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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CINÉTICA E REATORES QUÍMICOS
Maringá, PR.
22 de Junho de 2020
Introdução
Com base nos conceitos desenvolvidos no estudo do capítulo 3 do livro
“Elementos da engenharia das reações químicas”, será discorrido neste relatório
a resolução de um problema que visa mostrar os perfis de concentração de
espécies química e conversão ao longo de um reator PFR, além de executar a
definição do projeto de um reator batelada.
Diante disso, sabe-se que o comportamento destas variáveis varia
conforme a reação prossegue. Vale destacar que reações proporcionadas por
gases, tendem a ter uma variação de volume significativa, enquanto que para
líquidos (dados como incompressivos) esta variação ao longo da reação é
praticamente insignificativa. Assim, para as tabelas estequiométricas do capítulo
3, têm-se uma relação base para o comportamento concentração em função da
conversão de um componente no meio reacional:
𝐹𝑖 𝛩𝑖 + 𝑣𝑖 𝑋
= 𝐶𝑖 = 𝐶𝑎0 ( )
𝑣 1 + 𝜀𝑋
Ainda que para cada reator existe uma equação de projeto a ser
considerada para obtenção do volume do reator:
Materiais e Métodos
• Descrição do problema:
O problema 3-8 mostra uma reação de decomposição do tetróxido de
nitrogênio para dióxido de nitrogênio
𝑁2 04 ⇔ 2𝑁𝑂2
Para este problema, alimentação de 𝑁2 04 é pura à 340K e 2 atm, Sendo
a constante de equilíbrio à 340K, 0,1 mol/dm3. Neste problema, descrever-se-á
a velocidade de reação com base na equação apresentada no livro, de forma
que as concentrações possam ser traduzidas em termo de conversão de “A”
(𝑁2 04 ), assim possibilitando o acoplamento de −𝑟𝑎 nas equações de projeto de
cada reator a fim de se atingir os objetivos deste relatório.
Desenvolvimento
a) Projete um reator batelada para alcançar X = 0,2. Admita Na0 = 10000
mol e Ka do exemplo anterior (200 s-1).
Para a reação:
𝑁2 04 ⇔ 2𝑁𝑂2
Dada a baixa conversão de “A”, têm-se que as variações de pressão
podem ser descartadas com o prosseguimento da reação, uma vez que o
volume para reator batelada é constante (𝑉 = 𝑉0).
Com base no desenvolvimento do exemplo 3.8 e das equações já
demonstradas para concentração de cada componente da reação, assim como
da velocidade de reação, Kc = 0,1, temperatura de 340K para 2 atm (Gerando
Ca0 = 0,07174 mol/dm3), têm-se que a velocidade de reação para os casos de
reator em batelada:
𝐶𝑏 2 4𝐶𝑎02 𝑋 2
−𝑟𝑎 = 𝑘𝑎 [𝐶𝑎 − ] = 𝑘𝑎 [𝐶𝑎0(1 − 𝑋) − ]
𝐾𝑐 𝐾𝑐
0,2
1
𝑡 = 𝐶𝑎0 ∫ 𝑑𝑥
0 4𝐶𝑎02 𝑋 2
𝑘𝑎 [𝐶𝑎0(1 − 𝑋) − 𝐾𝑐 ]
0,2
𝐶𝑎0 1
𝑡= ∫ 𝑑𝑥
𝑘𝑎. 𝐶𝑎0 0 [− 4𝐶𝑎0 𝑋 2 − 𝑋 + 1]
𝐾𝑐
1 0,2 1 1 0,2
1
𝑡= ∫ 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥
𝑘𝑎 0 [− 4𝐶𝑎0 𝑋 2 − 𝑋 + 1] 200 0 [−2,8696𝑋 2 − 𝑋 + 1]
𝐾𝑐
X 1/-ra
0 0,00697
0,05 0,007455
0,1 0,009136
0,15 0,013618
0,2 0,034352
0,21 0,051379
0,22 0,104243
0,23 -2,06008
0,24 -0,09295
0,25 -0,04714
0.1
0.08
1/-ra
0.06
0.04
0.02
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
X
De forma que:
𝐾𝑐. 𝐹𝑎0 𝑋 (1 + 𝑋)2
𝑉= ∫ 𝑑𝑥
𝑘𝑎. 𝐶𝑎0 0 (𝐾𝑐 + (−𝐾𝑐 − 4𝐶𝑎0)𝑋 2 )
0.2000
0.1500
1/-ra
0.1000
0.0500
0.0000
0.0000 0.0500 0.1000 0.1500 0.2000 0.2500
X
Uma aproximação de 3 em 3 pontos e uma aproximação final de 2
pontos para X = 0,1875 e X=0,2, para o cálculo de volume pela regra de
simpson para um 𝛥𝑋 = 0,0125, traz uma aproximação mais fidedigna tendo um
volume de 19,34 dm3.
Diante disso, é possível calcular diversos volumes por meio dos
inúmeros simpsons calculados, gerando a tabela abaixo de conversões ao
longo do reator:
Tabela 2.0: Conversões ao longo do reator
0.060
0.050
Ci (mol/dm^3)
0.040
0.030 Ca
0.020 Cb
0.010
0.000
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00
V (dm^3)
Conclusão
Diante dos dados obtidos, afere-se que o tempo de “residência” no
reator batelada é muito pequeno e extremamente improvável de se ter controle
para obter a conversão X = 0,2, além do volume enorme de 139 m3. Adiante,
pelas outras informações obtidas, observam-se os perfis obtidos para variação
de conversão ao longo de um reator PFR, os valores aparentam ser plausíveis
e tangíveis à realidade demonstrando que a conversão aumenta até seu limite
próximo à X = 0,21.
Outras considerações são pontuadas como a divergencia da equação
encontrada para 1/-ra, a qual dificulta o cálculo da área sobre a sua curvatura
por um método analítico (por integração). Portanto, prefere-se um método
numérico para a resolução do problema com mais pontos para garantir maior
fidedignidade ao resultado.
Referências bibliográficas
- Fogler, H.S.; Elements of Chemical Reaction Engineering, Pearson
Education Inc, New Jersey - USA, 4th Ed. (2006);