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FICHA 1

LEVINE, D. Visões da Tradição Sociológica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, cap.7, A
Tradição Britânica, pp. 116-141.

Genealogia do argumento:Tradição britânica.

Tema: O tema do texto é uma breve análise da tradição britânica, perpassando por diversos
autores que escreveram, por vários séculos, e influenciaram o pensamento sociológico da Grã-
Bretanha.

Trechos: “Passou em seguida a desenvolver a concepção da ação humana como impelida por
desejos ilimitados e movimento perpétuo, em vez de estar inclinada para um estado de
repouso e satisfação. (p. 117)

“Hobbes passou a ver a natureza como uma força inerente que dirige o mundo [...]” (p. 118)

"Para Hobbes, os movimentos primários eram duplos: "um perpétuo e irrequieto desejo de
poder e mais poder" e a evitação da morte violenta, a qual procede de "um certo impulso na
natureza, não menos que aquele pelo qual uma pedra se desloca inevitavelmente de cima para
baixo." (p. 118-119)

“[...]boa sociedade não trata de disposições para realizar as potencialidades superlativas dos
seres humanos, mas, antes, restringe-se aos processos e meios para criar um Estado livre de
guerras.” (p. 121)

“Uma vez que a moralidade está exclusivamente canalizada para uma preocupação com a
sobrevivência e a estabilidade, o critério para a moralidade pessoal passa a ser uma disposição
para submeter-se às leis e costumes da sociedade civil e, portanto, "todas as virtudes estão
contidas na justiça e na caridade.” (p. 121)

“[...] apresentou (Locke) duas noções que orientariam séculos de revisionismo britânico: a de
que o animal humano manifesta disposições socialmente benignas e a de que disposições
humanas egoístas podem ter consequências socialmente benignas.” (p. 123)
“O primeiro conde de Shaftesbury dedicou-se a elaborar dois dos temas humanísticos de
Locke: a importância da liberdade política para o aperfeiçoamento da espécie humana, e uma
concepção da humanidade como dotada de um caráter relativamente benigno". (p. 123)

“Mandeville pressupôs que todas as propensões humanas naturais eram exclusivamente


orientadas para a satisfação de desejos egoístas.” (p. 125)

“Hume levou a tradição utilitarista muito além da formulação de Hutcheson do princípio de


máxima felicidade ao analisar seus fundamentos antropológicos em um sentimentos natural de
aprovação das coisas que são úteis para a sociedade.” (p. 128)

“Para Smith: "O bem torna-se conhecido através 'do que, em determinadas circunstâncias, as
nossas faculdades morais, o nosso sentido natural de mérito e decência, aprovam ou
desaprovam (159).” (p. 129)

“Bentham formula esse pensamento fundamental como o princípio de utilidade: o princípio


que explica os padrões de conduta humana e avalia toda e qualquer ação de acordo com seu
efeito evidente na promoção da felicidade da parte cujo interesse está em questão.” (p. 130)

“Isso também levou à versão de Mill do Postulado de Moralidade Individual Natural: nobreza
de caráter e faculdade bem cultivadas ocorrem através da busca natural de prazer pelo
indivíduo, uma vez que o egoísmo e a indolência mental são causas primordiais de
infelicidade na vida humana.” (p. 133)

“Todo homem pode reclamar a mais completa liberdade para exercer suas faculdades
compatíveis com a posse de idêntica liberdade por todos os outros homens” (p. 134)

Conclusão: O texto contrapõe, primeiramente, nos apresenta ao fato de que o pensamento de


Hobbes - considerado um dos grandes precursores da sociologia mundial e, sobretudo, a
inglesa - se choca com os pensamentos aristotélicos, seja no conceito de natureza, seja na
metodologia que Hobbes utiliza para a sua teoria (através de pensamento e lógica
matemática), de moral. Além disso, traz diversos outros autores, também ingleses,, cada um
com sua teoria acerca do homem na sociedade e o que mais importa e influi em seus
comportamentos, como o comércio, a psicologia humana, os padrões de vida, distribuição de
riqueza, dentre outros, sempre baseando-se, refutando ou revisando os pontos abordados por
Hobbes.

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