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REGIMENTO INTERNO
COLETÂNEA DE TEXTOS
DO CURSO TÉCNICO DE
NÍVEL MÉDIO EM ESTÉTICA
Presidente da República
Ministro da Educação
Abraham Weintraub
Governador do Estado
Figura 1 freepik.com1
1 Mulher fazendo procedimentos cosmético. Meramente ilustrativa. Foto gratuita freepik.com. Disponível em:
<ahref="https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/mulher">Mulher foto criado por senivpetro - br.freepik.com>.
SUMÁRIO
1 DEFINIÇÃO DE ELETROTERAPIA
Segundo Agne (2004) a aplicação da corrente elétrica com fins terapêuticos em geral e
especialmente para se combater a dor é extensa. Na antiguidade, em 2750 a.C., no Egito
descargas de peixes elétricos foram utilizadas com a finalidade terapêutica.
Em 130 a.C., Galen recomendava como agente calmante choque produzido por um peixe
elétrico que proporcionavam descargas elétricas com uma tensão de 50-80Volts e uma
frequência de aproximadamente 200Hz.
Scribonius Largus (46 a.C.) também está relacionado por fazer uso da estimulação
elétrica para o tratamento de dor. Ao avaliar os benefícios dos peixes elétricos no manejo da
dor provocada pela doença gota, pode-se dizer que o primeiro protocolo de eletroterapia
pertence a ele.
Figura 2: Ilustração da
experiências com uma barra de âmbar (uma espécie de
resina). Verifico que depois de ser atritada com um pelo de
animal a resina adquiria a propriedade de atrair pequenos
corpos como pensa de cabelos.
A palavra âmbar vem de elektron em grego, daí o
surgimento da palavra ELETRICIDADE.
Em 1745, Pivatti, ao tentar administrar medicamento ao corpo com a ajuda de uma máquina
elétrica, dando origem ao método conhecido como Iontoforese.
Em 1791, Luigi Galvani publicou o tratado “De viribus electricitatis in motu
muscularis” (sobre a ação da eletricidade no movimento muscular), sendo um dos primeiros
fisiologistas que investigou as correntes de excitação nervosa (contração muscular na pata de
rã).
Alessandro Volta construiu, em 1800, a primeira pilha elétrica. Analisando o
experimento de Galvani, acreditou que era possível produzir eletricidade por meio químico.
Como consequência, a corrente contínua foi batizada como corrente “galvânica”, em
homenagem a L. Galvani.
A obra “eletrofisiologia dos movimentos”, publicada por Duchene (1806-1875),
indicava pela primeira vez os “pontos motores” para eletroestimulação cutânea.
A aplicação da energia eletromagnética com fins medicinais por d’Arsonval, em 1892,
e posteriormente por Zeynek e Nagelschidt em 1908, criadores do termo diatermia que
significa “aquecimento através de. ”
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Nos anos 30, a diatermia de ondas longas, que trabalhava inicialmente com uma
frequência de 1MHz, foi substituída pela de ondas curtas com frequência muito superior a
27MHz e comprimento de onda 11 metros. No início dos anos 50, introduziram na terapia de
micro-ondas com uma frequência superior a 25000MHz e comprimento de ondas de 12
centímetros. A frequência e o comprimento de ondas são inversamente proporcionais.
Emile Du Bois Reymond (1818-1869) aparece como fundador da moderna
eletrofisiologia. Estabeleceu a Lei geral de excitação elétrica, que expressada em termos
matemáticos, diz: “A excitação é função derivada da densidade da corrente em relação ao
tempo” (AGNE, 2004). Em 1848, estabeleceu o conceito de aneletrotono e cateletrotono,
propriedades importantes da corrente galvânica: No nervo isolado pode constatar no polo
positivo (ânodo) uma redução e inclusive a supressão da excitabilidade assim como da
capacidade condução da excitação elétrica. No polo negativo (cátodo) se produzia um
incremento da excitabilidade.
Em 1844, Werner von Semens, utilizou a corrente farádica no nervo trigêmeo facial
para analgesia. Nessa mesma época era utilizada a corrente farádica para anestesia local por
dentistas americanos.
Oliver, em 1859, obteve uma patente de eletroanestesia, nos Estados Unidos. O
aparelho que consistia num indutor adaptado se se empregava sob a forma de anestesia em
diferentes intervenções cirúrgicas das extremidades.
Nos anos 50, Bernard, dentista e fisiologista francês, revitalizou as correntes galvano-
farádicas combinadas, com a ajuda da Iontoforese, sob uma nova forma e variação, hoje
conhecida como de correntes diadinâmicas de Bernard.
A eletroterapia Analgésica teve seu renascimento através da técnica de implantação de
eletrodos na região do cérebro e da medula espinhal, elaborada por neurocirurgiões americanos,
assim como pelas novas teorias de Melzack, sobre mecanismos da dor (1965).
Com o passar dos anos, mais estudos foram e estão sendo feitos, por isso entende-se
mais sobre os efeitos da eletroterapia.
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2 FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE
Não é possível ver a eletricidade, mas seus efeitos. Os raios, em uma noite de tempestade,
por exemplo, são efeitos da eletricidade. Outro exemplo é a
faísca produzida quando não se encaixa corretamente um
aparelho elétrico na tomada, este é outro efeito da eletricidade.
A eletricidade não ocupa espaço nem tem propriedades
Figura 4 Raio no céu. físicas ou químicas; portanto, ela não é matéria. A eletricidade é
uma forma de energia que, quando está em movimento, exibe efeitos magnéticos, químicos ou
Figura 3 Os elétrons
térmicos; um fluxo de elétrons. Ela é um fluxo de elétrons, que
girando ao redor do
núcleo atômico
são partículas de carga negativa que giram ao redor dos átomos
(para recordar sobre a definição de átomo veja a coletânea de
texto de Cosmetologia I).
Uma corrente elétrica é o fluxo da eletricidade ao longo
de um condutor. Todas as substâncias podem ser classificadas como condutoras ou isolantes,
dependendo da sua facilidade para transmitir a corrente elétrica.
Um condutor é qualquer substância que transmita a eletricidade facilmente. A maioria
dos metais são bons condutores. O cobre é um condutor particularmente bom e é usado nos
cabeamentos e motores elétricos. Os componentes iônicos da água a tornam uma boa condutora,
isso explica por que não se deve nadar em um lago durante uma tempestade elétrica.
Um isolante ou não condutor é uma substância que não transmite a eletricidade facilmente.
Borracha, seda, madeira, vidro e cimento são ótimos isolantes. Os cabos elétricos são
constituídos de fios de metal trancados (condutor) coberto por borracha (isolante). Um circuito
completo é o caminho de uma corrente elétrica desde a fonte geradora, passando pelos
condutores e voltando a fonte original.
Corrente elétrica
O movimento gerado entre o núcleo atômico e os elétrons livres de cada material é
realizado de forma aleatória e caótica, isto é, sem que haja uma direção definida. É o fluxo
ordenado de elétrons que produz DDP (diferença de potencial) entre os extremos de um
condutor. DDP é a força eletromotriz disponível para produzir o movimento de uma corrente
elétrica, ou seja, a força que faz com que os elétrons sejam movidos. Quando devido a um
processo externo gera-se uma força elétrica que os obriga a executarem um movimento em
direção ordenada que se sobreponha ao caótico, denominamos corrente elétrica a esse fluxo
ordenado de elétrons livres.
Corrente elétrica em um condutor é definida como a quantidade de carga que atravessa o
fio em um intervalo de tempo. Sua unidade no sistema internacional é o ampère (A) e, por
convenção, o sentido da corrente é o oposto ao movimento de elétrons livres.
Figura 6 Corrente
contínua e alternada.
Para compreender melhor como é o fluxo de uma corrente elétrica pode-se comparar
com a água passando por uma mangueira e jardim. Os elétrons individuais passam pelos cabos
da mesma maneira que as moléculas de água individuais passam pela mangueira.
O volt (V), ou tensão (termo usado atualmente em vez de voltagem), é a unidade que
mede a pressão da força que empurra o fluxo de elétrons para frente através de um condutor,
assim como a pressão da água que empurra as moléculas de água ao longo da mangueira. Sem
pressão, nem água nem elétrons poderiam fluir. A bateria do carro tem 12 volts; as tomadas
normais para ligar o secador e a chapinha têm 110 volts; e a maioria dos aparelhos de ar-
condicionado e secadoras de roupas funciona a 220 volts. Uma tensão mais alta indica mais
pressão ou força. Os volts medem a pressão da forca que empurra os elétrons para frente.
Um ampère (A) é a unidade que mede a força de uma corrente elétrica (o número de
elétrons que fluem por um cabo). Como ocorre na mangueira de água, que deve ser capaz de
expandir à medida que a quantidade de água aumenta o cabo também deve expandir conforme
há aumento na quantidade de elétrons (ampères). Um secador de 12 amperes deve ter um cabo
duas vezes mais grosso que um secador de 5 amperes; do contrário, o cabo pode superaquecer
e pegar fogo. Uma classificação mais alta indica um número maior de elétrons e uma corrente
mais forte.
Um miliampère (mA) é um milésimo de um ampère. A corrente para os tratamentos
faciais e do couro cabeludo é medida em milampères; uma corrente de ampères seria forte e
poderia machucar a pele.
Um microampère (µA) é um milhão de vezes menor que o Ampére. Não se sente a
corrente (sub sensorial), trabalha dentro da célula.
Dessa forma:
1 mA = 1 000 μA
O ohm (O) é a unidade que mede a resistência de uma corrente elétrica. A corrente não
flui através do condutor a menos que a força (volts) seja mais forte que a resistência (ohms).
Um watt (W) é a medição de quanta energia elétrica que está sendo usada em um segundo.
Um quilowatt (K) corresponde a 1.000 watts. A eletricidade de uma casa é medida em
que quilowatts por hora. (Kwh).
Hertz (Hz) é a unidade que determina o comprimento da onda sonora e envolve a
frequência do som, ou seja, a capacidade de perceber sons graves e agudos. Assim, a audição
normal é aquela que se situa entre 0 a 20 dB e entre 250 a 4.000 Hertz. Para determinar a perda
em um teste audiométrico geralmente são usadas às frequências 500, 1000, 2000 Hz e 4000 Hz.
Frequência = Número de oscilações que acontecem em um evento/período de tempo.
Hz = 1 oscilação em 1 segundo.
Megahertz: Um megahertz, ou MHz, equivale a 1 milhão de ciclos (oscilações) por
segundo, ou 10 elevado à potência 6, diferentemente de megabyte. Em termos científicos, serve
para medir qualquer coisa que oscila a intervalos regulares (como as ondas de rádio). Quem
tem, por exemplo, um daqueles relógios de parede antigos, com pêndulos, notará que o pêndulo
faz um vai-e-vem a cada 2 segundos. O relógio, portanto, oscila a velocidade de 0,5 Hz (2
segundos divididos por quatro movimentos), ou 0,0000005 megahertz. Hoje em dia, no
computador, já temos processador com 3 gigahertz (GHz), ou seja, que funcionam a 3 bilhões
de ciclos por segundo.
Em um aparelho de eletroterapia que trabalha com MHz Quanto mais baixa a frequência
(Hz) mais profundo atinge: 1 MHz atinge tecido ósseo (uso médico) e 3 MHz (3 Milhões de
oscilações em 1 segundo) atinge a derme.
Intensidade = Quantidade de energia oferecida para o corpo.
4 POLARIDADE
FAÇA O TESTE!
Para descobrir a polaridade do eletrodo existe um teste simples: coloque as pontas
dos cabos condutores em dois pedaços separados de papel tornassol azul úmido. O papel
sob o polo positivo se torna vermelho e o negativo permanece azul. Se você usar o
tornassol vermelho, o papel sob o polo positivo permanece vermelho e o negativo torna-
se azul.
IMPORTANTE
Se tratando de correntes utilizadas nos tratamentos estéticos é importante saber que
existem duas classificações para as correntes elétricas:
≫ despolarizadas: Também conhecidas como as correntes pulsadas. São correntes bifásicas,
não apresentando polos definidos, uma vez que eles se alteram a cada fase da corrente.
Num primeiro momento o negativo (-) é preto e o positivo (+) vermelho, e num segundo
momento, isso inverte, o negativo (-) é vermelho e o positivo (+) é preto.
São usadas, principalmente, em correntes para efeito analgésico e contração muscular. São
utilizados eletrodos de borracha ou ato adesivo.
≫ polarizadas: Também conhecidas como correntes Diretas. São correntes monofásicas,
apresentam polos definidos: um negativo (-) na cor preta e um positivo (+) na cor vermelha.
A definição dos polos é importante quando se necessita de correntes com efeitos polares.
Já sabemos que nosso organismo possui energia elétrica, portanto, cargas positivas (cátions) e
cargas negativas (aníons).
Quando aplicamos uma corrente polarizada temos que ter em mente que as cargas
positivas (+) de nosso organismo vão em direção ao eletrodo negativo (-), e que as cargas
negativas (-) vão em direção ao eletrodo positivo (+). Devido a isso essa corrente se torna útil
quando temos interesse em efeitos ionizantes.
Essas correntes são usadas, principalmente, para cicatrização, diminuição de edema
(drenagem) e tratamento de estrias, mas também podem ser utilizadas no alivio da dor.
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Figura 8 Ilustração de um
nos circuitos elétricos modernos. Eles possuem todas as suas características
disjuntor
de segurança dos fusíveis, mas não precisam ser trocados e podem
simplesmente ser reconectados. O secador de cabelo, por exemplo, tem um
disjuntor no plugue elétrico, que serve para proteger no caso de sobrecarga
ou curto-circuito. Quando um disjuntor desliga, deve-se desconectar o
aparelho e verificar todas as conexões e o isolamento antes de reconectar.
O princípio do “aterramento” é outra maneia importante de promover a segurança elétrica.
Todos os aparelhos devem ter pelo menos duas conexões elétricas. A conexão “viva” fornece a
corrente para o circuito. A conexão “terra” completa o circuito e carrega a corrente com
segurança, descarregando-a na terra. Para aumentar a proteção, alguns aparelhos têm uma
terceira conexão elétrica redonda, que fornece um aterramento adicional. Esse aterramento
extra serve para garantir um caminho seguro para a eletricidade, se o primeiro falhar ou não
estiver corretamente conectado. Os aparelhos com o terceiro pino redondo oferecem mais
proteção para você e seu cliente.
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Há algumas diretrizes que poderão ajudar a eliminar acidentes em atenção ao uso seguro
da eletricidade. Tais como:
Antes de usar qualquer equipamento elétrico leia todas as instruções com atenção;
Desconecte os aparelhos quando não estiverem em uso;
Inspecione todos os aparelhos regularmente;
Os comprimentos de onda longos possuem baixa frequência, o que significa que o número
de ondas é menos frequente (menos ondas) dentro de determinado comprimento. Os
comprimentos de onda curtos possuem frequência mais alta, porque o número de ondas é mais
frequente (mais ondas) dentro de determinado comprimento.
Raios ultravioletas e infravermelhos também são formas de radiação eletromagnética,
mas são invisíveis porque seus comprimentos de onda estão além do espectro visível da luz. Os
raios invisíveis constituem 65% da luz solar natural.
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Precisamos de luz solar para sobreviver no planeta. As plantas verdes, por exemplo usam
a luz solar para o processo de fotossíntese. A luz solar também controla nosso clima e é
considerada nossa principal fonte de energia. Os raios ultravioletas (UV) constituem 5% da luz
solar natural. Os raios UV têm comprimentos de onda mais curtos, penetram menos
profundamente e produzem menos calor que a luz visível. Eles também produzem efeitos
químicos e matam os germes.
Pequenos períodos de exposição ao sol podem ser benéficos na produção da vitamina D,
no entanto, estudos recentes mostraram que a exposição excessiva causa danos a pele,
envelhecimento precoce e câncer de pele. Existem três tipos de raios ultravioletas.
Ultravioleta A (UVA). Esses raios são os mais longos entre os raios UV e penetram
diretamente na derme, danificando o colágeno e a elastina; eles são usados frequentemente nas
camas de bronzeamento artificial.
Ultravioleta B (UVB). Esses são chamados de raios que queimam, porque são mais
associados as queimaduras provocadas pelo sol. Os raios UVB penetram na epiderme até a
camada basal, estimulam a formação de melanina e causam a maioria dos cânceres de pele.
Ultravioleta C (UVC). Esses são os raios mais curtos, bloqueados pela camada de ozônio.
Eles possuem propriedades germicidas, mas em quantidades maiores eliminariam a vida como
a conhecemos. Não podemos esgotar a camada de ozônio, porque ela nos protege contra a
radiação UVC.
Também é necessário manter uma relação saudável com a exposição à luz do sol. Lembre-
se de que a pele bronzeada é uma pele danificada. O bronzeamento causa o foto envelhecimento
(envelhecimento precoce em decorrência da exposição ao sol) e danos irreversíveis as
propriedades de criação de colágeno da pele.
Os raios infravermelhos constituem 60% da luz solar natural. Eles têm comprimentos
de onda mais longos, penetram mais profundamente e produzem mais calor que a luz visível.
As lâmpadas infravermelhas são frequentemente usadas nos salões para aquecer os
condicionadores e produtos químicos para os tratamentos para os cabelos. Também são usados
nos Spas e saunas para o relaxamento e para aquecer os músculos.
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Esses raios são a fonte primária de luz, usada em tratamentos faciais e do couro cabeludo.
As lâmpadas usadas para o tratamento com a luz visível terapêutica são brancas, vermelhas e
azuis.
A luz branca é chamada de luz combinada, porque é uma combinação entre todos os
raios visíveis do espectro. Ela tem os benefícios de todos os raios do espectro visível. A luz
azul deve ser usada apenas sobre uma pele oleosa e descoberta. Ela contém menos raios de
calor, é menos penetrante e possui alguns efeitos germicidas e químicos. A luz vermelha é
usada na pele seca, em combinação com cremes e óleos. Ela penetra mais profundamente e é a
que produz mais calor.
EFEITOS DOS DIFERENTES TIPOS DE RAIOS USADOS NA TERAPIA PELA LUZ
Tipos de luz Efeitos benéficos
Ultravioleta Aumenta a eliminação dos resíduos;
Melhora o fluxo do sangue e da linfa;
Possui efeito germicida e antibacteriano;
Produz a vitamina D na pele;
Pode ser usado para tratar raquitismo, psoríase e acne
Infravermelho Esquenta e relaxa a pele;
Dilata os versos sanguíneos e aumenta a circulação;
Produz alterações químicas;
Aumenta o metabolismo;
Aumenta a produção de perspiração e óleo;
Alivia a dor muscular, quando penetra profundamente;
Acalma os nervos
Luz Branca Alivia a dor na nuca e nos ombros;
Produz alguns efeitos químicos e germicidas;
Relaxa os músculos
Luz azul Acalma os nervos;
Melhora a acne;
Melhora o tônus da pele;
Fornece alguns efeitos químicos e germicidas;
É usada para casos brandos de erupções na pele;
Produz pouco calor.
Luz vermelha Melhora a pele seca, descamada e enrugada;
Aumenta o índice de produção de colágeno;
Relaxa os músculos;
Penetra mais fundo;
Produz mais calor.
Tabela 1 Efeitos dos diferentes tipos de raios usados na terapia pela luz
bioeletricidade química. A cada batida do nosso coração (pulsação) produz-se uma corrente de
um ciclo por segundo de um watt de potência elétrica dissipada. A potência elétrica e a
resistência do corpo humano variam de um indivíduo para outro: dependem da constituição
orgânica das células e da condutibilidade do corpo. O corpo humano é constituído por
moléculas, átomos, prótons, nêutrons e elétrons.
O sistema nervoso constitui a rede de distribuição elétrica e as células são os
semicondutores, funcionando à semelhança dos diodos e transmissores.
Há polaridade, em processos como estímulo doloroso, contração muscular, processo de
cicatrização/regeneração e lesão tecidual, existe efeito elétrico. O impulso nervoso é o sinal
elétrico transmitido ao longo do axônio. Esse sinal elétrico e iniciado por algum estímulo, que
causa uma alteração da carga elétrica do neurônio, sendo sua direção a dos dendritos para os
terminais axônios. Esse sinal passa de um neurônio ao seguinte, ou termina num órgão efetor,
como um grupo de fibras musculares, ou retorna ao sistema nervoso central.
pede o controle dos músculos, e entre 10mA à 3ª é um valor mortal. A resistência elétrica da
pele é grande quando a pele está seca. Porém com a pele úmida, a resistência cai e pode-se levar
um choque considerável. A frequência em que o corpo humano, é de 60Hz, e a medida que
frequência aumenta são menos sentidas pelo corpo humano.
A resistência elétrica do corpo varia de pessoa para pessoa, e quando o corpo humano é
intercalado em um circuito elétrico, passa a ser percorrido por corrente elétrica de intensidade
de acordo com a lei de ohm.
As correntes estimuladoras de músculo e nervo dos aparelhos de eletroterapia são
correntes elétricas capazes de causar a geração de potenciais de ação. Elas precisam ter
intensidade suficiente e uma duração apropriada para causar despolarização da membrana
nervosa ou muscular.
8 PARÂMETROS FÍSICOS
Lembre-se!
Cargas iguais se repelem umas as outras, enquanto cargas opostas se atraem.
Os tecidos biológicos são condutores, porque os íons são livres para se moverem, quando
expostos as forças eletromotrizes.
d) Pulso: é a largura de fase da onda, a medida de onde inicia até onde termina uma onda, em
cada pulso se obtém uma determinada quantidade de energia já preestabelecida.
Um estímulo pode ser simples, um único pulso, ou um trem de pulsos, uma série de pulsos.
Os pulsos podem variar em sua forma e duração (curto, <1 ms, ou longo, >1 ms).
Um período entre dois trens de pulso é período de repouso.
Duração do pulso
A duração do pulso, às vezes conhecida como largura de pulso, é definida como o tempo
que leva para o valor instantâneo de um pulso subir e descer até uma fração especificada do
valor de pico - ou seja, a duração do pulso de saída a 50% da amplitude máxima (Figura abaixo)
e) Frequência
É a quantidade de pulso em um determinado tempo. É medida em Hertz, onde 1 Hz é 1
ciclo/segundo A frequência do trem de estímulos, o intervalo inter-pulsos, é o tempo entre o
início de um pulso e o início do pulso seguinte.
Relação Frequência versus largura de pulso – sempre que for alterada a frequência de um
equipamento é o repouso do pulso que está sofrendo alteração.
É uma grandeza física associada a movimentos de característica ondulatória que indica o
número de revoluções (ciclos, voltas, oscilações, etc.) por unidade de tempo.
Alternativamente, podemos medir o tempo decorrido para uma oscilação. Esse tempo, em
particular, recebe o nome de período (T). Desse modo, a frequência é o inverso do período.
Considere o evento “dar a volta em torno de si mesmo”.
a) primeiro caso, 2 × 0,5 s = 1 s, temos que: F = 2 Hz; T = 0,5 s
1
Portanto, 2 × 0,5 s = 1 s; ou seja, dai, temos que: F = 𝑇
Perceba que o tempo considerado para frequência é sempre o mesmo, ou seja, 1 segundo.
O que varia é o período do evento, que no primeiro caso foi de 0,5 s e no segundo de 0,25 s.
Assim sendo, para sabermos quantas vezes o evento ocorre em 1 segundo, precisamos saber
quantas vezes ele “cabe” dentro desse segundo.
Sempre a frequência é inversamente proporcional a largura da onda, ou seja, quanto
maior a largura da onda menor a frequência. E quanto maior a frequência menor a
resistência cutânea, portanto mais agradável é a corrente.
Classificação das Frequências:
≫ Baixa Frequência: 1 a 1.000 Hz, mas utilizada na pratica clínica a faixa de 1 a 200 Hz.
Galvânica, Farádica, Diadinâmicas, Tens e FES.
≫ Média Frequência: 1.000 a 100.000 Hz, sendo utilizado na eletroterapia de 2.000 a 4.000
Hz. Interferencial e Corrente russa.
≫ Alta Frequência: Acima de 100 mil Hz. Ondas Curtas, Ultracurtas, Dessimétricas, Micro-
ondas, Ultrassom.
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g) Resistencia
É a propriedade do material em promover oposição de fluxo:
≫ Materiais Isolantes: alta resistência.
≫ Materiais Condutores: baixa resistência.
Figura 13 Circuito elétrico simples no qual uma pilha roda em velocidade constante e muda regularmente a
direção da força eletromotriz (voltagem), que age sobre os elétrons no condutor (A). Observe o movimento para
trás e para frente dos elétrons. Circuito análogo hidráulico do circuito elétrico em (B) ilustrando o movimento
para trás e para frente da bomba, que produz o movimento alternado do líquido dentro do sistema
Figura 14 Formas diferentes de corrente (não modulada) alternada (CA) (FUIRINI JUNIOR, 2005).
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Figura 15 Relação entre a frequência de pulso e a duração de fase de ondas sinusóides liberadas de forma
contínua (A), Duração da fase (B), Duração (1ciclo) do pulso. Notar que tanto a duração da fase quanto à do
pulso diminuem conforme a frequência aumenta (FUIRINI JUNIOR, 2005).
Figura 16 Fluxo uni ou bidirecional de partículas carregadas que é interrompido por um período de tempo finito.
10 ELETRODOS
Os eletrodos têm como função primordial transmitir ao cliente a corrente que está sendo
gerada no equipamento. Eles podem ser confeccionados em materiais diversos – silicone-
carbono, autoadesivos, metálicos, esponjas, canetas, esferas, vidros – e formas: redondas,
quadradas e retangulares. O tipo de eletrodo será conforme o aparelho e a técnica escolhida.
Cada modalidade (exceto o Tesla de alta frequência) exige dois eletrodos – um negativo
e um positivo – para conduzir o fluxo da eletricidade pelo corpo.
As técnicas utilizadas pelos profissionais de Estética são as de procedimento não invasivo,
técnicas como de desincrustação, ionização, microcorrente, eletrolifting e eletroestimulação
muscular são realizadas por meio de diversos eletrodos cutâneos.
Pouca literatura se tem a respeito disso, no entanto é um ponto muito importante.
A dimensão, constituição e colocação dos eletrodos são, em grande parte, responsável
pelo êxito do tratamento, bem como causadores de desconforto e queimaduras, se não forem
aplicados devidamente. Sua função é a transmissão de fluxo de corrente ao paciente. Tipos de
eletrodos:
Em placas, flexível e maleável; usados geralmente em áreas planas de fácil acesso.
Em luvas;
Em rolos;
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LEMBRE-SE
As substâncias que permitem a passagem de corrente elétrica são chamadas de condutores,
enquanto aquelas que não dão passagem são chamadas de isolantes. Existem 3 tipos de
condutores, são eles:
1. Condutores de primeira ordem: metais, com exceção do mercúrio.
2. Condutores de segunda ordem: líquidos, na maioria dos casos do tipo aquoso, que contém
íons, provenientes de sais, ácidos ou bases dissolvidas; também conhecidos como eletrólitos.
≫ TON/ TOFF – tempo de transmissão da corrente/ tempo de repouso (sem corrente) unidade
em segundos. A contração da corrente elétrica e mais fatigante que a voluntaria. Por isso o
TON/TOFF é usado exclusivamente em correntes excitomotoras.
O tempo on que é composto do tempo de subida e tempo de descida, é importante devido
aos efeitos de “acomodação”. O tempo off é o tempo em que não existe corrente passando.
≫ Subida/descida – Tempo de subida é o tempo necessário para que a extremidade de uma
fase saia da linha de base zero até atingir a amplitude de pico. Tempo de descida e o tempo
necessário para que a extremidade de uma fase diminua da amplitude de pico até a linha de base
zero.
≫ Burst ou salva – É o tempo que a corrente fica em TON. Quando ouvimos a pronúncia
burst, logo imaginamos o tempo que ela está sendo conduzida.
≫ Repouso (R) – E o que está entre as faces das ondas (figura 1).
O pH da pele abaixo do cátodo torna-se gradualmente alcalino à medida que íons positivos
são atraídos em sua direção enquanto a pele debaixo do ânodo sofre a reação oposta. E estas
alterações químicas induzem a uma vasodilatação reflexa, presumivelmente com a finalidade de
manter um pH homeostático. Com isso há:
Aumento do metabolismo: decorrente da vasodilatação e consequente aumento da oxigenação
e substâncias nutritivas na região a ser tratada.
Aumento da ação de defesa: pela vasodilatação eleva os elementos fagocitários e anticorpos.
Endosmose: as partículas fluidas também se deslocam, seu deslocamento se dá do pólo
positivo para o negativo. Esses fenômenos são basicamente em duas situações:
Cataforese: (polo +) para amolecer cicatrizes e queloides.
Anaforese (polo -): na facilitação da derivação de fluidos no edema.
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EFEITOS FISIOLÓGICOS
Produção de calor: o transporte de corrente elétrica através de íons produz calor e sua
intensidade tem relação direta com a resistência especifica do meio em que é aplicado este tipo de
corrente.
Eletrólise: é o fenômeno pelo qual as moléculas se dividem em seus diferentes componentes
químicos, pelo fato de cada um deles leva consigo uma carga elétrica diferente, e estaremos
aplicando uma corrente que se desencadeiam efeitos polares por ter fases distintas em seu gráfico.
Fenômeno do Eletrotônus: é a alteração que a corrente produz na excitabilidade e
condutibilidade do tecido.
O Aneletrotonus ocorre no polo positivo e causa a depressão da excitabilidade facilitando as
atividades específicas do tecido nervoso.
Vasodilatação: se dá devido à ação da corrente galvânica sobre os nervos vasomotores,
provocando uma hiperemia ativa, que chega a atingir os tecidos mais profundos por ação reflexa.
Com isso há um aumento da irrigação sanguínea, acarretando maior nutrição tecidual profunda.
GALVANIZAÇÃO
Figura 19 aplicaçao
solução eletrolítica, há possibilidade de se promover a
Iontoforese
transferência de íons para o interior dos tecidos, utilizando-se
para tanto, das propriedades polares da corrente galvânica.
A passagem da corrente galvânica através de uma
solução eletrolítica produz íons, partículas eletricamente
carregadas, dissolvidas ou suspensas na solução, migrando de acordo com a carga elétrica.
A base do sucesso da transferência iônica está no princípio físico básico:
“Polos semelhantes se repelem e polos opostos se atraem”, sendo, portanto, a seleção
da polaridade iônica correta, e a realização desta com a polaridade semelhante do eletrodo para
administração são da maior importância.
A iontoforese associa os efeitos polares da corrente galvânica aos efeitos inerentes do
produto utilizado, sendo, portanto bastante efetiva para diversos protocolos na área estética.
A cataforese força as substâncias ácidas a penetrarem em tecidos mais profundos, usando
a corrente galvânica do polo positivo na direção do negativo.
A anaforese é o processo que força os líquidos alcalinos a penetrarem nos tecidos do polo
negativo na direção do positivo.
Pensando nisso, é de extrema importância que o profissional da estética tenha amplo
conhecimento sobre o produto a ser utilizado.
INDICAÇÕES
Essa técnica e indicada para introdução de ativos, vai depender da necessidade da pele
e do ativo a ser aplicado. É utilizada tratamentos na adiposidade localizada, preventivos de
envelhecimento ou mesmo para atenuar os sinais do envelhecimento como rugas, hidratação,
tratamentos de Fibro edema gelóide, estria entre outros.
CONTRA-INDICAÇÕES
Implantes metálicos e cardíacos portadores de marca-passo ou cardiopatias congestivas;
Patologias circulatórias tipo flebite, trombose,
Renais crônicos,
33
TÉCNICA
Com a ajuda de uma caneta rolo – que faz parte do equipamento – com o objetivo de introduzir
substâncias que tem os princípios ativos específicos para o objetivo esperado e tais substâncias
devem ser ionizáveis e hidrossolúveis. Só utilizar substâncias
hidrossolúveis, portanto, gel, pomadas e emulsões não são ionizáveis.
Figura 20 Caneta do tipo Quem informa a polaridade e a composição do produto ionizável
"rolinho" para ionização.
é o fabricante do cosmético, assim como o tempo de aplicação,
normalmente.
São utilizados dois eletrodos, um positivo e outro negativo, havendo necessidade dos
dois estarem em contato com o cliente fechando o circuito.
Placas metálicas devem ter acoplamento de chamex
embebecido em água, usado como eletrodo inativo (para
fechamento de circuito). Observe sempre se a placa está toda
coberta para não haver riscos.
A pele da cliente deve estar íntegra, ou seja, sem lesões ou Figura 21 Chamex e placa
metálica.
irritações e limpa sem cosmético antes da aplicação.
Dosimetria: Quantidade de dose que eu estou usando em um determinado tempo
(quantidade de energia). Quanto mais energia maior a produção de ácido e base aumentando o
perigo de queimaduras.
É necessário avaliar os parâmetros, a área e o eletrodo (escolhido conforme a área).
34
É uma técnica que utiliza a corrente galvânica para facilitar a retirada do excesso de
secreção sebácea da superfície da pele, através da qual podemos obter processo eletroquímico,
de nome eletrólise, transformando o sebo da pele em sabão, numa reação chamada de
saponificação.
Utiliza-se o polo negativo para amolecer e emulsificar os depósitos de gordura (óleo) e
os comedões. Como não há a necessidade de permeação do produto, vai ocorrer a atração.
INDICAÇÕES
Esse processo é frequentemente usado para tratar acne, millium (pústulas pequenas,
parecidas com cistos brancos) e comedões. Também tem sido bastante utilizada nos tratamentos
capilares para redução da oleosidade nos quadros seborreicos.
CONTRA-INDICAÇÕES Figura 22
a esquerda
o bastonete
Mesmos da ionização, pois também se trata de uma corrente em mA. e a direita
o eletrodo
em forma
TÉCNICA de gancho.
Não se pode negar que esta técnica traga desconforto, pois a passagem da corrente
contínua é sentida pelo paciente, o que normalmente não é um obstáculo para este
procedimento, dado o bom resultado obtido.
Segundo Guirro e Guirro (2004), o aumento da sensibilidade às correntes com
intensidades menores é um parâmetro para se observar a melhora do tecido, em resposta à
estimulação elétrica. Por outro lado, o aumento da sensibilidade é um fator que dificulta a
evolução do tratamento, pois aumenta a resistência das pacientes em relação à técnica utilizada,
o que dificulta as aplicações, diminuindo sua eficácia por não atingir todos os pontos
necessários. No início do tratamento o paciente pode não sentir dor, entretanto, conforme se
avança no número de sessões, esta aumenta e pode ser percebida como dor suportável e até
intensa. Próximo ao final do tratamento o seu limiar já é bem evidenciado.
INDICAÇÕES
CONTRA-INDICAÇÕES
TÉCNICA
Para a realização dessa técnica há necessidade de um eletrodo passivo do tipo placa de
alumínio, cobertos com esponja vegetal (chamex), esta deve ser umedecida com água e
colocados em contato com membro superior ou membro inferior do paciente/cliente. E um
eletrodo ativo especial, o qual consiste de uma fina agulha, necessária para que haja a
concentração da corrente, sustentada por uma haste do tipo caneta com porta agulha ou somente
o eletrodo caneta.
Vai atuar em nível celular para restaurar a camada colágena e estimular a produção de
elastina. O objetivo é causar uma lesão tecidual em que, junto com os efeitos da corrente, gera-
se um processo inflamatório que será seguido pelo reparo tecidual.
Os procedimentos técnicos para a execução do eletrolifting podem ser divididos em três
grupos:
Figura 23 Aplicação com caneta
A inflamação é uma resposta protetora imediata que ocorre nos tecidos ao redor, sempre
que há lesão ou destruição celular. O processo inflamatório envolve uma série de fenômenos
que podem ser desencadeados não só por agentes infecciosos, como também por agentes físicos,
químicos isquemia e interações antígeno-anticorpo.
A capacidade de desencadear uma resposta inflamatória é natural e fundamental à
sobrevivência, embora em algumas situações e doenças, a resposta inflamatória possa ser
exagerada e persistente sem qualquer benefício aparente.
Os sinais cardinais da inflamação, tais como: calor, rubor, dor e turgor, são consequentes
ao efeito local induzido por mediadores no fluxo sanguíneo, permeabilidade vascular,
infiltração de leucócitos e liberação de agentes indutores da dor.
A resposta inflamatória consiste de dois importantes componentes: a reação vascular e a
reação celular. Muitos tecidos e células estão envolvidos nestas reações, incluindo fluidos e
proteínas plasmáticas, células circulantes, vasos sanguíneos e os constituintes celulares e
extracelulares do tecido conjuntivo. As células circulantes são neutrófilos, monócitos,
eosinófilos, linfócitos, basófilos e plaquetas.
A célula do tecido conjuntivo é o mastócito, que está intimamente circundado por vasos
sanguíneos. A matriz extracelular consiste em proteínas estruturais de fibras (colágenos e
elastina), glicoproteínas adesivas (fibronectina, laminina, colágeno não fibroso) e
proteoglicanas. A membrana basal é um componente especializado da matriz extracelular,
consistindo de glicoproteínas adesivas e proteoglicanas.
A inflamação é dividida em aguda e crônica. A inflamação aguda é rápida no início e tem
uma duração relativamente curta, por alguns minutos, horas ou alguns dias. Estas principais
características são a exsudação de fluido e proteínas plasmáticas (edema) e a emigração de
leucócitos (predominantemente neutrófilos).
11.1.4 MICROCORRENTES
EFEITOS FISIOLÓGICOS
INDICAÇÕES
Devido aos seus efeitos fisiológicos, essa corrente é muito bem utilizada em processo de
reparo e em rejuvenescimento, sendo assim observamos uma boa aplicabilidade em processos
como:
Acne (anti-inflamatório, cicatrizante, bactericida e antiedematoso);
Flacidez cutânea e muscular (aumento do número de fibroblastos e realinhamento das
fibras colágenas);
Rugas;
Pós-operatório de cirurgia plástica (cicatrizante, anti-inflamatório e antiedematoso);
Estrias (rearranjo das fibras colágenas);
Eliminação de metabólitos celulares, relaxamento muscular (restabelecimento da
bioeletricidade tecidual);
Celulite (antiedematoso);
Pós Peeling (cicatrizante anti-inflamatório);
Hidratação;
Revitalização cutânea
CONTRAINDICAÇÕES
Fibrose;
Pós-operatório imediato de lipoaspiração (por favorecer a formação de fibrose por
agregação de proteína);
Gravidez;
Marca-passo;
Próteses metálicas no local de aplicação;
Com doenças cardíacas, como arritmias severas, insuficiência cardíaca congestiva;
Encurtamento funcional do musculo;
Traumas locais;
Câncer;
Sensibilidade alterada.
Patologias circulatórias tipo flebite, trombose;
Renais crônicos;
Processos inflamatórios e infecciosos;
Sobre a pele anestésica (sem sensibilidade);
Epilepsia ou patologias neurológicas que contraindiquem aplicação de corrente elétrica.
Obs.: O uso de microcorrentes em pacientes desidratados pode causar náuseas, tontura e/ou
dores de cabeça.
TÉCNICA
a) primeira fase:
Conectar os bastões (eletrodos) no equipamento, manter o bastão de
polaridade negativa parado no local de aplicação e movimentar o
bastão eletrodo positivo em sentido da musculatura para a
movimentação dos líquidos; realizar 3 vezes cada movimento.
Nutrição: 150 Hz e 200 μA
Figura 26 Aplicação de b) segunda fase:
microcorrentes.
Já na segunda etapa, priorizamos a estimulação da musculatura com movimentação no
sentido das fibras, seguindo-as em um mapa anatômico.
Para essa fase, devemos utilizar os eletrodos de borracha, localizando o eletrodo negativo
ao lado do eletrodo positivo, com gel condutor. Fixa-se na pele e liga o equipamento regulando
a intensidade, deixando agir de 10 a 15 minutos.
Tonificação: 100 Hz e 300 μA
c) Terceira fase:
A terceira consiste em ionizar um produto cujos benefícios estão diretamente
relacionados com o seu princípio ativo.
Para a aplicação: são utilizados eletrodos como bastões, canetas, ou esferas, enrolando-se
um algodão na parte metálica de cada caneta junto com uma solução aquosa, geralmente
solução N.M.F., (Natural Moisturizing Factor), fator hidratante sintético semelhante ao
encontrado na pele, rico em aminoácidos, lactato e sais, conhecida por Ureia. Pode-se utilizar
também produtos de lifting, lipossomas ou produtos hidratantes e rejuvenescedores ionizáveis
de acordo com a preferência.
Iontoforese: 500 Hz intensidade baixas para não produzir contração.
Para essa fase existem algumas sugestões de aplicação. Pode-se esquematizar o
movimento das canetas como:
As duas canetas se movimentam de dentro para fora.
As duas canetas se movimentam de fora para dentro.
Uma caneta fica parada enquanto a outra se movimenta de fora para dentro.
Uma caneta fica parada enquanto a outra se movimenta em ziguezague de dentro para
fora.
Cada movimento (passo) com a caneta deve ser feito durante, aproximadamente, em 10
segundos.
O tempo pode variar de 01 a 30 minutos.
44
Sugestão: Geralmente são feitas 10 sessões com intervalos de dois dias entre elas. Depois
uma sessão de manutenção pode ser feita a cada mês.
OBS: São sugestões de parâmetro. Há diferentes parâmetros na literatura.
Para que possamos entender como usá-la e importante lembrar um pouco sobre a
fisiologia muscular.
O musculo estriado esquelético possui fibras (Fatores genéticos e atividade física que irá
determinar a maior ou menor quantidade dessas fibras):
≫ Fibras do TIPO I
Já está bem estabelecido pela ciência que elas são as responsáveis pelo desempenho dos
atletas (maratonistas, ciclistas de estrada, nadadores de longa distância etc.). Carregam muitas
mitocôndrias que são responsáveis por produzir energia, e a enzima (acelerador metabólico)
SDH, são volumosas e possuem altos níveis de mioglobina, que lhes dão coloração vermelha,
razão do outro nome a elas atribuído: fibras vermelhas.
≫ Fibras do TIPO II
Só são trabalhadas com exercícios extenuantes e realizadas numa frequência muito rápida.
Assim, costumam ser as primeiras a se atrofiar. Em geral, as fibras de contração rápida são
46
ativadas nas atividades explosivas e rápidas, tipo basquete ou hóquei de campo, necessitando,
às vezes, de energia rápida que somente as vias metabólicas anaeróbicas podem fornecer.
Dependem quase que inteiramente do metabolismo anaeróbico para a produção de
energia. São as principais responsáveis por flacidez e perda de tônus. Cansam-se com facilidade
e não toleram contrações prolongadas.
São estimuladas na frequência 50 a 150Hz
Fibras do TIPO I – contração lenta / metabolismo oxidativo / alta resistência à fadiga.
Fibras do TIPO II – contração rápida / metabolismo glicolítico/ baixa resistência à fadiga.
≫Intermediária: São uma mistura entre a branca e a vermelha.
A corrente russa trabalha apenas as fibras vermelhas e brancas.
Fibras do Tipo I (vermelha): É mais utilizada a frequência modulada de 20 a 30Hz.
Fibras do Tio II (branca): Mais utilizado de 70 a 80 Hz, depene do condicionamento do
cliente, mas pode entre 50 a 150Hz
EFEITOS FISIOLÓGICOS
INDICAÇÕES
CONTRA-INDICAÇÕES
Cardiopatias congestivas;
Portadores de marca-passo;
Patologias circulatórias como flebites, embolias, varizes, tromboflebites;
Gestantes;
Hiper e hipotensos descompensados;
47
TÉCNICA
A rampa tem como função dar um aspecto mais fisiológico à contração eletroestimulada,
pois diferentemente das correntes sem rampas, ditas correntes de pulso brusco, a contração
inicia e termina de forma abrupta, proporcionando desconforto e receio ao paciente, pois em
48
algumas vezes o mesmo se assusta quando a corrente se inicia ou termina. A inclusão de uma
rampa de subida no bordo anterior de um trem de pulsos leva em conta o restabelecimento
gradual das fibras do nervo motor e sucessivamente o aumento gradual na contração muscular,
resultando no aumento suave da força contrátil do músculo. Este início gradual de estimulação
produz contrações musculares que, copiam com mais rigor aquelas produzidas nas atividades
funcionais durante a contração muscular voluntária e o início gradual é mais confortável para o
indivíduo submetido à estimulação.
Os aparelhos que permitem o controle manual das rampas de subida e descida, na qual o
profissional pode eleger os tempos de cada uma delas independentemente do tempo ON, são
considerados clinicamente superiores aos outros aparelhos, nas quais o tempo de rampa é parte
integrante do tempo ON.
Na prática, muitas vezes quando se ajusta a rampa de subida, adota-se o mesmo valor
para a rampa de descida (isso muitas vezes é imposto pelo design eletrônico do aparelho).
Borges (2007) explica que normalmente utiliza-se 3 segundos de rampa de subida em início de
tratamento visando dar conforto e segurança ao paciente que está se submetendo pela primeira
vez a um tipo de sensação, para muitos, desagradável. Com a adaptação do paciente ao estimulo
e a confiança na terapêutica os valores de rampa de subida normalmente passam para 2
segundos. O uso de 2 segundos de rampa de descida tem se estabelecido como usual na prática
clínica na maioria dos protocolos.
O período de contração depende do tratamento. Fibras vermelhas são mais resistentes
Orienta-se trabalho de eletroestimulação com a máxima intensidade de corrente tolerada,
pois há uma dependência da intensidade da contração eletricamente com o ganho de forma
muscular.
Embora haja relatos associando a intensidade da contração estimulada com a força ganha,
na prática clínica, algumas vezes clientes se queixam da dor, durante a eletroestimulação com
doses de intensidade mais altas. Isto muitas vezes acontece em virtude do aumento excessivo
da amplitude da corrente diante de pouca ou nenhuma contração muscular. Quanto a isso, deve-
se observar, por exemplo, se há uma grossa camada de gordura subcutânea, muito comum nos
tratamentos, onde as áreas mais trabalhadas são as regiões glútea e abdominal. Neste caso a
gordura atuaria como "isolante" para corrente elétrica, dificultando sua chegada até os tecidos
excitáveis. Orienta-se deslocar os eletrodos para as regiões mais excitáveis na pele (ponto motor
ou emergência nervosa) ou modificar a técnica de aplicação (tamanho e/ou tipo dos eletrodos,
meio de acoplamento dos eletrodos, modulação dos parâmetros de eletroestimulação, etc.).
49
Deve-se, então se orientar pela intensidade contrátil gerada pelo músculo e não pela
intensidade da corrente produzida pelo aparelho.
Dependendo da formatação eletrônica do aparelho, podemos modular o regime de saída
de corrente nos diversos canais. Há três maneiras comuns de estimulação para serem
coordenadas quando vários canais:
Contínuo: todos os canais fornecem estimulação ininterrupta (sem OFF Time) para todo
o período de tratamento. Este padrão de estimulação é geralmente chamado de modo de
estimulação contínuo (bastante utilizado para protocolos visando analgesia). Não recomendado
para fins estéticos porque o estimulo é contínuo e pode fadigar a fibra.
Sincronizado: Muitos aparelhos podem ligar e desligar a saída de corrente para todos os
canais ao mesmo tempo. A corrente é emitida pelos canais, durante um período, de acordo com
o ajuste do tempo ON, e consequentemente cessa, em todos os canais, por um período de acordo
com o ajuste do tempo OFF. É empregado normalmente para estimulação de músculos ou
grupamentos musculares isolados (Tem um momento de contração e outro de relaxamento). É
o mais utilizado na estética.
Alternado ou recíproco: Nesse padrão a saída de corrente é regulada através de dois
canais, onde-se alterna a estimulação entre grupos de canais, ou seja, um grupo de canais
permite a saída de corrente enquanto outro grupo de canais está desligado e vice-versa. Este
modo permite o recrutamento de músculos agonistas e antagonistas de um membro, ou a
estimulação, num mesmo momento, de músculos localizados em segmentos corpóreos distintos
(Ex.: Estimulação dos quadríceps, de ambos os membros, num mesmo momento).
Alguns aparelhos fabricados no Brasil apresentam apenas o
modo sincronizado. Isto limita a aplicação terapêutica da
eletroestimulação neuromuscular, pois os grupamentos musculares
serão estimulados todos ao mesmo tempo, podendo produzir
contrações de agonistas e antagonistas ao mesmo tempo, ou tornando
a contração muscular pouco fisiológica.
Os eletrodos mais utilizados são os de borracha, sendo Figura 29 Eletroestimulação
recomendado um, no ponto motor, local de maior inervação da fibra com corrente Russa: região
de glúteo.
muscular, e um, no ventre muscular. Existe também os eletrodos tipo adesivos.
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TIPOS DE ONDA
C - Trapezoidal aguda: corrente tipo rampa (mais agradável), utilizada com frequência de 20
ou 30 hertz, de acordo com o tratamento, proporcionando ressonância dos elementos celulares,
atuando no AMP (Adenosina monofosfato) cíclico e na dissociação dos nódulos adiposos, a
nível hipodérmico.
Adiposidade localizada
1-onda A-frequência de 50 Hz-tempo 10 minutos.
2-onda B-frequência de 20 Hz-tempo 5 minutos.
3-onda C-frequência de 30 Hz-tempo 30 minutos.
52
MECANISMO DE AÇÃO
Efeito Joule: Aumento de temperatura local, essa temperatura na eletrolipólise não atinge
tecidos orgânicos, visto que se trata de uma corrente de uma intensidade muito pequena, porém
suficiente para contribuir para uma vasodilatação, melhorando o sistema circulatório local,
incrementando o intercâmbio metabólico celular, auxiliando na eliminação de toxinas e
degradação de gorduras.
Auxilia na permeabilização da membrana celular pela ação da corrente polarizada.
A estimulação elétrica provoca diversas modificações fisiológicas no adipócito, dentre elas,
o incremento do fluxo sanguíneo local, aumentando o metabolismo celular e facilitando a
queima de calorias.
A ação hidro-lipolítica da corrente se inicia com a estimulação do sistema nervoso
simpático, provocando a liberação dos hormônios epinefrina e noraepinefrina pela suprarrenal.
Ambos se ligam aos receptores beta-adrenérgicos presentes na membrana celular dos adipócitos,
provocando reações bioquímicas que vão culminar com a ativação da enzima triglicerídeo
lipase sensível a hormônio, a qual hidrolisa os triacilgliceróis. Como resultado, há liberação de
glicerol e ácidos graxos. Os ácidos graxos livres são transportados pela albumina no plasma
53
até as células, onde são oxidados para a obtenção de energia. O glicerol, por sua vez, é
transportado pelo sangue até o fígado e pode ser usado para formar triacilglicerol.
O tratamento com a eletrolipólise, portanto, precisa ser acompanhado de dieta e/ou
exercícios físicos, para que os ácidos graxos sejam utilizados como fonte de energia (GARCIA
e GARCIA,2006).
EFEITOS FISIOLÓGICOS
INDICAÇÕES
CONTRA-INDICAÇÕES
Cardíacos portadores de marca-passo e cardiopatias congestivas;
Pinos ou placas no corpo, em áreas onde a corrente elétrica será aplicada,
Gravidez em qualquer idade gestacional,
Renais crônicos,
Patologias circulatórias descompensadas,
Patologias ginecológicas, tipo fibroma uterino,
Utilização de medicamentos, como corticoides e progesterona,
Diuréticos,
Clientes com neoplasia,
Clientes com dermatites e dermatoses, e qualquer outra
Patologia que o médico contraindique;
Presença de cicatrizes no local;
Existência de cirurgias, problemas circulatórios e nefropatias;
54
TÉCNICA
As tiras de silicone, após a aplicação, devem ser limpas com água e detergente.
O tratamento de eletrolipoforese com tiras de silicone pode ser feito até 3 vezes por
semana.
O tempo de cada sessão é de 30 min., podendo ser aplicada com intervalos de 5 dias e até
de 4 semanas.
A alta frequência, de acordo com Borges (2006, p.76), “É um aparelho que trabalha com
correntes alternadas de alta frequência, cujos parâmetros de frequência e tensão podem variar
de acordo com o fabricante. ”
Essa técnica trabalha com correntes alternadas de alta frequência, em que os gases argón,
xênon ou neon, em contato com o oxigênio do ar transformam-se em ozônio. A corrente ao
atravessar o eletrodo de vidro adquire diferentes tonalidades de
acordo com o conteúdo do mesmo, no caso do vácuo à corrente
adquire uma luminescência azulada, já na presença de gás neon,
a corrente adquire uma tonalidade alaranjada (SILVA; STEINER,
2018).
O ozônio é uma substância instável que se decompõe
Figura 35 Aplicação da técnica
rapidamente em oxigênio molecular (O2) e em oxigênio ativo de alta frequência. Eletrodo
"cebolão".
(O). O poder de desinfecção do ozônio é resultado da grande
agressividade do oxigênio ativo nascente liberado durante a decomposição do ozônio.
MECANISMO DE AÇÃO
O eletrodo de vidro é oco, onde se encontra um gás (como já foi explicado). Esse gás ao
ser atingido pela corrente tem suas moléculas dissociadas e libera energia em forma de fóton.
56
EFEITOS FISIOLÓGICOS
INDICAÇÕES
CONTRAINDICAÇÕES
TÉCNICA
2. Aplicação a distância (com faísca). O esteticista não encosta o eletrodo na pele. Apenas a
faísca que vai encostar (para acne inflamada). É preciso ter cuidado com a sensibilidade, pois
o cliente sente mais quando aplicado assim.
2. Aplicação indireta ou saturada. O cliente segura o eletrodo de tubo (com a espiral de metal
dentro) enquanto o esteticista massageia o rosto com as mãos. Em nenhum momento o
esteticista deve segurar o eletrodo. Para impedir choques, ligue a corrente apenas depois que o
cliente esteja segurando o eletrodo firmemente. Desligue a corrente antes de remover o eletrodo
da mão do cliente.
Para utilizarmos os eletrodos de alta frequência a pele deve estar limpa e sem produtos.
O único eletrodo que permite a utilização com produtos cosméticos é o denominado saturador.
A desinfecção dos eletrodos após o uso é feita com algodão embebido em álcool 70%,
constatando que o mesmo esteja desligado.
MECANISMO DE AÇÃO
O vapor se obtém quando a água contida no depósito (tanque) alcança o ponto de ebulição (100
°C). Esse vapor em contato com a pele provoca uma sudorese
que facilita a eliminação de toxinas e a hidratação e eminência
da capa córnea, facilitando desta maneira a extração de
comedões e a penetração de produtos
O Ozônio é gerado através da combinação dos átomos de
Oxigênio (O) extraídos das moléculas do vapor de água (H2O)
por intermédio de um centelhamento elétrico. Estes átomos Figura 38 Aplicação de vapor de
ozônio.
são então recombinados em moléculas de Ozônio (O3).
O vapor quente e úmido favorece abaixando a resistência da pele, favorece a dilatação do
óstio, para a remoção de comedões e pústulas. Devido ao ozônio apresentar uma ação
bactericida, bacteriostática e fungicida atua como antisséptico.
60
INDICAÇÕES
O vapor de ozônio deve ser utilizado na preparação da pele, para uma limpeza, porém,
não deve ser utilizado nos tratamentos de rejuvenescimento, hidratação e nutrição. Nesses casos
utilizar o vapor sem o ozônio para evitar a formação de radicais livres, responsáveis pelo
envelhecimento cutâneo.
CONTRAINDICAÇÕES
Distúrbios circulatórios;
Pele extremamente sensível;
Áreas anestesiadas ou com diminuição da sensibilidade;
Inflamações agudas;
Tumores malignos;
Doenças vasculares e;
Lesões na pele.
TÉCNICA
Antes de iniciar verificar o nível de água no compartimento, se é adequado e suficiente,
já que depois não será possível adicionar mais água fria, pois a caldeira estará fervendo.
Observe se a tampa está bem rosqueada vedando perfeitamente a caldeira para evitar
vazamentos e aborbulhamentos de água fervente;
Utilize sempre água filtrada e de qualidade, que é livre de impurezas, micro-organismos,
partículas de areia e de terra, pedregulhos, etc.;
Observe se a água forma espuma excessiva ao ferver porque, dependendo do tratamento
que essa água receber da rede de fornecimento, ela pode apresentar componentes que
modificam a sua qualidade.
Quando o vapor começar a sair, ligar a chave formadora de ozônio. Esperar alguns
segundos para verificar se o jato de vapor está normal, e somente então direciona-lo ao cliente
com a uma distância entre o emissor de vapor e o cliente de aproximadamente 50 cm. É
importante posicionar o aparelho sempre de forma que o emissor de vapor não aponte em
direção ao cliente e que não incomode ou atrapalhe a respiração (para evitar acidentes).
Teste antes de direcionar o bico do aparelho para o cliente. Caso o aparelho jogue água
fervente em vez de emitir vapor provavelmente é porque está cheio demais.
61
Cubra os olhos do cliente com algodão embebido em água, se preferir pode ser em loção
calmante ou camomila;
O tempo de aplicação deve ser de acordo com o tipo de pele, não excedendo 5 minutos.
Deve-se observar durante aplicação se a pele apresenta poros dilatados, e deve haver cautela na
utilização do vapor, pois, apesar de o ozônio ser um gás de excelente efeito bactericida e
fungicida, seu excesso pode provocar efeitos tóxicos quando inalado por um tempo prolongado,
principalmente em gestantes.
Não utilize aparelhos de ondas curtas e micro-ondas próximos ao aparelho de vapor,
evitando a instabilidade que pode haver em seu funcionamento.
E o mais importante, optar sempre por equipamentos de fabricantes idôneos, que tenham
Registro no Ministério da Saúde.
Ao desligar, primeiramente desligue o formador de ozônio e em seguida o aquecedor.
Retire da rede elétrica e retire todo o restante de água. Reabasteça novamente quando precisar.
OBS: Todo fabricante fornece manual de instruções onde é possível aprender mais sobre
a utilização daquele determinado aparelho. Por isso, pode haver diferença em algumas
instruções, mas a base é a mesma.
11.7 VACUOTERAPIA
A vacuoterapia é uma técnica que utiliza aparelhos geradores de pressão negativa que
permitem a realização de uma sucção localizada, que pode ser contínua ou pulsátil. A esses
aparelhos são acopladas manoplas (cabeçotes) que podem possuir “roletes”, os quais, além da
sucção, auxiliam no “rolamento” do tecido. Algumas manoplas que não têm roletes apresentam
características semelhantes as da ventosaterapia.
Pode-se encontrar no mercado outras
denominações para os equipamentos de pressão
negativa, em que podem ser classificados como
equipamentos de vacuoterapia aqueles que possuem
cabeçotes pequenos (onde a prega tecidual sugada
pelo cabeçote é pequena) e seus roletes não são
Figura 39 Eletrodos de vacuoterapia corporal.
motorizados. Já os equipamentos classificados como
endermoterapia são aqueles em que o cabeçote é de tamanho maior (permite uma prega tecidual
62
maior), têm rolos motorizados e são utilizados normalmente com uma malha protetora sobre a
área-alvo, com a finalidade de atenuar desconforto, facilitar manobras do cabeçote em várias
direções e preservar a integridade tecidual da pele.
Na estética utiliza-se o aparelho de vacuoterapia onde não é necessário malha, pois a
pressão selecionada não altera a integridade tecidual.
MECANISMO DE AÇÃO
EFEITO FISIOLÓGICO
Desobstrução dos folículos sebáceos: capaz de retirar o sebo superficial dos folículos,
isso ajuda na limpeza de pele, inclusive em pessoas que possuem maior sensibilidade a dor na
extração (eletrodos menores);
Melhora o fluxo sanguíneo: aumenta a irrigação sanguínea no local e assim a nutrição e
oxigenação da pele;
Prevenção de tratamento de fibrose pela mobilização tecidual;
Redistribuição das células de gordura: as células de gordura (adipócitos) se depositam
desorganizadamente, a técnica tem por objetivo organizar essas células, ou seja, remodelar
(tratamento de gordura localizada).
INDICAÇÃO
CONTRAINDICAÇÕES
Tumor cutâneo;
Câncer;
Dermatoses;
Fragilidade capilar (regiões com microvarizes ou telangiectasias);
Varizes;
Flacidez excessiva de pele;
Diabéticos (por ter alteração vascular e de cicatrização);
Gordura generalizada.
64
TÉCNICA
esférico/ Vacuoterapia.
Figura 43 cabeçote
Os cabeçotes contendo rolos são indicados para facilitar
a técnica de palpar, sugar e rolar, muito utilizadas para o
tratamento de delineamento do contorno corporal e adiposidade
localizada.
Para resultados satisfatórios no tratamento de gordura localizada, o vácuo deve ser
aplicado de duas a três vezes por semana. É interessante a realização de uma drenagem linfática
após as sessões de vacuoterapia, pois a sucção pode promover edemas que mascaram os
resultados do tratamento.
Devem-se observar na anamnese alguns pontos importantes antes e no decorrer da
aplicação do vácuo para a adiposidade localizada, como:
• presença de telangiectasias: o vácuo não deve ser aplicado nas regiões com esse tipo de lesão,
pois o uso de pressões muito altas pode agravar o quadro;
• sensibilidade: caso exista alteração de sensibilidade local, o tratamento poderá ocasionar
lesões de capilares e da pele, já que a tendência será aumentar a pressão sem relatos de
desconforto pela cliente;
• aparecimento de petéquias sanguíneas (pequenos pontos vermelhos na pele) durante a
aplicação da técnica: deve-se diminuir a pressão que está sendo utilizada.
Vale ressaltar que não encontramos evidências científicas de que o vácuo promova ou
agrave a flacidez. O que ocorre é que, se a pele está flácida, a sucção promovida pelo aparelho
mobilizará o tecido superficialmente, não atingindo com eficácia seus objetivos.
ondas mecânicas produzidas com esse movimento vertical e horizontal, estimulando o tecido
cutâneo.
Basicamente a massagem consiste na pratica de aplicar força ou vibração sobre os tecidos
moles do corpo, principalmente músculos e tendões.
Outro ponto interessante é que este aparelho reduz a fadiga do profissional, pois auxilia
na realização da massagem/percussão, como uma “extensão da mão do operador”, embora não
seja esse o fator principal na hora da escolha.
A técnica de massagem por percussão vibratória tem sido sugerida como coadjuvante em
alguns tratamentos corporais (não é utilizado na face) devido aos seus efeitos fisiológicos.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
INDICAÇÕES
Relaxamento muscular;
Tratamentos de Lipodistrofia ginóide;
Tratamentos de gordura localizada;
Prevenção e tratamento da fibrose;
Permeação de princípios ativos (por facilitação devido ao estímulo da circulação
sanguínea).
CONTRAINDICAÇÕES
Varizes;
Febre;
Fraturas;
Hemorragias;
Articulações inflamadas;
Úlceras abertas;
Tumores e inchaços não diagnosticados;
Câncer;
Problemas cardiovasculares como trombose ou outros males circulatórios;
Hipertensão descontrolada;
Sobre o abdómen: no caso de gravidez, ou de náuseas, vómitos e diarreia, ou ainda dores
abdominais não diagnosticadas e;
Situações pós-cirúrgicas.
TÉCNICA
2) O ângulo que a ponteira se projeta: Quando colocado à ponteira no corpo em seu mesmo
nível, trará balanço e vibração; quando colocado à borda da ponteira verticalmente no corpo,
trará batidas. Quando mudado o ângulo no manuseio, trará o efeito misto da vibração e da batida
(exceto com a ponteira adaptadora).
3) A pressão que se exerce na ponteira: não é necessário exercer pressão intensa na ponteira,
pois caso contrário, ele trará dores ou marcas rochas na pele se a pressão for muito intensa.
4) A velocidade: o aparelho trabalha com rotações por minuto (Rotações/min). Em seu visor é
possível trabalhar com programas pré-definidos ou modificáveis. Em geral indicam-se
frequências mais baixas para promover relaxamento e sobre partes sensíveis e frequências mais
elevadas para promover aumento da circulação sanguínea periférica.
Ao aplicar:
Escolha a ponteira mais adequada para a região anatômica que deseja tratar e acople-a a
manopla.
Aplique uma quantidade pequena de creme para massagem.
O cliente deve estar em decúbito dorsal ou ventral.
Segure a manopla em sua porção central, ou seja, entre o polegar e os demais dedos.
Utilize a outra mão como auxiliar para condução da
manopla.
Ajuste o tempo de tratamento e a frequência de
vibração/percussão desejada.
Faca movimentos circulares e longos,
preferivelmente seguindo os pontos de drenagem linfática
Figura 46 aplicação do aparelho de
e no sentido central para a periferia.
endermologia vibratória.
Observação: não se deve exercer pressão adicional sobre a manopla do equipamento, a
forca de contato ideal é aquela determinada pelo próprio peso do equipamento.
Quando for trocar as ponteiras, com uma mão você segura o suporte e com a outra troca
à ponteira, certifique-se que o equipamento está desligado.
Não adicione óleo lubrificante no equipamento.
11.9 MICRODERMOABRASÃO
EFEITOS FISIOLÓGICOS
MECANISMO DE AÇÃO
Figura 49 Três ponteiras para peeling de cristal (no exemplo possuem cabo cinza com azul); uma caneta e três
ponteiras para peeling de diamante.
73
INDICAÇÕES
CONTRAINDICAÇÕES
TÉCNICA
Antes da aplicação, a região deve estar limpa sem resíduos (exemplo sem hidratante ou
protetor solar).
Quando o tratamento for facial a cliente deve estar protegida com touca e olhos cobertos
com lenço ou algodão umedecido.
Deve-se ligar o aparelho e regular a pressão e o tempo.
Cada aplicação leva aproximadamente de 20 a 40 minutos, a depender da região tratada.
As passadas da caneta devem ser feitas de maneira leve e podem ser utilizadas duas
técnicas: Utilize a outra mão para apoiar e sustentar a pele no local de aplicação.
No caso de aplicação sobre a estria, faça o movimento de passagem ao longo dela. Pode
também fazer o movimento de “vai e vem”, numa pressão sugerida de 150 a 200 mm/Hg para
não lesionar.
74
Sugestão de sessões: sendo realizado de maneira correta pode ser aplicado 1 vez por
semana.
11.10 ULTRASSOM
EFEITO PIEZOELÉTRICO
A descoberta do efeito piezoelétrico, feita por Pierre e Jacques Currie em 1880, foi
fundamental para o desenvolvimento do ultrassom. Trata-se de um fenômeno físico de certos
materiais que são capazes de produzir campos elétricos, ou seja, transformar energia mecânica
em energia elétrica ou seu reverso, elétrica em mecânica.
Quando os materiais piezoelétricos eram submetidos a cargas mecânicas, geravam cargas
elétricas em sua superfície; e o inverso era verdadeiro: ao aplicar-se cargas elétricas na
superfície desses materiais piezoelétricos, ocorriam deformações em sua estrutura.
Podemos encontrar materiais piezoelétricos naturais, como é o caso do cristal de quartzo,
e alguns materiais cerâmicos que cumprem os requisitos de qualidade e pureza para um material
piezoelétrico, assim como ótimo desempenho para a produção de ondas sonoras, como é o caso
do chumbo, zinco, titânio ou bário.
Os materiais piezoelétricos são usados nos aparelhos de ultrassom dentro dos
transdutores (cabeçotes), para produzirem ondas sonoras. Quando esses materiais recebem a
corrente elétrica através do console do equipamento, eles sofrem mudanças físicas em sua
estrutura e emitem ondas sonoras que serão utilizadas durante a terapia. As modificações na
espessura do material piezoelétrico são transmitidas em oscilações ultrassônicas para o meio
77
com o qual esteja em contato (figura abaixo), e existe, no circuito interno do aparelho, um
controlador dessas oscilações, que pode ser ligado e desligado, produzindo saídas de ondas
sonoras de forma contínua ou pulsada.
Para ser usados dentro do transdutor de ultrassom, o material piezoelétrico deve ser
cortado de forma correta, a fim de alcançar sua máxima vibração frente a um campo elétrico e,
desse modo, promover alterações em sua espessura. Essas alterações geram movimentos na
face do material piezoelétrico, originando as ondas sonoras na mesma frequência da corrente
elétrica recebida.
A medida que a onda de ultrassom e transmitida por vários tecidos, há uma atenuação ou
redução na intensidade de energia. Essa redução se deve a absorção de energia pelos tecidos ou
a dispersão ou disseminação da onda sonora como resultado da Impedância Acústica.
IMPEDÂNCIA ACÚSTICA
A impedância acústica de um meio está relacionada com a resistência ou dificuldade que
esse meio oferece à propagação (passagem) das ondas sonoras. Cada tecido tem uma
impedância acústica diferente, ou seja, a resistência da onda sonora ao atravessar a pele, a
gordura, o músculo ou o osso é diferente, e está ligada às características moleculares de cada
meio. Dessa maneira, a velocidade de propagação da onda sonora também será diferente. A
impedância acústica corresponde ao produto da densidade do material pela velocidade do som
nesse material.
78
Uma onda sonora, ao atravessar um meio, transfere energia para ele. Ocorrem
movimentos vibratórios entre as moléculas de modo que há uma velocidade particular da
propagação para cada meio.
A transmissão das ondas ultrassônicas também depende de sua frequência e amplitude.
Quanto maior a frequência e a amplitude, maior será a energia depositada.
A agregação molecular se apresenta de forma diferente, dependendo do meio em que se
encontra (sólido, líquido ou gasoso), e no meio sólido, as moléculas estão mais compactadas,
de modo que cada uma pode mover-se apenas em uma curta distância. Nos líquidos, as
moléculas têm uma amplitude de vibração maior, e no meio gasoso, as moléculas ficam muito
espaçadas.
A impedância acústica também está relacionada à agregação das moléculas. Nos meios
de maior agregação molecular, ocorre maior interação das ondas sonoras com a estrutura
molecular do meio, fazendo com que sejam mais absorvidas, apresentando maior resistência à
passagem das ondas sonoras. Ressalta-se, ainda, que quanto maior for a impedância acústica,
maior será o aquecimento tecidual.
Quando uma onda sonora ultrapassa uma interface em que haja tecidos diferentes, ela
pode ser transmitida, refletida ou refratada. É transmitida sem interferências quando não há
diferença de impedância entre as duas interfaces.
A reflexão e a refração ocorrem quando os dois meios apresentam impedâncias acústicas
diferentes, como, por exemplo, quando as ondas sonoras passam da pele para a gordura.
Na reflexão, a onda sonora volta ao meio de origem, conservando sua frequência e
velocidade, ou seja, quando a onda bate em uma superfície volta para o meio de origem. No
aparelho quando essa onda reflete e volta, ela estimula o material pizoelétrico. Quanto maior a
diferença de impedância acústica entre os dois meios, maior a reflexão e, portanto, menor a
transmissão do som para o meio adjacente.
Na refração, a onda sonora que passa para o segundo meio não continua em linha reta.
Ela muda sua direção na interface, alterando sua velocidade, porém, conservando sua
frequência, ou seja, perde a velocidade.
Pelo fato de o ar e a pele apresentarem impedâncias acústicas diferentes, é necessário
promover um bom acoplamento entre o cabeçote e a pele do indivíduo, com o objetivo de
minimizar o efeito da reflexão.
Na prática clínica, utiliza-se o gel de contato para acoplamento, pois tem impedância
acústica mais próxima da pele e, desse modo, aumenta a transmissão da onda ultrassônica.
79
ABSORÇÃO
A Absorção é outro fenômeno ondulatório. A absorção das ondas ultrassônicas pelos
tecidos se dá por meio da retenção das ondas sonoras nos tecidos tratados, e se caracteriza pela
transformação dessas ondas sonoras em calor. Ou seja, a ação mecânica vibratória entre as
moléculas (energia cinética), ocasionada pelo ultrassom, pode gerar efeito térmico nas
estruturas atingidas. Conforme as ondas sonoras percorrem as estruturas tratadas, a energia é
aos poucos absorvida e, assim, a intensidade das ondas vai diminuindo, sendo, portanto, cada
vez menor.
A frequência de ondas do ultrassom convencional também é fator determinante para a
profundidade que as ondas sonoras irão alcançar. No ultrassom de 3 MHz, utilizado nas
afecções de estética e/ou na pele, a energia é absorvida mais superficialmente, ao passo que a
absorção no ultrassom de 1 MHz, utilizado nas afecções tratadas pela fisioterapia traumato-
ortopédica, reumatológica, desportiva etc., ocorre em nível mais profundo.
Segundo BORGES (2016), no estudo de Ferraro et al., o ultrassom de 1 MHz não
produziu alterações celulares no tecido adiposo; entretanto, frequências de 2 MHz e 3 MHz
provocaram destruição de células adiposas e fibras colágenas.
Além da frequência de ondas, a absorção da energia sonora também sofre influência da
quantidade de proteínas nos tecidos, pois naqueles com quantidade maior de proteínas e menor
conteúdo de água, a absorção ultrassônica é maior. Por isso, os tecidos ricos em colágeno
absorvem grande parte da energia promovida pelo ultrassom, gerando maior nível de
aquecimento tecidual.
Figura 52 Coeficiente de absorção do ultrassom nos diferentes tecidos. Fonte: BORGES, 2016.
Na Figura podemos observar que a gordura absorve pouca energia ultrassônica. Assim,
devemos atentar para a dosimetria do ultrassom convencional, pois doses baixas não são
capazes de obter qualquer ação lipolítica.
A utilização do aparelho de ultrassom nos tratamentos para a adiposidade localizada
tornou-se muito comum nos últimos anos, mas o seu real efeito ainda é erroneamente divulgado.
Ainda não se sabe efetivamente se o ultrassom é capaz de realizar a lipólise, apesar de alguns
estudos demonstrarem que existe a mobilização das células gordurosas após sua aplicação.
80
CAVITAÇÃO
A cavitação é um fenômeno que ocorre em toda aplicação de ultrassom, pois as ondas
individuais liberadas pelo gerador de ultrassom fazem as moléculas e as células situadas no
caminho do feixe ultrassônico oscilarem (agitarem) de maneira cíclica e diretamente
proporcional à intensidade de saída da unidade geradora de ultrassom. Essas oscilações
estimulam a formação de bolhas cheias de ar/gás nos líquidos do meio onde as ondas sonoras
se propagam.
Portanto, a cavitação acústica é consequência de uma combinação de tensões mecânicas,
em que as ondas ultrassônicas fazem os tecidos vibrarem, causando uma alternância de
compressão e rarefação nas estruturas moleculares. Durante a rarefação, ocorre a formação de
bolhas de gás, as quais oscilam em tamanho ou sofrem colapso rapidamente, causando tensões
mecânicas e aumento de temperatura.
A partir desse conceito, podem ocorrer dois tipos de cavitação: estável e instável
(transitória, temporária ou de colapso).
A cavitação estável ocorre quando as bolhas geradas oscilam de um lado para o outro
dentro das ondas de pressão do ultrassom, aumentam e diminuem de volume, mas permanecem
intactas. Esse efeito é considerado normal e desejável, pois ajuda na transmissão das ondas e
depois é dissolvida e eliminada.
A cavitação instável ocorre quando o volume da bolha se altera rápida e violentamente.
Isso provocam um colapso com a diferença de pressão gerada, de modo que, em algumas
condições, as bolhas cavitacionais implodem e o efeito de compressão sobre as bolhas de gases
internos provoca elevação da temperatura e da pressão interna.
81
EMISSÃO DE ONDA/MODO
A forma de emissão da onda ultrassônica pode ser pulsada ou contínua, gerando,
respectivamente, efeitos não térmicos e térmicos.
Modo pulsado – A voltagem pode ser aplicada em pulsos - ligada por um tempo,
desligada por um tempo e assim por diante; esse é conhecido como modo pulsado.
Continuo - A voltagem através do transdutor de ultrassom pode ser aplicada
continuamente durante todo o tempo de tratamento. Portanto, o aumento da temperatura no
tecido é maior que o modo pulsado, pois, mantém uma continua oscilação das células,
produzindo, assim, maior energia e, também, absorvendo mais onda, quando comparado ao
pulsado.
que vão sintetizar estimular ou inibir substâncias. Quando o ultrassom é utilizado para fins
estéticos esse efeito também pode destruir moléculas.
Efeitos térmicos:
• aumento da elasticidade de estruturas com colágeno;
• tixotropia, modificando o estado de substâncias mais consistentes, por exemplo, a fibrose na
celulite;
• melhora das propriedades mecânicas do tecido;
• temperaturas acima de 45°C são destrutivas, e o aquecimento leve pode reduzir a dor e
aumentar o fluxo sanguíneo;
• retirada de catabólitos graças ao aumento do fluxo sanguíneo.
Efeitos atérmicos:
• micromassagem, por causa da oscilação provocada pelo feixe ultrassônico, promovendo a
circulação dos fluidos;
• neoformação angiogênica;
• aumento de síntese proteica e da secreção dos mastócitos (esses efeitos justificam o uso do
ultrassom para estímulo do reparo tecidual);
• aumento da permeabilidade celular, razão pela qual é considerado o principal efeito
responsável pela permeação de substâncias por meio da fonoforese, embora o uso do modo
contínuo não impeça a permeação de substâncias por essa técnica
PARÂMETROS FÍSICOS
Frequência
Quando se fala de efeito térmico, percebe-se que ele se torna mais elevado, quando em
maiores frequências, porém a seleção da frequência não se dá única e exclusivamente,
pensando-se no efeito térmico, e, sim, na profundidade do tecido a ser atingido.
O equipamento de ultrassom clínico é comercialmente mais vendido nas frequências de
1,0 MHz a 3,0 MHz, com o comprimento de onda a 1mm, quando interage com a água, mas
isso não é por acaso, e sim porque no nosso organismo o ultrassom se desloca, na grande maioria,
pela água, visto que quase todos os tecidos do organismo são formados principalmente de água
e que os comprimentos de onda na ordem do milímetros, nas faixas de frequências de mega-
hertz (0,75 – 10 MHz) são mais compatíveis as dimensões das estruturas dos tecidos com os
quais deve haver interação, essa frequência se torna a mais eficiente.
A frequência mais indicada para os tratamentos estéticos é a de 3MHz, já que ondas
sonoras de maior frequência são absorvidas nos tecidos mais superficiais. Essa frequência de
tratamento é definida em razão da oscilação de um material piezoelétrico, presente dentro do
transdutor (cabeçote) do aparelho de ultrassom, e este transforma a energia elétrica em
mecânica.
Intensidade
A intensidade representa a força das ondas sonoras, em uma determinada área, dentro dos
tecidos tratados, medida em Watts (w/cm2). Geralmente varia de 0,5 a 5 w/cm2.
Baixa potência: até 0,3 W/cm²
Tempo
Em geral a literatura preconiza de 1 a 2 min. para cada 2,5cm2 (tamanho do cabeçote) de
área a ser tratada, sempre em movimentos circulares.
A área a ser tratada deve ser calculada sempre fazendo comparação com o tamanho do
cabeçote. Por exemplo, uma área de aproximadamente 5cm equivale ao tamanho de dois
cabeçotes, portanto a área a ser tratada deve ser 2min + 2min, sendo assim serão 4min. de
tratamento.
INDICAÇÕES
Celulite;
Gordura localizada;
Cicatrizes hipertróficas;
Técnica em cicatrizes;
Transtornos circulatórios e edemas;
Fibrose;
Aderência;
Pós-operatório de cirurgia estética.
85
CONTRAINDICAÇÕES
TÉCNICA
A terapia ultrassônica apesar de parecer simples merece uma atenção especial, já que a
sua utilização inadequada poderá gerar micro lesões e queimaduras nos tecidos submetidos à
terapêutica.
O tempo de aplicação estará relacionado à área a ser tratada, ao tamanho da área efetiva
de radiação (ERA, na sigla em inglês) do transdutor e à intensidade estipulada.
Figura 54 Exemplos de transdutores de ultrassom: a) Transdutor simples, com uma cerâmica piezoelétrica e de
ERA com pequena dimensão; b) Transdutor de ultrassom de alta potência, com três cerâmicas piezoelétricas,
que, somadas, proporcionam uma ERA total de grande dimensão.
Quanto maior a região, maior o tempo de aplicação; quanto maior a ERA, menor o tempo
de aplicação. Recomendam a utilização de um minuto de ultrassom para cada 1cm² do tamanho
da ERA.
Alguns estudos propõem equações para o cálculo do tempo de aplicação do ultrassom.
Para calcular o tempo de aplicação, deve-se dividir a área a ser tratada pela ERA do cabeçote:
Tempo = Área
ERA
86
Figura 55 Divisão da região a ser tratada em pequenos quadrantes para a aplicação de tempos mais curtos do
ultrassom.
Para se obter o máximo aquecimento da região tratada, propõe-se realizar o seguinte cálculo
para o tempo de aplicação:
Tempo = Área
(ERA × 0,8)
Existem muitas controvérsias acerca da melhor intensidade para o tratamento das
adiposidades. O que se sabe com certeza é que as doses utilizadas comumente na prática clínica
não são capazes de reduzir a gordura.
Há relatos de que intensidades até 1 W/cm² não são capazes de promover aumento de
temperatura local, sendo percebida apenas com doses maiores.
Na prática clínica, a intensidade utilizada para a gordura localizada varia de 1,5 W/cm² a
2,0 W/cm² (isso se deve ao fato de que 2,0 W/cm² é a dose máxima atingida por vários aparelhos
comercializados na área da estética e fisioterapia tradicional), entretanto, essas doses não são
confirmadas como eficazes por estudos. Segundo Borges (2016), para se obter efeitos de “lise”
na membrana adipocitária, assim como um grande aumento de temperatura local, devem-se
utilizar doses acima de 2,0 W/cm². Recomendam-se doses entre 2,5 W/cm² e 3,0 W/cm². Porém,
essa alta intensidade deve ser utilizada com critério, a fim de que não proporcione queimaduras
na pele e não pode ser feita por esteticista.
87
11.10.1 FONOFORESE
Quando utilizamos um gel com princípios ativos como agente acoplador ou não, passa-
se a utilizar uma modalidade de aplicação do ultrassom denominada fonoforese ou sonoforese.
Essa técnica consiste na penetração de substância ativa farmacológica ou cosmetológica,
através da pele, utilizando a energia ultrassônica.
A principal ação do ultrassom é o aumento da permeabilidade da membrana celular,
facilitando a permeação do produto através da pele. Uma das vantagens dessa aplicação é que
a substância que será facilitada a permear na pele não precisa ser ionizável.
88
MECANISMO DE AÇÃO
Para efeito de limpeza de pele, a emissão de vibrações sonoras de alta frequência
promove microvibração que é repassada para a superfície da pele pela ponta do transdutor
espátula e elimina, dessa forma, as células semidesprendidas da camada córnea. Para a
realização da limpeza de pele, a espátula é utilizada no modo contínuo e na posição invertida.
pois cremes e óleos possuem moléculas maiores e isso dificulta sua penetração na pele. Para a
realização da técnica de sonoforese, deve-se usar o dorso da espátula aplicadora.
O mecanismo de ionização do peeling ultrassônico consiste em um sistema destinado a
realizar permeação de ativos pela saída de ultrassom com uma onda modulada, ativando
automaticamente a corrente galvânica, intensificando a penetração de micromoléculas contidas
em cosméticos para fins de hidratação, revitalização, firmeza e elasticidade da pele. Nesse caso
é necessário utilizar o eletrodo passivo para fechamento do circuito. Utiliza-se o dorso da
espátula.
INDICAÇÕES
Higienização da pele na preparação para tratamentos estéticos;
Esfoliação superficial;
Auxilia no tratamento de acne (por ajudar a diminuir a oleosidade da pele);
Auxílio no clareamento de manchas;
Tratamento de rugas e estrias (pela melhora da oxigenação e microcirculação local e
ativação do metabolismo tecidual);
Hidratação da pele e introdução de cosméticos ionizáveis;
Como uma alternativa para as peles sensíveis que não puderem receber o peeling de
diamante ou para todos os tipos de pele, mas sempre om cautela e observando a pele.
CONTRAINDICAÇÕES
Alteração de sensibilidade.
Próteses metálicas.
Marca-passos ou qualquer outro tipo de dispositivo eletrônico implantado.
Gravidez.
Região de pálpebra;
91
Áreas de tromboflebite;
Acne ativa.
Cardiopatias/disritmias;
Afecções dermatológicas;
Processos inflamatórios e/ou infecções agudas;
Feridas abertas;
Febre;
Áreas tratadas por radioterapia.
Órgãos reprodutores;
Tumores;
Câncer;
Epilepsia.
TÉCNICA
Na limpeza da pele: aplica-se o peeling ultrassônico com a loção emoliente, que agirá
como agente condutor/acoplante do ultrassom na camada córnea, além de potencializar a ação
descamativa da capa córnea. Também pode ser utilizado soro fisiológico para emoliência.
Deve-se cobrir os olhos do cliente com compressas úmidas em loção para área dos olhos
ou chá de camomila, evitando que os olhos tenham contato com o emoliente, pois durante sua
aplicação, parte dele é dispersa em forma de “spray”, podendo atingir os olhos do cliente.
Com o emoliente na superfície cutânea, deslizamos a ponta da espátula sobre toda a área
que se deseja trabalhar, sem pressioná-la sobre a pele. Nesse caso é recomendado o modo
contínuo, e com a espátula invertida.
É preciso repor constantemente o liquido para
permitir a boa condução do ultrassom, garantindo
afinamento da superfície e ação do emoliente ao
mesmo tempo.
O tempo de aplicação total para a face é de
cerca de 10 minutos e, durante toda a aplicação, é
possível visualizar a saída do sebo dos canais
foliculares mais dilatados, como os da área do nariz,
por exemplo. Figura 59 Aplicação do peeling ultrassônico.
92
Após a aplicação do peeling ultrassônico não é necessária emoliência, pois ela já foi feita
durante o procedimento. Caso necessite de maior emoliência além da obtida durante o peeling
ultrassônico, proceda com o emoliente.
Após utilização prossiga com o tratamento selecionado.
A limpeza de pele com o peeling ultrassônico pode ser realizada a cada 15 ou 30 dias.
Para auxílio na permeação de ativos:
Depois da limpeza da pele, aplica-se o produto com ativos selecionado de acordo com o
tratamento e com a espátula no lado do dorso na pele. Prosseguir com os demais passos do
tratamento.
A espátula e o equipamento devem ser higienizados e desinfetados logo após o uso. Para
isso utilize clorexidina ou álcool 70%.
11.12 ELETROPORAÇÃO
CONTRAINDICAÇÕES
As contraindicações estão relacionadas aos efeitos dos produtos utilizados para a
eletroporação, bem como às contraindicações gerais da eletroterapia para determinados grupos
como:
Gestantes;
94
TÉCNICA
A manta térmica é um dispositivo que faz parte da termoterapia. É um aparelho que utiliza
calor superficial obtido por “resistências” elétricas revestidas por um tecido sintético (nylon,
silicone ou courvin), e tem forma de manta ou “tapete”. Há um termostato para manutenção da
temperatura terapêutica em torno de 50 a 60 ºC.
Vale ressaltar que, embora muito usada na prática clínica, a manta térmica ainda tem sua
eficácia questionada, tendo em vista que o calor produzido é superficial, que nem sempre os
95
cosméticos com ação lipolítica têm eficácia comprovada, e que, pelo fato de a manta térmica
ser utilizada quase sempre junto com outros procedimentos lipolíticos, dificulta a verificação
se ela foi realmente eficaz. Além disso, não encontramos artigos científicos comprovando a
eficácia da manta térmica como um recurso lipolítico eficaz (BORGES,2016).
EFEITOS LOCAIS:
Produção de calor,
Vasodilatação,
Aumento do fluxo sanguíneo,
Aumento da viscosidade dos tecidos,
Aumento da atividade das glândulas sudoríparas
Aumento do consumo de oxigênio
Aumento da atividade enzimática,
Aumento da permeabilidade celular,
CONTRAINDICAÇÕES
TÉCNICA
Figura 62 Mantas térmicas: a) Demonstração de colocação da manta térmica corporal; b) Termostato presente
na manta térmica: dispositivo de segurança para controle da temperatura.
• Deve-se orientar o cliente a não entrar em água gelada ou fria até uma hora após o tratamento
(por exemplo, banho ou piscina).
.
11.14 INFRAVERMELHO LONGO
Figura 63 Ação dos raios infravermelhos sobre os clusters. Fonte: BORGES, 2016.
Dessa forma, pode-se acreditar que o infravermelho longo atua na prevenção de muitas
doenças e auxilia nos tratamentos da saúde e afecções estéticas.
A utilização estética do infravermelho longo pode ser realizada por meio de mantas
térmicas que contêm a radiação associada e, também, por câmaras específicas de
infravermelho longo.
Figura 66 Emissor De Luz De Wood fixo Figura 65 Lâmpada de Wood lupa de mão.
TEXTOS COMPLEMENTARES
RADIOFREQUÊNCIA
INDICAÇÕES
105
Flacidez cutânea;
Rugas;
Fibroses e aderências;
Acne em fase cicatricial
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Vasodilatação local;
Incremento da circulação sanguínea;
Figura 69 aplicação da radiofrequência.
Maior aporte de nutrientes;
Maior atividade metabólica e enzimática;
Diminuição da viscosidade;
Estimulação nervosa (diminui o quadro álgico).
CONTRAINDICAÇÕES
Gestantes
Neoplasias
Portadores de marca-passo
Peles com transtornos circulatórios, como varizes e tromboses
Condições hemorrágicas
Diabéticos
Infecções sistêmicas ou locais
Alterações de sensibilidade
Hipertensão arterial.
Diabetes;
Uso recente de peeling químicos, biológicos ou resurfacing a laser.
Não pode ser utilizado sobre o globo ocular, glândula tireoide, regiões que possuam
próteses metálicas e órgãos genitais.
106
A Luz Intensa Pulsada (LIP) é gerada por um aparelho específico que produz calor na
pele e atinge diferentes alvos: a melanina que, em excesso, causa sardas e manchas, os vasos
sanguíneos no caso, os microvasos da face e colo principalmente, e o colágeno, para tratamento
flacidez e rugas. O tratamento com Luz Intensa Pulsada (LIP) é feito com um aparelho que
possui uma lâmpada flash de alta energia, ou seja, emite luz.
A Luz Intensa Pulsada, assim como o Laser, é uma fonte de energia luminosa não
ablativa. Ou seja, ambos geram calor na pele sem provocar qualquer alteração da continuidade
da pele - um corte. “Mas diferentemente do Laser, a LIP apresenta diversos comprimentos de
onda, isto é, todo ou parte do espectro luminoso”. Com isso, o Laser é mais específico – age
exatamente no ponto desejado (na melanina, por exemplo) e a Luz Intensa Pulsada é
inespecífica, pois aborda diferentes alterações numa mesma aplicação.
Quem pode aplicar o procedimento com Luz Intensa Pulsada?
O tratamento só pode ser aplicado por médico especialista, e pode gerar dor e desconforto,
no entanto, são suportáveis. Caso a sensibilidade do paciente seja grande, é possível usar
medicação anestésica tópica.
Gestantes, pessoas com vitiligo ou infecções ativas no local a ser tratado devem evitar o
tratamento, pois podem ocorrer hipo ou hipercromia, isto é, alterações da coloração da pele.
Pessoas em uso de medicações que aumentem a fotossensibilidade, como alguns antibióticos e
antiacneicos, também devem evitar o tratamento com Luz Intensa Pulsada.
Pode haver irritação, dor, inchaço, formação de feridas e vermelhidão. Em geral estas
lesões são brandas e se resolvem de cinco a sete dias após o tratamento.
Também pode ocorrer tipo ou hipercromia, ou seja, a diminuição ou aumento da
pigmentação da pele. Bolhas são raras e podem significar queimadura, necessitando de
tratamento médico específico. Complicações a longo prazo, como as cicatrizes, são raras e
ocorrem em consequência de uma técnica de aplicação falha. A técnica falha acontece quando
não é feito o ajuste adequado da amplitude de onda da Luz Intensa Pulsada.
108
ATIVIDADES
b) Corrente russa:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
c) Iontoforese:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
d) Eletrolifting:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
e) Eletrolipólise:
109
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
f) alta frequência:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
g) Microcorrente:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3. Qual é o mecanismo de ação do peeling ultrassônico? Explique com suas
palavras:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
5. Com base no que estudou sobre manta térmica, qual a indicação e porquê?
110
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
6. Quando o objetivo é permear ativos, quais aparelhos eletroestéticos podem ser
utilizados? Quais critérios devo seguir para escolher?
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7. As estrias também podem ser tratadas com aparelhos de eletroterapia com o
objetivo de amenizar sua aparência. Entre os aparelhos estudados, quais são indicados
para tratá-las? Com base no efeito fisiológico esperado, explique o porquê:
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9. Ao analisar a pele com a lâmpada de Wood, qual a diferença entre a aparência das
hipercromias dérmicas e as epidérmicas ao exame?
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10. Ultrassom: Analisando o fenômeno de cavitação por meio das ondas no tecido,
qual é o tipo que se objetiva quando aplicado nos tratamentos estéticos, realizados pelo
Esteticista? Explique:
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11. Quais são as indicações do tratamento por radiofrequência?
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12. Com base no objetivo do tratamento, selecione o aparelho adequado para cada
problema abaixo:
a) Cliente - adolescente 16 anos, apresenta comedões abertos e fechados, pele muito
oleosa. Qual aparelho seria utilizado dentro do protocolo de tratamento? Por quê?
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b) Cliente - mulher 50 anos pele desvitalizada e com rugas. Quais aparelhos são indicados
para peles com rugas? Qual o mecanismo de cada um?
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c) Cliente - mulher com pele normal e precisa apenas de uma renovação e hidratação
cutânea.
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A Anamnese é uma entrevista realizada pelo profissional esteticista com seu cliente,
com a intenção de ser um ponto inicial no tratamento desejado. Uma anamnese é importante
porque ajuda num diagnóstico mais seguro e um tratamento correto. Após o preenchimento da
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ficha de anamnese é realizada uma avaliação corporal ou facial para definir o tipo de tratamento
mais adequado, respeitando as informações disponibilizadas pelos clientes.
REFERÊNCIAS
NERY, R.D.; SOUZA, S.C. de. Estudo Comparativo da técnica de radiofrequência em disfunções estéticas
faciais. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, Caçador, v. 2, n. 2, p. 120-138, set. 2013. Disponível em:
http://periodicos.uniarp.edu.br/index.php/ries/article/view/150/177. Acesso em: 10 out. 2019.
PEREIRA, M. de F. L. (org.), Recursos Técnicos em Estética, v. II, São Paulo: Difusão Editora, 2013
BORGES, F S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo, SP: Phorte,
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Disponível em: <http://lms.ead1.com.br/webfolio/Mod4139/mod_recursos_terapeuticos_na_estetica_v2.pdf>.
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2020.
Imagens:
BORGES, Fábio dos Santos; SCORZA, Flávia Acedo (org.). Terapêutica em estética: conceitos e técnicas. São
Paulo: Phorte, 2016. 913 p.
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*Todos os textos contidos nessa apostila foram retirados das referências acima citadas. Se trata de um material de
apoio em forma de coletânea de texto para o Curso Técnico em Estética.