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8- CONTROLE DE PROCESSO 2
8.1. INTRODUÇÃO 2
8.2. CONTROLES EM MALHA-FECHADA E EM MALHA ABERTA 2
8.2.1. Malha-Fechada ................................................................................................................... 2
8.2.2. Malha-Aberta....................................................................................................................... 3
8.3. DEFINIÇÕES 4
8.3.1. Processo ............................................................................................................................. 4
8.3.2. Variável Controlada............................................................................................................. 4
8.3.3. Valor Desejado (Set-Point = SP) ........................................................................................ 4
8.3.4. Variável de Processo (PV) .................................................................................................. 4
8.3.5. Erro (E)................................................................................................................................ 4
8.3.6. Controlador.......................................................................................................................... 4
8.3.7. Variável manipulada............................................................................................................ 4
8.3.8. Elemento Final de Controle................................................................................................. 4
8.3.9. Perturbações ....................................................................................................................... 4
8.4. ATRASOS DE TEMPO DO PROCESSO 4
8.4.1. Capacitância:....................................................................................................................... 5
CONTROLE DE PROCESSO
8.4.2. Resistência.......................................................................................................................... 5
8.4.3. Tempo de transporte........................................................................................................... 6
8.5. MODOS DE CONTROLE 6
8.5.1. Sistema de Controle Automático......................................................................................... 6
8.5.2. Sistemas de Controle Contínuo .......................................................................................... 7
8.6. Ação Proporcional 8
8.6.1. Distúrbio na Ação Proporcional......................................................................................... 11
8.7. A Ação Integral (Reset) 12
8.7.1. Controle Proporcional + Integral: ...................................................................................... 13
8.8. A Ação Derivativa 13
8.9. Ação Proporcional, Integral e Derivativa (PID) 14
8.10. SINTONIA DOS CONTROLADORES 16
8.10.1. Critérios de Estabilidade ................................................................................................... 16
8.10.2. Métodos de Ajuste dos Controladores .............................................................................. 16
8.10.3. Auto-Sintonia..................................................................................................................... 18
8.11. ESTRATÉGIAS DE CONTROLE 19
8.11.1. Introdução ......................................................................................................................... 19
8.11.2. Sistema Convencional de Controle (feedback = realimentação)...................................... 19
8.11.3. Controle em Cascata ........................................................................................................ 20
8.11.4. Descrição mais detalhada de um Controle de Nível......................................................... 21
8.11.5. Estratégia de controle em “Cascata”. ............................................................................... 22
8.11.6. Estratégia de controle em “Feedforward” ......................................................................... 22
8.11.7. Controle "Feedforward" - Pré-Alímentação (Antecipatório) .............................................. 23
8.11.8. Controle Split Range - Faixa Dividida ............................................................................... 24
8.11.9. Controle Razão (ou Relação)............................................................................................ 24
8.11.10. Controle "Override" - Auto Seletor (Seletiva) .................................................................... 25
8.11.11. Estratégia de Controle Override........................................................................................ 26
8.11.12. Estratégia de Controle Split-Range - Faixa Dividida ........................................................ 27
8.12. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 28
8.13. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 32
8.13.1. Estratégia de controle em Cascata (TC1 com PID e TC2 apenas com P)....................... 32
8.13.2. Estratégia de controle FeedForward (TC1 com PID e TC2 apenas com P) .................... 33
8 - CONTROLE DE PROCESSO
MOTOR
ÁGUA
QUENTE
ENTRADA
CONTROLADOR PLANTA OU
SAÍDA
Fig. 3 - Controle Manual de um Sistema Térmico
PROCESSO
Fig. 2 - Sistema de Controle em Malha Fechada Neste caso, a temperatura é a saída do sistema. Se o
operador observa o termômetro e verifica que a
O ajuste do botão “Grau de escurecimento” ou do temperatura é maior do que a desejada, ele reduz a
regulador de tempo representa a excitação, e o grau quantidade de suprimento de vapor de modo a
de escurecimento da fatia, a grandeza da saída. Se o diminuir esta temperatura.
grau de escurecimento não for satisfatório devido à
constituição do pão ou a alguma outra razão, esta É bem possível que a temperatura se torne
condição não pode de modo algum modificar demasiado baixa necessitando repetir a seqüência de
automaticamente a duração do tempo de operações no sentido oposto.
aquecimento esperado. Assim, pode-se dizer que a
grandeza de saída não possui nenhuma influência Esta ação de controle é baseada na operação de
sobre a grandeza de excitação. A porção responsável malha-fechada. Desde que tanto a realimentação da
pelo aquecimento, excluído o temporizador, saída (temperatura da água) para comparação com a
representa a parte dinâmica de todo o sistema. entrada de referência, como a ação de controle
ocorrem através de ações do operador, este é um
VAPOR CONTROLADOR
MOTOR
ÁGUA
VAPOR
QUENTE Posicionador
Água Fria
Condensado
DRENO
É o valor desejado da variável controlada. Digamos a)Chama-se controlador de ação inversa aquele que
que o operador precise ou queira manter a diminui a saída quando a entrada aumenta.
temperatura da água quente a 80°C. Este será, então,
o "Set-Point". b)Chama-se válvula de ação inversa aquela que
abre quando a haste é movimentada para baixo.
8.3.4. Variável de Processo (PV)
É o sensor que mede a variável controlada e envia o c)Chama-se transmissor de ação inversa aquele que
valor medido ao controlador. Quando se usa um diminui a saída quando a variável aumenta.
controlador de campo, o transmissor não é mais o
elemento de realimentação e sim o sensor. No 8.4. ATRASOS DE TEMPO DO
exemplo dado, o próprio operador exerce essa PROCESSO
função.
São características que o processo tem de atrasar as
8.3.5. Erro (E) mudanças nos valores das suas variáveis, estas
É a diferença entre o "set-point" e o valor medido da características aumentam demais as dificuldades
variável controlada. Essa diferença ou comparação é do controle. Estes atrasos são causados por três
feita por um comparador, normalmente parte propriedades:
integrante do controlador.
1- Capacitância
TANQUE B
=5,64m = 4 2
TANQUE A 100%
π ⋅ 4 ⋅8
2
50%
Capacidade = = 100m3
4 0% SAÍDA
100
Capacitância = = 12,5m3 / m.nível Fig. 10 - Atrasos R-C Série Sem Interação
8
A fim de classificar os processos desta maneira é
TANQUE B
necessário supor que, seus pares R - C estejam
Capacidade =
π
4
( ) 2
⋅ 4 2 ⋅ 4 = 100m3 separados em unidades distintas - chamados -
"LUMPED-CAPACITY”.
100
Capacitância = = 25m 3 / m.nível 100%
8 50%
0%
50%
0%
A válvula solenóide é o elemento final de controle de
Fig.12 - Correia Transportadora uso freqüente com controladores liga-desliga. Ela
estará totalmente aberta ou totalmente fechada,
Sistema de controle de peso operando em um dependendo da saída do controlador.
conversor de sólidos.
AGUA FRIA
velocidade V. PARAFUSO DE
220V
Q= d REAJUSTE DO
VALOR DESEJADO
VALOR DESEJADO
V TEMPO
DIFERENCIAL
alterações de carga ocorridas no processo.
ZONA
0
ERRO
Um exemplo típico deste processo é o ferro de passar E2
100
b) Sistema de Controle Descontínuo por Largura ATRAZO
SINAL DE SAÍDA DO
de Pulso
CONTROLADOR
50
“Neste tipo de controle por largura de pulso, o
controlador apresenta dois níveis de saída” alta e 0
baixa. O tempo de permanência em nível alto ou t
baixo depende da amplitude do erro. O período do
sinal de saída da controladora constante. Ver fig. 14 Fig. 16 - Comportamento da Variável Controlada
e fig. 15.
Os gráficos da fig. 16 demonstram o comportamento
ERRO dinâmico da variável controlada e do sinal de saída
do controlador, para um caso hipotético.
50%
50%
8.5.2. Sistemas de Controle Contínuo
O sistema de controle automático contínuo tem como
característica, um controlador cuja saída varia
continuamente, isto é, pode assumir qualquer valor
ELEMENTO FINAL
C
TIC TT
6 D A
50
E
CONTROLADOR
SAÍDA DO
B
1
2
0
SINAL DE
E1 0 E2 ERRO (%)
Num sistema de controle descontínuo de três A fig. 17 mostra um sistema de controle contínuo.
posições, o controlador pode fornecer um sinal de A: Reservatório aquecido por vapor
saída em três níveis (0,50 e 100%), definido em B: Tomada de impulso (sensor termoelétrico)
ABRE
Basicamente um controlador contínuo é composto por
um conjunto de blocos conforme mostrado na fig. 18. 110°C
OFF-SET
TEMPERATURA
100°C
Onde: 90°C
• Comparador - Tem como função gerar um nível
de erro proporcional a diferença instantânea entre
Set-point (SP) e variável de Processo (PV).
AUMENTA
CARGA
Dependendo da forma como o sinal de erro (off-set) é Analisando o gráfico (fig. 19), podemos observar que
processado, podemos dispor de um sistema de se refere a um processo que está sendo controlado à
controle contínuo sub-dividido em: 100°C por um controlador proporcional. Subitamente
a temperatura no processo aumenta. O controlador
1- Proporcional manda abrir a válvula em uma outra posição.
2- Proporcional + Integral (PI)
3- Proporcional + Derivativo (PD) Nesta nova posição, o volume (suponhamos de água)
4- Proporcional + Integral + Derivativo (PID) que passou a entrar, abaixou a temperatura de 10°C
e se manteve. A este erro de regime, chamamos de
Cada modo de controle tem suas limitações e off-set. O controle proporcional sempre apresenta
características, e a parte mais trabalhosa para o este off-set.
técnico é escolher o modo de controle que mais
convém ao processo, e definir quantitativamente os Banda Proporcional e Ganho:
parâmetros dos modos de controle, quando do start- Banda proporcional é a porcentagem de variação na
up do sistema. Convém lembrar aqui que vamos variável de processo para que o elemento final de
estudar o comportamento dos controladores de cada controle varie de 0 à 100%. Isto quer dizer que, se a
uma das ações listadas acima. Para isto, é bom ter variável de processo precisa variar 100% para que o
em mente o capítulo 3, pois analogias serão feitas elemento final de controle varie 100%, dizemos que a
com respeito às mudanças na variável do processo banda proporcional ou faixa proporcional é de 100%.
(temperatura, pH, densidade,etc.), na carga da Ver a fig. 20.
variável de processo e na posição da válvula todas
em relação ao tempo e com um tratamento gráfico BP = 100% BP = 200% BP = 100%
100%
80%
Bias
PORCENTAGEM DA ESCALA
70%
VARIÁVEL CONTROLADA
BP = 50%
60%
BP = 0%
SP E Sc 50%
+ G + 40%
- -
30%
20%
PV 10%
Fig. 18 - DIAGRAMA DE BLOCOS
00%
00% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Como acabamos de ver, a PV variando de 8 a 16 mA Devido a este erro ainda maior, o controlador atuaria
já faz com que a válvula de totalmente fechada vá a com mais rigor na válvula de água fria abrindo-a além
totalmente aberta. Com este estudo chegamos a do necessário. Isto poderia provocar a queda indevida
conclusão que existe um compromisso entre PV, G e da temperatura. Suponha que ele atingisse 46°C, por
o B que devemos levar em consideração na hora do exemplo, e assim sucessivamente.
Start-up do sistema.
Observe que, apesar do controlador estar agindo no
Aprendemos que: sentido de corrigir o desvio, o erro está aumentando
ao invés de diminuir. Isto porque o controlador está
1. Quanto maior o ganho, mais sensível o controlador agindo em demasia (dizemos que ele está muito
fica, e isto significa que para uma pequena sensível).
variação na PV, a válvula responde com a uma
grande variação. A este fenômeno chamamos de Instabilidade. A
instabilidade é diretamente proporcional ao ganho, ou
2. Quanto menor o ganho, menos sensível o seja, quanto maior o ganho, mais instável é o
controlador fica, e isto significa que para uma sistema.
pequena variação na PV, a válvula responde com
uma pequena variação. Graficamente teríamos o seguinte comportamento:
(v. fig. 23).
3. Existe um ganho, no qual a válvula responde a
uma variação da PV, com a mesma intensidade,
ou seja, para uma variação de 10% da PV a PV (°C)
50°C
Água a Água a
45°C
50°C 20°C
TIC
Fig. 23 - Curva de Reação
INSTÁVEL
PV (°C) BANDA PROPORCIONAL MUITO
ESTÁVEL – SUPER AMORTECIDA
BANDA PROPORCIONAL MUITO
PEQUENA (GANHO MUITO ALTO)
GRANDE (GANHO BAIXO)
55°C
SET-POINT 2
50°C
Sc
45°C SET-POINT 1
I
8.7. A Ação Integral (Reset)
Matematicamente a equação que define a ação
AÇÃO INTEGRAL
integral é: 15%
t
G 0%
I= E dt 1,5min
TI 0 ERRO
10min
Onde: VARIÁVEL
G = Ganho 5%
E = Erro ERRO = 5%
dt = Tempo decorrido 0%
TI = Tempo Integral (min) = 1/Banda Integral = SET-POINT
O Tempo Integral em minutos significa que se trata Deste gráfico podemos observar que:
de um tempo, obviamente em minutos, no qual a
ação integral irá adicionar à saída e ao logo deste A saída do controlador integral foi aumentando
tempo, um valor igual ao Erro x Ganho que é o com o tempo, enquanto existiu o erro, até saturar
mesmo valor da ação Proporcional. (atingir o valor máximo de saída).
A Banda Integral é o inverso do Tempo Integral e é Quanto mais tempo o erro perdurar, maior será a
denominada de Reset cuja unidade é RPM saída do controlador.
(Repetições Por Minuto). Significa que o valor da
ação Proporcional será adicionado (Repetido) à saída Se o Erro fosse maior, a resposta do controlador
ao longo de cada min. seria mais rápida, ou seja, a reta de saída do
controlador seria mais inclinada para a vertical.
Em todas as análises que serão efetuadas daqui pra
frente serão considerados que, uma vez ocorrido um Considerando-se agora um controlador com as duas
Erro, ele me manterá constantemente. Ou seja: é ações (PI) agindo simultaneamente, obtêm-se na
considerado análise em malha aberta. Assim, em saída do controlador o somatório das duas ações. Ou
nossas análises, o Erro é constante. seja 12,5%.
CONTROLADOR PI
Bias = 50%
Off
Set Ação Proporcional P=5x1 = 5% Sc
E=5% G = 1 +
+ +
- Banda =100% +
Sc = P+I+Bias
Ação Integral =62,5%
PV Reset = 2 RPM
Tempo = 1,5min. I =2x5x1,5 =7,5%
ERRO 1
TEMPO
SET-POINT (min)
0% CARGA
Sc
2
PROPOR-
CIONAL
GANHO = 0,5 -
100% INVERSA
Ação INTEGRAL TR 3
Integral = 0,5 min.
62,5%
4
INTEGRAL +
55% SAÍDA DO CONTROLADOR PROPOR-
CIONAL .
Ação
Proporcional TEMPO(min)
50%
0min 1,5min 10min
Fig. 32 - Resposta do Controlador PI
Fig. 30 - Saída do Controlador para um Degrau na PV
8.8. A Ação Derivativa
Disso concluímos que: Matematicamente, a equação que define a ação
derivativa é:
O Controlador integral acaba com o off-set, no tempo, dE
que é a principal característica do mesmo. A resposta D = G × TD × ;
do controlador integral é lenta. Isto é: grandes erros dt
em curtos espaços de tempos não provocam a ação Onde:
do controlador, como ilustra a fig. 31.
G = Ganho
Pv TD = Tempo derivativo
dE
= Taxa de Aumento ou diminuição da PV.
VARIÁVEL
dt
MEDIDA
A ação proporcional sozinha produzirá uma posição Na prática, quase todos os controladores existentes
de válvula conforme mostrado pela curva no mercado, possuem as três ações (P, I e D). O que
representada pela linha cheia. Mas a soma da ação diferencia é na sua aplicação. Em praticamente todos
Proporcional com a Derivativa produzirá esta mesma os sistemas, a ação P está presente. Porém, quanto
posição da válvula, porém, num tempo T menor do as outras duas ações, Integral ou Derivativa, nem
que a da ação Proporcional sozinha, como mostrado sempre é necessário. Neste caso, zera-se o
pela curva tracejada. Esse tempo TD, em minutos é o parâmetro Reset para inibir a ação Integral, ou o
Tempo Derivativo. No nosso exemplo, o tempo PreAct para inibir a ação Derivativa.
derivativo é de 0,6 minutos. Ver a fig. 34.
Equação Geral PID:
TD = 0,6 min
POSIÇÃO DA
VÁLVULA
(mv)
AÇÃO
ABRE
PROPORCIONAL
AÇÃO
Considerando-se que:
PROPORCIONAL
MAIS DERIVATIVA 1 dE
= Reset, E = constante e =Taxa, teremos:
Ti dt
Sc = G.E + G.E.Reset.Tempo + G.TD.Taxa + B
TEMPERATURA
(PV)
VARIÁVEL
AUMENTA
CONTROLADA
1
MEDIDA
Suponha que temos um processo, em controle, com
t de ação Reversa, com as seguintes características:
20%
SP = 40%
2 AÇÃO
DERIVATIVA t
BP = 80%, Taxa de Reset = 1,2 RPM
A Válvula é do tipo Ar p/ abrir (N/C)
AÇÃO Por estar em controle temos que:
PROPORCIONAL
3 PV = SP = 40% e Sc = Bias = 50%
t
SAÍDA DO CONTRO-
Se aumentarmos o SP de 40% para 50%, a saída
4
LADOR – PROP +
DERIVATIVA
aumentará continuamente de forma que ao final de 1
t minuto terá atingido 77,5%.
Fig. 35 - CONTROLE PROPORCIONAL + DERIVATIVO
Veja resolução abaixo.
O controle PI (Proporcional + Derivativo) é eficiente
CONTROLADOR PID
para sistemas com atrasos grandes. Sua aplicação SP = 50% Sc = 50 + 35 = 85%
E=10% P = 1,25 x 10 = 12,5%
resulta em respostas mais rápidas e com menos off- SP = 40% Ação Proporcional Sc = 50 + 0 = 50%
E= 0% G = 1,25 P = 1,25 x 0 = 0%
set do que um sistema de controle apenas com ação +
- Banda =80%
Bias = 50%
Proporcional. Ver fig. 35. I = 12,5 x 1,2 x 1 = 15%
Ação Integral
I = 0 x 1,2 x 1 = 0% + +
Reset = 1,2 RPM + +
8.9. Ação Proporcional, Integral e Tempo = 1 min. +
CARGA
VAPOR
TIC
CARGA TEMPO
TEMPERATURA SET-POINT
AÇÕES
SOBRE A
VÁLVULA
COMPONENTE DA AÇÃO DERIVATIVA
POSIÇÃO DA TEMPO
VÁLVULA
Observemos a curva resultante da posição da válvula. No início, notamos um excesso de correção que se opõe
ao afastamento da variável ao valor desejado. Logo depois uma correção inferior a que seria necessária é
aplicada a variável, volta ao valor desejado. Nota-se finalmente que nem a ação proporcional, nem a ação
derivativa, permanecem com qualquer correção na posição final da válvula, apenas a ação integral produz esta
correção que satisfaz exatamente a nova condição de carga.
Nos gráficos apresentados estão indicadas as três independentemente uma das outras.
VARIÁVEL
de recuperação deva ser mínima e, desta forma, se obter
um mínimo de desvio no menor espaço de tempo.
Para que este acoplamento entre o controlador e o processo seja possível, é necessário um conhecimento
inicial das características estáticas e dinâmicas do sistema controlado. Basicamente existem duas maneiras
de se obter estas características: de forma analítica ou experimental.
O método analítico consiste em determinar a equação dinâmica do sistema, ou seja, sua evolução em
função do tempo. Este método é geralmente difícil de aplicar, dada a complexidade dos processos e a
dificuldade de dados confiáveis e suficientemente aproximados. É um método muito trabalhoso, que requer
normalmente o emprego de um computador, resultando muitas vezes apenas umas respostas aproximadas.
Método de tato.
Método de sensibilidade limite.
Método pelo ensaio da oscilação
Método de tato.
Este método requer que o sistema esteja instalado completamente e trabalhando em sua forma normal. O
procedimento baseia-se em colocar em marcha o processo com os parâmetros PID no mínimo.
Aumentando, pouco a pouco. Primeiramente a ação proporcional, depois a integral, depois derivativa, (se
houver), até obter a estabilidade desejada.
Para provocar mudanças de carga no processo e observar suas reações, move-se o ponto de ajuste (SP)
Este método, baseado no ajuste de uma malha fechada até se obterem oscilações com amplitude
constante, utiliza um conjunto de fórmulas para determinar os parâmetros do controlador, as quais requerem
duas medidas do sistema: o Ganho critica (Gu: é o valor de ganho que antecede o ganho que torna o
processo instável), e o período de oscilação correspondente, Pu. O Ganho para que tal aconteça, é
chamado de “Ganho proporcional limite" (Gu) (ver fig. 38).
Com estes valores, calculam-se os parâmetros do controlador com base nas relações abaixo:
Controlador Fórmulas
Ganho (G) Reset (RPM) Pré-Act(min)
P G = 0,5 Gu
PI G = 0,45 Gu Reset = 0,833 x Pu
Pu (min)
PID G = 0,6 Gu Reset = 0,5 x Pu Td = 0,125 x Pu
VARIÁVEL DE PROCESSO
Onde:
Kp = G = Ganho,
Gu = Ganho Crítico, TEMPO
Fig. 38 – Oscilação constante (estabilidade Limite)
Pu = Período de Oscilação
Reset = 1/Ti
Os valores obtidos por estes dois métodos poderão melhorar o controle, se for observado o comportamento do
controlador por um período de uma semana e for introduzindo pequenas mudanças no Ganho até conseguir
uma curva mais estável e de menor amplitude. Qualquer que seja o método aplicado para adaptar o
controlador ao processo, duas coisas importantes deverão ser notadas:
Obs.: Quanto maior for os valores de Ganho e Reset, mais rápida será a correção da variável no processo,
porém mais instável será o processo. E, quanto menor for esses valores, mais demorada será a correção,
porém mais estável será o processo.
Geralmente os controladores possuem alarmes de máximos e mínimos, para que no instante em que estiver
sendo calculadas as ações, caso seja detectado um descontrole exagerado no processo, para que o mesmo
não seja prejudicado, a auto-sintonia é desligada automaticamente.
A auto-sintonia é mais precisa quando aplicada próxima ao ponto de trabalho ou operação do processo. Não
adianta fazer sintonia em 900°C, se a temperatura de trabalho é de 1300°C, pois a dinâmica do processo é
diferente.
8.11.1. Introdução
Na maior parte das aplicações, um sistema de controle é composto de:
Em alguns casos, o sistema de controle convencional não atende a necessidade. Neste caso, utilizam-se
outros sistemas de controle, como por exemplo:
Ex.: no sistema de controle de temperatura abaixo, caso a temperatura do processo aumente indevidamente,
será necessário diminuir a abertura da válvula (EFC) para diminuir a aplicação de vapor para corrigir o
problema. Para tal, se a válvula for do tipo “Ar para abrir”, então o controlador terá que diminuir o seu sinal de
saída para diminuir a abertura da válvula. Neste caso a ação do controlador é “Reversa”.
Em alguns casos, o sistema de controle convencional não atende a necessidade. Neste caso, utilizam-se
outras estratégias de controle, como por exemplo:
• Controle em Cascata
Vazão
Temperatura
Suponhamos que um controlador de temperatura esteja sendo usado para atuar uma válvula na linha de
combustível utilizado em um processo. Variações na temperatura farão com que varie a saída do controlador,
abrindo-se ou fechando-se a válvula de combustível em função das necessidades do processo.
Vamos supor agora que a pressão do combustível a montante da válvula esteja sujeita às variações. Essas
variações, por sua vez, causarão variações na vazão do combustível. Entretanto, a correção só será efetuada
quando o controlador de temperatura apresentar um desvio. Se o processo tiver um tempo morto ou um atraso
de resposta considerável, pode ocorrer um desvio grande de temperatura em relação ao “Set-point”.
Exemplo 1: caso a vazão de vapor aumente, o controlador de vazão atua na válvula no sentido de fechá-la,
restabelecendo a pressão anterior.
TIC FIC
G= G=
SP PV Pré-Act = PV Pré-Act = Sc
TT
14,4 mA
FT
FORNO
FCV
Note que o Controlador Indicador de Vazão (FIC) atuará na FCV de forma a manter a vazão (PV) igual ao
SP. Por outro lado, se as condições do processo causar uma variação de temperatura, o respectivo controlador
Exemplo 2: caso a temperatura do vapor aumente, o controlador de vazão atua na válvula no sentido de
fechá-la e desta forma restabelecer a quantidade de energia aplicada no processo.
1ª solução:
A princípio, poderíamos usar, simplesmente, o sistema de bóia convencional. Neste
caso, ao abrirmos o registro inferior de esgotamento, o nível de água da caixa abaixa,
água
fazendo com que a bóia abra a entrada de água, e após um tempo, restaure o nível.
Só que, neste caso, foi necessário que ocorresse um desnível, para só então a bóia
P=1mca abrisse e, após um tempo, o nível fosse restaurado. O desnível provocado, mesmo
0% Distúrbio que momentaneamente, não atende ao objetivo proposto que é o nível não se alterar
100%
em momento nenhum.
50%
Entrada de água
100%
50%
0%
2ª solução:
Substituindo-se a bóia de alimentação por outro registro, com sua manopla acoplada
ao registro de escoamento, faria com que o acionamento da manopla do registro, no
intuito de aumentar ou diminuir a vazão de escoamento, não provocaria a variação
significativa do nível do tanque. Neste caso, o problema é garantir as vazões sejam
exatamente iguais, nos dois registros. A princípio, mesmo que os registros fossem
água
exatamente iguais, a vazão depende da pressão que os mesmos estão submetidos.
Note que, neste caso, as pressões que os registros estão submetidos são diferentes, o
Entrada de água
que acarretaria diferentes vazões. Para corrigir o problema,
Válvula de
seria necessário utilizar um sistema de alavanca, com uma
Controle de relação proporcional as diferenças de pressões, de forma 0%
Vazão
que pudesse igualar as vazões. 50%
100%
3ª solução:
Devido a imprecisão do sistema anterior, poderíamos substituir o registro de
alimentação por uma válvula de controle comandada por um sinal proveniente de um
medidor a vazão de escoamento. Para tal, seria necessário calibrar a válvula de
forma a tornar o seu range de vazão exatamente igual ao range de esgotamento. Se
a válvula proporcionasse uma vazão exatamente igual a da saída, o nível não se
água
1m
alteraria. Difícil seria conseguir uma vazão idêntica para qualquer valor intermediário
de abertura do registro.
O resultado seria até razoável se for utilizado uma válvula de “obturador com
característica Linear”, o qual garante uma vazão proporcional a posição do obturador.
Porém, a Linearidade não é exata, o que acarretaria na alteração do nível após
FT
0% Distúrbio determinado tempo. Note que, estando o sistema muito bem calibrado, alterando-se a
vazão de esgotamento, o nível não se alteraria, pelo menos por algum tempo.
50% 100%
Porém, este sistema de controle, não permite escolher nem a vazão e nem o Nível
Para se controlar adequadamente um nível seria conveniente medi-lo, compará-lo com um valor desejado e
atuar na válvula que alimenta o recipiente. Note que mesmo mantendo as vazões praticamente iguais, se
ainda assim, o nível variasse, o sistema deveria corrigir a abertura da válvula.
Para se manter o mesmo controle de vazão, que foi quase satisfatório, e complementar com um controle de
nível, pode-se efetuar esta união, sem prejuízo à sua funcionalidade, de duas formas básicas:
1. Inserindo um controlador, que poderia ter um ganho Nível desejado SP1 Controlador
unitário, ao sinal de realimentação da malha de Nível Real PV1
de Nível
LC
Controlador
de Nível Válvula
controle de vazão. Desta forma, passaria a existir uma Vazão Real PV1 FC
entrada de controle, por onde a malha de controle de
nível poderia modificar a vazão em função de um
desnível observado. Esta estratégia de controle é denominada de “Cascata” (veja abaixo).
Controle de Vazão
O layout à direita, mostra um sistema de controle de nível montados com esta
estratégia.
Válvula de
O controlador de Nível é chamado de “primário” e o de vazão, que atua no
E.F.C.
E.F.C., de “secundário”.
O medidor de nível monitora a pressão exercida pela coluna d’água, que é
Controlador
Vazão (FC)
proporcional ao nível, E estando calibrado, produzirá um sinal de 0 a 100°
G=1
(4mA a 20mA) proporcional a este nível. Este sinal é enviado ao controlador
primário, que detecta o desnível, e modifica o sinal que é enviado ao setpoint
SP PV
do controlador de vazão. É como este sinal, “solicitasse” ao sistema
água
secundário, um novo valor de vazão.
Como se pode observar, ao girarmos a manopla do registro de esgotamento, a Controlador
Nível (LC)
vazão é alterada. O controlador de Vazão percebe imediatamente, via FT, PID
modificando a saída para que a válvula forneça uma vazão correspondente. FT
Porém, pelo fato da relação entre as vazões não serem exata, após um tempo PV
o nível tenderá a se modificar. Quando este desvio começar a ser percebido LT
pelo LT, o controlador de nível (LC), que possui ações PID, modificará o SP do SP
0% Distúrbio
controlador de Vazão, “solicitando” uma nova vazão no intuito de corrigir a
100%
diferença. 50%
Controlador
FC
FT
LT
0% Distúrbi
o
SP SP
50% 100%
CONTROLADOR DE
TEMPERATURA.
FY PROCESSO
Dosagem
SP Sc
CONTROLADOR Sc
PV DE VAZÃO. Sensor
de
Dosagem SP VAPOR Temp.
PV
Vazão
Temperatura
Ou
AÇÃO REVERSA TIC FIC AÇÃO DIRETA
Proporcional Proporcional
E E
+ Bias Bias +
- -
G= G=
Integral Integral
+ + Sc + +
+ + FY + +
+ +
Reset = Reset =
Derivativa Derivativa
SP PV Pré-Act = Pré-Act = PV SP
TT
Aquecedor
<= Vapor FT
SAI de Ar ENTRA
ÁGUA ÁGUA
QUENTE Sensor de Temperatura FRIA
SP
VAPOR
CONTROLADOR PROCESSO
PV
ÁGUA GELADA
TRC
Ação
E Proporcional
+ Bias
-
Ação Integral
+ + Sc 4 a 20 mA
+ +
+
Reset =
Comum
Ação Derivativa
ÁGUA
FRIA 100% a 0% 0% a 100%
VAPOR
4 a 12 mA 12 a 20 mA
SP PV Pré-Act =
TT FCV1 FCV2
Por exemplo: em um processo de reação química de polimerização, em que determinados produtos são
colocados em um reator, onde ao serem aquecidos ocorra geração de calor (reação é exotérmica), tornando-se
necessário resfriar o reator. Nesse caso, é usado o Controle Split Range.
Os atuadores das válvulas serão de "ação dividida". A válvula de água fria estará aberta com 4 mA no atuador
e fechada com 12 mA ou mais. A válvula de vapor estará fechada com 12 mA ou menos e aberta com 20 mA.
As válvulas são do tipo “Ar para Abrir” e a ação do controlador, Reversa. Ou seja: a saída deve diminuir com o
aumento da temperatura. Com isso, a válvula de vapor deve fechar e a de água fria deve abrir.
10x
8.11.9. Controle Razão (ou Relação)
FY
Esta estratégia de controle é usada quando
se deseja manter a dosagem de um PROCESSO
SP Chocolate
CONTROLADOR
produto em proporção exata a dosagem de DE VAZÃO.
outro (Ex.: 100g de chocolate para 1000g Sc
de leite = 0,97 litro). Utiliza-se apenas um
controlador recebendo sinais de dois PV
Leite
Com esta configuração, enquanto a demanda for menor Fig. 45 - Controle "Override" - Auto Seletor (Seletiva)
ou igual à disponibilidade de gás combustível, a pressão
do gás estará no ponto de ajuste ou acima dele. Consequentemente, o sinal de saída do PIC (controlador com
ação direta) estará acima do sinal de demanda, pois o seletor de sinal baixo seleciona o sinal de demanda
como ponto de ajuste do FIC do gás combustível.
Caso a demanda se torne superior à disponibilidade do gás combustível, a pressão deste gás começará a cair
e a saída do controlador de gás irá diminuir até se equilibrar com o sinal de demanda. No momento em que
ocorrer este equilíbrio, o fluxo de gás deixará de aumentar de acordo com a demanda, pois o sinal de
controlador de pressão (PIC) passará a ser selecionado pelo PY e enviado como ponto de ajuste do FIC de gás
combustível.
Ou seja: a vazão de gás combustível passará a ser controlada em função da sua pressão (que é controlado
pelo PIC); caso a pressão do gás caia abaixo do ponto de ajuste, o PIC diminuirá seu sinal de saída diminuindo
a saída do seletor PY, fazendo com que a vazão de gás seja diminuída de forma a manter sua pressão. O sinal
de demanda voltará a ser o ponto de ajuste do FIC (voltará a ser selecionado pelo PY), no momento em que a
demanda voltar a ser menor que a disponibilidade de gás combustível e a pressão deste gás começar a
aumentar.
Nesta suposta hidrelétrica, representada abaixo, deseja-se manter a vazão de água constante na turbina,
independente do nível do reservatório. Desta forma, a energia potencial armazenada no reservatório, não é
desperdiçada.
Reservatório
Turbina
Considerando-se que o controlador possua ação Reversa e um Bias de 50%. Ao ligarmos o sistema, se a
temperatura de fermentação (PV) estivesse, exatamente na temperatura desejada (30°C), não haveria erro e a
saída iria para 50%. Desta forma, as duas válvulas estariam fechadas.
Porém, se essa temperatura (PV) baixar de 30°C, o controlador aumentará sua saída, ultrapassando os 50%.
Isto provocará a abertura proporcional da válvula de água quente – a válvula de água fria se manterá fechada.
Caso contrário, se a temperatura se tornar maior que 30°C, a saída do controlador irá diminuir. Ao se tornar
menor que 50%, a válvula de água fria abrirá, proporcionalmente, enquanto que de água quente ficará fechada.
Saída de
83°C SP1
CT1 Sc1 água
aquecida.
PV1
Saída de Vapor
água quente.
Mosto Entrada
Entrada de de água
água fria. natural.
TCV1
Ar para Abrir
4 a 12 mA
TCV2
Ar para
Temp. de 30°C Abrir
fermentação 12 a 20mA
Esgoto
Reversa.
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
2
b) Em outro sistema, similar ao anterior, a faixa de medição do PT é de 0 a 20 kgf/cm . Estava em controle
com a pressão do tanque á 12 Kg/cm²:
O controlador esta configurado com um Banda Proporcional de 150%.
Válvula = Ar p/ abrir (N/C)
Qual a a Ação que o controlador terá que ser configurado?
Se o set-point for alterado para 50%, para quanto iria a saída do Controlador?
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_________________________________________________________________________________________
TIC
TT
SAI
TT PRODUTO
TE (SENSOR DE TEMPERATURA) COZIDO
PCV
VAPOR
EFC
ENTRA
PRODUTO
CRU
O sistema estava em controle com a temperatura de saída do produto a 40°C e a de saída do TIC a 50%.
Posteriormente, o Set-point (SP) do TIC foi alterado para 50%. Qual o valor da saída do TIC, ao final de 1
minuto. Considerar que durante este tempo não ocorrerá nenhuma variação de temperatura do produto.
(Análise em malha aberta).
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______________________________________________________________________________________
Em um momento, a temperatura de saída do produto estava em 250 °C e a saída do TIC a 50%. Em seguida, a
temperatura do produto começou a cair numa taxa de 100 °C/min. Qual o valor da saída do TIC, ao final de 2
min.? O controle está em malha aberta. (P + D) (Resp = 85%)
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a) Se, neste sistema, a temperatura viesse a aumentar para 125° C, qual seria o valor da abertura da FCV
após 1,5 min.
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b) Se após o sistema anterior, ter atingido o controle, a vazão de óleo diminuísse para 30%, qual seria o novo
valor de saída, após 2 min.
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______________________________________________________________________________________
b) Deslocando-se o SP para 120 °C. Calcular as saídas das válvulas após 2 min.
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a) Se a vazão da água fria aumentar para 120 GPM, qual irá a abertura da FCV 1,5 min após.
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b) Após 1,5 min tivemos a malha estabilizada (vazão), sendo que neste momento a temperatura variou para
100°C. Determinara abertura da FCV após 1 min.
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10 - Um controlador está configurado para saída em PWM com período de 2 segundos. Considerando-se que
esta saída esteja fornecendo um sinal de 45%, quais os tempos em que o dispositivo de saída é mantido
ligado e desligado?
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12 - Qual o nome que se dá ao sistema automático de calibração dos parâmetros PID usado nos
Controladores mais modernos?
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14 - Uma malha de controle de temperatura com range de 100 a 250°C, utiliza um controlador PID. Ele está
parametrizado com SP de 125°C, BP de 100%, Ti de 0,5 min e Pré-act de 5 min. O sistema estava em
controle, quando de repente, a temperatura passou a cair numa taxa de 10°C/min? Considerando que não
venha ocorrer uma correção no sistema (sistema em malha aberta), para quanto irá a saída do controlador
ao final de 1 min? A saída estava em 45%
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8.13.1. Estratégia de controle em Cascata (TC1 com PID e TC2 apenas com P)
Em um suposto alambique (v. layout abaixo), o aquecimento do mosto (caldo de cana fermentado) é feito
pela queima de lenha. A temperatura deve ser mantida em 85°C para que ocorra a vaporização apenas de
uma determinada aguardente com o teor alcoólico adequado. Devido à dificuldade de se controlar a
temperatura variando a intensidade da chama com a lenha, utiliza-se uma serpentina, no interior do
recipiente do mosto, por onde se faz circular água natural com uma vazão adequada, de forma a manter a
temperatura do produto no valor desejado.
Para manter a qualidade da aguardente, torna-se necessário o controle preciso da temperatura – ela
estando acima ou abaixo acarreta alteração no teor alcoólico e no sabor, comprometendo a qualidade do
produto. Para se evitar variações na temperatura, neste alambique, utilizou-se uma estratégia de controle
em Cascata que monitora, além da temperatura do produto (vapor), a temperatura da “chama”, através do
monitoramento do ar quente da saída para a chaminé. Desta forma, caso a chama fique mais intensa,
aumentando a temperatura deste ar quente, a vazão de água de resfriamento também terá que aumentar
numa proporção adequada para compensar o excesso de calor, ou vice versa. No controlador primário
(controle de temperatura do vapor), utilizou-se Ação Proporcional, Integral e Derivativa (PID) e no
controlador secundário (de temperatura do ar quente), apenas Ação Proporcional.
O Range do transmissor de temperatura (TT1) é de 50 a 100°C e o do ar quente da chaminé (TT2), de 100
a 300°C. O controlador primário (TC1) possui Banda Proporcional de 250%, Ti = 2 min e TD = 1 min e o
secundário (TC2) possui apenas ação proporcional, com banda de 100% (v. figura abaixo).
Saída de
água
TT1
aquecida.
Saída de água
Vapor
aquecida.
Entrada controlada
de água natural. Mosto Entrada
de água
natural.
PV
85°C SP TC1 Sc SP TC2 TT2
PV FCV
E.F.C
Ar para Fechar
O sistema estava em controle, com o mosto evaporando a 85°C, com a temperatura da chaminé a 200°C e
com a válvula (FCV) com 50% de abertura. De repente, por alguma razão, a temperatura do ar quente caiu
para 180°C e a temperatura do mosto caiu para 84°C. Além disto, iniciou uma queda de temperatura, numa
taxa de 5°C/min. Se esta situação permanecer por mais 30 segundos, sem que haja qualquer correção, quanto
será a abertura da válvula, ao final deste tempo?
RESOLUÇÃO:
Determinando o Tipo de Ação de TC1 e TC2, se Direta ou Reversa:
A análise deve ser feita entre a Variável de Processo (PV) e a saída do controlador. Tendo em vista que o TC1 não atua
diretamente no EFC, dependendo do 2°(TC2), analisaremos, primeiramente, o TC2.
Análise de TC2
Se a temperatura da chama (PV2) aumentar, será necessário aumentar a vazão da água de resfriamento (ou seja: abrir
mais a válvula), para manter a temperatura estável. Para tal, a saída do controlador deverá diminuir o sinal de
comando da válvula, já que ela é do tipo ar para fechar (sinal de 0% = 4mA = Aberta e 100% = 20mA = Fechada).
Ou seja: se para compensar um aumento da PV2, do controlador TC2, tiver que produzir um sinal menor na saída,
para abrir mais a válvula, então a ação é Reversa. Neste caso, o ERRO = SP – PV.
Análise de TC1
Se a temperatura do ar da chaminé (PV1) aumentar, será, também, necessário aumentar a vazão da água de
resfriamento. Para tal, será necessário, também, diminuir o sinal de comando da válvula. Porém, TC1 não comanda
diretamente a válvula e sim através de TC2. Mas, se TC2 possui ação Reversa, então a sua saída acompanha
diretamente o setpoint (SP2), isto significa que um aumento do SP2 acarreta em um aumento da saída do controlador
PV1 TC2
AR PARA FECHAR
P = 0,4 x 0 = 0% -33,33% P = 1 x 0% = 0%
-00,00%
Situação:
TC1 PV1 = (84-50) ÷ (100-50) = 0,68 => PV1 = 68% (queda de 85°C para 84°C)
TC2 PV2 = (180 -100) ÷ (300 - 100) = 0,4 => PV2 = 40% (queda de temperatura de 200°C para 180°C)
Ou seja:
Temperatura do mosto = 70% 68%
PV1 Ação Proporcional TC2 Ação Proporcional
PARA FECHAR
12,8%
Ação Integral 0,0% Ação Integral
SP1 + 0% +
R=2 Sc1 SP2 R=0 12,8% + Sc2
+
No instante t = 0 No instante t = 0
I = 0,4 x 2 x 0,5 x 0 = 0 I = 1 x 12,8 x 0,5 x 0 = 0%
AÇÃO REVERSA
70,00% Ação Derivativa Ação Derivativa 0%
2,0%
-68,00% TD =1 TD =1
02,00% D = G x TD x Taxa D = G x TD x Taxa
TC1 D = 0,4 x 1 x 5% = 2% PV2 D = 0,4 x 1 x 5% = 2%
14,25%
Ação Integral +0,45% Ação Integral 14,25%
SP1 4,25% + SP2 0% +
R=2 + Sc1 R=0 + Sc2
No instante t = 0,5 No instante t = 0,5
I=0,4x 4,5 x 0,5 x 0,5 = 0,45 I = 14,25 x 1 x 0 x 0,5 = 0%
AÇÃO REVERSA
70,0% Ação Derivativa Ação Derivativa 0%
+2,0%
-65,5% TD = 1 TD = 0
-04,5% D = G x TD x Taxa D = G x TD x Taxa
TC1 D = 0,4 x 1 x 5% = 2% PV2 D = 0,4 x 0 x 0 = 0%
8.13.2. Estratégia de controle FeedForward (TC1 com PID e TC2 apenas com P)
Em outro alambique, similar ao anterior, utiliza-se a estratégia de controle Feedforward. Nesta, um controlador
monitora a temperatura da saída de ar quente e outro controlador, a temperatura do mosto. Os sinais de saída
Saída de
TE
água
TT1 aquecida.
Saída de água
Vapor
aquecida.
1. Se, neste alambique, configurado com os mesmos parâmetros da estratégia anterior, com válvula (FCV),
também, a 50% de abertura, tivesse ocorrido o mesmo distúrbio verificado no sistema anterior, qual seria a
abertura da válvula ao final do mesmo tempo (0,5 min)?
Estando a válvula com 50% de abertura, indica que a soma dos sinais de saída dos controladores resultam
em 50%. Vamos supor que cada um estivesse em 25% (qualquer outro valor não interfere na análise).
RESOLUÇÃO:
Determinando o Tipo de Ação de TC1 e TC2, se Direta ou Reversa:
Efetuando-se análise similar a caso anterior, conclui-se que, ambos controladores serão de Ação Reversa.
0%
0% 0% G = 1
Temperatura desejada MOSTO
CONCLUSÃO:
As estratégias de controle Cascata e FeedForward são semelhantes e produzem o mesmo resultado.