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Olá, bem vindos ao canal curiosidades bíblicas! No vídeo de hoje vamos falar de algumas
curiosidades sobre a medicina nos tempos bíblicos.
A humanidade sempre foi assolada por doenças desde os tempos mais remotos. Pestes já
dizimaram milhões de vidas ao redor do mundo, causando dor e sofrimento em
populações inteiras. Por essa razão desde a antiguidade o homem vem tentando estudar o
corpo humano e como combater enfermidades que o afligem. Hoje, temos vacinas,
medicamentos, médicos especialistas, tratamentos avançados e até robôs dotados de
inteligência artificial como aliados da medicina, proporcionando, como nunca antes, um
bem estar e saúde coletiva de alto nível. Mas como eram os médicos e os tratamentos nos
tempos bíblicos?
MÉDICOS
Os médicos que atuavam nos tempos bíblicos eram poucos, caros e muito limitados em
conhecimento quanto a formas efetivas de tratamento. Além disso eram bastante
supersticiosos e estavam ligados os templos de culto.
O que tratava lesões e doenças por meio de empirismo, ou seja, com a experiência
acumulada nos acertos e erros.
É sabido, devido a estudos modernos, que havia também cirurgiões, dentistas, veterinários
e até homecare ou atendimento em domicílio, mas em geral eram sempre de alguns
desses tipos que citei: empiristas ou mágicos.
há uma outra curiosidade: Embora as sociedades de uma maneira geral não dessem tanto
valor ao trabalho feminino, havia médicas em número considerável, porém em
quantidades muito inferiores aos de médicos homens.
E se hoje os jalecos brancos identificam os profissionais de saúde, nos tempos bíblicos era
comum em algumas sociedades, embora de maneira não generalizada, que médicos
raspassem a cabeça para serem melhor identificados.
TRATAMENTOS
Ja com relação aos tratamentos, antes de falarmos especificamente deles, temos de falar
que todos tinham em comum uma característica: Estavam ligados a vontade dos deuses.
Nos tempos bíblicos, uma doença era sempre um castigo das divindades, ação de
demônios ou fantasmas de antepassados que morriam de forma trágica e eram enviados
para atormentar a pessoa. A enfermidade sempre estava relacionada ao pecado e culpa do
paciente.
As pessoas ao se depararem com um doente diziam sempre:" A mão do deus A está contra
o fulano, pois certamente pecou" ou mesmo "O demônio B está sobre cicrano porque
cometeu algum erro que o ofendeu". Ainda que o médico agisse corretamente, mas o
paciente morresse, o pecado que gerou a ira das divindades era sempre o motivo por trás
da causa de morte. E esse pecado não necessariamente era algo tenebroso ou violento:
Negligenciar oferendas aos deuses ou antepassados mortos já era motivo para a ira das
divindades. Se houvesse cura, no fim de tudo era sempre a benignidade dos deuses para
com o paciente que havia se recuperado. Os tratamentos, quaisquer que fossem
receitados pelos médicos (empiristas ou curandeiros magos), exigia do paciente a
confissão de seus pecados e a promessa de fazer o bem no futuro.
Bom, dado esta explicação inicial, vamos falar então dos tratamentos mais
especificamente:
Um dos mais comuns era com o uso de elixir de ervas com alcool e mel, receitado pelo
médico emprirista como antiséptico. Normalmente os insumos eram moídos e misturados
na presença do doente. Estudos mostram que já era do conhecimento de alguns povos
antigos que a pureza afastava doenças. Por isso mãos limpas, panos limpos e antisépticos
já tinham seu lugar na medicina dos tempos bíblicos.
Haviam também os rituais de cura e proteção feitos pelos médicos curandeiros magos. Um
exemplo era o ritual de cura da impotência sexual masculina, atribuído por pesquisadores
como sendo babilônico: Uma mulher, à noite, deveria pegar um morcego que está prestes
a acasalar com a fêmea, esmagá-lo em um pote e misturar com água de chuva do telhado
e dar de beber ao homem impotente para que ele recupere sua potência sexual.
O paciente poderia também dispor dos serviços destas duas classes de médicos ao mesmo
tempo. Por exemplo, uma mulher em trabalho de parto poderia tomar um chá de ervas
para acalmar e diminuir a sua dor e ao mesmo tempo passar por rituais e receber
amuletos para proteger o bêbe desde o ventre até o seu nascimento. Da mesma forma
uma pessoa com lesões decorrentes de uma queda poderia receber emplastros de plantas
medicinais e ser aspergido com sangue de sacrifícios de animais em ritual de
encantamento mágico para aplacar a ira dos deuses e ser curarada.
Outro exemplo de tratamento é uma receita babilônica para ferimentos no rosto achada
em expedições arqueológicas recentes. Diz o receituário:
"Se um homem estiver doente por conta de uma pancada na bochecha, bata juntos
terebintina de pinheiro, terebintina de pinho, tamargueira, margarida, farinha de Inninnu;
Misture o leite e a cerveja em uma pequena panela de cobre ; espalhe na pele, amarre
nele, e ele se curará"
Foi em um mundo assim que Jesus Cristo desenvolveu seu ministério de curas e milagres.
Ele curou pelo poder do Deus todo poderoso, sem cobrar nada e sem fazer alarde para
mostrar a todos do que era capaz. Não seguia rituais que pudessem ser apontados como o
motivo do reestabelecimento do doente. Todas as curas que realizou eram parte da
proclamação do Reino de Deus e apontavam sempre para a restauração da sua mais bela
criação: o ser humano.