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Denise Bortoletto
Ms. em Educação
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APRESENTAÇÃO
Ao final de cada unidade constam atividades síntese com o objetivo de rever o material
estudado e ao final do livro você encontrará uma lista de exercícios de múltipla escolha
sobre os temas aqui tratados.
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SUMÁRIO
Educação Infantil.............................................................................................................38
Ensino Médio...................................................................................................................48
REFERÊNCIAS DE CONSULTA..................................................................................62
ATIVIDADES AVALIATIVAS.....................................................................................63
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Objetivos:
Metodologia: Será conduta de trabalho aplicar questões teóricas à prática, bem como
apresentar a prática do Orientador Educacional nas escolas. Além disso, será
possibilitado ao aluno o contato com teóricos que defendem o trabalho da Orientação
Educacional. Serão propostos textos para leitura e discussão, vídeos sobre as temáticas;
pesquisa de campo e/ou bibliográfica, estudos de caso e a resolução de exercícios ao
final de cada unidade e ao final do livro.
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Bibliografia Básica:
Bibliografia Complementar:
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UNIDADE 1
Historicamente, a orientação educacional tem sido uma das funções exercidas pelo profissional da
educação denominado pedagogo. Nos diferentes estados brasileiros e nas diferentes redes escolares, este
profissional, se existente, recebe denominações variadas e exerce atividades também variadas. Tal
diversidade descaracteriza a real dimensão de seu fazer profissional e estabelece um conflito entre os
diversos papéis desempenhados pelos diferentes profissionais da educação
(PASCOAL, HONORATO, ALBUQUERQUE, 2008, grifos nosso).
A literatura específica da área esclarece que a história da Orientação Educacional foi marcada
pelo aparecimento de acontecimentos que enfatizaram e direcionaram os interesses da prática da
Orientação Educacional e suas dimensões no cenário educacional. Tal movimento esteve
continuamente relacionado, de maneira estreita, com as tendências pedagógicas e suas repercussões
nos processos de escolarização (GRINSPUN, 2002; LÜCK, 2010; PENTEADO, 2000).
É notado, historicamente, que os cursos de Pedagogia assumiram a missão de formar
profissionais para o exercício de funções ligadas à gestão educacional, tais como os administradores
escolares, orientadores educacionais e supervisores de ensino. Estes profissionais, muitas vezes,
encontram realidades profissionais diferentes e, em muitas delas, o seu campo profissional
apresentou-se restrito.
Atualmente, na prática, observam-se várias situações. Há escolas que contam com estes
profissionais, mas os mesmos não conseguem, de fato, dinamizar em ações, as atribuições dos
orientadores educacionais, conforme discutiremos na próxima unidade. Isso por desconhecimento,
ou até mesmo pelo fato de precisarem assumir outras demandas em função da ausência de
profissionais que assumaM o exercício da supervisão escolar. Há ainda escolas em que os
orientadores precisam assumir múltiplas funções, ou seja, cumpreM o papel da orientação, da
administração e da supervisão escolar e acabam sendo consumidos integralmente pelas funções
diversas da Gestão. E, infelizmente, muitas escolas no Brasil, ainda nem contam com o serviço de
orientação educacional.
A seguir, vamos entender melhor como a Orientação Educacional foi se organizando ao longo
da história.
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na sua preparação deste para o exercício das opções básicas, por meio das ações da Orientação
Vocacional.
Ressaltamos um avanço um pouco mais significativo na história da Orientação Educacional
com a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases nº5692, de 1971. No artigo 10 deste documento
é instituída a obrigatoriedade da Orientação Educacional, incluindo o aconselhamento vocacional.
Assim sendo, a Orientação Educacional passou a ser obrigatória em todas as escolas brasileiras, de
modo a garantir um melhor relacionamento entre a escola com a família e a comunidade, mediante
um planejamento, desenvolvimento e avaliação deste trabalho juntamente com os demais membros
da escola.
Contamos ainda com o apoio da Lei 5564, de 21/12/1968. Esta lei, assim como a LDB em
vigor naquela época, destacava a preocupação com a formação integral do adolescente e trazia
ainda orientações relacionadas ao ensino primário, hoje denominado Ensino Fundamental. O art. 1º
deste documento esclarecia que a Orientação Educacional tinha como objetivo assistir ao educando,
individualmente ou em grupo, nas escolas e nos sistemas escolares de nível médio e primário, tendo
em vista o desenvolvimento integral e harmonioso de sua personalidade, organizando e integrando
os elementos que influenciam em sua formação e preparando-o para o exercício das funções básicas
relacionadas ao trabalho.
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Lei Função
1942: Lei Capanema Instituiu diretrizes para o Orientador Educacional nas escolas
secundárias e definiu as funções do Orientador Educacional.
1971: Lei nº 5.692 Aprovou o lugar do orientador nas escolas por meio do artigo 10:
“Será instituído obrigatoriamente a Orientação Educacional
incluindo o aconselhamento vocacional em cooperação com
professores, a família e a comunidade”.
1973: Decreto nº 7.284 Regulamentou a Lei 5.564, que previa o exercício da profissão da
Orientação Educacional.
Apesar dos avanços na legislação, a Orientação Educacional passou a ser questionada à partir
de 1980, de modo que, os pressupostos teóricos começaram a ser repensados e redefinidos. Diante
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de tais mudanças, o orientador começou a participar das diferentes atividades da escola, a discutir
questões curriculares, tais como os objetivos de ensino, os procedimentos didáticos, os critérios de
avaliação, as metodologias de ensino, de modo a demonstrar sua preocupação com os alunos,
consequentemente com o processo de aprendizagem. Nesta época, no meio educacional, estava em
voga, os famosos e extintos, “cursos de reciclagem”. Atualmente, denominamos cursos de formação
continuada. Mas, tais cursos da década de 1980 foram oferecidos aos orientadores para que
contribuíssem com a discussão mais ampla de suas práticas, bem como com os valores que a
norteavam, a realidade dos alunos, assim como o mundo do trabalho.
Neste contexto histórico, conforme destaca os estudos de Milet (1987) a indisciplina; a
agressividade; o desinteresse pelos estudos; as dificuldades de aprendizagem, queixas mais comuns
dos professores, não poderiam e não deveriam mais ser tratadas isoladamente. O esperado para o
momento seria realizar um estudo das relações “professor-aluno, aluno-conteúdo, aluno-aluno,
aluno estatutos escolares, aluno-comunidade, professor-comunidade” (p. 43). Esta seria uma
preconização do olhar sistêmico para a instituição escolar, que passou a ser discutido ao final da
década de 1990. Tem-se assim início à uma nova visão de orientação educacional.
Vejamos o que Grinspun (1994) discute sobre isso:
A orientação, hoje, está mobilizada com outros fatores que não apenas
e unicamente cuidar e ajudar os ‘alunos com problemas’. Há, portanto,
necessidade de nos inserirmos em uma nova abordagem de
Orientação, voltada para a ‘construção’ de um cidadão que esteja mais
comprometido com seu tempo e sua gente. Desloca-se,
significativamente, o ‘onde chegar’, neste momento da Orientação
Educacional, em termos do trabalho com os alunos. Pretende-se
trabalhar com o aluno no desenvolvimento do seu processo de
cidadania, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas
através do diálogo nas relações estabelecidas. (GRINSPUN, 1994, p.
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(A) - caracterizado pela exigência legal da Orientação Educacional nos estabelecimentos de ensino
e nos cursos de formação de Orientadores Educacionais ./-esse período foi assim denominado pelo
fato dos(a)s Orientadores Educacionais acreditarem na possibilidade dos serviços de Orientação
Educacional atuarem na formação do educando crítico e participativo. /- a Orientação Educacional
tornou-se obrigatória nas escolas, incluindo o aconselhamento educacional;
(B) - caracterizado pela exigência legal da Orientação Educacional nos estabelecimentos de ensino
e nos cursos de formação de Orientadores Educacionais./ - a Orientação Educacional tornou-se
obrigatória nas escolas, incluindo o aconselhamento educacional. / - esse período foi assim
denominado pelo fato dos(a)s Orientadores Educacionais acreditarem na possibilidade dos serviços
de Orientação Educacional atuarem na formação do educando crítico e participativo;
(C) - a Orientação Educacional tornou-se obrigatória nas escolas, incluindo o aconselhamento
educacional./ a. - esse período foi assim denominado pelo fato dos(as) Orientadores Educacionais
acreditarem na possibilidade dos serviços de Orientação Educacional atuarem na formação do
educando crítico e participativo. / - caracterizado pela exigência legal da Orientação Educacional
nos estabelecimentos de ensino e nos cursos de formação de Orientadores Educacionais;
(D) - esse período foi assim denominado pelo fato dos(a)s Orientadores Educacionais acreditarem
na possibilidade dos serviços de Orientação Educacional atuarem na formação do educando crítico
e participativo. / - a Orientação Educacional tornou-se obrigatória nas escolas, incluindo o
aconselhamento educacional. / - caracterizado pela exigência legal da Orientação Educacional nos
estabelecimentos de ensino e nos cursos de formação de Orientadores Educacionais;
(E) - esse período foi assim denominado pelo fato dos(a)s Orientadores Educacionais acreditarem
na possibilidade dos serviços de Orientação Educacional atuarem na formação do educando crítico
e participativo. / - caracterizado pela exigência legal da Orientação Educacional nos
estabelecimentos de ensino e nos cursos de formação de Orientadores Educacionais. / - a Orientação
Educacional tornou-se obrigatória nas escolas, incluindo o aconselhamento educacional.
A alternativa correta é a B
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Mas, como assegurar avanços na aprendizagem sem contar com o apoio da equipe de
Orientação Educacional? Não que este profissional será capaz, de maneira isolada, de garantir tais
avanços, porém, ao aliar sua atuação à da equipe docente, certamente, melhores resultados serão
almejados.
Está claro que o aluno constitui a razão de ser da escola. Assim, para melhor colaborar com o
aluno, bem como com as suas necessidades, a escola precisa contar com o trabalho sistematizado
do orientador educacional. Esse é o profissional, por sua vez, que trabalha diretamente com o
aluno e se preocupa com a sua formação pessoal e integral, valorizando os aspectos sistêmicos da
constituição humana. Está sob responsabilidade dele a elaboração e implementação de propostas
que elevem o nível cultural do aluno e ainda de dinamizar ações para que o ambiente escolar seja
o melhor possível.
Também veremos neste livro, na Unidade 4, sobre a gestão democrática nas escolas. Neste
modelo organizacional, o orientador educacional diferencia-se dos demais profissionais que
compõem a equipe pedagógica, como o supervisor escolar, do professor e do diretor. De maneira
sintética podemos apontar que o diretor ou gestor vai gerenciar a escola como um todo. O
professor é responsável pela especificidade da sua área do conhecimento, Já o supervisor escolar
subsidia condições para que o docente desempenhe a sua função da maneira mais satisfatória
possível. O orientador educacional, por sua vez, tem como atribuição principal, cuidar da
formação de seu aluno, para a escola e para a vida, conforme veremos na Unidade 2.
Por fim, é válido destacar que atualmente, com os avanços na profissão, o orientador
educacional, deixou de executar as funções que no passado, no primórdio da Orientação
Educacional no país, ele desempenhava, pois nem sempre esse profissional colaborava com o
processo educativo. Muitas vezes, o orientador cumpria a função de “bombeiro”, chamado às salas
de aula para solucionar problemas instalados nas relações grupais, ou nas questões de indisciplina.
Atualmente, encontramos uma ação mais preventiva e muito mais relacionada aos avanços no
processo de ensino aprendizagem.
Para encerrar a história e concordando com Pascoal, Honorato e Albuquerque (2008):
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1940:________________________________________________________________
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1947: ________________________________________________________________
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1961: ________________________________________________________________
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1968: ________________________________________________________________
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1971: ________________________________________________________________
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1980: ________________________________________________________________
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1996: ________________________________________________________________
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2000: ________________________________________________________________
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UNIDADE 2
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O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III da
Constituição, decreta:
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III – Dos diplomados em Orientação Educacional por escolas estrangeiras, cujos títulos sejam
revalidados na forma da lei em vigor.
I – Aos formandos que tenham ingressado no curso antes da vigência da Lei nº 5692/71, na forma
do art. 63, da Lei nº 4024, de 20 de setembro de 1961, até a 4ª série do ensino de 1º e 2º graus.
II – Aos formandos que tenham ingressado no curso antes da vigência da Lei nº 5692/71, na forma
do art. 64, da Lei 4024, de 20 de setembro de 1961, até a 4ª série do ensino de 1º grau.
Art. 4º - Os profissionais de que tratam os artigos anteriores, somente poderão exercer a profissão
após satisfazer os seguintes requisitos:
Art. 6º - Os documentos referentes ao campo de ação profissional de que trata o artigo anterior só
terão validade quando assinados por Orientador Educacional, devidamente registrado na forma
desse regulamento.
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Art. 10º - No preenchimento de cargos públicos, para os quais se faz mister qualificação de
Orientador Educacional, requer-se, como condição essencial, que os candidatos hajam satisfeito,
previamente, as exigências da Lei nº 5564, de 21 de dezembro de 1968 e deste regulamento.
Art. 11º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
(D.O. U. de 27-9-1973) A Lei 9394/96 mantém as propostas anteriores.
Conforme notamos no texto do decreto, é ampla a atuação dos orientadores educacionais nas
escolas. Vamos nos ater agora, especificamente, nas atribuições descritas nos artigos 8º e 9º e
vamos discuti-las, de maneira geral, a seguir. Um estudo das atribuições conforme cada segmento
de ensino da Educação Básica será desenvolvido na Unidade 3.
Umas das atribuições está relacionada à dinamização da implementação e do funcionamento
do Serviço de Orientação Educacional na escola, de modo que este se relacione com a comunidade.
Conforme discutimos na Unidade 1, muitas escolas nem contam com o serviço de orientação
educacional. Assim, diante de uma realidade como esta, será função do profissional, implementar
este serviço.
Outra frente de trabalho direciona-se à orientação vocacional do educando. Assim, temos a
informação profissional e educacional com vistas à orientação vocacional. A função deste trabalho é
sistematizar o processo de intercâmbio das informações necessárias ao conhecimento global do
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Por fim, mas não menos importante, o orientador educacional também participa do processo
de elaboração do currículo pleno da escola, bem como do processo de avaliação e recuperação dos
alunos. Esta atuação será mais amplamente discutida na Unidade 3, conforme cada segmento de
ensino.
Escreva o que você compreendeu sobre as atribuições do orientador educacional nas escolas,
especialmente sobre os artigos 8º e 9º do DECRETO Nº 72826.
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7. Cooperar para o clima da instituição, de modo que seja permeado pelo respeito mútuo,
à tolerância às diferenças e ao cuidado com o ambiente e com o outro.
10. Evitar formular juízo de valor à respeito dos alunos e das famílias.
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13. Respeitar o espaço de atuação do professor e privar pelo bom desenvolvimento com os
alunos. Sugerimos que os pequenos conflitos entre professores e alunos possam se
resolvidos inicialmente em sala de aula. Se necessário, o orientador passa a ser
mediador das situações.
15. Zelar pelo registro do desenvolvimento dos alunos. Os registros precisam ser
sistemáticos e atualizados, de modo a assegurar o histórico da criança no serviço de
orientação educacional.
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Sempre quando pensamos em objetivos nos remetemos a um fim, algo a se conquistar, uma
meta. Um objetivo nos move para tomar alguma decisão, ou ir à busca dos nossos ideais. O mesmo
ocorre no trabalho em Orientação Educacional nas escolas. Dessa forma, a seguir, explicitaremos
alguns dos objetivos principais no trabalho em Orientação. Descreveremos um a um:
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17. FORMAÇÃO MORAL E CÍVICA: motivar os alunos para a cooperação social e para
os deveres comunitários.
Conforme descrito nesta Unidade, a Orientação Educacional tem certas atribuições clássicas a
serem desenvolvidas no cotidiano escolar. Tais funções não podem ser vista de maneira estática,
mas sim, como um processo de transformação contínua, em função da multiplicidade de fatores
específicos do trabalho do orientador.
Assim, temos a função da Orientação Educacional compreendida como um processo
dinâmico, contínuo e sistemático. É válido destacar que toda ação do orientador nas escolas precisa
estar integrada com todo o currículo escolar, de modo a considerar o aluno como um ser global, em
todos os seus aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional.
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UNIDADE 3
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Ao longo dos tempos observamos que a identidade profissional é marcada pelos valores
pessoais do orientador Educacional em sua atuação. Assim, crenças, valores, atitudes da pessoa, ao
serem associados com elementos comportamentais comuns a uma determinada profissão, acabam
por delinear o seu perfil profissional. À medida que houver maior coerência entre os valores
pessoais e as expectativas sociais, a identidade profissional se torna mais consciente. Dessa forma,
quanto mais clara e precisa for a definição das metas da profissão, mais objetivo e definido será o
desempenho do Orientador Educacional.
A atuação do Orientador Educacional precisa ser marcada pela ética profissional. Suas ações
devem ser sustentadas pela reflexão, pela pesquisa e pela busca de uma identidade sustentada em
valores, na moral e na ética. Assim, a prática desse profissional deverá ter uma postura de reflexão
contínua sobre a realidade que o cerca, permitindo assim um posicionamento profissional mais
adequado.
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Outro ponto importante a ser discutido refere-se à ideia de que os Orientadores Educacionais
são também, educadores. Neste sentido, a finalidade de toda e qualquer ação orientadora é
educativa. A escola é uma instituição que tem por finalidade ensinar os conteúdos historicamente
acumulados e socialmente difundidos. Assim, o orientador tem como função principal mobilizar os
diferentes saberes dos profissionais que atuam na escola, para que a escola cumpra a sua função:
que os alunos aprendam.
Partindo desse pressuposto, a investigação sobre a realidade vivencial do aluno e sua
percepção desta realidade deve ser o ponto de partida e o fio condutor do processo pedagógico.
Nesta função, cabe ao Orientador perceber as diferentes relações existentes no contexto da escola,
para que possa intervir nesta realidade.
Dessa maneira, este profissional pensará em estratégias que priorizem o desenvolvimento de
uma concepção crítica de educação, comprometida com a realidade social e com sua transformação.
Isso exige do Orientador o planejamento de suas ações. Planejar envolve a compreensão da
realidade em todos os seus desdobramentos, tanto de tempo, quanto de espaço. Conforme esclarece
Lück (1991):
Assim, o Orientador educacional precisa, assim como todos os outros profissionais, planejar
ações de modo a integrar a Orientação Pedagógica e os
docentes, por meio de um processo cooperativo que valorize:
3. A informação aos professores das ações da Orientação junto aos alunos e às famílias;
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Como vimos, a ação do orientador nas escolas precisa ser marcada pela intencionalidade e
pelo planejamento. A seguir descreveremos a atuação do orientador educacional em cada segmento
da Educação Básica. Antes desta discussão, teste seus conhecimentos:
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a) Procura desvendar este cotidiano, trazendo à tona o que está oculto, menosprezado ou
alienado.
b) Analisa, priorizando o que, para o indivíduo, é essencial, relativo, particular, coletivo,
etc.
c) Relaciona o cotidiano escolar com os outros cotidianos com os quais o indivíduo
convive.
d) Discute tal cotidiano, não interrogando sobre as determinações e obrigações, para que
não se limite as ações decorrentes da consciência de que somos responsáveis pelo
cotidiano escolar.
e) Visualiza este cotidiano, identificando o aproveitamento do espaço/tempo em que ele
ocorre, da mesma forma como acontecem as tomadas de decisão na escola.
Educação Infantil
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mesmo tempo, elaborar e efetivar uma proposta pedagógica específica para esta etapa.
Historicamente notamos que o atendimento em creches e pré-escolas efetivou-se como direito social
das crianças à partir da Constituição de 1988. Este documento reconheceu a Educação Infantil como
dever do Estado com a Educação. Tomando por base tais modificações, a organização das escolas
de Educação Infantil passou por um intenso processo de reformulação das suas concepções sobre
educação de crianças em espaços coletivos, bem como da seleção e fortalecimento de práticas
pedagógicas mediadoras de aprendizagens e do desenvolvimento das crianças.
O Ministério da Educação tem orientado a efetivação do trabalho junto às crianças de até três
anos em creches e ainda sobre como assegurar práticas junto às crianças de quatro e cinco anos que
promovam formas de garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das
crianças, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental.
O modelo educacional para as escolas de Educação Infantil tal como temos hoje foi sendo
conquistado a partir de lutas e investimentos tanto das políticas educacionais quanto da sociedade
como um todo, que cada vez mais vem compreendendo a necessidade de um projeto educacional
para a primeira infância. Nesse contexto, a atuação do Orientador Educacional precisa considerar a
visão básica da Educação Infantil: o CUIDAR e o EDUCAR. Dessa forma, uma das tarefas
principais desse profissional é despertar nos pais, professores e comunidade escolar uma
necessidade de observação contínua e sistemática dos aspectos do desenvolvimento e da
aprendizagem das crianças. Nesse sentindo, vejamos então algumas ações. Dividi-las-emos em três
momentos: o trabalho junto às crianças, junto às famílias e junto ao professor.
Com as crianças
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Com as famílias
1. Entrevistar os pais com o objetivo de melhor conhecer as crianças e ainda coletar informações
sobre a história de vida delas.
2. Realizar palestras ou grupos de pais para discutir os aspectos próprios do desenvolvimento
infantil, além de informação sobre o desenvolvimento emocional, e das necessidades próprias de
cada idade.
3. Informar sobre o cotidiano escolar e a rotina de cada série.
4. Conversar com os pais sobre o desempenho acadêmico das crianças.
5. Viabilizar reuniões individuais com as famílias de modo a assegurar a privacidade e o sigilo
com a história de vida das crianças.
6. Viabilizar espaços de escuta e acolhida às diferentes demandas.
7. Ajudar na percepção da necessidade da parceria família e escola.
8. Requerer dos pais relatórios de atendimentos por profissionais da comunidade, tais como,
fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas, dentre outros, caso a criança seja
acompanhada por algum(ns) desses profissionais.
9. Acompanhar as reuniões de pais.
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Com o professor
1. Contribuir com a formação dos professores no que se refere à observação e ao registro da
aprendizagem e do desenvolvimento moral, social e emocional das crianças.
2. Ajudar na investigação das possíveis causas do baixo aproveitamento escolar.
3. Contribuir com a viabilização de experiências diversificadas que impulsionem o
desenvolvimento e a aprendizagem.
4. Acompanhar a evolução das crianças e das turmas.
5. Favorecer a formação continuada dos professores em exercício.
6. Desenvolver o trabalho preventivo.
7. Discussão sobre o rendimento escolar e o desempenho acadêmico.
8. Viabilizar momentos de reflexão e investigação, avaliação e atendimento das necessidades
relacionadas ao ensino e a aprendizagem das crianças, em parceria com os professores.
9. Atender individualmente os professores para fornecer ou receber informações necessárias dos
alunos.
10. Participar das reuniões da equipe pedagógica.
Outras demandas
1. Manter atualizados os registros de atendimentos às crianças, às famílias e aos professores.
2. Elaborar relatórios técnicos, quando necessário.
3. Vivenciar os processos de gestão democrática da escola.
4. Manter contato com os profissionais da comunidade que atendam às crianças.
5. Estar atualizado sobre os assuntos da área da Orientação Educacional.
6. Saber lidar com os recursos tecnológicos.
7. Orientar estágios de alunos do curso de graduação em Pedagogia.
8. Trabalhar em parceria com a coordenação pedagógica ou a supervisão escolar.
9. Vivenciar os processos de gestão democrática da escola.
10. Acompanhar a elaboração do Plano do Serviço de Orientação Educacional e do Projeto Político
Pedagógico da escola.
Ensino Fundamental
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I - o desenvolvimento da capacidade de
aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e
social, do sistema político, da tecnologia, das artes e
dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade
de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de
atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Desde 2006, as escolas de Ensino Fundamental, se organizaram de modo a garantir 9 anos de
duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos. Com estas mudanças, o Ensino
Fundamental passou a ser dividido da seguinte forma:
1ª etapa: Anos Iniciais – compreende do 1º ao 5º ano, sendo que a criança ingressa no 1º ano, aos 6
anos de idade.
2ª etapa: Anos Finais – compreende do 6º ao 9º ano.
Sendo assim, a atuação do Orientador poderá também ser organizada a partir desta divisão.
Dessa forma apresentaremos, por etapa, as ações da Orientação junto aos alunos, às famílias, aos
professores e ainda as outras demandas. Iniciaremos do 1º ao 5º ano. Você notará que algumas
ações são semelhantes àquelas desenvolvidas na Educação Infantil. O que se modifica nesta etapa é
a abordagem e o aprofundamento das mesmas.
Com os alunos:
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Com as famílias
1. Entrevistar os pais com o objetivo de melhor conhecer os alunos e ainda coletar informações
sobre a história de vida delas.
2. Realizar palestras ou grupos de pais para discutir temáticas relacionadas com a faixa etária e
que de alguma maneira, preocupam os pais
3. Conversar com os pais sobre o desempenho acadêmico das crianças.
4. Viabilizar reuniões individuais com as famílias de modo a assegurar a privacidade e o sigilo
com a história de vida das crianças.
5. Viabilizar espaços de escuta e acolhida às diferentes demandas.
6. Ajudar na percepção da necessidade da parceria família e escola.
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7. Requerer dos pais relatórios de atendimentos por profissionais da comunidade, tais como,
fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas, dentre outros, caso o aluno seja
acompanhado por algum(ns) desses profissionais.
8. Acompanhar as reuniões de pais.
Com o professor
1. Contribuir com a formação dos professores no que se refere à observação e ao registro da
aprendizagem e do desenvolvimento moral, social e emocional dos alunos.
2. Ajudar na investigação das possíveis causas do baixo aproveitamento escolar.
3. Contribuir com a viabilização de experiências diversificadas que impulsionem o desempenho
acadêmico.
4. Acompanhar a evolução dos alunos e das turmas.
5. Favorecer a formação continuada dos professores em exercício.
6. Desenvolver o trabalho preventivo.
7. Discutir o rendimento escolar e o desempenho acadêmico.
8. Viabilizar momentos de reflexão e investigação, avaliação e atendimento das necessidades
relacionadas ao ensino e a aprendizagem das crianças, em parceria com os professores.
9. Participar e a apoiar os conselhos de classe, favorecendo informações importantes sobre o
desenvolvimento dos alunos.
10. Atender individualmente os professores para fornecer ou receber informações necessárias dos
alunos.
11. Participar das reuniões da equipe pedagógica.
Outras demandas
1. Manter atualizados os registros de atendimentos às crianças, às famílias e aos professores.
2. Elaborar relatórios técnicos, quando necessário.
3. Vivenciar os processos de gestão democrática da escola.
4. Manter contato com os profissionais da comunidade que atendam às crianças.
5. Estar atualizado sobre os assuntos da área da Orientação Educacional.
6. Saber lidar com os recursos tecnológicos.
7. Orientar estágios de alunos do curso de graduação em Pedagogia.
8. Trabalhar em parceria com a coordenação pedagógica ou a supervisão escolar.
Vivenciar os processos de gestão democrática da escola.
10. Acompanhar a elaboração do Plano do Serviço de Orientação Educacional e do Projeto Político
Pedagógico da escola.
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Da mesma forma como nos demais segmentos, o trabalho do Orientador é dividido em quatro
frentes de atuação: com os alunos, como as famílias, com os professores e outras demandas,
conforme descrito à seguir:
Com os alunos
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Com as famílias
1. Oferecer às famílias recursos que as orientem e apoiem na compreensão dos princípios inerentes
à tarefa de educar os filhos, de modo a viabilizar a auto realização dos mesmos.
2. Apresentar informações específicas sobre a vida escolar e acadêmica dos alunos.
3. Realizar entrevistas com as famílias, sobre a história escolar e de vida dos alunos, quando
necessário.
4. Viabilizar a realização de palestra sobre as temáticas específicas da faixa etária.
5. Trabalhar em parceria com a Associação de Pais e Mestres.
6. Acompanhar as reuniões de pais.
7. Viabilizar espaços de escuta e acolhida às diferentes demandas.
8. Ajudar na percepção da necessidade da parceria família e escola.
9. Requerer dos pais relatórios de atendimentos por profissionais da comunidade, tais como,
fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas, dentre outros, caso o aluno seja
acompanhado por algum(ns) desses profissionais.
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Com os professores
Outras demandas
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Ensino Médio
De acordo com os
esclarecimentos do Ministério
da Educação, o Ensino Médio
tem como objetivo principal
oferecer ao aluno a formação
necessária ao desenvolvimento
de suas potencialidades com
elementos de autorrealização,
preparação para o trabalho e o
exercício consciente da cidadania. Preocupa-se também em esclarecer quanto à formação
profissional, além, da incumbência de melhor orientar o jovem numa formação profissional e ainda
quanto às aptidões e tipos de profissões para os níveis técnicos ou universitários.
Nesse contexto as atribuições do Orientador Educacional no Ensino Médio estão direcionadas
para:
Com os alunos
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Com as famílias
Com os professores
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Outras demandas
EDUCAÇÃO INFANTIL
Frentes de atuação Ações do Orientador Educacional
Com as famílias
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Com os professores
Com as famílias
Outras demandas
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ENSINO FUNDAMENTAL I
Frentes de atuação Ações do Orientador Educacional
Com as famílias
Com os professores
Com as famílias
Outras demandas
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ENSINO FUNDAMENTAL II
Frentes de atuação Ações do Orientador Educacional
Com as famílias
Com os professores
Com as famílias
Outras demandas
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ENSINO MÉDIO
Frentes de atuação Ações do Orientador Educacional
Com as famílias
Com os professores
Com as famílias
Outras demandas
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UNIDADE 4
A palavra “gestão” tem sido empregada para definir a prática das ações administrativas do
contexto escolar. Conforme afirma Antunes (2008, p. 14) a origem etimológica do termo gestão
advêm do latim gero, gestum, gerere e pode ser entendido como chamar para si, executar, gerar.
Assim, é possível o entendimento de que a gestão envolve não somente o ato de administrar, mas
também as dimensões que estão além de uma concepção de comando e autoritarismo, como a
democratização e o diálogo.
De acordo com os estudos de Lück (2006), a gestão escolar é composta por dimensões que
atendem ao enfoque da atuação em que o gerenciamento é entendido como um meio e não um fim
em si mesmo. Neste contexto, quatro níveis se destacam: a Gestão Pedagógica, Administrativa,
Financeira e Política. Cada uma dessas
dimensões será descrita a seguir.
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Por fim, mas não menos importante, o gestor escolar também se ocupa do exercício da gestão
política. Saber ser, saber conviver e saber propor ideias para o bom desenvolvimento da escola
remete, inicialmente, as suas lideranças. Conforme esclarece a autora, a dimensão política envolve a
ação para transformação, globalização, participação, práxis, cidadania, dentre outros aspectos. Isso
exige dinamicidade por parte do gestor. Tomando por base este princípio, o papel do gestor é o de
efetivar mudanças necessárias para obter os resultados desejados e que foram previamente
planejadas. Neste contexto, cabe destacar a figura do diretor, que tem como função prover as
necessidades da escola, atender alunos, conversar com professores, ouvir as reivindicações dos pais,
inteirar-se do trabalho pedagógico, bem como do serviço burocrático (Lück, 2006).
http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=c
om_zoo&view=item&item_id=4893
Os estudos demonstram que a liderança diretiva revela o perfil da organização escolar. Assim,
um diretor de concepções tradicionais mostrará um perfil tradicional e autoritário, enquanto que um
diretor democrático promoverá uma gestão democrática composta pelos diferentes autores a atores
do processo educacional. Nesse contexto, o orientador educacional, ao compor a equipe gestora da
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escola, fará parte dos processos de decisões e escolhas coletivas. Ele ocupará o papel de agente de
mudanças junto à equipe gestora democrática e além de apoiar o desenvolvimento de aprendizagem
significativa do cidadão crítico reflexivo.
A partir deste olhar compreendemos que o objetivo da ação do orientador não está
relacionado apenas ao ajustamento do aluno à escola, família ou sociedade, e sim à formação do
cidadão para uma participação mais consciente no mundo em que vive. Atualmente, está interligada
à outros fatores que não apenas unicamente o cuidar e ajudar os “alunos com problemas”.
Ao tomar por base os princípios da Gestão Democrática das escolas notamos a necessidade de
o orientador se inserir em uma nova abordagem de orientação, direcionada para “construção” de um
cidadão mais comprometido com seu tempo e com as relações que estabelece. Com isso, o trabalho
com o aluno está ligado ao desenvolvimento do seu processo de cidadania, à subjetividade e a
intersubjetividade, conseguidos por meio do diálogo nas relações estabelecidas.
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Conforme percebemos em Grinspun (2002) é pelo diálogo que os homens, nas condições de
indivíduos cidadãos, constroem a inteligibilidade das relações sociais, de modo que se torna
necessário eliminar tudo aquilo que possa prejudicar a comunicação entre as pessoas, pois só
através dela se pode chegar a um mínimo de consenso. Nesse contexto, o orientador educacional
cumpre um papel de fundamental importância.
Aliado a este pensamento, percebemos que o orientador educacional está com o olhar mais
direcionado para o compromisso com a cidadania e o para com o caráter da subjetividade dos
alunos. Há que se considerar também que a o serviço de Orientação Educacional vem buscando
fortalecimento nos estudos da área da Educação e em suas dimensões sociais, culturais, políticas e
econômicas. Notamos assim um novo olhar, sustentado numa única concepção, entretanto, em
conforme com o projeto político pedagógico de cada escola.
É claro que os conflitos de paradigmas nas escolas continuarão a existir, mas apenas um
processo de orientação contextualizada contribuirá para a efetivação de um projeto educacional
mais global, ou seja, uma escola focada na formação de um verdadeiro cidadão.
Como vimos a ação do orientador está vinculada à área Educacional. Assim, este profissional
precisa compreender o que acontece dentro e fora da escola, conhecer sobre avaliação e currículo,
sobre os métodos de ensino e também sobre como se aprende, além do trabalho com os grupos e a
comunidade, a alfabetização e as questões relativas à aquisição da linguagem e à produção do
conhecimento e a pesquisa.
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Por fim, é válido ressaltar que as ações do orientador educacional nas escolas atuais, além do
comprometimento com os problemas de ensino aprendizagem estão direcionadas para que a escola
não perca a dimensão humana. Necessitamos assim, cada vez mais criar oportunidades para alunos,
pais e professores discutirem questões presentes no cotidiano.
Encerramos com o pensamento de Paulo Freire (1996) “o orientador pode e deve criar
oportunidade de debates e troca de experiências na escola”. Ao adotar tal comprometimento, a
Educação produzirá homens críticos e conscientes das suas possibilidades e limites dentro da
sociedade.
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Atividades Avaliativas:
1. (PMCM- PR) A gestão democrática da educação está associada aos mecanismos legais e
institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação social: na formulação
de políticas educacionais; no planejamento; na tomada de decisões bem como também
estabelecer estratégias que garantam a permanência dos alunos na escola, tendo como
horizonte a universalização do ensino para toda a população, e a qualidade social dessa
educação. Sendo assim ao trabalharmos como educadores devemos levar sempre em
consideração os princípios da gestão democrática no exercício de nossas funções, de acordo
com as peculiaridades escolares quais são os princípios na qual os sistemas de ensino deverão
definir as normas da gestão democrática na educação básica?
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Estão corretas:
(A) Somente as afirmativas I, II e III;
(B) Somente as afirmativas II, III e IV;
(C) Somente as afirmativas I, II, III e IV;
(D) Somente as afirmativas I, II e V.
(E) Somente as afirmativas III, IV e V.
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REFERÊNCIAS DE CONSULTA
FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Supervisão: uma reflexão crítica. 14 ed. Petrópolis:
Vozes, 2009.
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