Beneficio Assistencial PDF

Processo: 5151507.33.2018.8.09.
0173
Usuário: ALEX DA SILVA MUNIZ - Data: 15/08/2018 17:59:01

SÃO SIMÃO - VARA DAS FAZENDAS PÚBLICAS
Procedimento Comum
Valor: R$ 36.252,00 | Classificador: AUTOS CONCLUSOS
AR - ADVOGADOS - AMANDA SOARES DE QUEIROZ – OAB/GO 42.59
RONY PETERSON DALBON – OAB/GO 33.310
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA

___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO SIMÃO, ESTADO DE GOIÁS.
Assistência Judiciária
Tutela antecipada
DARCI RODRIGUES NASCIMENTO, brasileira, casada,

desempregada, portadora do CPF de nº. 017.273.291-39, residente e domiciliada na
Rua 70, Quadra 17, Lote 11, S/N, Centro, CEP 75890-000, São Simão - Go, por
oportuno, deixa de informar seu endereço eletrônico conforme autoriza o artigo 319,
§ 3° do CPC, por intermédio de seus procuradores abaixo assinados, com escritório
profissional na Rua Machado de Assis, nº 128, Centro, na Cidade de Quirinópolis -
Goiás, CEP 75860-000, regularmente inscritos na OAB/GO sob o nº 33.310, e nº
42.359, com endereço eletrônico: rony.advocacia@gmail.com, vem respeitosamente
à presença de Vossa Excelência, propor:
AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO

ASSISTENCIAL AO IDOSO COM TUTELA
ANTECIPADA - LOAS
em face do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL,

autarquia federal, com CNPJ n.º 29979036/0067-77, com endereço na Rua Rosulino
Ferreira Guimarães, n.º 1013, centro, CEP 75.901-260, em Rio Verde - GO, endereço
eletrônico da ré desconhecido pelo autor (artigo 319, § 3° do CPC), pelas razões de
fato e de direito a seguir expendidas:.
Endereço: Rua Machado de Assis, n. 128 – Centro – Quirinópolis – Go.

Fones: (64) 3651-1773 – email: rony.advocacia@gmail.com
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Documento Assinado e Publicado Digitalmente em 03/04/2018 16:40:52
Assinado por RONY PETERSON DALBON:01034741101
Validação pelo código: 10423560557461881, no endereço: https://projudi.tjgo.jus.br/PendenciaPublica
Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
DOS FATOS
A Autora é pessoa extremante pobre, com 68 (sessenta e oito) anos de

idade, sem estudo, estando impossibilitada de trabalhar devido sua idade avançada,
em razão destes fatos requereu o benefício assistencial da Lei Orgânica da
Assistência Social, (LOAS) com as seguintes características:
A) Nº Benefício: 7020349863;
B) Data Requerimento: 29/02/2016;
C) Indeferido do dia: 29/02/2016;
D) MOTIVO DO INDEFERIMENTO: 143 RENDA PER CAPITA

FAMILIAR >= ¼ SAL. MIN. NA DER.
E) Idade do requerente: 68 (sessenta e oito) anos;
F) Renda do grupo familiar: R$ 937,00 (novecentos e trinta e sete reais)

aposentadoria de idoso;
G) Quantidade de pessoas no grupo familiar: 04 (quatro) pessoas, a

autora, seu marido, sua filha e sua neta (doc. em anexo);
H) Grau de escolaridade: ensino fundamental incompleto.
O motivo para o indeferimento da concessão do benefício fora a

alegação de que possui renda superior ou igual a ¼ do salário mínimo. Porém a
autora se encontrada desempregada, estando impossibilitada para trabalhar devido
a sua idade avançada.
O instituto réu não avaliou a idade avançada da autora, demostrando

a sua incapacidade ao trabalho, as condições de vida que ela se submete, a
condição social que a mesma vive, e por fim sua incapacidade intelectual,
requisitos estes que devem ser levados em conta.


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Procedimento Comum
Ademais, a Jurisprudência e clara que a renda de um aposentado até

um salário mínimo percebido por idoso, não pode ser computada para fins de
cálculo do LOAS.
Nesta linha segue jurisprudência:
PREVIDENCIÁRIO. LOAS. VULNERABILIDADE

SOCIAL. RENDA FAMILIAR. 1. O requerimento de
amparo assistencial formulado pela impetrante foi
indeferido administrativamente, pois foi identificado que o
seu cônjuge, João Rocca (nascido em 02/02/1928), recebia
aposentadoria no valor mensal de um salário-mínimo, razão
pela qual a renda per capita do grupo superava a quarta
parte do salário-mínimo, conforme se observa dos
documentos de fls. 18 e 24. 2. De acordo com a autarquia,
essa renda familiar desatenderia o art. 20, § 3º, da Lei
8.742/93, que estabelece como critério de miserabilidade o
patamar per capita equivalente a quarta parte do salário-
mínimo. Entretanto esse dispositivo foi declarado
inconstitucional pela Corte Escelsa (RE's 567985 e
580963), pois sua aplicação obstava a proteção estatal a
deficientes e idosos em situação de vulnerabilidade
social. 3. O Superior Tribunal de Justiça assentou sob
a Lei de Recursos Repetitivos, que o benefício de
natureza previdenciária auferido por idoso não deve
ser computado na renda familiar para os fins da LOAS,
estendendo o alcance do art. 34, parágrafo único, da Lei
10.741/2003: "Aplica-se o parágrafo único do artigo 34
do Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/03), por analogia, a
pedido de benefício assistencial feito por pessoa com
deficiência a fim de que benefício previdenciário


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Procedimento Comum
recebido por idoso, no valor de um salário mínimo, não

seja computado no cálculo da renda per capita prevista
no artigo 20, § 3º, da Lei n. 8.742/93" (REsp 1355052/SP,
Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 25/02/2015, DJe 05/11/2015). 4.
Diante desse cenário, a exclusão da renda do marido
pode caracterizar um quadro de vulnerabilidade social
da impetrante, que aparentemente não possui fonte de
renda própria para a subsistência, sendo natural que
seja reexaminada a questão em sede administrativa. 5.
Apelação provida, para conceder a segurança, anular a
decisão proferida no processo administrativo 537.293.661-0
e determinar o reexame da questão pelas autoridades
administrativas, desconsiderando na apuração da renda
familiar a aposentadoria por invalidez auferida pelo marido
da impetrante.A Câmara, à unanimidade, DEU
PROVIMENTO à apelação.(ACORDAO
00007193320094013805, JUIZ FEDERAL UBIRAJARA
TEIXEIRA, TRF1 - 1ª CÂMARA REGIONAL
PREVIDENCIÁRIA DE JUIZ DE FORA, e-DJF1
DATA:13/09/2017 PAGINA:.). Grifo, negrito e marcação nossa.
Assim, o benefício assistencial da Autora fora negado indevidamente,

entretanto como já demonstraremos, a mesma faz jus a concessão do benefício
LOAS.
DO DIREITO
A pretensão da Autora em receber o benefício assistencial encontra-se

devidamente amparado pela Lei Maior, especificamente no artigo 203 da
Constituição Federal:


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Procedimento Comum
“Art. 203. A assistência Social será prestada a quem dela necessitar, e tem por
objetivos: independentemente da contribuição da Seguridade Social
... omissis ...
V - a garantia de 1 salário mínimo de benefício mensal a pessoa portadora de

deficiência, ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção ou tê-la provido por sua família conforme dispuser a lei. (grifo
nosso).
Com efeito, a Lei nº 8.742/93, a qual dispõe sobre a organização da

Assistência Social, aduz que:
“Art. 2º A assistência social, tem por objetos:
... omissis ...
V - a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora

de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família.”(grifo nosso)
... omissis ... .
Pois bem, a lei supra mencionada garante a concessão do benefício

assistencial mediante a comprovação de 02 requisitos, ou seja:
1) Idoso com mais de 65 (sessenta e cinco) anos ou pessoa portadora de

deficiência;
2) Impossibilidade de prover seus próprios meios de subsistência ou tê-la

provido pela família.
No tocante à subsistência é valido mencionarmos, que a renda da

unidade familiar é de um salário mínimo, devido a aposentadoria que o esposo
da autora recebe.
Verifica-se excelência, as necessidades básicas da unidade familiar

como o alimento, vestuário, luz, calçados, ainda possuindo despesas extras em
virtude de remédios que muitas vezes não se encontram nos postos de saúde do
SUS.


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Procedimento Comum
Vale ressaltar que o artigo 20 da Lei 8.742/93, parágrafo 3º,

que foi declarado inconstitucional pelo STF nos seguintes termos:
RE 567985 - RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Origem: MT - MATO GROSSO

Relator: MIN. MARCO AURÉLIO
Redator para acordão MIN. GILMAR MENDES
RECTE.(S) INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) PROCURADOR-GERAL FEDERAL
RECDO.(A/S) ALZIRA MARIA DE OLIVEIRA SOUZA
ADV.(A/S) GISELDA NATALIA DE SOUZA WINCK ROCHA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) UNIÃO
ADV.(A/S) ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S) DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
INTDO.(A/S) ANIS - INSTITUTO DE BIOÉTICA, DIREITOS HUMANOS E GÊNERO
ADV.(A/S) JOELSON DIAS E OUTRO(A/S)
Decisão: O Tribunal, por maioria, negou

provimento ao recurso extraordinário e declarou incidenter
tantum a inconstitucionalidade do § 3º do art. 20 da Lei nº
8.742/93. Vencidos, parcialmente, o Ministro Marco Aurélio (Relator), que apenas
negava provimento ao recurso, sem declarar a inconstitucionalidade da norma
referida, e os Ministros Teori Zavascki e Ricardo Lewandowski, que davam
provimento ao recurso. Não foi alcançado o quorum de 2/3 para modulação dos
efeitos da decisão para que a norma tivesse validade até 31/12/2015. Votaram pela
modulação os Ministros Gilmar Mendes, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia e
Celso de Mello. Votaram contra a modulação os Ministros Teori Zavascki, Ricardo
Lewandowski e Joaquim Barbosa (Presidente). O Relator absteve-se de votar quanto
à modulação. Impedido o Ministro Dias Toffoli. Redigirá o acórdão o Ministro
Gilmar Mendes. Plenário, 18.04.2013. (grifamos e ampliamos)


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Procedimento Comum
Nesse passo, conclui-se que, para fins da concessão do

Benefício Assistencial, o parâmetro objetivo da renda familiar per capita
inferior a ¼ do salário mínimo, previsto no citado Dispositivo legal,
pode ser conjugado, no caso concreto, com outros fatores indicativos do
estado de miserabilidade do cidadão, de modo a serem atingidos os
objetivos constitucionais, na busca da dignidade da pessoa humana.
Referido entendimento já havia sido consagrado pelos

outros Tribunais, conforme sedimentado pela TURMA NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA DOS JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS, veja:
“A renda mensal, per capita, familiar superior ¹/4 do salário

mínimo não impede a concessão do benefício assistencial
previsto no artigo 20, parágrafo 3º da Lei 8.742/93, desde que
comprovada por outros meios, a miserabilidade do
postulante” (Sumula nº 11)
O STJ, enfrentando o tema, pacificou o seguinte

entendimento acerca da matéria:
“O critério estabelecido no artigo 20, parágrafo 3º da Lei

8.742/93 (comprovação de renda “per capita” não superior a
¼ do salário mínimo não exclui que a condição de
miserabilidade, necessária à concessão do beneficio
assistencial, resulte de outros meios de prova, de acordo com
cada caso concreto. (RESP- 308711/SP- 6ª Turma Relator :
Min. HAMILTON CARAVALHO DJ 10/03/2003,p.323)”
No mesmo sentido posicionamento uníssono deste Egrégia

Tribunal, in verbis:


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Procedimento Comum
Processo: AC 2005.01.99.053425-8/MG; APELAÇÃO CIVEL

Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ GONZAGA BARBOSA
MOREIRA
Órgão Julgador: PRIMEIRA TURMA
Publicação: 15/01/2007 DJ p.37
Data da Decisão: 09/10/2006
Decisão: A Turma, por unanimidade, deu parcial provimento à apelação
e à remessa oficial.
Ementa: PREVIDENCIÁRIO - BENEFÍCIO ASSISTENCIAL - ART. 203,
V, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - ART. 20, DA LEI Nº 8.742, DE 1993
(LOAS) - DECRETO Nº 1.744, DE 1993 - REQUISITOS LEGAIS - PESSOA
PORTADORA DE DEFICIÊNCIA OU IDOSA - COMPROVAÇÃO DA
IMPOSSIBILIDADE DE PROVER A SUA PRÓPRIA MANUTENÇÃO OU TÊ-LA
PROVIDA POR SUA FAMÍLIA - PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA
HUMANA - HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA - CONCEITO DE FAMÍLIA -
RENDA PER CAPITA INFERIOR A ¼ DO SALÁRIO MÍNIMO -
PRESUNÇÃO LEGAL - CONDIÇÃO DE MISERABILIDADE - SURDA-MUDA -
DEFICIÊNCIA RECONHECIDA PELO INSS - BENEFÍCIO CONCEDIDO A
PARTIR DA CESSAÇÃO INDEVIDA - CORREÇÃO MONETÁRIA - JUROS DE
MORA - MULTA DIÁRIA.
1. "O benefício de prestação continuada é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal
à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 70 (setenta) anos ou mais e que
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la
provida por sua família" (Art. 20, caput, da Lei nº 8.742/93).
2. A característica da deficiência, nos termos do § 2º, do art. 20, da Lei nº 8.742/93, é
a impossibilidade para a vida independente. Tal circunstância vai além da simples
limitação física, mormente quando se considera a dura realidade da vida brasileira,
que já apresenta inúmeras dificuldades para obtenção de emprego.
3. Em observância ao princípio da dignidade da pessoa humana, ainda que o
indivíduo não possua extrema dificuldade para a vida diária, ele pode ser
considerado não apto para o mercado de trabalho, por não conseguir se sustentar,
se a deficiência, mesmo que parcial, o impossibilita de garantir a sua subsistência.
Precedentes (TRF/1ª Região – AC 1999.43.00.001755-9/TO, Primeira Turma, Rel.
Convocado Juiz Federal Itelmar Raydan Evangelista, DJ II de 21/11/2005, pág. 16;
AC 2004.01.99.013506-8/GO, Segunda Turma, Rel. Des. Federal Carlos Eduardo
Moreira Alves, DJ II de 16/03/2006, pág. 52; STJ – Resp 360202/AL, Rel. Min. GILSON
DIPP, RSTJ 168/508).


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
4. Para fazer jus ao benefício, o portador de deficiência ou o idoso deve demonstrar

a hipossuficiência financeira não apenas sua, mas também de sua família (art. 203,
V, da CF/88 e art. 20. § 3º, já cit.).
5. A hipossuficiência financeira exigida pela LOAS tem como parâmetro o valor da
renda mensal per capita de ¼ do salário mínimo dentro da unidade familiar. Neste
ponto, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADIn nº 1.232/DF (Rel. p/
acórdão Min. NELSON JOBIM, Tribunal Pleno, DJ I de 01/06/2001, pág. 75), declarou
a constitucionalidade do art. 20, § 3º, da LOAS, que impõe tal limite, à consideração
de que se trata de critério legal objetivo, independente de prova da condição de
miserabilidade.
6. "A Terceira Seção deste Superior Tribunal, no âmbito da Quinta e da Sexta
Turma, consolidou entendimento de que a comprovação do requisito da renda
familiar per capita não-superior a ¼ (um quarto) do salário mínimo não exclui
outros fatores que tenham o condão de aferir a condição de miserabilidade da
parte autora e de sua família, necessária à concessão do benefício assistencial. (...)"
(AgRg/REsp 529928/SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJ I de 03/04/2006, pág.
389).
7. No caso em exame, trata-se de pessoa idosa (mais de 65 anos - fl. 23), que teve seu
pedido de benefício assistencial indeferido pelo INSS ao argumento de que não se
enquadrava no § 2º, do art. 20, da Lei nº 8.742/93, em face de a renda per capta da
família ser superior a ¼ do salário mínimo (fl. 26).
8. Devido o benefício desde a cessação indevida, eis que, "...apesar da renda mensal
familiar da requerente não ser inferior a ¼ do salário mínimo, esta é sobejamente
insuficiente para prover a manutenção da requerente e de seu já idoso/doente
marido".
9. As verbas em atraso devem ser corrigidas monetariamente a partir do vencimento
de cada parcela, observando-se, contudo, os índices legais de correção.
10. Juros devidos à razão de 1% ao mês, a partir da citação, considerada a natureza
alimentar da dívida. (RESP 314181/AL, Quinta Turma, Rel. Min. Felix Fischer, DJ I
de 05/11/2001, pág. 133; AGRESP 289543/RS, Quinta Turma, Rel. Min. Jorge
Scartezzini, DJ I de 19/11/2001, pág. 307).
11. Honorários advocatícios reduzidos para 10% sobre o valor das prestações
vencidas até a prolação da sentença (AC 2000.01.99.126090- 7/MG; AC
2000.01.00.015821-5/MG, 1ª T., Rel. Juiz Antônio Sávio de Oliveira Chaves). 12. Não
havendo evidência de descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, a multa
diária deve ser afastada. Não é razoável fixá-la de antemão, no pressuposto de que
não virá a ser cumprida a ordem judicial.
13. Apelação e remessa oficial, tida por interposta, parcialmente. (grifamos)


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
Neste espeque, o
artigo 20 da Lei 8.742/93, parágrafo 3º, que foi
declarado inconstitucional pelo STF, devendo ser analisado o caso
concreto, e não limitar ¼ do salário como base de cálculo, neste
sentido, deve ser analisado o laudo social que será realizado por
assistente social indicada por este Juízo, a qual possui capacidade
técnica para auferir as condições que vive a família.
A RENDA DO IDOSO DE ATÉ 01 SALÁRIO MÍNIMO,

NÃO COMPUTA NA ANÁLISE DA RENDA PARA
CONCESSÃO DO LOAS
Vale ressaltar que além dos argumentos expostos acima, a

renda de um idoso, no valor de 01 salário mínimo, não pode ser
utilizada para fins de cálculo de renda do grupo familiar.
Desta forma, considerando o prescrito no parágrafo único

do art. 34 supra mencionado, entendemos que, em observância ao
princípio da igualdade, não deve ser considerado para fins do cálculo
da renda familiar qualquer benefício previdenciário cujo valor seja
equivalente a um salário mínimo e não só o benefício de prestação
continuada (amparo assistencial).
CONSTITUCIONAL E ASSISTENCIAL. AÇÃO CIVIL

PÚBLICA. REMESSA OFICIAL NÃO CONHECIDA.
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. RENDA MENSAL PER
CAPITA FAMILIAR. DEVIDA A EXCLUSÃO DE
BENEFÍCIO DE VALOR MÍNIMO PERCEBIDO POR
IDOSO OU DEFICIENTE. LEGITIMIDADE ATIVA DO
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. ILEGITIMIDADE
PASSIVA DA UNIÃO RECONHECIDA. COMPETÊNCIA
DO JUÍZO A QUO. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
PEDIDO AFASTADA. LIMITAÇÃO TERRITORIAL DOS

EFEITOS DA SENTENÇA. MULTA INCABÍVEL. 1. Trata-se
de recursos de apelação interpostos contra sentença que
determinou aos réus que desconsiderem, em todo território
nacional, para efeito de cálculo da renda familiar a que se
refere a LOAS, tanto para os idosos quanto para os
deficientes, qualquer benefício previdenciário de valor igual
ao salário mínimo concedido a outro membro do mesmo
grupo familiar do postulante ao benefício assistencial
previsto na mesma Lei. 2. Submetem-se ao duplo grau de
jurisdição obrigatório apenas as sentenças que reconhecerem
a carência da ação ou julgarem improcedentes os pedidos
deduzidos em sede de ação civil pública, por força da
aplicação analógica da regra contida no art. 19 da Lei nº
4.717/65. No caso, não há que se falar em remessa oficial, ante
a total procedência do pedido inicial formulado na inicial. 3.
O Ministério Público detém legitimidade para a propositura
de Ação Civil Pública em defesa dos direitos e interesses
difusos e coletivos, individuais indisponíveis e individuais
homogêneos do idoso e do deficiente, conforme previsto nas
Leis n. 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) e n. 7.853/89 (pessoas
portadoras de deficiência). Precedentes. 4. Nos termos do
parágrafo único do art. 29 da Lei 8.742/93, poderão ser
repassados diretamente ao INSS os recursos de
responsabilidade da União destinados ao financiamento dos
benefícios de prestação continuada, tendo em vista que a
autarquia previdenciária é quem responde por sua execução
e manutenção. A união deve ser excluída da lide, ante a sua
ilegitimidade passiva ad causam, e extinguindo o processo
com relação a ela. 5. O Ministério Público Federal não requer
afastamento do critério previsto no art. 20, § 3º da Lei n.
8.742/93, mas impugna diretamente a IN INSS/DC n. 95/03 -
instrução normativa do INSS, quanto à exclusão dos


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
benefícios previdenciários no valor de um salário mínimo do

cálculo da renda per capta da família. Na ADIn 1232/DF, por
sua vez, o Plenário do STF declarou apenas a
constitucionalidade do art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93.
Posteriormente, em razão dos RE 567985 e 580963 e da Rcl
4374, modificou este entendimento e declarou a
inconstitucionalidade do critério ali adotado. 6. Afigura-se
juridicamente possível o pedido delineado na presente ação,
ante a ausência de vedação no ordenamento brasileiro.
Preliminar de impossibilidade jurídica do pedido rejeitada.
7. A limitação territorial da sentença proferida em Ação Civil
Pública deve se ater aos termos do artigo 16 da Lei nº
7.147/85, com redação dada pela Lei n. 9.494/97, portanto, os
efeitos erga omnes deste provimento jurisdicional restringe-
se à área de jurisdição do juízo prolator. (Agrg No Resp
767.965/Pr, Rel. Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma,
Julgado Em 15/09/2015, Dje 01/10/2015). 8. A jurisprudência
de nossos tribunais tem entendido que, assim como o
benefício assistencial pago a um integrante da família não
deve ser considerado para fins de renda per capita, os
benefícios previdenciários de até um salário mínimo,
pagos a pessoa idosa, não deverão ser considerados. Igual
sorte deve ser dada ao benefício de aposentadoria por
invalidez, de até um salário mínimo, pago à pessoa de
qualquer idade. 9. O STJ firmou-se a orientação, na análise
do REsp 1.355.052/SP, julgado sob o rito do art. 543-C do
CPC), que aplica-se o parágrafo único do artigo 34 do
Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/03), por analogia, a pedido
de benefício assistencial feito por pessoa com deficiência a
fim de que o benefício previdenciário recebido por idoso,
no valor de um salário mínimo, não seja computado no
cálculo da renda per capita prevista no artigo 20, § 3º, da Lei
n. 8.742/93. 10. Fixação de multa diária contra a Fazenda


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
Pública para o caso de descumprimento de tutela incabível

na espécie, diante da falta de comprovação da recalcitrância.
11. Remessa oficial não conhecida. Apelação da União
provida para excluí-la da lide. Apelação dos INSS
parcialmente provida para que no cálculo da renda familiar
para concessão de benefício assistencial seja desconsiderado
a) benefício previdenciário, no valor de um salário mínimo,
recebido por idoso; b) aposentadoria por invalidez, de até
um salário mínimo, pago a pessoa de qualquer idade e c)
benefício assistencial já concedido a qualquer membro da
família (itens 8 e 9); restringir o provimento jurisdicional nos
limites da competência territorial do órgão prolator (item 7)
e excluir a multa diária cominada (item 10).A Turma, por
unanimidade, não conheceu da remessa oficial, deu
provimento à apelação da União e deu parcial provimento à
apelação do INSS. (ACORDAO 00037166820044013803,
DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO DE ASSIS BETTI,
TRF1 - SEGUNDA TURMA, e-DJF1 DATA:17/11/2017 PAGINA:.).
Grifo, negrito e marcação nossa.
PREVIDENCIÁRIO. LOAS. VULNERABILIDADE

SOCIAL. RENDA FAMILIAR. 1. O requerimento de
amparo assistencial formulado pela impetrante foi
indeferido administrativamente, pois foi identificado que o
seu cônjuge, João Rocca (nascido em 02/02/1928), recebia
aposentadoria no valor mensal de um salário-mínimo, razão
pela qual a renda per capita do grupo superava a quarta
parte do salário-mínimo, conforme se observa dos
documentos de fls. 18 e 24. 2. De acordo com a autarquia,
essa renda familiar desatenderia o art. 20, § 3º, da Lei
8.742/93, que estabelece como critério de miserabilidade o
patamar per capita equivalente a quarta parte do salário-


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
mínimo. Entretanto esse dispositivo foi declarado

inconstitucional pela Corte Escelsa (RE's 567985 e
580963), pois sua aplicação obstava a proteção
estatal a deficientes e idosos em situação de
vulnerabilidade social. 3. O Superior Tribunal de
Justiça assentou sob a Lei de Recursos Repetitivos,
que o benefício de natureza previdenciária
auferido por idoso não deve ser computado na
renda familiar para os fins da LOAS, estendendo o
alcance do art. 34, parágrafo único, da Lei
10.741/2003: "Aplica-se o parágrafo único do artigo
34 do Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/03), por
analogia, a pedido de benefício assistencial feito
por pessoa com deficiência a fim de que benefício
previdenciário recebido por idoso, no valor de um
salário mínimo, não seja computado no cálculo da
renda per capita prevista no artigo 20, § 3º, da Lei n.
8.742/93" (REsp 1355052/SP, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 25/02/2015, DJe 05/11/2015). 4. Diante
desse cenário, a exclusão da renda do marido pode
caracterizar um quadro de vulnerabilidade social
da impetrante, que aparentemente não possui fonte
de renda própria para a subsistência, sendo natural
que seja reexaminada a questão em sede
administrativa. 5. Apelação provida, para conceder a segurança,
anular a decisão proferida no processo administrativo 537.293.661-0 e
determinar o reexame da questão pelas autoridades administrativas,
desconsiderando na apuração da renda familiar a aposentadoria por
invalidez auferida pelo marido da impetrante.A Câmara, à


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
unanimidade, DEU PROVIMENTO à apelação.(ACORDAO

00007193320094013805, JUIZ FEDERAL UBIRAJARA
TEIXEIRA, TRF1 - 1ª CÂMARA REGIONAL
PREVIDENCIÁRIA DE JUIZ DE FORA, e-DJF1
DATA:13/09/2017 PAGINA:.). Grifo, negrito e marcação nossa.
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. ART.20 DA LEI 8.742/93.

DEFICIÊNCIA. HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA
COMPROVADA. REQUISITOS ATENDIDOS . HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. 1. Remessa tida por interposta. Não incide, na
hipótese, o § 2º do artigo 475 do Código de Processo Civil, em
virtude de não ter sido demonstrado que o conteúdo econômico
do pleito é de valor inferior a 60 salários mínimos. Também não
incide o § 3º desse artigo, tendo em vista que a sentença não se
fundamentou em jurisprudência do plenário ou súmula do
Supremo Tribunal Federal, ou do tribunal superior competente.
2. O benefício assistencial funda-se no art.20 da Lei 8.742/93, que
garante a percepção de um salário mínimo mensal à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso, que comprovem não possuir
meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida
por sua família. 3. Na demanda analisada, devolve o INSS para a
apreciação da matéria a ausência do requisito da hipossuficiência
econômica para a concessão do benefício à parte autora; aduz a
autarquia previdenciária em sua peça de apelo que não há
miserabilidade por parte da autora, já que a renda per capita da
família supera ¼ de salário mínimo. No tocante à
hipossuficiência econômica, o laudo do Estudo Social (fls.
46/48) comprovou que a família da Parte Autora possui 2
(dois) membros (marido e filha inválida) que sobrevivem
com a aposentadoria rural no valor de 1 (um) salário mínimo
mensal e um benefício de LOAS. A residência onde moram
é emprestada, simples e humilde. Afirma a perita que após
a análise das condições de moradia da autora, concluiu que
a mesma se enquadra no perfil de situação de


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
vulnerabilidade social e necessita do benefício para

sobreviver. Vale ressaltar que o Plenário do STF, por
ocasião do julgamento dos Recursos Extraordinários nº.
567985 e 580963, ocorrido em 18/04/2013 (DJe-194 DIVULG
02-10-2013 PUBLIC 03-10-2013 e DJe-225 DIVULG 13-11-
2013 PUBLIC 14-11-2013), declarou a inconstitucionalidade
incidenter tantum do art. 34, parágrafo único da Lei
nº.10.741/03 (Estatuto do Idoso) e do art. 20, §3º, da Lei nº.
8.742/93, entendendo que o valor do benefício
previdenciário não superior ao salário mínimo auferido
pelo idoso integrante do grupo familiar não deve ser
computado no cálculo da renda per capita para fins de
aferição da hipossuficiência econômica, bem como que o
critério legal da renda per capita inferior a ¼ do salário
mínimo não pode ser considerado absoluto, devendo o real
estado de miserabilidade da família ser aferido em
concreto à luz das circunstâncias do caso. Desse modo, está
provada a miserabilidade, inclusive pela possibilidade de
exclusão do benefício da renda familiar per capita,
permitindo-se a concessão pleiteada. 4. Quanto ao pedido
de alteração da DIB, o conjunto probatório dos autos não
permite indicar a existência de incapacidade da autora ao
tempo do requerimento administrativo, devendo, portanto,
ser mantida a sentença no que diz respeito à fixação da DIB
a partir da citação. 5. Os honorários advocatícios devidos
pelo INSS devem ser fixados em 10% sobre o valor da
condenação, correspondente às parcelas vencidas até a data
da prolação da sentença, conforme Súmula 111 do Superior
Tribunal de Justiça, entendimento mantido tendo em vista
que a sucumbência foi fixada ainda sob a égide do CPC/73.
6. Apelação adesiva da parte autoraa que se nega
provimento. Apelação do INSS e remessa necessária, tida
por interposta, a que se dá parcial provimento.A Câmara,


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
por unanimidade, negou provimento à apelação adesiva da

parte autora e deu parcial provimento ao apelo do INSS e à
remessa oficial tida por interposta. (ACORDAO
00204967920134019199, JUIZ FEDERAL SAULO JOSÉ
CASALI BAHIA, TRF1 - 1ª CÂMARA REGIONAL
PREVIDENCIÁRIA DA BAHIA, e-DJF1 DATA:13/09/2016
PAGINA:. Grifo, negrito e marcação nossa.
Assim, por todos os lados que se olhe, evidente que o valor

percebido pelo esposo da Autora no valor de 01 salário mínimo, não
deve ser utilizado para computar o cálculo de renda per capta da
família.
Portanto, a negativa do INSS em alegar que renda da

autora é superior a ¼ do salário mínimo, e totalmente ultrapassada e
não deve prosperar.
DA TUTELA ANTECIPADA
A tutela antecipada nesta demanda deverá ser concedida de forma

antecipada, posto que a Autora preenche os requisitos do art. 300 do Processo Civil:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos

que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso,

exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra
parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após

justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida

quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
Pois bem conforme o disposto na redação legal, a Autora faz jus à

concessão da tutela antecipada, pois, preenche todos os requisitos por ela exigidos,
ou seja:
1) prova inequívoca dos fatos;
2) dano irreparável.
O primeiro requisito, a prova inequívoca do fato, esta claramente

demonstrada por meio da documentação acostada aos autos, documento de
identificação do grupo familiar, bem como a carteira de trabalho, comprovando seu
desemprego.
Portanto, as provas apresentadas nesta oportunidade evidenciam a

necessidade do Autor.
Ademais, como já exaustivamente aludido a Autora depende da ajuda

de amigos que também são pessoas pobres na acepção da palavra e que tem seus
compromissos familiares já assumidos.
Apreciado e devidamente demonstrado o primeiro requisito

necessário faz – se que passemos a avaliação da segunda exigência, ou seja, que dano
seja irreparável – neste caso necessário se faz que haja a comprovação do fumus boni
júris e perinculum in mora.
Pois bem, quanto ao primeiro requisito como já exaustivamente

aludido evidenciado por meio de provas que ora se juntam aos autos, a Autora faz
jus a concessão do benefício pleiteado levando-se em consideração que esta
impossibilitada de prover seu próprio sustento; em virtude de sua pobreza e de sua
incapacidade para o trabalho. A legislação Constitucional e abaixo dela também lhe
garante – o auxilio independentemente de contribuição à Seguridade Social.
Desta forma, se comprova fumus boni júris do fato apreciado.
No que tange ao segundo requisito periculum in mora, já é cediço de que

a Autora vem passando por sérias dificuldades tendo que contar somente com o
amparo de seus amigos.


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
Assim a Requerente vem sobrevivendo de forma extremamente

precária.
Portanto, se a providência for postergada até Sentença final,

acreditamos que a Autora não encontrará outros meios para sua sobrevivência.
Ora, Excelência, toda pessoa tem direito de viver em condições no

mínimo dignas; todavia, o que podemos perceber é que, no presente caso, está
havendo um sacrifício notadamente, exacerbado por parte da autora, pois tem lhe
faltado os meios de prover a tal sobrevivência.
Assim, requer, desde já, seja concedida a tutela antecipada por não
restarem dúvidas a respeito da necessidade da autora e o direito que lhe ampara,
sob pena de agravar-se ainda mais a situação.
Aliás, não há óbice de concessão de tutela antecipada para a concessão

de benefício assistencial do LOAS, dado o seu caráter alimentar.
DOS PEDIDOS
a) Requer, ainda, os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, nos

termos da Lei nº 1.060/50, por ser a Autora pessoa pobre no sentido
jurídico do termo, não podendo arcar com o ônus processual sem
prejuízo de sua subsistência.
b) Assim, requer a procedência da presente ação, condenando o

Instituto Réu, a concessão do BENEFÍCIO ASSISTENCIAL AO
IDOSO - LOAS, a partir da data de seu requerimento
administrativo, ou seja, 29/02/2016, uma vez que faz jus ao
recebimento, por ter a idade de 68 anos, estando incapacitada para
o trabalho devido à idade, e não ter renda suficiente para sua
subsistência e de sua família;


Processo: 5151507.33.2018.8.09.0173

Procedimento Comum
c) Outrossim, requer a concessão da tutela antecipada, com a

implantação imediata do benefício de auxílio de amparo ao idoso,
uma vez que estão preenchidos todos os requisitos para a concessão
do benefício pleiteado.
d) Requer a citação do INSS, na pessoa de seu representante legal, sob

as penas da revelia e confissão.
e) e) A condenação do Instituto-Réu em caso de recurso ao

pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios,
no percentual de 10% sobre o valor da condenação.
f) Requer provar o alegado através de todos os meios de prova

admitidos em direito especialmente a visita da assistente social na
casa da autora para fins de fazer o laudo social, testemunhal, e
documental, e as demais formas permitidas em direito.
Dá-se a causa o valor de R$ 36.252,00 (trinta e seis mil, duzentos e

cinquenta e dois reais), para mero efeito fiscal.
Nestes termos
Pede deferimento,
São Simão, Estado de Goiás, 12 de março de 2018.
Rony Peterson Dalbon

OAB/GO. nº 33.310



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Processo: 5151507.33.2018.8.09.

Usuário: ALEX DA SILVA MUNIZ - Data: 15/08/2018 17:59:01

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA

DARCI RODRIGUES NASCIMENTO, brasileira, casada,

AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO

em face do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL,

Endereço: Rua Machado de Assis, n. 128 – Centro – Quirinópolis – Go.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ALEX DA SILVA MUNIZ - Data: 15/08/2018 17:59:01

A Autora é pessoa extremante pobre, com 68 (sessenta e oito) anos de

B) Data Requerimento: 29/02/2016;

C) Indeferido do dia: 29/02/2016;

D) MOTIVO DO INDEFERIMENTO: 143 RENDA PER CAPITA

E) Idade do requerente: 68 (sessenta e oito) anos;

F) Renda do grupo familiar: R$ 937,00 (novecentos e trinta e sete reais)

G) Quantidade de pessoas no grupo familiar: 04 (quatro) pessoas, a

H) Grau de escolaridade: ensino fundamental incompleto.

O motivo para o indeferimento da concessão do benefício fora a

O instituto réu não avaliou a idade avançada da autora, demostrando

Endereço: Rua Machado de Assis, n. 128 – Centro – Quirinópolis – Go.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ALEX DA SILVA MUNIZ - Data: 15/08/2018 17:59:01

Ademais, a Jurisprudência e clara que a renda de um aposentado até

Nesta linha segue jurisprudência:

PREVIDENCIÁRIO. LOAS. VULNERABILIDADE

Endereço: Rua Machado de Assis, n. 128 – Centro – Quirinópolis – Go.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ALEX DA SILVA MUNIZ - Data: 15/08/2018 17:59:01

recebido por idoso, no valor de um salário mínimo, não

Assim, o benefício assistencial da Autora fora negado indevidamente,

A pretensão da Autora em receber o benefício assistencial encontra-se

Endereço: Rua Machado de Assis, n. 128 – Centro – Quirinópolis – Go.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ALEX DA SILVA MUNIZ - Data: 15/08/2018 17:59:01

... omissis ...

V - a garantia de 1 salário mínimo de benefício mensal a pessoa portadora de

Com efeito, a Lei nº 8.742/93, a qual dispõe sobre a organização da

“Art. 2º A assistência social, tem por objetos:

... omissis ...

V - a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora

... omissis ... .

Pois bem, a lei supra mencionada garante a concessão do benefício

1) Idoso com mais de 65 (sessenta e cinco) anos ou pessoa portadora de

2) Impossibilidade de prover seus próprios meios de subsistência ou tê-la

No tocante à subsistência é valido mencionarmos, que a renda da

Verifica-se excelência, as necessidades básicas da unidade familiar

Endereço: Rua Machado de Assis, n. 128 – Centro – Quirinópolis – Go.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ALEX DA SILVA MUNIZ - Data: 15/08/2018 17:59:01

Vale ressaltar que o artigo 20 da Lei 8.742/93, parágrafo 3º,

RE 567985 - RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Origem: MT - MATO GROSSO

Decisão: O Tribunal, por maioria, negou

Endereço: Rua Machado de Assis, n. 128 – Centro – Quirinópolis – Go.

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Usuário: ALEX DA SILVA MUNIZ - Data: 15/08/2018 17:59:01

Nesse passo, conclui-se que, para fins da concessão do

Referido entendimento já havia sido consagrado pelos

“A renda mensal, per capita, familiar superior ¹/4 do salário

O STJ, enfrentando o tema, pacificou o seguinte

“O critério estabelecido no artigo 20, parágrafo 3º da Lei

No mesmo sentido posicionamento uníssono deste Egrégia