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PUC-CAMPINAS
2007
À Maria do Carmo Corrêa Stein Dias que me
ensinou, na prática, o valor do ensino do teatro e “a dor e o
prazer” de contribuir para a formação de uma sociedade mais
humana.
1. INTRODUÇÃO
2. BASE TEÓRICA
2.2. Os autores
2.6. A Interdisciplinaridade
2.7. Comentário
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7. BIBLIOGRAFIA DE APOIO
1. INTRODUÇÃO
2.2 Os autores
O principal motivo que me fez optar por esses autores citados nos
PCNs é a profunda ligação que fazem, durante sua vida e obra, entre teoria e
prática. Reconhecidos como importantes teóricos da área contribuíram, em todo o
mundo, para uma nova visão do teatro na educação e para o resgate do mesmo
como manifestação simbólica complexa, capaz de favorecer o desenvolvimento
humano.
Viola Spolin (1906-1994) foi uma mulher envolvida de todas as
maneiras com o teatro. Professora de Teatro, diretora e atriz reconhecida
internacionalmente por seu livro “Jogos Teatrais”, em que propõe um sistema de
treinamento para o ator. Seu trabalho inicial se assemelha ao trabalho de
assistente social, fazendo parte do grupo de recreação que atendia as famílias
migrantes dos Estados Unidos durante o Programa de Desenvolvimento (WPA
Project implantado a partir de 1935) com a idéia de promover o bem estar social. A
diversidade cultural encontrada fez com que Spolin percebesse a importância de
um sistema que ultrapassasse as barreiras étnico-culturais.
No ano de 1961, o ensino das artes foi introduzido oficialmente pela lei
4.024/61 que instituía a disciplina arte dramática que buscava o ensino dos
fundamentos básicos do teatro. Porém a partir do Golpe Militar de 1964 o teatro
passou a ser visto como algo a ser evitado e as escolas interromperam o seu
ensino. Durante esse período a disciplina recebeu o nome de educação artística,
devendo conter em seu conteúdo todas as linguagens da arte a serem ensinadas
de maneira integrada em apenas duas horas/aula semanais. Em geral, as
atividades desenvolvidas nesta disciplina enfatizavam muito mais a aprendizagem
de produção de objetos decorativos do que a imaginação e o trabalho com as
emoções, possível em práticas teatrais.
Vygotsky expõe o erro que muitos educadores, ainda hoje, são levados
a cometer: o ensino de teatro como preparo de textos clássicos e/ou adultos para
apresentação aberta ao público. O autor enxerga no processo de criação do teatro
o potencial para o aprendizado infantil, além de ser o principal expoente para a
criatividade da criança em se tratando de uma linguagem que engloba as demais
em sua elaboração – para a criação de uma peça teatral temos que criar também,
o texto, o cenário, a música, os gestos, etc. E aí, então que reside o aprendizado,
tanto no desenvolvimento e aprimoramento dos conhecimentos na área como da
criatividade.
Tal experiência pode ter o valor catártico para alguns autores, é o que
encontramos naqueles que se baseiam nos princípios de Aristóteles para o qual
assistir a uma tragédia e experienciar os sentimentos que essa despertava (medo e
piedade) purgam os homens das emoções impuras.
2.6 A interdisciplinaridade
Mais ainda, Courtney acredita que o teatro possa ser um grande elo
para todos os conhecimentos humanos, funcionando como método e ferramenta.
Tanto no processo de seu ensino, como na construção dos elementos necessários
para sua concretização final – o espetáculo teatral.
2.7 Comentários
Critérios de Avaliação
O PCN para o Ensino Médio já nos mostra uma idéia mais próxima da
interdisciplinaridade desde o início de sua apresentação, classificando o ensino do
teatro (dentro da disciplina Arte) como parte fundamental da Área de Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias. Durante a leitura do texto, podemos perceber
algumas interferências de outras áreas do conhecimento, deixando a cargo do
professor optar ou não por realizar uma ligação direta dentro da escola e com
outros professores.
Além desses fatos, as condições das escolas para o trabalho com Arte
– não há material, espaço ou profissionais, pois eles são formados apenas em uma
das linguagem da Arte – ,torna inviável, ou até, impossível o trabalho aprofundado
proposto pelos PCNs, tanto em relação aos profissionais quanto ao tempo
disponível – como trabalhar todas as linguagens da Arte com todo o
aprofundamento desejado em tão pouco tempo?