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CURSO DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

PSICOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES

1O ANO

TEMA: MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA NO AMBIENTE DO TRABALHO

Discente:

Eginêncio Constância Ngulele

Matola, Agosto de 2020


Índice

Introdução…………………………………………………………………………3

Objectivos…………………………………………………………………………4

Metodologia……………………………………………………………………….4
Fundamentação teórica……………………………………………………………5
1. Motivação e as respectivas teorias………………………………………….…6
1.1. Teoria das necessidades de Maslow……………………………………….7
1.2. Teoria dos Dois Factores de Hezberg…………………………………..….8
1.3. Teoria X e Y de MacGregor…………………………………………….....9
1.4. Teoria da Necessidade de MacCleland…………………………………...10
2.1 Liderança……………………………………………………………………10
2.2 Importância da liderança nas organizações……………………………........11
2.3 O papel do líder dentro das organizações…………………………………...12
2.4 Tipos de líderes……………………………………………………………..12
Considerações finais……………………………………………………………....14
Referencias bibliográficas……………………………………………………...…15

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Introdução

Motivação

A motivação é a energia que mais envolve e influencia um individuo a agir com o objectivo de
alcançar um bom desempenho, adoptando comportamentos desejados. Uma eficiente gestão
incide, entre outros aspectos, em motivar as pessoas, em induzir uma pessoa ou um grupo a
atingir os objectivos da organização, enquanto tenta também atingir os objectivos pessoais.

Motivar as pessoas é fazer com que elas se tornem decididas, confiantes e estejam
comprometidas intimamente a alcançar os objectivos propostos; estimulando-as o suficiente para
que sejam bem-sucedidas por meio do seu trabalho. (CHIAVENATO, 2004).

Neste trabalho pretendo falar de como a motivação e liderança nas organizações é


percebida, tomando por consideração os seguintes aspectos: Motivação no trabalho e suas teorias.
Liderança no ambiente do trabalho e tipos de líderes. No mundo actual os temas liderança e
motivação tem grande importância para a gestão organizacional, o ciclo de vida das organizações
muitas vezes depende dos líderes, que têm o compromisso de motivar e incentivar os
colaboradores para o desenvolvimento e crescimento da organização.

Liderança
O líder hoje em dia desenvolve um trabalho funcional de extrema importância dentro das
empresas, onde procura trabalhar em equipa com maior cooperação, além de tomar decisões
importantes e racionais. O mesmo deve ser aceite e compreendido por toda equipa, pois ele é o
exemplo a que todos seguirão.

Na teoria muito se fala em liderança, e que ela tem fundamentação empírica há vários
séculos atrás, onde grandes nomes se destacaram pela excelente liderança, como Jesus Cristo
considerado o maior exemplo de líder democrático que trazia para si seus liderados
proporcionando confiança, amando e orientando seus seguidores, o moçambicano Samora
Moisés Machel, que trabalhou pela libertação do seu país, o ditador Adolfo Hitler com um estilo
autoritário e energético, que muitos temiam, mas com essa autoridade que fez a Alemanha se
reconstruir depois da derrota e humilhação da 1° Guerra Mundial.

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Objectivos

Geral

Constitui objectivo principal deste trabalho descrever minuciosamente como é vista ou percebida
a Motivação e Liderança nas organizações, tomando por consideração os seguintes aspectos:
Motivação no trabalho e suas teorias. Liderança no ambiente do trabalho e tipos de líderes.

Específicos

1. Pesquisar e levantar conceitos e definições de motivação e liderança no que concerne ao


ambiente institucional ou empresarial;

2. Descrever importância da liderança nas organizações;


3. Identificar o papel do líder no seio de uma organização;

4. Apresentar os tipos de liderança identificando suas variadas formas de actuação;

Metodologia

A pesquisa será realizada por meio de uma abordagem quantitativa, a fim de proporcionar os
objectivos traçados no presente trabalho. Acredita-se que a realização de um estudo de caso
poderá contribuir para uma análise enriquecida e mais precisa da realidade, obtendo informações
precisas e detalhadas do tema motivação e liderança, em destaque. A construção de objectivos
foi baseado em sites que abordam temas referenciados anteriormente visando uma adaptação
para uma pesquisa empírica de resultados.

De acordo com Gil (1999), o estudo de caso consiste em um estudo aprofundado de poucos
objectos, permitindo a compreensão ampla e detalhada do tema. Ele é capaz de estudar um
fenómeno actual dentro de um contexto, servindo para diferentes objectivos.

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Fundamentação teórica

Segundo Antunes e Sant Anna (1996), o grau de satisfação e de motivação pode afectar a
estabilidade interna de todo um sistema. Os autores entendem que um funcionário desmotivado
pode se sobressair diante do contexto organizacional, causando desequilíbrio e até mesmo
afectando outros funcionários.

As teorias motivacionais descrevem por que os indivíduos necessitam empenhar-se cada


vez mais, ou adquirir outros comportamentos que não se relacionem directamente com
desempenho. Ao se falar de processos motivacionais e de liderança, é importante mencionar que
cada um desses aspectos relaciona-se entre si, de maneira que um contribui para o
desenvolvimento e aperfeiçoamento do outro. Mas não se deve confundir com dependência, pois
relacionar-se não implica depender do outro para acontecer; pelo contrário, eles podem ocorrer
juntos ou em momentos distintos, mas não necessariamente atrelados.

Segundo George R. Terry, liderança é a actividade de influenciar pessoas fazendo-as


empenhar-se voluntariamente em objectivos de grupo. Robert Tannenbaum, Irving R. Weschler e
Fred Massarik definem liderança como Influencia interpessoal exercida numa situação e dirigida,
através do processo de comunicação, para a consecução de objectivos específicos.

Uma análise de outros autores que tratam de administração revela que a maioria concorda
em ser a liderança o acto de influenciar o comportamento das pessoas e levá-las ao bom
desempenho de acordo com as suas necessidades e as das empresas nas quais actuam.
“Liderança é a capacidade de exercer influência sobre pessoas.” (VERGARA, 1999, p. 74) “É a
capacidade que algumas pessoas possuem de conseguir que outras, de modo espontâneo,
ultrapassem o estabelecido formalmente.”

Síntese: contudo se pode afirmar que motivação é tudo o que faz uma pessoa querer algo, tem
tudo a ver com vontade, com interesse e iniciativa. A motivação vem das necessidades de cada
ser humano, cada indivíduo tem uma necessidade. De um modo geral, o que motiva as pessoas
dentro de uma organização é o reconhecimento, é ser tratado como ser humano, como uma
pessoa com sentimentos, é poder ser ouvido, ter uma boa condição de trabalho, ser respeitado,
sentir como se fosse parte da organização; entre outras.

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Teorias motivacionais e seus conceitos

1. Motivação (Conceitos básicos)

Motivação é o estímulo que leva uma pessoa a se comportar de um determinado modo a


fim de cumprir um objectivo pois, segundo Gil (2009), “motivação é a força que estimula as
pessoas a agir”. Para Maximiano (2006), a motivação é o processo responsável pela magnitude,
direcção e perseverança que a pessoa tem para alcançar uma determinada meta, onde se procura
definir as características pessoais, o papel e o ambiente do trabalho e, explicar a influência que
afecta a motivação sobre o desempenho.

As teorias de necessidade preocupam-se com os tipos de coisas que as pessoas são


motivadas a alcançar, tais como o sustento ou recolhimento. Analisa-se que as necessidades das
pessoas podem ser distintas, tanto para a mesma pessoa com o passar dos anos quanto para
pessoas diferentes. A teoria da necessidade se divide em duas: a teoria da hierarquia das
necessidades, que se preocupa com as alterações nas necessidades particulares das pessoas com o
passar dos anos, salientando que a satisfação das necessidades humanas é primordial para a
saúde física e mental do indivíduo, por estarem organizadas hierarquicamente em necessidades
físicas, sociais e psicológicas.

Essa teoria descreve do nível mais baixo, que diz respeito ao aspecto físico, ao mais alto,
o aspecto psicológico. A segunda teoria da necessidade é a teoria dos dois factores, desenvolvida
por Herzberg, que salienta que a motivação deriva do carácter do próprio trabalho, e não de
gratificações exteriores ou das condições de trabalho.

A motivação é qualificada como um método activo, intencional e orientado a uma meta, e


depende da interacção de factores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos) (SPECTOR,
2006; FIORELLI, 2009; BERGAMINI, 2008). No momento em que dizemos que a motivação é
dirigida a uma meta, dizemos que ela tem de ter uma direcção e intensidade para conquistar tal
objectivo. As Teorias Motivacionais objectivam identificar e analisar os factores que estimulam
o comportamento das pessoas. Ou seja, as teorias motivacionais procuram identificar as
necessidades que são comuns a todas as pessoas. Elas tentam explicar a dinâmica
comportamental do ser humano

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Teoria das Necessidades de Maslow

O psicólogo Abraham Maslow estabeleceu uma hierarquia das necessidades humanas,


organizando-as por grau de importância e influência. Nesta pirâmide, as necessidades mais
básicas individuais estão no primeiro nível e as mais complexas no topo, portanto, podemos fazer
sua leitura de baixo para cima.

1) Necessidades Fisiológicas: fome, sede, sono, abrigo, entre outras necessidades corporais;

2) Necessidades de Segurança: moradia, estabilidade, segurança e protecção contra os danos


físicos e emocionais;

3) Necessidades Sociais: afeição, aceitação, amizade, relacionamento, pertencimento a um


grupo;

4) Necessidades de Estima: respeito próprio, autonomia, status, reconhecimento, auto-estima


(factores internos e externos), valorização, auto motivação, reputação, entre outros;

5) Auto realização: conquistas, crescimento, auto desenvolvimento, autoconhecimento, busca


de ser uma pessoa melhor.

Fig.: Pirâmide de Maslow.

Deste modo, enquanto as pessoas não se sentirem satisfeitas com as necessidades básicas, estas
situadas na base da pirâmide, não irão alcançar as aspirações que estão no próximo nível. A
pirâmide de Maslow pode ser dividida em duas partes, as necessidades primárias e as

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necessidades secundárias. Dentro das necessidades primárias temos as fisiológicas e de
segurança ao passo que nas necessidades secundárias se encontram as sociais, de estima e de
auto realização.

1.3. Teoria dos Dois Factores de Hezberg

Relação entre a Motivação e o desempenho Frederick Hezberg desenvolveu sua teoria de


motivação-higiene analisando e identificando factores que geravam satisfação e insatisfação no
trabalho ao logo de inúmeras entrevistas. Ao pesquisar estas fontes de motivação e desmotivação,
directamente ligadas ao trabalho, Hezberg constatou que, com o tempo, as pessoas amadurecem
e passam a valorizar mais os factores referentes à estima e auto-realização. Portanto, para que os
colaboradores estejam plenamente satisfeitos e com desempenho em constante melhoramento, é
preciso incorporar factores motivacionais directamente em seu trabalho.

Em sua teoria, Hezberg classificou duas categorias de necessidades independentes entre si,
ambas influenciando diferentemente no comportamento do indivíduo, a saber:

1. Ambiente de Trabalho, dentro do qual se incluem: condições de trabalho e conforto, políticas


da organização e administração, relações com a supervisão, competências técnicas da
supervisão, salários, segurança no cargo e relações com os colegas.

2. Satisfação pessoal, na qual se incluem: delegação de responsabilidade, liberdade de exercer


discrição, promoção e oportunidades, uso pleno das habilidades pessoais, estabelecimento de
objectivos e actividades relacionadas com eles, simplificação do cargo (pelo próprio
ocupante) e ampliação ou enriquecimento do cargo (horizontal e/ou verticalmente).
Factores motivadores
Como o nome já diz, são factores que quando presentes causam motivação, e quando ausentes
provocam insatisfação. Eles estão relacionados aos objectivos do próprio funcionário tanto em
relação a sua carreira, quanto ao seu cargo actual e actividades que exerce.

Aqui, se encaixam reconhecimento, crescimento profissional, auto-realização, grau de desafios


aos quais são expostos e a capacidade de realizá-los, liberdade para decidir como realizar suas
actividades e uso pleno de suas habilidades pessoais. Quando sanados, a empresa consegue

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aumentar a produtividade e satisfação dos seus colaboradores, e, consequentemente, alcançar o
sucesso que almeja em seu mercado de actuação.

Factores Higiénicos

Esses factores estão relacionados às ferramentas e estruturas oferecidas pela empresa. Quando
ausentes, causam insatisfação, mas quando presentes, apesar de satisfatórios, não causam
necessariamente a motivação do funcionário. Eles têm mais a ver com o ambiente que o rodeia e
à conduta da organização do que com as funções do funcionário em si.

São eles: salário, ambiente de trabalho, política da empresa, relação dos superiores com os
demais funcionários e os benefícios, por exemplo. Segundo Herzberg, os “factores de higiene
operam independentemente dos factores de motivação. Um indivíduo pode ser altamente
motivado em seu trabalho e estar insatisfeito com o ambiente corporativo”.

Essa teoria mostra como um funcionário pode ser impactado dentro da empresa e o que
causa satisfação e motivação. Os líderes das equipes podem usar essas informações tanto para
prevenir a insatisfação por parte de seus colaboradores como para elaborar estratégias para
motivá-los. Quando se trabalha com motivação o „trabalho rende‟, a empresa dá lucros. Uma
pessoa motivada realiza seu trabalho com mais facilidade, mais emoção, mais dedicação, mais
qualidade e eficiência.

1.4. Teoria X e Y de MacGregor

Douglas MacGregor propôs duas visões distintas do ser humano: uma basicamente negativa, a
Teoria X e outra basicamente positiva, a Teoria Y.

I. Teoria X

Os gestores acreditam que o funcionário não gosta de trabalhar, devem ser orientados e até
coagidos a fazer.

II. Teoria Y

Os gestores presumem que os funcionários podem achar o trabalho algo tão natural quanto
descansar ou se divertir e, portanto, a pessoa mediana pode aprender a aceitar ou até a buscar o

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exercício de responsabilidades. Supõe que as necessidades de nível superior (segundo teoria de
Maslow) são as dominantes.

1.5. Teoria da Necessidade de MacCleland

Esta teoria enfoca três necessidades:

A. Necessidade da Realização – Busca da Excelência, a realização com relação a determinados


padrões, ímpeto para alcançar o sucesso.

B. Necessidades de Poder – Necessidade de fazer com que os outros se comportem de um modo


que não o fariam normalmente.

C. Necessidade de Afiliação – Desejo de relacionamentos interpessoais próximos e amigáveis.

Dentre as três necessidades tanto MacCleland como outros pesquisadores focaram mais
na necessidade de realização, os grandes realizadores tem mais desempenho quando percebem
uma probabilidade de 50% de chances de sucesso. Das teorias clássicas a de MacCleland foi a
que recebeu mais suporte, infelizmente é a que menos dá resultados práticos.

2. Definição de Liderança

Conceitos básicos

A liderança é um fenómeno social que ocorre exclusivamente em grupos sociais. Ela é definida
como uma influência interpessoal exercida em uma dada situação dirigida pelo processo de
comunicação humana para a consecução de um ou mais objectivos específicos. A liderança está
directamente ligada à influência entre pessoas, esse é o papel do líder, influenciar directamente
os colaboradores em suas tomadas de decisões, os envolvendo numa relação de compromisso
onde ofereçam maior empenho e melhor desempenho no crescimento das organizações.

Nem sempre o líder é alguém que tem um cargo de chefia, ele pode ser um colaborador
que possui traços e características de liderança, de conduzir pessoas e situações. Existem vários
conceitos sobre liderança, segundo Chiavenato (2005, p. 183). Para ser um líder de sucesso, o
mesmo tem que conhecer e avaliar o ambiente de trabalho.

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Em relação ao líder, Hersey e Blanchard (1986, p. 155). Afirmam que é necessário o líder
conhecer o ambiente de trabalho e os colaboradores, pois o clima organizacional das empresas
está directamente ligado ao factor motivação, que sabemos ser de fundamental importância no
que se refere ao crescimento pessoal e profissional dos indivíduos. Atendendo e considerando
que líder é aquele que conduz e deve possuir qualidades tais como: atitude, determinação,
conhecimento, acção, competência, ética, respeito e almejar metas para alcançar seus objectivos.

2.1 Importância da liderança nas organizações

A liderança possui atributos importantes para as organizações. Empresas bem-sucedidas devem


parte do sucesso à liderança e consequentemente aos seus líderes pois, eles são factores
indispensáveis para o desenvolvimento e comprometimento dos colaboradores. A liderança
existe para resolver conflitos, de acordo com Chiavenato (2005, p. 184) “Ela ocorre em uma
dada estrutura social decorrente da distribuição de autoridade de tomar decisões.” Sendo assim, a
liderança pode constituir um determinado grupo, para aumentar a satisfação das necessidades ou
evitar sua diminuição.

A comunicação é a base para uma boa liderança, Chiavenato (2005, p. 185) também
afirma que “Ela pode ser definida como a arte de induzir as pessoas a cumprirem suas obrigações
com zelo e correcção.” O verdadeiro líder, tem o poder de fazer seus liderados cooperarem. Para
o líder obter sucesso, deve construir sua própria equipa, treinar e desenvolver habilidades e
conhecimentos da mesma, pois o líder consegue, com seu poder de influenciar, desenvolver e
liberar a capacidade pessoal de sua equipe por meio de comunicação e desenvolvimento de
conceitos.

O verdadeiro sentido da liderança é administrar as mais diversas situações para alcançar


as metas almejadas, lembrando que nem sempre quem ocupa um cargo de chefia é líder. A
finalidade é mostrar se no nosso quotidiano, as empresas que estão ao alcance de nossa realidade,
praticam a liderança, constatar se ela faz diferença dentro da organização e se os líderes com seu
poder de persuasão conseguem influenciar seus liderados nas tomadas de decisões.

A organização espera sempre o melhor do líder como, apoio e suporte psicológico para os
colaboradores, orientação, treinamento e desenvolvimento, motivação, comunicação, e o
reconhecimento das pessoas. O objectivo do líder é trazer melhorias para a organização e fazer

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com que a equipe alcance todas as metas propostas. A liderança é essencial para o ciclo de vida
da empresa como também para o seu crescimento, pois traz um enorme diferencial na relação
com os colaboradores. O líder deve conquistar o respeito dos liderados, através do
reconhecimento, de apoio ou até mesmo críticas construtivas.

2.2 O papel do líder dentro das organizações

É construir equipas, modelar o trabalho, seleccionar os colaboradores, incentivar e


recompensar o desenvolvimento, mas para isso o líder precisa gerenciar pessoas, ou seja, precisa
ser um líder participativo, para fazer com que seu colaborador se sinta importante e sinta que é
necessário dentro da organização. O líder precisa focar na missão, na visão, nos objectivos da
organização para treinar e capacitar sua equipe, pois é com ela que a empresa chegará ao amplo
sucesso e irá contar.

2.3 Tipos de líderes

1. Líder autocrático

Na liderança autocrática o gestor é o centro de tudo. Como uma figura dominadora, ele não
confia ou valoriza as competências dos seus colaboradores, centraliza o poder e faz
cobranças excessivas, o que o faz ser visto mais como um chefe e não como um verdadeiro
líder, capaz de inspirar quem está ao seu redor. Está sempre em busca de resultados, mesmo
que para isso tenha que comprometer a motivação e saúde da equipe que trabalha por medo
de uma punição ou demissão, e não por prazer.

2. Líder liberal

Na contramão do líder autocrático está o líder liberal. Ele permite que os colaboradores
tenham total controlo sobre as decisões no ambiente de trabalho e, dificilmente, aplica
punições. Sua capacidade de demonstrar confiança na autonomia da equipe é um importante
combustível para o aumento da motivação, mas pode se transformar em um problema pela
sua falta de firmeza e rejeição em assumir responsabilidades.

3. Líder democrático

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A palavra de ordem que rege o trabalho desse tipo de líder é o equilíbrio. Sua postura permite
que todos os liderados participem da tomada de decisões, fornece feedbacks, aceita sugestões
e até críticas. No entanto, diferente do líder liberal, ele assume responsabilidades e orienta os
membros da equipa.

4. Líder paternalista: Na liderança paternalista o líder assume um papel de pai. Sua relação
interpessoal com os colaboradores é muito forte, mas ele pode estabelecer um
comportamento ambíguo perigoso com um forte senso de controlo e domínio ou
extremamente permissivo, sem qualquer limite ou regra aplicada.

5. Líder visionário: Canaliza as pessoas para visões e sonhos partilhados. Tem um efeito muito
positivo sobre o clima de trabalho. É apropriado para situações onde ocorram mudanças que
exigem uma nova visão.

6. Líder conselheiro: Relaciona os desejos das pessoas com os objectivos da organização.


Ajuda um empregado a ser mais eficiente, melhorando as suas capacidades de longo prazo.

7. Líder relacional: Cria harmonia melhorando o relacionamento entre as pessoas. Ideal para
resolver e sarar conflitos num grupo; dar motivação em períodos difíceis; melhorar o
relacionamento entre as pessoas.

8. Líder pressionador: Atinge objectivos difíceis e estimulantes. Tem um efeito por vezes
negativo sobre o clima de trabalho, pois é frequentemente mal executado.

9. Líder dirigista: Acalma os receios dando instruções claras em situações de emergência. É


apropriado em situações de crise; para desencadear uma reviravolta na situação; com
subordinados difíceis.

Síntese: Estilo de liderança sempre foi complexo, por estar directamente condicionado com as
reacções do comportamento humano, mas é imprescindível que seja situacional, flexível e
adaptado para os resultados que se pretende. O principal objectivo pretendido deve contar com as
etapas do estilo autocrático, democrático e liberal levando em conta o receptor com acções de
auto-estima e afectividade (respeito ao liderar). O estilo deve ser situacional devido ao
aprimoramento contínuo de todo o ambiente de trabalho.

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Considerações finais

Conclui-se com base nas informações levantadas no decorrer deste trabalho que a constante
necessidade do mercado, factor que garantirá às organizações uma boa visibilidade,
competitividade e resultados positivos, está intimamente relacionada à gestão motivacional de
pessoas. As teorias procuram identificar as necessidades que são comuns a todas as pessoas. Elas
tentam explicar a dinâmica comportamental do ser humano.

As organizações que se dispuserem a promover um ambiente adequado terão maiores


chances de ter em seus quadros trabalhadores mais motivados. A busca do sentido possui,
portanto, um papel fundamental no estudo da motivação, pois representa um caminho importante
para a felicidade do ser humano.

Estas devem focar suas atenções e investir no relacionamento motivacional com sua equipa de
trabalho, bonificações, treinamentos, capacitações, participação nos lucros e segurança
profissional, são alguns dos factores que demonstram a disponibilidade da empresa para com
seus colaboradores, tais acções valorizam o trabalhador, tornando-o motivado e comprometido
com as metas e políticas da empresa e focando seus esforços mais amplamente a fim de alcançá-
los.

Para se manter estável dentro do mercado competitivo, empresas de diversos ramos e


segmentos aprimoram e diversificam seu quadro. A liderança é um factor fundamental para se
manter um bom posicionamento no mercado, pois o sucesso da empresa na maioria das vezes
depende dos colaboradores, cabe ao líder com toda sua criatividade liderar a equipe e cumprir a
missão de incentivá-los para um melhor desempenho e assim ganhar mais espaço e destaque.

Em relação a liderança, notei que não existe um estilo ideal de se liderar, pois a liderança é
decorrida de situações e momentos, ou seja, depende da situação e do problema para se resolver
que aparecerá um estilo de líder, pois o mesmo também sempre estará pronto às mudanças.

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Referências bibliográficas

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: edição compacta. 2. ed.


Rio de Janeiro: Campus, 2000.

BERGAMINI, C. W.; CODA, R. Motivação e liderança nas organizações. L.E.D. São Paulo:
Atlas, 1997.
BOWDITCH, James L. & BUONO, Anthony F. Elementos de comportamento organizacional.
Título Original "A Primer on Organization Behavior". São Paulo: Editora Pioneira, 1992.
HERSEY, Blanchard. Psicologia para administradores: A teoria e as técnicas da liderança
situacional. São Paulo: EPU,1986.
CAVALCANTE, Vera Lúcia; CARPILOVSKY, Marcelo; LUND, Myrian; LAGO, Regina
Arczynska. Liderança e motivação. Rio de Janeiro: editora FGV, 2007.

GONÇALVES, J. T. Liderança Como Factor Motivacional de Pessoas. Assis: Fundação


Educacional do Município de Assis. (TCC), 2007.
HERSEY, P. BLANCHARD, K. H. Psicologia para Administradores: A teoria e as técnicas da
liderança situacional. São Paulo: EPU 1986.

MOREIRA, M. Motivação: um desafio para as organizações. Dissertação (Mestrado),


LATEC/UFF, Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios e Meio Ambiente, 2015.

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