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Aula 08

Saneamento Básico e Execução de


Obras p/ ADASA (Regulador -
Engenharia Civil) Em PDF - Pós-Edital

Autores:
Jonas Vale Lara, Equipe Jonas
Vale
Aula 08
29 de Abril de 2020

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Jonas Vale Lara, Equipe Jonas Vale
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Sumário

1 - Introdução ............................................................................................................................................... 8

2 - Características dos esgotos ................................................................................................................... 10

2.1 - Parâmetros Físico-químicos ............................................................................................................ 10

2.1.1 - Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) ................................................................................. 10

2.1.2 - Demanda Química de Oxigênio (DQO) .................................................................................... 13

2.1.3 - Sólidos suspensos e sólidos dissolvidos .................................................................................... 15

2.1.4 - Nutrientes ................................................................................................................................ 16


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2.2 - Parâmetros Microbiológicos ........................................................................................................... 19

2.2.1 - Coliformes ................................................................................................................................ 19

2.2.2 - Estreptococos fecais ................................................................................................................ 21

3 - O tratamento de esgotos ....................................................................................................................... 23

3.1 - Níveis de tratamento ....................................................................................................................... 24

3.2 - Tecnologias de tratamento secundário ........................................................................................... 33

3.3 - Lagoas de estabilização................................................................................................................... 38

3.4 - Tratamento de esgoto em sistemas individuais .............................................................................. 43

3.4.1 - Sistema de tanque sépticos ...................................................................................................... 43

3.4.2 - Elementos complementares ao tanque séptico ........................................................................ 44

3.4.3 - Cálculo do volume útil de tanques sépticos .............................................................................. 45

4 - O projeto de estações de tratamento de esgoto.................................................................................... 49

4.1 - Carga orgânica (CO) ........................................................................................................................ 51

4.2 - Equivalente populacional (EP) ........................................................................................................ 52

4.3 - Tempo de detenção hidráulica (TDH).............................................................................................. 54

4.4 - Taxa de aplicação superficial........................................................................................................... 55

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4.5 - Carga orgânica volumétrica ou Taxa de aplicação volumétrica (Lv) ................................................ 57

4.6 - Eficiência de remoção (E) ................................................................................................................ 58

5 - Considerações Finais ............................................................................................................................. 62

6 - Lista de Questões .................................................................................................................................. 63

7 - Gabarito ................................................................................................................................................. 78

8 - Referências bibliográficas ...................................................................................................................... 79

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APRESENTAÇÃO DO CURSO
A abordagem desse curso de Engenharia Civil foca em todos os mistérios e pegadinhas dos concursos
públicos.

Trata-se do curso mais didático de Engenharia de que dispomos, espinha dorsal dos nossos cursos
específicos, preparados e adaptados para cada concurso. Os assuntos serão tratados sempre lembrando
daquele que está iniciando os estudos na área e também do que está estudando há mais tempo. Os
conceitos são expostos com abundância de figuras e gráficos de memorização buscando fazer com que
você goste do conteúdo. Assim, você verá que as aulas são seu aliado e, com isso, você constatará o
grande potencial que tem dentro de si. Com essas aulas, queremos provar que qualquer um pode ser um
grande engenheiro dos concursos.

Ao contrário do que encontraremos nos grandes livros de engenharia, o conhecimento aqui é passado na
qualidade e quantidade necessárias a seu pleno sucesso, sem detalhes que não vão agregar nada para a
aprovação, nem perda de tempo com informações mal redigidas que ninguém entende. Tudo é pensado
milimetricamente.

Isso, contudo, não significa que somos superficiais. Pelo contrário, sabemos exatamente onde devemos
nos aprofundar e não poupamos esforços nesse sentido. Utilize as figuras para se apaixonar pela matéria e
os esquemas para não esquecer as informações lá enfatizadas.

Com essa estrutura e proposta, você terá uma preparação única no país, sem necessidade de recurso a
outros fontes, como livros e normas.

Finalmente, destaco que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo em .PDF é o contato direto e
pessoal com o Professor. Além do nosso fórum de dúvidas, estamos disponíveis por e-mail.. Aluno nosso
não vai para a prova com dúvida! Por vezes, ao ler o material surgem incompreensões, dúvidas,
curiosidades, nesses casos basta acessar o computador e nos escrever. Assim que possível respondemos a
todas as dúvidas. É notável a evolução dos alunos que levam a sério a metodologia.

Nosso foco não é somente questões, mas sobretudo o conteúdo. Você deve estar preparado inclusive para
as mudanças de foco das cobranças das bancas. Por isso, você entenderá os conceitos e saberá aplicá-los.
Seu conhecimento será tão significativo, que dificilmente sua atuação se restringirá a concursos. Para
tornar o nosso estudo mais completo, é muito importante resolver questões anteriores para nos situarmos
diante das possibilidades de cobrança. Traremos questões variadas e, em alguns assuntos, priorizaremos
algumas bancas por permitirem um aprendizado mais consistente.

Está pronto para essa viagem na Engenharia?

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APRESENTAÇÃO PESSOAL
É um prazer iniciar essa jornada com você nesse curso de Engenharia Civil focado em concursos de alto
nível do país. Faremos uma breve apresentação de nossas origens:

-Jonas Vale Lara: Sou engenheiro do Tribunal de Contas do estado de Minas Gerais, tendo sido aprovado
em 1º lugar no concurso de 2018. Tenho formação em engenharia civil na UFMG (Universidade Federal de
Minas Gerais) e fiz mestrado em Saneamento. Atuei em obras no Brasil e no exterior e sou um apaixonado
por esportes e natureza.

-Lineker Max Goulart Coelho: Sou Professor do CEFET-MG, fui aprovado em 4 concursos na área de
engenharia e em 4 concursos para professor em instituições superiores federais. Formei em engenharia
civil na UFMG, e fui agraciado com a medalha de ouro dos formandos de 2011. Além disso, atuei em obras
de grande porte na parte de projetos, tendo especialização em engenharia de estruturas e fiz mestrado e
doutorado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Buscamos fazer um material objetivo e fácil de ler, para que você não só aprenda o que tem em cada
apostila, mas também para que goste de ler todas as páginas. Afinal, o estudo é um parceiro seu, e não um
inimigo. Queremos que qualquer pessoa possa ser um grande engenheiro dos concursos, de forma que
esse curso seja um trampolim para uma vida muito melhor.

A sociedade espera muito de você! Sabia que o conhecimento que passamos é muito melhor do que você
viu na universidade e, no final, você vai concluir que fez uma pós-graduação de altíssimo nível. Você estará
acima de outros engenheiros que não fizeram esse curso, pois o diploma não significa nada na hora da
prova. O que conta é a preparação para o concurso; é cada página que você terá lido e entendido que
resultará no resultado final em um concurso.

Lembre-se: não há conhecimento já produzido que seja impossível de entender!

Quando a matéria parecer cansativa, dê um tempo ao seu cérebro, tente andar um pouco no local onde
você está, pense em outras coisas, fazendo uma pausa de uns 5 minutos. Depois retorne para os estudos,
que já estará com a cabeça mais fresca.

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PLANO DE AULAS
Vejamos a distribuição das aulas:

AULAS TÓPICOS ABORDADOS


Aula 00 Construção: organização do canteiro de obras - NR18
Aula 01 Orçamento de obras
Aula 02 Planejamento de Obras
Aula 03 Fiscalização de obras
Aula 04 Hidrologia e drenagem pluvial
Aula 05 Sistema de abastecimento de água
Aula 06 Tratamento de água
Aula 07 Sistema de coleta de esgoto
Aula 08 Tratamento de esgoto

Essa é a distribuição dos assuntos ao longo do curso. Eventuais ajustes poderão ocorrer, especialmente
por questões didáticas. De todo modo, sempre que houver alterações no cronograma acima, vocês serão
previamente informados, justificando-se.

Mãos à obra rumo ao sucesso?

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1 - INTRODUÇÃO
Na aula anterior vimos detalhes sobre os elementos de coleta e transporte de um sistema de esgotamento
sanitário. Nessa aula iremos nos dedicar ao estudo do tratamento de esgotos e das estruturas presentes
na estação de tratamento de esgoto (ETE). Trata-se de um item essencial do sistema de esgotamento
sanitário, pois é o responsável pela redução dos poluentes presentes nos esgotos antes de lançá-lo no
corpo receptor.

Figura 1: Visão panorâmica de uma estação de tratamento de esgotos (ETE).

Mas afinal, porque o esgoto precisa ser tratado antes de ser lançado no curso d'água?

Conforme discutido na aula anterior, o esgoto sanitário corresponde às águas utilizadas pela população e
nas mais diversas aplicações e que após o uso ficam contaminadas por restos de comida, material fecal,
urina, resíduos de higiene pessoal, etc. Sendo assim, essa massa líquida denominada de esgoto sanitário
apresenta diversos poluentes, tais como: matéria orgânica, materiais sólidos, nutrientes, componentes
tóxicos e organismos patogênicos.

A presença de organismos patogênicos como vírus, bactérias e protozoários ameaça a saúde da


população, pois pode provocar doenças. Além disso, os poluentes presentes no esgoto (matéria orgânica,
nutrientes e sedimentos) podem provocar sérios impactos a fauna e flora aquática. De fato, o esgoto
lançado diretamente no curso d'água sem uma prévia remoção de poluentes prejudica a qualidade da
água. Isso, por sua vez, impacta o ambiente aquático e também pode prejudicar comunidades urbanas que
ficam a jusante do lançamento, pois o esgoto pode gerar maus odores e contaminar a água do rio que

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pode ser a fonte de abastecimento da população. Sendo assim, o tratamento de esgotos sanitários é
fundamental para assegurar a saúde da população e preservar o meio ambiente.

Figura 2: Os esgotos possuem contaminantes que podem transmitir doenças a população e poluir o meio ambiente.

Proteger o meio
ambiente

Tratamento
de esgotos

Preservar a sáude
da população

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2 - CARACTERÍSTICAS DOS ESGOTOS

A realização de análises da composição do esgoto é uma etapa fundamental para determinar como será o
seu tratamento. Esta seção irá apresentar os principais parâmetros físico-químicos e microbiológicos
utilizados na caracterização da qualidade de esgotos sanitários. Estes parâmetros servem como base para
avaliar o potencial de poluição do esgoto sanitário e são o ponto de partida para selecionar os métodos
mais adequados para realizar o seu tratamento juntamente com a estimativa da vazão de esgoto gerado.
Os principais parâmetros de caracterização de esgotos podem ser divididos em duas classes:

• Parâmetros físico-químicos: abrangem medições da concentração de substâncias químicas


presentes no esgoto;
• Parâmetros microbiológicos: envolvem aspectos ligados a presença de microrganismos no esgoto.

Figura 3: O esgoto pode apresentar uma infinidade de poluentes físico-químicos e microbiológicos.

2.1 - Parâmetros Físico-químicos

Os principais parâmetros físico-químicos importantes para o tratamento de esgotos serão apresentados.

2.1.1 - Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)

Um dos parâmetros mais importantes para a caracterização de um esgoto é a Demanda Bioquímica de


Oxigênio (DBO), que se trata de uma forma indireta de estimar a matéria orgânica presente no esgoto.
A DBO corresponde à quantidade de oxigênio necessária para os microrganismos fazerem a
decomposição da matéria orgânica presente no esgoto. Sendo assim, quando maior é a quantidade de
matéria orgânica biodegradável presente no esgoto, maior será a quantidade de oxigênio consumido
pelos microrganismos realizarem sua decomposição e, consequentemente, maior será a DBO.
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O ensaio padronizado de DBO normalmente é realizado a temperatura de 20°C e durante um período de


5 dias, sendo por isso denominado de DBO5,20. Neste ensaio mede-se a concentração inicial de oxigênio
na amostra e ela é incubada (guardada, estocada em condições controladas) durante 5 dias a uma
temperatura de 20°C. Após este período, mede-se a concentração final de oxigênio na amostra e a
diferença entre medições corresponde ao oxigênio consumido pelos microrganismos, ou seja, à DBO.

Importante saber que o lançamento de esgotos com valores elevados de DBO nos cursos d'água pode
resultar em uma proliferação excessiva de organismos decompositores. Esse incremento da microflora do
corpo receptor irá consumir o oxigênio dissolvido no esgoto para degradar a matéria orgânica, o que pode
afetar o equilíbrio da vida aquática devido à queda da concentração de oxigênio. Como resultado, temos
a produção de sabores e odores desagradáveis oriundos da decomposição dos compostos.

Outro aspecto relevante é que águas com valores elevados de DBO podem prejudicar o funcionamento de
estações de tratamento de água, pois a matéria orgânica pode obstruir os filtros de areia.

Uma limitação da DBO é que, se o composto orgânico não for biodegradável, ele não é considerado pela
DBO, pois esta variável mede apenas a matéria orgânica que pode ser digerida por microrganismos, ou
seja, a parcela biodegradável. Então, podem existir concentrações elevadas de matéria orgânica no
esgoto, mas se ela não for biodegradável, a DBO será baixa.

Além disso, pode haver matéria orgânica biodegradável no esgoto, mas, se houver componentes tóxicos,
esses podem inibir o crescimento de microrganismos que não irão degradar a matéria orgânica nem
consumir o oxigênio. Com isso, a DBO medida nesse esgoto resultará em valores baixos ou nulos, apesar
de o esgoto apresentar elevada concentração de matéria orgânica biodegradável. Então, neste caso a
DBO não conseguirá medir a quantidade de matéria orgânica biodegradável, não sendo, portanto,
adequada para previsão de matéria orgânica em esgotos com elementos tóxicos.

Mas por que não se mede a matéria orgânica de maneira direta? Por que conceituamos
DBO como uma forma de medida indireta da matéria orgânica?

A matéria orgânica é um termo geral utilizado para se referir a milhares de compostos orgânicos presentes
nos esgotos, de modo que a sua determinação direta seria demorada e de alto custo, pois demandaria a
determinação de cada um dos diferentes compostos orgânicos presentes na amostra. Por outro lado, a
DBO permite ter uma noção da quantidade de matéria orgânica presente na amostra de forma bem mais
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fácil, consistindo simplesmente em medir as concentrações de oxigênio dissolvido na amostra antes e


depois da incubação.

Figura 4: A análise da composição do esgoto é fundamental para selecionar o tipo de tratamento mais adequado.

Se DBO é elevada

Haverá muita
matéria orgânica
biodegradável

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2.1.2 - Demanda Química de Oxigênio (DQO)

Outro parâmetro de medição indireta da matéria orgânica é a Demanda Química de Oxigênio (DQO),
mas neste caso mede-se o consumo de oxigênio necessário para realizar a oxidação química da matéria
orgânica presente no esgoto. Ou seja, na DBO a oxidação da matéria orgânica é feita pelos
microrganismos, enquanto que na DQO a oxidação da matéria orgânica é realizada quimicamente. No
ensaio de DQO utiliza-se um agente oxidante forte o dicromato de potássio para realizar a oxidação da
matéria orgânica e a quantidade de oxigênio consumido é calculada realizando a titulação com sulfato
ferroso amoniacal.

Uma das vantagens da DQO é que ela permite estimar tanto a matéria orgânica biodegradável quanto a
não biodegradável, pois como a oxidação ocorre quimicamente esta distinção não é relevante neste
ensaio. Por isso se medirmos a DQO e a DBO em uma amostra de esgoto a DBO deve ser sempre menor
ou igual à DQO, mas nunca superior, pois na DBO oxida-se apenas a matéria orgânica biodegradável e na
DQO oxida-se a matéria orgânica biodegradável e não biodegradável. A DBO será igual a DQO apenas se
houver apenas matéria orgânica biodegradável na amostra.

Além disso, o ensaio de DQO é bem mais rápido do que o de DBO. O ensaio de DBO demora pelo menos 5
dias, pois depende da incubação para dar tempo aos microrganismos, de consumir o oxigênio, enquanto
que o ensaio de DQO é realizado em algumas horas, pois a oxidação química ocorre rapidamente.

Um parâmetro importante de caracterização dos esgotos é a relação DBO/DQO. Valores próximos de 1


indicam que a DBO é quase igual a DQO, ou que resulta que a maior parte da matéria orgânica é
biodegradável, sendo indicado o uso de processos biológicos para realizar o tratamento deste esgoto.
Geralmente está é a situação em esgotos urbanos de modo geral. Por outro lado, quanto menor for o
valor da relação DBO/DQO significa que maior é a diferença entre estas duas grandezas, o que indica que
a boa parte da matéria orgânica não é biodegradável ou que o esgoto possui componentes tóxicos que
inibem o crescimento de microrganismos, inviabilizando talvez a utilização de processos biológicos para
o tratamento deste esgoto. Isso normalmente ocorre com esgotos gerados em alguns setores industriais.

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Diferenças entre DBO e DQO

Parâmetro DBO DQO

substânca química
Oxidação da microrganismos
(dicromato de
matéria orgânica: decompositores
potássio)

Matéria orgânica
Medida indireta Matéria orgânica
biodegradável e
de: biodegradável
não biodegradável

Tempo de
Demora pelo Demora algumas
realização da
menos 5 dias horas
análise:

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Relação DBO/DQO alta:


• Grande parte da matéria
orgânica é biodegradável
• Possibilidade de utilização de
tratamento biológico

Relação DBO/DQO baixa:


• Grande parte da matéria
orgânica não é biodegradável
• Ou o esgoto apresenta
substâncias tôxicas
• A utilização de tratamento
biológico pode não ser viável

2.1.3 - Sólidos suspensos e sólidos dissolvidos

Os sólidos suspensos são material sólido presente no esgoto que fica retido em um filtro com poro igual a
1,2 micrômetros. Os sólidos suspensos estão diretamente ligados a uma propriedade física apresentada na
aula de tratamento de água: a turbidez. Quando maior a concentração de sólidos suspensos, maior será a
turbidez da água. Os sólidos suspensos se dividem em sedimentáveis e não sedimentáveis. Os sólidos
sedimentáveis referem-se ao material sólido suspenso presente na massa líquida, mas que podem ser
facilmente removidos por gravidade. Considera-se como sedimentável o sólido que deixando o fluido em
repouso se deposita no fundo do recipiente por ação da gravidade em um período de 1 hora.

Os sólidos dissolvidos, por sua vez, não são retidos pelo filtro de 1,2 micrômetros, estando também
diretamente ligado a uma propriedade física que foi vista na aula de tratamento de água: a cor. Quando
maior a concentração de sólidos dissolvidos, mais forte tende a ser a coloração do esgoto.

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Sólidos Retidos no
Atribuem
filtro de 1,2
suspensos turbidez
micrômetros

Sólidos Passam no
Atribuem cor filtro de 1,2
dissolvidos micrômetros

2.1.4 - Nutrientes

O item nutrientes na verdade envolve vários elementos que são normalmente essenciais para o
crescimento de plantas e algas, dentre os quais destacam-se: o fósforo e o nitrogênio. O lançamento
excessivo de nutrientes nos cursos d´água aumenta muito a disponibilidade destes elementos no
ambiente e provoca um crescimento descontrolado de algas e plantas aquáticas. As concentrações de
fósforo nos esgotos referem-se podem estar ligadas ao uso de detergentes que contem este composto em
sua formulação. O crescimento desordenado de algas e plantas aquáticas devido à concentração excessiva
de nutrientes é denominado de eutrofização.

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Figura 5: A presença de quantidades elevadas de nutrientes como fósforo e nitrogênio na água resulta na proliferação excessiva de algas como
mostrado nesta figura, esse processo é denominado de eutrofização.

(CESPE/PF - Eng. Civil - 2018) A respeito de saneamento, julgue o tem.


Demanda bioquímica de oxigênio, sólidos em suspensão e vazão afluente são parâmetros básicos
para o dimensionamento das unidades de tratamento de esgoto.
Comentários:
A afirmativa está correta, DBO, sólidos em suspensão e vazão afluente são parâmetros básicos de
dimensionamento de uma ETE, pois a vazão indica o porte necessário das unidades de tratamento, os
sólidos em suspensão são importantes para dimensionar o sistema preliminar e primário, e a DBO é
necessária para dimensionar o sistema de tratamento secundário.
Gabarito: “Certo”
(DIRPS-UFU/UFU - Operador - 2017) A DQO é um parâmetro essencial para a caracterização e a
avaliação do potencial de matéria redutora de uma amostra. Sendo assim, é correto afirmar que a
DQO é um processo de:
a) oxidação química, em que se emprega o dicromato de potássio como agente oxidante e o sulfato
ferroso amoniacal na titulação da amostra.
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b) oxidação química, em que se emprega o dicromato de sódio como agente oxidante e sulfato ferroso
amoniacal na titulação da amostra.
c) oxidação química, em que se emprega o dicromato de potássio e tiossulfato de sódio na titulação da
amostra.
d) oxidação química, em que se emprega o sulfato ferroso amoniacal como agente oxidante e a solução de
dicromato de potássio na titulação da amostra.
Comentários:
A DQO é determinada por meio de uma análise que utiliza o dicromato de potássio como oxidante e o
sulfato ferroso amoniacal na titulação da amostra. Sendo assim, a alternativa A é a resposta.
Gabarito: “A”
(FCC/TRT-5 - Eng. Civil - 2013) Sobre a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), é INCORRETO
afirmar:
a) A DBO da água é a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica por decomposição
microbiana aeróbia para uma forma inorgânica estável.
b) Despejos de origem predominantemente orgânica proporcionam os maiores aumentos em termos de
DBO em um corpo d’água.
c) Um elevado valor de DBO indica um incremento da microflora presente e interfere no equilíbrio da vida
aquática, além de produzir sabores e odores desagradáveis.
d) Um elevado valor de DBO e suas consequências podem obstruir os filtros de areia utilizados nas
estações de tratamento de água.
e) A DBO indica a presença de matéria não biodegradável e leva em consideração o efeito tóxico ou
inibidor de materiais sobre a atividade microbiana.
Comentários:
Vamos analisar cada alternativa:
A alternativa A está correta, pois a DBO da água é a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a
matéria orgânica por decomposição microbiana aeróbia para uma forma inorgânica estável.
A alternativa B está correta, visto que esgotos com muita matéria orgânica realmente proporcionam os
maiores aumentos em termos de DBO em um corpo d’água, pois isso afeta diretamente a quantidade de
esgoto que será consumido pelos microrganismos já que haverá mais substâncias orgânicas para serem
degradadas.
A alternativa C está correta, tendo em vista que um elevado valor de DBO indica um incremento da
microflora presente, pois esta microflora é que está consumindo este oxigênio medido. Essa proliferação d
de microrganismos pela abundância de matéria orgânica interfere no equilíbrio da vida aquática, além de
produzir sabores e odores desagradáveis.
A alternativa D está correta, já que DBO elevada pode aumentar a concentração de sólidos na água o que
resulta em entupimentos nos filtros de areia de estações de tratamento de água.
A alternativa E está errada, pois a DBO não indica a presença de matéria não biodegradável e não leva em
consideração o efeito tóxico ou inibidor de materiais sobre a atividade microbiana.
Dessa forma, a alternativa E é a resposta.

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Gabarito: “E”

(CESPE/TCE-ES - Eng. Civil - Exercício de Fixação) A respeito de saneamento básico, julgue o item a
seguir.
Por meio da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) pode-se medir a quantidade de matéria orgânica
presente em redes de esgoto.
Comentários:
A afirmação está correta, a DBO é uma forma de se medir indiretamente a quantidade de matéria
orgânica presente no esgoto.
Gabarito: “Certo”

2.2 - Parâmetros Microbiológicos

Os parâmetros microbiológicos envolvem a identificação de microrganismos patogênicos, ou seja, que


podem transmitir doenças às pessoas. Nessa seção serão apresentados os principais parâmetros de
contaminação microbiológica.

2.2.1 - Coliformes

O esgoto pode apresentar uma infinidade de organismos geradores de doenças nos seres humanos tais
como: vírus, bactérias, protozoários e helmintos. Dessa forma, a identificação de cada organismo seria um
processo caro e demorado.

Para solucionar este problema, analogamente ao uso de DQO para avaliar matéria orgânica, utiliza-se a
detecção de coliformes como uma medida indireta para avaliar o risco de existirem microrganismos
patogênicos no esgoto. Os coliformes são um grupo de bactérias do tipo bacilo que normalmente
apresentam resistência semelhante à de microrganismos patogênicos. Sendo assim, caso uma amostra
de esgoto indique a presença de coliformes a grande chance de nessa amostra existirem organismos
patogênicos. A medição de coliformes de maneira geral é denominada de coliformes totais.

Os coliformes termotolerantes ou coliformes fecais são um tipo específico de coliformes que são
predominantemente encontrados no intestino de humanos e animais, de modo que sua presença em
uma amostra de água pode ser um indício de que ela pode estar contaminada com material fecal, e
consequentemente pode apresentar parasitas que vivem no intestino e provocam doenças. Entretanto,
existem coliformes termotolerantes que não habitam o intestino, mas vivem no ambiente externo. Dessa
forma, nem sempre a existência de coliformes termotolerantes significa que há contaminação fecal,
motivo pelo qual a terminologia coliformes fecais caiu em desuso. A terminologia coliformes
termotolerantes advém do fato deste grupo de coliformes sobreviver a temperaturas mais elevadas se
comparados a outros coliformes. Atualmente os coliformes termotolerantes são denominados de

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coliformes a 45°C, pois uma de suas características é a capacidade de fermentar a lactose a uma
temperatura de 45°C.

Particularmente, o Escherichia coli ou E. coli é um tipo de coliforme termotolerante importante para


avaliação de contaminação fecal, pois eles habitam o intestino humano e de animais. Dessa forma, a
presença de E. coli em uma amostra indica contaminação recente com material fecal de origem humana
ou animal. Importante saber que o E. coli é apenas um indicador de presença de organismos patogênicos,
mas o E. coli em si normalmente não provoca danos a saúde humana quando está em seu local habitual, o
intestino humano. Todavia algumas variantes do E. coli podem gerar problemas de saúde como distúrbios
gastrointestinais e infecção urinária.

Figura 6: Conjunto de bactérias do tipo coliformes E. coli

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A simples presença de E. coli não garante que há organismos patogênicos, mas indica que houve
contaminação fecal de origem humana ou animal. Além disso, se existem E. coli no ambiente há chance
de organismos patogênicos também existirem, pois eles apresentam resistências semelhantes.

• Indicador indireto de organismos


patogênicos
Coliformes • Resistência semelhante a de
organismos patogênicos

• Habitam intertino de animais e


Coliformes seres humanos
termotolerantes ou • Indicam contaminação fecal, mas
coliformes a 45°C há bactérias deste grupo que
também vivem no ambiente
(fecais) externo

• Habitam o intestino de animais e


seres humanos
Escherichia coli • Indicam contaminação fecal de
origem humana ou animal

2.2.2 - Estreptococos fecais

Outro grupo de bactérias utilizadas como indicar indireto de provável presença de organismos
patogênicos são os estreptococos fecais, o qual apresentam dois gêneros importantes do ponto de vista
de contaminação microbiológica: Enterococcus e Streptococcus. Os Enterococcus vivem normalmente
no intestino de humanos, mas há espécies que habitam o intestino de animais, sendo que sua presença na
água é a associada à contaminação fecal de origem humana ou animal. Já o Streptococcus são
normalmente relacionados à contaminação de fezes por animais. Importante saber que os estreptococos
apresentam resistência superior a ambientes externos do que o E. coli.

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(IFCE/IFCE - Téc. Meio Ambiente - 2017) A detecção de agentes patogênicos, em uma amostra de
água, é extremamente difícil. por Isso opta-se em determinar os organismos indicadores de
contaminação fecal. Esses organismos não são patogênicos, mas indicam seguramente quando uma
água apresenta contaminação fecal (humana ou por animais) e, por consequência, sua potencialidade
em transmitir doenças. Dentre os principais indicadores de contaminação fecal, tem-se um grupo de
bactérias de indicadores originários do trato intestinal humano e de outros animais. Sendo um
exemplo deste grupo a Escherichia coli. Esses organismos são conhecidos como:
a) coliformes totais.
b) coliformes termotolerantes ou fecais.
c) estreptocos fecais.
d) Clostridium botulinum.
e) poliomielites vírus.
Comentários:
As bactérias que vivem no trato intestinal do ser humano e de outros animais são os coliformes
termotolerantes ou fecais dos quais o Escherichia coli é um exemplo. Sendo assim, a alternativa B é a
resposta.
Gabarito: “B”
(CESGRANRIO/UNIRIO - Farmacêutico - 2016) A denominação de “coliformes a 45°C” é equivalente à
denominação de:
(A) Clostridium perfringens
(B) Coliformes totais
(C) Enterococcus spp
(D) Coliformes termotolerantes
(E) Enterococcus faecalis
Comentários:
As terminologia coliformes a 45°C é utilizada como sinônimo para designar os coliformes termotolerantes
ou fecais. Sendo assim, a alternativa D é a resposta.
Gabarito: “D”

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3 - O TRATAMENTO DE ESGOTOS

Esta seção irá apresentar os principais conceitos e etapas relacionadas ao tratamento de esgotos. Antes
de tudo é essencial ter em mente quais são os principais objetivos do tratamento de esgoto. Basicamente
o tratamento de esgoto busca reduzir a concentração de poluentes, o que inclui:

• A remoção de sólidos suspensos e dissolvidos presentes nos esgotos;


• A redução da concentração de matéria orgânica, e consequentemente da demanda bioquímica de
oxigênio (DBO);
• A remoção de nutrientes, tais como nitrogênio e fósforo, visto que eles podem provocar a
proliferação de algas e plantas aquáticas de maneira excessiva nos cursos d'água;
• A remoção de organismos patogênicos, pois podem transmitir doenças a população;
• A redução da concentração de outras substâncias químicas indesejáveis que provocam odor e/ou
sejam tóxicas ao ser humano ou a fauna e flora.

(IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) Os principais objetivos do tratamento dos esgotos


consistem na remoção de:
I. Sólidos em suspensão.
II. Matéria orgânica.
III. Organismos patogênicos.
IV. Nutrientes.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III e IV
b) Apenas I, II e III
c) Apenas I, II e IV
d) Apenas I e III
Comentários:
O tratamento de esgoto busca a remoção de:
-Sólidos em suspensão.
-Matéria orgânica.
-Organismos patogênicos.
-Nutrientes.

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Dessa forma, os itens I, II, III e IV estão corretos, o que corresponde a alternativa A.
Gabarito: “A”

(IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) Analise os objetivos a seguir e assinale a


alternativa correta:
I. Remover o material sólido.
II. Reduzir a demanda bioquímica de hidrogênio.
III. Exterminar micro-organismos patogênicos.
IV. Reduzir as substâncias químicas indesejáveis.
São objetivos do tratamento dos esgotos domésticos:
a) I, II, III e IV
b) Apenas I e II
c) Apenas I, II e IV
d) Apenas I, III e IV
Comentários:
Vamos analisar cada item:
O item I está correto, pois um dos objetivos do tratamento de esgotos é remover o material sólido;
O item II está errado, pois um dos objetivos do tratamento de esgotos é reduzir a demanda bioquímica
de oxigênio (DBO) e não de hidrogênio. Veja que a banca alterou apenas a última palavra trocando
oxigênio por hidrogênio, esse detalhe fez com que a afirmativa passasse a ser falsa. Portanto, fique atento
com cada detalhe da questão para evitar que pequenas alterações passem despercebidas;
O item III está correto, pois um dos objetivos do tratamento de esgotos é exterminar micro-organismos
patogênicos;
O item IV está correto, pois um dos objetivos do tratamento de esgotos é reduzir as substâncias químicas
indesejáveis.
Dessa forma, os itens I, III e IV correspondem aos objetivos do tratamento de esgoto, de modo que a
alternativa D é a resposta.
Gabarito: “D”

3.1 - Níveis de tratamento

O tratamento de esgoto pode ser dividido em vários níveis, sendo cada um dedicado a remoção de
determinados tipo de poluentes. Os quatro níveis de tratamento de esgoto são:

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• Tratamento preliminar: o tratamento preliminar tem por objetivo a remoção de sólidos


grosseiros, areia e matéria oleosa e utiliza para isso processos físicos. São exemplos de processos
de tratamento preliminar: gradeamento e desarenadores;
• Tratamento primário: o tratamento primário busca remover sólidos suspensos e utiliza
normalmente processos físicos e/ou físico-químicos. São exemplos de etapas do tratamento
primário: coagulação, floculação, flotação e a decantação (primária);
• Tratamento secundário: o tratamento secundário é dedicado à remoção da matéria orgânica e
por consequência a redução da DBO. O tratamento secundário utiliza processos biológicos em
que os microrganismos realizam a decomposição da matéria orgânica;
• Tratamento terciário: o tratamento terciário é dedicado à remoção de nutrientes e
microrganismos e pode envolver processos físicos, químicos ou biológicos. Além de nutrientes e
organismos patogênicos, o tratamento terciário pode ser dedicado a remoção de compostos
tóxicos como metais pesados.

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• Processos físicos
• Remoção de sólidos grosseiros, areias e matéria oleosa
Nível • Gradeamento, desarenador
Preliminar

• Processos físicos e físico-químicos


• Remoção de sólidos suspensos
Nível • Flotação, coagulação, floculação, decantador primário
Primário

• Processos biológicos
• Remoção de matéria orgânica
Nível • Lodos ativados, UASB, laboas de estabilização
Secundário

• Remoção de organismos patogênicos (desinfecção)


• Remoção de nutrientes (fósforo, e nitrogênio)
Nível • Remoção de compostos tóxicos (ex.: metais pesados)
Terciário

(FGV/ALE-RO - Eng. Civil - 2018) A figura mostra o fluxograma típico do sistema de lodos ativados
convencional implantado em uma estação de tratamento de esgotos.

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O conjunto dos reatores I, II e III trata os esgotos a nível


a) preliminar.
b) primário.
c) secundário.
d) terciário.
e) especial.
Comentários:
Os elementos I, II e III são, respectivamente: grade, desarenador e medidor de vazão, os quais fazem parte
do nível preliminar. Sendo assim, a alternativa A é a resposta.
Gabarito: “A”
(IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) A figura que segue apresenta uma simbologia
tradicionalmente usada para representar unidades que compõem o tratamento preliminar numa
E.T.E. (Estação de Tratamento de Esgotos). Assinale a alternativa que indica corretamente os
símbolos.

a) I – Gradeamento; II – Caixa de Areia; III – Medidor Parshall


b) I – Gradeamento; II – Tanque Séptico; III – Medidor Parshall
c) I – Gradeamento; II – Caixa de Areia; III – Tanque Séptico
d) I – Gradeamento; II – Tanque Séptico; III – Filtro Anaeróbico
Comentários:
A simbologia apresentada refere-se aos seguintes itens:
I - gradeamento
II - caixa de areia

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III - medidor ou calha Parshall


Dessa forma, a alternativa A é a resposta.
Gabarito: “A”
(DIRPS-UFU/UFU - Operador - 2017) Com relação aos níveis de tratamento de esgotos, é correto
afirmar que o tratamento preliminar objetiva
a) a remoção de sólidos grosseiros, sólidos sedimentáveis e a DBO5 solúvel em suspensão e,
eventualmente, nutrientes, efetuado por meio de caixa de areia e decantador primário.
b) a remoção de sólidos grosseiros, efetuado por meio de grades e desarenadores.
c) a remoção de sólidos grosseiros, efetuado por meio de calhas Parshall.
d) a remoção de sólidos grosseiros, sólidos sedimentáveis e DBO solúvel em suspensão, efetuado apenas
nos decantadores primários.
Comentários:
O tratamento preliminar busca remover os sólidos grosseiros por meio da utilização de grades e
desarenadores. Dessa forma, a alternativa B é a resposta.
Gabarito: “B”

(CESPE/PCie-PE - Eng. Civil - 2016) O nível de tratamento de esgoto para a remoção de nutrientes,
patógenos, compostos não biodegradáveis e metais pesados é classificado como
a) terciário.
b) desinfecção.
c) preliminar.
d) primário.
e) secundário.
Comentários:
O tratamento terciário é o responsável pela remoção de nutrientes, patógenos, compostos não
biodegradáveis e metais pesados. Dessa forma, a alternativa A é a resposta.
Gabarito: “A”
(CESPE/TCE-PR - Eng. Civil - 2016) Nos sistemas de tratamento de esgotos sanitários, o tratamento
terciário do esgoto
a) transforma o nitrogênio e, em consequência, melhora a qualidade do efluente.
b) remove a maior fração da DBO do material tratado.
c) facilita o tratamento biológico do material.

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d) protege as bombas e os demais dispositivos utilizados no sistema.


e) digere os sólidos retidos no material.
Comentários:
O tratamento terciário busca remover nutrientes (nitrogênio e fósforo) e organismos patogênicos,
melhorando assim a qualidade do efluente tratado. Dessa forma, a alternativa A é a resposta.
Gabarito: “A”
(FGV/ALE-MA - Eng. Civil - 2013) Os processos de tratamento de esgoto são classificados em função
da eficiência requerida para atender os padrões de lançamento do corpo d’água receptor. Existe um
processo de tratamento predominantemente biológico (bioquímicos) que retira matéria orgânica em
suspensão fina (DBO suspensa) não removida em reatores anteriores e matéria orgânica na forma de
sólidos dissolvidos (DBO solúvel). Remove ainda cerca de 60 a 90% da DBO. Esse processo atua no
nível
a) preliminar.
b) primário.
c) secundário.
d) terciário.
e) quaternário.
Comentários:
Um processo predominantemente biológico de remoção de matéria orgânica dissolvida e em suspensão e
que apresenta elevada remoção de DBO do esgoto trata-se do nível secundário de tratamento. Sendo
assim, a alternativa C é a resposta.
Gabarito: “C”
(FCC/TRT-12 - Eng. Civil -2013) O tratamento de esgoto é composto de várias fases e dispositivos em
uma estação de tratamento. O dispositivo responsável pela remoção da parcela da matéria em
suspensão depositada dentro de um período de detenção adotado é denominado
a) digestor.
b) gradeamento.
c) caixa de areia.
d) leito de secagem.
e) decantador.
Comentários:
Vamos analisar cada alternativa:
A alternativa A está errada, já que um digestor é um processo biológico que permite a degradação da
matéria orgânica presente no esgoto.
A alternativa B está errada, pois gradeamento é um dispositivo utilizado para reter os sólidos grosseiros.
A alternativa C está errada, visto que a caixa de área é um elemento responsável pela remoção de
elementos com granulometria de areias.

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A afirmativa D está errada, pois os leitos de secagem são dispositivos para remover o excesso de água do
lodo gerado em ETEs.
A afirmativa E está correta, já que o decantador é utilizado para permitir a deposição de sólidos
sedimentáveis formados por processos biológicos (decantador secundário) ou físico-químicos (decantador
primário).
Sendo assim, a alternativa E é a resposta.
Gabarito: “E”
(FCC/TRT-15 - Eng. Civil - 2013) Considere o quadro a seguir que apresenta alguns sistemas de
tratamento utilizados para esgotos sanitários.
Item Sistema de tratamento de esgoto sanitário Processo
I Caixa de areia Físico
II Lodos ativados Biológico
III Cloração Químico
Os processos especificados nos itens I, II e III correspondem, respectivamente, aos tratamentos:
a) secundário; secundário e preliminar.
b) primário; preliminar e terciário.
c) secundário; primário e secundário.
d) primário; primário e secundário.
e) preliminar; secundário e terciário.
Comentários:
Vamos analisar cada item:
O item I, caixa de areia, faz parte do tratamento preliminar.
O item II, lodos ativados, é um tipo sistema de tratamento secundário.
O item III, cloração, é um processo químico de tratamento terciário.
Então, a sequência correta é preliminar, secundário e terciário, o que corresponde à alternativa E.
Gabarito: “E”
(FCC/TRT-18 - Eng. Civil - 2013) Um sistema de tratamento de águas residuárias é constituído por uma
série de operações e processos físicos, químicos e biológicos que são empregados para a remoção de
substâncias indesejáveis da água ou para sua transformação em outras formas aceitáveis. Nos
processos físicos, são utilizados decantadores na remoção de:
a) sólidos sedimentáveis, em suspensão na água residuária, podendo ser empregados no início do sistema
ou como unidade de depuração final, após processos físico-químicos ou biológicos.
b) gorduras, óleos, graxas e outras substâncias com densidade menor que a da água, tendo função de
proteger as unidades subsequentes contra entupimento de tubulações, incrustações, formações de
espuma etc.
c) partículas de areia e também possuem como função básica a proteção de equipamentos e tubulações
contra a abrasão e, de unidades do sistema contra o assoreamento.
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d) sólidos em suspensão coloidal ou mesmo dissolvidos, substâncias que causam cor e turbidez,
substâncias odoríferas, metais pesados e óleos emulsionados.
e) matéria orgânica adsorvida pela massa biológica, que é estabilizada por micro-organismos. São tanques
com enchimento de pedras ou elementos plásticos, onde ocorre o desenvolvimento de uma fina camada
de micro-organismos aeróbios.
Comentários:
Os decantadores são estruturas utilizadas no tratamento de esgoto para remover sólidos sedimentáveis
gerados após processos biológicos (decantador secundário) ou físico-químicos (decantador primário).
Dessa forma, a alternativa A é a reposta.
Gabarito: “A”
(FCC/TRT-18 - Eng. Civil - 2013) Considere o quadro sobre o sistema de tratamento normalmente
utilizado para esgotos sanitários:
SISTEMA DE TRATAMENTO ESGOTOS SANITÁRIOS:
GRADE - item I
CAIXA DE AREIA -item II
DECANTADOR PRIMÁRIO - tem III
LODOS ATIVADOS - item IV
CLORAÇÃO - item V
Na concepção do sistema de tratamento de esgoto sanitário, os itens indicados em cada
processo/tratamento referem-se, respectivamente, a:
a) I e II. Físico/Preliminar - III. Biológico/Secundário - IV. Físico//Terciário - V. Químico/Terciário.
b) I e II. Físico/Preliminar - III. Físico/Primário - IV. Biológico/Secundário - V. Químico/Terciário.
c) I e II. Físico/Primário - III. Físico/Secundário - IV. Químico/Secundário - V. Biológico/Secundário.
d) I e II. Físico/Básico - III. Físico/Preliminar - IV. Biológico/Terciário - V. Biológico/Terciário.
e) I e II. Físico/Primário - III. Físico/Terciário - IV. Físico/Secundário - V. Químico/Básico.
Comentários:
Vamos analisar cada item:
A grade (item I) é um sistema que atua como barreira física aos sólidos grosseiros, sendo um processo
físico e faz parte do tratamento preliminar.
A caixa de areia (item II) remove areias pela ação da gravidade, sendo também um processo físico e faz
parte do tratamento preliminar.
O decantador primário (item III) remove sólidos sedimentáveis, trata-se de um processo físico que faz
parte do tratamento primário.
Os lodos ativados (item IV) são um sistema de remoção de matéria orgânica dissolvida por meio de
processo biológico faz parte do tratamento secundário.
A cloração (item V) é um processo químico de desinfecção do esgoto e é parte do tratamento terciário.

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Dessa forma, a única alternativa que apresenta adequadamente o tipo de processo e o nível de tratamento
de cada item é a alternativa B.
Gabarito: “B”

(CESPE/TRE-RJ - Eng. Civil - Exercício de Fixação) Julgue o próximo item, relativo ao saneamento
básico na área de engenharia civil.
A remoção de areias faz parte da etapa de tratamento preliminar em uma estação compacta de
tratamento de efluentes.
Comentários:
A afirmação está correta, tendo em vista que a remoção de areias é uma etapa do tratamento preliminar
em uma estação tratamento de esgotos.
Gabarito: “Certo”
(ESAF/CGU - Eng. Civil - Exercício de Fixação) O tratamento de esgotos visa à remoção dos poluentes,
de forma a adequar o efluente aos padrões de qualidade do corpo receptor.
Assinale a opção que define corretamente os níveis de um tratamento.
a) O tratamento preliminar é responsável pela remoção de solos sedimentáveis e, em decorrência, parte
da matéria orgânica.
b) No tratamento terciário, no qual predominam mecanismos biológicos, o objetivo é principalmente a
remoção de matéria orgânica e eventualmente nutrientes (nitrogênio e fósforo).
c) O tratamento secundário objetiva a remoção de poluentes específicos, usualmente tóxicos ou
compostos não-biodegradáveis.
d) Nos tratamentos preliminar e primário predominam os mecanismos físicos de remoção de poluentes.
e) Nos países em desenvolvimento, é raro o tratamento secundário.
Comentários:
Vamos analisar cada alternativa:
A alternativa A está errada, já que o tratamento preliminar busca a remoção de sólidos grosseiros
presentes nos esgotos brutos.
A alternativa B está errada, pois a descrição apresentada refere-se ao nível secundário de tratamento e
não do nível terciário.
A alternativa C está errada, visto que apresenta as características do nível terciário de tratamento e não
do nível secundário.
A alternativa D está correta, pois nos tratamentos preliminar e primário predominam processos físicos.

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A alternativa E está errada, tendo em vista que nos países em desenvolvimento quando há tratamento de
esgoto normalmente ele vai até o nível secundário, sendo raro ETEs nestes países com tratamento
terciário.
Sendo assim, a alternativa D é a resposta.
Gabarito: “D”

3.2 - Tecnologias de tratamento secundário

Existem atualmente diversas tecnologias de tratamento secundário de esgotos sendo que uma
característica básica que as diferencia é se a decomposição de matéria orgânica pelos microrganismos
ocorre com presença ou ausência de oxigênio, nesse caso temos duas classes de tratamentos:

• Tratamentos aeróbios: os microrganismos utilizam oxigênio durante a decomposição da matéria


orgânica. Esses tipos de tratamento normalmente requerem o bombeamento de ar (aeração
forçada) para a massa de esgoto de modo a fornecer o oxigênio necessário à degradação dos
compostos orgânicos. Por este motivo, normalmente os custos operacionais são altos, pois o
funcionamento das bombas consome muita energia elétrica. Um exemplo de tecnologia de
tratamento aeróbio amplamente utilizada no Brasil e no mundo é o sistema de lodos ativados.
• Tratamentos anaeróbios: os microrganismos não utilizam oxigênio para a decomposição da
matéria orgânica. Uma vantagem deste tipo de sistema é que ele não requer bombeamento de ar,
possuindo custo operacional menor se comparado com sistemas aeróbios com aeração forçada.
Por outro lado, os processos de decomposição de matéria orgânica na ausência de oxigênio
resultam na formação de ácido sulfídrico (H2S), aumentando os odores gerados pela ETE, o que
pode gerar desconforto a população vizinha. O metano (CH4) também é produzido em sistemas
anaeróbios e pode ser utilizado para a geração de energia elétrica. Um exemplo de tratamento
anaeróbio muito utilizado no Brasil é o reator anaeróbio com manta de lodo ou reator anaeróbio
de fluxo ascendente ou UASB.

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Tratamentos
secundários

Processos Processos
aeróbios anaeróbios

Requer Não requer


oxigênio oxigênio

Geração de
Bombeamento
odores (gás
de ar
sulfídrico - H2S)

Geração de
metano (CH4)

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(CESPE/TJ-AM - Eng. Civil - 2019) Acerca dos aspectos construtivos e operacionais da coleta e do
tratamento de esgotos sanitários, julgue o item subsecutivo.
O processo de tratamento de esgotos por lodos ativados é predominantemente anaeróbio e consiste
em um tratamento primário.
Comentários:
A afirmação está errada, na verdade o processo por lodos ativados é um aeróbio e trata-se de método de
tratamento secundário para remoção da matéria orgânica por processo biológico.
Gabarito: “Errado”
(CESPE/TCM-BA - Auditor Infraestrutura - 2018) Nas estações de tratamento de esgoto, o dispositivo
que separa a biomassa que consumiu a matéria orgânica, e que, em seguida, se deposita no fundo,
permitindo que o sobrenadante seja descartado como efluente tratado, com carga orgânica reduzida
e isento de biomassa é denominado
a) decantador secundário.
b) tanque de aeração.
c) desarenador.
d) decantador primário.
e) lagoa de estabilização.
Comentários:
O enunciado apresenta as características de um decantador secundário. Dessa forma, a alternativa A é a
resposta.
Gabarito: “A”
(CESPE/ABIN - Eng. Civil - Exercício de Fixação) O esgotamento sanitário é a parte do saneamento
básico que inclui as atividades, a infraestrutura e as instalações operacionais de coleta, transporte,
tratamento e disposição final dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento
final no meio ambiente.
A respeito dos sistemas, métodos e processos de esgotamento sanitário, julgue o item subsequente.
No sistema de lodos ativados, o decantador secundário tem por finalidade separar a biomassa que
consumiu a matéria orgânica do efluente, a qual permanece como sobrenadante na superfície do
decantador, permitindo o descarte do efluente tratado pelo fundo do decantador.
Comentários:
A afirmação está errada, na verdade o decantador secundário tem por finalidade separar a biomassa que
consumiu a matéria orgânica do efluente, e que se deposita no fundo do decantador, permitindo que
sobrenadante seja descartado pela superfície como efluente tratado.
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Gabarito: “Errado”

(CESPE/PF - Eng. Civil - 2018) A respeito de saneamento, julgue o tem.


Os custos de implantação dos reatores anaeróbios podem ser considerados altos, mas é na operação
que reside a principal desvantagem desse tipo de reator, que é a necessidade de aeração.
Comentários:
A afirmação está errada, uma das principais vantagens dos reatores anaeróbios o fato de sua operação
não necessitar de aeração, pois trata-se de um sistema anaeróbio, ou seja, que realiza o tratamento do
esgoto por decomposição em um ambiente com ausência de oxigênio.
Gabarito: “Errado”
(CESPE/CEF - Engenharia Civil - 2014) Julgue o item seguinte, a respeito de infraestrutura urbana.
Em uma estação de tratamento de esgotos (ETE), o reator UASB (upflow anaerobic sludge blanket)
ou reator de fluxo ascendente com manta de lodo consiste em um sistema de tratamento biológico
em que a estabilização da matéria orgânica é realizada pela oxidação bacteriológica e(ou) redução
fotossintética das algas.
Comentários:
A afirmação está errada, pois as lagoas de estabilização é que consistem em um sistema de tratamento
biológico em que a estabilização da matéria orgânica é realizada pela oxidação bacteriológica e(ou)
redução fotossintética das algas. No caso do UASB a degradação da matéria orgânica não ocorre por
redução fotossintética das algas, sendo um reservatório fechado em que o esgoto não fica exposto a
radiação solar.
Gabarito: “Errado”
(CESPE/PF - Eng. Civil - 2013)

A figura acima representa um trecho de rede coletora de esgotos de um município e a condução dessa
rede até a estação de tratamento de esgotos (ETE). O tratamento realizado nessa ETE ocorre pelo
processo de lodos ativados. Todos os trechos apresentados no esquema trabalham como condutos
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livres, por gravidade, com a vazão afluente máxima de 200 L/s. Nessa ocasião, o trecho (a), de
diâmetro de 250 mm, trabalha a meia seção.
Com base nessas informações, julgue o item a seguir.
Enquanto no reator aerado ocorrerão reações bioquímicas de remoção da matéria orgânica, no
decantador secundário dessa ETE ocorrerá a sedimentação dos sólidos, permitindo a clarificação do
efluente.
Comentários:
A afirmativa está correta, pois descreve adequadamente os principais processos que ocorrem no reator
aerado e no decantador secundário.
Gabarito: “Certo”

(CESPE/TCU - Eng. Civil - Exercício de Fixação) O tratamento dos esgotos é usualmente classificado
em preliminar, primário, secundário e terciário. Em relação aos diversos sistemas de tratamento,
julgue o item que se segue.
O reator anaeróbio de manta de lodo, também denominado de UASB, é um sistema de tratamento
de esgoto de nível terciário, em que a DBO é estabilizada anaerobicamente por bactérias dispersas no
reator.
Comentários:
A afirmação está errada, pois o reator aeróbio de manta de lodo é na verdade um sistema de tratamento
de esgoto de nível secundário em que a DBO é estabilizada anaerobicamente por bactérias dispersas no
reator. Sendo assim, fique atento, pois neste caso a troca da palavra secundário por terciário fez com que
a afirmativa se torna-se errada, isso ocorre frequentemente em questões de concursos.
Gabarito: “Errado”

(IDECAN/CBM-DF - Eng. Civil - 2017) São tipos de desinfecção de esgotos de efluentes das Estações de
Tratamento de Esgotos (ETE’s), EXCETO:

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a) Desinfecção com cloro.


b) Desinfecção com ozônio.
c) Desinfecção com dióxido de cloro.
d) Desinfecção com permanganato de cloro.
Comentários:
Dentre os componentes apresentados o permanganato de cloro é o único produto que não é comumente
utilizado para desinfecção de esgotos. Atenção para não se confundir, pois o cloro e permanganato de
potássio são substâncias largamente utilizadas para desinfecção, mas o permanganato de cloro não.
Provavelmente a banca fez esta combinação errada para verificar se de fato o candidato conhece os
produtos utilizados para desinfecção. Dessa forma, a alternativa D é a resposta.
Gabarito: “D”
(CONSULPLAN/Pref. Patos de Minas Eng. Civil - 2015) Para o tratamento de esgotos, os seguintes
métodos de desinfecção são largamente utilizados, EXCETO:
a) Desinfecção com cloro.
b) Desinfecção com ozônio.
c) Desinfecção com aluminato de sódio.
d) Desinfecção com dióxido de cloro (CIO2).
Comentários:
Dentre os elementos apresentados apenas o aluminato de sódio não é uma substância utilizada para a
desinfecção em sistemas de tratamento de esgoto. Dessa forma, a alternativa C é a resposta.
Gabarito: “C”

3.3 - Lagoas de estabilização

Uma das tecnologias de tratamento de esgoto mais utilizadas são as lagoas de estabilização, as quais
correspondem a grandes reservatórios abertos normalmente retangulares que se assemelham a lagoas.
Existem 4 tipos básicos de lagoas de estabilização:

• Lagoa facultativa: envolve processos com presença e ausência de oxigênio, possuindo uma zona
anaeróbia no fundo e uma zona aeróbia mais próxima à superfície;
• Lagoa anaeróbia: envolve a decomposição da matéria orgânica em condições anaeróbias.
• Lagoa aerada: apresenta sistema artificial para insuflar ar para o interior da massa líquida de
modo a fornecer oxigênio para a decomposição da matéria orgânica;
• Lagoa de maturação ou de polimento: são lagoas que buscam realizar a melhoria da qualidade do
esgoto tratado por meio da desinfecção, utilizando a radiação solar para reduzir a quantidade de
microrganismos patogênicos. Essas lagoas costumam ser rasas para que a radiação solar consiga
atingir toda a massa líquida.

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Figura 7: O esquema abaixo apresenta uma ETE que possui lagoas de estabilização como tecnologia de tratamento de esgoto.

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• Zona aeróbia • Processo


• Zona aeróbio
anaeróbia • Aeração
forçada

Lagoa Lagoa
facultativa aerada

Lagoa de
Lagoa
maturação
anaeróbia
(polimento)
• Processo • Desinfecção
anaeróbio por radiação
• Lagoas solar
profundas • Lagoas Rasas

(CESPE/TJ-AM - Eng. Civil - 2019) Acerca dos aspectos construtivos e operacionais da coleta e do
tratamento de esgotos sanitários, julgue o item subsecutivo.
As lagoas de maturação, utilizadas no final de um sistema de lagoas de estabilização, têm como
objetivo principal remover os organismos patogênicos.
Comentários:
A afirmação está correta, as lagoas de maturação ou polimento se situam no final de um sistema de
lagoas de estabilização e tem como função principal a remoção de organismos patogênicos utilizando a
radiação solar para realizar a desinfecção do esgoto.
Gabarito: “Certo”
(IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) Assinale a alternativa que não indica um tipo de
tratamento de esgotos.

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a) Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente


b) Lagoa facultativa
c) Lagoa aeroventilada
d) Lagoa de maturação
Comentários:
A lagoa aeroventilada não é um tipo de sistema de tratamento de esgoto. Sendo assim, a alternativa C é a
resposta.
Gabarito: “C”
(IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) Lagoas profundas, entre 3 e 5 metros, para reduzir
a penetração de luz nas camadas inferiores. Além disso, é lançada uma grande carga de matéria
orgânica, para que o oxigênio consumido seja várias vezes maior que o produzido. Trata-se da:
a) Lagoa Aeróbia
b) Lagoa de Infiltração
c) Lagoa de Desinfecção
d) Lagoa Anaeróbia
Comentários:
A descrição apresentada no enunciado refere-se a características de uma lagoa anaeróbia. Sendo assim, a
alternativa D é a resposta.
Gabarito: “D”
(DIRPS-UFU/UFU - Operador - 2017) Lagoas de estabilização facultativas são classificadas como
sistemas naturais de tratamento, em função de:
a) existir uma zona aeróbia apenas, onde o oxigênio dissolvido é obtido por aeradores mecânicos.
b) existir uma zona aeróbia e uma anaeróbia, onde o oxigênio é obtido por bactérias heterotróficas,
durante o processo de estilização dos esgotos.
c) existir baixo requerimento de área para sua implantação e elevada eficiência na remoção de nutrientes,
como nitrogênio e fósforo.
d) existir uma zona aeróbia e uma anaeróbia, onde o oxigênio é obtido pela fotossíntese realizada pelas
algas.
Comentários:
As lagoas de estabilização facultativas apresentam uma zona aeróbia e outra anaeróbia, sendo que o
oxigênio é formado pela fotossíntese realizada por algas. Dessa forma, a alternativa D é a resposta.
Gabarito: “D”
(AOCP/MPE-BA - Eng. Civil - 2014) Em um sistema de tratamento de esgoto, as lagoas de maturação
têm como objetivo principal reduzir a concentração de
a) coliformes e patogênicos.
b) oxigênio dissolvido e patogênicos.
c) nitrogênio e moscas.
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d) fósforo e vegetais.
e) vegetais e patogênicos.
Comentários:
As lagoas de maturação são utilizadas como tratamento terciário com o objetivo de desinfecção de modo
a reduzir a concentração de coliformes e patogênicos. Dessa forma, a alternativa A é a resposta.
Gabarito: “A”

(CEV-UECE/CGE-CE - Eng. Civil - 2013) No tratamento complementar de efluentes secundários,


comumente se empregam duas lagoas em série, com profundidade entre 1,0 m e 1,5 m, com a função
de melhorar a qualidade do efluente tratado e de possibilitar maior eficiência na remoção de
organismos patogênicos.
As lagoas mencionadas nessa descrição do tratamento de esgotos sanitários são denominadas lagoas
a) facultativas.
b) anaeróbias.
c) de maturação.
d) de aerada.
Comentários:
A descrição no enunciado corresponde às características de uma lagoa de maturação ou polimento, cujo
objetivo principal é a remoção de coliformes e organismos patogênicos. Sendo assim, a alternativa C é a
resposta.
Gabarito: “C”
(CESPE/ABIN - Eng. Civil - Exercício de Fixação) O esgotamento sanitário é a parte do saneamento
básico que inclui as atividades, a infraestrutura e as instalações operacionais de coleta, transporte,
tratamento e disposição final dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento
final no meio ambiente.
A respeito dos sistemas, métodos e processos de esgotamento sanitário, julgue o item subsequente.
As lagoas de maturação, responsáveis pelo tratamento primário dos esgotos, são dimensionadas para
receber cargas orgânicas elevadas, o que impede a existência de oxigênio dissolvido no meio.
Comentários:
A afirmação está errada, pois esta descrição refere-se a uma lagoa anaeróbia. Já as lagoas de maturação
ou de polimento tem por objetivo a redução de coliformes e organismos patogênicos por meio da radiação
solar.
Gabarito: “Errado”

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3.4 - Tratamento de esgoto em sistemas individuais

Na aula anterior vimos que há diversas formas de se elaborar um sistema de esgotamento sanitário, sendo
que existem sistemas coletivos em que a há rede coletora recebe o esgoto das edificações e os encaminha
rumo a uma ETE. Por outro lado vimos também que existem sistemas individuais ou individualizados, em
que não há rede de esgoto e cada edificação é responsável pela gestão do esgoto gerado o que inclui o seu
tratamento. Os sistemas individualizados normalmente são utilizados nas zonas rurais onde não existe
acesso a rede coletora de esgoto. A etapa do tratamento do esgoto em sistemas individuais
normalmente envolve a utilização de tecnologias mais simplificadas e de pequeno porte, mas que
permitam reduzir a concentração de poluentes dos esgotos.

3.4.1 - Sistema de tanque sépticos

A principal abordagem utilizada no Brasil para o tratamento de esgoto de sistemas individuais é o sistema
de tanques sépticos, que consiste na utilização do método do tanque séptico associado a outras umidades
complementares focadas no tratamento e disposição final da fração líquida (efluente) e sólida (lodo)
oriunda do tanque séptico.

Existem duas normas técnicas nacionais muito importantes para o projeto de sistemas individuais de
esgotos utilizando tanques sépticos:

• NBR 7229 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos;


• NBR 13969 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos
efluentes líquidos - Projeto, construção e operação.

A NBR 7229 apresenta as diretrizes básicas para o projeto de sistemas com tanques sépticos (fossa
séptica), enquanto que a NBR 13969 apresenta critérios de projeto para sistemas complementares aos
tanques sépticos tais como: sumidouros e valas de infiltração.

Mas afinal o que é um tanque séptico?

Um tanque séptico ou fossa séptica consiste em um reservatório no formato prismático ou cilíndrico


utilizando para tratar o esgoto por processos de sedimentação, flotação e digestão:

• A sedimentação é um processo físico de remoção dos sólidos suspensos, por deposição natural
deste no fundo do recipiente por ação da gravidade.
• A flotação é um processo físico no caso do tanque séptico refere-se a remoção de materiais
flutuantes como óleos e gorduras, por meio da acumulação destes na superfície do líquido e
posterior remoção;
• A digestão refere-se a um processo biológico de decomposição da matéria orgânica pela ação de
microrganismos produzindo compostos mais simples e estáveis (estabilização).

Sendo assim, no tanque séptico estes três processos ocorrem simultaneamente havendo o acúmulo de
sedimentos no fundo (lodo) e de materiais flutuantes na superfície denominados de escuma.

Os tanques sépticos precisam respeitar algumas diretrizes quanto a sua localização. Eles devem ser
posicionados respeitando os seguintes limites de distâncias mínimas de acordo com a NBR 7229:
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• 1,5 m de construções, ramal predial de abastecimento de água, limites de terreno, poços


absorventes e valas de infiltração;
• 3 m de árvores e da rede de abastecimento público de água;
• 15 m de cisternas (poços freáticos) e de corpos d'água.

De tempos em tempos deve-se realizar a limpeza do tanque séptico, o que compreende a remoção tanto
o lodo quanto e da escuma nele acumulada.

Sedimentação
• Sólidos depositados no fundo

Flotação
• Gorduras e óleos (escuma)
acumulados na superfície Tratamento
por tanque
séptico
Digestão
• Degradação da matéria
orgânica (estabilização)

3.4.2 - Elementos complementares ao tanque séptico

Os elementos complementares ao tanque séptico buscam auxiliar no tratamento do esgoto e realizar a


disposição final do efluente tratado, a qual pode ser realizada seja pelo lançamento em um corpo hídrico
ou pela infiltração do esgoto no solo. Sendo assim, com base no tipo de destinação final podemos citar os
seguintes elementos complementares ao tanque séptico:

• Sistemas de disposição em corpo hídrico: valas de filtração, filtro biológico;

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• Sistemas de disposição no solo: sumidouros e valas de infiltração.

3.4.2.1 - Sumidouros ou poços absorventes

O sumidouro ou poço absorvente é um sistema de tratamento e disposição verticalizada de esgoto no


solo. Trata-se de um tanque em formato de poço que não é impermeabilizado e serve para realizar a
infiltração do efluente de saída do tanque séptico no solo. Sendo assim, o sumidouro permite a disposição
no solo do esgoto tratado no tanque séptico. Importante saber que com o tempo a capacidade de
infiltração do sumidouro vai se reduzindo devido à colmatação do solo, o qual consiste na queda da
permeabilidade do solo devido ao preenchimento dos seus vazios pelo material sólido presente no esgoto.
Dessa forma, de tempos em tempos é necessário trocar o sumidouro, para que o sistema continua
funcionando adequadamente. Quanto menor for o teor de sólidos suspensos presentes no esgoto lançado
no sumidouro mais lenta será a colmatação, pois irá demorar mais para os vazios do solo serem
preenchidos, prolongando assim a vida útil do sumidouro.

Importante saber que para evitar a contaminação das águas subterrâneas o fundo do sumidouro deve
estar no mínimo 1,5 m acima do nível máximo do lençol freático.

3.4.2.2 - Valas de infiltração

A vala de infiltração também é utilizada para realizar a infiltração do efluente de saída do tanque séptico,
mas ao invés de ser verticalizado como o sumidouro, ela possui suas maiores dimensões na horizontal. A
vala de infiltração consiste em uma vala escavada no terreno na qual há uma tubulação perfurada que
distribui o efluente de saída do tanque séptico sobre uma camada de pedra britada. O esgoto tratado
preenche a vala e se infiltra no solo. Assim como para o sumidouro, o fundo da vala deve estar no mínimo
1,5 m acima do nível máximo do lençol freático, de modo a evitar a contaminação das águas subterrâneas.
Constatações análogas as realizadas aos sumidouros sobre a colmatação são aplicáveis as valas de
infiltração de modo que de tempos em tempos as valas precisam ser substituídas. Uma alternativa é a
utilização de duas valas em alternância de modo que se utilize uma de cada vez enquanto a outra fica em
recuperação permitindo a desobstrução dos poros do solo na região da vala.

3.4.2.3 - Valas de filtração

A vala de filtração consiste na utilização de duas tubulações furadas, sendo uma tubulação superior que
distribui o efluente de saída do tanque séptico sobre um meio filtrante e uma tubulação inferior localizada
na parte de baixo do meio filtrante que coleta o esgoto percolado e encaminhá-lo até a destinação final
que normalmente é um curso d'água.

3.4.3 - Cálculo do volume útil de tanques sépticos

O cálculo do volume útil do tanque séptico, ou seja, o volume ocupado pela fração líquida, lodo e escuma
dentro tanque depende do número de pessoas atendidas, da geração de esgoto per capita (contribuição
de despejos), do período de detenção do esgoto no tanque, taxa de acumulação de lodo fresco e da
contribuição de lodo fresco. O volume útil do tanque séptico pode ser calculado pela seguinte equação:

𝑉 = 1000 + 𝑁(𝐶. 𝑇 + 𝐾. 𝐿𝑓 )

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• V: volume útil do tanque séptico expresso em L;


• N: número de pessoas;
• C: geração de esgoto per capita (contribuição de despejos), expressa em L/(hab.dia);
• T: período de detenção do esgoto no tanque séptico expresso em dias;
• K: taxa de acumulação de lodo digerido expresso em dias. Este valor é tabelado de acordo com a
NBR 7229 e depende do intervalo de tempo entre limpezas do tanque séptico e da temperatura
ambiente média do local;
• Lf: contribuição de lodo fresco, expressa em L/(hab.dia).

(CESPE/TJ-AM - Eng. Civil - 2019) Acerca dos aspectos construtivos e operacionais da coleta e do
tratamento de esgotos sanitários, julgue o item subsecutivo.
O sumidouro é uma câmara de pré-tratamento dos esgotos domésticos, instalada antes da fossa
séptica.
Comentários:
A afirmação está errada, o sumidouro é um processo complementar de tratamento do esgoto em
sistemas individuais e deve ficar localizado após a fossa séptica.
Gabarito: “Errado”
(CESPE/PF - Eng. Civil - 2018) A respeito de saneamento, julgue o tem.
O tanque séptico, também conhecido como decanto-digestor ou fossa séptica, é um tanque
construído em alvenaria ou fibra de vidro que possibilita o armazenamento de esgoto doméstico para
exposição direta à radiação solar, visando à inativação de microrganismos patogênicos.
Comentários:
A afirmação está errada, o tanque séptico ou fossa séptica é na verdade um tanque prismático ou
cilíndrico que é utilizado para realizar o tratamento de esgotos em sistemas individualizados, semdo que
nele ocorrem processos de sedimentação, flotação e digestão. Ressalta-se que o tanque séptico é
tampado e não permite a exposição do esgoto à radiação solar.
Gabarito: “Errado”
(CONSULPLAN/TRF2 - Eng. Civil - 2017) De acordo com a NBR 7.229/1993 (projeto, construção e
operação de sistemas de tanques sépticos), o volume útil total do tanque séptico deve ser calculado
por uma fórmula que é definida em função de:
N (número de pessoas ou unidades de contribuição);
C (contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia);
T (período de detenção, em dias);

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K (taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo


fresco); e,
Lf (contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia.)
Sendo assim, qual a alternativa que expressa corretamente o volume útil total do tanque séptico V
(em litros)?
a) V = 500 + N . (C . T + K . Lf).
b) V = 750 + N . (C . T – K . Lf).
c) V = 1000 + N . (C . T + K . Lf).
d) V = 1250 + N . (C . Lf + K . T).
Comentários:
De acordo com a NBR 7229 a equação apresentada na alternativa C é aquela que deve ser utilizada para o
dimensionamento do volume útil de um tanque séptico. Então, a alternativa C é a resposta.
Gabarito: “C”
(IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) Assinale a alternativa que preenche corretamente
a lacuna, tendo, como base a construção e o controle do poço sumidouro.
Quanto menor for o teor de sólidos em suspensão no efluente, mais lenta será a __________ do
terreno nas valas de infiltração e, consequentemente, mais longo o período de funcionamento desses
sistemas.
a) decantação
b) absorção
c) colmatação
d) sublimação
Comentários:
Quanto menor a concentração de sólidos suspensos no esgoto mais lenta será a colmatação do solo, pois
se há menos sólidos no esgoto irá demorar mais tempo para que os vazios do solo sejam preenchidos.
Dessa forma, a alternativa C é a resposta.
Gabarito: “C”
(VUNESP/SAP-SP - Eng. Civil - Exercício de Fixação) Conforme a NBR 7229:1993 – Projeto, construção
e operação de sistemas de tanques sépticos – os tanques sépticos precisam ser limpos, sob o risco de
perderem sua funcionalidade, conforme projeto com periodicidade de 1 a 3 anos. A limpeza consiste
em retirar
a) a brita.
b) a escuma e o lodo.
c) os gases.
d) a areia.
e) o efluente.
Comentários:
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A limpeza dos tanques sépticos consiste na remoção do lodo e escuma acumulados, o que corresponde a
alternativa B.
Gabarito: “B”
(VUNESP/SAP-SP - Eng. Civil - Exercício de Fixação) A localização dos tanques sépticos deve
obedecer à distância horizontal mínima de X m de construções, limites de terrenos, sumidouros, valas
de infiltração e ramal predial de água a partir da face externa mais próxima, de acordo com a NBR
7229:1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. Quando o elemento
considerado são poços freáticos ou corpos d’água de qualquer natureza, a distância horizontal
mínima passa a Y m. X e Y são, respectivamente,
a) 1,50 e 3,00.
b) 1,50 e 15,00.
c) 3,00 e 10,00.
d) 3,00 e 15,00.
e) 5,00 e 10,00.
Comentários:
Primeiramente vamos determinar o valor X, a distância de tanques sépticos deve obedecer à distância
horizontal mínima de 1,5 m de construções, limites de terrenos, sumidouros, valas de infiltração e ramal
predial. Então X vale 1,5 m.
Agora vamos determinar o valor Y, neste caso a distância horizontal mínima de tanques sépticos a poços
freáticos e cursos d'água é de 15 m. Sendo assim, Y vale 15 m.
Então X e Y são 1,5m e 15m, respectivamente, o que corresponde à alternativa B.
Gabarito: “B”
(CESPE/Câmara dos deputados - Eng. Civil - Exercício de Fixação) Em locais onde não há rede pública
de coleta de esgoto, é possível atender a uma edificação mediante a construção de um sistema
constituído por tanque séptico seguido por tratamento e disposição de efluentes. Com respeito a essa
modalidade de instalação, julgue o item seguinte.
O volume do tanque séptico é determinado com base exclusivamente no número de usuários e na
contribuição de despejos.
Comentários:
A afirmativa está errada, visto que o volume do tanque séptico depende não apenas do número de
usuários e da contribuição de despejos, mas também de outros aspectos como: período de detenção, taxa
de acumulação de lodo fresco e contribuição de lodo fresco.
Gabarito: “Errado”
(CESPE/Câmara dos deputados - Eng. Civil - Exercício de Fixação) Em locais onde não há rede pública
de coleta de esgoto, é possível atender a uma edificação mediante a construção de um sistema
constituído por tanque séptico seguido por tratamento e disposição de efluentes. Com respeito a essa
modalidade de instalação, julgue o item seguinte.
Uma alternativa viável tecnicamente para a disposição final dos efluentes consiste no poço
absorvente.

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Comentários:
A afirmativa está certa, pois o sumidouro ou poço absorvente é uma técnica para a disposição final do
efluente sanitário que pode ser utilizada em combinação com o tanque séptico.
Gabarito: “Certo”
(CESPE/Câmara dos deputados - Eng. Civil - Exercício de Fixação) Em locais onde não há rede pública
de coleta de esgoto, é possível atender a uma edificação mediante a construção de um sistema
constituído por tanque séptico seguido por tratamento e disposição de efluentes. Com respeito a essa
modalidade de instalação, julgue o item seguinte.
Uma alternativa viável tecnicamente para o tratamento complementar dos efluentes consiste na vala
de filtração.
Comentários:
A afirmativa está correta, a vala de filtração é um processo que pode ser utilizado como complemento ao
tanque séptico.
Gabarito: “Certo”

4 - O PROJETO DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO

Esta seção irá apresentar os principais conceitos e etapas relacionadas aos projetos de tratamento de
esgotos. A NBR 12.209 é a norma técnica que apresenta critérios de projeto para estações de tratamento
de esgoto (ETE).

O projeto de uma ETE é uma tarefa bastante complexa, pois envolve não apenas o dimensionamento do
sistema que irá tratar o esgoto, mas também a seleção do local em que a ETE será instalada. Vários são os
aspectos a serem analisados na hora de selecionar a localização da ETE: a densidade populacional da área
e a distância até a população, regime de ventos, necessidade de bombeamento.

• A distância do local da ETE até a população é um fator relevante, pois o risco de emissão de odores
durante o processo pode gerar transtornos a população. Dessa forma, quanto mais distante das
aglomerações humanas e quanto menos adensada for a ocupação no entorno do local da ETE,
menor o risco de incomodo aos moradores e menor será a parcela de população afetada;
• O estudo do regime de ventos do local, ou seja, a análise de direção dos ventos e de sua alteração
é um aspecto importante na escolha do local onde irá ser construída uma ETE, pois o vento pode
afastar ou conduzir os gases com odor forte gerados na ETE em direção em áreas ocupadas pela
população;
• Caso a ETE fique muito acima do ponto mais baixo da bacia, pode ser que seja necessário a
utilização de estações elevatórias de esgoto (EEE) para fazer o bombeamento até a ETE. O
bombeamento deve ser evitado sempre que possível em sistemas de esgoto, pois aumenta os
custos de operação, sendo um importante critério de seleção do local da ETE.

Assim como para a rede coletora, determinação das vazões de projeto para o dimensionamento de
estações de tratamento de esgoto no caso do sistema separador absoluto é formada pela soma de três
parcelas:

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• Vazões de esgoto doméstico: esgoto gerado pelas edificações residenciais;


• Vazões de infiltração: São águas oriundas do subsolo que acabam penetrando nas tubulações e
aumentam a vazões que escoa nas redes coletoras. As vazões de infiltração normalmente entram
na rede por meio das juntas que ligam os tubos ou em elementos acessórios tais como: PVs, TLs,
TILs e CPs. As vazões de infiltração são importantes em locais em que a tubulação se encontra
abaixo do nível do lençol freático ou quando este se eleva em período de chuvas;
• Vazões de contribuição singular: são vazões oriundas de grandes produtores de esgoto, sendo por
isso computados separadamente, já que, podem aumentar consideravelmente a vazão no ponto
em que realizam o despejo na rede de esgoto. Exemplos de geradores singulares são indústrias,
escolas e hospitais.

A seguir serão apresentados os principais parâmetros importantes para o projeto de ETEs que são
frequentemente cobrados em questões de concursos.

Vazão de
infiltração
Vazão de Vazão de
esgoto contribuição
doméstico singular

Vazão de
projeto
da ETE

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(CESPE/ABIN - Eng. Civil - 2018) Julgue o próximo item, acerca de sistemas, métodos e processos de
saneamento urbano e rural.
Na análise dos ventos que circulam no local onde se pretende construir uma estação de tratamento de
esgotos, devem-se considerar alterações na direção dos ventos ao longo do ano.
Comentários:
A afirmação está correta, a análise de direção dos ventos e de sua alteração é um aspecto importante na
escolha do local onde irá ser construída uma ETE, pois o vento pode afastar ou conduzir os gases com odor
forte gerados na ETE em direção em áreas ocupadas pela população.
Gabarito: “Certo”
(IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) A vazão de esgoto sanitário que chega à ETE é
composta pela soma de três parcelas. Assinale a alternativa que não indica uma dessas parcelas:
a) Vazão à jusante
b) Vazão industrial
c) Vazão doméstica
d) Vazão de infiltração
Comentários:
A vazão e esgoto é composta pelo esgoto doméstico, águas de infiltração, e vazão singular (que as vezes e
denominada de vazão industrial), o termo vazão de jusante não faz parte da vazão da ETE. Dessa forma, a
alternativa A é a resposta.
Gabarito: “A”

4.1 - Carga orgânica (CO)

A carga orgânica (CO) expressa à quantidade de matéria orgânica presente no esgoto por unidade de
tempo. Para expressar a carga orgânica normalmente utiliza-se a DBO ou DQO, como parâmetro. Sendo
assim, a carga orgânica pode ser obtida multiplicando a vazão de esgoto pela sua concentração de DBO.
Outra forma calcular a carga orgânica é multiplicando-se a carga orgânica per capita pelo número de
habitantes.

𝐶𝑂 = 𝑄. 𝐶𝐷𝐵𝑂 = 𝑐𝑝𝑐 . 𝑝𝑜𝑝

Em que:

• Q: vazão de esgoto (m³/dia);


• CDBO: concentração de DBO (kgDBO/m³);
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• CO: carga orgânica no esgoto (kgDBO/dia);


• cpc: carga orgânica per capita diária (kgDBO/hab.dia);
• pop: população (hab).

4.2 - Equivalente populacional (EP)

O equivalente populacional (EP) é uma variável utilizada para representar a carga orgânica de um
gerador singular (indústria, escola, hospital, etc.) em termo do número de pessoas necessárias para
produzir uma carga orgânica equivalente. Se é dito que o equivalente populacional de esgoto de uma
indústria é de 10.000 habitante-equivalente, significa que a carga orgânica gerada por esta indústria
equivale a carga orgânica do esgoto gerado por 10.000 habitantes.

Para isso é necessário saber a carga de DBO per capita da população local, a vazão de esgoto do gerador
singular e a concentração de DBO do esgoto do gerador singular ou a carga orgânica do gerador singular,
conforme equações:

𝑄. 𝐶𝐷𝐵𝑂 𝐶𝑂
𝐸𝑃 = =
𝑐𝑝𝑐 𝑐𝑝𝑐

Em que:

• EP: equivalente populacional (habitante-equivalente);


• Q: vazão de esgoto do gerador singular(m³/dia);
• CDBO: concentração de DBO no esgoto do gerador singular(kgDBO/m³);
• CO: carga orgânica no esgoto do gerador singular (kgDBO/dia);
• cpc: carga orgânica per capita diária da população local (kgDBO/hab.dia).

(FGV/ALE-RO - Eng. Civil - 2018) Uma estação de tratamento recebe esgotos domésticos de uma
população de 120.000 habitantes com vazão de 50.000 m3/dia e de uma indústria com concentração
de DBO de 300 mg/L e vazão de 30.000 m3/dia. Adote uma contribuição por pessoa de DBO de 60
g/(hab.dia).
Assinale a opção que indica o equivalente populacional total dessa estação de tratamento de esgotos.
a) 120.000 habitantes

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b) 170.000 habitantes
c) 195.000 habitantes
d) 240.000 habitantes
e) 270.000 habitantes
Comentários:
Sabendo que:
- a vazão (Q) é igual a 30.000 m³/dia
- a concentração de DBO (C) na indústria é de 300 mg/L =300 g/m³ = 0,3 kg/m³
- a contribuição per capita (Cpc) é igual 60 g/hab.dia = 0,06 kg/hab.dia
Pode-se determinar o equivalente populacional da indústria pela equação:
𝑄. 𝐶 30000.0,3
𝐸𝑃 = = = 150.000 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑐𝑝𝑐 0,06
Entretanto, preste atenção que a questão não pede o equivalente populacional da indústria, mas sim o
equivalente populacional total. Para isso, basta somar o número de habitantes da cidade com o número de
habitantes equivalente da indústria:
𝐸𝑃 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 120.000 + 150.000 = 270.000 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
Dessa forma, a alternativa E é a reposta.
Gabarito: “E”
(FGV/ALE-MA - Eng. Civil - 2013) Uma atividade produtiva lança efluentes com uma vazão de 70.000
m3/dia e uma concentração de DBO de 25,4 mg/L.
Considerando uma contribuição por pessoa de DBO de 50 g/hab.dia, o equivalente populacional, em
habitantes, desta atividade produtiva é
a) 2.540.
b) 17.780.
c) 18.056.
d) 35.560.
e) 55.118.
Comentários:
Sabendo que:
- a vazão (Q) é igual a 70.000 m³/dia
- a concentração de DBO (C) na indústria é de 25,4 mg/L = 25,4 g/m³ = 0,0254 kg/m³
- a contribuição per capita (Cpc) é igual 50 g/hab.dia = 0,05 kg/hab.dia
Pode-se determinar o equivalente populacional da indústria pela equação:
𝑄. 𝐶 70000.0,0254
𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = = = 35.560 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑐𝑝𝑐 0,05

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Dessa forma, a alternativa D é a reposta.


Gabarito: “D”

4.3 - Tempo de detenção hidráulica (TDH)

O tempo de detenção hidráulica (TDH) é uma grandeza que busca representar o tempo médio que o
esgoto fica em determinado reservatório. O TDH é utilizado para determinar o volume do reservatório,
quanto maior volume do reservatório maior o TDH, pois mais tempo o esgoto irá demorar para entrar e
sair dele. Alguns processos de tratamento são mais lentos (lagoas de estabilização) então neste caso é
importante que o TDH seja alto. Outros processos são mais rápidos (lodos ativados), então o TDH pode
ser menor. O TDH é calculado dividindo-se o volume do reservatório pela vazão de esgoto que ele
recebe.

𝑉
𝑇𝐷𝐻 =
𝑄

Em que:

• V: volume do reservatório;
• Q: vazão de esgoto.

(DIRPS-UFU/UFU - Operador - 2017 - adaptado) Um tanque utilizado para tratamento apresenta base
quadrada de 2,0 m cada lado e altura útil de 4,5 m. Sabendo-se que a vazão é de 50 L/s, o tempo de
detenção hidráulica teórico, em minutos, será:
a) 0,36
b) 80
c) 360
d) 6
Comentários:
O tempo de detenção hidráulica (TDH) é calculado dividindo-se o volume (V) do elemento pela vazão (Q).
Como o elemento possui base quadrada com 2 m em cada lado e altura de 4,5 m, podemos calcular seu
volume multiplicando estas dimensões:
𝑉 = 2.2.4,5 = 18 𝑚²
Sabendo que a vazão é igual a 50 L/s ou 0,05 m³/s, temos:

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𝑉 18𝑚³
𝑇𝐷𝐻 = = = 360 𝑠 = 6 𝑚𝑖𝑛
𝑄 0,05𝑚³/𝑠
Dessa forma, a alternativa D é a reposta.
Gabarito: “D”
(FGV/Pref. de Paulínia - Eng. Civil - 2016 - Questão adaptada) Um engenheiro dimensionou uma lagoa
de estabilização para tratar o esgoto de uma localidade que gera uma vazão de efluentes de 21 L/s.
Sabendo que o volume calculado para a lagoa foi de 1.500 m3, o tempo de detenção hidráulica da
lagoa é de aproximadamente:
a) 10 h.
b) 15 h.
c) 20 h.
d) 25 h.
e) 30 h.
Comentários:
O tempo de detenção hidráulica (TDH) é calculado dividindo-se o volume (V) do elemento pela vazão (Q).
Sabendo que a vazão é igual a 21 L/s = 0,021 m³/s e o volume é de 1500m³, tem-se:
𝑉 1500𝑚²
𝑇𝐷𝐻 = = = 71428 𝑠 = 19,84 ℎ ≅ 20 ℎ
𝑄 0,021 𝑚³/𝑠
Dessa forma, a alternativa C é a reposta.
Gabarito: “C”

4.4 - Taxa de aplicação superficial

A Taxa de aplicação superficial (TAS) ou taxa de aplicação hidráulica (TAH) corresponde a razão entre a
vazão de entrada em um processo de tratamento e a área horizontal em que esta vazão é aplicada. A TAH
costuma ser utilizada como um parâmetro de dimensionamento para elementos que ocupam grandes
áreas como desarenadores e decantadores. Dessa forma, a TAS é normalmente expressa em:
m³/(m².dia).

𝑄
𝑇𝐴𝑆 = 𝑇𝐴𝐻 =
𝐴

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No caso de lagoas de estabilização a terminologia taxa de aplicação superficial é normalmente utilizada


de maneira diferente ao conceito apresentado na NBR 12209. Quando se trata deste tipo técnica de
tratamento a terminologia Taxa de aplicação superficial (Ls) é utilizada de maneira diferente, sendo
sinônimo de taxa de aplicação superficial de carga orgânica que é uma grandeza que busca representar
a carga de DBO expressa em kg por tempo por área horizontal ocupada pela estrutura de tratamento que
recebe o esgoto. Sendo assim, a Ls é normalmente expressa em: kg de DBO/(m².dia) ou kg de
DBO/(ha.dia)

𝑄. 𝐶𝐷𝐵𝑂 𝐶𝑂
𝐿𝑠 = =
𝐴 𝐴

Em que:

• CDBO: concentração de DBO no esgoto;


• Q: vazão de esgoto;
• A: Área da projeção horizontal do reator ou reservatório em m² ou hectare (ha);
• CO: carga orgânica no esgoto (kgDBO/dia).

A Ls costuma ser utilizada como um parâmetro de dimensionamento para elementos que ocupam grandes
áreas como lagoas de estabilização.

Taxa de aplicação superficial Taxa de aplicação superficial


(TAS) ou Taxa de aplicação (Ls) ou taxa de aplicação
hidráulica (TAH) superficial de carga orgânica
• terminologia geral da NBR 12209 • terminologia normamente aplicada
• m³/(m².dia) para lagoas de estabilização
• kgDBO/(m².dia)

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(DIRPS-UFU/UFU - Operador - 2017) Uma estação de tratamento de águas residuárias possui uma
lagoa de estabilização, tipo facultativa, com 240m de largura, 500m de comprimento e 1,5 metro de
profundidade. A vazão de operação da estação é de 150 L/s e as análises mostraram que a DBO5 era
de 400 mg/L.
Nestas condições, a lagoa está operando com uma taxa de aplicação superficial de:
a) 432 kg/ha.d
b) 43,2 kg/ha.d
c) 288 kg/m³.d
d) 28,8 kg/m³.d
Comentários:
A taxa de aplicação superficial (Ls) é obtida pela equação abaixo:
Sabendo que a vazão é igual a 50 L/s ou 0,05 m³/s, temos:
C = 400 mg/L = 400 g/m³ = 0,4 kg/m³
Q = 150 L/s = 0,15 m³/s = 12960 m³/dia
A = L.B = 500.240 = 120000 m² = 12 ha
𝐶. 𝑄 0,4.12960 𝑘𝑔
𝐿𝑠 == = 432 . 𝑑𝑖𝑎
𝐴 12 ℎ𝑎
Dessa forma, a alternativa A é a reposta.
Gabarito: “A”

4.5 - Carga orgânica volumétrica ou Taxa de aplicação


volumétrica (Lv)

A Carga orgânica volumétrica (COV) ou Taxa de aplicação orgânica volumétrica (Lv) é uma grandeza
que busca representar a carga de DBO expressa kg por tempo por volume da estrutura de tratamento que
recebe o esgoto. Sendo assim, a Lv é normalmente expressa em: kg de DBO/(m³.dia).

𝑄. 𝐶𝐷𝐵𝑂 𝐶𝑂
𝐶𝑂𝑉 = 𝐿𝑣 = =
𝑉 𝑉

Em que:

• CDBO: concentração de DBO no esgoto (kgDBO/m³);


• Q: vazão de esgoto (m³/dia);
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• V: volume do reator ou reservatório (m³);


• CO: carga orgânica no esgoto (kgDBO/dia);

A Lv costuma ser utilizada como um parâmetro de dimensionamento para elementos que possuem suas
três dimensões com a mesma ordem de grandeza, tais como: lodos ativados, UASB. Importante saber
que que a Lv é um importante parâmetro de projeto para lagoas anaeróbias, cujo projeto é baseado no
Lv, diferentemente das lagoas facultativas que normalmente tem como referência valores de Ls.
Ressalta-se que a Lv pode ser denominada também de.

4.6 - Eficiência de remoção (E)

A Eficiência de remoção (E) é uma grandeza que busca representar a porcentagem da carga de DBO ou
de qualquer outro poluente que foi removida após a realização de algum processo. A eficiência pode ser
calculada com base nos valores de carga ou de concentração do poluente antes e após passar pelo
processo de tratamento em que se deseja averiguar sua eficiência de remoção.

𝐶𝑂𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐶𝑂𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐸=
𝐶𝑂𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

𝐶𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐶𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐸=
𝐶𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

Em que:

• Cmontante: concentração do poluente a montante;


• Cjusante: concentração do poluente a jusante;
• COmontante: carga orgânica a montante;
• COjusante: carga orgânica a jusante.

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CO Carga
orgânica

Equivalente
populacional EP

Tempo de
TDH detenção
hidráulica

TAS: m³/(m².dia) Taxa de


aplicação
TAS
Ls: kgDBO/(m².dia) superficial
ou Ls
Taxa de
Lv aplicação
volumétrica

E
Eficiência de
remoção E

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(FGV/DPE-RO - Anal. Eng. Civil - 2015) Uma estação de tratamento de esgoto (ETE) que trata uma
vazão de 1.500 m3/dia recebe uma concentração de DBO de 300 mg/L. Se a carga efluente da estação
é de 45 kg/dia, a eficiência de remoção de DBO da ETE é de:
a) 10 %;
b) 30 %;
c) 40 %;
d) 80 %;
e) 90 %.
Comentários:
Para determinar a eficiência é importante saber a carga de DBO antes e após a ETE.
A carga de DBO após a ETE é um dado do enunciado (COjusante): 45 kg/dia.
A carga de DBO antes da ETE pode ser obtida multiplicando a vazão pela concentração de DBO antes da
ETE:
C = 300 mg/L
Q = 1500 m³/dia
A carga de DBO antes da ETE:
𝐶𝑂𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝐶. 𝑄 = 0,3.1500 = 450𝑘𝑔/𝑑𝑖𝑎
Então a eficiência pode ser determinada pela equação:
𝐶𝑂𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐶𝑂𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 450 − 45
𝐸= = = 0,90 = 90%
𝐶𝑂𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 450
Então a alternativa E é a resposta.
Gabarito: “E”

(AOCP/Pref. Juiz de Fora - Eng. Civil - 2016) As lagoas anaeróbias constituem-se uma forma de
tratamento de esgoto doméstico e de despejos industriais predominantemente orgânico. Os
principais parâmetros de projeto para o dimensionamento das lagoas anaeróbias são:
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a) Taxa de aplicação superficial, tempo de detenção, profundidade e a relação entre o seu comprimento e
a sua largura.
b) Tempo de detenção, profundidade, características geológicas, geotécnicas e de infiltração de solo.
c) Taxa de aplicação volumétrica, tempo de detenção, profundidade e a relação entre o seu comprimento
e a sua largura.
d) Taxa de aplicação volumétrica, temperatura, características geológicas, geotécnicas e de infiltração de
solo.
e) Taxa de aplicação superficial, relação entre o seu comprimento e a sua largura e características
geológicas, geotécnicas e de infiltração de solo.
Comentários:
No caso de lagoas de estabilização normalmente os parâmetros de projeto mais importantes são: taxa de
aplicação superficial, tempo de detenção, profundidade, relação comprimento e largura. Porém no caso
de lagoas anaeróbias ao invés da taxa de aplicação superficial o parâmetro considerado é a taxa de
aplicação volumétrica, pois esta lagoa apresenta dimensões de largura e comprimento menores do que as
demais e profundidades maiores, de modo que a taxa de aplicação volumétrica acaba sendo um
parâmetro de dimensionamento que reflete a influência destas três dimensões. Dessa forma, a
alternativa C é a resposta.
Gabarito: “C”

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5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Você está adquirindo um nível muito alto no preparo para concursos de engenharia. O tratamento de
esgotos é uma disciplina que exige a dedicação do aluno. Aproveite essa aula, domine o conteúdo e
tenham mais esse diferencial em sua preparação.

Parabéns por mais essa conquista! Esse aprendizado está relacionado a várias outras aulas, facilitando a
sua preparação. Com certeza, você precisará desse conhecimento não somente na preparação para o
concurso, mas também na sua vida como futuro servidor.

Esse é nosso diferencial, cobrir nas aulas tudo que pode cair na prova, ensinar de forma fácil, sem perder
tempo, mas de maneira clara, para não ficar nenhuma dúvida. Mas se você ainda tem alguma pergunta,
por favor, entre em contato com nosso time no fórum de dúvidas. Será um prazer responder a qualquer
pergunta!

O setor de saneamento básico no Brasil ainda carece de muita infraestrutura, incluindo o tratamento
de esgotos. Você já está em um seleto grupo que entende vários conceitos sobre as etapas envolvidas
no tratamento de esgoto e sabe aplicá-los em projetos de engenharia. Que seu conhecimento
resultará em sucesso nas provas isso é certo. Desejo, então, que você consiga atuar como futuro
servidor contribuindo, para o desenvolvimento do setor de saneamento no Brasil, o que trará
benefícios para a saúde e bem estar da população e para a preservação do meio ambiente.

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6 - LISTA DE QUESTÕES

1. (CESPE/PF - Eng. Civil - 2018) A respeito de saneamento, julgue o tem.


Demanda bioquímica de oxigênio, sólidos em suspensão e vazão afluente são parâmetros básicos para o
dimensionamento das unidades de tratamento de esgoto.

2. (DIRPS-UFU/UFU - Operador - 2017) A DQO é um parâmetro essencial para a caracterização e


a avaliação do potencial de matéria redutora de uma amostra. Sendo assim, é correto afirmar que a
DQO é um processo de:
a) oxidação química, em que se emprega o dicromato de potássio como agente oxidante e o sulfato
ferroso amoniacal na titulação da amostra.
b) oxidação química, em que se emprega o dicromato de sódio como agente oxidante e sulfato ferroso
amoniacal na titulação da amostra.
c) oxidação química, em que se emprega o dicromato de potássio e tiossulfato de sódio na titulação da
amostra.
d) oxidação química, em que se emprega o sulfato ferroso amoniacal como agente oxidante e a solução de
dicromato de potássio na titulação da amostra.

3. (FCC/TRT-5 - Eng. Civil - 2013) Sobre a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), é INCORRETO
afirmar:
a) A DBO da água é a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica por decomposição
microbiana aeróbia para uma forma inorgânica estável.
b) Despejos de origem predominantemente orgânica proporcionam os maiores aumentos em termos de
DBO em um corpo d’água.
c) Um elevado valor de DBO indica um incremento da microflora presente e interfere no equilíbrio da vida
aquática, além de produzir sabores e odores desagradáveis.
d) Um elevado valor de DBO e suas consequências podem obstruir os filtros de areia utilizados nas
estações de tratamento de água.
e) A DBO indica a presença de matéria não biodegradável e leva em consideração o efeito tóxico ou
inibidor de materiais sobre a atividade microbiana.

4. (CESPE/TCE-ES - Eng. Civil - Exercício de Fixação) A respeito de saneamento básico, julgue o


item a seguir.
Por meio da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) pode-se medir a quantidade de matéria orgânica
presente em redes de esgoto.

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5. (IFCE/IFCE - Téc. Meio Ambiente - 2017) A detecção de agentes patogênicos, em uma amostra de
água, é extremamente difícil. por Isso opta-se em determinar os organismos indicadores de
contaminação fecal. Esses organismos não são patogênicos, mas indicam seguramente quando
uma água apresenta contaminação fecal (humana ou por animais) e, por consequência, sua
potencialidade em transmitir doenças. Dentre os principais indicadores de contaminação fecal,
tem-se um grupo de bactérias de indicadores originários do trato intestinal humano e de outros
animais. Sendo um exemplo deste grupo a Escherichia coli. Esses organismos são conhecidos
como:
a) coliformes totais.
b) coliformes termotolerantes ou fecais.
c) estreptocos fecais.
d) Clostridium botulinum.
e) poliomielites vírus.

6. (CESGRANRIO/UNIRIO - Farmacêutico - 2016) A denominação de “coliformes a 45°C” é


equivalente à denominação de:
a) Clostridium perfringens
b) Coliformes totais
c) Enterococcus spp
d) Coliformes termotolerantes
e) Enterococcus faecalis

7. (IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) Os principais objetivos do tratamento dos


esgotos consistem na remoção de:

I. Sólidos em suspensão.

II. Matéria orgânica.

III. Organismos patogênicos.

IV. Nutrientes.

Estão corretas as afirmativas:


a) I, II, III e IV
b) Apenas I, II e III
c) Apenas I, II e IV
d) Apenas I e III

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8. (IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) Analise os objetivos a seguir e assinale a


alternativa correta:

I. Remover o material sólido.

II. Reduzir a demanda bioquímica de hidrogênio.

III. Exterminar micro-organismos patogênicos.

IV. Reduzir as substâncias químicas indesejáveis.

São objetivos do tratamento dos esgotos domésticos:


a) I, II, III e IV
b) Apenas I e II
c) Apenas I, II e IV
d) Apenas I, III e IV

9. (FGV/ALE-RO - Eng. Civil - 2018) A figura mostra o fluxograma típico do sistema de lodos
ativados convencional implantado em uma estação de tratamento de esgotos.

O conjunto dos reatores I, II e III trata os esgotos a nível


a) preliminar.
b) primário.
c) secundário.
d) terciário.
e) especial.
10. (IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) A figura que segue apresenta uma
simbologia tradicionalmente usada para representar unidades que compõem o tratamento preliminar
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numa E.T.E. (Estação de Tratamento de Esgotos). Assinale a alternativa que indica corretamente os
símbolos.

a) I – Gradeamento; II – Caixa de Areia; III – Medidor Parshall


b) I – Gradeamento; II – Tanque Séptico; III – Medidor Parshall
c) I – Gradeamento; II – Caixa de Areia; III – Tanque Séptico
d) I – Gradeamento; II – Tanque Séptico; III – Filtro Anaeróbico

11. (DIRPS-UFU/UFU - Operador - 2017) Com relação aos níveis de tratamento de esgotos, é
correto afirmar que o tratamento preliminar objetiva
a) a remoção de sólidos grosseiros, sólidos sedimentáveis e a DBO5 solúvel em suspensão e,
eventualmente, nutrientes, efetuado por meio de caixa de areia e decantador primário.
b) a remoção de sólidos grosseiros, efetuado por meio de grades e desarenadores.
c) a remoção de sólidos grosseiros, efetuado por meio de calhas Parshall.
d) a remoção de sólidos grosseiros, sólidos sedimentáveis e DBO solúvel em suspensão, efetuado apenas
nos decantadores primários.

12. (CESPE/PCie-PE - Eng. Civil - 2016) O nível de tratamento de esgoto para a remoção de
nutrientes, patógenos, compostos não biodegradáveis e metais pesados é classificado como
a) terciário.
b) desinfecção.
c) preliminar.
d) primário.
e) secundário.

13. (CESPE/TCE-PR - Eng. Civil - 2016) Nos sistemas de tratamento de esgotos sanitários, o
tratamento terciário do esgoto
a) transforma o nitrogênio e, em consequência, melhora a qualidade do efluente.
b) remove a maior fração da DBO do material tratado.
c) facilita o tratamento biológico do material.

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d) protege as bombas e os demais dispositivos utilizados no sistema.


e) digere os sólidos retidos no material.

14. (FGV/ALE-MA - Eng. Civil - 2013) Os processos de tratamento de esgoto são classificados em
função da eficiência requerida para atender os padrões de lançamento do corpo d’água receptor.
Existe um processo de tratamento predominantemente biológico (bioquímicos) que retira matéria
orgânica em suspensão fina (DBO suspensa) não removida em reatores anteriores e matéria orgânica
na forma de sólidos dissolvidos (DBO solúvel). Remove ainda cerca de 60 a 90% da DBO. Esse
processo atua no nível
a) preliminar.
b) primário.
c) secundário.
d) terciário.
e) quaternário.

15. (FCC/TRT-12 - Eng. Civil -2013) O tratamento de esgoto é composto de várias fases e
dispositivos em uma estação de tratamento. O dispositivo responsável pela remoção da parcela da
matéria em suspensão depositada dentro de um período de detenção adotado é denominado
a) digestor.
b) gradeamento.
c) caixa de areia.
d) leito de secagem.
e) decantador.

16. (FCC/TRT-15 - Eng. Civil - 2013) Considere o quadro a seguir que apresenta alguns sistemas de
tratamento utilizados para esgotos sanitários.

Item Sistema de tratamento de esgoto sanitário Processo

I Caixa de areia Físico

II Lodos ativados Biológico

III Cloração Químico

Os processos especificados nos itens I, II e III correspondem, respectivamente, aos tratamentos:


a) secundário; secundário e preliminar.
b) primário; preliminar e terciário.
c) secundário; primário e secundário.
d) primário; primário e secundário.
e) preliminar; secundário e terciário.

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17. (FCC/TRT-18 - Eng. Civil - 2013) Um sistema de tratamento de águas residuárias é constituído
por uma série de operações e processos físicos, químicos e biológicos que são empregados para a
remoção de substâncias indesejáveis da água ou para sua transformação em outras formas aceitáveis.
Nos processos físicos, são utilizados decantadores na remoção de:
a) sólidos sedimentáveis, em suspensão na água residuária, podendo ser empregados no início do sistema
ou como unidade de depuração final, após processos físico-químicos ou biológicos.
b) gorduras, óleos, graxas e outras substâncias com densidade menor que a da água, tendo função de
proteger as unidades subsequentes contra entupimento de tubulações, incrustações, formações de
espuma etc.
c) partículas de areia e também possuem como função básica a proteção de equipamentos e tubulações
contra a abrasão e, de unidades do sistema contra o assoreamento.
d) sólidos em suspensão coloidal ou mesmo dissolvidos, substâncias que causam cor e turbidez,
substâncias odoríferas, metais pesados e óleos emulsionados.
e) matéria orgânica adsorvida pela massa biológica, que é estabilizada por micro-organismos. São tanques
com enchimento de pedras ou elementos plásticos, onde ocorre o desenvolvimento de uma fina camada
de micro-organismos aeróbios.

18. (FCC/TRT-18 - Eng. Civil - 2013) Considere o quadro sobre o sistema de tratamento
normalmente utilizado para esgotos sanitários:

SISTEMA DE TRATAMENTO ESGOTOS SANITÁRIOS:

GRADE - item I

CAIXA DE AREIA -item II

DECANTADOR PRIMÁRIO - tem III

LODOS ATIVADOS - item IV

CLORAÇÃO - item V

Na concepção do sistema de tratamento de esgoto sanitário, os itens indicados em cada


processo/tratamento referem-se, respectivamente, a:
a) I e II. Físico/Preliminar - III. Biológico/Secundário - IV. Físico//Terciário - V. Químico/Terciário.
b) I e II. Físico/Preliminar - III. Físico/Primário - IV. Biológico/Secundário - V. Químico/Terciário.
c) I e II. Físico/Primário - III. Físico/Secundário - IV. Químico/Secundário - V. Biológico/Secundário.
d) I e II. Físico/Básico - III. Físico/Preliminar - IV. Biológico/Terciário - V. Biológico/Terciário.
e) I e II. Físico/Primário - III. Físico/Terciário - IV. Físico/Secundário - V. Químico/Básico.

19. (CESPE/TRE-RJ - Eng. Civil - Exercício de Fixação) Julgue o próximo item, relativo ao
saneamento básico na área de engenharia civil.
A remoção de areias faz parte da etapa de tratamento preliminar em uma estação compacta de
tratamento de efluentes.

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20. (ESAF/CGU - Eng. Civil - Exercício de Fixação) O tratamento de esgotos visa à remoção dos
poluentes, de forma a adequar o efluente aos padrões de qualidade do corpo receptor.

Assinale a opção que define corretamente os níveis de um tratamento.


a) O tratamento preliminar é responsável pela remoção de solos sedimentáveis e, em decorrência, parte
da matéria orgânica.
b) No tratamento terciário, no qual predominam mecanismos biológicos, o objetivo é principalmente a
remoção de matéria orgânica e eventualmente nutrientes (nitrogênio e fósforo).
c) O tratamento secundário objetiva a remoção de poluentes específicos, usualmente tóxicos ou
compostos não-biodegradáveis.
d) Nos tratamentos preliminar e primário predominam os mecanismos físicos de remoção de poluentes.
e) Nos países em desenvolvimento, é raro o tratamento secundário.

21. (CESPE/TJ-AM - Eng. Civil - 2019) Acerca dos aspectos construtivos e operacionais da coleta e
do tratamento de esgotos sanitários, julgue o item subsecutivo.
O processo de tratamento de esgotos por lodos ativados é predominantemente anaeróbio e consiste em
um tratamento primário.

22. (CESPE/TCM-BA - Auditor Infraestrutura - 2018) Nas estações de tratamento de esgoto, o


dispositivo que separa a biomassa que consumiu a matéria orgânica, e que, em seguida, se deposita
no fundo, permitindo que o sobrenadante seja descartado como efluente tratado, com carga orgânica
reduzida e isento de biomassa é denominado
a) decantador secundário.
b) tanque de aeração.
c) desarenador.
d) decantador primário.
e) lagoa de estabilização.

23. (CESPE/ABIN - Eng. Civil - Exercício de Fixação) O esgotamento sanitário é a parte do


saneamento básico que inclui as atividades, a infraestrutura e as instalações operacionais de coleta,
transporte, tratamento e disposição final dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu
lançamento final no meio ambiente.

A respeito dos sistemas, métodos e processos de esgotamento sanitário, julgue o item subsequente.
No sistema de lodos ativados, o decantador secundário tem por finalidade separar a biomassa que
consumiu a matéria orgânica do efluente, a qual permanece como sobrenadante na superfície do
decantador, permitindo o descarte do efluente tratado pelo fundo do decantador.

24. (CESPE/PF - Eng. Civil - 2018) A respeito de saneamento, julgue o tem.


Os custos de implantação dos reatores anaeróbios podem ser considerados altos, mas é na operação que
reside a principal desvantagem desse tipo de reator, que é a necessidade de aeração.

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25. (CESPE/CEF - Engenharia Civil - 2014) Julgue o item seguinte, a respeito de infraestrutura
urbana.

Em uma estação de tratamento de esgotos (ETE), o reator UASB (upflow anaerobic sludge blanket)
ou reator de fluxo ascendente com manta de lodo consiste em um sistema de tratamento biológico
em que a estabilização da matéria orgânica é realizada pela oxidação bacteriológica e(ou) redução
fotossintética das algas.

26. (CESPE/PF - Eng. Civil - 2013)

==adc52==

A figura acima representa um trecho de rede coletora de esgotos de um município e a condução dessa
rede até a estação de tratamento de esgotos (ETE). O tratamento realizado nessa ETE ocorre pelo
processo de lodos ativados. Todos os trechos apresentados no esquema trabalham como condutos
livres, por gravidade, com a vazão afluente máxima de 200 L/s. Nessa ocasião, o trecho (a), de
diâmetro de 250 mm, trabalha a meia seção.

Com base nessas informações, julgue o item a seguir.


Enquanto no reator aerado ocorrerão reações bioquímicas de remoção da matéria orgânica, no
decantador secundário dessa ETE ocorrerá a sedimentação dos sólidos, permitindo a clarificação do
efluente.

27. (CESPE/TCU - Eng. Civil - Exercício de Fixação) O tratamento dos esgotos é usualmente
classificado em preliminar, primário, secundário e terciário. Em relação aos diversos sistemas de
tratamento, julgue o item que se segue.
O reator anaeróbio de manta de lodo, também denominado de UASB, é um sistema de tratamento de
esgoto de nível terciário, em que a DBO é estabilizada anaerobicamente por bactérias dispersas no reator.

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28. (IDECAN/CBM-DF - Eng. Civil - 2017) São tipos de desinfecção de esgotos de efluentes das
Estações de Tratamento de Esgotos (ETE’s), EXCETO:
a) Desinfecção com cloro.
b) Desinfecção com ozônio.
c) Desinfecção com dióxido de cloro.
d) Desinfecção com permanganato de cloro.

29. (CONSULPLAN/Pref. Patos de Minas Eng. Civil - 2015) Para o tratamento de esgotos, os
seguintes métodos de desinfecção são largamente utilizados, EXCETO:
a) Desinfecção com cloro.
b) Desinfecção com ozônio.
c) Desinfecção com aluminato de sódio.
d) Desinfecção com dióxido de cloro (CIO2).

30. (CESPE/TJ-AM - Eng. Civil - 2019) Acerca dos aspectos construtivos e operacionais da coleta e do
tratamento de esgotos sanitários, julgue o item subsecutivo.
As lagoas de maturação, utilizadas no final de um sistema de lagoas de estabilização, têm como objetivo
principal remover os organismos patogênicos.

31. (IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) Assinale a alternativa que não indica um
tipo de tratamento de esgotos.
a) Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente
b) Lagoa facultativa
c) Lagoa aeroventilada
d) Lagoa de maturação

32. (IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) Lagoas profundas, entre 3 e 5 metros, para
reduzir a penetração de luz nas camadas inferiores. Além disso, é lançada uma grande carga de
matéria orgânica, para que o oxigênio consumido seja várias vezes maior que o produzido. Trata-se
da:
a) Lagoa Aeróbia
b) Lagoa de Infiltração
c) Lagoa de Desinfecção
d) Lagoa Anaeróbia

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33. (DIRPS-UFU/UFU - Operador - 2017) Lagoas de estabilização facultativas são classificadas


como sistemas naturais de tratamento, em função de:
a) existir uma zona aeróbia apenas, onde o oxigênio dissolvido é obtido por aeradores mecânicos.
b) existir uma zona aeróbia e uma anaeróbia, onde o oxigênio é obtido por bactérias heterotróficas,
durante o processo de estilização dos esgotos.
c) existir baixo requerimento de área para sua implantação e elevada eficiência na remoção de nutrientes,
como nitrogênio e fósforo.
d) existir uma zona aeróbia e uma anaeróbia, onde o oxigênio é obtido pela fotossíntese realizada pelas
algas.

34. (AOCP/MPE-BA - Eng. Civil - 2014) Em um sistema de tratamento de esgoto, as lagoas de


maturação têm como objetivo principal reduzir a concentração de
a) coliformes e patogênicos.
b) oxigênio dissolvido e patogênicos.
c) nitrogênio e moscas.
d) fósforo e vegetais.
e) vegetais e patogênicos.

35. (CEV-UECE/CGE-CE - Eng. Civil - 2013) No tratamento complementar de efluentes secundários,


comumente se empregam duas lagoas em série, com profundidade entre 1,0 m e 1,5 m, com a função
de melhorar a qualidade do efluente tratado e de possibilitar maior eficiência na remoção de
organismos patogênicos.

As lagoas mencionadas nessa descrição do tratamento de esgotos sanitários são denominadas lagoas
a) facultativas.
b) anaeróbias.
c) de maturação.
d) de aerada.

36. (CESPE/ABIN - Eng. Civil - Exercício de Fixação) O esgotamento sanitário é a parte do


saneamento básico que inclui as atividades, a infraestrutura e as instalações operacionais de coleta,
transporte, tratamento e disposição final dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu
lançamento final no meio ambiente.
A respeito dos sistemas, métodos e processos de esgotamento sanitário, julgue o item subsequente.

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As lagoas de maturação, responsáveis pelo tratamento primário dos esgotos, são dimensionadas para
receber cargas orgânicas elevadas, o que impede a existência de oxigênio dissolvido no meio.

37. (CESPE/TJ-AM - Eng. Civil - 2019) Acerca dos aspectos construtivos e operacionais da coleta e do
tratamento de esgotos sanitários, julgue o item subsecutivo.
O sumidouro é uma câmara de pré-tratamento dos esgotos domésticos, instalada antes da fossa séptica.

38. (CESPE/PF - Eng. Civil - 2018) A respeito de saneamento, julgue o tem.


O tanque séptico, também conhecido como decanto-digestor ou fossa séptica, é um tanque construído
em alvenaria ou fibra de vidro que possibilita o armazenamento de esgoto doméstico para exposição
direta à radiação solar, visando à inativação de microrganismos patogênicos.

39. (CONSULPLAN/TRF2 - Eng. Civil - 2017) De acordo com a NBR 7.229/1993 (projeto, construção
e operação de sistemas de tanques sépticos), o volume útil total do tanque séptico deve ser calculado
por uma fórmula que é definida em função de:

N (número de pessoas ou unidades de contribuição);


C (contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia);

T (período de detenção, em dias);

K (taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação de lodo


fresco); e,

Lf (contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia.)

Sendo assim, qual a alternativa que expressa corretamente o volume útil total do tanque séptico V
(em litros)?
a) V = 500 + N . (C . T + K . Lf).
b) V = 750 + N . (C . T – K . Lf).
c) V = 1000 + N . (C . T + K . Lf).
d) V = 1250 + N . (C . Lf + K . T).

40. (IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) Assinale a alternativa que preenche


corretamente a lacuna, tendo, como base a construção e o controle do poço sumidouro.

Quanto menor for o teor de sólidos em suspensão no efluente, mais lenta será a __________ do
terreno nas valas de infiltração e, consequentemente, mais longo o período de funcionamento desses
sistemas.
a) decantação
b) absorção
c) colmatação
d) sublimação

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41. (VUNESP/SAP-SP - Eng. Civil - Exercício de Fixação) Conforme a NBR 7229:1993 – Projeto,
construção e operação de sistemas de tanques sépticos – os tanques sépticos precisam ser limpos, sob
o risco de perderem sua funcionalidade, conforme projeto com periodicidade de 1 a 3 anos. A limpeza
consiste em retirar
a) a brita.
b) a escuma e o lodo.
c) os gases.
d) a areia.
e) o efluente.

42. (VUNESP/SAP-SP - Eng. Civil - Exercício de Fixação) A localização dos tanques sépticos deve
obedecer à distância horizontal mínima de X m de construções, limites de terrenos, sumidouros, valas
de infiltração e ramal predial de água a partir da face externa mais próxima, de acordo com a NBR
7229:1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. Quando o elemento
considerado são poços freáticos ou corpos d’água de qualquer natureza, a distância horizontal
mínima passa a Y m. X e Y são, respectivamente,
a) 1,50 e 3,00.
b) 1,50 e 15,00.
c) 3,00 e 10,00.
d) 3,00 e 15,00.
e) 5,00 e 10,00.

43. (CESPE/Câmara dos deputados - Eng. Civil - Exercício de Fixação) Em locais onde não há rede
pública de coleta de esgoto, é possível atender a uma edificação mediante a construção de um
sistema constituído por tanque séptico seguido por tratamento e disposição de efluentes. Com
respeito a essa modalidade de instalação, julgue o item seguinte.
O volume do tanque séptico é determinado com base exclusivamente no número de usuários e na
contribuição de despejos.

44. (CESPE/Câmara dos deputados - Eng. Civil - Exercício de Fixação) Em locais onde não há rede
pública de coleta de esgoto, é possível atender a uma edificação mediante a construção de um
sistema constituído por tanque séptico seguido por tratamento e disposição de efluentes. Com
respeito a essa modalidade de instalação, julgue o item seguinte.
Uma alternativa viável tecnicamente para a disposição final dos efluentes consiste no poço absorvente.

45. (CESPE/Câmara dos deputados - Eng. Civil - Exercício de Fixação) Em locais onde não há rede
pública de coleta de esgoto, é possível atender a uma edificação mediante a construção de um
sistema constituído por tanque séptico seguido por tratamento e disposição de efluentes. Com
respeito a essa modalidade de instalação, julgue o item seguinte.

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Uma alternativa viável tecnicamente para o tratamento complementar dos efluentes consiste na vala de
filtração.

46. (CESPE/ABIN - Eng. Civil - 2018) Julgue o próximo item, acerca de sistemas, métodos e
processos de saneamento urbano e rural.
Na análise dos ventos que circulam no local onde se pretende construir uma estação de tratamento de
esgotos, devem-se considerar alterações na direção dos ventos ao longo do ano.

47. (IBFC/EMBASA - Assistente de saneamento - 2017) A vazão de esgoto sanitário que chega à
ETE é composta pela soma de três parcelas. Assinale a alternativa que não indica uma dessas
parcelas:
a) Vazão à jusante
b) Vazão industrial
c) Vazão doméstica
d) Vazão de infiltração

48. (FGV/ALE-RO - Eng. Civil - 2018) Uma estação de tratamento recebe esgotos domésticos de
uma população de 120.000 habitantes com vazão de 50.000 m3/dia e de uma indústria com
concentração de DBO de 300 mg/L e vazão de 30.000 m3/dia. Adote uma contribuição por pessoa de
DBO de 60 g/(hab.dia).

Assinale a opção que indica o equivalente populacional total dessa estação de tratamento de esgotos.
a) 120.000 habitantes
b) 170.000 habitantes
c) 195.000 habitantes
d) 240.000 habitantes
e) 270.000 habitantes

49. (DIRPS-UFU/UFU - Operador - 2017 - adaptado) Um tanque utilizado para tratamento


apresenta base quadrada de 2,0 m cada lado e altura útil de 4,5 m. Sabendo-se que a vazão é de 50
L/s, o tempo de detenção hidráulica teórico, em minutos, será:
a) 0,36
b) 80
c) 360
d) 6

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50. (DIRPS-UFU/UFU - Operador - 2017) Uma estação de tratamento de águas residuárias possui
uma lagoa de estabilização, tipo facultativa, com 240m de largura, 500m de comprimento e 1,5 metro
de profundidade. A vazão de operação da estação é de 150 L/s e as análises mostraram que a DBO5
era de 400 mg/L.

Nestas condições, a lagoa está operando com uma taxa de aplicação superficial de:
a) 432 kg/ha.d
b) 43,2 kg/ha.d
c) 288 kg/m³.d
d) 28,8 kg/m³.d

51. (FGV/Pref. de Paulínia - Eng. Civil - 2016 - Questão adaptada) Um engenheiro dimensionou
uma lagoa de estabilização para tratar o esgoto de uma localidade que gera uma vazão de efluentes
de 21 L/s.

Sabendo que o volume calculado para a lagoa foi de 1.500 m3, o tempo de detenção hidráulica da
lagoa é de aproximadamente:
a) 10 h.
b) 15 h.
c) 20 h.
d) 25 h.
e) 30 h.

52. (FGV/DPE-RO - Anal. Eng. Civil - 2015) Uma estação de tratamento de esgoto (ETE) que trata
uma vazão de 1.500 m3/dia recebe uma concentração de DBO de 300 mg/L. Se a carga efluente da
estação é de 45 kg/dia, a eficiência de remoção de DBO da ETE é de:
a) 10 %;
b) 30 %;
c) 40 %;
d) 80 %;
e) 90 %.

53. (FGV/ALE-MA - Eng. Civil - 2013) Uma atividade produtiva lança efluentes com uma vazão de
70.000 m3/dia e uma concentração de DBO de 25,4 mg/L.

Considerando uma contribuição por pessoa de DBO de 50 g/hab.dia, o equivalente populacional, em


habitantes, desta atividade produtiva é
a) 2.540.
b) 17.780.
c) 18.056.
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d) 35.560.
e) 55.118.

54. (AOCP/Pref. Juiz de Fora - Eng. Civil - 2016) As lagoas anaeróbias constituem-se uma forma de
tratamento de esgoto doméstico e de despejos industriais predominantemente orgânico. Os
principais parâmetros de projeto para o dimensionamento das lagoas anaeróbias são:
a) Taxa de aplicação superficial, tempo de detenção, profundidade e a relação entre o seu comprimento e
a sua largura.
b) Tempo de detenção, profundidade, características geológicas, geotécnicas e de infiltração de solo.
c) Taxa de aplicação volumétrica, tempo de detenção, profundidade e a relação entre o seu comprimento
e a sua largura.
d) Taxa de aplicação volumétrica, temperatura, características geológicas, geotécnicas e de infiltração de
solo.
e) Taxa de aplicação superficial, relação entre o seu comprimento e a sua largura e características
geológicas, geotécnicas e de infiltração de solo.

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7 - GABARITO

1. CERTO 19. CERTO 37. ERRADO


2. A 20. D 38. ERRADO
3. E 21. ERRADO 39. C
4. CERTO 22. A 40. C
5. B 23. ERRADO 41. B
6. D 24. ERRADO 42. B
7. A 25. ERRADO 43. ERRADO
8. D 26. CERTO 44. CERTO
9. A 27. ERRADO 45. CERTO
10. A 28. D 46. CERTO
11. B 29. C 47. A
12. A 30. CORRETO 48. E
13. A 31. C 49. D
14. C 32. D 50. A
15. E 33. D 51. C
16. E 34. A 52. E
17. A 35. C 53. D
18. B 36. ERRADO 54. C

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8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 9.648 – Estudo de concepção de


sistemas de esgoto sanitário - Procedimento, Rio de Janeiro: ABNT, 1986, 5p .

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 9.649 – Projeto de redes coletoras
de esgoto sanitário - Procedimento, Rio de Janeiro: ABNT,1986, 7p .

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 7.229 - Projeto, construção e


operação de sistemas de tanques sépticos, Rio de Janeiro: ABNT, 1997, 15p.

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 13.969 - Tanques sépticos -


Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção
e operação, Rio de Janeiro: ABNT, 1997, 60p.

ASSSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 12.209 – Elaboração de projetos


hidráulico-sanitários de estações de tratamento de esgotos sanitários, Rio de Janeiro: ABNT, 2011, 53p.

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