financeiras
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação................................................................................................................................... 5
Introdução...................................................................................................................................... 8
Unidade i
conceitos introdutórios................................................................................................................ 9
Capítulo 1
Fundamentos da Contabilidade e dos Custos.................................................................. 9
Capítulo 2
Fundamentos da Análise................................................................................................... 15
Unidade iI
Análise de liquidez.......................................................................................................................... 23
Capítulo 3
Indicadores de Liquidez.................................................................................................... 25
Unidade iII
Análise de atividade......................................................................................................................... 33
Capítulo 4
Indicadores de Atividade.................................................................................................. 33
Unidade iV
Análise de solvência e endividamento.......................................................................................... 38
Capítulo 5
Indicadores de Solvência e Endividamento.................................................................... 38
Unidade V
análise de rentabilidade ou lucratividade.................................................................................... 44
Capítulo 6
Indicadores de Rentabilidade........................................................................................... 44
Unidade VI
Análise das imobilizações.............................................................................................................. 46
Capítulo 7
Indicadores de Imobilização........................................................................................... 46
Unidade vII
Análise de cobertura...................................................................................................................... 49
Capítulo 8
Cobertura de Juros........................................................................................................... 49
Capítulo 9
EBITDA ou LAJIDA.................................................................................................................. 51
Unidade VIII
Análise da taxa de retorno........................................................................................................... 53
Capítulo 10
Indicadores – Taxa de Retorno........................................................................................ 54
Unidade IX
Alavancagem.................................................................................................................................. 60
Capítulo 11
Indicadores de Alavancagem.......................................................................................... 60
Unidade X
fluxo de caixa................................................................................................................................ 65
Capítulo 12
Fluxo de Caixa – Modelos................................................................................................ 69
Unidade XI
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura................................... 77
Capítulo 13
Análise Horizontal............................................................................................................. 77
Capitulo 14
Análise Vertical ou Estrutural.......................................................................................... 80
Capítulo 15
Balanced Scorecard e o Efeito Tesoura........................................................................ 84
Referências................................................................................................................................... 114
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de to rná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
Segundo o que consta na Lei no 6.404/1976, as Demonstrações Contábeis e Financeiras são o conjunto
de informações que devem ser obrigatoriamente divulgadas, anualmente, pela administração de
uma sociedade por ações. Representa a sua prestação de contas aos sócios e acionistas.
Para o IBRACON (NPC 27), são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial
e financeira, em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo
nessa data e mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe
são confiados.
Com os assuntos abordados neste Caderno, pretendemos oferecer a você, cursista, a oportunidade
de aprofundar seus estudos, mediante a análise de indicadores da área de Contabilidade e Custos,
assim como ampliar sua compreensão das diversas concepções acerca das Demonstrações Contábeis
e Financeiras.
Objetivos
»» Aprofundar os conhecimentos teóricos sobre a disciplina em pauta.
»» Propiciar uma visão mais ampla sobre Análise das Demonstrações Contábeis e
Financeiras.
8
conceitos Unidade i
introdutórios
Capítulo 1
Fundamentos da Contabilidade e dos
Custos
Contabilidade
Patrimônio: Conjunto de bens, direitos e obrigações suscetíveis de avaliação econômica, vinculadas
a uma entidade.
Bem: Tudo aquilo que satisfaz as necessidades humanas e pode ser avaliado economicamente.
Exemplos: direitos sobre marcas, patentes, direitos autorais, ponto comercial, fundo de
comércio, ações ou quotas do capital de outras empresas e outros.
9
UNIDADE I │ conceitos introdutórios
Classes de Contas: Na forma da Lei no 6.404/1976, são duas as classes de contas patrimoniais: as
do ativo e as do passivo.
Ativo (Classe).
Grupos.
I) Ativo Circulante.
»» Investimentos;
»» Imobilizado;
»» Intangível.
Passivo (Classe).
Grupos.
I) Passivo Circulante
»» Capital Social;
»» Reservas de Capital;
»» Reservas de Lucros;
»» Ações em Tesouraria;
»» Prejuízos Acumulados.
10
conceitos introdutórios│ UNIDADE I
Essa é uma classificação recente que veio com ênfase no modelo internacional de lei societária.
Podemos observar que a Lei n0 11.638/2007, alterada pela Lei nº11.941/2009, suprimiu do Patrimônio
Líquido as Reservas de Reavaliação, tendo em vista não ser uma prática internacionalmente aceita.
No lugar dela, surge Ajustes de Avaliação Patrimonial que consiste em classificar as contrapartidas
de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em
decorrência da sua avaliação de preço de mercado. Isso traz o conceito de “Fair Value” ou
“Valor Justo” que determina que as transações – compra e venda – ocorram com valores correntes,
isto é, valor de mercado.
Além disso, outra novidade surge na ciência contábil atual. É o conceito de Impairment Teste –
Redução ao Valor Recuperável de Ativos, ou seja, é o teste de recuperabilidade que consiste em nova
avaliação dos bens tangíveis e intangíveis, tendo em vista que o registro do valor líquido contábil se
encontra maior do que o valor de mercado.
As mudanças trazem aos contabilistas novas incumbências, pois, periodicamente, a empresa deverá
avaliar os itens que compõem o ativo e o passivo. Assim, por exemplo, um bem do imobilizado
possui sua vida útil atrelada diretamente à depreciação, cujos critérios deverão ser constantemente
revisados e ajustados.
Cabe, ainda, enfatizar que foi excluída do novo cenário a conta Lucros Acumulados. Esse
procedimento visa a obrigar a destinação de lucro.
A separação dos grupos, em circulante e não circulante, deve-se ao fato de que todos os itens
patrimonias possuem valores. Logo, são conversíveis em moeda, diferenciando-se, somente, no
tocante aos prazos. Menor prazo – próximos 12 meses – circulante; maior prazo – não circulante.
11
UNIDADE I │ conceitos introdutórios
Exemplos:
Ativo (Classe)
Circulante (Grupo)
»» Valores a Receber
»» Impostos a Recuperar
Subgrupos
»» Estoques
Exemplos:
Ativo (Classe)
Circulante (Grupo)
Caixa e Equivalente de Caixa (Subgrupo)
»» Caixa
Exemplos:
Ativo (Classe)
Circulante (Grupo)
Caixa (Conta)
12
conceitos introdutórios│ UNIDADE I
»» Banco A
Subcontas »» Banco B
»» Banco C
Custos
Definições
A Ciência Contábil apresenta terminologias que podem levar os alunos a interpretarem seus
significados de formas diferentes. Assim, com o intuito de padronizar essas nomenclaturas,
conceituaremos, seguindo os preceitos estabelecidos pelo Professor Eliseu Martins, em Contabilidade
de Custos, algumas palavras e expressões:
13
UNIDADE I │ conceitos introdutórios
Para melhor entendimento, podemos citar a seguinte situação: João, funcionário de uma
empresa, trabalha meio expediente e recebe R$150,00 por semana. Resolve viajar em
uma determinada semana, então, o valor que deixará de receber nessa semana será o
Custo de Oportunidade.
14
Capítulo 2
Fundamentos da Análise
Demonstrações Contábeis
Situação 1
A relação entre Ativo Circulante e Passivo Circulante (600,00/300,00) será de 2, ou seja, para cada
R$1,00 de dívida a empresa possui R$2,00.
Situação 2
15
UNIDADE I │ conceitos introdutórios
Situação 1:
A relação entre Ativo Circulante e Passivo Circulante (800,00/500,00) será de 1,6, ou seja, para
cada R$1,00 de dívida a empresa possui R$1,60.
Considerando que despesa de exercícios seguintes demonstra ser relevante (mais do que 10% do
Ativo Circulante, é recomendável a reclassificação dessa conta.
Situação 2:
A relação entre Ativo Circulante e Passivo Circulante (700,00/500,00) será de 1,4, ou seja, para
cada R$1,00 de dívida a empresa possui R$1,40.
No entanto, devemos reiterar que, na maioria das vezes, por apresentar valor irrelevante, essa
reclassificação não é realizada.
Por fim, reclassificar consiste observar algumas contas que, por serem relevantes, podem trazer
distorções à conclusão da análise. Mas isso se processa, apenas, em papéis de trabalho, em nada
modificando a rotina de escrituração e elaboração de demonstrações financeiras da companhia.
16
conceitos introdutórios│ UNIDADE I
Entretanto, segundo Gitman (1997), antes de apresentar os índices financeiros propriamente ditos,
o analista deve ter as seguintes preocupações:
4. Os dados financeiros que estão sendo comparados devem ter sido elaborados com
os mesmos critérios. O uso de tratamentos contábeis diferentes – especialmente
com relação a estoques e depreciação – pode distorcer os resultados das análises
dos índices financeiros, independentemente do tipo de análise utilizado, se cross-
sectional ou série temporal.
17
UNIDADE I │ conceitos introdutórios
Contextos Externos
Primeiramente, devemos ressaltar que, antes do analista iniciar seu trabalho de cálculos, ele deve
providenciar um esboço do contexto em que a empresa está inserida, a fim de respaldar o parecer
emitido, verificando:
»» Demonstrações Contábeis.
a) Análise de Cenário
»» A descrição da empresa.
»» As maiores concorrentes.
18
conceitos introdutórios│ UNIDADE I
b) Análise Econômica
c) Análise Financeira
»» Capacidade de pagamento.
»» Liquidez.
»» Rentabilidade financeira.
d) Conclusão
19
UNIDADE I │ conceitos introdutórios
Despesas
Despesas precisam ser bem administradas, pois são gastos que não implicam a produção de outros
bens, embora sejam necessários ao funcionamento da entidade. Assim, o consumo de matéria-
prima é custo porque contribuiu para a formação de outros bens. Os serviços de telefonia utilizados
pela área de vendas não contribuem para formação de outros bens, mas são necessários à geração
de resultados.
Assim, os custos ativados nos estoques guardam, intrinsecamente, reserva de valor. As despesas
não. Por isso, é necessário identificar possíveis excessos de despesas que estejam contribuindo
negativamente para o resultado, sem produzir receitas. Um exemplo é o uso abusivo dos telefones
da empresa para fins particulares.
Confiabilidade
A utilidade da informação está na dependência de ser ela confiável. Entende-se que o seu grau de
confiabilidade depende de que sejam produzidas livres de erros relevantes e de forma a representar,
fielmente, a real situação da companhia e os eventos que atingiram seu patrimônio. Fundamenta-se,
portanto, na veracidade e pertinência de seu conteúdo. Para viabilizá-la, é necessário um sistema de
controles contábeis eficientes e bem acompanhados.
Tempestividade
Em decorrência, desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser
feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência, compreendendo os
elementos quantitativos e qualitativos, e contemplando os aspectos físicos e monetários.
Compreensibilidade
As demonstrações devem ser elaboradas de tal forma que sejam prontamente entendidas pelos
usuários. Mas cuidado: não se pode utilizar o pretexto de que as ocorrências sobre o patrimônio são
demasiadamente complexas para excluir informações dos demonstrativos contábeis, que deverão
refletir a inteireza dos fatos contábeis, segundo critérios de relevância e materialidade.
As informações são ditas relevantes quando podem vir a influenciar as decisões dos usuários,
seja pela reavaliação do impacto de eventos passados presentes ou futuros sobre o patrimônio,
20
conceitos introdutórios│ UNIDADE I
seja por trazer a necessidade de corrigir avaliações anteriores, ou mesmo quando trazem apenas
confirmações. Por isso, a relevância requisita a apresentação de toda informação que possa vir a
ajudar no processo de tomada de decisão.
A relevância das informações concerne à sua natureza e à sua materialidade, que é uma característica
geral que leva à mensuração. Mas ela também se liga ao grau de agregação de dados. Liga-se, portanto
à significância de valor e às descrições suficientemente importantes para influenciar julgamentos
razoáveis.
Comparabilidade
Também deve ser possível aos usuários comparar demonstrações de diferentes empresas de modo a
permitir conclusões relativas, por exemplo, ao custo de oportunidade de investimentos.
Para tornar possível a comparabilidade, devem ser informados as políticas contábeis e os princípios
adotados para a elaboração das demonstrações financeiras, incluindo, se for o caso, informações
sobre mudanças de critérios contábeis que possam ter ocorrido (por exemplo, mudanças de critério
de avaliação de investimentos permanentes, passando do método de custo para a equivalência
patrimonial).
Um instrumento de natureza não financeira a ser considerado para fins de análise é o Balanço Social.
Esse instrumento de informações tem a finalidade de informar como a empresa está adaptada
21
UNIDADE I │ conceitos introdutórios
ao ambiente em que está inserida e deve ser divulgado a partir de dados de responsabilidade da
empresa em quatro vertentes:
Análise de Tendências
A análise de tendência parte de dados passados para projetar possíveis resultados futuros, faz a
leitura prospectiva dos números, e só é efetuada após a conclusão da análise:
a) do Balanço Patrimonial;
b) da Margem de Segurança;
c) do Retorno do Investimento;
d) da Rentabilidade;
f) do Risco Empresarial;
h) de Valor da Empresa.
22
Análise de Unidade iI
liquidez
A Análise de Liquidez faz-se por meio de indicadores estáticos, com a intenção de se chegar a
conclusões sobre a capacidade de pagamento das exigibilidades de uma empresa. Por eles, os credores
potenciais avaliam o risco de novas concessões de crédito, e os atuais verificam a possibilidade de
não recebimento de empréstimos ou financiamentos que anteriormente concederam em favor da
empresa avaliada. Mas, é preciso ressaltar que o analista das demonstrações só forma suas convicções
após a avaliação completa dos dados, isto é, não antes de aplicar todas as técnicas: análises vertical,
horizontal e por quocientes.
Análise Vertical e Horizontal – Marion (2009, p.10), define essas análises da seguinte
forma:
“Quando fazemos a divisão de uma grandeza por outra (=1500/1000), nossos olhos
leem no sentido vertical, daí chamamos de Análise Vertical, considerando dados de
um mesmo período (ou de mesmo ano).
Índice
Contas a Receber = Ano 2000 Ano 2001 Ano 2002
–
Contas a Pagar = 1,50 1,46 1,39
23
UNIDADE II │ análise de liquidez
Cabe ressaltar que há aspectos importantes a serem considerados na análise, pois os indicadores
não fornecem maiores considerações, são eles:
24
Capítulo 3
Indicadores de Liquidez
AC
LC =
PC
Sendo:
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
Menor que 1 – O AC não atende às exigências do que deve ser pago no PC;
Exemplo:
25
UNIDADE II │ análise de liquidez
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Circulante 200 Circulante 160
Estoques 30
Imobilizado 210
Total 450 Total 450
200
LC =
160
LC = 1,25 ou 125%
Conclui-se que a empresa tem ativos circulantes mais que suficientes para cobrir suas dívidas de
curto prazo, na razão de R$1,25 de ativos para cada R$1,00 de exigibilidades.
Teoricamente, índice de liquidez corrente superior a 1,0 é positivo. Mas, tudo depende do ramo da
atividade empresarial. Por exemplo, um ILC 0,8 é insuficiente para a indústria, mas pode não ser
para uma empresa de transporte coletivo, pois essa não apresenta duplicatas a receber, em face de
não vender a prazo, nem tampouco apresenta mercadorias nos estoque. Dessa forma, seu Ativo
Circulante não apresenta dois itens que “engordam” esse grupo na indústria e no comércio.
Nesse caso, a melhor alternativa para que o analista constate se o indicador de 0,8 é razoável ou não,
é utilizar o conceito de índice-padrão, que consiste em comprar o indicador apresentado com as das
diversas empresas do ramo de atividade.
Instituições que trabalham com volumes vultosos de operações à vista precisam cuidar para que
suas disponibilidades sejam suficientes para garantir seu funcionamento regular e ao mesmo tempo
minimizar a manutenção de valores nessas contas, uma vez que são ativos de reduzida rentabilidade.
26
análise de liquidez │ UNIDADE II
Caixa e Equivalência de
ILI = Caixa
PC
Exemplo:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Circulante 140 Circulante 120
Estoques 10
Imobilizado 125
Total 300 Total 300
30
ILI = = 0,25 ou 25%
120
Portanto, para essa empresa é possível quitar, instantaneamente, 25% das dívidas circulantes.
27
UNIDADE II │ análise de liquidez
AC - Estoque
ILS =
PC
Exemplo:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Circulante 100 Circulante 150
Estoques 40
Imobilizado 80
Total 200 Total 200
100 - 40
LI =
150
LS = 0,4 ou 40%
O resultado apresentado é menor que um (1,00). Isso significa que essa empresa depende da
realização de seus estoques para ampliar sua capacidade de pagamento de curto prazo.
Às vezes, um Índice de Liquidez Seca baixo não representa situação financeira desfavorável. Como
exemplo, podemos citar um supermercado, porque possui investimentos elevados em estoques e
não apresenta duplicatas a receber em virtude de só vender à vista. Nesse caso, o resultado deverá
ser baixo. Diante disso, devemos nos utilizar, igualmente, do artifício dos índice-padrão, a fim de
constatar se o resultado encontrado é melhor ou pior do que o mercado.
Por fim, não podemos deixar de enfatizar que o Índice de Liquidez Seca é apreciado porque os
estoques, que podem ser manipulados, perecíveis, obsoletos, são suprimidos dos cálculos.
ATENÇÃO! Para o cálculo do Índice de Liquidez Seca, alguns autores suprimem também as
aplicações de recursos em despesas de exercícios seguintes (despesas antecipadas), uma vez que se
trata de um grupo de contas cuja destinação é a transformação em despesa à medida que ocorre o
28
análise de liquidez │ UNIDADE II
seu fato gerador, ou seja, não são valores que se traduzirão em capacidade de pagamento, pois não
se convertem em moeda. Nesse caso, passaríamos à seguinte fórmula:
Exemplo:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Circulante 100 Circulante 150
Estoques 10
Imobilizado 80
Total 200 Total 200
100 - 40 - 10
LS =
150
LS = 0,333 ou 33,33%
AC + ARLP
ILG =
Capital de Terceiros
29
UNIDADE II │ análise de liquidez
Sendo:
Cabe ressaltar que o Realizável a Longo Prazo pode apresentar contas com grande dificuldade de
realização na prática, como, por exemplo, determinados direitos oriundos de precatórios. Quando
isso ocorrer, devemos suprimir esses registros do cálculo do Índice de Liquidez Geral.
Exemplo:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Circulante 100 Circulante 130
Imobilizado 80
Total 200 Total 200
100 + 20
LG =
130 + 20
LG = 0,8 ou 80%
Assim, essa empresa não tem bens e direitos, de curto e longo prazos, suficientes para cobrir as
dívidas assumidas no passivo circulante e não circulante. Logo, há valores do ativo permanente
financiados com capitais de terceiros (o PL é de apenas R$50,00 e não cobre o AP de R$80,00).
Assim, considerando-se exclusivamente as informações acima, se não sobrevierem novos fatos,
a empresa poderá ter que se desfazer de parte de seu ativo permanente para saldar suas dívidas
integralmente.
30
análise de liquidez │ UNIDADE II
Esse demonstrativo permite a identificação dos fluxos financeiros que aumentam ou reduzem o
Capital Circulante Líquido, indicando suas origens (operações que elevam o Capital Circulante
Líquido) e aplicações (operações que diminuam o Capital Circulante Líquido).
CLL = AC – PC
O Capital Circulante Líquido pode apresentar diversas configurações, conforme modelo de estudo
proposto por Assaf Neto e Tibúrcio Silva (2002, p.17)3.
O resultado mostra excesso do Ativo Circulante sobre o Passivo Circulante, representando uma
folga financeira de curto prazo.
AC = PC = CLL Nulo
Cabe ressaltar que as fórmulas supracitadas demonstram a apuração do Capital Circulante Líquido
– CCL e acarretam consequências diretas na Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
– DOAR, quais sejam:
»» Quando ocorrer AUMENTO do CCL, seja por aumento do Ativo Circulante ou por
redução do Passivo Circulante, estaremos diante de uma ORIGEM.
»» Quando ocorrer REDUÇÃO do CCL, seja por redução do Ativo Circulante ou por
aumento do Passivo Circulante, estaremos diante de uma APLICAÇÃO.
2 A Lei nº 11.638, de 28/12/2007, alterou o art. 176 da Lei nº 6.404/1976, suprimindo a obrigatoriedade da DOAR.
3 ASSAF NETO A; SILVA C.A.T. Administração do Capital de Giro. Atlas, 2002, p. 17.
31
UNIDADE II │ análise de liquidez
RESUMINDO:
CCL = AC – PC
ORIGEM DE RECURSOS
CCL = AC – PC
CCL = AC – PC
APLICAÇÃO DE RECURSOS
CCL = AC – PC
Grupos de Comparação
Há situações dentro da análise das Demonstrações Contábeis e Financeiras que permitem a
realização de comparações. Dentre essas, podemos destacar o Capital Circulante Líquido e o Índice
de Liquidez.
CCL = AC – PC
LC = AC/PC
Então, empresa com CCL positivo apresenta LC>1,00. Se encontrarmos CCL negativo, terá LC<1,00.
Se o CCL for nulo, a LC será igual a 1,00.
32
Análise de Unidade iII
atividade
Esse indicador tem por objetivo mostrar em quanto tempo – dias, meses – a empresa leva, em
média, para trocar seu estoque, receber suas vendas e pagar suas compras.
O resultado da operação pode dar indícios interessantes, pois quanto maior for a velocidade de
recebimento de vendas e de troca do estoque, melhor tenderá ser a eficiência. Todavia, para as
compras, quanto mais lento for o pagamento, melhor será o resultado, desde que não haja atrasos
no processo.
Capítulo 4
Indicadores de Atividade
360
PMRE =
RE
Onde:
EM = Estoque Médio
360
PMRE = EM x 360
CMV ou PMRE =
CMV
EM
Muller e Antonik (2008) chamam atenção quando dizem que o giro de estoque alto não significa
eficiência, pois estoque muito pequeno (giro alto) pode indicar: dificuldades para entregar o pedido
e falta de caixa.
Assim, a melhor análise para constatar a eficiência operacional da rotação de estoques é comparando
com outras empresas.
Fornecedor 40 50
Salários a Pagar 30 70
Empréstimos a Pagar 50 80
34
análise de atividade │ UNIDADE III
360
Rotação de Estoques =
CMV
600
Rotação de Estoques = = 4 vezes ao ano
150
140 + 160
Onde Estoque Médio = = 150
2
360
Prazo Médio de Rotação de Estoques = = 90 dias
4
Logo, essa empresa renova seus estoques a cada 90 dias, isto é, quatro vezes ao ano.
35
UNIDADE III │ análise de atividade
PMRE + RV
≤1
PMPC
PMRE = 20 dias
PMRV = 44 dias
PMPC = 80 dias
20+44
= 64/80
80
Portanto, a meta da empresa é buscar sempre esse indicador menor que 1. Contudo, nem sempre é
fácil a obtenção desse resultado.
Sobre os aspectos dos Índices de Atividade, Marion (2008, p.109), assim pronuncia:
36
análise de atividade │ UNIDADE III
PMRE = 20 dias
PMRV = 44 dias
PMPC = 80 dias
Logo, teríamos:
(64/80) = 0,8, isto é, <1 (favorável). O resultado mostra um Ciclo Operacional (20 + 44) = 64 dias,
enquanto o PMPC = 80 dias, ou seja, há uma folga financeira de 16 dias. A empresa procederá a
venda, receberá e aguardará 16 dias para quitar suas compras com o fornecedor.
Contudo, admitamos, agora, que o prazo de pagamento passasse para 50 dias. Nesse caso, teríamos:
(64/50) = 1,28, isto é, >1 (desfavorável). O resultado mostra um Ciclo Operacional (20 + 44) = 64
dias, enquanto o PMPC = 50 dias, ou seja, a empresa teria que pagar seu fornecedor 14 dias antes de
receber por suas vendas, representando uma Necessidade de Capital de Giro.
Por fim, com o intuito de solidificar esses conhecimentos o gráfico a seguir ilustra bem os conceitos
aprendidos.
Figura 1 – PMRE, PMRV e o PMPC.
Ciclo Operacional
PMRE PMRV
Ciclo Financeiro
PMPC
37
Análise de
solvência e Unidade iV
endividamento
A Análise de Solvência e Endividamento revela a capacidade de pagamento conforme as possibilidades
do ativo devendo se basear:
»» no Índice de Endividamento;
Capítulo 5
Indicadores de Solvência e
Endividamento
Ativo Total
IS =
PC + PÑC
Onde:
PC = Passivo Circulante
Exemplo:
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante 150 Circulante 120
Estoques 40
Imobilizado 200
Total 400 Total 400
Dessa forma, podemos concluir que o ativo é capaz de cobrir até duas vezes e meia o total das
dívidas já assumidas.
Endividamento
O Endividamento nada mais é do que uma alavancagem financeira no tocante à utilização de
recursos de terceiros para financiar atividades de uma empresa. A grande questão é constatar
quando uma linha de financiamento pode ser viável ou não, haja vista que não existe uma fórmula
geral que forneça o nível ótimo de endividamento, pois as consequências devem ser observadas de
forma individualizada, ou seja, de empresa para empresa, de atividade para atividade e de contextos
macroeconômicos para contextos macroeconômicos.
A estrutura de capital de uma empresa delimita o risco a que ela está submetida, pois quanto maior
for a presença de capital de terceiros nessa estrutura, maior será o risco dela não cumprir com as
suas obrigações de pagamento, em virtude do volume dessas dívidas e das possíveis variações das
taxas de juros.
39
UNIDADE IV │ análise de solvência e endividamento
Uma boa alternativa é estabelecer um confronto entre a estrutura de capital que está sendo analisada
com outras empresas semelhantes. Isso pode ser uma base confiável de avaliação e permitir maior
auxílio para justificar alterações na estrutura de capital.
No que concerne ao endividamento, Assaf Neto (2003) adverte que, apesar de uma alavancagem
financeira favorável permitir boas taxas de rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido, poderá a
empresa se ver em dificuldades financeiras, pois se tornará dependente da renovação do empréstimo
ou da obtenção de recursos para saldar a dívida.
Por outro lado, Marion (2009) adverte que não há dúvida de que, principalmente, em época
inflacionária, é apetitoso trabalhar mais com Capital de Terceiros que com Capital Próprio.
Essa tendência é acentuada quando a maior parte do Capital de Terceiros é composta de “circulantes
não onerosos”, isto é, exigíveis que não geram encargos financeiros explicitamente para a empresa
(não há juros: fornecedores, impostos, encargos sociais a pagar e outros).
Diante disso é que há a presença de fórmulas indicando índices de endividamento, a fim de orientar
o gestor se a empresa está sob riscos.
40
análise de solvência e endividamento │ UNIDADE IV
Portanto, a utilização de recursos de terceiros na formação dos ativos das empresas pode alterar sua
alavancagem.
a) Endividamento Geral: este índice mede a proporção de ativos totais financiada pelos credores
da entidade. Quanto mais alto for este índice, maior o valor relativo de capital de outros investidores
usados para gerar lucros na empresa, (GITMAN, 2005).
Capital de Terceiros
Índice de Endividamento Geral = ILG =
Ativo Total
Quanto mais alto esse índice, maior o grau de endividamento da entidade e mais elevado seu grau
de alavancagem financeira.
b) Endividamento: este índice é obtido por meio da relação entre o capital de terceiros e o capital
próprio. O índice pode também ser definido pela relação das dívidas de curto ou longo prazo com o
patrimônio líquido. (ASSAF NETO 2002).
Capital de Terceiros
Índice de Endividamento = IE =
Capital Próprio (PL)
Este indicador demonstra o quanto à entidade tomou de empréstimo para cada R$1,00 de capital
próprio aplicado, ou seja, revela a parcela do ativo que foi financiada com recursos de terceiros. Por
decorrência, mostra o volume de recursos próprio que financiam o ativo e permite conclusões sobre
a maior ou menor dependência de capitais de terceiros.
41
UNIDADE IV │ análise de solvência e endividamento
Exemplo:
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante 150 Circulante 300
Imobilizado 200
Total 500 Total 500
Capital de Terceiros
P PCTRT =
Capital de Terceiros + PL
Composição do Endividamento – CE
Diz respeito à qualidade da dívida ao precisar o percentual de obrigações de curto prazo com que a
empresa opera, naquele momento, em relação ao volume total de exigibilidades. Assim:
PC
CE =
PC + PÑC
42
análise de solvência e endividamento │ UNIDADE IV
Exemplo:
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante 240 Circulante 120
Imobilizado 100
Total 500 Total 500
Portanto, 60% dos Recursos Totais originam-se de Capitais de Terceiros, ou seja, 60% do Ativo é
financiado por Capitais de Terceiros.
120
b) Composição de Endividamento=
120 + 180
Composição de Endividamento= 0,4 ou 40%.
Capital Próprio
GCPCT =
Capital de Terceiros
Assim, podemos concluir que para cada R$1,00 de Capital de Terceiros há R$0,60 de Capital
Próprio como garantia.
43
análise de
rentabilidade ou Unidade V
lucratividade
Capítulo 6
Indicadores de Rentabilidade
Assim, essa análise tem por objetivo mostrar a relação existente entre as diversas formas de lucro,
com o volume da Receita Operacional Líquida (ROL). Portanto, podemos mencionar os seguintes
indicadores:
Margem Bruta – MB: demonstra a margem de lucro bruto em relação à receita líquida de
vendas, ou seja, indica o percentual que sobra das vendas após pagamento do Custo de Mercadorias
Vendidas (CMV).
Lucro Bruto
MB =
Vendas Líquidas
Lucro Operacional
MO =
Vendas Líquidas
4 SILVA, Alexandre Alcântara da. Estrutura e análise de balanço. São Paulo: Atlas, 2007.
análise de rentabilidade ou lucratividade │ UNIDADE V
Assim:
Margem Líquida – ML: mostra o percentual de lucro líquido que a empresa foi capaz de produzir,
em comparação com a receita líquida de venda, isto é, qual o valor que resta, após dedução de todas
as despesas – inclusive IR – de cada real de venda realizada.
Lucro Líquido
ML =
Vendas Líquidas
Exemplo:
1520
Margem Líquida: = 0,60 ou 60%.
2.500
45
Análise das Unidade VI
imobilizações
A Análise das Imobilizações objetiva verificar se o ativo permanente tem respaldo no patrimônio
líquido da empresa, isto é, se está parcialmente financiado com recursos de terceiros de longo e/ou
em curto prazo. Pode-se dizer que o uso de capitais de terceiros de curto prazo financiando o ativo
permanente sugere uma situação potencial de insolvência.
Capítulo 7
Indicadores de Imobilização
De outro modo, caso o resultado indique valores superiores a um (1,00), fornecerá a informação de
que recursos de terceiros estão financiando o Ativo Permanente. Assim, é importante avaliar, nessa
hipótese, se os Passivos Circulantes estão lastreados no Ativo Permanente. Para isso, basta utilizar
a seguinte fórmula:
Imobilizado
ICP =
Patrimônio Líquido
Imobilizado
ICLP =
PL + PÑC
análise das imobilizações │ UNIDADE VI
Maior que 1 = os capitais de longo prazo não são suficientes para financiar todo o AP. Assim, há
valores circulantes participando do financiamento do permanente.
Menor que 1 = o ativo permanente é integralmente financiado por capitais de longo prazo.
Igual a 1 = os capitais de longo prazo são suficientes para financiar o AP, sem sobras.
Exemplo no 1:
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante 140 Circulante 120
Caixa 10 Fornecedores 20
Estoques 30
Imobilizado 135
Total 300 Total 300
135
1. Imobilizações do Capital Próprio – ICP = = 0,9
150
O resultado mostra uma situação almejada pelas companhias, pois significa que a empresa não
depende de capitais alheios para lastrear seu Ativo Permanente.
Exemplo no 2:
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante 90 Circulante 150
Imobilizado 260
Total 400 Total 400
47
UNIDADE VI │análise das imobilizações
260
1.Imobilizações do Capital Próprio – ICP = = 1,3
500
O resultado mostra um valor superior a 1,00. Isso exige mais detalhamento para avaliar se a
imobilização está ocorrendo com valores passivos respaldados no permanente. Assim, vamos
utilizar a fórmula da ICLP.
260
2.Imobilizações de Capital de Longo Prazo (ICLP ou IRNC) = = 1,04
50 + 200
Conclusão:
Essa empresa utiliza Recursos Circulantes para financiar seu Ativo Permanente.
48
Análise de Unidade vII
cobertura
Capítulo 8
Cobertura de Juros
Esse indicador financeiro pode assumir mais de uma fórmula, pois dependerá do tipo de informação
almejada.
Cobertura de Juros – CJ
Lucro Operacional
CJ =
Despesas Financeiras
Indica a capacidade de a empresa produzir lucros operacionais, suficientes ou não, para suportar os
encargos financeiros decorrentes das operações de financiamento.
Os valores desejáveis devem ser maiores que R$1,00. Se ocorrerem valores inferiores a R$1,00 (um),
isso significará que a capacidade operacional da empresa de produzir lucros não está comportando
o custo do endividamento.
Por essa fórmula chega-se, também, ao número de vezes em que o lucro da empresa pode cobrir
as despesas, permitindo ao analista identificar em que proporção eventuais reduções no lucro não
comprometem a remuneração devida a terceiros.
Portanto, quanto maior for o quociente resultante da relação lucro operacional/despesas financeiras
maior será a segurança dos credores em relação aos capitais disponibilizados à empresa.
UNIDADE VII │análise de cobertura
Cobertura de Juros
Assim, sabe-se que a depreciação é uma das despesas operacionais que reduz o lucro operacional.
Porém, ao ser registrada, a despesa de depreciação tem como contrapartida uma conta retificadora
de ativo permanente (depreciação acumulada). Ou seja, a depreciação é uma despesa que não implica
desembolso. Portanto, ao reduzir o lucro operacional, essa despesa não compromete a capacidade
de pagamento das empresas. O mesmo se aplica à Amortização e à Exaustão.
Em razão disso, essa segunda fórmula parte do princípio de que a Depreciação, a Amortização e a
Exaustão devem ser acrescidas ao lucro operacional, para mostrar a real capacidade da empresa
para cobrir suas despesas financeiras.
50
Capítulo 9
EBITDA ou LAJIDA
LLE
(+) Juros e Despesas Financeiras.
(+) Depreciações.
(+) Amortizações.
(+) Exaustões.
(=) EBITDA.
EBITDA LAJIDA
Earnig Lucro
O uso do Ebitda se disseminou nos Estados Unidos pelos idos anos 1970. Inicialmente, era
encarado como uma medida temporária a despertar interesse enquanto as jovens empresas
5 Do inglês Earnings Before Interests, Daxes, Depreciation, Depletion and Amortization.
51
UNIDADE VII │análise de cobertura
construíam infraestrutura que as levaria a florescer em longo prazo. Era útil porque – ao excluir
os juros devidos sobre os empréstimos para a implantação do negócio e a depreciação dos ativos –
dava aos investidores um número que melhor representava seu desempenho.
De acordo com Byrnes e Lowry (2002, p. 38), por funcionar como uma medida da capacidade de
geração de caixa operacional que exclui contas que não implicam desembolso como as depreciações,
amortizações e exaustões, o Ebitda despertou o interesse dos investidores, que o julgavam livre de
manipulações. Essa visão fez com que muitas empresas americanas passassem a chamar atenção
para esse indicador, como uma forma de atrair a confiança do mercado.
De acordo com White et al. (1996, p. 179), o Ebitda tem uso constante na condição de medida
de caixa operacional...”porém há que se ressaltarem as limitações a que está sujeito, pelo fato de
ignorar: a) variações nos métodos contábeis; e b) serviços da dívida e outros requisitos fixos das
dívidas (...).”
Quanto ao primeiro aspecto ignorado, pode-se usar como exemplo o modelo de Demonstração
de Resultados do Exercício (DRE) adotado no Brasil. Pela simples descrição do Ebitda, pode-se
observar que o valor por ele expresso não condiciona o resultado líquido da empresa. Ou seja, uma
empresa pode apresentar prejuízo líquido do exercício com Ebitda positivo. Isso porque o indicador
Margem EBITDA é calculado pelo lucro operacional, antes das despesas financeiras, depreciação,
e impostos, dividido pela receita operacional líquida. Calcular o valor do Ebitda das empresas não
é tarefa fácil, porque as publicações não trazem dados suficientes que permitam observar a forma
como fora calculada.
EBITDA
Margem EBITDA =
Receita Operacional Líquida
52
Análise da taxa Unidade VIII
de retorno
Ao afirmarmos que uma empresa “A” teve um lucro de um bilhão, enquanto a empresa “B” teve
um lucro de cem mil, isso deixa claro que a primeira se trata de uma grande empresa, enquanto a
segunda é de pequeno porte. No entanto, pouca informação é fornecida no sentido de esclarecer
qual é a capacidade de cada uma em gerar resultados.
Por conta disso, surge a metodologia de comparar o lucro com outros parâmetros que guardam
relação diretamente com ele. Dessa forma, os gestores possuem relevantes informações para melhor
tomada de decisões.
Segundo Marion (2009), quando comparamos o lucro com ativo, ou lucro com patrimônio líquido,
devemos considerar dois aspectos, quais sejam:
Assim, análise da taxa de retorno está atrelada ao capital empregado, ou seja, ao percentual obtido
pelo lucro do período em relação ao investimento realizado (ativo), sabendo-se, ainda, que:
»» Investimento é toda aplicação realizada pela empresa com o objetivo de obter lucro
(retorno).
Capítulo 10
Indicadores – Taxa de Retorno
Lucro Líquido
Taxa de Retorno sobre o Investimento (TRI) =
Ativo Total Médio
Onde:
Lucro Líquido
TRPL=
Patrimônio Líquido
A TRPL tem por finalidade mostrar a capacidade da empresa em proporcionar aos sócios o retorno
sobre capital aplicado, de tal forma que o sócio possa comparar com outras possibilidades de
investimentos.
Uma empresa tem um patrimônio líquido avaliado em R$28.000,00 e num determinado exercício
social gerou um lucro líquido do exercício de R$5.600,00. Nesse caso, a taxa de Rentabilidade do
Capital Próprio seria:
5.600 X 100
Rentabilidade do Capital Próprio: = 20%
28.000
A se perpetuar esses valores médios tanto no capital próprio como no lucro líquido do exercício, isso
demonstrará que o sócio, em cinco exercícios, obterá 100% do valor investido.
Comparada a outros indicadores, essas taxas trazem boas informações aos gerentes. Vamos imaginar
que a Excepcional Ltda. obteve um lucro de 150.000, cujo Balanço Patrimonial foi o seguinte:
Ativo Passivo
Circulante 180.000 Circulante 140.000
Não Circulante 800.000 Patrimônio Líquido 840.000
Total 980.000 Total 980.000
Diante disso, o Presidente da Empresa verifica a possibilidade de obter um crédito junto a uma
instituição financeira de 800.000. O Contador da Empresa, após avaliar todas as possibilidades,
54
análise da taxa de retorno │ UNIDADE VIII
constata que, caso aplique 500.000 no Ativo Circulante e 300.000 no Ativo não Circulante, poderá
obter um lucro líquido de 60.000.
Anterior ao Posterior ao
Administrador Fórmula Resultado
Empréstimo Empréstimo
Em contrapartida aos dados acima trabalhados, a análise da Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido
(TRPL) = LL/PL, obteve uma evolução, pois saiu do patamar de 17% (150.000/840.000) para 25%
(210.000/840.000), representando uma melhora no payback da empresa e, por isso, podendo
entusiasmar o dono da empresa no fechamento do empréstimo.
Contudo, olhando pela análise gerencial, não só a liquidez e a rentabilidade a diminuíram, como o
endividamento aumentou, características que inviabilizam o empréstimo.
Cabe ressaltar que investimento consiste na saída imediata de dinheiro. Isso implica
na espera de recebimentos que compensem essa saída ao longo do tempo. O
payback consiste, justamente, no cálculo desse tempo (em número de períodos,
sejam meses ou anos) necessário à recuperação do investimento realizado.
Imaginemos que o Sr. Pedro Henrique deseje adquirir um veículo para executar
entregas de mercadorias, cujo investimento será de R$80.000,00. O Sr. Pedro
Henrique já tem 10 empresas contratadas para a realização do serviço, cujo valor
mensal, de cada empresa, é de R$2.000,00. Dessa forma, em 4 meses, ele terá
reembolsado o valor investido.
55
UNIDADE VIII │análise da taxa de retorno
Margem de Lucro – representa quanto, na realidade, sobra de cada venda retirando todas as
despesas envolvidas no processo, inclusive, o imposto de renda. Obviamente que, quanto maior a
margem, maior representará o indicador. Em contrapartida, devemos enfatizar que margem menor
estimula mais vendas, pois o preço final do produto será menor. Isso acarretará em mais venda,
mais produção e mais empregos. A Margem de Lucro é conhecida como Lucratividade, que
indicará quanto que a empresa aufere em centavos para cada real vendido, cujo cálculo é obtido por
intermédio da fórmula a seguir:
Lucro Líquido
Margem de Lucro =
Vendas
Giro do Ativo – tem por finalidade mostrar a capacidade da empresa em gerar vendas utilizando
seus ativos. Sabendo-se que para vender mais, terá que produzir mais. Esse indicador representa a
Produtividade e é calculado por meio da fórmula a seguir:
Vendas
Giro do Ativo =
Ativo Total
Quem aufere mais na margem, ganha no preço. Quem ganha mais no giro ganha no volume
(quantidade) de vendas. O confronto entre a Margem e o Giro fornece a Taxa de Retorno de
Investimento (TRI).
Vejamos:
É possível que empresas tenham a mesma TRI, porém com Margem e Giro diferentes.
Exemplos:
Isso demonstra o escopo que cada empresa deverá priorizar para almejar determinada TRI. Umas
optarão pelo giro, outras pela margem. No entanto, a escolha está diretamente vinculada aos ramos
de atividades. Empresas que exigem grandes investimentos têm dificuldades em grandes giros.
56
análise da taxa de retorno │ UNIDADE VIII
Por isso – para atingir uma boa TRI – devem optar pela margem. Como exemplo, podemos citar
empreendimentos em infraestrutura.
É possível planejar os indicadores – Margem e Giro – desde que a empresa saiba quanto deseje
obter de TRI. Por exemplo, se uma empresa planeja uma TRI de 30% e sabe que o Giro total de seu
ativo ocorrerá em 2 anos, a sua margem pode ser calculada da seguinte forma:
Margem = 60%
Portanto, para que a Taxa de Retorno de Investimento (TRI) alcance os 30%, a empresa deverá
trabalhar com uma margem de 60%, considerando um giro total de ativos de 2 anos.
A Exame – Melhores e Maiores, na edição de 2001, fez uma relação entre 13 empresas com Taxa
de Retorno de Investimento em torno de 10%, cujas margens e giros se apresentavam de formas
diferentes.
57
UNIDADE VIII │análise da taxa de retorno
Podemos constatar que as empresas com maiores margens estão relacionadas a grandes
investimentos. Portanto, a adoção dos indicadores de Margem e Giro dependerão, sobremaneira,
do ramo de atividade empresarial e do planejamento na obtenção da TRI.
A idealização do modelo Du Pont é para que todos os itens participantes e colaboradores para a
formação da TRI possam ser analisados, em um único quadro, item a item. Marion (2009) descreve
este método de acordo com o esquema a seguir:
58
análise da taxa de retorno │ UNIDADE VIII
59
Alavancagem Unidade IX
Capítulo 11
Indicadores de Alavancagem
LLE
PL
GAF = LLE +
DF
Ativo
Onde:
PL = Patrimônio Líquido.
Perceba que o numerador da fórmula da alavancagem é o retorno sobre o Patrimônio Líquido, e que
o denominador é o retorno do investimento acrescido das despesas financeiras.
alavancagem │ UNIDADE IX
b) Passivos Onerosos.
Passivos Onerosos
Também chamados de Passivos de Financiamento, sempre acarretam encargos financeiros.
Exemplos: Empréstimos a pagar de curto e longo prazo, Debêntures emitidas (a pagar),
Financiamentos a pagar.
Ativo Líquido é obtido pela diferença entre o Ativo Total e os Passivos não Onerosos.
Ativo Total.
Esse é o montante que a empresa investiu, nela própria, em termos efetivos, pela ação deliberada de
aplicar recursos próprios ou de buscar recursos junto ao sistema financeiro ou mercado.
61
UNIDADE IX │alavancagem
Os estudos da alavancagem operacional visam compreender como o uso de ativos operacionais pode
aumentar o lucro operacional antes dos juros e dos impostos sobre a renda. Na verdade, a intenção
é identificar se o aproveitamento dos custos e despesas fixas trazem a possibilidade de se produzir
acréscimo percentual no lucro operacional, antes dos juros e impostos sobre a renda, maior que o
acréscimo percentual obtido nas vendas.
É, portanto, uma medida de eficácia operacional, pois com a alavancagem operacional deseja-se
identificar aumentos nos lucros decorrentes pela melhor diluição dos custos fixos entre os bens de
venda, de forma que, mesmo que o incremento de venda não seja tão grande, ainda assim possam
gerar lucros maiores. Isso se liga à visibilidade econômica da empresa.
Para sua compreensão, serão usados os conceitos de custos (despesas) fixos e variáveis, sob a ótica
do custeio direto ou variável.
Custo fixos
São aqueles que não sofrem alterações de valor em razão de modificação na quantidade produzida,
embora possam sofrer alteração de valor em razão de outras circunstâncias, como, por exemplo,
reajustes contratuais. Exemplo: aluguéis de fábrica, depreciação de máquinas pelo método linear e
outros, mão de obra com salário fixo mensalista. No caso do sistema de custeio direto ou variável, as
despesas fixas entram juntamente com os custos fixos no mesmo ponto de sua demonstração, depois
de se chegar à margem de contribuição. Portanto, o tratamento dos custos e despesas fixos, nesse
sistema, é o mesmo. São exemplos de despesas fixas: encargos de financiamentos para aquisição
de bens de produção, salário e honorários do pessoal da administração, depreciação da área de
administração e outros.
Custos Variáveis
Ligam-se diretamente à quantidade e, portanto, sofrem alteração de valor quando a produção oscila.
Ex: consumo de matéria-prima, mão de obra remunerada pela produção. As despesas variáveis
também oscilam em razão da quantidade produzida e têm o tratamento contábil no mesmo ponto
que os custos variáveis, antes da apuração da margem de contribuição. Ex: comissões de vendedores,
fretes sobre vendas e outros.
62
alavancagem │ UNIDADE IX
Empresas que têm alta participação de custos fixos na composição do custo total representam
alto grau de alavancagem operacional. Se a participação percentual dos custos fixos no custo total
demonstrar tendência de queda, a alavancagem operacional também tenderá a cair, podendo
colocar a empresa em situação de risco de insolvência.
Variação % no LOL
GAO =
Variação Percentual nas Vendas
Onde:
De outro modo:
LOLf – LOLi
GAO= LOLi
ROLf – ROLi
ROLi
Onde:
f = Final.
i = Inicial.
O resultado obtido mostra o aumento ou redução provocada no lucro operacional pelo aumento das
vendas.
Exemplo:
Suponha duas empresas semelhantes que apresentem as seguintes séries temporais de dados
organizados sob a ótica do custeio direto ou variável:
63
UNIDADE IX │alavancagem
Nesse caso a CIA. X tende a ter uma situação mais favorável que a CIA. Y, em razão da alta participação
dos custos fixos no custo total, que favorecem sua alavancagem operacional.
Para melhor compreensão dessa afirmação, suponha que as duas empresas experimentem um
aumento de vendas na proporção de 20%.
48 – 20
20
GAO CIA. X = = 20/28 dividido por 40/200 = 5600/800 = X =7
240 – 200
200
Isso significa que, para cada 1% de acréscimo no nível de atividade de X, ela consegue um acréscimo
de rentabilidade de 7% no lucro operacional. Lembre-se de que, esse acréscimo de rentabilidade é
proporcionado pela melhor distribuição dos custos fixos entre as unidades produzidas e vendidas.
32 – 20
20
GAO CIA Y = = 12/20 dividido por 40/200 = 2400/800 = X =3
240 – 200
200
Conclusão: A Cia. Y possuía inicialmente situação mais desfavorável à alavancagem e por isso indicou
que para cada 1% de acréscimo em seu nível de atividade, ela consegue um acréscimo de rentabilidade
de 3% no lucro operacional. Lembre-se: esse acréscimo de rentabilidade é proporcionado pela
melhor distribuição dos custos fixos entre as unidades produzidas e vendidas, porém, ele não tinha
participação tão significativa no custos total, quanto à primeira empresa.
64
fluxo de caixa Unidade X
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) era facultativa. Contudo, hoje, por força da Lei nº
11.638/2007, esse demonstrativo passou a ser obrigatório para todas as companhias abertas e para
as companhias fechadas, cujo patrimônio líquido, na data do balanço, seja superior a dois milhões
de reais.
A importância da DFC é que ela se apresenta como sendo uma das mais importantes ferramentas
na gestão financeira, conforme afirma Zdanowcz (1998:19): “O fluxo de caixa é o instrumento
que permite ao administrador financeiro a planejar, organizar, coordenar, dirigir e
controlar os recursos financeiros de sua empresa para um determinado período.”
6 O IASB (International Accounting Standards Board) é a organização internacional sem fins lucrativos que publica e atualiza
as Normas Internacionais de Contabilidade em Língua Inglesa. O IASB foi criado em 10 de abril de 2001, na estrutura do IASC
(International Accounting Standards Committee). Ele assumiu as responsabilidades técnicas do IASC a partir dessa data. A
criação do IASB teve objetivo de melhorar os anteriores pronunciamentos contábeis internacionais (IAS) emitidos pelo IASC.
UNIDADE X │fluxo de caixa
Figura 3 – O Fluxo de Caixa é o produto final da integração do Contas a Receber com o Contas a Pagar.
Contas a
Receber
Fluxo de
Caixa
Contas a
Pagar
Caixa Bancos Aplicações
Devemos entender que os dados extraídos na DFC, comparados com outros demonstrativos
financeiros, orientam os interessados em determinar:
É importante entender que as atividades empresarias estão agrupadas na DFC em naturezas, quais
sejam: Operações, Investimentos e Financiamentos.
Entrada de Recursos
»» recebimentos que não tenham origem nas transações demarcadas como atividades
de investimento ou financiamento.
66
fluxo de caixa │ UNIDADE X
Saída de Recursos
Entrada de Recursos
Saída de Recursos
Entrada de Recursos
Saída de Recursos
»» pagamento de dividendos;
67
UNIDADE X │fluxo de caixa
Para Assaf Neto e Silva (1997, p. 35) “(...) o fluxo de caixa é um instrumento que relaciona os
ingressos e saídas (desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa
em determinado intervalo de tempo”.
Portanto, a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) informa os valores – dinheiro – que entraram
e saíram, bem como o resultado apurado, segregados em fluxos das operações, dos financiamentos
e dos investimentos. Isso permite aos gerentes melhores condições de viabilizar um planejamento
financeiro mais próximo da realidade, principalmente em período inflacionário, quando não é
aconselhável o excesso de recursos no caixa.
A importância desse demonstrativo é muito grande, pois mostra a situação atual das previsões de
recebimentos e pagamentos. Por conta disso, o Demonstrativo de Fluxo de Caixa, atualmente, é
uma demonstração contábil-financeira obrigatória e pode ser obtido por meio dos modelos Direto
e Indireto. Esses modelos, diferenciam-se, na forma, mas possuem a mesma essência, ou seja,
caminham por percursos diferentes, mas chegam ao mesmo destino.
Método Indireto
Ajustes
Saídas Operacionais =
Fluxo Operacional
+/ –
Variação do Disponível
Fonte: (Sá, 1998:36)
68
Capítulo 12
Fluxo de Caixa – Modelos
(+) Depreciação.
(+) Amortização.
(+) Exaustão.
70
fluxo de caixa │ UNIDADE X
Fluxo Direto
Fundamenta-se em demonstrar os ingressos e as saídas de dinheiro das principais atividades
operacionais, por exemplo, recebimento de vendas dos produtos e serviços, pagamento de
fornecedores, salários e impostos.
Dividendos recebidos.
Juros recebidos.
Pagamentos a fornecedores.
Juros pagos.
71
UNIDADE X │fluxo de caixa
Alienação de imobilizado.
Alienação de investimentos.
Aquisição de imobilizado.
Aquisição de investimentos.
Empréstimos tomados.
Pagamentos de empréstimos/debêntures.
Por fim, destaca-se que não há modelo (direto e indireto) melhor ou pior. O que muda de um modelo
para o outro é o fluxo das operações, os demais fluxos são iguais. Tudo depende da necessidade dos
dados a serem analisados.
É necessário entender que – não obstante a importância – a DFC apresenta limitações no tocante
ao lucro e aos custos dos produtos da empresa, pois a sua elaboração é pelo regime de caixa e não
de competência. Logo, para entendimento e análise ampla das informações, o usuário deve utilizar
o conjunto de demonstrações disponíveis.
Objetivando absorção dos conceitos supracitados, elaboraremos a DFC dos fatos abaixo:
72
fluxo de caixa │ UNIDADE X
Lançamentos:
1) D – Caixa 2) D – Computadores
C – Capital Social – 10.000,00 C – Caixa – 5.000,00
3) D – Caixa 4) D – Clientes
C – Vendas – 8.000,00 C – Vendas – 2.000,00
5) D – Salários 6) D – Aluguéis
C – Caixa – 1.000,00 C – Aluguéis a Pagar – 1.500,00
Aluguéis 1.500,00
Total 3.560,00
Total 10.000,00
73
UNIDADE X │fluxo de caixa
Balanço Patrimonial
Caixa 12.000,00
Clientes 2.000,00
Depreciação (1.000,00).
Modelo Direto
74
fluxo de caixa │ UNIDADE X
Modelo Indireto
Depreciação 1.000,00
75
UNIDADE X │fluxo de caixa
76
análise horizontal,
vertical, balanced Unidade XI
scorecard e o
efeito tesoura
Capítulo 13
Análise Horizontal
A Análise Horizontal busca identificar a evolução dos diversos elementos patrimoniais e de resultados
ao longo de um determinado período de tempo. É, basicamente, um processo de Análise Temporal
da evolução dos elementos patrimoniais e/ ou de resultados, de forma a expressar a relação entre o
valor de uma conta ou grupo de contas, no exercício base para a comparação, e o valor apurado na
data que se quer comparar. Essa data base pode ser fixa ou móvel. Assim:
10.000,00......................................100
8.000,00.......................................X
8.000,00 x 100
X= x = 80%
10.000,00
8.000,00 x 100
X= x = 130%
10.000,00
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
O valor encontrado significa que as vendas em 2007 tiveram um decréscimo em relação ao ano
anterior, que pode ser assim comprovado:
13.000,00 .............. X.
13.000,00 x 100
X= x = 130%
10.000,00
Nesse caso, a conclusão é que as vendas de 2008 superaram o volume de vendas de 2006 e
apresentarem uma situação favorável de 30%.
2.000,00 .............. X.
2.000,00 x 100
X= x = 50%
4.000,00
78
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
4.000 .............. X.
4.000 x 100
X= x = 400%
1000
% Evolução = 300%.
3.000 .............. X.
3.000 x 100
X= x = 75%
4000
% Evolução = – 25%.
Nesse caso, houve redução de 25% do Ativo Circulante, considerando o valor do exercício financeiro
anterior.
2.400 .............. X.
2.400 x 100
X= x = 80%
3000
% Evolução = – 20%.
Observe que, se considerarmos a evolução temporal, a partir do segundo ano, o Ativo Circulante
sofreu redução por dois anos consecutivos.
79
Capitulo 14
Análise Vertical ou Estrutural
No Balanço Patrimonial:
Exemplo:
Exemplo:
Disponibilidade x 100
Ativo Circulante
80
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
Sintéticas: Comparam-se os resultados em relação à receita líquida das vendas e serviços (ROL).
Exemplo:
Exemplo:
Imobilizado 50.000.00
TOTAL 100.000,00 100%
81
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
100.000............100%.
10.000.............X.
10.000 x 100
x= x = 10%
100.000
100.000............100%
20.000.............X
20.000 x 100
x= x = 20%
100.000
30.000.............100%.
10.000.............X.
10.000 x 100
x= x = 33,33%
30.000
30.000............100%.
20.000 ...........X.
20.000 x 100
x= x = 67,67%
30.000
Subgrupo ou Grupo X.
82
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
ANÁLISE DA
ATIVO 1990
ESTRUTURA
Circulante 30.000,00 1. 30%
Caixa 10.000,00
30.000.............X.
20.000...........X
50.000............X
83
Capítulo 15
Balanced Scorecard e o Efeito Tesoura
Balance Scorecard
O Conceito Balance Scorecard, que, numa interpretação literal, se traduz como cartão de marcação
balanceado, na verdade, abarca um modelo de monitoramento de estratégias de avaliação de
desempenho e gestão de riscos, proposto por Kaplan e Norton.
O objetivo desse modelo é unir a visão estratégica com as etapas de execução e controle de processo
de gestão empresarial.
Muitos, equivocadamente, têm a ideia de que o Balanced Scorecard é uma ferramenta reservada
a contadores. No entanto, está mais voltado para executivos e administradores da empresa, pois
permite avaliar às operações, processos de produção, objetivos, produtos e clientes, apontando,
dessa forma, se está de acordo com o Planejamento Estratégico da Instituição.
O Conceito de Balanced Scorecard baseia-se na premissa de que “o que não é medido, não
é gerenciado”. Portanto, como os administradores dos centros de custos não podem se furtar à
prestação de responsável de contas (accountablity) devem ter à sua disposição medidas de avaliação
de desempenho que favoreçam a identificação dos resultados da área sob seu controle.
Segundo os autores da proposição, uma empresa que se deseje implantar um sistema de Balanced
Scorecard deve agir em duas etapas:
O desempenho de uma empresa que atua sob tal perspectiva é medido em relação ao alcance de
seus objetivos financeiros, mas, também, em relação à satisfação dos clientes, ao ponto ótimo de
aproveitamento dos seus processos internos da empresa e do crescimento proporcionado pela
informação.
84
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
O Balanced Scorecard possibilita uma visão sistêmica dos resultados ao medir o desempenho da
empresa desde o nível operacional até o estratégico. Geralmente, essas medidas são apresentadas
dentro dos relatórios gerenciais avaliados pelos usuários das informações contábeis.
c) nos processos do negócio – há que se difundir objetivos e metas a serem cumpridos pelos
setores da empresa;
Efeito Tesoura
Há o Efeito Tesoura quando a empresa aumenta excessivamente suas vendas, sem a devida
correspondência no capital de giro. Em princípio, tem-se a ideia de quanto mais se vende, mais se
obtém resultados positivos. Entretanto, isso não é verdade, pois se não houver disponibilidade em
tesouraria para a manutenção operacional em virtude do incremento das vendas, poderá acarretar
grandes dificuldades financeiras a ponto de poder levar à falência. Isso porque uma empresa que
possui saldo em tesouraria insuficiente ou negativo necessitará tomar recursos de curto prazo no
sistema financeiro para arcar com os novos compromissos assumidos – despesas operacionais ou
não, em virtude do aumento da produção –, com taxas de juros elevadas. Diante disso, as despesas
financeiras elevar-se-ão a um patamar insuportável que poderá comprometer a empresa.
85
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
Exemplo:
Como o indicador T/NCG está crescendo negativamente, ao longo dos anos, a empresa está
sofrendo o Efeito Tesoura (OLIVER). Portanto, chamamos de Efeito Tesoura a presença crescente e
sistemática de saldos negativos de tesouraria.
Realize uma revisão dos principais pontos tratados nesta disciplina, por intermédio
de questões retiradas de concursos, cujos gabaritos se encontram ao final dos
exercícios.
2. (CLDF/2006)
Considere-se que a composição do endividamento (CE) seja dada por um quocoente que
relaicona as obrigações da entidade com terceiros, de acordo com a fórmula CE = [PC/
(PC+ PNC)] X 100, em que PC é o passivo circulante e o PNC é o passivo não circulante.
Então, independentemente de outros fatores, quanto mais próximo de 100% for o valor
de CE, maior será a dificuldade da entidade em honrar seus compromissos.
86
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
3. TRANSPETRO
Com base nos dados acima, é correto afirmar que a alavancagem operacional da empresa
é de:
a) 1,25
b) 1,5
c) 1,75
d) 2,00
e) 2,5
4. (FCC)
A Cia. Estrela possui as seguintes contas patrimoniais, dentre outras, com valores em
reais:
Fornecedores 1.500
Salários a Pagar 1.200
Contas a Receber (120 dias) 2.500
Empréstimos a Curto Prazo 1.500
Empréstimos a Controladas 2.500
Caixa e Equivalente de Caixa 2.500
Estoques 3.000
Impostos a Pagar 900
a) 1.200,00
b) 1.600,00
c) 1.900,00
87
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
d) 2.100,00
e) 2.900,00
II. Com base nos conhecimentos em índice de liquidez corrente (LC) e capital circulante
líquido (CCL) e a correlação entre esses, podemos afirmar que:
III. A Taxa de Retorno sobre Investimentos da empresa é de 14,3%. O payback será de:
a) 4 anos.
b) 5 anos.
c) 6 anos.
d) 7 anos.
e) 8 anos.
Masakazu Hoji. Administração financeira. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2001, p. 21 (com
adaptações).
3) Ativo Circulante, passivo circulante, ativo realizável de longo prazo e passivo não
circulante são informações utilizadas no cálculo do índice de liquidez geral.
88
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
4) Considerando a hipótese de que os dados abaixo tenham sido extraídos das demonstrações
financeiras de uma organização, então é correto afirmar que seu índice de liquidez seca é
superior a 1,30.
II. Considere que João não necessitará recorrer a financiamento externo para as reformas
dos restaurantes. Nesse caso, é correto concluir que a empresa fará uso da retenção de
lucros para o reinvestimento na empresa (lucros retidos).
Ao se classificar item no Ativo Circulante disponível, conclui-se que este é o item de maior
liquidez do ativo. Assim, ao se calcular o índice de liquidez imediata, o Ativo Circulante
não classificado como disponível deverá ser desconsiderado. Quanto maior for o valor
do Ativo Circulante disponível melhor será o índice de liquidez imediata, mantendo-se o
valor do passivo constante. Essa afirmativa é falsa ou verdadeira?
II. A análise dos valores registrados no Ativo Circulante e no passivo circulante permite
avaliar a capacidade de uma empresa saldar suas dívidas de curto prazo.
89
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
O fluxo de caixa de uma instituição é uma ferramenta que demonstra de forma antecipada
as entradas e saídas de recursos, com a finalidade de permitir ao administrador a tomada
de decisões referentes à disponibilidade de caixa.
A partir dessas informações e com base na situação hipotética descrita e nos princípios
que norteiam a administração financeira, julgue os itens seguintes:
I. Pedro não agiu corretamente ao retificar imediatamente o fluxo de caixa quando soube
que a venda do lote de material não se concretizara, pois, como o próximo relatório será
elaborado ao final do bimestre, esse procedimento fará com que o gestor perca a visão
global de todo o processo de entrada e saída de recurso.
II. A emissão do relatório de fluxo de caixa deve ser uma rotina normal da empresa;
assim, visando auxiliar a tomada de decisões pelo administrador financeiro, em vez de
apresentar o relatório das oito próximas semanas apenas ao final do bimestre, seria mais
adequado que Pedro o disponibilizasse semanalmente.
IV. Em instituições muito complexas, como, por exemplo, a prefeitura de uma cidade
de grande porte, o fluxo de caixa é uma ferramenta administrativa dispensável para o
planejamento financeiro, pois a variedade de atividades operacionais envolvidas impede
o lançamento adequado das entradas e saídas de recursos correspondentes a essas
atividades.
VI.Um plano de contas eficiente deve apresentar dados contábeis que reflitam com
clareza a natureza operacional, administrativa e legal da instituição. No plano de contas
90
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
da empresa Zetamix, contas a receber deve ser registrado no passivo, enquanto contas a
pagar deve ser registrado no ativo.
Caixa R$6.000,00.
Estoques R$9.000,00.
II. A análise vertical tem a finalidade de evidenciar, por meio dos períodos, a evolução
dos itens das demonstrações contábeis.
91
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
II. Uma organização que adota o regime de competência reconhece as receitas e despesas
apenas quando ocorrem entradas e saídas efetivas do caixa da organização.
Uma empresa possui margem de lucro bruto na ordem de 40%. Caso o valor da receita
bruta aumente 20% e o custo das mercadorias vendidas sofra decréscimo de 5%, a nova
margem bruta de lucro será de:
A) 55%.
B) 52,5%.
C) 45%.
D) 42,5%.
Em um dado momento, uma empresa que gera lucro pode estar em dificuldade financeira
por não gerar caixa.
92
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
III. Os recursos aplicados pelas empresas são classificados como ativo e registrados do
lado esquerdo do balanço patrimonial.
93
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
II. O índice de liquidez imediata do ano II é maior do que o índice de liquidez corrente
do ano I.
IV. O capital circulante líquido do ano I é maior do que o capital circulante líquido do
ano II
VI. O índice de liquidez seca do ano I é menor do que o índice de liquidez imediata de II.
VII. O índice de liquidez corrente do ano I é inferior ao índice de liquidez seca do ano II.
Conta Saldo R$
Abatimento sobre Compras 200
Abatimento de Vendas 320
Desconto de Compras 400
Seguro sobre Compras 410
Fretes sobre Vendas 750
Devolução de Vendas 800
Fretes sobre Compras 1.200
Despesas de Exaustão 1.447
Despesas Antecipadas de Seguros 1.500
Despesa de depreciação 1.580
Despesa antecipada de salários 2.400
94
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
Com base no conjunto de contas hipotéticas apresentado acima, julgue os itens seguintes.
Uma administração financeira eficiente deve ter como principal missão a obteção de um
conjunto de recursos apropriados, o controle dos custos e dos prazos a fim de financiar,
a todo momento, os investimentos necessários para atingir os objetivos da organização.
II. Enquanto o contador volta sua atenção para a coleta e a apresentação dos dados
financeiros, o administrador financeiro analisa os demonstrativos contábeis, o
desenvolvimento de dados adicionais para a tomada de decisão, com base também em
suas avaliações acerca do risco e dos retornos inerentes.
95
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
Com base nos conceitos de análise vertical e horizontal, na análise dos demonstrativos
financeiros e principais instrumentos de contabilidade, julgue os seguintes itens.
IV. Na prática, o capital de giro, por ser um conceito abstrato, não tem como ser
determinado contábil e(ou) financeiramente. Ele é apenas uma medida empírica e uma
estimativa grosseira das necessidades de financiamento de determinada organização ou
projeto.
V. O índice de liquidez corrente, que mede a capacidade da empresa de pagar suas dívidas
de curto prazo, é de 1,5.
96
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
II. Quanto menor o valor do índice de liquidez corrente, melhor a situação da empresa.
III. Quanto maior o valor do índice de margem líquida, melhor a situação da empresa.
VI. Uma das razões pelas quais os mercados financeiros existem é a necessidade de as
pessoas ajustarem seu consumo intertemporal.
I. Ao apurar o imposto de renda de pessoa jurídica, a empresa pode optar pelo seu
pagamento ou por sua apropriação. No caso do pagamento imediato, a redução do índice
de liquidez corrente será imediata. Caso a empresa opte pela apropriação, o índice de
liquidez corrente será acrescido no momento do registro.
97
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
II. O índice de lucro líquido para com os ativos totais mensura a taxa de retorno do lucro
apurado em relação aos ativos totais da empresa.
Com base nesses dados, pode-se afirmar que o índice de imobilização de recursos não
correntes da CIA é:
A) 58;
B) 83;
C) 106;
D) 137;
E) 170.
98
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, com base nas noções de administração
financeira, julgue os itens abaixo.
I. O risco faz parte das decisões de investimento e cabe ao administrador financeiro aplicar
os recursos da organização para que o retorno seja condizente com o risco incorrido.
II. Do ponto de vista gerencial, a venda de ativo imobilizado é classificada como atividade
operacional.
II. As origens dos recursos da organização são registradas do lado direito do balanço
patrimonial.
III. O desenvolvimento de um novo projeto que não dispõe dos recursos financeiros
necessários à sua execução é objeto de busca de alternativas de aplicação para a
organização responsável pelo projeto.
II. Para planejar e controlar as faltas e as sobras de caixa e para apurar o resultado
financeiro, adota-se o regime de competência.
III. Inflação é o processo generalizado de aumento de preços que gera redução do poder
de compra da população.
99
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
V. De acordo com o art. 176 da Lei nº 6.404/1976, alterada pela Lei nº 11.638/2007,
entre as demonstrações financeiras que a companhia de capital aberto deverá elaborar
ao fim de cada exercício social, com base na escrituração mercantil da companhia, estão:
A) V, V, V.
B) V, F, V.
C) V, V, F.
D) F, V, V.
E) F, V, F.
A) 10%.
B) 1,50.
C) 20%.
D) 2,00.
E) 2,50.
»» Circulante: 120.000.
»» Permanente: 90.000.
100
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
»» Circulante: 90.000.
a) 1,33.
b) 1,60.
c) 1,39.
d) 1,78.
»» À vista...............20%.
»» À vista...............40%.
101
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
Do ponto de vista contábil, a gestão de fluxos de caixa de curto prazo está associada ao
Observações:
102
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
a) 1,38.
b) 1,15.
c) 1,00.
d) 0,87.
e) 0,85.
Quando o retorno produzido pelo capital de terceiros for superior ao custo financeiro de
sua captação, pode-se afirmar que, nesse caso, ocorreu um(a):
31. (AFTN)
103
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
II. O índice de liquidez imediata do ano II é maior do que o índice de liquidez corrente
do ano I.
104
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
IV. O capital circulante líquido do ano I é maior do que o capital circulante líquido do
ano II.
VI .O índice de liquidez seca do ano I é menor do que o índice de liquidez imediata de II.
VII. O índice de liquidez corrente do ano I é inferior ao índice de liquidez seca do ano II.
a) 1, 3, 5, 6 e 7.
b) 2, 4 e 7.
c) 3, 5 e 6.
d) 3, 4, 5, 6 e 7.
e) 1, 5 e 6.
Conta Saldo em R$
Despesa de exaustão 65
Despesa de depreciação 80
Despesa Financeira 85
Seguros sobre compras 158
Fretes sobre compras 188
Receita financeira 190
Abatimentos sobre compras 258
Despesas de energia elétrica 422
Despesa antecipada de 748
aluguel
Despesas de vendas 800
Fretes sobre compras 1.140
Receita antecipada 850
Compras de mercadorias 2.257
Despesas de salários 2.500
Impostos sobre vendas 5.176
Seguros antecipados 5.540
Estoque final 5.800
Abatimentos sobre vendas 5.870
Caixa 7.780
Estoque inicial 12.500
Receita de vendas 25.879
105
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
a) 19,06% e 31,33%.
b) 31,33% e 25,03%.
c) 25,03% e 19,06%.
d) 25,03% e 9,06%.
e) 31,33% e 19,06%.
34. (CLDF/2006)
Ano 1 Ano 2
PIB 1.500 1.800
Impostos Diretos 180 234
Impostos Indiretos 240 252
Contribuições Sociais 150 180
Nesse caso, é correto concluir que houve aumento de carga tributária do referido ente, e
que esse aumento se deveu, principalmente, aos impostos diretos.
GABARITOS
1. (CLDF/2006)
(verdadeiro).
2. (CLDF/2006)
(verdadeiro).
3. TRANSPETRO
b).
4. (FCC)
I.e).
II.d) 7 anos.
106
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
I.1) (falso).
2) (falso).
3) (verdadeiro).
4) (falso – 1,24).
II. (Verdadeiro).
I. (Falso).
II. (Verdadeiro).
(Verdadeiro).
I. (Falso).
II. (Verdadeiro).
I. (Falso).
II. (Verdadeiro).
III. (Verdadeiro).
IV. (Falso).
V. (Verdadeiro).
VI. (Falso).
VII. (Falso).
(Falso).
107
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
I. (Falso).
II. (Falso).
I. (Falso).
II. (Falso).
B) 52,5%.
(Verdadeiro).
I. (Verdadeiro).
II. (Falso).
I. (Falso).
II. (Verdadeiro).
III Verdadeiro).
IV. (Verdadeiro).
V. (Falso).
108
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
VIII. (Verdadeiro).
IX. (falso).
X. (falso).
XI. (falso).
I. (falso).
II. (verdadeiro).
III. (falso).
IV. (falso).
I. (verdadeiro).
II. (falso).
III. (verdadeiro.
IV. (falso).
V. (falso – 1,94).
I. (falso).
II. (falso).
III. (verdadeiro).
IV. (falso).
V. (verdadeiro).
VI. (verdadeiro).
VII. (falso).
109
UNIDADE XI │análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura
I.(falso).
II.(verdadeiro).
III.(verdadeiro).
I.(verdadeiro).
II.(verdadeiro).
III.(falso).
C).
I.(verdadeiro).
II.(falso).
III.(verdadeiro).
IV.(verdadeiro).
I.(verdadeiro).
II.(verdadeiro).
III.(falso).
IV.(verdadeiro).
I.(verdadeiro).
II.(falso).
III.(verdadeiro).
IV. (falso).
V.B) V, F, V.
VI.C) 20%.
110
análise horizontal, vertical, balanced scorecard e o efeito tesoura │ UNIDADE XI
I.c ) 1,39.
e) 0,85. (Verdadeiro).
31. (AFTN)
V. (verdadeiro – 1,42).
e) 31,33% e 19,06%.
34. (CLDF/2006)
(falso).
111
Para (não) Finalizar
Não termina aqui sua caminhada. Seu esforço e sua dedicação no estudo dos assuntos aqui abordados
merecem ser destacados.
Análise das Demonstrações Contábeis e Financeiras é um tema muito amplo e que oferece um vasto
campo de informações voltadas para o atendimento às necessidades dos profissionais financeiros.
Procure estar sempre atualizado. Seu sucesso profissional depende muito de seu interesse pelos
estudos.
Deixo-lhe uma valiosa contribuição: o texto a seguir, cuja autoria desconheço, que sintetiza a real
razão de nossa existência:
No primeiro dia de aula, nosso professor se apresentou aos alunos e nos desafiou a que nos
apresentássemos a alguém que não conhecêssemos ainda. Eu fiquei em pé para olhar ao redor
quando uma mão suave tocou meu ombro. Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha
e enrugada, sorrindo radiante para mim, com um sorriso que iluminava todo o seu ser. Ela disse:
Hei, bonitão! Meu nome é Rosa. Tenho oitenta e sete anos de idade. Posso te dar um abraço? Eu ri e
respondi entusiasticamente: – É claro que pode! – Ela me deu um gigantesco apertão. Por que você
está na faculdade em tão tenra e inocente idade? – perguntei. Ela respondeu brincalhona: – Estou
aqui para encontrar um marido rico, casar, ter casal de filhos e então me aposentar e viajar. – Está
brincando – eu disse. Eu estava curioso em saber o que havia motivado a entrar neste desafio com
a sua idade e ela disse: – Eu sempre sonhei em ter estudo universitário e agora estou tendo um!
Após a aula nos caminhamos para o prédio da União dos Estudantes e dividimos um “milkshake”
de chocolate. Nos tornamos amigos instantaneamente. Todos os dias, nos próximos três meses, nós
teríamos aula juntos e falaríamos sem parar. Eu ficava sempre extasiado ouvindo aquela “máquina
do tempo” compartilhar sua experiência e sabedoria comigo. No decurso de um ano, Rosa tornou-se
um ícone no Campus Universitário e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse. Ela adorava vestir-
se bem e revelava-se na atenção que lhe davam os outros estudantes. Ela estava curtindo a vida! No
fim do semestre, nós convidamos Rosa para falar no banquete do futebol. Jamais esquecerei do que
ela nos ensinou. Ela foi apresentada e se aproximou do pódio. Quando ela começou a ler a sua fala
preparada, deixou cair três das cinco folhas o chão. Frustrada e um pouco embaraçada, ela pegou
o microfone e disse simplesmente: – Desculpa-me, estou tão nervosa! Parei de beber por causa da
Quaresma e este uísque está me matando! Eu nunca conseguirei colocar meus papéis em ordem
de novo, então me deixe apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei. Enquanto nós ríamos,
ela limpou sua garganta e começou: – Nós não paramos de amar porque ficamos velhos; nós nos
tornamos velhos porque paramos de amar. Existem somente quatro segredos para continuarmos
jovens, felizes e conseguindo sucesso. Você precisa rir e encontrar humor em cada dia. Você precisa
ter um sonho. Quando você perde seus sonhos, você morre. Nós temos tantas pessoas caminhando
112
para não finalizar
por aí que estão mortas e nem desconfiam! Há uma enorme diferença entre ficar velho e crescer.
Se você tem dezenove anos de idade e ficar deitado na cama por um ano inteiro, sem fazer nada de
produtivo, você ficará com vinte anos de idade. Se eu tenho oitenta e sete anos e ficar na cama e não
fizer coisa alguma, eu ficarei com oitenta e oito anos. Qualquer um consegue ficar mais velho. Isso
não exige talento nem habilidade. A ideia é crescer por meio de sempre encontrar oportunidade na
novidade. Isto não precisa nenhum talento ou habilidade. A ideia é crescer sempre encontrando a
oportunidade de mudar. Não tenha remorsos. Os velhos geralmente não se arrependem daquilo
que fizeram, mas sim por aquelas coisas que deixaram de fazer. As únicas pessoas que têm medo da
morte são aquelas que têm remorsos. Ela concluiu seu discurso cantando corajosamente “A Rosa”.
Ela desafiou a cada um de nós a estudar poesia e vivê-la em nossa vida diária. No fim do ano, Rosa
terminou o último ano da faculdade que começou todos aqueles anos atrás. Uma semana depois da
formatura, Rosa morreu tranquilamente em seu sono. Mais de dois mil alunos da faculdade foram
ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que ensinou, por meio do exemplo, que nunca é
tarde demais para ser tudo aquilo que você pode ser.”
113
Referências
ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tiburcio. Administração de capital de giro.
3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
BRASIL, Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre a sociedade por ações.
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20/12/2008.
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