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CURITIBA - PR.
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por intermédio de seu patrono que abaixo assina – instrumento procuratório acostado --,
para ajuizar, com supedâneo no art. 186 c/c art. 944, ambos do Código Civil , a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO,
(“COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA”)
contra
(01) CARTÃO XISTA S/A, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida na Av. Y, nº.
0000 – Loja 07, em São Paulo (SP) – CEP nº. 33444-555, inscrita no CNPJ(MF) sob o nº.
22.555.444/0001-33,
(2) – NO MÉRITO
3
Na hipótese em estudo, resulta pertinente a responsabilização
da Requerida, independentemente da existência da culpa, nos termos do que estipula o
Código de Defesa do Consumidor.
CÓDIGO CIVIL
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
3
autor, uma vez que este teria adquirido úlcera de córnea, causada por bactéria
proveniente de lixo, resultando na cegueira de um de seus olhos.
2 Preliminar de cerceamento de defesa decorrente do julgamento antecipado da
lide improcedente; em observância ao Princípio da Razoável Duração do Processo,
extraise
extraise que, vislumbrado, no caso concreto, substrato jurídico suficiente à pronta
solução da lide, nos termos do art. 330 do CPC, por ordem de Celeridade e
Eficiência da Prestação Jurisdicional, exigese
exigese do magistrado a aceleração do
trâmite do feito.
3 Motorista de caminhão de lixo está, em decorrência de sua atividade laboral,
exposto a risco de saúde, razão pela qual, em se tratando de acidente de trabalho,
devese
devese aplicar o regime jurídico da Responsabilidade Civil Objetiva, conforme
positivado no art. 927, § único do Código Civil, afastandose,
afastandose, por conseguinte, a
perquirição de culpa do Município réu e exigindose
exigindose a verificação, tão somente, dos
quesitos de dano e nexo de causalidade.
4 Sendo o risco decorrente do labor a razão mais razoável a desencadear a
consequência danosa sofrida pelo autor, por aplicação da Teoria da Causalidade
Adequada, temse
temse por configurado o nexo de causalidade entre o dano sofrido e a
atividade laboral, constituindo todos os elementos a ensejar a relação
responsabilizadora do Município réu, em face do polo autoral.
5 Em relação à indenização, por assumir papel compensatório, em virtude de ser
originária de um dano moral, o seu valor deve atentar para os seguintes critérios:
Ser suficiente para a compensação do dano, razoável para que não cause
enriquecimento ilícito ao beneficiário e proporcional ao potencial econômico da
parte condenada. Precedentes do STJ.
3
6 Apelos conhecidos para NEGAR PROVIMENTO ao apelo interposto pelo polo réu
e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao manejado pelo autor, reformando a sentença
singular para estabelecer o quantum indenizatório em R$ 20.000,00 (vinte mil
reais), sem prejuízo da contabilização de juros moratórios a partir do evento
danoso (Súmula nº 54 do STJ) e correção monetária a partir da presente fixação
(Súmula nº 362 do STJ). Condenase
Condenase ainda o Município réu ao pagamento das
custas processuais e dos honorários advocatícios, ficando estes arbitrados, por ser
vencida a Fazenda Pública, nos ditames do art. 20, § 4º do CPC, em R$ 500,00
(quinhentos reais). (TJCE
(TJCE - APL 116375.2003.8.06.0128/1;
116375.2003.8.06.0128/1; Quinta Câmara Cível;
Rel. Des. Clécio Aguiar de Magalhães; DJCE 30/04/2012; Pág. 40)
3
à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas
sobre sua fruição e riscos.
[...]
§ 3º O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
3
Também é por esse prisma é o entendimento de Ada Pellegrini
Grinover:
“Já com a inversã o do ô nus da prova, aliada à chamada ‘culpa objetiva’, não há
necessidade de provar-se dolo ou culpa, valendo dizer que o simples fato de
ser colocar no mercado um veículo naquela condiçõ es que acarrete, ou possa
acarretar danos, já enseja uma indenizaçã o, ou procedimento cautelar para
evitar os referidos danos, tudo independemente de se indagar de quem foi a
negligência ou imperícia, por exemplo. “ (GRINOVER, Ada Pellegrini [et
[et tal].
tal].
Código de Defesa do Consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto.
anteprojeto. 10ª
Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011, p. 158)
CÓDIGO CIVIL
DANO MORAL
3
corresponder à projeçã o da tutela jurídica em todas as searas em que atua o
homem, considerados os seus mú ltiplos aspectos biopsicoló gicos.
Já se observou que os direitos da personalidde tendem à afirmaçã o da pelna
integridade do seu titular. Enfim, da sua dignidade.
Em sendo assim, a clssificaçã o deve ter em conta os aspectos fundamentais da
personalidade que sã o: a integridade física ( direito à vida, direito ao corpo,
direito à saú de ou inteireza corporal, direito ao cadá ver . . . ), a integridade
intelectual (direito à autoria científica ou literária, à liberdade religiosa e de
expressã o, dentre outras manifestaçõ es do intelecto) e a integridade moral ou
psíquica (direito à privacidade, ao nome, à imagem etc). (FARIAS, Cristiano
Chaves de; ROSENVALD, Nélson. Curso de Direito Civil.
Civil. 10ª Ed. Salvador:
JusPodvim, 2012, pp. 200-201)
“Parece mais razoá vel, assim, caracterizar o dano moral pelos seus pró prios
elementos; portanto, ‘como a privaçã o ou diminuiçã o daqueles bens que têm
um valor precípuo na vida do homem e que sã o a paz, a tranquilidade de
espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a integridade física, a
honra e demais sagrados afetos’; classificando-se, desse modo, em dano que
afeta a ‘parte social do patrimô nio moral’ (honra, reputaçã o etc) e dano que
molesta a ‘parte afetiva do patrimô nio moral’ (dor, tristeza, saudade etc); dano
moral que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz
deformante etc) e dano moral puro (dor, tristeza etc.). “ (CAHALI, Yussef Said.
Dano moral.
moral. 4ª Ed. Sã o Paulo: RT, 2011, pp. 20-21)
3
Quanto ao valor da reparação, tocantemente ao dano moral,
assevera Caio Mário da Silva Pereira, que:
“Nã o existe uma previsão na lei sobre a quantia a ser ficada ou arbitrada. No
entanto, consolidaram-se alguns critérios.
Domina a teoria do duplo caráter da repaçã o, que se estabelece na finalidade
da digna compensaçã o pelo mal sofrido e de uma correta puniçã o do causador
do ato. Devem preponderar, ainda, as situaõ es especiais que envolvem o caso,
e assim a gravidade do dano, a intensidade da culpa, a posiçã o social das
partes, a condiçã o econô mica dos envolvidos, a vida pregressa da pessoa que
3
tem o título protestado ou o nome negativado. “ (RIZZARDO, Arnaldo.
Responsabilidade Civil.
Civil. 4ª Ed. Rio de Janeiro, Forense, 2009, p. 261)
3
§ 2° - Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de
irreversibilidade do provimento antecipado.
3
Por conseguinte, basta a presença dos dois pressupostos acima
mencionados, para o deferimento da tutela antecipada almejada.
(3) – P E D I D O S e R E Q U E R I M E N T O S
POSTO ISSO,
3
como últimos requerimentos desta Ação Indenizatória, o Autor requer que Vossa Excelência
se digne de tomar as seguintes providências: