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Como otimizar sua rede GSM,

agora e no futuro
Usando o drive-test para eliminar os problemas de cobertura,
interferência, margem de handover e listas de vizinhos
Nota de Aplicação 1344

Índice
Seção Título Página
1 Introdução 2
2 O processo de otimização 2
3 Fundamentos do GSM 3
4 Plotagem da cobertura contígua 4
5 O que causa um RXQUAL ruim? 6
6 Interferência TCH – TCH 8
7 Otimização da margem de handover 10
8 Parâmetros C2, resseleção e tabela BA 11
9 Otimização das listas de vizinhos 12
10 BER no modo ocioso 12
11 Interferência do uplink 13
12 Conclusão 14
Acrônimos 15
Referências 15
Literatura sobre o produto 15
Seção 1. Introdução
Com a rápida expansão da indústria wireless, as redes GSM (Sistema Global para Comunicações Móveis) estão
sendo implementadas e ampliadas em alta velocidade. Além disso, a indústria está se tornando intensamente
competitiva. Neste ambiente, a alta qualidade do serviço é uma vantagem competitiva para os provedores de
serviços. A qualidade do serviço pode ser caracterizada por fatores como a contigüidade da cobertura, facilidade
de acesso à rede, qualidade da conversação e número de chamadas derrubadas.
Os provedores de serviço devem se esforçar continuamente para aumentar a qualidade de seus serviços, se
quiserem manter os seus clientes. Se gastarem tempo demais somente para reagir às reclamações dos clientes,
pode ser que não tenham tempo para melhorar a qualidade global do serviço. Desta forma, os provedores de
serviço devem ser capazes de corrigir rapidamente os problemas que possam gerar reclamações.
A ferramenta básica usada pela maior parte dos provedores de serviço para resolver os problemas da rede é o
sistema de drive-test. Um sistema de drive-test convencional é formado por um telefone de teste móvel, um
software para o controle e registro dos dados fornecidos pelo telefone e um receptor com Sistema de
Posicionamento Global (GPS) para fornecer informações de posicionamento. A unidade móvel de teste mostra a
visão que o cliente tem da rede, mas pode somente indicar o tipo do problema que está acontecendo. Ela não
pode mostrar a causa do problema. Diversas outras limitações de um sistema de drive-test que somente tem o
telefone são tratadas nesta nota de aplicação. Estas limitações são eliminadas com a integração de um receptor
GSM ao telefone. Veja a figura 1.
A Agilent fornece soluções de drive-test baseadas em telefone, em receptor e em telefone e receptor
integrados. Esta nota de aplicação enfoca a solução de drive-test baseada em receptor para redes GSM.
O receptor GSM oferece diversos recursos, incluindo a análise independente da rede, varreduras mais rápidas,
análise de espectro, gerência de interferências, medições de potência de CW e canal e medições de delta.

Figura 1. Solução de drive-test integrada, formada por um receptor digital e um telefone.


O receptor GPS fornece informações de localização.

Seção 2. O processo de otimização


A otimização é uma etapa importante do ciclo de vida de uma rede wireless. O processo de otimização está
ilustrado na Figura 2. O drive-test é a primeira etapa do processo, que tem o objetivo de coletar dados de
medição em função da localização. Após terem sido coletados por toda a área de cobertura de RF desejada, os
dados serão enviados ao software de pós-processamento. Os engenheiros podem usar o software de coleta e
pós-processamento para identificar as causas dos problemas na cobertura de RF ou de interferência e
determinar como estes problemas podem ser resolvidos. Assim que estes problemas, causas e soluções forem
identificados, serão executadas as ações necessárias para resolver os problemas.

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A Figura 2 mostra que a otimização é um processo contínuo. Os objetivos são aumentar a qualidade do serviço,
manter os assinantes atuais e atrair novos, enquanto a rede é ampliada continuamente.

Drive Test

Pós-processamento
Ações executadas

Análise dos dados

Figura 2. O processo de otimização. O drive-test é executado para verificar se as ações executadas para resolver
os problemas foram eficazes.

Seção 3. Fundamentos do GSM


Esta seção oferece uma descrição rápida do formato do canal físico do GSM. Veja descrições mais detalhadas
da tecnologia GSM na referência [1].
O GSM usa o TDMA (Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo) e FDMA (Acesso Múltiplo por Divisão de Freqüência).
As freqüências disponíveis são divididas em duas bandas. O uplink é reservado para a transmissão da unidade
móvel, e o downlink é reservado para a transmissão da estação radiobase. Cada banda é dividida em slots de
200 kHz, chamados ARFCNs (Número Absoluto de Canal de Freqüência de Rádio). Além desta multiplexação em
freqüência, cada ARFCN é compartilhado por oito unidades móveis, por meio da multiplexação no tempo. Cada
unidade móvel usa o ARFCN por um timeslot e então aguarda a sua vez de usar o ARFCN novamente. As
unidades móveis podem usar o ARFCN uma vez por quadro TDMA. A Figura 3 mostra a estrutura TDMA e FDMA
do sistema GSM.

Estrutura TDMA e
FDMA

Um canal físico é um ARFCN e


oito timeslots

Figura 3. Os canais físicos do GSM são formados por um ARFCN (canal de freqüência) e oito timeslot.

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Uma célula GSM pode ter um ou mais ARFCNs, dependendo dos requisitos de tráfego da unidade móvel. Um dos
ARFCNs da célula é configurado como um ARFCN Canal de Broadcast (BCH) (Figura 4). O Timeslot 0 do ARFCN
BCH é dedicado a diversos canais lógicos de controle, incluindo o Canal de Controle Rápido (FCCH), Canal de
Sincronização (SCH), Canal de Controle de Broadcast (BCCH) e Canal de Controle Comum (CCCH). Estes canais
lógicos são usados pela unidade móvel quando esta faz o “camp-on” em uma célula, e também para o
estabelecimento de chamadas. Um ARFCN BCH pode ter os seus sete timeslots restantes configurados como
canais de tráfego, usados para a transferência de informações (conversação, dados ou fax) de/para a unidade
móvel. Todos os timeslots do ARFCN BCH no downlink estarão continuamente ativos com os valores máximos de
potência da estação radiobase, não estando sob o controle de potência do downlink. Na ausência de tráfego
(chamadas) nos timeslots do canal de tráfego, estes timeslots terão transmissões em burst simuladas.
Todos os outros ARFCNs desta célula serão referidos como ARFCNs Canais de Tráfego (TCH) (ou portadoras). Os
ARFCNs TCH somente serão ativados quando houver a necessidade (isto é, uma chamada). Um ARFCN TCH pode
ter a sua saída de potência controlada em diferentes slots no downlink. Uma das principais diferenças entre os
ARFCNs BCH e TCH é que um ARFCN BCH tem uma transmissão contínua a uma potência constante em todos os
timeslots, ao passo que um ARFCN TCH tem transmissões em burst com níveis de potência que podem ser
diferentes em diferentes timeslots.

Figura 4. Um ARFCN em cada célula é configurado como BCH. O timeslot 0 é dedicado a um canal de controle.
Todos os outros ARFCNs são TCHs.

Seção 4. Plotagem da cobertura contígua


Convencionalmente, a plotagem de cobertura de uma área de serviço é obtida colocando a unidade móvel de
teste do sistema de drive-test no modo ocioso, percorrendo a área de serviço e medindo o nível do sinal recebido
(RXLEV). O RXLEV é então plotado com base nas informações do GPS para se obter uma plotagem da cobertura
(veja a Figura 5).
É importante compreender que as medições de cobertura feitas somente com o telefone GSM muitas vezes não
mostram o quadro completo da contigüidade da cobertura. Isto se dá pelo modo como um telefone opera e pela
taxa na qual as amostras da medição são feitas. Esta seção mostrará como um receptor digital independente da
rede combinado com uma ferramenta baseada em telefone pode fornecer resultados mais completos e mais
precisos.
O receptor de um telefone móvel GSM nem sempre está ativo no modo ocioso, devido ao uso da Recepção
Descontínua (DRX). Com o DRX, um telefone móvel somente ativará o seu receptor durante o seu grupo de
paging, medindo também o RXLEV das células vizinhas neste período. Ele também ativará o receptor quando
estiver decodificando o Canal de Controle de Broadcast (BCCH), o que ocorre uma vez a cada 30 segundos; a
medição de RXLEV durante este período é opcional para a unidade móvel.

4
É necessário apreender dois conceitos
importantes, o BCCH e os grupos de
paging para compreender completamente
Telefone como o telefone executa medições.
Vejamos primeiro o BCCH.
Como mostrado na Figura 4, cada célula
tem uma portadora, designada como uma
portadora BCH. A portadora BCH tem
todos os 8 timeslots continuamente
ativos, seja com bursts de tráfego ou
simulados. O timeslot 0 da portadora BCH
contém os canais de controle lógico.
Estes canais de controle são usados pela
unidade móvel para estabelecer
comunicação com a rede no modo ocioso
e também na iniciação de chamadas de
ativação do modo dedicado. O timeslot 0
é agrupado em estruturas de 51 quadros,
denominados Multiquadros de Canal de
Controle. Cada quadro tem 4,615 ms de
duração, sendo formado por 8 timeslots.
Os canais de controle são agrupados
desta maneira: BCCH, CCCH e Canais
Dedicados.
O BCCH ocorre uma vez em um ciclo de
51 quadros, contendo informações que
são empacotadas em um bloco de 4
quadros. As informações no BCCH são
Figura 5. Plotagem de cobertura gerada pelo MapInfo, usando um conhecidas como Informações do
sistema de drive-test baseado em telefone. Sistema, incluindo identidades da rede,
parâmetros da célula, canais da célula e
a configuração de opções. Uma unidade móvel GSM lê o BCCH quando este faz o “camp-on” pela primeira vez
em uma célula e a cada 30 segundos após este evento, para detectar quaisquer mudanças nos valores dos
parâmetros.
Na portadora BCH, há 3 ou 9 blocos do Canal de Controle Comum. Cada bloco é formado por 4 quadros TDMA e
contém uma mensagem de sinalização. Os blocos de Canais de Controle Comuns são subdivididos em Canal de
Concessão de Acesso (AGCH) e Canal de Paging (PCH). Para economizar energia da bateria, a unidade móvel não
monitora todos os Canais de Paging de um multiquadro, monitorando somente o Canal de Paging que pertence
ao seu grupo de paging. Cada Canal de Paging de um multiquadro tem um número de grupo diferente. No
próximo multiquadro, este mesmo Canal de Paging terá um número diferente ou idêntico de grupo de paging,
dependendo dos valores do parâmetro BS_PA_MFRMS da célula. Este parâmetro informa à unidade móvel o
número de multiquadros (de 1 a 9) após os quais um grupo de paging será repetido. A unidade móvel somente
ativará o seu receptor para decodificar a mensagem de paging em seu grupo de paging, que poderá ser repetido
uma vez a cada 1 ou 9 multiquadros.
Com estes conhecimentos sobre o BCCH e os grupos de paging, continuemos com o exemplo das medições de
cobertura com o uso de uma ferramenta baseada em telefone. Conforme as especificações GSM para a geração
de medições de RXLEV, uma unidade móvel deve calcular uma média móvel de cinco amostras espalhadas por
um período de 5 segundos ou pela duração de 5 blocos de paging consecutivos desta unidade móvel, o que for
maior. A duração destes 5 blocos de paging consecutivos é decidida pelo parâmetro BS_PA_MFRMS (descrito
acima) do BCCH, que informa à unidade móvel o número de multiquadros após os quais um bloco de paging será
repetido. Este número pode variar entre 1 e 9 multiquadros. Isto significa que o bloco de paging de uma unidade
móvel pode ocorrer a intervalos que variam entre 470 ms e 2,1 s. Desta forma, 5 blocos de paging consecutivos
para esta unidade móvel ocorrerão em um período que varia de 2,35 a 10,5 s. Conforme as especificações GSM,
então, a média será calculada por um período de 5 a 10,5 s.

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Se dirigirmos à velocidade nominal de 40 km/h, cobriremos 55 m em 5 s e 110 m em 10 s. Em qualquer intervalo
de cálculo de média de 5 a 10 s, a unidade móvel coletará somente 5 amostras. Se o período de cálculo de
média for 5 s, então uma amostra será obtida a cada 5,5 m. Se este período for de 10 s, então uma amostra será
obtida a cada 22,5 m. Com esta distância entre as amostras, será possível que haja muitas áreas nas quais a
unidade móvel não terá feito medições. Como podemos encontrar furos de cobertura de 5 a 50 m causados pelo
fading logarítmico normal nas bordas das células, pode ser que a medição de RXLEV de um telefone móvel
normal não detecte estes furos. Assim, mesmo que a plotagem de cobertura produzida por um telefone móvel
indique uma cobertura contínua, na verdade pode ser que haja muitos furos, resultando em uma cobertura
“remendada”, handovers freqüentes e chamadas derrubadas.
Entretanto, se usarmos um receptor GSM que possa se sincronizar com a portadora BCCH, fazer medições de
potência da portadora e executar a medição contínua de RXLEV em uma distância especificada de 1 a 5 m,
poderemos ter um quadro real da continuidade da cobertura pela área percorrida na rede (Figura 6).

Figura 6. Comparação de cobertura feita por ferramentas de drive-test baseadas em telefone e receptor. Os
receptores são rápidos, precisos e independentes da rede. Os telefones fornecem estatísticas de chamada vitais.

Seção 5. O que causa um RXQUAL ruim?


A qualidade do sinal recebido (RXQUAL) é um parâmetro importante para a avaliação da performance da rede.
RXQUAL é a Taxa de Erro de Bit (BER) obtida do midamble de 26 bits do burst TDMA. O nível de RXQUAL
caracteriza a qualidade da conversação e o número de chamadas derrubadas, sendo que 0 indica a qualidade
mais alta e 7 a qualidade mais baixa. Se estivermos fazendo um drive-test em uma zona problemática com um
telefone, poderemos localizar facilmente os pontos com qualidade baixa monitorando o RXQUAL. Entretanto,
podemos querer identificar a causa do RXQUAL ruim. RXQUAL pode estar ruim devido ao RXLEV (cobertura) ruim,
baixa relação portadora-ruído (C/N), interferência co-canal, interferência do canal adjacente ou multipercursos.
Um sistema baseado em telefone indicará o RXLEV, mas não fornecerá informações adequadas sobre os outros
problemas em potencial.
Se RXQUAL for ruim e RXLEV for bom, então geralmente é assumido que a causa é a interferência. Entretanto, a
interferência pode existir em várias formas, incluindo co-canal, canal adjacente, multipercursos e externa. Como
determinamos os tipos de interferência que estão presentes?

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Há várias maneiras tradicionais para se isolar as diferentes formas de interferência. Por exemplo, se RXQUAL
melhorar quando todas as células co-canal forem desativadas, então haverá uma interferência co-canal
presente. A interferência de canal adjacente pode ser medida com o uso de um analisador de espectro, mas
atualmente é difícil isolar a interferência multipercursos. Os métodos convencionais levam muito tempo e não
caracterizam a interferência por toda a área de cobertura da rede.
O receptor GSM da Agilent Technologies possui um analisador de interferência, que pode fazer medições em
tempo real da interferência co-canal, interferência de canal adjacente e multipercursos (veja a Figura 7).

Figura 7. Medições de interferência de canal adjacente e co-canal executadas pelo receptor GSM.

Este receptor possui alarmes que podem ser programados com várias condições, como
“Poor RXQUAL AND C/I < 9 dB” (“RXQUAL ruim E C/I < 9 dB” onde C/I = relação portadora-interferência),
e condições similares para a interferência de canal adjacente e multipercursos.

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Figura 8. Os alarmes de interferência de canal adjacente e co-canal são identificados pelo receptor GSM. Os
resultados são plotados no MapInfo.

Um recurso importante do software de medição da Agilent é que ele pode fornecer um link entre o telefone
móvel de teste e o receptor da medição, permitindo que o receptor rastreie a célula que está atendendo o
telefone em questão. Integrando o receptor, um telefone e um PC portátil para automatizar as medições,
podemos obter indicações de RXQUAL ruim e as causas relacionadas enquanto executamos o drive-test.

Seção 6. Interferência TCH - TCH


Uma célula GSM tem mais de uma portadora para tratar dos requisitos de capacidade dos assinantes. Somente
uma das portadoras disponíveis será o BCH, que estará ativo continuamente; as portadoras TCH restantes
somente serão ativadas durante timeslots específicos, quando uma chamada for iniciada neste canal. Durante as
horas de pico, a atividade nas portadoras TCH estará no máximo, podendo esta atividade ser zero fora do horário
de pico. As portadoras TCH também são reutilizadas, podendo desta forma contribuir para a interferência co-
canal, embora esta interferência nem sempre esteja presente. Esta interferência somente estará presente
quando estas portadoras TCH tiverem atividade de chamada (não necessariamente durante as horas de pico).
Como medimos a C/I para estas portadoras TCH reutilizadas?
Um método é pegar a portadora reutilizada suspeita de ser a interferente, estabelecer chamadas em cada
timeslot (oito chamadas) e então fazer o drive-test ao redor da célula interferente, medindo o C/I. Este é um
processo tedioso.
A maneira mais fácil de se resolver este problema de medição é fazer medições delta (de diferença). Como
exemplo, considere duas células, a Célula 1 e a Célula 2 (veja a Figura 9).

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Figura 9. Interferência co-canal TCH-TCH.

A Célula 1 tem uma portadora BCH no ARFCN B1 e a Célula 2 tem uma portadora BCH no ARFCN B2, enquanto
que as portadoras TCH nas Células 1 e 2 estão no ARFCN T1. Ao invés de fazer a medição de C/I em T1,
podemos fazer uma medição de delta entre B2/B1, que é próximo ao valor de C/I de T1 quando ambas as
portadoras T1 estiverem “no ar”, pois as perdas de propagação para B2/B1 e T1 serão aproximadamente as
mesmas. Isto pode ser feito facilmente com o receptor GSM da Agilent, que possui a função de tela de
analisador de BCH (veja a Figura 10).

Figura 10. Tela do analisador de BCH gerada pelo receptor GSM. O eixo x mostra os ARFCNs e o eixo y mostra o
nível de potência recebido.

O analisador permite a criação de um lista de usuários de ARFCNs para a Célula 1 e a Célula 2 e depois, na tela
de amplitude/tempo, a colocação de um marcador em B2 e um marcador delta em B1. A medição de delta é
igual à medição de C/I em T1 (veja a Figura 11).

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Figura 11. Tela de amplitude versus tempo, que mostra o delta da diferença de amplitude entre B1 e B2.

Usando o software de pós-processamento, podemos também plotar um mapa de C/I para a interferência
TCH-TCH (Figura 12).

Figura 12. Mapa de C/I da interferência TCH-TCH medida pelo receptor GSM. Os pontos em que C/I < 9 dB são
indicados por setas.

Seção 7. Otimização da margem de handover


A mesma técnica de medição de delta pode ser usada para verificar e otimizar as margens de handover. Tendo
uma chamada estabelecida e fazendo medições na borda da célula, podemos ver na tela as medições feitas pelo
telefone das células atendente e vizinha; então, na tela de amplitude/tempo, podemos colocar o marcador na
atendente e o marcador delta na célula vizinha dominante. O valor delta resultante será a diferença entre os
RXLEVs da célula atendente e da vizinha (veja a Figura 13). Em algum ponto da rota do drive-test, o RXLEV da
vizinha será mais forte que o sinal da atendente; assim, esta leitura de delta será negativa, e o handover
ocorrerá quando o valor de delta ultrapassar a margem de handover. O valor da margem de handover é
configurado na célula, mas não transmitido pela interface aérea. Com a monitoração simultânea dos valores de
RXQUAL durante o handover, o valor da margem de handover poderá ser determinado e será possível decidir se
este valor é adequado para a qualidade de serviço desejada. Com uma margem de handover alta, o handover
ocorrerá após o usuário ter sofrido alguma deterioração na qualidade. Margens de handover altas podem
resultar em recepção ruim e chamadas derrubadas, enquanto que margens de handover baixas podem produzir
efeitos “ping-pong”, com a passagem muito freqüente de uma unidade móvel de uma célula à outra.

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Figura 13. Medição por delta da margem de handover de RXLEV executada pelo receptor GSM.

As medições de delta podem também ser usadas para evitar o excesso de resseleções de células (análogas aos
handovers no modo ocioso), que podem resultar na perda de mensagens de paging. Neste caso, os parâmetros
C2 e os valores de histerese podem ser otimizados com o uso das mesmas técnicas de medição de delta
descritas acima.

Seção 8. Parâmetros C2, resseleção e tabela BA


Antes de descrever o processo de handover e a otimização das listas de vizinhos, explicaremos três termos
apresentados na seção anterior: parâmetros C2, resseleção de célula e tabela BA.
No modo ocioso, a unidade móvel sempre prefere permanecer na, ou passar para a, melhor célula atendente.
A melhor célula é estabelecida com base em um balanceamento dos percursos de uplink e downlink das células.
Este balanceamento é calculado por cálculos C1 definidos para o GSM. Os cálculos C1 forçam a unidade móvel a
passar para a célula mais forte. Em certos casos, como na arquitetura de macro-micro células, a otimização
pode requerer que, em determinadas áreas, a unidade móvel não permaneça na melhor célula, mas em uma
célula escolhida com base no carregamento de tráfego. Os parâmetros C2 oferecem a opção do uso de offsets
positivos ou negativos ao cálculo de C1 em cada célula. Desta forma, mesmo que C1 indique uma célula vizinha
como sendo a melhor, a aplicação dos parâmetros C2 pode retardar a resseleção. Os parâmetros C2 também
permitem que uma unidade móvel aplique offsets temporários por um período conhecido como penalty time,
o que ajuda a reduzir os efeitos “ping-pong”.
Uma unidade móvel faz uma seleção de célula assim que ativada ou quando sair de uma área de cobertura.
Quando a unidade móvel tiver conseguido fazer o “camp-on” em uma célula, ela irá monitorar o ARFCN da célula
vizinha (conforme a tabela BA, descrita abaixo) e fazer os cálculos de C1 e/ou C2 para os ARFCNs da célula
atendente e da vizinha a intervalos regulares. Os cálculos de C1 e C2 informam a unidade móvel sobre o
balanceamento do percurso do uplink e downlink na célula, permitindo que a móvel selecione ou rejeite a célula.
Quando a unidade móvel encontrar o C1 e/ou C2 (como C2 é opcional) da célula vizinha melhor que o C1 e/ou C2
da célula atendente, ela passará para a célula vizinha. Este processo de passagem a outra célula no modo
ocioso é conhecido como resseleção de célula. A resseleção de célula é totalmente controlada pela unidade
móvel. O equivalente da resseleção de célula no modo dedicado é o handover, que é controlado pela rede.

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Uma tabela ou lista de Alocação de BCCH (BA) é um conjunto de ARFCNs difundidos à unidade móvel nos modos
ocioso e dedicados à monitoração das células vizinhas potenciais. No modo ocioso, esta lista é difundida no
BCCH como uma mensagem System Information Type 2. A unidade móvel decodifica esta mensagem e monitora
os ARFCNs relacionados na tabela como vizinhos no modo ocioso. No modo dedicado, uma tabela com um
formato similar é enviada ao móvel no Canal Lento de Controle Associado (SACCH), em uma mensagem System
Information Type 5. Esta tabela do modo dedicado pode conter a mesma lista de ARFCNs que a tabela do modo
ocioso ou uma lista diferente.

Seção 9. Otimização das listas de vizinhos


Em GSM, podemos definir diversas células vizinhas para uma célula atendente. Normalmente, queremos que o
handover seja feito para a vizinha mais forte mas, em alguns casos, handovers freqüentes para esta melhor
vizinha podem resultar em um congestionamento nesta célula vizinha, que afeta os usuários que iniciam
chamadas nesta célula. A situação contrária também pode ocorrer, quando um handover necessário para a
melhor vizinha puder resultar em rejeição devido a uma indisponibilidade de recursos que faça que o handover
seja tentado na melhor vizinha seguinte, o que pode retardar o processo e deteriorar a qualidade ainda mais.
Sob certas circunstâncias, podemos querer remover uma vizinha potencial da lista de vizinhos e fornecer
alternativas. Normalmente, este tipo de decisão é tomada com base em considerações demográficas.
O analisador de BCH no receptor GSM torna fácil determinar quais serão estas vizinhas alternativas
(veja a Figura 10).
O analisador de BCH pode ser usado para criar uma lista de todas as portadoras BCH possíveis na vizinhança
próxima e executar a medição de RXLEV (vinculada à performance de RXQUAL do telefone) em cada uma destas
portadoras. Quando RXQUAL atingir o limiar de decisão de handover, poderemos determinar as vizinhas
potenciais neste estágio e definir uma destas como a vizinha ótima. Isto também pode ser feito com o telefone,
mas neste caso você estará limitado à lista de BA definida na rede, que pode não incluir vizinhas potencialmente
boas.
Por exemplo, uma célula que seja uma boa vizinha devido à propagação pela água pode não ser colocada na lista
BA. Além disso, o número de vizinhas na lista BA normalmente é limitado, porque um número grande reduz o
número de amostras de medição por vizinha, reduzindo assim a autenticidade dos handovers. O receptor
apresenta uma visão completa e independente de todas as portadoras BCH disponíveis em um determinado local
em que um handover seja necessário, e os seus recursos de software de controle (incluindo os marcadores,
marcadores delta e pós-processamento) simplificam a tarefa da configuração das vizinhas.

Seção 10. BER no modo ocioso


No modo ocioso, uma unidade móvel de teste somente informa o RXLEV; desta forma, qualquer interferência do
downlink (que poderá deteriorar a qualidade) será ignorada. A unidade móvel será afetada por um problema de
interferência no downlink no modo ocioso por meio de um processo definido pelo GSM denominado Falha de
Sinalização no Downlink, que é baseado na decodificação das mensagens de paging. O Contador de Sinalização
do Downlink (DSC) será inicializado no número inteiro mais próximo do valor de 90/BS_PA_MFRMS quando a
unidade móvel fizer o “camp-on” em uma célula. Este contador será decrementado em 4 quando a unidade
móvel não for capaz de decodificar uma mensagem de paging (BFI=1), e incrementado em 1 quando a unidade
móvel conseguir decodificar a mensagem (BFI=0). Assim que o DSC atingir o valor zero, uma falha no enlace de
rádio será declarada e a unidade móvel fará uma resseleção de célula.
BS_PA_MFRMS pode ter um valor entre 1 e 9 multiquadros; assim, o DSC irá variar entre 45 e 10. Isto significa
que, em um ponto de qualidade particularmente ruim, para o valor baixo de BS_PA_MFRMS, a unidade móvel
precisará de 45 mensagens ruins para declarar uma falha. Para o valor alto, serão necessárias 10 mensagens
ruins para declarar uma falha, assim no pior caso serão necessários 90 multiquadros (21 s) para declarar uma
falha. Um sistema de drive-test feito somente com o telefone no modo ocioso somente poderá experimentar
resseleções a intervalos mínimos de 21 s. A única maneira de se obter uma indicação mais rápida de qualidade
ruim é estabelecer uma chamada e monitorar o RXQUAL. Se a unidade móvel executar um número excessivo de
resseleções de célula, ela poderá perder mensagens de paging.

12
O receptor GSM da Agilent, que mede a BER no Canal de Sync de Tráfego (TSC) no modo ocioso para a
atendente e também qualquer número de ARFCNs, fornece um quadro contínuo em tempo real da BER no modo
ocioso. Esta BER pode ser facilmente vinculada ao DSC. Com esta informação disponível, podemos também
localizar a causa desta BER, usando o recurso de analisador de interferência do receptor. Isto nos ajudará a
localizar células com problemas de interferência no modo ocioso e, nas células em que não seja possível
executar ações imediatamente, poderemos ajustar os parâmetros C1 e C2 para definir a prioridade das células
para a resseleção.

Seção 11. Interferência do uplink


A interferência do uplink em GSM pode ser gerada internamente pelas unidades móveis em reuso em células
ARFCN adjacentes, ou externamente, por transmissores defeituosos ou transmissões ilegais. A detecção da
interferência interna é bastante difícil, pois ocorre em bursts; não há transmissão contínua no uplink. Mesmo se
fizermos uma medição de C/I no uplink, os resultados irão variar no tempo, devido ao efeito near-end/far-end e
ao controle de potência compulsório do uplink implementado nas células GSM. Desta forma, não podemos
prever, estimar ou medir a gravidade da interferência no uplink gerada por fontes internas.
Entretanto, há um modo para se resolver este problema de medição. Conecte o receptor GSM no percurso de
recepção da estação radiobase, altere o ARFCN usado na célula de F1 para F2 e inicie a medição de
F1, F2, F1 + 200 kHz e F1 - 200 kHz, usando o analisador de potência de canal do receptor GSM (veja a Figura 14).

Figura 14. Medições de potência do canal no sinal do uplink e nos canais adjacentes.

A monitoração a longo prazo precisa ser feita; assim, podemos configurar alarmes para detectar um nível de
sinal no canal que ultrapasse o limiar e fazer uma monitoração de interferência completa e não assistida.

13
Após capturar estes dados por um período longo, como um grupo de horas de pico, podemos exportar os dados a
um software de pós-processamento ou uma planilha Microsoft® Excel® e gerar plotagens de “probabilidade de
interferência” para os diversos limiares. Por exemplo, podemos plotar a porcentagem de tempo em que a
potência do canal de interferência co-canal esteve acima de -110 dBm, -100 dBm, -90 dBm e assim por diante.
Fazendo esta plotagem para F1 e F2 e comparando estes dois gráficos, podemos estimar com facilidade a
gravidade da interferência do uplink. Mesmo se a interferência não for grave, poderemos otimizá-la ajustando os
parâmetros de faixa de células. Esta técnica é a mais eficaz, mesmo para o caso de interferência externa gerada
por transmissões ilegais (por exemplo, por um telefone sem fio de 900 MHz que gere uma interferência contínua
no uplink por toda a duração da chamada).
Monitorando o canal com alarmes configurados para indicar sinais que ultrapassem um determinado limiar por
um período de, digamos, 3 minutos, podemos reproduzir estes dados de alarme posteriormente e usar o
analisador de espectro do receptor para observar as características espectrais do sinal (Figura 15). Isto permitirá
que determinemos se a interferência contínua por 3 minutos em um nível fixo era interna ou externa.

Figura 15. A tela de espectro dos sinais do uplink fornece uma ferramenta de eliminação de problemas de
interferência.

Seção 12. Conclusão


Esta nota de aplicação fornece vários exemplos que mostram como os sistemas de drive-test podem ajudar os
operadores de rede wireless a melhorar a qualidade do serviço de suas redes GSM. Os exemplos descrevem os
benefícios de uma solução baseada em receptor, como a oferecida pela Agilent Technologies. O receptor
independente de rede fornece medições completas e precisas de cobertura e interferência e simplifica a
otimização da margem de handover e das listas de vizinhos.
Soluções baseadas em telefone e em telefone e receptor integrados também são oferecidas pela Agilent. Para
obter informações detalhadas sobre toda a linha de soluções de drive-test oferecidas pela Agilent, veja a
literatura do produto relacionada no final desta nota de aplicação. A lista de referências inclui notas de
aplicação e de produto que abrangem as questões de rede de RF e a otimização da rede com os sistemas de
drive-test.

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Acrônimos
AGCH Canal de Concessão de Acesso
ARFCN Número Absoluto de Canal de Freqüência de Rádio
BA Alocação de BCCH
BCH Canal de Broadcast
BCCH Canal de Controle de Broadcast
BER Taxa de Erro de Bit
BFI Indicador de Quadro com Problema
CCCH Canal de Controle Comum
DRX Recepção Descontínua
DSC Contador de Sinalização do Downlink
FCCH Canal de Controle Rápido
FDMA Acesso Múltiplo por Divisão de Freqüência
GPS Sistema de Posicionamento Global
GSM Sistema Global para Comunicações Móveis
PCH Canal de Paging
RXLEV Nível de Recepção
RXQUAL Qualidade de Recepção
SACCH Canal Lento de Controle Associado
SCH Canal de Sincronização
TDMA Acesso Múltiplo por Divisão do Tempo
TCH Canal de Tráfego
TSC Canal de Sync de Tráfego

Referências
[1] ETS-300 578, Digital Cellular Telecommunications System (Phase 2), Radio
Subsystem Link Control (GSM 05.08 versão 4.22.1).
[2] Optimizing Your CDMA Wireless Network Today and Tomorrow:
Using Drive-Test Solutions, Nota de Aplicação 1345, número de literatura da Agilent 5968-9916E.
[3] Optimizing Your TDMA Network Today and Tomorrow:
Using Drive-Testing to Identify Interference in IS-136 TDMA Wireless
Networks, Nota de Aplicação 1342, número de literatura da Agilent 5980-0219E.
[4] Spectrum and Power Measurements Using the Agilent CDMA, TDMA and GSM Drive-Test System,
Nota de Produto, número de literatura da Agilent 5968-8598E.
[5] CDMA Drive Test, Nota de Produto, número de literatura da Agilent 5968-5554E.
[6] N3419A Vehicle-Mounted Display System, Apresentação do Produto, número de literatura da
Agilent 5980-0721E.

Literatura sobre o produto


1. GSM Drive-Test System,
Especificações Técnicas, número de literatura da Agilent 5968-5564E.
2. GSM Drive-Test System,
Guia de Configuração, número de literatura da Agilent 5968-5563E.
3. GSM Drive-Test,
Prospecto, número de literatura da Agilent 5968-5562E.
4. Indoor Wireless Measurement System,
Apresentação do Produto número de literatura da Agilent 5968-8691E.

Microsoft® está registrado como direito autoral da Microsoft Corporation nos EUA.
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Suporte, serviços e assistência de teste e Informações adicionais disponíveis em:
medição da Agilent Technologies http://www.agilent.com/find/brasil
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E-mail: tmobrasil@agilent.com
de que precisa. Com os nossos amplos recursos
de suporte e serviços, podemos ajudá-lo a Estados Unidos:
escolher os produtos adequados e conseguir Tel.: 1 800 452 4844
utilizá-los corretamente. Cada instrumento/ Canadá:
sistema que vendemos tem uma garantia Tel.:1 877 894 4414
global. O suporte está disponível por pelo Fax: (905) 282-6495
menos cinco anos após a desativação da linha
de produção do produto. Há dois conceitos China:
básicos por trás da política de suporte da Tel.: 800-810-0189
Agilent: “Nossa promessa” e “Seus benefícios”. Fax: 1-0800-650-0121
Europa:
Nossa promessa Tel.: (31 20) 547 2323
Fax: (31 20) 547 2390
“Nossa promessa” quer dizer que o
equipamento de teste e medição da Agilent terá Japão:
o desempenho e as funções divulgadas. Quando Tel.: (81) 426 56 7832
você estiver escolhendo um equipamento novo, Fax: (81) 426 56 7840
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desempenho e recomendações práticas
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experientes. Quando você estiver usando o América Latina:
equipamento da Agilent, nós podemos verificar Tel.: (305) 269 7500
se este equipamento está funcionando Fax: (305) 269 7599
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e fornecer uma assistência básica de medição Tel.: 080-004-7866
para recursos específicos. Há muitas Fax: (886-2) 2545-6723
ferramentas disponíveis de auto-ajuda que
podem ser consultadas pelo próprio cliente. Outros países da Ásia-Pacífico:
Tel.: (65) 375-8100
Fax: (65) 836-0252
Seus benefícios E-mail: tm_asia@agilent.com
“Seus benefícios” significa que a Agilent
As especificações e descrições dos produtos
oferece uma ampla linha de serviços adicionais
apresentadas neste documento estão sujeitas a
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