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APOSTILA DE GLEBAS

PARCELAMENTO DE SOLO URBANO

1. Legislação Fundamental

2. Desenvolvimento do Empreendimento

3. Projetos Técnicos

4. Planejamento Ambiental
1. LEGISLAÇÃO FUNDAMENTAL

Nomenclatura

- Loteamento (desmembramento): a divisão de uma


gleba em lotes destinados à edificação para fins urbanos,
com abertura, prolongamento, modificação ou ampliação
de vias de circulação ou logradouros públicos.

- Lote: Terreno servido de infra-estrutura básica,


cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos
definidos pelo plano diretor (ou lei municipal) para a
zona em que se situe.
- Infra-Estrutura Básica: sistema viário, equipamentos
urbanos para escoamento das águas pluviais, iluminação
pública, redes de esgoto sanitário, de abastecimento de
água potável, de energia elétrica pública e domiciliar.

- Desdobro: divisão de lotes pertencentes a


loteamentos ou desmembramentos devidamente
registrados no serviço de registro de Imóveis.

- Divisão: condomínio de lotes ou glebas,


destinando a fração ideal que couber a cada
condômino.
Edificação para Fins Urbanos

Qualquer edificação destinada a residência, comércio,


indústria ou à atividade de serviços, localizada no
perímetro urbano ou de expansão urbana do município.

Logradouros Públicos

Praça, jardim, largo, rua, avenida, alameda, ladeira,


parque, beco, “cul de sac”, rodovia, estrada, caminho,
travessa e outros espaços livres de uso comum da
população.
Legislação de Parcelamento do Solo
-Lei Federal 6.766/79, alterada pela Lei 9.785/99
Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano com normas
complementares por parte dos Estados, Distrito Federal e
Municípios.
Legislação de Uso e Ocupação do Solo

- Predominantemente Municipal com exceção dos Diplomas


Ambientais de Abrangência Regional

- Leis Municipais de Parcelamento, Uso e Ocupação


do Solo, Saneamento Básico e Meio Ambiente.
- Leis Estaduais sobre Saneamento Básico, Meio Ambiente,
Proteção de Mananciais e sobre Áreas de Proteção
Ambiental (APAs)
Parcelamento do Solo

A abertura de novas vias no tecido urbano (existente ou em novos


assentamentos), atendendo às exigências técnicas, tais como:
declividade máxima, largura mínima de faixa carroçável, passeios
e canteiro central. Quadro 01
do Plano Diretor Estratégico - Vias de Circulação para
Parcelamentos e Arruamentos.
A pavimentação deverá adotar materiais de maior
permeabilidade.
Nas vias com declividade maior que 8% deverá haver
soluções para microdrenagem.
As parcelas destinadas às áreas verdes públicas nos projetos de
parcelamento e desmembramento deverão preferencialmente ser
localizadas nas áreas de várzeas e fundos de vale com o objetivo
de preservar a vegetação ciliar.
O desmembramento de glebas na Macrozona de
Estruturação e Qualificação Urbana e na Macroárea de
Conservação e Recuperação da Macrozona de Proteção
Ambiental, está obrigado à destinação de áreas verdes e
institucionais conforme o artigo 20 da Lei n.º 9.413/81.

Exceto, quando comprovado pelo registro na Circunscrição


Imobiliária, que a gleba a ser desmembrada apresentava,
anteriormente à publicação da Lei Federal 6.766/79, área global
igual ou inferior às dimensões:

- 10.000 m2 nas ZER, ZCLZ, ZM, ZCP, ZCPp, ZCL,


ZCLp;

- 20.000 m2 nas ZPI, ZEPAM, ZEPAG, ZEPEC, ZOE,


ZMp, ZERp,ZLT.
O desmembramento de glebas nas Macroáreas de Uso
Sustentável e de Proteção Ambiental da Macrozona de
Proteção Ambiental, está obrigado à destinação de
áreas verdes e institucionais conforme disposto no artigo
40 da Lei n.º 9.300/81, salvo quando:

- a menor porção de terreno resultante do


desmembramento a ser efetuado tiver área igual ou inferior
a 50.000 m2;

- for comprovada, pelo registro na Circunscrição Imobiliária,


que a gleba a ser desmembrada apresentava,
anteriormente à publicação da Lei Federal n.º 6.766/79, a
área global igual ou inferior a 20.000 m2.
O desdobro do lote em qualquer zona de uso só será permitido
quando, em cada um dos lotes resultantes, forem atendidas
todas as características de dimensionamento do lote previstas
para a zonas de uso.

O lote edificado poderá ser desdobrado desde que as


edificações sejam consideradas em situação regular
nos termos da lei.

O parcelamento do solo de empreendimentos de interesse social


nas ZEIS, em áreas de propriedade pública, ou de empresas
públicas, ou de propriedade privada conveniados com o Poder
Público, deverão atender às características urbanísticas e
edilícias, estabelecidas por decreto.
PARCELAMENTO DE SOLO PARA FINS URBANOS -
Lei Federal 6.766/79

Será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos:

- em zonas urbanas,
- em zonas de expansão urbana,
- em zonas de urbanização específica,
definidas pelo Plano Diretor ou aprovadas por lei
municipal.
Não será permitido o parcelamento do solo:
I- em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações,
antes de tomadas as providências para assegurar o
escoamento das águas;
II- em terrenos que tenham sido aterrados com
material nocivo à saúde pública, sem que sejam
previamente saneados;
III- em terrenos com declividade igual ou superior a
30%, salvo se atendidas exigências específicas das
autoridades competentes;

IV- em terrenos onde as condições geológicas não


aconselham a edificação;
V- em áreas de preservação ecológica ou naquelas
onde a poluição impeça condições sanitárias
suportáveis, até a sua correção.
REQUISITOS URBANÍSTICOS PARA LOTEAMENTO
Lei Federal 6.766/79

Os loteamentos deverão atender aos seguintes requisitos:

I- as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação


de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços
livres de uso público, serão proporcionais à densidade de
ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei
municipal para a zona em que se situem;
II- os lotes terão área mínima de 125 m² e frente mínima de
5 m, salvo quando
a legislação estadual ou municipal determinar maiores
exigências ou
quando o loteamento se destinar à urbanização específica
como edificação de conjuntos habitacionais de interesse
social, previamente aprovados pelos órgãos públicos
competentes;
III- ao longo das águas correntes e das faixas de domínio
público das rodovias, ferrovias e dutos, será obrigatória a
reserva de uma faixa "non aedificandi" de 15 m de cada
lado, salvo maiores exigências da legislação específica;
IV- as vias de loteamento deverão articular-se com as vias
adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e harmonizar-se
com a topografia local.
A legislação municipal definirá, para cada zona em que se
divida o território do Município, os usos permitidos e os índices
urbanísticos de parcelamento e ocupação do solo, que
incluirão as áreas mínimas e máximas de lotes e os
coeficientes máximos de aproveitamento.
O Poder Público competente poderá complementarmente
exigir a reserva de faixa "non aedificandi" destinada a
equipamentos urbanos.
Composição Dominial em Loteamentos
- Áreas Públicas
- Sistema Viário Interno
- Área Verde de Acompanhamento do Viário
- Sistema de lazer fora das áreas de preservação
permanente
- Sistema de lazer em áreas de preservação permanente
- Uso institucional em zonas edificáveis
- Uso institucional em zonas não edificáveis
- Áreas Privadas
- Lotes em áreas edificáveis
- Lotes em áreas não edificáveis
- Equipamentos coletivos em área de preservação permanente

- Equipamentos coletivos em área edificável (clube,.....)


Solicitação da definição de diretrizes
Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado
deverá solicitar da Prefeitura Municipal a definição das
diretrizes para o uso do solo.

Requerimento acompanhado de planta do imóvel, contendo:

I- as divisas da gleba a ser loteada;

II- as curvas de nível com distância adequada;

III- a localização dos cursos d'água, bosques e


construções existentes;
IV- a indicação dos arruamentos contíguos ao perímetro,
a localização das vias de comunicação, as áreas livres,
os equipamentos urbanos e comunitários existentes, com
as respectivas distâncias da área a ser loteada;

V- o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina;

VI- as características, dimensões e localização das zonas


de uso contíguas.

As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo


de quatro anos.
Diretrizes de Planejamento da Prefeitura

A ser indicada nas plantas apresentadas:


I- as ruas ou estradas existentes ou projetadas, que compõem o
sistema viário da cidade e do município, relacionadas com o
loteamento pretendido e a serem respeitadas;
II- o traçado básico do sistema viário principal;
III- a localização aproximada dos terrenos destinados
a equipamento urbano e comunitário e das áreas
livres de uso público;
IV- as faixas sanitárias do terreno necessárias ao
escoamento das águas pluviais e as faixas não-
edificáveis;
V- a zona ou zonas de uso predominante da área, com
indicação dos usos compatíveis.
Apresentação do projeto

Orientado pelo traçado e diretrizes oficiais, o projeto será


apresentado à Prefeitura Municipal, compreendendo:

desenhos

memorial descritivo

cronograma de execução das obras,

certidão atualizada da matrícula da gleba,


expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente,

certidão negativa de tributos municipais e


competente instrumento de garantia.
DESENHOS:
I- a subdivisão das quadras em lotes, com as
respectivas dimensões e numeração;
II- o sistema de vias com a respectiva hierarquia;

III- as dimensões lineares e angulares do projeto, com


raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos
centrais da vias;
IV- a indicação em planta e perfis de todas as linhas
de escoamento das águas pluviais.

V- a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento


localizados nos ângulos de curvas e vias projetadas;

VI- a indicação em planta e perfis de todas as linhas


de escoamento das águas pluviais.
MEMORIAL DESCRITIVO

I- a descrição sucinta do loteamento, com as suas


características e a fixação da zona ou zonas de uso
predominante;

II- as condições urbanísticas do loteamento e as limitações


que incidem sobre os lotes e suas construções, além das
constantes da diretrizes fixadas;

III- a indicação das áreas públicas que passarão ao


domínio do município no ato de registro do loteamento;

IV- a enumeração dos equipamentos urbanos,


comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade
pública, já existentes no loteamento e adjacências.
REGISTRO DE LOTEAMENTO

Aprovado o projeto de loteamento (ou de desmembramento),


deve ser submetido ao registro imobiliário, acompanhado
dos documentos:
I- título de propriedade do imóvel ou certidão da matrícula;
II- histórico dos títulos de propriedade do imóvel,
abrangendo os últimos 20 anos;
III- certidões negativas:
a) de tributos federais, estaduais e municipais incidentes
sobre o imóvel;
b) de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de 10
anos;
c) de ações penais com respeito ao crime contra o
patrimônio e contra a Administração Pública;
IV- Certidões pelo período de 10 (dez) anos:
a) dos cartórios de protestos de títulos, em nome do
loteador;
b) de ações pessoais relativas ao loteador;
c) de ações penais contra o loteador;
d) de ônus reais relativos ao imóvel.

V- cópia do ato de aprovação do loteamento e


comprovante do termo de verificação pela Prefeitura, da
execução das obras exigidas por legislação municipal.

O loteamento compreenderá, no mínimo, a execução das


obras de circulação viária e de escoamento das águas
pluviais, a demarcação dos lotes, quadras e logradouros.
Cronograma

O cronograma deverá ter a duração máxima de quatro


anos, com competente instrumento de garantia para a
execução das obras;

VI- contrato-padrão de promessa de venda, ou de


cessão, ou de promessa de cessão;

VII- declaração do cônjuge do requerente de que


consente com o registro do loteamento.

O loteador deve submeter o projeto de loteamento


(ou de desmembramento) ao registro imobiliário
dentro do prazo de 180 dias da aprovação, sob o
risco da caducidade da aprovação.
2. DESENVOLVIMENTO DO EMPREENDIMENTO
Primeira Fase
ASPECTOS GERAIS DA GLEBA
ESTUDOS DE VIABILIDADE
Segunda Fase
PROJETOS TÉCNICOS E URBANÍSTICO
Terceira Fase
REGISTRO IMOBILIÁRIO DO PARCELAMENTO
Quarta Fase
IMPLANTAÇÃO E VENDAS
Quinta Fase
ADMINISTRAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
DESENVOLVIMENTO DO EMPREENDIMENTO
Primeira Fase
ASPECTOS GERAIS DA GLEBA
- Título aquisitivo
- Registro imobiliário
- Planta de perímetro existente
- Ocupações
- Posse
- Divisas definidas
- Ônus
Restrições Legais- Ações judiciais
- Levantamento planialtimétrico e cadastral
- Ação judicial de retificação de área
ESTUDOS DE VIABILIDADE

- Viabilidade legal para implantação do empreendimento

- Viabilidade comercial

- Viabilidade econômico - financeira


Segunda Fase
PROJETOS TÉCNICOS E URBANÍSTICO
- Consultas preliminares
- Diretrizes e pré-aprovação na Prefeitura e concessionárias de
serviços públicos
-GRAPROHAB - Grupo de Aprovação de Projetos Habitacionais
- Aprovação definitiva na Prefeitura
Terceira Fase
REGISTRO IMOBILIÁRIO DO PARCELAMENTO
- Documentos necessários - exigências do art. 18 da Lei
6.766/69, como certidões pessoais dos titulares nos últimos 10
anos

-Prévia Retificação Judicial, quando necessário

- Prazo para requerer o registro: 180 dias da aprovação pela


Prefeitura

- Contrato-padrão - atualização monetária e resíduo inflacionário

-Verificar Impugnações por particulares, Ministério Público,...

- Registro com Validade


Quarta Fase
IMPLANTAÇÃO E VENDAS
Implantação
- Início, após aprovação do projeto pela Prefeitura,
com prazo limitado a 4 anos
- Qualidade de materiais e de mão de obra
- Vistoria e entrega das obras executadas
Vendas
- Propaganda e publicidade, respeitando Código de Defesa do
Consumidor
- Contratação com terceiros, profissionais autônomos ou
empresas especializadas
- Documentos preliminares e cópia do contrato-padrão para
conhecimento e compreensão do conteúdo
- Declaração dos compradores, relacionando informações
recebidas
Quinta Fase
ADMINISTRAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
- Documentação imobiliária original do empreendimento

- Documentação imobiliária de cada lote


- Documentação do empreendimento para exame de terceiros

- Cópias de contratos de lotes compromissados


- Registro dos contratos de lotes vendidos

- Controle de cobrança de prestações e outras obrigações

- Rescisão de contrato não registrado ou de proposta de venda


de lote
- Rescisão do contrato de compromisso de venda de lote
registrado
- Devolução de prestações pagas na rescisão do contrato

- Indenização por benfeitorias realizadas pelo comprador do lote

- Contabilização dos custos e apuração dos resultados das vendas

- Arquivos de originais de plantas e arquivos digitais

- Arquivo de documentação imobiliária remanescente

- Outorga de escrituras definitivas de compra e venda de lotes

- Transferência do nome do contribuinte do IPTU


3. PROJETO URBANÍSTICO
Anteprojeto
Viabilidade à vista dos elementos básicos
Conceitos e Parâmetros de Projeto

Localização das áreas públicas exigidas pelos órgãos


públicos: área institucional, áreas verdes, vias de circulação,
áreas destinadas a equipamentos urbanos, áreas de
preservação permanente, ....

Localização de áreas públicas complementares e outras


eventuais unidades: clubes, equipamentos de lazer e esporte,
lagos ornamentais,...
TRAÇADO URBANÍSTICO
- Legislação Federal, Estadual e Municipal

- Levantamento planialtimétrico e cadastral


- Diretrizes Municipais
- Diretrizes de Saneamento (água e esgoto)
- Diretrizes Ambientais (faixas e áreas de preservação ambiental)
- Consulta sobre fornecimento de energia elétrica
- Vias de circulação: localização, perfis transversais
e longitudinais
- Projeto de drenagem
- Projeto de terraplenagem
- Projeto de Sistema de Abastecimento de Água
- Projeto de Sistema de Esgotamento Sanitário
PROJETO BÁSICO

- Terraplenagem
- Drenagem Superficial
- Abastecimento de Água
- Sistema de Esgotos Sanitários
- Paisagismo, Pavimentação...

Elaborados em nível básico, complementam o projeto


urbanístico e dimensionam a infra-estrutura do loteamento:

- Têm o caráter de projetos legais


- Permitem a elaboração do orçamento do
empreendimento a nível básico.
Localização de estações elevatórias e de estações de tratamento
de esgotos, quando for o caso de sistema isolado

Considerações sobre a definição do sistema viário:declividade


máxima, terraplenagem com compensação de corte-aterro.

Definição do sistema viário principal

Definição do sistema viário secundário

Definição das quadras e dos lotes: otimização do numero de


unidades.
Definição do Paisagismo quando exigido por órgãos públicos
Desenho contendo todas as áreas componentes do Projeto
Urbanístico: lotes, quadras, áreas públicas, faixas “non-
aedificandi”, áreas verdes, área institucional, áreas de lazer,
paisagismo, ... e correspondente cálculo analítico.
- Nomenclatura das vias e áreas públicas, áreas de preservação
permanente, faixas “non-aedificandi”, numeração dos lotes e
quadras, nome do loteamento e do proprietário da gleba

- “Grades” e perfis transversais das vias de circulação


- Localização das fossas sépticas em cada lote, quando
pertinente
- Localização das fossas sépticas coletivas e das valas de
infiltração.
- Localização do sistema de tratamento de esgoto no caso de
filtros anaeróbicos
- Indicação da condução das águas pluviais.
Quadros de Áreas

Quadro de áreas, indicando a quantidade de


quadras e de lotes e as áreas:
- dos lotes
- do sistema viário
- do sistema de áreas verdes
- da área institucional
- das áreas de preservação permanente
- das faixas “non-aedificandi”
- das áreas de lazer
- da área remanescente
Projeto de Terraplenagem
- Em geral, elaborado em conjunto com o projeto urbanístico
- Define cortes e aterros necessários para a implantação do
sistema viário e quadras

- Demanda conhecimento da geologia superficial (3/ 4m de


profundidade) do terreno da gleba: inspeção geotécnica
complementada eventualmente com investigações por
sondagens.
- Nos casos simples, como cortes e aterros baixos, subsolo
não constituído por material mole e terreno não rochoso, os
projetos de terraplenagem têm apenas caráter urbanístico.

- Caráter urbanístico: efeito das vias nos lotes -


aproveitamento e acesso
- Nos casos mais complexos os projetos de terraplenagem
incluem métodos geotécnicos - estabilidade de taludes,
recalques, ...

Projeto de Terraplenagem para implantação de vias:


Planta de terraplenagem
Secções transversais
Memorial descritivo

- especificação do processo construtivo e dos materiais a


serem utilizados na execução dos aterros,

- áreas de empréstimo,

- descrição das obras e medidas de projeção superficial dos


aterros,
- cálculo de estabilidade quando a inclinação do aterro for
superior a 3:2 (H:V).
Projeto de Drenagem Superficial
- Drenagem superficial: águas pluviais, canalização
de córregos, nascentes, etc.
- Define os elementos necessários para a captação, o
escoamento ordenado e a descarga adequada das águas
superficiais;

- O terreno em sua condição inicial apresenta padrão de


drenagem nem sempre adequado, alterado em função das obras
de terraplenagem em vias e quadras, e de pavimentação;
- o sistema de drenagem é composto por: sistema viário, sarjetas,
sarjetões, estruturas de captação, unidades de inspeção, ramais,
galerias, caixas de dissipação de energia, drenos abertos,
tubulações, canais de descarga;.

- As descargas do sistema de drenagem se dão: em


cursos d’água, vales secos, galerias existentes.
Projeto de Drenagem Superficial
- análise das áreas externas de contribuição;
- sistema de drenagem nas proximidades do terreno;
- análise das áreas internas de contribuição, considerando as
condições futuras;
- análise hidrológica: estimativa de vazões;
- concepção do sistema: definição de pontos de descarga;
- verificação da necessidade de galerias;
- traçado do sistema de galerias, onde necessário;
- dimensionamento hidráulico do sistema: galerias, bocas de lobo,
caixas de dissipação, tubulações de descarga;
- estimativa de quantitativos;
- componentes do projeto: memorial técnico descritivo e
justificativo, planilhas de cálculo, planilhas de quantitativos,
conjunto de desenhos
Diretrizes da SABESP ou Serviço Autônomo
- Definição das diretrizes
- Análise de projetos - normas gerais e da concessionária
- Acompanhamento das obras - na implantação do projeto
- Recebimento em doação - transferência de patrimônio.
Diretrizes
- Definem soluções a serem dadas ao abastecimento de água e à
coleta, tratamento e destinação final de esgotos: interligação às redes
existentes ou sistemas isolados
- Elaboradas a partir da consulta ao cadastro dos sistemas
de água e esgotos do município
- Emissão de certidão a ser utilizada para projetos, e na fase de
aprovação pelo GRAPROHAB
- No caso de interligações, as certidões devem conter informações
claras a respeito dos pontos de conexão de água e/ou lançamento de
esgotos: localização, cotas e pressões disponíveis para água.
Projeto de Abastecimento de Água
Soluções Individuais (por lote)

- Poços Rasos + Cloração

- Aplicável para: lotes grandes (>1000m²)


e poucas unidades em loteamentos rurais;
lençol freático com profundidade menor que 15m;
locais onde seja possível compatibilizar com fossas.

Sistemas Coletivos Interligados

- Concessionária fornece água potável;

- Empreendedor implanta a rede interna e a interligação;

- Sistema pode incluir pressurização / reservatórios.


Sistemas Isolados
Captação:
- Poços: profundidade >100m: bombas especiais
- Captação superficial: córregos ou lagos;
no caso de córregos a fio d’água.
Adução:
- simples por captação superficial ou
- múltipla por poços.
Tratamento:
Poços - geralmente simples desinfecção;
Captação superficial -
ETA convencional por coagulação, decantação, filtração e
desinfecção ou
ETAs compactas.
- Reservação:
Simples:reservatório único;
Dupla: reservatório inferior + reservatório superior.

- Rede de Distribuição:
simples ou dupla

- Material: até 100mm - PVC/PBA classes 15 ou 20;


>100mm - f.ºf.º
- Diâmetro mínimo: 50mm (75 mm RMSP)

- Pressões: mínima 15m; máxima: 50m

- Peças: curvas, tês, registros, registros de


descarga, ventosas, VRP, hidrantes.
Projeto do Sistema de Esgotos Sanitários
Coleta, Tratamento e destino Final de Esgotos
- Solução Individual -Tanque Séptico
- Remove material sedimentavel + espuma
- Retém e digere o material
- Demanda limpeza periódica
- Demanda disposição adequada do lodo
- Formato cilíndrico ou prismático
- Uso de anéis pré-moldados facilita e execução
- A infiltração em subsolo não impermeável – 30 l/m².dia;
subsolo sem rocha moderada (i < 20%);
área do lote > 500m²;
compatibilizar com poço de abastecimento existente.
Infiltração

Tanque Séptico + Sumidouro ou Valas de Infiltração

-Sumidouros: ocupam menor área - cilíndrico ou prismático

-Valas de Infiltração:
Projeto simples, mas investigações cuidadosas

Tanque Séptico + Tratamento Complementar + Vala de Infiltração

- Tratamento Complementar:
Filtro Anaeróbico;
Filtro Anaeróbico + Cloração;
Vala de Infiltração + Cloração.
Soluções Coletivas - Sistemas Interligados
- Em condições normais, interligação do sistema interno
do loteamento à rede coletora pública
- Com a Lei de Crimes Ambientais: a CETESB exige
compromisso das concessionárias de água e esgotos (TAC)

- Sem o compromisso assinado, o empreendimento só pode ser


interligado se contar com estação de tratamento

- A rede conforme requisitos técnicos da concessionária em geral:


material cerâmico ou PVC, Dmin=150mm, prof. min = 1,50m,
Vmin=0.30m/s, Vmax = 5.0m/s (concreto)
- Locação da rede: simples no terço da via ou dupla nos passeios
- Comumente: necessidades de estação de bombeamento
- Tratamento
Soluções Coletivas - Sistemas Isolados

- Em sistemas isolados os esgotos são coletados pela


rede, tratados e lançados em corpo d’água próximo

- Devem ser obedecidos os critérios do artigo 18 da


Resolução 8.468

- A rede deve obedecer os requisitos técnicos da


concessionária

- Deve ser efetuada avaliação do impacto do lançamento

- Tratamento
Tratamento de Esgotos

Peculiaridades dos Loteamentos para adoção do processo:

pouca área adequada disponível,


facilidade operacional,
modulação,
descarte de lodo com baixa periodicidade,
isolamento em relação aos lotes,
baixo investimento,
desembolso suave,
baixo custo operacional.

- Processos : aeração prolongada, lodos ativados, lagoa aerada.

- No caso de tratamento e interligação: fossa-filtro


Outros Projetos

- Podem ser pedidos pela Prefeitura ou GRAPROHAB:.

projetos de paisagismo,
projetos de pavimentação,
projetos de iluminação pública.

- As concessionárias geralmente não exigem projeto de sistema


elétrico, exceto no caso de passagem de linhas de transmissão
na gleba, quando pede detalhamento.

- gás: pelos municípios atendidos pela COMGAS.


PROJETOS EXECUTIVOS
- Os projetos executivos complementam e detalham os projetos
básicos elaborados para fins de aprovação.

- Projetos estruturais: reservatórios, estações de tratamento de


água, estações de tratamento de esgotos, muros de arrimo
- Projetos de instalações elétricas de estações de
bombeamento de água e/ou esgotos

- Projetos de pavimentação
- Projetos de paisagismo
- Apresentam desenhos produzidos a nível de execução
- Apresentam especificações construtivas
- Permitem orçamento detalhado consolidado
APROVAÇÕES
- Diretrizes Municipais
- Diretrizes de Saneamento: água e esgoto
- Diretrizes Ambientais: faixas e áreas de preservação ambiental
- Consulta sobre fornecimento de energia elétrica

- Aprovação Prévia Municipal


- Aprovação no GRAPROHAB, anuência do Estado
- Aprovação final pelo Município

- Aprovação de alteração ou cancelamento parcial de projeto


aprovado.
4. PLANEJAMENTO AMBIENTAL

- Interfaces entre o Planejamento Ambiental e o


Planejamento Urbano

- Consolidação das Restrições a Ocupação do Território


Decorrentes de Legislação Ambiental

- Procedimentos de Licenciamento Ambiental de


Empreendimentos Imobiliários

- Questões Emergentes
Legislação Ambiental - Conceitos básicos

- Preservação de recursos hídricos e minimização de


interferências com a drenagem natural do território

- Limitação à ocupação de áreas de elevada fragilidade


ambiental

- Preservação dos remanescentes de florestais

- Preservação de áreas de interesse da fauna


Legislação Ambiental

- Abrangência Geral vs. Abrangência Regional

- Estrutura Proscritiva vs. Estrutura Prescritiva


- Restrições estipuladas predominantemente na esfera Federal com
regulamentação insuficiente nas esferas Estadual e Municipal

Evolução da Legislação Ambiental


- Lei Federal N.º 6.938/ 81 - Política Nacional de Meio
Ambiente
- Resolução CONAMA 01/ 86
- Constituição de 1988

- Lei Federal N.º 9.605/97 - Lei para Crimes Ambientais


Regulamentada pelo Decreto N.º 3.179/99.
Resolução CONAMA nº 001/86:

Dispõe sobre as exigências e pré-requisitos necessários ao


Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) -

Resolução CONAMA nº 237/97:

Dispõe sobre a inclusão do parcelamento do solo como atividade


sujeita ao “Licenciamento Ambiental”,
a competência municipal para o licenciamento ambiental de
atividades ou empreendimentos de impacto ambiental local;
a competência do Estado para licenciamento ambiental;
o custo para obtenção da licença ambiental, seu prazo de
validade e a formulação de exigências complementares.
Constituição 05/10/1988
Art. 225.º - “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defende-lo e preserva-lo para
as presentes e futuras gerações”...........................
VII - “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
ambiente sujeitarão os infratores (pessoas físicas ou jurídicas), a
sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados”...................
Constituição 05/10/ 88
Art. 5.º ...LXXIII - “Qualquer cidadão é parte legítima para
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando ao autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.....”

Política Nacional do Meio Ambiente. Lei Federal N.º 6.938/ 81

Artigo 14.º - Parágrafo 1.º : “Sem obstar a aplicação das


penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado,
independentemente da existência de culpa, a indenizar
ou reparar os danos ao meio ambiente e a terceiros
afetados por sua atividade....”
Crimes Ambientais- Lei Federal N.º 9.605/ 97

Art. 2.º : “Quem de qualquer forma, concorre para a partida


dos crimes previstos nesta lei, incide nas penas a este
cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor,
o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o
auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica,
que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir
a sua prática, quando podia agir para evitá-la”.

Art. 3.º: “As pessoas jurídicas serão responsabilizadas


administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta
Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão
de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão
colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade”.
Normas de Abrangência Geral
Restrições à ocupação do território - Principais dispositivos

Código Florestal - Lei Federal N.º 4771/ 65 e alterações feitas


pela Lei N.º 7803/89, Lei N.º 7875/89 e Medida Provisória N.º
1956-54 de 21/09/00:.

Dispõe sobre as florestas nacionais e outras formas de


vegetação de interesse comum aos habitantes do país e as
conseqüências legais do não cumprimento do Código
Decreto Federal N.º 750/ 93:
Dispõe sobre o corte, a exploração e a supressão de vegetação
primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração
da Mata Atlântica e os procedimentos de autorização de
supressão em caso de obras, planos, atividades ou projetos de
atividade pública ou interesse social.

Resolução CONAMA N.º 09/ 96:


Dispõe sobre a definição de corredores de
fauna entre remanescentes florestais.
Resolução Conjunta IBAMA/SMA N.º 02/94:
Dispõe sobre a regulamentação do Artigo 4.º do Decreto
Federal No 750/93 no que tange à supressão de mata
atlântica em estágio inicial de regeneração, e define
tratamento diferenciado para áreas urbanizadas e áreas não
efetivamente urbanizadas.

Deliberação CONSEMA N.º 21/97:


Dispõe sobre a regulamentação do Artigo 5.º do Decreto
Federal N.º 750/93 no que tange à supressão da mata
atlântica no estágio médio ou avançado de regeneração.

Portaria DEPRN N.º 44 /95:


Dispõe sobre os procedimentos para a autorização
de supressão de exemplares arbóreos isolados.
Lei Estadual N.º 9989 /98:
Dispõe sobre a recomposição da cobertura vegetal no
estado de São Paulo, nas faixas ao longo dos cursos
d’água, ao redor de lagos e reservatórios, aprovação de
projetos, prazos de implantação de recomposição florestal,
prazos de aprovação e penalidades, a ser regulamentada.

Portaria do Ministério da Marinha N.º 0037 /92:


Estabelece diretrizes que permitem a padronização de
procedimentos na emissão de pareceres relativos à
concessão de terrenos da União, e define a condição
dominial de áreas de mangue e respectivas faixas
marginais.
Condição dominial das áreas não edificáveis em processos
de parcelamento do solo

Lei Federal N.º 6.766/ 78 - Lei Lehmann:


Estabelece a obrigatoriedade de doação de 35% da gleba
parcelada ao poder público municipal, para sistema viário,
áreas de lazer e áreas para uso institucional.
Dispositivo da Legislação Municipal define a composição das
35% de áreas públicas e restrições quanto à sua localização
e distribuição no gleba.

Decreto Federal N.º 89.336/ 84:


Estabelece que as reservas ecológicas podem ser de domínio
público ou privado.
Lei Federal N.º 4771/65 (Código Florestal): Artigo 6.º
Prevê o procedimento de averbação de áreas de
preservação permanente à margem de escritura pública de
propriedades privadas.

Resolução Conjunta IBAMA/ SMA N.º 02/94:


Admite explicitamente a inclusão de áreas de preservação
permanente em áreas públicas do sistema de lazer.
RESTRIÇÕES - Legislação Ambiental

Restrições referentes a cursos d’água

Restrições referentes à ocupação de encostas

Restrições relativas à supressão de vegetação

Restrições à Ocupação Territorial


Restrições referentes a cursos d’água

Tipo de Restrição Especificação

30m a cada margem no código Florestal.


15m a cada margem na Lei Lehmann.
Faixa marginal de 100m para cursos entre 50 e 100m.
cursos d’água 150m para cursos entre 100 e 200m.
igual a distância entre as margens para
cursos com mais de 200m
Área envoltória de
Raio de 50m
nascentes
Leito maior sazonal (TR=1ano) e parte
do rio. As planícies de inundação são
Áreas inundáveis
protegidas através de dispositivos de
abrangência regional.
Faixa usualmente definida em legislação
Vales secos
municipal
Restrições referentes à ocupação de encostas

Tipo de Restrição Especificação

Parcelamento admissível desde que com


autorização específica da autoridade
Áreas com declividade
competente. Na RMSP a Res. SNM N.º
acima de 30%
36/81 define exigências a serem
atendidas
Áreas com cobertura
Cobertura florestal nessas declividades é
florestal e declividade
º de preservação compulsória
acima de 25 (46%)
São áreas de preservação permanente
Áreas com declividade
nos termos do Artigo 2.º da Lei Federal
acima de 100%
N.º 4771/65
Restrições relativas à supressão de vegetação
Tipo de Restrição Especificação

Vegetação pioneira de mata É livre o corte. Quando em áreas de preservação permanente exige-
atlântica se autorização do DEPRN.
Vegetação de mata atlântica Admite-se o corte em áreas urbanas. Nas áreas efetivamente
em estágio inicial de urbanizadas, pelo menos 10% da gleba deve ser mantida com matas
regeneração preservadas. Em áreas não efetivamente urbanizadas, 20%.
Regime especial de licenciamento pela Res. SMA 50/97. Preservação
Vegetação de mata atlântica
de no mínimo 20% (áreas urbanizadas) e não menos de 50% com
em estágio médio ou
cobertura natural (áreas não efetivamente urbanizadas) l. CONSEMA
avançado de regeneração
21/97)
É de preservação permanente quando a menos de 300m do mangue
Restinga em estágio inicial e/ou da linha de preamar máxima. Fora desses limites, admite-se o
de regeneração corte desde que 10% ou 20% da gleba se mantenha preservada
(dependendo da condição atual de urbanização).
Restinga em estágio médio
Enquadramento pela res. CONAMA 07/96. Idem Mata Atlântica em
ou avançado de
estágio médio e avançado.
regeneração
É totalmente intangível incluindo a faixa marginal de 15 metros.
Mangue
Somente intervenções muito pontuais são passíveis de consideração.
Vegetação de cerrado Regime de licenciamento especial – resolução SMA 55/95.
Admite-se o corte compensado através de reposição em proporção
Árvores nativas isoladas que varia de 10 por 1 a até 25 por 1. Existe limite de até 30 indivíduos
por hectare.
Vegetação abrigo de fauna
Preservação integral dos perímetros de interesse à fauna ameaçada.
em perigo de extinção
Corredores de fauna entre
Largura mínima de 100 metros.
remanescentes florestais
Restrições à Ocupação Territorial

Restrições relativas à formações geomorfológicas específicas

Tipo de Restrição Especificação

Terço superior medido no local da altura


Morros isolados
mínima entre o topo e a base.
Terço superior em relação à base do
Serras e escarpas
morro mais baixo do conjunto
Áreas com altitude
São de preservação permanente
superior a 1.800m
São de preservação permanente como
Dunas
“Vegetação Permanente”
Restrições à Ocupação Territorial

Tipo de Restrição Especificação

15 metros não edificáveis a cada


Faixas marginais a
margem da faixa de domínio. É
rodovias, ferrovias e
admissível a impermeabilização e uso
dutos
não edificado.
Áreas somente podem ser utilizadas
Solos contaminados
após remediação.
A maior parte das legislações municipais
de uso e ocupação do solo incluem
Impermeabilização do
restrições (via índices urbanísticos) à
solo
impermeabilização do solo nos lotes
resultantes do parcelamento.
Restrições à Ocupação Territorial

Tipo de Restrição Diplomas Aplicáveis


Faixa Marginal de Lei Federal 4771/65 Lei Federal 6766/79 Art. Lei estadual 9989/98 –
cursos d’água Art. 2.º, itens a1 e a5 4.º, item III Art. 1.º, itens I a V
Faixa marginal de lagos Lei federal 4771/65
/ lagoas Art. 2.º, item b
Área envoltória de Lei Federal 4771/65 Lei Estadual 9989/98 –
nascentes Art. 2.º, item c Art. 1.º, parágrafo 1.º
Lei Federal 4771/65 Lei Federal 6766/79 Art.
Áreas inundáveis
Art. 2.º, item a 3.º, item I
Vales secos Legislação municipal
Faixas marginais a
Lei Federal 6766/79 Decreto Estadual
rodovias, ferrovias e
Art. 4.º, item III 13069/78 – Art. 13.º
dutos
Áreas com declividade Lei Federal 6766/79
acima de 30% Art. 3.º, item III
Áreas com cobertura
Lei Federal 4771/65
florestal e declividade
Art. 10
acima de 25º (46%)
Áreas com declividade Lei Federal 4771/65
acima de 100% Art. 2.º item e
Vegetação pioneira de Decreto Federal N.º Res. Conj. IBAMA/SMA
mata atlântica 750/93 – Art. 4.º N.º 02/94 – Art. 9.º
Vegetação de mata
Decreto Federal N.º Res. Conj. IBAMA/SMA
atlântica em estágio
750/93 – Art. 4.º N.º 02/94 – Art. 3.º e 4.º
inicial de regeneração
Vegetação de mata Del. CONSEMA 21/97 -
atlântica em estágio Decreto Federal N.º Art. 6.º e 7.º
médio ou avançado de 750/93 – Art. 1.º e 5.º Res. SMA 50/97 – Art.
regeneração 3.º
Dec. Federal N.º 750/93
Restinga em estágio Lei Federal 4771/65 – Res. Conj.
inicial de regeneração Art. 2.º, item f IBAMA/SMA n.º 5/96 –
Art. 1.º
Restinga em estágio
Lei Federal 4771/65 Delib. CONSEMA 21/97
médio ou avançado de
Art. 2.º, item f – Art. 6.º e 7.º
regeneração
Lei Federal 4771/65 Portaria do Ministério
Mangue
Art. 2.º da Marinha N.º 0037/92
Vegetação de cerrado Res. SMA 55/95 (geral)
Árvores nativas Port. DEPRN 44/95
isoladas Art. 1.º e 5.º
Vegetação abrigo de
Res. Conj. IBAMA/SMA
fauna em perigo de Lei Federal 4771/65 Decreto Federal 750/93
N.º 02/94
extinção
Corredores de fauna
Decreto Federal 750/93 Res. CONAMA 09/96
entre remanescentes
– Art. 7.º Art. 3.º
florestais
Terço superior de Lei Federal 4771/65
morros isolados Art. 2.º, item d
Lei Federal 4771/65
Serras e escarpas
Art. 2.º, item d
Áreas com altitude
Lei Federal 4771/65
superior a 1.800
Art. 2.º, item h
m.s.n.m.
Lei Federal 4771/65
Art. 2.º, it. 2; Art. 3.º, it.
Dunas
b (vegetação sobre
dunas)
Lei Federal 6766/79
Solos contaminados
Art. 3.º, item 2
Impermeabilização do Dispositivos diversos da
solo esfera municipal
Usos admissíveis em áreas edificáveis e não edificáveis

Usos em áreas não edificáveis


Dispositivos sobre a necessidade de recomposição
florestal em Área de Preservação Permanente -
APP:
- Lei Federal N.º 4.771/65 (Código Florestal)
- Lei Estadual N.º 9.989/98
- Lei 8.171/91 (Lei Agrícola)
Natureza das Atividades de lazer admissíveis
dispositivos :

- Lei Federal N.º 6.766/79 (Lei Lehmann)


- Resolução Conjunta IBAMA/SMA N.º 02/94

Situação diferente nas faixas adjacentes e rodovias, ferrovias e


dutos.
Usos em áreas edificáveis
Dispositivos municipais: Plano Diretor e legislações de
parcelamento, uso o ocupação do solo.
Dispositivos estaduais:
- Legislações de abrangência regional
Hierarquização segundo a complexidade do
procedimento de licenciamento

Com exigência de Licenciamento Ambiental Prévio


- Loteamentos com mais de 100 hectares.
- Loteamentos em APA’s e conjuntos habitacionais na
região costeira.
- Empreendimentos exigindo supressão de vegetação de
mata atlântica em estágio médio ou avançado de
regeneração
- Outros, segundo exigências de diplomas de abrangência
regional
Com tramitação através do GRAPROHAB sem
Licença Prévia

- Todos os loteamentos com menos de 100 hectares.

Com tramitação via Municipal

- As exceções constantes em Norma de Serviço e/ou


Provimentos da Corregedoria Geral - N.º 211.3 /
Provimento N.º 21/98 (mesmo nesses casos o DEPRN
precisa ser envolvido na autorização de situações que lhe
dizem respeito)
Licenciamento Ambiental Prévio
- RAP
- EIA / RIMA

Legislação Pertinente

- Resolução CONAMA N.º 001/86

- Resolução CONAMA N.º 237/97

- Resolução SMA 02/94

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