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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que os alunos respondam às
perguntas livremente. ções apresentavam ao público europeu inovações tecnológicas, produ-
tos comerciais e uma visão do mundo desconhecido das colônias.
Objetivos de aprendizagem
de aula, para orientar os alunos
em relação ao que vão estudar
na unidade.
mais inovações técnicas, científicas e militares estariam mais bem preparadas e deveriam ser temidas
grande parte da população europeia e fazer frente às descobertas antropológicas das demais
nações coloniais.
CAPÍTULO
Industrial
O crescimento da produção industrial
Se, na era do carvão e do ferro, a produção mecanizada atingiu princi-
palmente a Inglaterra, a industrialização da segunda metade do século XIX
estendeu-se por diversos países da Europa ocidental e oriental (figuras 1 e 2)
e alcançou o Japão e os Estados Unidos.
A Primeira Revolução Industrial, na segunda metade do século XVIII,
aprofundou a divisão social do trabalho ou parcelamento das tarefas (cada
trabalhador fazia uma mesma e repetida operação). Com a Segunda Revolu-
ção Industrial, além do parcelamento das tarefas, criava-se uma nova divisão:
entre países ricos e industrializados e países consumidores de produtos e
fornecedores de fontes de energia e de matéria-prima.
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1
2,6
População Marinha mercante Estrada de ferro Observe nos gráficos o crescimento espetacular da
(milhões) (milhões de toneladas líquidas) (quilômetros)
Alemanha entre 1880 e 1900.
Fonte: História do século XX: 1900-1914. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 148.
HISTÓRIA 7
tralizou o poder na figura do imperador. Iniciou-se uma era de profundas reformas, que
transformaram o Japão em uma grande potência. O governo assinou tratados comer-
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ciais com países do Ocidente, garantindo a entrada de produtos japoneses no mercado
externo, realizou uma ampla reforma educacional destinada a erradicar o analfabetismo
e promoveu a industrialização do país.
5
industrial e agrícola do país;
• a grande oferta de mão de obra barata, garantida
pelas políticas de incentivo à imigração;
• a ocupação das terras do oeste;
• o incentivo do Estado à instalação de compa-
nhias de transportes e comunicações.
Em 1900, a força da economia americana des-
pontava em vários setores. Os Estados Unidos já
ocupavam o primeiro lugar na produção mundial
de aço, produto fundamental na construção de
ferrovias e na fabricação de máquinas agrícolas e
industriais, e tinham a maior malha ferroviária
(figura 5). A população urbana saltou de 15%, em
1850, para 40%, em 1900, ou seja, dos 75 milhões
de habitantes, 30 milhões viviam nas cidades.
Como se pode ver, a economia industrial do pe-
ríodo tornou-se bem mais difundida do que na fase
A ferrovia elevada, Terceira avenida, Nova York, 1879. O crescimento econômico dos anterior, quando a Inglaterra era a única nação in-
Estados Unidos nessa época esteve ligado à expansão das estradas de ferro. dustrializada.
8
Da concorrência ao monopólio
A Segunda Revolução Industrial inaugurou a era das empresas gigantes e pode-
rosas que resultaram, principalmente, da formação de trustes, cartéis e holdings.
• Truste: associação de empresas de um mesmo ramo que se fundem com
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2.680 km
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
REENWICH G
MERIDIANO DE
ÁLBUM/AKG-IMAGES/LATINSTOCK
0º
Fonte: Atlas da história do mundo. São Paulo: Folha de S.Paulo, 1995. p. 240-241.
O café da manhã (cônsul britânico sendo servido • Fatores econômicos: a busca por novos mercados foi um dos principais
por empregados nativos na Índia), 1842, de
J. Bouvier. O Império Britânico impôs seu domínio fatores que motivaram a expansão dos países industrializados. O aumento
nesse país. da produção, durante a Segunda Revolução Industrial, provocou uma con-
corrência acentuada e a queda nos preços, gerando a falência de muitas
empresas. O resultado foi uma grave crise econômica entre 1873 e 1896.
A saída encontrada para equilibrar novamente a economia foi conquistar
os mercados da África e da Ásia para os produtos industrializados europeus
e obter fontes de energia – carvão e petróleo, sobretudo – e matérias-primas
para as novas indústrias.
• Fatores culturais: em geral, a colonização justificou-se como uma mis-
são civilizadora do homem branco, que levaria aos povos tidos como
atrasados as conquistas da ciência e da indústria. Essa suposta superio-
ridade não era, no discurso imperialista, apenas econômica. Represen-
tava também a garantia da influência e do predomínio europeu sobre o
restante do mundo. Essa ideia de pretensa superioridade dos europeus
ficou conhecida como darwinismo social.
10
Fonte: HILGEMANN, Werner; KINDER, Hermann. Atlas histórico mundial. Madrid: ISTMO, 1983. p. 118.
INDOCHINA CÂN
C ER
DE
PICO
TRÓ
Hanói
Golfo de
Tonkin
Golfo MIANMAR
de LAOS VIETNÃ
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Bengala
Vientiane
ERIDIONAL
Yangon
TAILÂNDIA
Golfo
M
de
CHINA
Martabam
Bangcoc
CAMBOJA
R DA
THE BRIDGEMAN ART LIBRARY/KEYSTONE BRASIL
MA
ÍNDICO Golfo
de Sião
Possessões inglesas
Possessões francesas
Área de influência
200 km da França
100º
12
5 6
COLEÇÃO PARTICULAR
COLEÇÃO PARTICULAR
13
MELILLA (Espanha)
Fonte: HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à África contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 68.
CEUTA (Espanha) MALTA
MA
R MEDIT
TUNÍSIA ERRÂNE
Madeira MARROCOS O
Canárias TRÍPOLI
ARGÉLIA (Otomana) EGITO
MA
CÂNCER
TRÓPICO DE
R
RIO DE OURO
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VE
RM
EL
HO
ÁFRICA OCIDENTAL ERITREIA
FRANCESA SUDÃO SOMALIALÂNDIA
ANGLO-EGÍPCIO (Fr.) (Brit.) (Ital.)
GÂMBIA
GUINÉ
PORTUGUESA TOGO NIGÉRIA ÁFRICA
SERRA LEOA EQUATORIAL ETIÓPIA
LIBÉRIA COSTA CAMARÕES FRANCESA
DO OURO
Fernando Pó
São Tomé 0º
ESTADO
GUINÉ ESPANHOLA DO CONGO
OCEANO ÁFRICA
CABINDA ZANZIBAR
8 ATLÂNTICO
ORIENTAL
ALEMÃ
NIASSALÂNDIA
Comores
ANGOLA RODÉSIA MOÇAMBIQUE
SETENTRIONAL
RODÉSIA
Britânico
ÁFRICA DO MERIDIONAL
MADAGASCAR
Belga SUDOESTE ALEMÃ
BECHUANALÂNDIA TRÓPICO DE C
Francês APRICÓRN
IO
Italiano
SUAZILÂNDIA
Alemão BASUTOLÂNDIA
ÁFRICA
Espanhol DO SUL
OCEANO
Português ÍNDICO
Estados independentes 700 km
20º
O domínio francês
REPRODUÇÃO – BIBLIOTECA NACIONAL, PARIS
OCEANO M
AR
ATLÂNTICO MEDIT
ERRÂNEO ÁSIA
ARGÉLIA
TRÓPIC
O DE CÂ
NCER LÍBIA
EGITO
ANGLO-EGÍPCIO
ÁFRICA
EQUATORIAL SOMÁLIA
COSTA FRANCESA
DO BRITÂNICA
OURO
CAMARÕES
SOMÁLIA
ITALIANA
A
EQUADOR
ÁFRICA
ND
ÁFRICA A ORIENTAL
UG
EQUATORIAL CONGO BELGA BRITÂNICA
FRANCESA TANGANICA
(ÁFRICA
ORIENTAL
ALEMÃ)
OCEANO ANGOLA
ATLÂNTICO IA
ÉS
UE
ROD
IQ
B
ÁFRICA
AM
DO MADAGASCAR
MOÇ
IO
SUDOESTE
APRICÓRN
TRÓPICO DE C ALEMÃ
ÁFRICA OCEANO
DO SUL
BRITÂNICA ÍNDICO
Áreas de resistência
ao domínio colonial 750 km
0 40
15
Recordar e compreender
1 Em duplas, completem o esquema a seguir em relação às transformações ocorridas durante a
Segunda Revolução Industrial.
Cap. 1
Novas tecnologias
Período em que ocorreu: utilizadas: Novas fontes de
Processo Bessemer de side-
Segunda metade do século XIX. energia utilizadas:
rurgia, motor de combustão
Energia elétrica e petróleo.
interna e aperfeiçoamento do
dínamo.
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Segunda Revolução Industrial
2 Forme uma dupla com um colega. Depois, observem os itens a seguir e identifiquem quais se
referem ao capitalismo industrial e quais se referem ao capitalismo financeiro.
Cap. 1
a) Os bancos têm uma função muito importante.
As empresas usam o lucro obtido com seus negócios Os bancos têm uma função muito importante.
para expandi-lo.
externos.
poderosas.
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O neocolonialismo envolveu Grã-Bretanha, França, Alemanha, Bélgica, Rússia, Itália, Estados Unidos,
c) Qual era o contexto político e econômico na Europa durante esses dois processos?
Durante o colonialismo, a Europa vivia o período das Grandes Navegações, da formação dos Estados
Cap. 2
Nascido, assim, da formação dos monopólios, o imperialismo promoveu disputas
por fontes de matérias-primas entre trustes e cartéis que, já tendo dominado o merca-
do interno em seus países de origem, precisavam se expandir para além de suas fron-
teiras, defrontando-se com cartéis e trustes de países concorrentes. Nesse momento,
a classe detentora da produção capitalista passou a rejeitar as fronteiras nacionais
como barreira à expansão econômica, transformando o crescimento econômico em
expansão territorial.
O período entre 1870 e 1914 esteve, dessa forma, associado à expansão do capita-
lismo monopolista, à conquista política e militar de territórios e ao auge do imperia-
lismo sobre o mundo, com a partilha da África. Quase todo o mundo, com exceção
da Europa e da América, foi dividido em territórios dominados por potências como
a Grã-Bretanha, a França e a Alemanha e, mais tarde, os EUA e o Japão. Essa divisão
respondeu à busca por novos mercados empreendida simultaneamente pelo capital
monopolista de diferentes economias, que se confundiam com os próprios governos
nacionais, gerando assim rivalidade entre as potências. O próprio status de potência
estava associado à posse do maior número possível de territórios dominados e se
tornou por si só razão política para a expansão. Porém, apesar de ter como pano de
fundo a expansão mundial das relações capitalistas de produção, o imperialismo teve
também raízes políticas e culturais, entre as quais se sobressaía a crença na superiori-
dade cultural e racial dos europeus. (...)
Teorias racistas, como o darwinismo social, também tiveram papel importante
na justificação da dominação imperialista ao defenderem a superioridade dos povos
brancos sobre os povos de cor. A “raça branca”, que se atribuiu o status de raça supe-
rior, assumiu, a partir dessas teorias, a missão civilizadora de levar progresso, desen-
volvimento e civilização àqueles povos que considerava incivilizados e racialmente
inferiores.
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos.
São Paulo: Contexto, 2010. p. 218-219.
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b) De acordo com o texto, qual foi a justificativa cultural e racial para a dominação imperialista?
O chamado “darwinismo social” afirmava que os europeus seriam racial e culturalmente superiores
aos outros povos, o que justificaria, segundo essa teoria, que eles impusessem a esses povos o que
Professor: Espera-se que os c) Na opinião de vocês, esse tipo de justificativa cultural e étnica seria aceita nos dias de hoje?
alunos entendam que esse Justifiquem sua resposta.
tipo de argumento, historica-
mente criado, não seria aceito
nos dias de hoje, tendo em Resposta pessoal.
vista que as ideias defendidas
pelo darwinismo social foram
desacreditadas, bem como to-
das as teorias de cunho racista.
5 Em duplas, expliquem por que, na segunda metade do século XIX, o Império Britânico era chama-
de “o império onde o sol nunca se põe”.
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Cap. 2
Nesse período, a Grã-Bretanha expandiu tanto seus domínios que, se levassem em conta seu território
somado àqueles das regiões que dominava, era possível dizer que sempre era dia em algum desses
territórios.
c) De que forma os processos políticos desses países mudaram suas relações com a corrida im-
perialista?
Devido a disputas internas e questões políticas envolvidas nos processos de unificação, esses países
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uniformizados.
perda de poder dos samurais, o que o levou a organizar uma rebelião para retomar esse poder perdido.
19
cadeira. O cenário é ricamente decorado. No chão está estendido um tapete e sobre a mesa aparecem
objetos que parecem ser símbolos de poder do imperador. Ele está vestindo roupas que lembram trajes
militares ocidentais, porém mais ornamentados. Está olhando para o fotógrafo e segurando uma espada.
Professor: Os alunos podem e) Na opinião do grupo, quais elementos da fotografia atestam o poder do imperador Meiji?
citar: a espada, o olhar do im-
perador, o cenário rebuscado Resposta pessoal.
e suas vestes.
ANDY SINGER
Cap. 2
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Dia D, de Andy Singer, 1998.
a) Descrevam que tipo de imagem é, quais são seus principais elementos e o que ela representa.
A imagem é uma charge, e nela está sendo representada a invasão de um território. No lugar de armas,
estão sendo jogados produtos industrializados e as bandeiras dos soldados são marcas de empresas
multinacionais.
b) Na opinião do grupo, a imagem representa uma questão política dos dias de hoje ou do século
XIX? Por quê?
A charge faz referência tanto ao imperialismo dos séculos XIX e XX quanto aos dias de hoje. A imagem
de uma ilha e de seus habitantes sendo ameaçados faz referência ao passado, e os produtos e marcas
grupo são seres humanos de pele morena sendo rendidos pelos personagens da Disney.
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Fonte: PARKER, Geoffrey. Atlas Verbo de história universal. Lisboa: Verbo, 1997. p. 113-117.
Fonte: PARKER, Geoffrey. Atlas Verbo de história universal. Lisboa: Verbo, 1997. p. 113-117.
130º
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
Anexações 1895
Nova Caledônia (GB)
AU ST RÁ L I A (FRA) Anexações 1905-1910 470 km
Área de influência
120º
Campanhas japonesas 1904-1905
b) Anotem até três possessões, na Ásia e na Oceania, de cada um dos países abaixo.
1. Grã-Bretanha
2. Holanda
3. Portugal
4. França
1. Austrália, Índia e Birmânia
3. Goa
4. Indochina
Vladivostok.
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sumidores de países emergentes, como é o caso do Brasil. (...)
Precisaremos de petróleo para o que não temos substitutos, como lubrificantes, al-
guns processos químicos, produtos farmacêuticos, materiais de construção, fibras sin-
téticas e uma série de outros produtos. Não devemos é usar combustíveis fósseis para
transporte e geração de energia elétrica.
O Brasil tem a chance de usar parte dos recursos do petróleo para criar um modelo
energético baseado em eletricidade verde. Caso contrário, o país estará voltado para o
século passado. O Brasil pode ser a Arábia Saudita das energias renováveis. Tem mais
potencial de geração de energia renovável que qualquer país do mundo. Todo prédio
brasileiro deveria ter painéis solares no teto e nas paredes externas. Deveria haver ge-
radores de energia eólica por toda a costa. O Brasil pode liderar a Terceira Revolução
Industrial na América Latina, como a Alemanha está fazendo na Europa. Apostar apenas
no petróleo levaria o país a ser uma nação de segundo escalão.
PADUAN, Roberta; BARROS, Daniel. Jeremy Rifkin e a terceira revolução industrial. Disponível em:
<http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/entrevista-jeremy-rifkin-terceira-revolucao
industrial-692453.shtml?func=1&pag=1&fnt=14px>. Acesso em: jun. 2014.
a) De acordo com o economista, quais são as áreas que mais se modificam para dar início a revo-
luções industriais?
As áreas de comunicação e geração de energia.
b) Quais itens Jeremy Rifkin entende como mais importantes no processo da Segunda Revolução
Industrial?
c) Qual é, de acordo com o entrevistado, o principal problema dos dias de hoje com relação às
fontes de energia?
principalmente com relação aos combustíveis dos carros e à geração de energia, pois o petróleo é uma
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naturais, apesar de ter descoberto recentemente uma grande reserva de petróleo chamada pré-sal.
e) Explique por que o economista afirma que “O Brasil pode ser a Arábia Saudita das energias
renováveis”.
A Arábia Saudita é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Dada a importância desse
combustível fóssil, a região é bastante rica e já foi alvo de disputas tendo em vista a importância que
o petróleo tem. De acordo com o economista, o Brasil pode se tornar um país tão rico quanto a Arábia
Saudita, mas produzindo tecnologias ligadas a energias renováveis, como a energia eólica e a solar.
f) Você concorda com o autor quando ele diz que o Brasil poderia liderar a Terceira Revolução Professor: Espera-se que
os alunos se posicionem de
Industrial na América Latina? Discuta com os colegas e o professor. maneira crítica com relação
à opinião do entrevistado
WQ 2 Os ideais liberais de livre comércio e livre concorrência, formulados no século XIX, poderiam garantir
baseando-se em justificativas
plausíveis.
um desenvolvimento econômico mundial amplo, mas acabaram por estimular uma disputa por Professor: Lembre-se de que
mercados fornecedores e consumidores que culminou no chamado capitalismo monopolista do essa atividade exige conexão
com a internet e deve ser reali-
século XX, caracterizado pela formação de trustes, cartéis e holdings, que passaram a dominar deter- zada em etapas.
minados setores. Siga as orientações do professor para fazer a atividade WebQuest "Imperialismo".
Autoavaliação
Marque na tabela o que você conseguiu alcançar dos objetivos da unidade. O número 1 indica
que você não atingiu o objetivo, o 5 que você o atingiu inteiramente e os outros mostram grada-
ções entre as duas situações.
1 2 3 4 5
Descrevo os principais elementos da Segunda Revolução Industrial.
Diferencio o capitalismo industrial do capitalismo financeiro.
Comparo historicamente os conceitos de colonialismo e imperialismo.
Analiso textos em busca de elementos econômicos, sociais e
culturais que foram utilizados para justificar o imperialismo.
Reconheço os processos políticos internos e a participação da
Itália e da Alemanha no contexto do imperialismo.
Compreendo a atuação militar e analiso a imagem do imperador Meiji.
Desenvolvo uma comparação entre o neocolonialismo e o imperia-
lismo contemporâneos por meio da análise de uma charge.
Analiso mapas identificando aspectos do imperialismo no Japão.
Agora pense um pouco sobre o material digital. Nesse caso, o número 1 indica uma resposta negativa, o 5
indica uma resposta totalmente positiva e os outros números indicam gradações entre as duas situações.
1 2 3 4 5
Usei o iPad em sala de aula.
Usei o iPad fora da sala de aula.
Os recursos digitais me ajudaram.
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Fonte: HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à África contemporânea. São Paulo: Selo
A dominação imperialista na África
O Congresso de Berlim assinalou uma nova fase MELILLA (Espanha)
CEUTA (Espanha) MALTA
MA
R MEDIT
na relação das potências europeias com a África, que Madeira MARROCOS
TUNÍSIA ERRÂNE
O
MA
C O DE C
RV
ER
RIO DE OURO
Mesmo assim, vários povos africanos resistiram à
ME
LH
O
ERITREIA
ocupação. Na África ocidental, antigos e poderosos ÁFRICA OCIDENTAL
FRANCESA
SUDÃO SOMALIALÂNDIA
GÂMBIA ANGLO-EGÍPCIO (Fr.) (Brit.) (Ital.)
Estados, como o de Daomé, o reino Achante e o emi- GUINÉ ÁFRICA
PORTUGUESA TOGO NIGÉRIA EQUATORIAL
rado de Socoto, lideraram movimentos que tentaram SERRA LEOA FRANCESA ETIÓPIA
LIBÉRIA COSTA CAMARÕES
barrar o avanço das forças imperialistas, recusando-se DO OURO
Fernando Pó
OCEANO São Tomé
a perder a independência. 0º
CABINDA ORIENTALZANZIBAR
Controles estrangeiros ALEMÃ NIASSALÂNDIA
ropeus, a derrota africana era quase inevitável. Assim,
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Comores
Britânico ANGOLA RODÉSIA
no final do século XIX, o poder das potências euro- SETENTRIONAL
MOÇAMBIQUE
Belga
peias na África já era uma realidade. Francês SUDOESTE
RODÉSIA
MERIDIONAL MADAGASCAR
AFRICANO
(Texto elaborado para fins didáticos.) Italiano BECHUANALÂNDIA TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
Negro, 2005. p. 68
Alemão SUAZILÂNDIA
Espanhol ÁFRICA BASUTOLÂNDIA
DO SUL OCEANO
Português
ÍNDICO
Estados independentes 950 km
40º
Texto 2
OS DOMÍNIOS EUROPEUS NA ÁFRICA OCIDENTAL
A
E OS PRODUTOS DE EXPORTAÇÃO (SÉCULO XIX)
O Congresso de Bruxelas na visão de um
historiador
OCEANO MAR
MEDITER
ATLÂNTICO RÂNEO
Conheça agora o complemento do Congresso de
Berlim na visão do historiador, africanista e diplomata
TRÓPICO
Socoto
eg
Bamako
al
Fonte: BOAHEN, Albert Adu et al. (Orgs.). Topics in West African history. Londres: Longman, SILVA, Alberto da Costa e. Um rio chamado Atlântico: a África no Brasil e
1993. p. 103. o Brasil na África. Rio de Janeiro: Nova Fronteira / UFRJ, 2003. p. 68.
24
3 Por que, na visão do autor, o Congresso de Bruxelas foi mais “sinistro e ameaçador” para os africa-
nos do que o de Berlim?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Porque, partindo do princípio de que os africanos não possuíam governos, recomendou-se a “organização
progressiva dos serviços administrativos, judiciais e militares nos territórios sob a soberania ou o
protetorado de nações civilizadas”, a instalação de fortes no interior do continente e nas margens dos rios,
Analise e interprete
1 Explique o papel que teve a tecnologia bélica dos europeus na conquista da África.
Resposta pessoal.
2 Que princípio guiava os europeus para afirmarem que na África não havia governos?
Os europeus eram guiados pelo modelo de civilização ao qual estavam acostumados, ou seja, o modelo
ocidental. Os povos que não possuíssem uma estrutura administrativa semelhante à deles eram
Opine
Há alguma relação entre os conflitos atuais da maioria dos Estados africanos e a colonização imperia-
lista europeia? Qual?
Resposta pessoal.
25
Texto 1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
após tentativa suprema, regressava agora com o passo não se sentiria com forças para lhes confessar que tinha
lento, as mãos vazias, acabrunhado pela miséria. Cho- mentido. Vai andando e pergunta a si próprio como é
ve; inundada de lama, Paris naquela tarde, tem um as- que vai entrar em casa e como é que lhes dirá que te-
pecto fúnebre. nham paciência. Contudo, não podem continuar sem
O homem vai andando, recebendo a chuvada sem comer. Podê-lo-ia ele, mas não a mulher e a filha, que
dar por isso, ouvindo, apenas, a voz da necessidade e são muito fracas.
retardando o passo para não chegar tão depressa. In- Por um momento, ocorre-lhe pedir esmola; mas ao
clina-se sobre o parapeito do Sena; o rio, cujo caudal passar junto de qualquer dama ou cavalheiro e quan-
aumentou, corre com um rumor prolongado; a espuma do vai estender a mão, o braço paralisa-se-lhe e sente
branca expande-se em salpicos de encontro a um dos um nó na garganta. Fica, então, imóvel no passeio, en-
tramos da ponte. Inclina-se mais. Embaixo a colossal quanto os transeuntes lhe voltam as costas, julgando-o
massa d’água parece lançar-lhe um apelo furioso. Mas bêbado, ao verem o seu semblante.
o homem reflete que seria uma covardia. ZOLA, Émile. O idílio. São Paulo: Clube do Livro, 1996. p. 134-135.
BETTMANN/CORBIS/LATINSTOCK
CORBIS/LATINSTOCK
Fábrica de cabos elétricos em Tóquio, Japão, final do século XIX. Operários de empresa de tabaco, em 1899, nos Estados Unidos.
26
Aquecimento
• Organizem-se em grupos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Leiam os fatos que são solicitados para a coleta de dados, na seção Desenvolvimento.
• Preparem-se para a entrevista solicitada na seção Desenvolvimento. No grupo, cada um deve cole-
tar informações e depois organizá-las.
• Dividam a tarefa de coleta de dados entre os componentes do grupo. Cada um pode pesquisar
uma parte dos fatos solicitados e, no final, todas as informações devem ser reunidas para a seção
Conclusão.
Desenvolvimento
1 Pesquisem qual é a situação da Europa, no que diz respeito à produção pós-Segunda Revolução
Industrial, no final do século XIX. Faça um pequeno texto para contextualizar a situação do perso-
nagem de Émile Zola.
Desenvolvimento de pesquisas no campo da tecnologia, maior velocidade de produção e distribuição de
mercadorias. O ritmo da produção mantinha os operários controlados e fixos no seu local de trabalho.
O aumento da produção, durante a Segunda Revolução Industrial, provocou uma concorrência acentuada e
a queda nos preços, causando a falência de muitas empresas. O resultado foi uma grave crise econômica
insistente procura, o personagem não consegue emprego e sua família passa fome.
b) Por que o personagem de Émile Zola não conseguia trabalho? Relacione com o contexto do
final do século XIX.
Embora tenha procurado bastante, não havia emprego por causa da crise que assolou a Europa após
27
b) Se o trabalhador tinha direito a descansar no domingo, qual era, então, sua jornada diária?
Onze horas e meia por dia.
c) Desde o final da Primeira Guerra Mundial, quantos dias por semana e quantas horas por dia
ficou determinado para os trabalhadores dos países que concordaram com a Organização
Internacional do Trabalho (OIT)?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Seis dias por semana, oito horas por dia.
d) Quanto tempo depois o Brasil instituiu o que já se fazia nos países mais industrializados desde 1919?
Professor: Não seja muito
rigoroso quanto à concei- Quase 20 anos depois, com a Constituição de 1934.
tuação do que é lazer ou
cultura. Os alunos devem
perceber a discrepância
4 Converse com três trabalhadores empregados, que não sejam donos do próprio negócio nem
entre o tempo dedicado trabalhem por conta própria. Procure falar com pessoas que atuem em setores e em funções
ao trabalho e o tempo livre. diferentes, por exemplo: um trabalhador de fábrica, outro de escola, outro doméstico. Pergunte
Cultura (cinema, TV, leitura
de jornal, teatro etc.) e lazer aos três sobre sua jornada diária de trabalho e, também, quantas horas por semana gastam no
(esportes, passeios etc.) se- emprego e quantas são usadas para atividades culturais ou de lazer. Preencha, então, a seguin-
rão o que a pessoa entrevis-
tada declarar aos alunos. te tabela.
Nome
Função
Horário de entrada
Horário de saída
28
b) O que determina, atualmente, a legislação brasileira sobre a jornada diária e a jornada semanal
de trabalho?
A jornada máxima é de oito horas diárias, seis dias por semana.
c) É possível estabelecer alguma relação entre a função exercida e a quantidade de horas traba-
lhadas? Qual?
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
f) É possível estabelecer alguma relação entre a função exercida e as preferências para atividades
culturais e de lazer? Qual?
Resposta pessoal.
g) Como você qualificaria a relação entre tempo de trabalho e tempo livre que existe na vida de
cada um desses três trabalhadores? Boa, média ou ruim? Por quê?
Resposta pessoal.
Conclusão
Utilizando o que foi coletado pelo grupo, produzam, coletivamente, um texto histórico com os seguin-
tes dados:
• os documentos pesquisados;
• como era a situação do trabalhador no final do século XIX;
• como era o trabalho no século XIX e início do século XX;
• o que mudou entre a situação narrada por Émile Zola e a narrada no texto sobre a OIT;
• quais são as causas da mudança;
• pessoas entrevistadas;
• relação entre trabalho e lazer atualmente;
• comparação entre a situação do passado e a atual.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
H15
REPRODUÇÃO – HISTORIANET
˝O dobro e aposto o sudeste daquela minha colônia africana ali˝, ilustração de Arthur D'Araujo,
do HISTORIANET.
Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) a respeito do evento histórico ao qual a charge faz menção.
( ) A partilha da África foi uma decisão democrática que envolveu as nações africanas e euro-
peias visando garantir a soberania de todos os povos.
( X ) A Inglaterra foi beneficiada pela corrida imperialista, pois já era uma grande potência mundial.
( ) A Itália e a Alemanha foram as duas principais nações que saíram à frente nas conquistas
imperialistas.
( ) Os países europeus partilharam igualmente o continente africano. Com essa decisão, houve
a garantia da ausência de conflitos posteriores.
( ) A África foi dividida entre alguns países europeus. Com isso, as populações locais tiveram
melhores condições econômicas.
( X ) A divisão do território africano entre as nações europeias não considerou a política local e
criou fronteiras artificiais.
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Autoavaliação
Reúnam-se em grupos e façam as atividades a seguir.
1 Busquem na Matriz Geral de Habilidades o texto das habilidades trabalhadas nas questões. Em
seguida, identifiquem qual(is) habilidade(s) é (são) trabalhada(s) em cada questão.
2 Vocês consideram importante trabalhar essas habilidades? Por quê?
Resposta pessoal.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Professor: Espera-se que os alunos indiquem que, com essas atividades, foi possível entender que a abolição da escravatura
não foi o fim do preconceito contra o negro. Com isso, eles podem avaliar os movimentos e consequências do neocolo-
nialismo e identificar como o propósito do darwinismo social está totalmente contra os ideais de democracia e cidadania.
Professor: Oriente os alunos a elencar as dificuldades que tiveram para realizar essas atividades. Dificuldades relativas a con-
ceitos ou encadeamentos de fatos e eventos podem ser retrabalhadas neste momento como meio de sanar essas lacunas.
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partilha da Ásia e da África e explica o que houve por trás da independência das
nações latino-americanas.
Para assistir
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Sobreviventes – Filhos da Guerra de Canudos, de Paulo Fontenelle. Brasil, 2007, 76 min.
Nesse documentário, a memória das pessoas que sobreviveram a um trágico
acontecimento da história brasileira, a Guerra de Canudos, é compartilhada com
os espectadores.
• Montanhas da lua, de Bob Rafelson. Estados Unidos, 1990, 140 min.
Em 1850, dois oficiais britânicos, o capitão Richard Burton (Patrick Bergen) e o tenente
John Speke (Iain Glen), iniciam uma espetacular aventura para descobrir a nascente
do Nilo. Enfrentando grandes perigos e contrariando todas as probabilidades, eles
entram nas profundezas de uma África selvagem para buscar o segredo do Nilo.
• Passagem para a Índia, de David Lean. Estados Unidos, 1984, 164 min.
REPRODUÇÃO
O filme conta a história de duas inglesas que, quando chegam à Índia, ficam
chocadas com o acirrado preconceito racial que existe no país. Um habitante
local decide ser o guia em uma esplêndida visita às misteriosas cavernas Mara-
bar, mas o passeio acaba de maneira trágica. A notícia do incidente espalha-se
rapidamente por toda a Índia, incendiando um barril de pólvora de tensão que
já estava prestes a explodir.
Para visitar
• Museu da República – Rio de Janeiro (RJ) – www.museudarepublica.org.br
Inaugurado em 15 de novembro de 1960, após a transferência da capital para
Brasília, o museu abriga um acervo da história republicana desde o século XIX
até o período posterior a 1960. Com obras de arte, mobiliário, documentos e
outros itens, o local busca cumprir sua função social para com a reflexão crítica
de nossa história.
• Memorial do Imigrante – São Paulo (SP) – www.memorialdoimigrante.sp.gov.br
O museu ocupa parte da antiga Hospedaria dos Imigrantes, construída entre 1886 e
1888 no bairro do Brás, em São Paulo, para receber e encaminhar os trabalhadores
imigrantes trazidos por conta do governo, e preserva a documentação, a memória e
objetos daqueles que por ali passaram em busca de esperança, aventuras, fortuna,
ou simplesmente fugindo de uma situação difícil em sua pátria de origem.
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UNIDADE
A era do imperialismo
As atividades das páginas centrais são para depois que você terminar esta
unidade. Mas leia a proposta logo, assim você tem tempo de pensar no que
quer fazer. Ao final, o resultado do trabalho pode virar uma exposição. Para
isso, basta destacar cuidadosamente as páginas centrais.
OA
CIONAL DE LISB
BIBLIOTECA NA
Aclamação que se fez na capitania do Rio de Janeiro ao rei Dom João IV, século XVII.
O documento mostra Portugal como metrópole colonial.