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ANEXO I
CADERNO DE ENCARGOS
I PARTE
DISPOSIÇÕES GERAIS
Cláusula 1ª - Definições
Cláusula 2ª - Objecto
b) O Caderno de Encargos;
c) A proposta adjudicada; e
2- A Obra deve ser consignada no prazo de até 30 (trinta) dias a contar da data do
cumprimento de todas as formalidades nos termos do número anterior, devendo ser
comunicado ao empreiteiro, por carta protocolada, com aviso de recepção, o dia, a hora
e o local onde deve apresentar-se.
3- A Execução da Obra deve ter início na data prevista no plano de trabalhos ou, caso nada
seja expressamente estipulado no contrato, a partir da data da consignação da obra, de
acordo com o previsto no número anterior.
II PARTE
OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS DAS PARTES
Cláusula 7ª - Pessoal
1- As dúvidas que o Empreiteiro tenha na interpretação dos documentos por que se rege a
empreitada devem ser submetidas ao representante da EPC, por escrito, antes do início
da execução dos trabalhos a que respeitam.
3- Excepcionalmente, no caso das dúvidas ocorrerem somente após o início da execução dos
trabalhos a que dizem respeito, deve o empreiteiro submetê-las imediatamente ao
representante da EPC, juntamente com os motivos justificativos da sua não apresentação
antes do início daquela execução.
CAPÍTULO II
CLÁUSULAS FINANCEIRAS E TÉCNICAS
O preço do contrato deve incluir todos os custos, encargos e despesas, bem como quaisquer
encargos decorrentes da utilização de marcas registadas, patentes ou direitos de autor, cuja
responsabilidade não esteja expressamente atribuída ao empreiteiro.
1- Para garantir o exacto e pontual cumprimento das suas obrigações, o empreiteiro deve
prestar uma caução definitiva no valor de 5% do preço do Contrato.
3- A factura deve ser paga no prazo de 90 (noventa) dias, após a aceitação pela
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE CACAUCO, acompanhadas com os autos de medição
devidamente visados pelo fiscal da obra.
6- O pagamento dos trabalhos a mais (adendas) é feito nos termos previstos nos números
anteriores, mas com base nos preços que lhes forem, em cada caso, especificamente
aplicáveis, desde que tenham sido aprovadas previamente pela EPC.
1- Nos termos da legislação sobre a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE), o valor
global da presente empreitada será garantido pela verba inscrita no OGE de 2019,
conforme o seguinte detalhe:
O projecto de execução que será elaborado pela contratada e sob suas expensas, deverá
considerar as fichas técnicas (documentos “1a. Ficha Técnica”) e Projectos Básicos
(documentos “1d. Projecto básico”), e que fazem parte integrante do Caderno de Encargos.
2- Este plano de trabalhos e a respectiva memória descritiva, são objecto de aprovação pela
fiscalização e pelo representante EPC.
8- Nos casos previstos no número anterior, o plano de trabalhos deve fixar o prazo
suficiente para o empreiteiro proceder ao reajustamento ou à organização do
estaleiro necessário à execução do plano notificado.
10- No caso previsto no número anterior, a EPC pode optar pela rescisão do Contrato,
com perda para o empreiteiro da caução ou garantia prestada e das quantias retidas.
2- A obra deve ser executada de acordo com o caderno de encargos e com as regras de arte,
em perfeita conformidade com projecto de execução e demais condições técnicas.
1- A execução dos trabalhos é fiscalizada pelos representantes do Dono da Obra por este
designado.
2- A obra e o empreiteiro ficam também sujeitos a fiscalização por parte de outras entidades
legalmente competentes, em sede da legislação em vigor na República de Angola.
1- A recepção provisória da obra depende da realização de vistoria, que deve ser efectuada
logo que a obra esteja concluída no todo ou em parte, mediante solicitação do
empreiteiro ou por iniciativa da ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE CACUACO , tendo em
conta a execução total ou parcial da obra.
2- No caso de serem identificados defeitos da obra que impeçam a sua recepção provisória,
esta é efectuada relativamente a toda a extensão da obra que não seja objecto de
deficiência.
6- O auto de aceitação deve registar a data de aceitação da obra, bem como a ocorrência de
eventuais falhas ou deficiências constatadas na execução dos trabalhos de construção.
1- Após recepção Provisória da Obra, o prazo de garantia desta é de 1 (um) ano findo o qual
caso se verifique que a obra não apresenta deficiências, deteriorações, indícios de ruína
ou de falta de solidez pelos quais se deva responsabilizar o empreiteiro, procede-se a
recepção definitiva.
3- A garantia abrange:
a) O fornecimento, montagem ou integração de qualquer material ou componentes
que complete a execução da obra;
4- Findo o prazo de garantia da empreitada, será realizada nova vistoria a todos os trabalhos
da empreitada.
5- Se, pela vistoria, se verificar que as obras ainda apresentam deficiências, deteriorações,
indícios de ruína ou de falta de solidez, da responsabilidade do empreiteiro, a
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE CACUACO deve aceitar unicamente os trabalhos que
se encontrem em bom estado, devendo o empreiteiro proceder às suas expensas e num
prazo razoável, às alterações e complementos necessários para garantir o cumprimento
das exigências legais e das características, especificações e requisitos técnicos
contratualizados.
1- Sem prejuízo de outros casos de grave violação das obrigações assumidas pelo
empreiteiro, a entidade pública contratante pode resolver o contrato, a título
sancionatório, nos seguintes casos:
g) Não renovação do valor da caução pelo empreiteiro, nos termos da Lei dos
Contratos Públicos;
4- A resolução do Contrato nos termos dos números anteriores não determina a repetição
das prestações já realizadas pela ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE CACUACO .
a) Alteração anormal e imprevisível das circunstâncias, desde que não esteja coberta
pelos riscos próprios do contrato e a subsistência das obrigações contratuais seja
contrária à boa fé;
2- Nos casos previstos na alínea c) do n.° 1, da presente cláusula, o direito de resolução pode
ser exercido mediante declaração à entidade pública contratante ou requerimento
acompanhado de estimativa do valor dos trabalhos em causa, com a exacta discriminação
dos preços unitários que lhe serviram de base, produzindo efeitos 30 (trinta) dias após a
recepção dessa declaração ou do requerimento, salvo se a entidade pública contratante
cumprir as obrigações em atraso nesse prazo, acrescidas dos juros de mora a que houver
lugar.
3- Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o direito de rescisão apenas será
possível quando a rescisão não implique grave prejuízo para a realização do interesse
público subjacente à relação contratual ou, caso implique tal prejuízo, quando a
manutenção do Contrato ponha manifestamente em causa a viabilidade económico-
financeira do empreiteiro ou se revele excessivamente onerosa, devendo, neste último
caso, ser devidamente ponderados os interesses públicos e privados em presença.
4- A resolução do Contrato nos termos dos números anteriores não determina a repetição
das prestações já realizadas pelo empreiteiro.
1- Os danos causados por caso fortuito ou força maior não devem ser suportados pelas
partes.
2- Considera-se caso de força maior, para efeitos do presente Caderno de Encargos, o facto
de terceiro, facto natural ou situação imprevisível e inevitável, cujos efeitos se produzam
independentemente da vontade ou das circunstâncias pessoais de qualquer uma dessas
partes, tais como actos de guerra ou de subversão, de epidemias, de ciclones, de tremores
de terra, de fogo, de raio, de inundações e quaisquer outros eventos da mesma natureza
que impeçam o cumprimento do contrato.
3- O empreiteiro que invocar casos fortuitos ou de força maior deverá comunicar, no prazo
8 dias, tais situações a ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE CACUACO .
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
O empreiteiro não pode ceder a sua posição contratual ou qualquer dos direitos e obrigações
decorrentes do Contrato sem prévia autorização por escrito da ADMINISTRAÇÃO
MUNICIPAL DE CACUACO , sob pena de rescisão do Contrato.
2- O Empreiteiro não pode subempreitar mais de 75% (setenta e cinco por cento) do valor
da obra adjudicada.
3- Não poderá ser realizada qualquer parte dos serviços por subcontratada que não possua
documentos de habilitação exigida legalmente, face à natureza e aos valores dos
trabalhos.
4- O dono da obra não pode opor-se à escolha do subempreiteiro pelo empreiteiro de obras
públicas, adjudicatário da obra, salvo se aquele não dispuser de condições legais para
execução da obra que lhe foi subcontratada.
5- A autorização para subcontratação deve ser feita através de carta de solicitação, a incluir
a comprovação de competência da empresa subcontratada, independente de cumprir os
critérios acima, deve ser aprovado pelo Dono da Obra.
2- Se a Entidade Pública Contratante vier a ser interpelada por ter infringido quaisquer dos
direitos mencionados na presente Cláusula, o empreiteiro fica obrigado a indemnizar
todas as despesas que a Entidade Pública Contratante tenha que suportar.
O dever de sigilo mantém-se em vigor até ao termo do prazo de 5 (cinco) anos a contar do
cumprimento ou cessação, por qualquer causa, do Contrato, sem prejuízo da sujeição
subsequente a quaisquer deveres legais relativos, designadamente, à protecção de segredos
comerciais ou da credibilidade, do prestígio ou da confiança devidos às pessoas colectivas.
2- As partes no contrato podem derrogar o disposto no número anterior por acordo escrito
e submeter à arbitragem algum litígio específico.
O Projecto Conceptual deverá ser elaborado a seguir os parâmetros para classificação da via
definidos no Decreto Presidencial Nº 21/92 de 22 de Maio.
Nos casos em que um ou mais parâmetros utilizados no Projecto Conceptual sejam diferentes dos
apresentados no quadro acima, o Empreiteiro deverá apresentar uma justificativa técnica,
devidamente embasada, para avaliação por parte do Dono da Obra.
O Projecto deverá conter, ainda:
a) A memória justificativa das soluções adoptadas para a pavimentação e drenagem ou
outras julgadas pertinentes pelo Empreiteiro, com memória de cálculo das soluções
adoptadas e parâmetros considerados;
b) Desenhos explicativos das soluções típicas sugeridas.
2. Projecto Executivo
Ao se concluir a fase de contratação, o Empreiteiro terá o prazo de até 45 dias, a contar do início da
vigência do Contrato, para apresentar o Projecto Executivo, considerando sempre a
correspondência do referido projecto ao projecto conceptual aprovado pelo Dono da Obra e à
limitação ao valor global da empreitada.
Mesmo existindo uma versão de projecto básico fornecida pelo Dono da Obra, o Empreiteiro deverá
realizar todos os estudos e revisões necessárias, assumir a responsabilidade técnica pelo projecto a
partir de então.
O Empreiteiro deverá realizar todos os estudos necessários para balizar a elaboração do referido
projecto executivo, nomeadamente, mas não a tanto se limitando, a depender do grau de
complexidade das soluções de projecto a serem adoptadas, a saber:
Levantamento topográfico planimétrico, altimétrico e cadastral de toda faixa de domínio
da via, com marcos geodésicos implantados e devidamente materializados, a adoptar o
sistema de coordenadas aprovados pelo Dono da Obra;
Os estudos listados acima não eliminam as exigências para os controlos geométrico e tecnológico
durante toda a fase de execução da obra, que devem ser realizados pelo empreiteiro e aprovados
pela fiscalização conforme a norma da SATCC ou outra eventualmente adoptada, de acordo com
oponto 2, da cláusula 2.ª, do Caderno de Encargos.
Projecto de Terraplenagem;
Projecto de Pavimentação;
Projecto de Sinalização;
Projecto de Drenagem;
Paisagismo;
Neste caso, o projecto executivo final, que caracterizará para todos os fins a Empreitada, deverá ser
apresentado ao Dono da Obra, através da Fiscalização, no prazo de até 2 meses, a contar do início
da empreitada, e aprovado expressamente pelo Dono da Obra em até 30 dias, a contar da sua
apresentação, sob pena de aprovação tácita.
3.3. Plano de trabalhos
a) irregularidade longitudinal:
A medida deste parâmetro deverá ser executada com perfilômetro a laser, em intervalos de
100 m para mesma faixa de tráfego nos dois sentidos. Se a via apresentar duas faixas ou
mais, o levantamento deverá ser executado nas faixas externas, também nos dois sentidos.
b) deflexão Característica:
Onde:
Dmédia é a média das deflexões máximas obtidas considerando o semi-eixo padrão com 4,1
toneladas e pressão de inflação dos pneus com 80 psi. O levantamento deverá ser executado
em intervalos de 200 m na mesma e 100 m de forma alternada (dois sentidos). Se a via
apresentar duas faixas ou mais, o levantamento deverá ser executado nas faixas externas,
também nos dois sentidos;
σ é o desvio padrão da amostra.
Dcaracterística< 70 x 10-2 mm
Dcaracterística< 40 x 10-2 mm
Os trabalhos deverão ser executados por empresa especializada e atestados pela Fiscalização.
3.6. Ambiente
Antes do início da obra, o Empreiteiro deverá apresentar ao Dono da Obra, o Plano de Gestão
Ambiental. Nesse documento deverá conter todos os critérios e medidas de prevenção,
conservação e protecção ambiental a serem adoptadas antes, durante e após a obra.
O Empreiteiro deverá providenciar, nos tempos previstos em lei, as Licenças Ambientais (de
Instalação e Operação), junto ao Ministério do Ambiente (MINAMB), responsabilizando-se por
todas as documentações e taxas exigidas pelo mesmo.
A falta de informações relativas às condições locais, ou a sua inexactidão, não poderá servir de
fundamento para reclamações quanto ao valor dos serviços ou ao prazo de execução por parte do
Empreiteiro.
A obra deve ser executada de acordo com as regras da arte e em perfeita conformidade com o
projecto apresentado pelo Empreiteiro e aprovado pelo Dono da Obra, com este Caderno de
Encargos e com as demais condições técnicas contratualmente estipuladas de modo a assegurarem-
se as características de resistência, durabilidade e funcionamento da obra.
Relativamente às técnicas construtivas a adoptar, fica o Empreiteiro obrigado a seguir, no que seja
aplicável aos trabalhos a realizar, o conjunto de prescrições técnicas definidas nas Normas da
SATCC.
4.3. Erros ou omissões do projecto e de outros documentos
O Empreiteiro será responsável pela correcção dos eventuais erros e/ou omissões que existirem no
projecto e nos demais documentos que regem a execução dos trabalhos.
O Empreiteiro, sempre que propuser qualquer alteração ao projecto, deverá apresentar todos os
elementos necessários à sua perfeita apreciação e interpretação, não sendo admitida qualquer
alteração à maior no preço constante deste Caderno de Encargos.
O Empreiteiro deverá ter patente no local da obra, em bom estado de conservação o livro de registo
da obra e um exemplar impresso do projecto, deste Caderno de Encargos e dos demais documentos
a respeitar na execução da empreitada, com as alterações que neles hajam sido introduzidas.
Nos estaleiros de apoio da obra deverão igualmente estar patentes os elementos do projecto
respeitantes aos trabalhos aí em curso.
4.6. Cumprimento do plano de trabalhos
Se outra periodicidade não for fixada neste Caderno de Encargos, o Empreiteiro informará
mensalmente a Fiscalização dos desvios que se verifiquem entre o desenvolvimento efectivo de
cada uma das espécies de trabalhos e as previsões do plano aprovado.
4.7. Ensaios
Quando o Dono da Obra tiver dúvidas sobre a qualidade dos trabalhos, pode tornar obrigatória a
realização de quaisquer outros ensaios além dos previstos, acordando previamente, se necessário,
com o Empreiteiro sobre as regras de decisão a adoptar.
5.设施、设备和补充工程
5. Instalações, Equipamentos e Obras Complementares
5.1. Trabalhos preparatórios e acessórios
5.1.准备和次要工作
O Empreiteiro é obrigado a realizar todos os trabalhos que, por natureza ou segundo o uso corrente,
devam considerar-se preparatórios ou acessórios dos que constituem objecto do Contrato. Entre
os trabalhos a que se refere o parágrafo anterior compreendem-se designadamente, salvo
determinação expressa em contrário deste Caderno de Encargos, os seguintes, nomeadamente:
承包商鼻血
a) A elaboração do projecto conceptual da Empreitada;
Se o Empreiteiro entender que os locais e as instalações referidas nas cláusulas anteriores não
reúnem os requisitos indispensáveis para a implantação e exploração do seu estaleiro, será da sua
iniciativa e responsabilidade a ocupação de outros locais e a utilização de outras instalações que
para o efeito considere necessários. O Empreiteiro não poderá, sem autorização do Dono da Obra,
realizar qualquer trabalho que modifique as instalações cedidas pelo Dono da Obra e, se tal lhe for
expressamente exigido neste Caderno de Encargos, será obrigado a repô-las nas condições iniciais,
uma vez concluída a execução da empreitada.
Os encargos com a manutenção das instalações referidas anteriormente, energia eléctrica, água
potável, limpeza e comunicações serão também de responsabilidades do empreiteiro.
6.2. Redes de águas, de esgotos, de energia eléctrica e de telecomunicações
Salvo indicação em contrário deste Caderno de Encargos, a manutenção e a exploração das redes
referidas na cláusula anterior, bem como as diligências necessárias à obtenção das respectivas
licenças, são de conta do Empreiteiro, por inclusão dos respectivos encargos no preço global por
ele propostos no acto da contratação.
Sempre que na obra se utilize água não potável, deverá colocar-se nos locais convenientes, a
inscrição “Água imprópria para beber”.
As redes provisórias de energia eléctrica deverão obedecer ao que for aplicável da regulamentação
em vigor.
As redes definitivas de água, esgotos e energia eléctrica poderão ser utilizadas durante os trabalhos.
Consideram-se incluídas no Contrato as demolições necessárias para execução dos serviços, ainda
que não previstas no projecto ou neste Caderno de Encargos.
Os trabalhos de demolição compreendem a demolição das construções cuja existência seja evidente
e que ocupem locais de implantação da obra, salvo indicação em contrário deste Caderno de
Encargos, bem como a remoção completa, para fora do local da obra ou para os locais definidos no
Projecto, de todos os materiais e entulhos, a incluir as fundações e canalizações não utilizadas e
exceptuando apenas o que o Dono da Obra autorize a deixar no terreno.
O Empreiteiro tomará as precauções necessárias para assegurar em boas condições o desmonte e
a conversão dos materiais e elementos de construção especificados no Projecto, sendo responsável
por todos os danos que eventualmente venham a sofrer.
Quaisquer esgotos ou demolições, que tenham necessidade de ser realizados, deverão ser
realizados pelo Empreiteiro, estando os custos advindos desses serviços inclusos no valor global da
empreitada.
Compete ainda ao Empreiteiro a remoção completa, para fora do local da obra ou para os locais
definidos no Projecto, dos produtos resultantes dos trabalhos referidos na cláusula anterior, bem
como a regularização final do terreno.
O trabalho de implantação e piquetagem será efectuado pelo Empreiteiro, a partir das cotas, dos
alinhamentos e das referências fornecidas pelo Dono da Obra.
O Empreiteiro deverá examinar no terreno as marcas fornecidas pelo Dono da Obra, apresentado
se for o caso, as reclamações relativas às deficiências que eventualmente encontre e que serão
objecto de verificação local pela Fiscalização, na presença do Empreiteiro.
O Empreiteiro é ainda obrigado a conservar todas as marcas ou referências visíveis existentes que
tenham sido implantadas no local da obra por outras entidades e só proceder à sua deslocação
desde que autorizado e sob orientação da Fiscalização.
8. Materiais e Elementos da Construção
8.1. Características dos materiais e elementos de construção
Sempre que o projecto, este Caderno de Encargos ou o Contrato não fixem as características de
materiais ou elementos de construção, o Empreiteiro não poderá empregar materiais que não
correspondam às características da obra ou que sejam de qualidade inferior aos usualmente
empregues em obras que se destinem a idêntica utilização.
No caso de dúvida quanto aos materiais a empregar nos termos do parágrafo anterior, devem
observar-se as normas angolanas e internacionais em vigor, desde que compatíveis com o direito
angolano.
Sempre que o Dono da Obra ou o Empreiteiro o julgue necessário, este último apresentará amostras
de materiais ou elementos de construção a utilizar, as quais, depois de aprovadas pela Fiscalização,
servirão de padrão.
As amostras deverão ser acompanhadas, se a sua natureza assim o justificar ou for exigido pela
Fiscalização, de certificados de origem e de análises ou ensaios feitos em laboratório oficial.
Sempre que a apresentação das amostras seja da iniciativa do Empreiteiro, ela deverá ter lugar, na
medida do possível, durante o período de preparação e planeamento da obra e, em qualquer caso,
de modo que as diligências de aprovação não prejudiquem o cumprimento do plano de trabalhos.
A existência do padrão não dispensará, todavia, a aprovação de cada um dos lotes de materiais ou
de elementos de construção entrados no estaleiro, conforme estipulado pelo presente Caderno de
Encargos.
8.3. Lotes, amostras e ensaios
De cada um dos lotes colher-se-ão, sempre que necessário, três amostras, nos termos estabelecidos
no Projecto, para cada material ou elemento, destinando-se uma delas ao Empreiteiro, a outra ao
Dono da Obra e ficando a terceira de reserva na posse deste último.
A colheita das amostras e a sua preparação e embalagem serão feitas na presença da Fiscalização e
do Empreiteiro, competindo a este último fornecer todos os meios indispensáveis para o efeito.
Estas operações obedecerão às regras estabelecidas no Projecto, nos regulamentos e documentos
normativos aplicáveis ou, na sua omissão, às que forem definidas por acordo prévio.
As amostras não ensaiadas serão restituídas ao Empreiteiro logo que se verifique não serem
necessárias.
Nos casos em que este Caderno de Encargos não estabeleça expressamente a obrigatoriedade de
realização dos ensaios, as amostras do Dono da Obra e do Empreiteiro podem ser ensaiadas em
laboratórios de reconhecida competência, à escolha de cada um deles.
Nos casos em que este Caderno de Encargos estabelecer obrigatoriedade de realização dos ensaios
previstos, o Empreiteiro promoverá por sua conta a realização dos referidos ensaios em laboratório
escolhido por acordo com o Dono da Obra ou, se tal acordo não for possível, num laboratório oficial.
Nos casos a que se refere a cláusula anterior, o Dono da Obra poderá rejeitar o lote ensaiado, se os
resultados dos ensaios realizados não forem satisfatórios. Essa rejeição só se considerará, porém,
definitiva se houver acordo entre as partes ou se os ensaios houverem sido realizados em
laboratório oficial ou, ainda, se a natureza dos mesmos não permitir a sua repetição em condições
idênticas.
Os materiais e elementos de construção não poderão ser aplicados na empreitada senão depois de
aprovados pela Fiscalização.
A aprovação dos materiais e elementos de construção será feita por lotes e resulta da verificação
de que as características daqueles satisfazem as exigências contratuais.
A aprovação ou rejeição dos materiais e elementos de construção deverá ter lugar nos oito dias
subsequentes à data em que a Fiscalização foi notificada por escrito, da sua entrada no estaleiro,
considerando-se aprovados se a Fiscalização não se pronunciar no prazo referido, a não ser que a
eventual realização de ensaios exija período mais largo, facto que, no mesmo prazo, será
comunicado ao Empreiteiro.
Desde que a sua origem seja a mesma, o Dono da Obra poderá autorizar que, depois da respectiva
aprovação, os materiais e elementos de construção não se separem por lotes, mas sim, por tipos.
Os materiais e elementos de construções deterioráveis pela acção dos agentes atmosféricos podem
ser indicados taxativamente ou a título exemplificativo neste Caderno de Encargos. Em qualquer
caso, os mesmos serão obrigatoriamente depositados em armazéns fechados que ofereçam
segurança e protecção contra as intempéries e humidade do solo.
Em caso de falta de cumprimento pelo Empreiteiro das obrigações estabelecidas nos parágrafos
anteriores, poderá a Fiscalização fazer transportar os materiais ou elementos de construção em
causa para onde mais convenha, pagando o que necessário for, tudo à custa do Empreiteiro, mas
dando-lhe prévio conhecimento da decisão.
O Empreiteiro, no final da obra, terá de remover do local dos trabalhos, os restos de materiais ou
elementos de construção, entulhos, equipamento, andaimes e tudo o mais que tenha servido para
a sua execução, dentro do prazo estabelecido neste Caderno de Encargos (15 dias).