Elucidar sobre os motivos e por que construir esta pesquisa remete a toda uma

trajetória acadêmica anterior a este momento que me trouxe até a constituição desta proposta
de estudo junto ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual de
Minas Gerais – UEMG.
A ideia parte de construir um estudo sobre o ambiente educacional do Brasil durante
um dos períodos mais complexo da nossa história republicana, a Ditadura Civil-Militar, que
desde graduação em História vem sendo o período histórico que serviu de base para as minhas
produções, seja enquanto trabalhos de conclusão de curso ou de artigos publicados em
revistas de instituições de ensino superior como foi citado acima neste projeto.
Quando se fala sobre este momento de nossa história logo vem em mente todo o seu
cenário de repressão, controle, censura e tortura que se tornaram marcas de um período que
recentemente voltou a ser aclamado por uma pequena parcela da sociedade que enxergam no
retorno dos militares ao poder uma forma de reconstituir uma ordem e é por isso que cada dia
mais estabelecer análises e produzir conhecimento sobre esta passagem de nossa história se
torna fundamental devido o seu resgaste histórico. É quase que uma missão de demonstrar a
importância de estarmos em um estado democrático e de que a Ditadura só deixou sequelas
para a nossa sociedade.
E trazer todo esta concepção de um estado autoritário para o campo educacional que se
faz necessário entender os mecanismos políticos pedagógicos que o regime ditatorial instituiu
diante o campo, em relação ao aborte pedagógico pode-se analisar a reformulação da estrutura
educacional, dando no espaço físico quanto no pedagógico institucional à efetivação dessas
ações políticas do governo. Assim, perceber como a educação e as práticas de ensino
desenvolvidas diante esta realidade política serviram de instrumento para o governo moldar
todo sistema representativo de ensino mediante uma cultura política que se fazia presente
sobre a estrutura governamental.