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Sumário
1. Introdução ................................................................................................ 2
2. Barreiras Tarifárias .................................................................................... 5
3. Barreiras Não-Tarifárias (BNTs) ................................................................. 15
3.1. Cotas Não Tarifárias de Importação e Acordos Voluntários de Restrição às
Exportações (AVRE) ....................................................................................... 20
3.2. Licenças de Importação ...................................................................... 22
3.3. Direitos Antidumping e Compensatórios ................................................ 24
3.4. Formalidades Aduaneiras .................................................................... 26
3.5. Taxas Múltiplas de Câmbio e Desvalorização competitiva de moeda .......... 27
3.6. Pauta de preços mínimos e práticas arbitrárias em Valoração Aduaneira .... 29
3.7. Medidas de Investimento Relacionadas ao Comércio (TRIMs) ................... 30
3.8. Tratamento favorecido aos produtos nacionais em licitações .................... 31
3.9. Barreiras Técnicas, Sanitárias e Fitossanitárias ...................................... 32
4. Exceções do GATT que justificam a imposição de barreiras ao comércio ........... 36
4.1. Proteção à Indústria Nascente ............................................................. 36
4.2. Exceções de balanço de pagamentos .................................................... 38
4.3. Exceção de emergência econômica (surto de importações) ...................... 39
4.4. Exceções de integração regional .......................................................... 40
4.5. Exceções gerais ................................................................................ 40
4.6. Exceções de Segurança ...................................................................... 46
5. Revisão dos pontos mais importantes ......................................................... 48
6. Lista de questões resolvidas nesta aula ....................................................... 50
7. Gabarito ................................................................................................. 53
1. Introdução
Vale ainda destacar que apesar do Brasil ter uma alta tarifa
consolidada na OMC, isso não significa que o país não se valha de outras
formas de protecionismo não tarifário, como é o caso de medidas
antidumping. Veja por exemplo o ano de 2011, em que o Brasil
enfrentava a valorização do real na economia (e consequentemente um
dólar barato), o governo usou muito a faculdade de aplicar medidas de
defesa comercial como o antidumping. Apesar das mais de 150 medidas
antidumping em vigor no Brasil, o país nunca perdeu uma disputa na
OMC sobre a aplicação destas medidas. Em outras palavras, apesar das
críticas da larga utilização dessas barreiras não tarifárias pelo Brasil, a
autoridade de defesa comercial brasileira é respeitada pela qualidade e
rigor nas investigações.
2. Barreiras Tarifárias
a) A tarifa gera renda para o governo, enquanto a cota não gera renda,
mas apenas ganhos para os detentores de licenças de importação;
b) com as cotas o aumento da demanda representa aumento de custos
de sua administração, enquanto que na tarifa o aumento de
importações representa apenas aumento na demanda e arrecadação;
c) enquanto as tarifas seguem procedimento único e regular, as cotas
impõem custos de administração e conformidade a elas.
0303.53 - (Sardina
pilchardus, Sardinops spp.,
Sardinella spp.), 120% Nenhuma
anchoveta (Sprattus
sprattus)
2204.10 - (Bebidas,
líquidos alcoólicos e
vinagres - Vinhos de uvas 10% Nenhuma
frescas, incluídos os vinhos
enriquecidos com álcool;
mostos de uvas)
Seguimos o baile...
Comentário
02. (ESAF/AFRF-2000-adaptada)
Comentário
O item “A” está correto, pois, de fato, tudo que não é tarifa pode
vir a ser considerado barreira não tarifária, sendo as barreiras citadas
exemplos.
03. (ESAF/AFRFB/2009-trecho)
Comentário
4. (Simulado/ACE-MDIC/2012)
Comentário
A letra “D” está correta, pois, o Brasil pode sim usar a defesa
comercial quantas vezes for necessária, desde que estejam presentes
os requisitos para aplicação da medida.
5. (ESAF/AFRFB/2003 - adaptada)
Comentário
Exemplo do mau uso foi o abuso por parte dos nossos “hermanos”
argentinos que impuseram licenciamento de importação para os
produtos brasileiros (ex. carnes), suspendendo sua análise e
impedindo que esses produtos cruzassem a fronteira entre os dois
países. Logicamente, isso trouxe prejuízos irreparáveis ao comércio
das duas nações e desgastou ainda mais o relacionamento entre os
parceiros comerciais históricos. O caso foi parar no Órgão de Solução
de Controvérsias da OMC que naturalmente condenou a prática.
(https://www.wto.org/english/tratop_E/dispu_E/cases_e/ds444_
e.htm)
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador
idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em
função do capital das empresas.
GATT, XV, § 4º
As Partes Contratantes abster-se-ão de qualquer medida cambial
que possa frustrar os objetivos considerados no presente Acordo
e de qualquer medida comercial que possa frustrar os objetivos
visados pelos Estatutos do Fundo Monetário Internacional.
TRIMs, Art. 2º
§1º. Sem prejuízo de outros direitos e obrigações sob o GATT 1994,
nenhum Membro aplicará qualquer medida de investimento
relacionada ao comércio (TRIM) incompatível com as disposições do
Artigo III ou do Artigo XI do GATT 1994.
Art. 3º,
§ 5º. Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de
preferência para: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam
a normas técnicas brasileiras; e (Incluído pela Lei nº 13.146, de
2015)
II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que
comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para
pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e
que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação
[...]
§ 8º. As margens de preferência por produto, serviço, grupo de
produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5º e 7º, serão
definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas
ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre
o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros.
TBT, Art. 2º
§ 2º. Os Membros assegurarão que os regulamentos técnicos não
sejam elaborados, adotados ou aplicados com a finalidade ou o
efeito de criar obstáculos técnicos ao comércio internacional.
Para este fim, os regulamentos técnicos não serão mais restritivos
ao comércio do que o necessário para realizar um objetivo legítimo
tendo em conta os riscos que a não realização criaria. Tais objetivos
legítimos são, inter alia, imperativos de segurança nacional, a
prevenção de práticas enganosas, a proteção da saúde ou segurança
humana, da saúde ou vida animal ou vegetal ou do meio ambiente.
Ao avaliar tais riscos, os elementos pertinentes a serem levados em
consideração são, inter alia, a informação técnica e científica
disponível, a tecnologia de processamento conexa ou os usos finais
a que se destinam os produtos.
Continuando...
SPS, Art. 5º
§1º. Os Membros assegurarão que suas medidas sanitárias e
fitossanitárias são baseadas em uma avaliação adequada às
circunstâncias dos riscos à vida ou à saúde humana, animal ou
vegetal, tomando em consideração as técnicas para avaliação de
risco, elaboradas pelas organizações internacionais
competentes.
§2º. Na avaliação de riscos, os Membros levarão em
consideração a evidência científica disponível, os processos e
métodos de produção pertinentes, os métodos para teste,
amostragem e inspeção pertinentes, a prevalência da pragas e
doenças específicas, a existência de áreas livres de pragas ou
doenças, condições ambientais e ecológicas pertinentes e os regimes
de quarentena ou outros.
de que a medida que havia sido tomada era compatível com as regras
da OMC.
(vide https://www.wto.org/english/Tratop_e/dispu_e/cases_e/ds332_e.htm )
GATT, Art. XX
Desde que essas medidas não sejam aplicadas de forma a constituir
quer um meio de discriminação arbitrária, ou injustificada, entre os
países onde existem as mesmas condições, quer uma restrição
disfarçada ao comércio internacional, disposição alguma do presente
capítulo será interpretada como impedindo a adoção ou aplicação,
por qualquer Parte Contratante, das medidas:
(a) necessárias à proteção da moralidade pública;
(b) necessárias à proteção da saúde e da vida das pessoas e dos
animais e à preservação dos vegetais;
(c) que se relacionem à exportação e a importação do ouro e da
prata;
(d) necessárias a assegurar a aplicação das leis e regulamentos que
não sejam incompatíveis com as disposições do presente acordo, tais
como, por exemplo, as leis e regulamentos que dizem respeito à
aplicação de medidas alfandegárias, à manutenção em vigor dos
monopólios administrados na conformidade do § 4º do art. II e do
art. XVII à proteção das patentes, marcas de fábrica e direitos de
autoria e de reprodução, e a medidas próprias a impedir as práticas
de natureza a induzir em erro;
(e) relativas aos artigos fabricados nas prisões:
(f) impostas para a proteção de tesouros nacionais de valor artístico,
histórico ou arqueológico;
(g) relativas à conservação dos recursos naturais esgotáveis, se tais
medidas forem aplicadas conjuntamente com restrições à produção
ou ao consumo nacionais;
(h) tomadas em execução de compromisso contraídos em virtude de
um Acordo intergovernamental sobre um produto de base, em
conformidade com os critérios submetidos às Partes Contratantes e
não desaprovados por elas e que é ele próprio submetido às Partes
Contratantes e não é desaprovado por elas.
(i) que impliquem em restrições à exportação de matérias primas
produzidas no interior do país e necessárias para assegurar a uma
indústria nacional de transformação as quantidades essenciais das
referidas matérias-primas durante os períodos nos quais o preço
nacional seja mantido abaixo do preço mundial, em execução de um
plano governamental de estabilização; sob reserva de que essas
Comentário
Bom pessoal, essa foi nossa primeira aula. Se liguem que agora
é a hora da revisão!
02. (ESAF/AFRF-2000-adaptada)
03. (ESAF/AFRFB/2009-trecho)
04. (Simulado/ACE-MDIC/2012)
7. Gabarito
1. C
2. V, V, V
3. F
4. D
5. C
6. B