evolução das cul-
turas GM e para ajudar os agricultores a coordenar os sistemas de produção lo-
cais e acompanhar os acontecimentos no respeitante aos diversos tipos de cultu-
ras. Esse registo pode ser acompanhado de um mapa das parcelas de culturas
GM e não GM, e de produção biológica, elaborado com base no sistema global de
localização. Esta informação poderia ser divulgada ao público, através da Internet
ou por outros meios,
– criação de um sistema de identificação das parcelas em que são cultivadas
variedades GM.
3.6. Registos
Estabelecimento de disposições para a manutenção de registos, na explora-
ção, com informações sobre:
– as operações culturais e o manuseamento, armazenagem, transporte e
comercialização de culturas GM – o estabelecimento, pelos agricultores, de sistemas
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 143
(27) – JO L 43 de 14.2.1997, p. 1.
(28) – JO L 117 de 8.5.1990, p. 15. Directiva revogada pela Directiva 2001/18/CE.
(29) – JO L 106 de 17.4.2001, p. 1. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela
Decisão 2002/811/CE do Conselho (JO L 280 de 18.10.2002, p. 27).
146 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
(30) – JO L 31 de 1.2.2002, p. 1.
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 147
que podem ser utilizados nos géneros destinados à alimentação humana 31 , prevê
a autorização de aditivos utilizados nos géneros alimentícios. Além deste proces-
so de autorização, os aditivos alimentares que sejam constituídos por, contenham
ou sejam produzidos a partir de OGM deverão também ser abrangidos pelo âmbi-
to do presente regulamento no que diz respeito à avaliação de segurança da mo-
dificação genética, enquanto que a autorização final deverá ser concedida ao
abrigo do procedimento estabelecido na Directiva 89/107/CEE.
(13) Os aromatizantes abrangidos pelo âmbito da Directiva 88/388/CEE do
Conselho, de 22 de junho de 1988, relativa à aproximação das legislações dos
Estados-Membros, no domínio dos aromas destinados a serem utilizados nos
géneros alimentícios e dos materiais de base para a respectiva produção 32, que
sejam constituídos por, contenham, ou sejam produzidos a partir de OGM deverão
também ser abrangidos pelo âmbito do presente regulamento no que se refere à
avaliação de segurança da modificação genética.
(14) A Directiva 82/471/CEE do Conselho, de 30 de junho de 1982, relativa a
certos produtos utilizados na alimentação dos animais 33, prevê um procedimento
de aprovação para as matérias para a alimentação animal produzidas utilizando
diferentes tecnologias que podem pôr em risco a saúde humana e animal e o am-
biente. Estas matérias que sejam constituídas por, contenham ou sejam produzi-
dos a partir de OGM deverão ser abrangidas pelo âmbito do presente regulamen-
to.
(15) A Directiva 70/524/CEE do Conselho, de 23 de Novembro de 1970, relati-
va aos aditivos na alimentação para animais 34, prevê um procedimento de autori-
zação para a colocação no mercado de aditivos utilizados nos alimentos para ani-
mais. Além deste procedimento de autorização, os aditivos para alimentos para
animais que sejam constituídos por, contenham, ou sejam produzidos a partir de
OGM deverão também ser abrangidos pelo âmbito do presente regulamento.
(16) O regulamento proposto deve abranger produtos produzidos “a partir de”
um OGM, mas não produtos produzidos “com” um OGM. O critério de determina-
ção é a presença ou não de material derivado do material geneticamente modifi-
cado original nos géneros alimentícios ou alimentos para animais. Os auxiliares
tecnológicos que são apenas utilizados durante o processo de produção dos
géneros alimentícios ou dos alimentos para animais não estão abrangidos pela
definição de género alimentício ou alimento para animais e, por isso, estão excluí-
dos do âmbito do presente regulamento. Da mesma forma, também não estão
abrangidos no âmbito do presente regulamento os géneros alimentícios ou ali-
mentos para animais fabricados com recurso a auxiliares tecnológicos genetica-
mente modificados. Deste modo, os produtos obtidos a partir de animais alimenta-
dos com alimentos geneticamente modificados ou tratados com medicamentos
geneticamente modificados não estarão sujeitos aos requisitos da autorização
nem de rotulagem estabelecidos no presente regulamento.
(17) De acordo com o artigo 153 do Tratado, a Comunidade contribuirá para a
promoção do direito dos consumidores à informação. Além de outros tipos de in-
formação ao público estabelecidos no presente regulamento, a rotulagem dos
produtos é um meio que permite ao consumidor efectuar uma escolha informada e
facilitar a boa fé das transacções entre o vendedor e o comprador.
(18) O artigo 2º da Directiva 2000/13/CE do Parlamento Europeu e do Conse-
lho, de 20 de Março de 2000, relativa à aproximação das legislações dos Esta-
dos-Membros respeitantes à rotulagem, apresentação e publicidade dos géneros
alimentícios 35), prevê que a rotulagem não deverá induzir o comprador em erro no
que se refere às características dos géneros alimentícios e, em especial, no que
diz respeito à sua natureza, identidade, propriedades, composição e método de
produção e de fabrico.
(19) Requisitos adicionais para a rotulagem de alimentos geneticamente modi-
ficados encontram-se estabelecidos no Regulamento (CE) nº 258/97, no Regula-
mento (CE) nº 1,139/98 do Conselho, de 26 de maio de 1998, relativo à menção
obrigatória, na rotulagem de determinados géneros alimentícios produzidos a par-
tir de organismos geneticamente modificados, de outras informações para além
das previstas na Directiva 79/112/ /CEE 36 , e no Regulamento (CE) nº 50/2000 da
Comissão, de 10 de Janeiro de 2000, relativo à rotulagem dos géneros alimentíci-
os e ingredientes alimentares que contêm aditivos e aromas geneticamente modi-
ficados ou produzidos a partir de organismos geneticamente modificados37 .
(20) Deverão também ser estabelecidos requisitos harmonizados de rotulagem
para os alimentos geneticamente modificados para animais para fornecer aos
utilizadores finais, nomeadamente os criadores de animais, informação exacta so-
bre a composição e propriedades destes alimentos, o que permitirá ao utilizador
efectuar uma escolha informada.
(35) – JO L 109 de 6.5.2000, p. 29. Directiva alterada pela Directiva 2001/101/CE da Comis-
são (JO L 310 de 28.11.2001, p. 19).
(36) – JO L 159 de 3.6.1998, p. 4. Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo
Regulamento (CE) nº 49/2000 da Comissão (JO L 6 de 11.1.2000, p. 13).
(37) – JO L 6 de 11.1.2000, p. 15.
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 149
uma decisão em matéria de gestão dos riscos e que podem ser tidos em conta
outros factores legítimos no domínio em consideração.
(33) Sempre que os pedidos digam respeito a produtos que contenham ou se-
jam constituídos por OGM, o requerente deve poder escolher entre apresentar
uma autorização de libertação deliberada no ambiente já obtida nos termos da
parte C da Directiva 2001/18/CE, sem prejuízo das condições estabelecidas nes-
sa autorização, ou solicitar que seja efectuada uma avaliação dos riscos ambien-
tais ao mesmo tempo que a avaliação de segurança nos termos do presente regu-
lamento. Neste último caso, é necessário que a avaliação dos riscos ambientais
respeite os requisitos estabelecidos na Directiva 2001/18/CE e que as autorida-
des nacionais competentes designadas pelos Estados-Membros para o efeito se-
jam consultadas pela autoridade. Além disso, é adequado dar à autoridade a pos-
sibilidade de solicitar a uma dessas autoridades competentes que efectue a avali-
ação dos riscos ambientais. É igualmente adequado, em conformidade com o nº 4
do artigo 12 da Directiva 2001/18/ /CE, que as autoridades nacionais competen-
tes designadas nos termos da referida directiva para todos os casos que digam
respeito a OGM e a géneros alimentícios e/ou alimentos para animais que conte-
nham ou sejam constituídos por OGM sejam consultadas pela autoridade antes da
finalização da avaliação dos riscos ambientais.
(34) No caso dos OGMs destinados a ser utilizados como sementes ou outro
material de reprodução vegetal que sejam abrangidas pelo âmbito do presente re-
gulamento, a autoridade tem a obrigação de delegar a avaliação de risco
ambiental numa autoridade nacional competente. Todavia, as autorizações conce-
didas ao abrigo do presente regulamento deverão sê-lo sem prejuízo do disposto
nas Directivas 68/193/CEE39 , 2002/53/CE 40 e 2002/55/CE 41 , que prevêem, em es-
pecial, as regras e critérios de aceitação das variedades e a respectiva aprova-
ção oficial para inclusão em catálogos comuns, nem do disposto nas Directivas
66/401/CEE 42, 66/402/CEE 43 , 68/193/CEE, 92/33/CEE44 , 92/34/CEE45 (11), 2002/
(39) – JO L 93 de 17.4.1968, p. 15. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela
Directiva 2002/11/CE (JO L 53 de 23.2.2002, p. 20)
(40) – JO L 193 de 20.7.2002, p. 1.
(41) – JO L 193 de 20.7.2002, p. 33.
(42) – JO 125 de 11.7.1966, p. 2298/66. Directiva com a última redacção que lhe foi dada
pela Directiva 2001/64/CE (JO L 234 de 1.9.2001, p. 60).
(43) – JO 125 de 11.7.1966, p. 2309/66. Directiva com a última redacção que lhe foi dada
pela Directiva 2001/64/CE.
(44) – JO L 157 de 10.6.1992, p. 1. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pelo
Regulamento (CE) nº 806/2003 (JO L 122 de 16.5.2003, p. 1).
(45) – JO L 157 de 10.6.1992, p. 10. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pelo
Regulamento (CE) nº 806/2003.
152 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
CAPÍTULO I
OBJECTIVO E DEFINIÇÕES
Artigo 1º
Objectivo
Artigo 2º
Definições
CAPÍTULO II
Secção 1
Autorização e supervisão
Artigo 3º
Âmbito de aplicação
Artigo 4º
Requisitos
Artigo 5º
Pedido de autorização
Artigo 6º
Parecer da Autoridade
tradicional, tendo em conta os limites aceites das variações naturais de tais ca-
racterísticas.
4. No caso dos OGMs ou dos géneros alimentícios que contenham ou sejam
constituídos por OGMs, são aplicáveis à avaliação os requisitos de segurança
ambiental previstos na Directiva 2001/18/CE, por forma a assegurar a adopção de
todas as medidas adequadas para evitar os efeitos nocivos para a saúde humana
e animal e para o ambiente que possam eventualmente decorrer da libertação de-
liberada de OGM. Durante a avaliação dos pedidos de colocação no mercado de
produtos que consistam em ou contenham OGM, a autoridade deve consultar a
autoridade nacional competente, na acepção da Directiva 2001/18/CE, designada
por cada um dos Estados- Membros para o efeito. As autoridades competentes
dispõem de um prazo de três meses a contar da data de recepção do pedido para
darem a conhecer o seu parecer.
5. Um parecer favorável à autorização do género alimentício deve também in-
cluir as seguintes informações:
a) O nome e o endereço do requerente;
b) a designação do género alimentício e as suas especificações;
c) se for caso disso, as informações exigidas pelo anexo II do Protocolo de
Cartagena;
d) a proposta de rotulagem do género alimentício e/ou dos géneros alimentíci-
os a partir dele produzidos;
e) se for caso disso, quaisquer condições ou restrições a impor à colocação no
mercado e/ou condições ou restrições específicas de utilização e manuseamento,
incluindo requisitos de monitorização após colocação no mercado com base nos
resultados da avaliação dos riscos, e no caso de OGM ou de géneros alimentícios
que contenham ou sejam constituídos por OGM, condições para a protecção de
ecossistemas/ambiente específicos e/ou zonas geográficas;
f) O método de detecção, validado pelo laboratório comunitário de referência,
incluindo a amostragem, a identificação da construção usada na transformação e,
se aplicável, o método de detecção e identificação da construção usada na trans-
formação nos géneros alimentícios e/ou nos géneros alimentícios produzidos a
partir dele; a indicação onde é possível ter acesso ao material de referência ade-
quado;
g) Se for caso disso, o plano de monitorização referido na alínea b) do nº 5 do
artigo 5º;
6. A autoridade deve enviar o seu parecer aos Estados-Membros, à Comissão
e ao requerente, com um relatório descrevendo a sua avaliação do género ali-
mentício e apresentando os motivos do seu parecer e as informações em que o
mesmo assentou, incluindo os pareceres das autoridades competentes, quando
consultadas de acordo com o nº 4.
7. Em conformidade com o nº 1 do artigo 38º do Regulamento (CE) nº 178/
2002, a autoridade deve tornar público o seu parecer, após ter suprimido eventu-
ais informações consideradas confidenciais, em conformidade com o artigo 30º do
capítulo Iii — ogm na comunidade européia 161
Artigo 7º
Autorização
Artigo 8
Artigo 9º
Supervisão
Artigo 10
Artigo 11
Secção 2
Rotulagem
Artigo 12
Âmbito de Aplicação
Artigo 13
Requisitos
Artigo 14
Medidas de Execução
CAPÍTULO III
Secção 1
Autorização e supervisão
Artigo 15
Âmbito de Aplicação
Artigo 16
Requisitos
Artigo 17
Pedido de autorização
Artigo 18
Parecer da Autoridade
Artigo 19
Autorização
Artigo 20
Artigo 21
Supervisão
Artigo 22
Artigo 23
Secção 2
Rotulagem
Artigo 24
Âmbito de Aplicação
Artigo 25
Requisitos
Artigo 26
Medidas de Execução
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES COMUNS
Artigo 27
Artigo 28
Registo Comunitário
Artigo 29
Acesso do Público
Artigo 30
Confidencialidade
Artigo 31
Protecção de Dados
Artigo 32
Artigo 33
Artigo 34
Medidas de Emergência
Artigo 35
Processo de Comité
Artigo 36
Reapreciação Administrativa
Artigo 37
Revogação
Artigo 38
Artigo 39
“3. A presente directiva não se aplica aos produtos que actuem como fontes
directas ou indirectas de proteínas abrangidos pelo Regulamento (CE) nº 1829/
2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de setembro de 2003, relativo
aos géneros alimentícios e alimentos para animais geneticamente modificados(*).
Artigo 40
(*) JO L 31 de 01-2-02, p. 1.
Artigo 41
(*) JO L 31 de 01-02.-02, p. 1.
Artigo 42
Artigo 43
Artigo 44
Artigo 45
Sanções
Artigo 46
Artigo 47
Artigo 48
Revisão
Artigo 49
Entrada em Vigor
ANEXO
COMPETÊNCIAS E FUNÇÕES DO
LABORATÓRIO COMUNITÁRIO DE REFERÊNCIA
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. Esta Lei estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscaliza-
ção no uso das técnicas de engenharia genética na construção, cultivo, manipula-
ção, transporte, comercialização, consumo, liberação e descarte de organismo
geneticamente modificado (OGM), visando a proteger a vida e a saúde do ho-
mem, dos animais e das plantas, bem como o meio ambiente.
Art 1º A – (Vide Medida Provisória nº 2.191-9, de 23-08-01)
Art 1º B – (Vide Medida Provisória nº 2.191-9, de 23-08-01)
Art 1º C – (Vide Medida Provisória nº 2.191-9, de 23-08-01)
Art 1º D – (Vide Medida Provisória nº 2.191-9, de 23-08-01)
Art. 2º – As atividades e projetos, inclusive os de ensino, pesquisa científica,
desenvolvimento tecnológico e de produção industrial que envolvam OGM no ter-
ritório brasileiro, ficam restritos ao âmbito de entidades de direito público ou pri-
vado, que serão tidas como responsáveis pela obediência aos preceitos desta Lei
e de sua regulamentação, bem como pelos eventuais efeitos ou conseqüências
advindas de seu descumprimento.
192 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
e) aborto;
f) inutilização da propriedade alheia;
g) dano grave ao meio ambiente;
Pena – reclusão de dois a oito anos;
§ 3º – Se resultar em morte;
Pena – reclusão de seis a vinte anos.
§ 4º – Se a liberação, o descarte no meio ambiente ou a introdução no meio de
OGM for culposo:
Pena – reclusão de um a dois anos.
§ 5º – Se a liberação, o descarte no meio ambiente ou a introdução no País de
OGM for culposa, a pena será aumentada de um terço se o crime resultar de
inobservância de regra técnica de profissão.
§ 6º – O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para pro-
por ação de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao homem, aos
animais, às plantas e ao meio ambiente, em face do descumprimento desta Lei.
Art. 14 – Sem obstar a aplicação das penas previstas nesta Lei, é o autor obri-
gado, independente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos cau-
sados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.
ANEXO I
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º – A comercialização da safra de soja de 2003 não estará sujeita às exi-
gências pertinentes à Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, com as alterações da
Medida Provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001.
§ 1º – A comercialização de que trata este artigo só poderá ser efetivada até
31 de janeiro de 2004, inclusive, devendo o estoque existente após aquela data
ser destruído, mediante incineração, com completa limpeza dos espaços de arma-
zenagem para recebimento da safra de 2004.
§ 2º – O prazo de comercialização de que trata o § 1º poderá ser prorrogado
por até sessenta dias por Decreto do Poder Executivo.
§ 3º – A soja mencionada no caput deverá ser obrigatoriamente comercializada
como grão ou sob outra forma que destrua as suas propriedades produtivas, sen-
do vedada sua utilização ou comercialização como semente.
§ 4º – O Poder Executivo poderá adotar medidas de estímulo à exportação da
parcela da safra de soja de 2003 originalmente destinada à comercialização no
mercado interno, ou cuja destinação a essa finalidade esteja prevista em instru-
mentos de promessa de compra e venda firmados até a data da publicação da
Medida Provisória nº 113, de 26 de março de 2003.
§ 5º – O disposto nos §§ 1º e 3º não se aplica à soja cujos produtores ou for-
necedores tenham obtido a certificação de que trata o art. 4º desta Lei.
§ 6º – O Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, median-
te portaria, poderá excluir do regime desta Lei a safra de soja do ano de 2003
produzida em regiões nas quais comprovadamente não se verificou a presença
de organismo geneticamente modificado.
Art. 2º – Na comercialização da soja de que trata o art. 1º, bem como dos pro-
dutos ou ingredientes dela derivados, deverá constar, em rótulo adequado, infor-
mação aos consumidores a respeito de sua origem e da possibilidade da presen-
ça de organismo geneticamente modificado, excetuando-se as hipóteses previs-
tas nos §§ 5º e 6º do art. 1º.
§ 1º – Para o produto destinado ao consumo humano ou animal, a rotulagem
referida no caput será exigida quando a presença de organismo geneticamente
modificado for superior ao limite de um por cento.
§ 2º – O descumprimento do disposto no caput sujeitará o infrator a multa
estabelecida nos termos do art. 12 da Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995.
Art. 3º – Os produtores que não puderem obter a certificação de que trata o
art. 4º desta Lei deverão manter, para efeitos de fiscalização, pelo prazo de cinco
200 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º – Às sementes da safra de soja geneticamente modificada de 2003, re-
servadas pelos agricultores para o uso próprio, consoante os termos do art. 2º,
inciso XLIII, da Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, e que sejam utilizadas
para plantio até 31 de dezembro de 2003, não se aplicam as disposições:
I – dos incisos I e II art. 8 e do caput do art. 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agos-
to de 1981, relativamente às espécies geneticamente modificadas previstas no
Código 20 do seu Anexo VIII;
II – da Lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, com as alterações da Medida
Provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001; e
III – do § 3º do art. 1º da Lei nº 10.688, de 13 de junho de 2003.
Parágrafo único – É vedada a comercialização do grão de soja geneticamente
modificada da safra de 2003 como semente, bem como a sua utilização como se-
mente em propriedade situada em Estado distinto daquele em que foi produzido.
Art. 2º – Aplica-se à soja colhida a partir das sementes de que trata o art. 1º o
disposto na Lei nº 10.688, de 13 de junho de 2003, restringindo-se a sua
comercialização ao período até 31 de janeiro de 2005, inclusive.
§ 1º – O prazo de comercialização de que trata o caput poderá ser prorrogado
por até sessenta dias por ato do Poder Executivo.
§ 2º – O estoque existente após a data estabelecida no caput deverá ser
destruído, com completa limpeza dos espaços de armazenagem para recebimento
da safra de 2005.
Art. 3º – Os produtores abrangidos pelo disposto no art. 1º, ressalvado o dis-
posto nos arts. 3º e 4º da Lei nº 10.688, de 13 de junho de 2003, somente pode-
rão promover o plantio e comercialização da safra de soja do ano de 2004 se
subscreverem Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento de Con-
duta, conforme regulamento, observadas as normas legais e regulamentares vi-
gentes.
Parágrafo único – O Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento
de Conduta, de uso exclusivo do agricultor e dos órgãos e entidades da adminis-
tração pública federal, será firmado até o dia 9 de dezembro de 2003 e entregue
nos postos ou agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, nas
agências da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil S. A.
Art. 4º – O Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento pode-
rá excluir do regime desta Lei, mediante portaria, os grãos de soja produzidos em
202 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
Capítulo I
DA VINCULAÇÃO DA CTNBio
Capítulo II
DA COMPETÊNCIA DA CTNBio
Capítulo III
DA COMPOSIÇÃO DA CTNBio
a) da Ciência e Tecnologia;
b) da Saúde;
c) do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal;
d) da Educação e do Desporto;
e) das Relações Exteriores.
III – dois representantes do Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da
Reforma Agrária, sendo um da área vegetal e outro da área animal, indicados
pelo respectivo titular;
IV – um representante de órgão legalmente constituído de defesa do consumi-
dor;
V – um representante de associações legalmente constituídas, representativas
do setor empresarial de biotecnologia, a ser escolhido pelo Ministro de Estado da
Ciência e Tecnologia, a partir de listas tríplices encaminhadas pelas associações
referidas;
(Inciso V, com redação dada pelo Decreto nº 2.577, de 30-04-98 - DOU, de
04-05-98)
VI – um representante de órgão legalmente constituído, de proteção à saúde
do trabalhador.
§ 1º – Os candidatos indicados para a composição da CTNBio deverão apre-
sentar qualificação adequada e experiência profissional no segmento de
biotecnologia, que deverá ser comprovada pelos respectivos curricula vitae.
§ 2º – Os especialistas referidos no inciso I serão escolhidos pelo Ministro de
Estado da Ciência e Tecnologia, a partir de nomes de cientistas com grau de
Doutor, que lhe forem recomendados por instituições e associações científicas e
tecnológicas relacionadas ao segmento de biotecnologia.
(§ 2º, com redação dada pelo Decreto nº 2.577, de 30-04-98, DOU, de
04-05-98)
§ 3º – A indicação de que trata o parágrafo anterior será feita no prazo de trin-
ta dias, contado do recebimento da consulta formulada pela Secretaria Executiva
da CTNBio, a ser feita no mesmo prazo, a partir da ocorrência da vaga.
§ 4º – No caso de não-aprovação dos nomes propostos, o Ministro de Estado
da Ciência e Tecnologia poderá solicitar indicação alternativa de outros nomes.
§ 5º – O representante de que trata o inciso IV deste artigo será escolhido pelo
Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, a partir de sugestões, em lista
tríplice, de instituições públicas ou não-governamentais de proteção e defesa do
consumidor, observada a mesma sistemática de consulta e indicação prevista no
§ 3º.
(§ 5º, com redação dada pelo Decreto nº 2.577, de 30-04-98, DOU, de
04-05-98)
§ 6º – Consideram-se de defesa do consumidor as instituições públicas ou pri-
vadas cadastradas no Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Se-
cretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça.
208 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
Capítulo IV
DO MANDATO DOS MEMBROS DA CTNBio
Capítulo V
DAS NORMAS DA CTNBio E DO CERTIFICADO
DE QUALIDADE EM BIOSSEGURANÇA
Capítulo VI
DO FUNCIONAMENTO DA CTNBio
Capítulo VII
DA DIVULGAÇÃO DOS PROJETOS
Capítulo VIII
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Capítulo IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
ANEXO
DO OBJETO
INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR/COMPRADOR
(dezesseis mil, cento e dez reais), acrescida de dez por cento por tonelada ou
fração de soja produzida, limitada ao dobro do valor da safra estimada, sem pre-
juízo de outras cominações civis, penais e administrativas previstas em lei.
Cláusula Nona – O COMPROMISSADO responderá por perdas e danos se der
causa à contaminação de soja convencional por organismo geneticamente modifi-
cado.
DISPOSIÇÕES FINAIS
———————————————————————
COMPROMISSADO
capítulo IV — A legislação brasileira sobre os ogm 217
ANEXO
REGIMENTO INTERNO
COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA – CTNBio
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO
SEÇÃO I
DAS FINALIDADES
SEÇÃO II
Da Competência
SEÇÃO III
Da Composição
SEÇÃO IV
Do Mandato dos Membros
Art. 4º – O mandato dos membros da CTNBio será de três anos, sendo permiti-
da a recondução uma única vez.
§ 1º – A cada três anos, a composição da CTNBio será renovada na metade de
seus membros, devendo necessariamente ser reconduzidos, no primeiro manda-
to, quatro dos oito especialistas que trata o inciso I do art. 3º.
§ 2º – A CTNBio fará avaliação dos membros que serão substituídos obede-
cendo-se aos seguintes critérios:
a) manifestação de interesse do membro em se retirar da Comissão;
b) interesse do membro pelas atividades da CTNBio, manifestado através da
freqüência às reuniões.
§ 3º – Em caso de empate, a escolha será por votação secreta.
§ 4º – Quando da renovação dos membros da CTNBio, os candidatos deverão
satisfazer as condições previstas no § 1º do art. 3º.
§ 5º – A Secretaria Executiva da CTNBio formulará consulta às instituições e
associações científicas e tecnológicas relacionadas ao segmento de biotecnologia
e, no prazo de trinta dias do recebimento da resposta, submeterá os nomes à
apreciação dos membros da Comissão para indicação dos especialistas de que
trata o inciso I do art. 3º.
capítulo IV — A legislação brasileira sobre os ogm 221
§ 6º – Relativamente aos membros discriminados nos incisos II, III, IV, V e VI, do
art. 3º, o procedimento de que trata o parágrafo anterior deverá também considerar
as determinações do art. 3º do Decreto nº 1.752, de 20 de dezembro de 1995.
§ 7º – A indicação de novos membros cientistas da CTNBio será feita pelos
membros efetivos em exercício e encaminhada ao Ministro de Estado da Ciência
e Tecnologia para aprovação. No caso de não-aprovação de algum nome propos-
to, a Comissão encaminhará novos nomes, escolhidos entre aqueles indicados
pelas respectivas instituições e associações científicas e tecnológicas, órgãos de
defesa do consumidor, setor empresarial de biotecnologia, ou órgão de proteção
à saúde do consumidor, conforme o caso.
Art. 5º – O Presidente da CTNBio será designado pelo Ministro de Estado da
Ciência e Tecnologia, a partir de lista tríplice elaborada pelo colegiado, dentre os
seus membros.
§ 1º – O mandato de Presidente da CTNBio será de um ano, podendo ser re-
novado por até dois períodos consecutivos.
§ 2º – A CTNBio decidirá sobre a renovação ou não do mandato do Presidente.
SEÇÃO V
Das Comissões Setoriais Específicas
SEÇÃO VI
Da Secretaria Executiva
SEÇÃO VII
Do Presidente e dos Membros
CAPÍTULO II
DO FUNCIONAMENTO
SEÇÃO I
Das Reuniões
SEÇÃO II
Das Disposições Gerais
Art. 1º – Definir o símbolo de que trata o art. 2º, § 1º, do Decreto nº 4.680, de
24 de abril de 2003, na forma do anexo à presente Portaria.
Art. 2º – Esta portaria entra em vigor no prazo de sessenta dias contados da
data de sua publicação.
ANEXO
2. DEFINIÇÕES:
2.1 – Símbolo Transgênico:
É a denominação abreviada do símbolo objeto do presente regulamento técni-
co.
2.2 – Rotulagem:
É toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica que
seja escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada ou
colada sobre a embalagem.
2.3 – Painel Principal:
Área visível em condições usuais de exposição, onde estão escritas em sua
forma mais relevante a denominação de venda, a marca e/ou o logotipo se hou-
ver.
3. APRESENTAÇÃO DO SÍMBOLO:
3.1 – O símbolo terá a seguinte apresentação gráfica, nos rótulos a serem im-
pressos em policromia:
3.2 – O símbolo terá a seguinte apresentação gráfica, nos rótulos a serem im-
pressos em preto e branco:
3.3 – O símbolo deverá constar no painel principal, em destaque e em contras-
te de cores que assegure a correta visibilidade.
3.4 – O triângulo será eqüilátero.
3.5 – O padrão cromático do símbolo transgênico, na impressão em policromia,
conforme apresentado no item 3.1, deve obedecer às seguintes proporções:
3.5.1 – Bordas do triângulo e letra T: 100% Preto.
3.5.2 – Fundo interno do triângulo: 100% Amarelo.
3.6 – A tipologia utilizada para grafia da letra T deverá ser baseada na família
de tipos “Frutiger”, bold, em caixa alta, conforme apresentada no item 3.1.
228 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
4. DIMENSÕES MÍNIMAS:
4.1 – A área a ser ocupada pelo símbolo transgênico deve representar, no mí-
nimo, 0,4% (zero vírgula quatro por cento) da área do painel principal, não poden-
do ser inferior a 10,82531mm2 (ou triângulo com laterais equivalentes a 5mm).
4.2 – O símbolo transgênico deverá ser empregado mantendo-se, em toda a
sua volta, uma área livre equivalente a, no mínimo, a área da circunferência que
circunscreve o triângulo, passando pelos três vértices e com centro no
circuncentro.
5 – As expressões de que trata o § 1º do art. 2º do Decreto 4.680/03 deverão
observar o quanto estabelecido pela resolução da Diretoria Colegiada da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária de nº 259, de 20 de setembro de 2002, ou norma
que eventualmente a substitua.
www.in.gov.br/imprensa/jsp/jornaiscompletos/visualizacao/pdf/
visualiza_pdf.jsp?data=26/ 2003&jornal=do&segedicao=&secao=1&pagina=10
CAPÍTULO V
A
ABIÓTICO – Relativo a fatores físicos e químicos do ambiente os quais não
possuem condições de adaptabilidade, como água, temperatura, solo etc...
ALELO LETAL – Aquele que causa a morte do indivíduo que o possui em esta-
do homozigótico.
AUTÓTROFOS – Seres vivos, como plantas, que produzem seus próprios ali-
mentos à custa de energia, solar, do CO 2 do ar e da água do solo. Palavra origi-
nada do grego autos = próprio + trophos = nutrir. São organismos que conseguem
sintetizar substância orgânica a partir de substância inorgânica.
B
BACTÉRIA – É o organismo unicelular, desprovido de núcleo, tendo o seu ma-
terial genético, o DNA, de forma circular. Pertence ao grupo dos procariotos. As
bactérias são encontradas nos mais variados ambientes, distinguindo-se as
anaeróbias, que vivem em presença desse elemento. A grande maioria das bacté-
rias, cerca de 97%, são benéficas e essenciais para a vida. Apenas 3% são pato-
gênicas. Sendo o seu material genético constituído só de DNA livre dos outros
componentes, e apresentando grande variedade de genes, bactérias têm sido em-
pregadas com sucesso na obtenção de plantas geneticamente modificadas.
“BBI” – Better Bean Initiative (“Iniciativa para uma soja melhor”). Instituição nor-
te-americana que concentra seus esforços na busca de soja de melhor qualidade.
BIOGÁS – Mistura de gases cuja composição depende da forma como foi obtida.
De modo geral, sua composição é variável, e é expressa em função dos componen-
tes que aparecem em maior proporção. Assim, o biogás pode conter 50 a 70% de
metano (CH4), 50 a 30% de gás carbônico e traços de gás sulfídrico (H2S). Pode ser
obtido partindo-se de diversos tipos de materiais, tais como resíduos de materiais
238 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
agrícolas, lixo, vinhaça, casca de arroz, esgoto, etc. Nos digestores, pelo processo
da fermentação anaeróbica (digestão), através de uma seqüência de reações que
termina com a produção de gases como o metano e o carbônico.
C
CADEIA ALIMENTAR – Sistema no qual se processa a transferência de ener-
gia de organismos vegetais para uma série de organismos animais, por intermé-
dio da alimentação, e através de reações bioquímicas; cada elo alimenta-se do
organismo precedente e, por sua vez, sustenta o seguinte.
COSMÍDIOS – São os plasmídios vetores, nos quais foi inserido um sítio cos
do fago lambda. Com isso, o plasmídeo pode ser empacotado in vitro na capa
protéica desses fagos.
D
DADOS DE PASSAPORTE – Conjunto de dados relativos à origem de um aces-
so. De fundamental importância são o nome da espécie, local e data da coleta (ou
procedência), estado do material (silvestre ou cultivado) e o número pessoal do
coletor. Dados desejáveis são as condições do hábitat e da ecologia local, bem
como anotações sobre a planta em si, como altura, cor da flor etc. Estes dados são
registrados à parte pelo coletor ou em cadernetas de coletor, especiais para este
fim, com formulário padronizado que traz impresso os principais dados relativos à
identificação de uma coleta.
“DRAW BACK” – É a forma de importação de um dado OGM que, após ser be-
neficiado, deve voltar ao seu destino de origem.
capítulo v — conceitos que abrangem os ogms 253
E
“ECESIS” – É a capacidade de uma espécie pioneira se reproduzir numa área
nova.
F
FAGO – Ver bacteriófago.
G
GAMETAS – Células reprodutivas (óvulo e espermatozóide).
GENE – É uma porção de DNA que em sua seqüência contém informações ne-
cessárias para a realização de uma característica genética específica para cada
indivíduo.
H
HÁBITAT – Ambiente que oferece um conjunto de condições favoráveis para o
desenvolvimento, a sobrevivência e a reprodução de determinados organismos.
Os ecossistemas, ou parte deles, nos quais vive um determinado organismo, são
seu hábitat. O hábitat constitui a totalidade do ambiente do organismo. Cada es-
pécie necessita de determinado tipo de hábitat porque tem um determinado nicho
ecológico.
I
ICTIOFAUNA – É a fauna de peixes de uma região.
L
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL – É o conjunto de regulamentos jurídicos dirigidos,
especificamente, às atividades que afetam a qualidade do meio ambiente.
266 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
M
MAGNITUDE DO IMPACTO AMBIENTAL – É a grandeza de um impacto em
termos absolutos, podendo ser definida como a medida da alteração de um fator
ou parâmetro ambiental, em termos quantitativos ou qualitativos.
MEIO AMBIENTE – Tudo o que cerca o ser vivo, que o influencia e que é in-
dispensável à sua sustentação. Estas condições incluem solo, clima, recursos
hídricos, ar, nutrientes e os outros organismos. O meio ambiente não é constituí-
do apenas do meio físico e biológico, mas também do meio sócio-cultural e sua
relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem. É o conjunto
de todas as condições e influências externas circundantes, que interagem com
um organismo, uma população, ou uma comunidade.
N
NICHO ECOLÓGICO – É representado pelas atividades e relações de um or-
ganismo dentro do seu ambiente.
O
OCDE – É a sigla da Organização para Cooperação e Desenvolvimento econô-
mico, compreendendo a Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Esta-
dos Unidos, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália,
Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Su-
écia, Suíça e Turquia.
OGM – Refere-se a um ser vivo que teve seu material genético modificado por
outra forma que não a multiplicação e recombinação natural.
P
PARQUES NACIONAIS, ESTADUAIS OU MUNICIPAIS – São áreas relativa-
mente extensas, que representam um ou mais ecossistemas, pouco ou não altera-
dos pela ocupação humana, onde as espécies animais, vegetais, os sítios
geomorfológicos e os hábitats ofereçam interesses especiais do ponto de vista ci-
entífico, educativo, recreativo e conservacionista. São superfícies consideráveis
que contém características naturais únicas ou espetaculares, de importância naci-
onal, estadual ou municipal.
Q
“QTL” – Também conhecida como Quantitative Trait Loci. Se refere à identifi-
cação de locos nos cromossomos, onde se situam caracteres quantitativos dos
seres vivos.
R
RAÇA – População que apresenta uma ou mais características peculiares que
a distingue de outras populações da mesma espécie. Raças geralmente não são
enquadradas sob categorias taxonômicas.
uma restauração a condições mais naturais. Uma reserva da biosfera pode incluir
unidades de conservação, como parques nacionais ou reservas biológicas.
RIMA – Sigla do Relatório de Impacto do Meio Ambiente. É feito com base nas
informações do AIA (EIA) e é obrigatório para o licenciamento de atividades
modificadoras do meio ambiente, tais como construção de estradas, metrôs, ferro-
vias, aeroportos, portos, assentamentos urbanos, mineração, construção de usi-
nas de geração de eletricidade e suas linhas de transmissão, aterros sanitários,
complexos industriais e agrícolas, exploração econômica de madeira etc.
S
S1, S2, S3... – Símbolos para denominar a primeira, segunda, terceira etc, ge-
rações de autofecundação a partir de uma planta original (S0).
T
T1, T2, T3... – Símbolos utilizados para designar a primeira, segunda, terceira
etc... gerações de uma planta ancestral transformada geneticamente (T0) no pro-
cesso de obtenção de planta transgênica.
U
UTILIZAÇÃO – Uso da variabilidade genética presente em uma coleção de
germoplasma de uma determinada cultura. A utilização refere-se tanto ao
germoplasma domesticado quanto àquele não-domesticado e abrange o material
conservado sob qualquer condição ex situ.
V
VARIABILIDADE – Estado de ser variável, em qualquer categoria considerada.
Em genética há uma tendência de associar variabilidade com o nível micro,
molecular, como, por exemplo, no caso da variabilidade genética de organismos.
W
“WESTHERN BLOTTING” – É a técnica onde proteínas são transferidas de um
gel de poliacrilamida para uma membrana de nitrocelulose e ulterior caracteriza-
ção por meio de sondas específicas.
X
X1, X2, X3... Símbolos que denotam a primeira, segunda, terceira etc gerações
produzidas a partir de uma planta ancestral irradiada (X0).
Z
ZIGÓTENO – Uma das subdivisões da prófase I da meiose caracterizada pelo
início do pareamento dos cromossomos homólogos.
286 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
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www.biblioclima.gov.br
www.binbr.org.br
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288 — Estudos Tópicos sobre os Organismos Geneticamente Modificados
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