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Universidade Federal do Ceará (UFC) - Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais - Campus
Universitário do Pici, Bloco 714, CEP 60440-554, Fortaleza, CE.
1. INTRODUÇÃO
A B
Figura 2. Eixo como recebido: (A) Região do redutor e (B) Região do tambor.
3. RESULTADOS E CONCLUSÕES,
1 3 1 3
2 4 4
2
A B
FIGURA 3. Região da fratura A (redutor) e B (tambor).
A análise química foi realizada em duas regiões de uma amostra (na solda e no
metal base), com uma média de duas análises, utilizando-se Espectrômetro de Emissão
Ótica. Os resultados obtidos são compatíveis com o aço 1045 (SHIGLEY & MISCHKE,
1989; DE CARVALHO & MORAES, 1982; ATLAS SPECIALTY METALS, 2005), estando de
acordo com a especificação, conforme o apresentado na Tabela 2.
O ensaio de dureza foi realizado na escala Vickers (HV), utilizando-se uma carga
de 1N, obtendo-se como resultado a média de 429HV (415HB) e 345HV (345HB) para o
material base e a região da solda respectivamente.
Valores que estão acima do especificado para o aço 1045, cujo valor é de
215HB (DE CARVALHO & MORAES, 1982), resultado esperado devido à alta
deformação sofrida na microestrutura desta região.
3.5 Análise Numérica
√√
2
K M
3
D=2 , 17 √ ( FS )
3 2
0 , 422
T
(σ ) e
2
+
( f
σ n
v
) (3)
√√
2
T 2 K f M v Adotando-se os valores abaixo e
3 3 2
D=2,17 √( FS ) 0,422
σe ( )(
+
σn )
substituindo-os na Equação 3 pode-se calcular o torque através da Equação 4 e o
momento fletor através da Equação 5.
D = 64,5 mm
= 0,3e ou 0,18rt = 0,3*410 ou 0,18*670 = 123 ou 120,6 = 120,6
MPa (adotou-se o menor valor)
Kt = 3 (carga subitamente aplicada, grande choque)
Km = 3 (carga subitamente aplicada, grande choque)
Kf = 1 (eixo de seção constante)
πD 3
T=
τ ( )
16
(4)
K t
L
(5)
Mv = (17000/2)* 2
Quanto à análise da fratura, observou-se que esta ocorreu por fadiga na região
imediatamente após o mancal do lado acionador, em consequência dos esforços de
flexão alternados que solicitam o eixo, evidenciados pelo desalinhamento estrutural do
eixo e as marcas de desgastes nas regiões de contato com o mancal. Estas informações
levaram às hipóteses abaixo mencionadas.
Sobrecarga oriunda do alinhamento incorreto do eixo, ocasionando
desbalanceamento do conjunto.
Defeitos microestruturais na região de transição solda/metal base, isto é da
zona afetada pelo calor (ZAC).
Seleção inadequada de consumíveis, tendo em vista a probabilidade de
ocorrências de trincas induzidas pelo hidrogênio na ZAC.
Execução do processo de soldagem incorreto, pois se as tensões de
expansão/contração térmica excedem os limites de deformação do metal
de base, acontecem deformações plásticas localizadas no metal,
deformações que causam uma redução permanente nas dimensões dos
componentes e torcem a estrutura.
Quanto à microestrutura, observaram-se algumas imperfeições como oxidações
e microtrincas, sendo que a primeira é de difícil diagnóstico, pois o eixo foi entregue
para análise sem qualquer proteção da superfície fraturada bem como com bastante
tempo depois do ocorrido, estando sujeito assim à oxidação severa, no entanto as
microtrincas formadas podem estar relacionadas com a solidificação (soldagem com
aporte térmico elevado) e/ou induzidas pelo hidrogênio.
A menor dureza apresentada na região da solda em relação ao material base
está relacionada ao efeito do encruamento ser completamente perdido na zona
fundida, devido à fusão e a solidificação, e parcialmente perdido na ZAC, devido à
recristalização e ao crescimento de grão.
Segundo a análise numérica pode-se constatar que o coeficiente de segurança
calculado (FS=2,06), considerando o fator de superfície e de tamanho, comprova que o
dimensionamento esta de acordo quanto à fadiga.
3.7. Conclusão
4. REFERÊNCIAS