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Bacharelado em Direito
BELO HORIZONTE
2018
JÉSSICA VIANA DE SOUZA
BELO HORIZONTE
2018
A Deus e aos meus pais.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, a quem dedico este trabalho, por todo incentivo,
amor, cuidado e carinho; por terem me ensinado que nenhum sonho é
impossível e por demonstrar que com fé e perseverança podemos chegar a
qualquer lugar. Sei que esse sonho e nosso.
À Me. Maria Aparecida Vidigal Barbosa Azevedo, querida professora Cida, que
desde o início acreditou e apostou em meu projeto. Agradeço pela atenção,
pelos conselhos e todos os ensinamentos, não só para que esse trabalho se
concretizasse, mas ao longo de todo curso.
Aos meus irmãos por estarem sempre ao meu lado, e aos demais familiares
que de alguma forma me ajudaram.
E por último, mas não menos importante, aos meus avós, especialmente ao
meu avô Geraldo Maria Vianna. Obrigada por sempre me incentivar e acreditar
no meu potencial. Eu te amo até o infinito.
RESUMO
Gráfico 4 - Proporção das mulheres ao longo dos últimos seis anos em cargos
de gestão, de G1, 06/03/2018............................................................................22
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ART - Artigo
CF – Constituição Federal
5. DISCRIMINAÇÃO........................................................................................13
5.1 Conceito........................................................................................................13
7. LICENÇA MATERNIDADE.........................................................................25
9. BETA HCG...................................................................................................28
11. CONCLUSÃO..............................................................................................32
REFERÊNCIAS..................................................................................................34
1
1. INTRODUÇÃO
1
SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. Rio de Janeiro, 2014, p. 158.
5
trabalho sob sua própria direção, pelo tanto é possível encontra-lo laborando
para seu benefício pessoal quanto em prestação de serviços para terceiros”.
Conforme Calil (2000, p. 21) foi neste período que a história legislativa
do Direito do Trabalho no Brasil teve maior destaque com a promulgação das
Leis do Ventre Livre, que declarava livres os filhos de escravos nascidos a
partir de 28 de setembro de 1871; do Sexagenário, que dava, em 1885,
liberdade aos maiores de sessenta e cinco anos; e Áurea, Lei nº 3.353, de 13
de maio de 1888, que declarou extinta a escravidão no Brasil.
Um dos maiores ganhos desta lei pode ser definido através do art. 5º,
que preconiza:
3
CASTRO, Maria do Perpetuo S. W. de. A Concretização da Proteção da Maternidade no
Direito do Trabalho. Revista LTr. Ano 69, n. 8. São Paulo: LTr, 2005, p.945.
11
a) Trabalho noturno
(...)
c) Jornada de Trabalho
A CLT prevê em seu art. 389, §1º, que estabelecimentos nos quais
laborem no mínimo 30 (trinta) mulheres com idades superiores a 16
(dezesseis) anos, deverá haver local apropriado para que as crianças sejam
guardadas sobre vigilância e assistência durante o período em que estiverem
sendo amamentadas. O art. 400 determina que estes locais deverão possuir,
no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e
uma instalação sanitária. Tal exigência pode ser suprida por meio de creches
distritais, conforme disposto no §2º do art. 389.
4
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários à CLT. São Paulo: Atlas, 2003, p. 305
13
5. DISCRIMINAÇÃO
5.1 Conceito
7
BARROS, Alice. Monteiro de. Discriminação no emprego por motivo de sexo, p. 41.
15
8
VIANA, Márcio Túlio. Os dois modos de discriminar e o futuro do Direito do Trabalho, p. 321-
323
16
Gráfico 1 - Gênero do Reclamante, de Lara Parreira de Faria Borges, Espiando por Trás da
Persiana - Um Olhar Sobre a Discriminação Traduzida em Assédio Moral Organizacional
Contra Mulheres (LTr, 01/01/2015) 235. Impresso.
Gráfico 2 - Tipos de Assédio Alegados Pela Vítima, de Lara Parreira de Faria Borges, Espiando
por Trás da Persiana - Um Olhar Sobre a Discriminação Traduzida em Assédio Moral
Organizacional Contra Mulheres (LTr, 01/01/2015) 235. Impresso.
Gráfico 3 - Diferenças de salários de homens e mulheres por grau de escolaridade, de G1, 06/03/2018
Gráfico 4 - Proporção das mulheres ao longo dos últimos seis anos em cargos de gestão, de
G1, 06/03/2018
O art. 10, inciso II, alínea “b” do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT) assegura a mulher grávida o emprego desde a
confirmação de seu estado gravídico, até 05 (cinco) meses após o parto, sendo
vedada, via de consequência, sua dispensa arbitrária ou sem justa causa. Isso
significa que, caso a empregada gestante seja demitida, a ela é assegurada a
reintegração no emprego.
Estabilidade em dobro
A reclamante foi vítima de dispensa discriminatória, devido à sua
condição de gestante, incidindo na hipótese as disposições da
Lei 9.029/95, que determina:
Art. 4º. O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório,
nos moldes desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral,
faculta ao empregado optar entre: (Redação dada pela Lei nº 12.288,
de 2010)
I - a readmissão com ressarcimento integral de todo o período de
afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas,
corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros legais;
II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de
afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais.
Com fundamento no art. 4º., II, da Lei 9.029/95, a reclamante optou
por receber a indenização em dobro do período da estabilidade no
emprego.
O despedimento foi fixado acima em 07.10.13, sendo certo que a
estabilidade-gestante terminou em 18.12.13.
Destarte, em conformidade com o pedido deduzido na inicial, e
por força do art. 4º., II, da Lei 9.029/95, procede a indenização em
dobro dos salários e vantagens (3/12 de 13º. Salário, 2/12 de férias +
1/3, bem como FGTS+40% sobre os salários e 13º. Salário) do
restante do período de estabilidade no emprego (08.10.13 a
18.12.13).
25
Cabe ressaltar que por força do disposto no inciso III da súmula 244 do
TST, a estabilidade estende-se até mesmo a empregada admitida mediante
contrato por tempo determinado.
7. LICENÇA MATERNIDADE
a) Dispensa sem justa causa: ocorre quando o empregador não tem mais
interesse na prestação de serviços do empregado. A empresa precisa
comunicar previamente sobre a decisão. Nesse caso, o empregado terá direito
ao aviso prévio, férias vencidas acrescidas de 1/3, férias proporcionais, 13º
salário proporcional, saldo de salário, multa de 40% sobre o FGTS (penalidade
para a dispensa imotivada). Além disso o empregado terá direito de sacar os
depósitos do FGTS. O empregador deve emitir os documentos necessários
para que o trabalhador possa se habilitar ao recebimento do seguro
desemprego.
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do
empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para
a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não
tenha havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra
qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo
em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas
contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o
exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do
empregado.
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de
empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito
administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional.
9. BETA HCG
E ainda:
“Art. 168
- ..............................................................................................................
.....
§ 8º - Poderá ser exigido teste ou exame de gravidez por ocasião da
demissão.
.................................................................”.
Ainda que assim não fosse, pelo princípio da legalidade o ato de exigir
tal exame também não configuraria crime, uma vez que a proibição deste não
existe em lei.
Por isso, e por todo exposto, entende-se não haver óbice na licitude de
exigência do exame Beta HCG quando da rescisão sem justa causa. A sua
efetiva prática atenderia o condão de reduzir litígios judiciais trabalhistas que
versem acerca do tema de (não) conhecimento e das obrigações decorrentes
deste conhecimento bem como traria pacificação social ao tema. Desta feita, a
principal finalidade do exame é conferir garantia de estabilidade a essa
trabalhadora sem que haja necessidade de provocar o judiciário para assegurar
esse direito.
11. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
providências. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7855.htm>. Acesso em 17 de
setembro de 2018.
BARROS, Alice Monteiro de. Discriminação no emprego por motivo de sexo. In:
VIANA, Márcio Túlio; RENAULT, Luiz Otávio Linhares (coords.).
Discriminação. São Paulo: LTr, 2000, p. 41.
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários à CLT. São Paulo: Atlas, 2003, p. 305
Salário-maternidade. Disponível em
<https://www.inss.gov.br/beneficios/salario-maternidade/>. Acesso em 23 de
novembro de 2018.
MIRABETE, Julio Fabbrini, Manual de direito penal. 24 ed. São Paulo: Atlas,
2007, p. 483.