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A grande especificidade dos biótopos dominantes no complexo de salinas do Samouco, formações dunares em

fixação e zonas salinizadas, conferem uma reduzida diversidade florística ao local, sendo observadas pouco mais
Flora
A grande especificidade dos biótopos dominantes no complexo de salinas do Samouco, formações dunares em
fixação e zonas salinizadas, conferem uma reduzida diversidade florística ao local, sendo observadas pouco mais de
21 espécies.

Tanto o cordão dunar como os taludes das valas e os cômoros das salinas, evidenciam uma maior abundância relativa
de Sarcocórnias, Salicórnia, Gramata-branca, Salgadeira e Barrilha, espécies que demonstram estruturas adaptativas à
elevada salinidade e humidade edáfica, e Estorno, espécie característica de situações psamófilas, endémica do nosso
país.

SALICÓRNIA
A salicórnia é uma planta de folhas verdes, em forma de escama, tolerante à
agua salgada. Cresce espontaneamente em ambientes salinos, tais como nas
Salinas de Alcochete, fazendo parte da flora portuguesa. Para além das
apreciadas características organoléticas, a qualidade desta planta provém da
capacidade de armazenamento dos seus sais, que lhe dão um elevado valor
nutricional.

GRAMATA-BRANCA

FAMÍLIA: Chenopodiaceae

CARACTERÍSTICAS GERAIS: Arbusto ou subarbusto, até 1,5 m de altura, perene, prostrado-


farináceo, monóico, lenhoso na base e herbáceo na parte superior. Os caules são radicantes,
prostrados ou erecto-patentes, não articulados. As folhas são opostas, lanceoladas a
obovadas, inteiras, carnudas e com pecíolo claro. As flores dispõem-se em espigas laxas que
no seu conjunto formam um tipo de inflorescência paniculiforme. As flores são unissexuais, as
masculinas com 5 segmentos, perianto e 5 estames, sem apêndices, as femininas sem
perianto mas com bractéolas persistentes e 2 estigmas. As bractéolas frutíferas são muito
variáveis, com um apêndice triangular no ápice. O fruto é um aquénio séssil.

FLORAÇÃO: De Agosto a Novembro.

 
HABITAT: Terrenos salinos e encharcados do litoral como sapais, margens das salinas.
 
DISTRIBUIÇÃO: Locais salinos do litoral.
Salgadeira (Atriplex halimus L.)
Identificação: Arbustiva perene, de caules ligeiramente rosados ou
esbranquiçados, a salgadeira atinge cerca de 2.5 m de altura, sendo com
frequência podada quando usada como ornamental para criar sebes. Espécie
monóica, apresenta folhas pecioladas, glaucas ou verde-esbranquiçadas,
alternas, de margem ondulada e forma romboidal. Apresenta flores brancas
zigomórficas.

Tipo Fisionómico: Micro-fanerófito.

Distribuição: Endémica da Península Ibérica. Encontra-se noutras partes do


mundo, sobretudo na Madeira.
Habitat: Orlas costeiras, ruderais, jardins.
Floração: Julho.
Princípios activos: Rica em proteínas, sódio e cloro.
Propriedades: Comestível, carminativa, hipoglicemiante e ornamental.
Partes usadas: Folhas e sementes.
Usos: Muito usada para constituição de sebes, a salgadeira pode, no entanto,
servir de alimento. As folhas podem ser usadas cozidas em sopas ou tortilhas, ou
até mesmo cruas em saladas, quando tenras, e apresentam um paladar
salgadiço, o que lhe valeu o seu nome popular de salgadeira. Considerado um
alimento alternativo em épocas de escassez, a salgadeira era usada como
substituto dos espinafres.
As sementes podem ser farinadas e adicionadas a sopas. Também empregue
como hipoglicemiante no controlo da diabetes e no fabrico de sabão.

Curiosidades: A salgadeira que cresce no litoral tem maior teor de sal, no


entanto a que cresce em zonas não salinas também apresenta esta característica
salinidade que tempera por si só qualquer prato.
As salgadeiras que crescem em solos demasiado nitrófilos não devem ser usadas
na alimentação por conterem grandes quantidades de nitratos.

https://lunaedew.wordpress.com/2015/04/23/atriplexhalimus/
Caniço (Phragmites australis)
O Caniço é uma planta da família Poaceae, cosmoplita quanto à sua distribuição e
ripícola quanto ao habitat, pois desenvolve-se em locais húmidos, nas margens de
cursos de água, valas, lagos e lagoas.
Em Portugal distribui-se por todo o território, salvo a altitudes elevadas.

http://obotanicoaprendiznaterradosespantos.blogspot.com/2010/10/canico-phragmites-australis.html

Valverde-dos-sapais (Suaeda vera)


É uma planta arbustiva, perene e lenhosa da família Chenopodiaceae. Bem adaptada à salinidade.
Cresce ao longo da costa litoral, em zonas húmidas. É um arbusto parecido à S. Vermiculata mas
com folhas menos presas aos caules e não dilatadas na base. Outros nomes: Shrubby Sea-blite,
Seepweeds, Seablites (GB); Barrilha (P); Suéda fruticuleux (F)

http://educacaoambientalnarocha.blogspot.com/2013/07/plantas-do-sapal-ii.html

Funcho-do-mar (Crithmum maritimum)

É uma planta perene da família Apiaceae. Encontra-se distribuída por toda a Costa Atlântica e
Mediterrânica da Europa. A planta é carnuda e glauca com caules flexuosos e muito ramificados. As
flores são pequenas em umbelas. Outros nomes: Perrexil-do-mar, Bacila; Funcho-marítimo, Funcho-
marinho (P); Samphire, Rock samphire (GB); Crithme maritime,  Criste marine (F)

Margaça-da-praia
Matricaria maritima
Matricaria maritima é uma espécie de planta com flor pertencente à família Asteraceae.
Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente os seguintes
táxones infraespecíficos: Matricaria maritima subsp. maritima - presente em Portugal
Continental e no Arquipélago dos Açores. Em termos de naturalidade é nativa de Portugal
Continental e introduzida no Arquipélago dos Açores. Não se encontra protegida por
legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.

https://agrobaseapp.com/portugal/weed/margaca-da-praia

Trevo, Azedinha
Oxalis oxyptera
Planta invasora medianamente frequente, infestando gramados, jardins, pomares e
cafezais. Devida a sua pequena altura, escapa ao corte pela ceifadeira nos gramados e,
com isso, aumenta sua infestação. É uma invasora de muito difícil controle devido ao seu
persistente meio de reprodução.

https://agrobaseapp.com/portugal/weed/margaca-da-praia
Chorão das praias – Carpobrotus edulis
Herbácea, pertence à família Aizoaceae, nativa da África do Sul,
perene, suculenta, rastejante, de crescimento rápido e com longos
caules escamosos que podem atingir vários metros de comprimento,
se enraizando nos nodos.

Folhas carnudas, estreitas, encurvadas para cima e ápice aguçado, de


4-8 cm de comprimento, verde brilhantes quando jovens,
apresentando vestígios avermelhados quando envelhecidas.
Flores solitárias, com 8-10cm de diâmetro, de cor amarela ou cor-de-
rosa, por vezes as duas cores na mesma planta. As pétalas têm
lóbulos desiguais, os estames são numerosos e com os filamentos
sempre amarelos e peludos. As flores abrem de manhã com o calor do
sol e fecham ao anoitecer. Surgem na primavera/verão podendo
estender-se até meados do outono e em regiões mais frias apenas no
verão. Atraem abelhas, borboletas e aves.
Frutos carnudos e capsulares em forma de figo, contém uma polpa
que é comestível, passando de verde a amarelo ou avermelhado com
aspecto enrugado quando maduro. Produz centenas de sementes por
cada fruto.
O Chorão das praias é cultivado em beira de praia, em jardins como
cobertura de solo onde rapidamente forma grandes tapetes floridos;
também em vasos e jardineiras

cistanche phelipaea.
Cistanche phelypaea é uma espécie de planta com flor pertencente à família
Orobanchaceae.
A autoridade científica da espécie é (L.) Cout., tendo sido publicada em A Flora de
Portugal 571. 1913.[

É uma planta parasita, que cresce sobretudo em áreas de sapal.

Não possui clorofila, pelo que extrai os seus nutrientes de outras plantas (normalmente da
família Chenopodiaceae), ligando a suas raízes às da planta hospedeira Floresce na
Primavera.
Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.

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