Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Lecticia Silva No 82
Lurdes Francisco No 83
Magreth Félix No 84
Manuel Assane Ahate No 85
Marcelo Ilídio Tauelia No 86
Margarida Bernardo No 87
Márcia José Momade No 88
Marina Vítor No 89
Marlete Clarice Justino No 90
Melquesdeque V. Fernandes No 91
Mércia Agostinho No 92
Messias Manuel No 93
Milagre Luís No 94
Mira Assane No 95
Moisés da Silva No 96
Muara Ibraimo No 97
Naik Manuel No 98
Nazário Alberto No 99
Neusa Maria de Oliveira No 100
OS SAIS
2
Katia da Victoria No 81
Lecticia Silva No 82
Lurdes Francisco No 83
Magreth Félix No 84
Manuel Assane Ahate No 85
Marcelo Ilídio Tauelia No 86
Margarida Bernardo No 87
Márcia José Momade No 88
Marina Vítor No 89
Marlete Clarice Justino No 90
Melquesdeque V. Fernandes No 91
Mércia Agostinho No 92
Messias Manuel No 93
Milagre Luís No 94
Mira Assane No 95
Moisés da Silva No 96
Muara Ibraimo No 97
Naik Manuel No 98
Nazário Alberto No 99
Neusa Maria de oliveira No 100
Professor da disciplina:
dr Freitos
1. Sais..........................................................................................................................................4
1.1. Conceito...............................................................................................................................4
1.1.1. Características...................................................................................................................4
Conclusão..................................................................................................................................14
Bibliografia...............................................................................................................................15
2
Introdução
Devido ao grande número de compostos inorgânicos as substâncias inorgânicas se
subdividem em agrupamentos menores denominado funções químicas inorgânicas, ou seja,
um conjunto de substâncias com propriedades químicas semelhantes, denominados
propriedades funcionais. Uma das principais funções inorgânicas que iremos estudar é SAL.
Os sais estão presentes em nosso quotidiano, sendo bastante utilizados na nossa alimentação e
na conservação de carnes, como o sal de cozinha (NaCl) e o bicarbonato de sódio (NaHCO3),
usado como fermento, e também noutras áreas, como o carbonato de cálcio (CaCO3) presente
nos mármores e no calcário, e o sulfato de cálcio (CaSO4) que compõe o giz escolar e o
gesso.
O presente trabalho é da disciplina de Química, foi orientado pelo professor da disciplina no
âmbito curricular das aulas da 11ª classe com a finalidade de proporcionar estudos em grupo
independentes do professor da disciplina, durante o período de interrupção.
O trabalho tem como objectivo geral, descrever os sais; diante desse objectivo formulamos os
seguintes objectivos específicos correspondentes:
Dar o conceito de sais.
Classificar os sais.
Explicar as regras de nomeação dos sais.
Identificar as formas de obtenção dos sais.
Identificar as reacções características dos sais.
Identificar as reacções dos sais.
3
1. Sais
1.1. Conceito
Em química, sal, é qualquer composto formado a partir de um ácido e uma base, através da
substituição de todo o hidrogénio existente no ácido por um metal ou um radical
electropositivo.
Conceito teórico de sal:
Segundo Arrhenius, sal é todo composto iónico que possui um catião proveniente de uma
base e um anião proveniente de um ácido.
Conceito prático de sal:
Sal é todo composto formado, juntamente com a água, a partir de uma reacção entre uma base
e um ácido.
Sais são compostos iónicos que possuem, pelo menos, um catião diferente de H + e um
anião diferente de OH-.
Exemplos:
O sal mais comum e conhecido por todos nós é o sal de cozinha (NaCl) o qual é um sal
simples (composto iónico, constituído por um único tipo de catião e um único tipo de anião,
que se pode obter por reacção entre um ácido e uma base).
Outros exemplos são: NaOCl, Na2CO3, NaCl, CaCO3.
1.1.1. Características
Importante observar que, em solução aquosa, os ácidos liberam sempre catião H+ e as bases
liberam o anião OH- (conceito de Arrhenius), os sais porém, não possuem sempre o mesmo
catião ou anião, por esse motivo, não revelam propriedades funcionais bem definidas.
Entretanto, podemos dizer que no geral as principais características são:
Conduzem electricidade quando estão na fase líquida (fundidos) ou em solução
aquosa, porque nestes casos há electrões livres;
4
Geralmente são sólidos à temperatura e pressão ambiente (25°C e 1atm).
São compostos iónicos (formados por aglomerados de iões e não por moléculas);
Tem sabor salgado (quase sempre venenosos);
São sólidos e cristalinos;
Conduzem corrente eléctrica em solução;
Sofrem fusão e ebulição em altas temperaturas;
Qualquer ácido reage com qualquer base, independente se são fortes ou fracos. Quando, em
uma reacção, o número de H+ é igual ao de OH-, dizemos que ocorreu uma reacção de
neutralização total. Por exemplo:
Agora, quando o número de H+ e OH- são diferentes dizemos que acontece uma
neutralização parcial.
Existe a neutralização parcial do ácido: Ácido fosfórico e hidróxido de sódio:
5
1 H3PO4 ----------> 3 H+ + PO4-
1 NaOH -----------> 1 Na+ + 1 OH-
6
Assim, dependendo do tipo de ácido e de base que reage, a solução aquosa do sal formado
pode ser classificada como neutra, ácida ou básica:
Sal Neutro: Formado pela reacção entre ácido forte e base forte.
Exemplo: HCl + NaOH → NaCl + H2O
Ácido + Base → Sal + Água
forte forte neutro
Esse tipo de sal é considerado neutro porque, visto que o ácido e a base são fortes, os seus
iões ionizam-se e dissociam-se completamente, e quando os sais formados por esses iões são
adicionados na água, eles não sofrem hidrólise e, portanto, não alteram o pH do meio.
Sal básico ou hidroxissal: Formado pela reacção entre base forte e ácido fraco.
Exemplo: CH3COOH+ NaOH → NaOOCCH3 + H2O
Ácido + Base → Sal + Água
fraco forte básico
O anião desses sais que são provenientes do ácido fraco sofre hidrólise em meio aquoso e
origina iões hidroxila (OH-), tornando o meio básico (pH > 7).
Sal ácido ou hidrogenossal: Formado pela reacção entre ácido forte e base fraca.
No caso do sal ácido, o catião que é proveniente da base fraca sofre hidrólise em meio aquoso
e altera o pH do meio, tornando-o inferior a 7, ou seja, torna-se ácido.
Quando a base e o ácido são ambos fracos, o pH da solução do sal formado será neutro, ácido
ou básico, dependendo da força relativa do ácido-base conjugado.
Ainda de acordo com o tipo de iões dos sais, podemos ter também as seguintes classificações:
7
Sal misto ou duplo: Quando libera em meio aquoso dois aniões ou dois catiões
diferentes.
Exemplos:
KNaSO4: possui dois catiões →K+ e Na+; anião → SO42-;
CaCl(ClO): possui dois aniões → Cl- e ClO-; catião → Ca+.
Quando o sal não possui água em seu retículo cristalino, ele é denominado de sal anidro.
Alúmen: Esse sal é o mais complexo, pois ele possui dois catiões, sendo um
monovalente (com carga +1) e o outro trivalente (com carga +3), um anião e ainda é
hidratado.
8
Acetatos (CH3COO-) → Solúveis → Excepções: Acetato de prata (solúvel
parcialmente); acetato de mercúrio I (solúvel parcialmente) e acetato de estanho II
(decompõe-se em água);
Brometos (Br-) → Solúveis → Excepções: Antimónio e bismuto (decompõem-se em
água), ouro I e platina (solúveis parcialmente), e prata e mercúrio I (insolúveis);
Carbonatos (CO32-) → Insolúveis → Excepções: Amónio, sódio e potássio (solúveis),
e lítio (solúvel parcialmente);
Cianetos (CN-) → Insolúveis → Excepções: Amónio, metais alcalinos e metais
alcalinoterrosos;
Cloratos (ClO3-) → Solúveis;
Cloretos (Cl-) → Solúveis → Excepções: Prata e mercúrio I (insolúveis), chumbo II e
ouro I (solúveis parcialmente), e cromo III (solúvel parcialmente e de forma lenta);
Cromatos (CrO42-) → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos;
Dicromatos (Cr2O72-) → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos
(solúveis);
Ferricianetos [Fe(CN)6]3- → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos
(solúveis);
Ferrocianetos [Fe(CN)6]4- → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos
(solúveis);
Fluoretos (F-) → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos (solúveis);
Fosfatos (PO43-) → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos (solúveis);
Hidrogenocarbonatos (HCO3-) → Solúveis;
Hidrogenofosfatos (H2PO4- e HPO42-) → Solúveis;
Hidrogenossulfatos (HSO42-) → Solúveis;
Hidróxidos (OH-) → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos (solúveis),
cálcio, bário e estrôncio (solúveis parcialmente);
Iodetos (I-) → Solúveis → Excepções: Prata, chumbo II e cobre I.
Nitratos (NO3-) → Solúveis;
Nitritos (NO2-) → Solúveis;
Oxalatos (C2O42-) → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos;
Óxidos (O2-) → Insolúveis → Excepções: Metais alcalinos (solúveis); cálcio, bário e
estrôncio (solúveis parcialmente);
Percloratos (ClO4-) → Solúveis → Excepções: Potássio e mercúrio I (insolúveis);
9
Permanganatos (MnO4-) → Solúveis;
Silicatos (SiO32-) → Insolúveis → Excepções: Sódio, potássio e bário (solúveis),
cálcio (solúvel parcialmente);
Sulfatos (SO42-) → Solúveis → Excepções: Estrôncio e bário (insolúveis), cálcio,
estrôncio, prata e mercúrio I (solúveis parcialmente); mercúrio II (decompõe-se em
água);
Sulfetos (S2-) → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos (solúveis);
cálcio, bário e estrôncio (solúveis parcialmente);
Sulfitos (SO32-) → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos;
Tiocianatos (SCN-) → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos;
Tiossulfatos (S2O32-) → Insolúveis → Excepções: Amónio e metais alcalinos.
O nome de um sal normal guarda correspondência com o nome do ácido que o origina:
Nome do Sal:
10
Nome do anião do ácido de origem + eto/ato/ito + de + nome do catião da base de origem
Exemplo:
HCl + NaOH → NaCl + H2O
ácido clorídrico hidróxido de sódio cloreto de sódio água
Os prefixos HIPO, PER, ORTO, META E PIRO são mantidos inalterados nos sais,
mudando apenas as terminações de OSO para ITO e de ICO para ATO.
Exemplos:
NaPO3 – metafosfato de sódio, vem do ácido metafosfórico
Ca2P2O7 – pirofosfato de cálcio, vem do ácido pirofosfórico.
Para terminar, os nomes dos catiões seguem as regras mencionadas acima para as
bases e os óxidos, usando os sufixos OSO e ICO ou algarismos romanos para as
valências.
11
Nomeando hidrogenossais e hidroxissais
O nome desses sais é formado pelo acréscimo dos prefixos numéricos gregos mono, di, tri,
tetra, etc., de acordo com o número de hidrogénios ou de hidroxilas da fórmula.
Exemplo:
NaH2PO4 → diidrogenofosfato de sódio
Exemplos:
12
1.5. Reacções características dos sais
Os sais são composto iónicos, sendo, portanto, electrólitos; são formados por uma reacção
entre um ácido e uma base.
Nessa reacção, conhecida por reacção de salificação, ou de neutralização, além do sal forma-
se também água.
ÁCIDO + BASE ⇒ SAL + ÁGUA
Assim, por exemplo, o sal mais conhecido de todos, o cloreto de sódio, usado em cozinha,
pode ser obtido por uma reacção entre ácido clorídrico (HCI) e o hidróxido de sódio (NaOH):
HCI + NaOH ⇒ NaCI + H2O
Em solução aquosa, os sais sempre dão pelo menos um catião diferente do H + ou um anião do
OH–. Assim, o cloreto de sódio, por exemplo, dá o catião Na+ e o anião CI–.
Sal: electrólito iónico formado por uma reacção entre um ácido e uma base.
13
Conclusão
Entendemos que as substâncias mais abundantes na natureza são os sais, quase sempre
resultantes da reacção entre ácidos e bases. Sais são compostos iónicos que possuem, pelo
menos, um catião diferente de H+ e um anião diferente de OH-.
Os sais inorgânicos podem ser classificados de acordo com vários critérios, sendo que um
modo é pelo número de elementos que os constituem. Por exemplo, se o sal é formado por
apenas dois tipos de elementos, então ele é classificado como um sal binário (NaCl, LiCl, KI);
se tiver três elementos, é um sal ternário (KNO 2, Ca3(PO4)2, CuSO4, Al2(SO4)3), e se for
constituído por quatro elementos, será um sal quaternário (NaHCO3, Al(OH)2Cl, Na2HPO4).
Os mais conhecidos são o cloreto de sódio (sal marinho), nitrato de sódio (salitre), sulfato de
cálcio (gesso) e carbonato de cálcio (mármore e calcário).
No entanto, as formas mais importantes de classificação dos sais é de acordo com os iões que
os formam e de acordo com a solubilidade em água.
Foi bom fazer este trabalho uma vez que ajudou-nos a nos manter focados nos estudos
durante o período de interrupção das aulas. Um agradecimento especial ao professor da
disciplina e que nos orientou este trabalho de química. Obrigado!
14
Bibliografia
1. AFONSO, Amadeu e VILANCULOS, Anastácio. Química 12ª Classe. Texto Editoras.
Maputo. s/d.
2. ATKINS, Peter; JONES, Loreta; Princípios de Química: questionando a vida moderna
e o meio ambiente, Porto Alegre: Bookman, 2001.
3. BACAR, Osório João. Química Básica: manual de curso de licenciatura em ensino de
Biologia –UCM. Beira. s/d.
4. FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São Paulo/SP
– 1990.
5. José António P. De Barros. Química 10ª Classe (De acordo com o novo Programa).
Plural Editores.
6. NOVAIS, Vera Lúcia Duarte de. Química, v. 3. São Paulo, Ed. Actual, 1999.
7. MORAIS, Pedro G. e SEBASTIÃO, Leonildo A., Bacias Sedimentares Angolanas,
material didáctico de Petrólogia e Geologia do Petróleo, Universidade Jean Piaget de
Angola, Viana, 2011.
8. SILVA, Rogério. Química orgânica I: teoria e Exercícios Propostos. COC Editora.
São Paulo. 2005.
9. RUSSELL, John B.; Química Geral vol.1, São Paulo: Pearson Education do Brasil,
Makron Books, 1994.
10. SOUZA, Líria Alves de. "Sais"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/quimica/sais.htm>. Acesso em 31 de Julho de 2017.
15