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Caderno de erros e anotações QConcursos – DIREITO ADMINISTRATIVO

Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF-PR Prova: Quadrix - 2019 - CRF-PR - Advogado


Quanto às fontes do direito administrativo, assinale a alternativa correta.

 A

Não existe nenhuma espécie de hierarquia entre as fontes do direito administrativo;


todas elas são passíveis e capazes de inovar na ordem jurídica.

 B

A lei como fonte do direito administrativo deve ser entendida de forma ampla,
contemplando todas as espécies normativas, incluídas as secundárias, como
capazes e aptas a estabelecer direitos e deveres.

 C

A doutrina ostenta papel importante como fonte do direito administrativo,


esclarecendo e elucidando normas de modo a fomentar a sua observância e
aplicação.

 D

Atualmente, com uma cada vez maior judicialização de políticas públicas, a


jurisprudência passou a ocupar a mesma força cogente que a lei, ambas fontes do
direito administrativo.

 E

Os costumes desempenham papel importante e, a bem da segurança jurídica,


podem, eventualmente, quando contrariarem lei, sobre ela prevalecer.

ResponderVocê errou!  Resposta: C

A) Não existe nenhuma espécie de hierarquia entre as fontes do direito administrativo;


todas elas são passíveis e capazes de inovar na ordem jurídica. (Errada) - Existe
hierarquia sim, divididas em: fontes primarias(somente elas podem inovar no
ordenamento jurídico, e fontes secundárias( função de interpretar e complementar)

B) A lei como fonte do direito administrativo deve ser entendida de forma ampla,
contemplando todas as espécies normativas, incluídas as secundárias, como capazes e
aptas a estabelecer direitos e deveres. (Errada) - Somente as fontes primarias são
aptas para estabelecer direitos e deveres.

C) A doutrina ostenta papel importante como fonte do direito administrativo, esclarecendo


e elucidando normas de modo a fomentar a sua observância e aplicação. (Certa) - Função
principal da Doutrina(fonte secundária), esclarecendo, interpretando as normas do
direito.
D) Atualmente, com uma cada vez maior judicialização de políticas públicas, a
jurisprudência passou a ocupar a mesma força cogente que a lei, ambas fontes do direito
administrativo. (Errado) - a jurisprudência é fonte secundária e não primaria(lei).

E) Os costumes desempenham papel importante e, a bem da segurança jurídica, podem,


eventualmente, quando contrariarem lei, sobre ela prevalecer. (Errado) - A lei vai
prevalecer, até porque Lei na hierarquização é primaria e Costumes é secundária

Gostei (29)
Segue resumo das FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO ( PROFESSOR FABIANO
PEREIRA-PONTO DOS CONCURSOS)

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1ª FONTE ) LEI em "sentido amplo"abrangendo:

a) ATOS NORMATIVOS PRIMÁRIOS: Ex: ECs,LCs,LO.s,MPs, LDs (Leis Delegadas),


Decretos e Resoluções ( emanadas da CF/88);

b) ATOS NORMATIVOS SECUNDÁRIOS: Ex: atos administrativos = PORTARIAS,


INSTRUÇÕES NORMATIVAS, DECRETOS REGULAMENTARES;

-----------------------------

2ª FONTE: JURISPRUDÊNCIA= CONJUNTO REITERADO DE DECISÕES DOS


TRIBUNAIS. Ex; Informativos STF,STJ.

obs: Enquanto a JURISPRUDÊNCIA é considerada FONTE SECUNDÁRIA no Direito


Administrativo, a SÚMULA VINCULANTE é considerada FONTE PRIMÁRIA.

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3ª FONTE: COSTUMES = Conjunto de regras INFORMAIS ( não


escritas); Suprem LACUNAS ou deficiências na legislação administrativa;

OBS: Não são admitidas se CONTRA LEGEM (violadores da legalidade); PRAETER


LEGEM ( além da Lei) SÃO ADMITIDAS EM HIPÓTESES ESPECIAIS.

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4ª FONTE: DOUTRINA = opinião de juristas, cientistas e teóricos do direito.


ESCLARE E EXPLICA.

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5ª FONTE: PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO = POSTULADOS UNIVERSALMENTE


RECONHECIDOS ( podem ser EXPRESSOS ou IMPLÍCITOS)

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Q1041564
Direito AdministrativoPrincípios da Administração Pública ,Regime jurídico administrativo
Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: CESPE - 2019 - TCE-RO - Procurador do Ministério
Público de Contas
Constitui violação aos princípios constitucionais da administração pública

 A

nomeação de cônjuge de prefeito para o cargo de secretário estadual, mesmo que


o nomeado possua inegável qualificação técnico-profissional e idoneidade moral.

 B

limitação de idade, por ato administrativo, para fins de inscrição em concurso


público, ainda que tal medida esteja fundamentada na natureza das atribuições do
cargo a ser preenchido.

 C

publicação, em sítio eletrônico mantido pela administração pública, de nomes de


servidores e dos valores dos respectivos vencimentos e vantagens pecuniárias.

 D

atribuição de nome de governador já falecido, reconhecido pela defesa dos direitos


humanos, a escola pública de rede estadual de educação.

 E

anulação, pela administração pública, de ato administrativo ilegal,


independentemente de prazo e da existência de direito adquirido.

ResponderVocê errou!  Resposta: B


(GABARITO: B)

A) Nomeação para cargos políticos não há NEPOTISMO. (Exemplo recente de


conhecimento de todos: Bolsonaro indicar filho pra embaixada nos EUA). O que não pode
é nomear para cargos comissionados e funções gratificadas.

B) Limitação de idade só POR LEI. Quando não é fere o princípio da igualdade no texto
constitucional e também da legalidade (só a constituição pode criar desigualdades ou
autorizar que se faça por lei)

C) Ementa: CONSTITUCIONAL. PUBLICAÇÃO, EM SÍTIO ELETRÔNICO MANTIDO


PELO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, DO NOME DE SEUS SERVIDORES E DO VALOR
DOS CORRESPONDENTES VENCIMENTOS. LEGITIMIDADE. 1. É legítima a
publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos
nomes dos seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e
vantagens pecuniárias. 2. Recurso extraordinário conhecido e provido.

(ARE 652777, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 23/04/2015,


ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-128 DIVULG 30-06-
2015 PUBLIC 01-07-2015)
D) Nome de escola... Hospital... Rua em homenagem a político falecido é o que mais tem,
não fere o princípio da IMPESSOALIDADE.

E) A questão erra ao falar que a administração pode anular seus atos independente do
direito adquirido.

"A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os


tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial. [Súmula 473.]"

Se houver algum erro avisem inbox, por favor.

CADERNO DE QUESTÕES

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A respeito do controle da administração pública, julgue o item a seguir.


O controle pode ser exercido por meio de recursos administrativos, os quais, quando
dotados de efeito suspensivo, têm, por efeitos imediatos, o impedimento da fluência do
prazo prescricional e a impossibilidade jurídica de utilização das vias judiciárias para
impugnação do ato pendente de decisão administrativa.

 Certo
 Errado

ResponderVocê errou!  Resposta: Certo

''Segundo Hely Lopes Meirelles (1996:582), o recurso administrativo com efeito suspensivo
produz de imediato duas consequências fundamentais: o impedimento da fluência do
prazo prescricional e a impossibilidade jurídica de utilização das vias judiciárias para
ataque ao ato pendente de decisão administrativa.''

Embora nos deparemos com o princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição,


explica o doutrinador José dos Santos Carvalho Filho:O mesmo não ocorre, entretanto, se
o recurso tem efeito suspensivo. Com a interposição deste, ficam suspensos os efeitos
do ato hostilizado; o ato fica sem operatividade e não tem como atingir a esfera jurídica do
interessado. Nessa hipótese, é necessário que este aguarde a decisão do recurso, para
que o ato administrativo passe a ter eficácia. Antes disso, não é cabível o ajuizamento de
ação judicial: a pessoa não tem ainda interesse processual para a formulação da
pretensão. Não há ainda nem a lesão ao direito nem a ameaça de lesão, não se
verificando, por conseguinte, a ocorrência dos pressupostos para o recurso ao Poder
Judiciário (art. 5º , XXXV, CF)".

Considere as assertivas abaixo.


I. Aristóteles, administrado, ingressou com ação judicial, pleiteando ao Poder Judiciário
que examinasse ato administrativo, sob o aspecto da legalidade. O Judiciário recusou-se a
analisar o ato, por se tratar de ato discricionário.
II. Davi, administrado, ingressou com Reclamação Constitucional contra ato administrativo
que contrariou Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal. A Corte Suprema julgou
procedente a Reclamação e anulou o ato administrativo.
III. Os atos interna corporis da Administração Pública, em regra, são apreciados pelo
Poder Judiciário.
No que concerne ao controle judicial dos atos administrativos, está correto o que se afirma
em

 A

II, apenas.

 B

I, apenas.

 C

I, II e III.

 D

II e III, apenas.

 E

III, apenas.

ResponderVocê errou!  Resposta: A

I. Aristóteles, administrado, ingressou com ação judicial, pleiteando ao Poder Judiciário


que examinasse ato administrativo, sob o aspecto da legalidade. O Judiciário recusou-se a
analisar o ato, por se tratar de ato discricionário. 

Judiciário pode analisar aspecto da legalidade

II. Davi, administrado, ingressou com Reclamação Constitucional contra ato administrativo
que contrariou Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal. A Corte Suprema julgou
procedente a Reclamação e anulou o ato administrativo. 

Correto!

III. Os atos interna corporis da Administração Pública, em regra, são apreciados pelo


Poder Judiciário. 

Em regra, NÃO SÃO apreciados pelo PJ

NOVO ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL:

A Súmula Vinculante de nº 3 POSSUÍA UMA EXCEÇÃO, QUE DEIXA DE EXISTIR.


A jurisprudência do STF, antes do RE 636553/RS (Tema 445), havia construído
uma exceção à SV 3: se o Tribunal de Contas tivesse demorado mais do que 5 anos para
analisar a concessão inicial da aposentadoria, ele teria que permitir contraditório e ampla
defesa ao interessado.

Essa exceção deixou de existir com o julgamento do RE 636553/RS.

O STF passou a dizer que, se o Tribunal de Contas demorar mais que 5 anos para julgar a
aposentadoria, reforma ou pensão, o ato é considerado definitivamente registrado.

Antes do RE 636553/RS (Tema 445)

Não havia prazo para o Tribunal de Contas apreciar a legalidade do ato de concessão
inicial da aposentadoria, reforma ou pensão.

Se o Tribunal de Contas demorasse mais de 5 anos para apreciar a legalidade do ato, ele
continuaria podendo examinar, mas passava a ser necessário garantir contraditório e
ampla defesa ao interessado.

Esse prazo de 5 anos era contado a partir da data da chegada, ao TCU, do processo
administrativo de concessão inicial da aposentadoria, reforma ou pensão.

A SV 3 possuía uma exceção.

Depois do RE 636553/RS (Tema 445)

O Tribunal de Contas possui o prazo de 5 anos para apreciar a legalidade do ato de


concessão inicial da aposentadoria, reforma ou pensão.

Se o Tribunal de Contas demorar mais de 5 anos para apreciar a legalidade, ele não
poderá mais rever esse ato. Esgotado o prazo, considera-se que a aposentadoria, reforma
ou pensão está definitivamente registrada, mesmo sem ter havido a análise pelo Tribunal
de Contas.

Mesma regra. O prazo de 5 anos para que o Tribunal de Contas julgue a legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, é contado da chegada do
processo à respectiva Corte de Contas.

A SV não possui mais exceção. Em nenhum caso será necessário contraditório ou ampla
defesa.

#Avante!!

A partir de considerado registrado, conta-se o prazo decadencial de 5 anos!!!

Reconhecida a nulidade da licitação vencida por empresa privada para a prestação de


serviço de limpeza urbana, e tendo sido já prestados parte dos serviços contratados e
paga parte da remuneração ajustada, a Administração Pública:

 A
Tem direito à devolução dos valores pagos por serviços prestados, mas somente
no caso de a nulidade da licitação ter sido reconhecida por culpa da empresa
contratada.

 B

Tem direito à devolução dos valores pagos por serviços prestados, mas somente
no caso de a nulidade da licitação ter sido reconhecida por culpa da Administração
Pública.

 C

Tem direito à devolução dos valores pagos por serviços prestados,


independentemente de quem tenha sido a culpa pela nulidade da licitação.

 D

Não tem direito à devolução dos valores pagos por serviços já prestados.

ResponderVocê errou!  Resposta: A


ETRA A CORRETA 

LEI 8.666

Art. 59.  A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente


impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de
desconstituir os já produzidos.

Parágrafo único.  A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o


contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por
outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável,
promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

Sociedade empresária pretende participar de licitação de obra pública (sob a égide da Lei
n° 8.666/93) e ingressa em juízo alegando violação aos princípios da legalidade e da
competitividade, questionando as seguintes cláusulas do edital:
I exigência, na fase de habilitação, no item relativo à qualificação técnica, de que o vínculo
profissional do responsável técnico que integra o quadro permanente do licitante seja
exclusivamente celetista;
II — exigência, na fase de habilitação, no item relativo à qualificação econômico-financeira,
que a garantia da proposta, no valor de 5% (cinco por cento) do valor estimado do objeto
da contratação, seja apresentada em data anterior à realização da licitação;
III — exigência, na fase de habilitação, no item relativo à qualificação técnica, da
comprovação da propriedade das máquinas e equipamentos essenciais para a execução
do objeto. Procedem os questionamentos em relação:

 A

A todos os itens.

 B
Apenas ao item I.

 C

Apenas aos itens I e II.

 D

Apenas aos itens II e III.

 E

Apenas ao item III.

I - exigência, na fase de habilitação, no item relativo à qualificação técnica, de que o


vínculo profissional do responsável técnico que integra o quadro permanente do licitante
seja exclusivamente celetista;

A fase de habilitação (prevista a partir do art. 27 da lei 8666/1993) abrange a qualificação


técnica.

Compulsando o art. 30 da lei 8666/1993 verifica-se que não há exigência de que o


responsável técnico seja celetista.

Vale lembrar que "as exigências de qualificação técnica e econômica devem se restringir
ao estritamente indispensável para garantia do cumprimento das obrigações" (art. 37, XXI,
da CF/88).

II — exigência, na fase de habilitação, no item relativo à qualificação econômico-financeira,


que a garantia da proposta, no valor de 5% (cinco por cento) do valor estimado do objeto
da contratação, seja apresentada em data anterior à realização da licitação;

Art. 31.  A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:

III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1o do art. 56


desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.

III — exigência, na fase de habilitação, no item relativo à qualificação técnica, da


comprovação da propriedade das máquinas e equipamentos essenciais para a execução
do objeto.

Art. 30.  A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

§ 6o  As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros, máquinas,


equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados essenciais para o
cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas mediante a apresentação de relação
explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as
exigências de propriedade e de localização prévia.

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