DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
FLORIANÓPOLIS, 23 DE AGOSTO
2018
SUMÁRIO
1 – RESUMO...................................................................................................................03
2 – INTRODUÇÃO.........................................................................................................04
2.1 Objetivos..........................................................................................................05
3 – MATERIAIS E MÉTODO.........................................................................................06
3.1 Instrumentos.......................................................................................................06
3.2 Reagentes............................................................................................................06
3.4 Recristalização....................................................................................................07
3 – RESULTADOS E DISCUSSÕES..............................................................................08
4.1 Síntese.................................................................................................................08
4.4 Recristalização....................................................................................................08
5 – CONCLUSÃO...........................................................................................................11
6 – REFERÊNCIAS.........................................................................................................12
1 RESUMO
3
2 INTRODUÇÂO
A anilina é uma base fraca e age como nucleófilo, devido ao par isolado de elétrons
do nitrogênio. Ela é um derivado do benzeno, sendo este um composto pouco reativo,
devido sua alta estabilidade conferida pelos elétrons π de carbonos sp² conjugados. Assim,
sendo um bom nucleófilo, o benzeno reage através de reações de substituição, ao invés
de ocorrer uma adição elétrofílica, a aromaticidade é mantida devido sua maior
estabilidade [4]. Deste modo, a anilina pode ser preparada através da adição de um grupo
nitro ao benzeno, com ácido sulfúrico e nítrico concentrado, seguida de hidrogenação
catalítica com níquel. [4]
4
2.1 OBJETIVOS
5
3 MATERIAIS UTILIZADOS
3.1 Instrumentos
• Béquer
• Erlenmeyer 250mL
• Pipeta graduada
• Funil
• Funil de Büchner
• Papel filtro
• Balança
• Medidor de ponto de fusão
• Placa de Petri
• Vidro relógio
• Bastão de vidro
• Chapa de aquecimento
• Gelo
• Proveta
• Porcelana porosa
3.2 Reagentes
• Acetato de sódio
• Ácido acético glacial
• Anilina
• Anidrido acético
• Carvão ativado
• Água destilada
6
3.1 Síntese da acetanilida
3.2 Recristalização
Com um papel filtro de massa conhecida e pregueado, a amostra foi filtrada a quente
com o funil previamente aquecido em um erlenmeyer de 250mL, de maneira rápida para
evitar perdas. O composto ficou resfriando em temperatura ambiente por cerca de 15
minutos, depois foi filtrado a vácuo em um filtro de massa conhecida, transferido para
uma placa de petri previamente pesada e deixado para secar.
7
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Síntese
A acetanilida foi sintetisada pelo método de acetilação com anidrido acético. Foi
utilizado uma solução tampão para evitar que a anilina, uma base fraca, fosse protonada
e ficasse indisponível como nucleófila. Desta forma, o ácido acético presente no tampão,
também serviu de catalisador, doando um H+ para a carbonila do anidrido, que ao ser
protonado aumenta a eletrofilicidade do carbono. Ocorrendo o ataque do nitrogênio, o
oxigênio da outra carbonila do anidrido ataca um H+ através de uma prototropia com um
dos hidrogênios do grupo amina e, em seguida, liberando o grupo abandonador acetato.
No final da reação, o grupo OH- formado no início é desprotonado e restabelecido a dupla
ligação, com o H+ sendo liberado para o meio. A reação é mostrada na Figura 1.
4.2 Recristalização
8
e deixada em ebulição. Após completa dissolução, foi acrescentado também carvão ativo,
para ajudar na adsorção das particulas em suspenção que não são soluveis ao solvente
(água). A solução foi filtrada a quente e percebeu-se que a imediata formação de cristais
brancos no filtrado. Após o resfriamento, o procesos resultou em cristais longos e
transparantes de acetanilida.
A mistura foi filtrada a vácuo em um papel filtro, colocada em uma placa de petri e,
por fim, a massa da amostra úmida foi medida, obtendo-se 4,534g. A amostra foi deixada
para secar coberta com papel filme com pequenos furos em cima.
Após quatro dias, a massa da amostra seca foi medida e obteve-se um valor de 3,119g,
um rendimento de 60,73%, considerando que a pureza da anilina era de 100%. Além disso,
o ponto de fusão da amostra bruta e da recristalizada foi determinado em um medidor de
ponto de fusão, obtendo-se para o impuro 114,2-116,8°C e 114,2-115,8°C para o
purificado. O ponto de fusão da acetanilida na literatura é de 114,3°C [5], em
concordância com o obtido experimentalmente. Ambos possúem pontos de fusão
próximos, indicando baixa impureza na síntese, mesmo que a aparencia do produto bruto
fosse discrepante em relação ao cristal de acetanilida.
Uma amostra dentre as sintetizadas por todos os grupos no laboratório, foi sucetida
a uma ressonância magnética, em clorofórmio deuterado a 400MHz para identificação e
comparação com a literatura. O espectro obtido está na figura 2 e obtido na literatura na
figura 3. É visível a semelhança entre ambos os espéctros.
9
Figura 3 – Espectro de RMN da Acetanilida[6]
10
CONCLUSÃO
11
REFERÊNCIAS
[1] K, Toussaint. “What do we (not) know about how paracetamol (acetaminophen) works?”. Journal
of Clinical Pharmacy and Therapeutics (2010) 35, 617–638
[2] Yue Wang, Hong Gao, Xiao-Lin Na. “Aniline induces oxidative stress and apoptosis of primary
cultured hepatocytes”. Int. J. Environ. Res. Public Health 2016, 13, 1188
[3] LESTER, David; GREENBERG, Leon A. “The metabolic fate of aetanilid and other aniline
derivates”. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics May 1947, 90 (1) 68-75
[4] BRUICE, Paula Y. “Química Orgânica”. Vol 2, 4ª ed, São Paulo, SP: Pearson, 2012, p. 37
[5] Lide, D.R. (ed.). CRC Handbook of Chemistry and Physics. 76th ed. Boca Raton, FL: CRC Press Inc.,
1995-1996., p. 3-5
[6] The Matheson Company, Inc., East Rutherford, New Jersey. “1H Nuclear Magnetic Resonance (NMR)
Spectrum”. Copyright © 1991-2018 Bio-Rad Laboratories, Inc. All Rights Reserved.
12