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A INSERÇÃO DO LÚDICO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
ORIENTADORA:
RIO DE JANEIRO
i
FEVEREIRO/2003
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
A INSERÇÃO DO LÚDICO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
RIO DE JANEIRO
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FEVEREIRO/2003
Agradeço antes de tudo ao meu Deus Pai que tanto me
ilumina e fortifica minha mente e meu coração.
A minha amada família que me criou, educou com
muito amor e sempre me incentivou a cada vez mais
estudar, crescer ir em busca de uma meta na minha
vida.
Ao meu querido namorado e amigo Anselmo, tão
compreensivo e parceiro durante mues estudos.
A minha ex diretora que muito me ensinou e hoje
atualmente é uma querida amiga e futura sogra, Vera
Lúcia por toda atenção e ajuda dedicadas a mim.
iii
Eu dedico este trabalho aos meus queridos alunos,
inspiração e objetivo desafiador que me
conquistaram a cada dia, renovando a minha fé na
Educação.
A minha família que está muito orgulhosa.
Ao meu namorado que percebe o quanto eu amo
minha profissão.
E também a uma pessoa que trabalhou comigo
durante o ano da preparação do meu trabalho,
minha eterna coordenadora Viviane.
iv
“No jogo existe alguma coisa “em jogo” que
transcende as necessidade imediatas da vida e
confere um sentido à ação”.
(Huinziga, in Miranda)
v
RESUMO
vi
INTRODUÇÃO 01
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CONCLUSÃO 50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 51
FOLHA DE AVALIAÇÃO 53
vii
INTRODUÇÃO
Através do Lúdico a criança pode e deve aprender a lidar com seis sentimentos,
além de tornar inexistente a posição do professor como “sujeito ativo” e o aluno como
“sujeito passivo”.
viii
Apresentamos como objetivos específicos a definição do Lúdico e qual sua
função pedagógica, averiguando que o desenvolvimento e a fundamentação biológica dos
jogos no desenvolvimento e formação da criança.
Temos como hipótese da pesquisa que a Educação Lúdica deve ser vinculada à
aprendizagem não só desde o começo, mas até o final da vida do ser humano.
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CAPÍTULO I
JOGOS: UMA TRADIÇÃO EM QUESTÃO
x
“Porque você pergunta sobre o significado do brincar?
Quando é o que penso e faço cada dia?
Brincar é fazer o que minha natureza deseja.
Trabalhar é fazer o que minhas aptidões conseguem”.
(Caroline Chester, in Friedmann 2001, 1915, 14 anos)
O jogo tem se tornado objeto de estudo sob diversos prismas, dando lugar a
uma gama variada de definições.
Não existe uma teoria completa do jogo nem idéias admitidas universalmente,
mas inúmeras teorias são úteis para o estudo dos aspectos particulares dos jogos.
Kirby in Militão 2000, afirma em seu livro – “150 Jogos de Treinamentos” que
o jogo seria uma forma de treinamento, uma atividade que se estrutura com um objetivo de
aprendizado, conteúdo ou processo diferente da consumação da atividade em si.
xi
O jogo pode diversificar as condições do processo, conforme a leitura das
necessidade do grupo. Todos devem estar envolvidos para o sucesso de um jogo.
A atividade real para aquele que brinca, não que prepara a criança para o
mundo, mas uma brincadeira com regras.
xii
A atividade Lúdica é viva e real, caracterizando-se sempre por transformações,
uma atividade dinâmica, que transforma de um contexto para outro, de um grupo para
outro.
A palavra Lúdico, deriva do latim Ludus, que quer dizer jogo, e foi
paulatinamente sendo aplicada a alusão burlesca, já a língua francesa é neste particular
bastante pobre, que não conhece a expressão. A palavra jeu é também aplicada aos
instrumentos de música, que por sua vez deriva também do latim jocari, que quer dizer
gracejar, coquetear.
xiii
Entende-se que educar ludicamente requer uma combinação integrada entre as
relações funcionais e a expressão de felicidade ao manifestar a integração com os
semelhantes.
Analisando-se a raiz dos jogos desde os primitivos, sabe-se que a dança, a caça,
a pesca, as lutas eram constituídas como jogos de sobrevivência, inerente ao ser humano.
xiv
a função de ensinas à geração jovem valores, conhecimentos e normas de padrões de vida
social, pertinentes à convivência da geração mais velha.
Huizinga que, após estudar a atividade humana specie ludi conclui que o jogo
como um fermento especial no desenvolvimento das diversas formas da cultura antiga.
xv
Para Vera Barros de Oliveira, in Oliveira, 2000, o lúdico tem uma significação
bastante especial para a psicologia do desenvolvimento e para a educação como sendo uma
condição de todo processo neuropsicológico saudável que se fortifica na primeira infância.
xvi
lições que tenham uma remota e abstrata referência a alguma vida possível que haja de
localizar-se no possuir.
Sendo assim, os jogos tornam-se cada vez mais significativos para a construção
de seu intelecto e mediador entre aluno e conteúdo à medida que a criança se desenvolve.
xvii
No final do século XIX: Estudos evolucionistas e desenvolmentistas –
Evolução cultural e social, teve início o estudo à Educação Infantil. Stanley Hall, im
Friedman, 2001, foi o principal expoente e defensor da idéia de quando os estágios do jogo
infantil recapitulavam toda história biocultural do pensamento humano.
xviii
A partir da década de 70 em diante a definição operacional do jogo tem sido
dada ênfase especial ao uso de critérios ambientais observáveis e ou comportamentais.
xix
Portanto, os jogos tradicionais infantis são uma forma especial da cultura
folclórica.
xx
As duas filosofias implícitas da infância e do jogo seguem a mesma linha
conceitual e metodológica: consideram quanto a ordem histórica e social são elementos
constitutivos da infância e do jogo.
xxi
Escuta-se falar muito que os jogos não têm utilidades educativas, não tem
significação dentro das escolas. Estes pressupostos estão visivelmente integrados à prática
de uma pedagogia tradicional que exclui o lúdico de qualquer atividade educativa
podendo-se perceber claramente a falta de esclarecimento, conhecimento e compreensão
de seu sentido.
xxii
A atividade lúdica pode ser considerada sob dois aspectos: auto-expressão e
auto-realização.
xxiii
O jogo está intimamente relacionado à representação simbólica e reflete e
facilita o desenvolvimento dessa representação.
xxiv
A exploração do corpo e do espaço levam a criança a se desenvolver. Piaget
considera a ação psicomotora como a precursora do pensamento representativo e do
desenvolvimento cognitivo, e afirma que a interação da criança em ações motoras, visuais,
táteis e auditivas sobre os objetos do seu meio é essencial para o desenvolvimento integral.
A atividade sensório-motora é especialmente importante para o desenvolvimento de
conceitos espaciais e na habilidade de utilizar termos lingüísticos espaciais.
Nessa linha de pensamento. Piaget constata que a forma mais interessante para
promover a cooperação, fator essencial do progresso intelectual, é o trabalho em grupo.
xxv
Os jogos em grupo, aqueles nos quais as crianças brincam juntas segundo
regras convencionais, regras arbitrárias que são fixadas por convenções e consenso, são
particularmente interessantes.
• A consciência da regra;
• A consciência da razão de ser das leis.
xxvi
Trata-se de um mergulho total e profundo durante o precioso momento lúdico
na verdadeira essência proposta e mesmo se não lá chegar a não ser com auxílio externo.
xxvii
Entretanto, uma educação voltada somente para o trabalho, no sentido restrito
apenas destinado a produção de resultados, criaria-se um ser formal e técnico, destruído,
sem vida própria e dentro de si a satisfação do próprio viver.
“A criança tem uma vida própria: a sua vida. Essa vida, ela tem o direito de
vive-la e vive-la feliz”. (Claparede, in Almeida, 2000)
O trabalho escolar deve ser mais que um jogo e menos que um trabalho, deve
equilibrar-se com o esforço e o prazer, intuição com diversão, vida e educação. Tornando-
se portanto a educação lúdica uma alternativa bem indicada.
Para tal fato, não deve-se sobrepor a responsabilidade nos pais, que
assoberbam-se com suas responsabilidades e preocupações profissionais do dia a dia,
deixando o convívio em família debilitado, impedindo os pais de educarem, de estar com
seus filhos, de educa-los e compartilhar momentos felizes e sadios.
xxviii
Konrad Lorenzs, in Almeida, 2000, afirma que a sociedade parece ter se
cegado para os valores reais na vida familiar e a possibilidade de se refletir sobre os afetos
e sentimentos mais profundos.
Por um lado a televisão tira o tempo do jogo que é um fator negativo, por
outro, ela fornece conteúdo que a criança assimila e que se espelham em seu jogo,
modificando e enriquecendo sua temática.
A criança, o jovem e até o adulto, são bombardeados por um falso jogo que
vem prometer alegrias, descanso, prazer, enfim, tudo que estiver associado à idéia de
consumo, cujo objetivo verdadeiro é a alienação.
xxix
desviando o indivíduo, deseducam e não educam, doutrinando a ditadura do consumismo,
camuflando problemas que o subjugam.
A criança torna-se a grande vítima deste processo, que sem saber distinguir o
que há por de trás das boas intenções, sorri mediante tais inversões de valores.
xxx
Sendo assim, o sentido lúdico deste brinquedo ou objeto é o de satisfazer uma
necessidade imediata da criança, que tão logo será preenchida e levará o indivíduo a ir a
busca de outro objeto que venha satisfazer uma nova necessidade.
Assim, a criança estará tendo como símbolo o seu brinquedo que ela própria
construiu e relacionará o pensamento: ação, tornando possível o uso de sua oralidade,
pensamento e imaginação.
xxxi
De contra partida a tudo isto, existem dados que confirmam o aumento da
violência e comportamento agressivo, em crianças, jovens e adultos que utilizam estas
brincadeiras.
xxxii
CAPÍTULO II
O LÚDICO INTEGRADO NA EDUCAÇÃO
xxxiii
“É preciso organizar o jogo de tal forma que, sem destruir ou sem desvirtuar
seu caráter lúdico, contribua para formas qualidades do trabalhador e do cidadão do
futuro”. (G. Snynders, in Almeida, 2000)
xxxiv
Há um momento cíclico onde uma imaginária curva ondulatória que desce e
sobe, caracterizada inclusive por esquemas lúdicos prepara para vida e mais tarde de forma
gentil e doce desabitua-se da atividade continuada que desenvolveu por longo tempo.
xxxv
Define-se equivocadamente a educação lúdica como uma concepção ingênua
de passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial.
A Educação Lúdica é bem mais do que uma proposta sendo assim , é uma
contribuição, se bem aplicada e compreendida qualificará o ensino e a formação crítica do
educando, quer para garantir mais satisfatoriamente a permanência do aluno na escola
diminuindo a evasão escolar, quer seja para redefinir valores e melhorar o relacionamento
e ajustamento das pessoas na sociedade e o direito de cidadania.
xxxvi
A escola não é um modo de formação entre os outros, ela é concebida no
conjunto como o primeiro, e finalmente, como único. Seus horários ocupam todo o dia das
crianças, seus programas adiantam o conhecimento inteiro em detrimento da experiência,
registro ao ensino profissional, sua disciplina define um saber-ser-criança feito de
passividade, de obediência cega, numa pedagogia de intimidação.
“Os brinquedos são intermediários entre realidade da vida que a criança não
pode abarcar e a sua natural fragilidade”. (Seguin, in Cunha, 1988)
xxxvii
Quer seja em modalidades corporais, agilizando esquemas sensoriomotores ou
em formas mais elaboradas, simbólicas, combinadas em diferentes dosagens à utilização de
regras, simplícitas ou explícitas, o brincar constitui decisivamente para o bem-estar físico,
mental, cognitivo, social, criativo de forma a facilitar a aprendizagem.
xxxviii
Convivendo com a tecnologia que avança sem parar e que trabalha com a
realidade virtual, com o conhecimento por simulação, cedendo espaço à fantasia cheia de
imaginação e criatividade do professor, é importante que se acompanhe e reflita melhor
sobre a importância da brincadeira simbólica na vivência e compreensão da criança do que
é realidade e do que é faz-de-conta.
xxxix
Devemos aproveitar esses momentos utilizando palavras adequadas, escutar as
próprias palavras para verificar se estamos falando claramente e procurar responder por
observações, perguntas ou ações.
Não colocar informações novas em excesso para que a criança possa aprender
o que ouve; adaptar as fases ao nível da compreensão da criança, mas sem infantilizá-las.
xl
A criança deve explorar livremente o brinquedo, mesmo que a exploração não
seja a que se esperava, é preciso que o adulto seja prudente ao intervir não interrompendo a
linha de pensamento da criança, não comprometendo a simbolização que estava fazendo.
xli
Quando a educação pela inteligência for uma realidade, não haverá mais razão
para se conceituar opostamente lazer-trabalho, pois sendo o prazer e a criatividade
preservados, a ludicidade estará igualmente presente.
Devemos desta forma atribuir uma valor suficiente ao lúdico, que consiste em
experimentar com prazer e alegria.
xlii
Piaget, in Miranda, 2001, demonstrou que as atividades lúdicas sensibilizam,
socializam e conscientizam.
Ao dar forma, cria-se, e no jogo por imitar a vida, pode ser uma recriação do
macro em escala micro. Recria-se assim cada um ao seu modo.
xliii
O jogo infantil surge como um meio de encadeamento de dimensões (criativa e
cognitiva), que trabalhando conjuntamente proporcionará um desenvolvimento integrado
das potencialidades das crianças e das habilidades que interagem com o processo
educativo.
xliv
Concordamos com a educadora, que enfatiza a atividade lúdica como uma
contribuição no processo de aprendizagem e não ser, seria apenas um ato sem finalidade
pedagógica, um passatempo.
A teoria das inteligências múltiplas foi concebida por Howard Gardner e uma
equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard.
xlv
A inteligência lingüística envolve sensibilidade aos sons, significados de
palavras e uma especial percepção das diferentes funções da linguagem.
Já a inteligência musical está ligada à percepção formal dos sons e à música como
forma de compreensão do mundo. Quem a possui, vê o som e percebe em nuanças intensas e
direcionais. “No musical nos tornamos, nós mesmos, beleza” (Rudolf Steiner, in Smole)
xlvi
“Ninguém constrói nenhum conhecimento sozinho, sem contato com o próprio
objeto de conhecimento e a possibilidade de discussão com o outro” (Yves Chevallard, in
Smole)
A inteligência intrapessoal pode ser sentida por todos quantos vivem bem
consigo mesmos e mostram forte auto estima, sentem-se envolvidos pela presença de um
educador de si mesmo, administram seus sentimentos, emoções e projetos com o alto astral
de quem percebe suas limitações, não fortalece sentimentos de culpa ou complexo de
inferioridade, não gostam de errar e tiram proveito quando erram e dos momentos de
solidão.
Gardner afirma que sua teoria está baseada em uma visão pluralista da mente,
que reconhece facetas diferentes e separadas da cognição, reconhecendo que as pessoas
têm forças cognitivas diferenciadas e estilos cognitivos contrastantes.
O debate sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas é recente entre nós e, por
estar se iniciando apresenta-se sujeito a críticas e questionamentos.
xlvii
“Então torna-se necessário dizer, de uma vez por
todas, que não há e jamais haverá uma lista única,
irrefutável e universalmente aceita de intelig6encias
humanas. Jamais haverá um rol mestre de três, sete ou
trezentas inteligências que possam ser endossadas por
todos os investigadores”
(Gardner, in Smole)
xlviii
CAPÍTULO III
FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS SOBRE O
INTERESSE LÚDICO INFANTIL
xlix
“A aprendizagem e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde o
primeiro dia de vida da criança”. (Vygotsky, 1991, in Maranhão).
l
determinadas aquisições que são fundamentais naquele estágio, caracterizando-
se o chamado “período critico” para o desenvolvimento daquela função. Os
estágios seguem uma seqüência que é sempre a mesma, sendo porém variável o
ritmo com que cada criança supera um determinado estágio.
As aquisições mais importantes deste período são área motora, onde a criança
passará de uma quase imobilidade para a marcha bípede, com razoável equilíbrio. No
início, seus movimentos são globais e generalizados, envolvendo o corpo todo.
Gradualmente vão se tornando mais específicos, envolvendo apenas uma parte do corpo,
ocorrendo a dissociação de movimentos. O alcance que a possibilidade de movimentação
traz para a criança é grande, pois o mundo se abre para ela e a exploração e manipulação se
ampliam bastante.
li
As impressões sensoriais que inicialmente são vagas e instáveis passam a ter
maior estabilidade a partir dos ritmos, inicialmente biológicos e depois sociais, vividos
pela criança. As impressões passam a ser internalizadas e coordenadas entre si, tendo
importância como fundamentos da ação da criança. Estas primeiras possibilidades de
organização levam a uma aquisição fundamental deste estágio que á a aquisição de
permanência do objeto, ou seja, a noção da existência do objeto independentemente do fato
de estar sendo visto pela criança. No início, a criança, só reage ao objeto quando este
estiver ao alcance de sua visão.
lii
3.3. Estágio Pré-Operacional
liii
Neste estágio de desenvolvimento, a brincadeira assume caráter importante
para aquisição do código de linguagem e para a organização do pensamento. É necessário
fornecer vários estímulos para que a criança possa relacionar os objetos que a cercam com
seus nomes propriamente ditos e criar sua imagens mentais. É preciso que ela conheça, por
exemplo, a bicicleta, que reconheça e relacione o nome atribuído e este objeto, para que
posteriormente ela poder atribuir este nome à figura de uma bicicleta, e ao ouvir a palavra
bicicleta possa formar a imagem mental.
liv
egocentrismo como a criança percebendo o mundo segundo a sua percepção, ou seja, ela
entende o mundo por meio do ponto de vista. Ela não é egoísta.
Nesta fase do desenvolvimento, quando uma criança de quatro anos brinca com
outra de dois anos, ela usa a linguagem mais simplificadamente, procurando se fazer
entender pela outra criança. Mas ela ainda não consegue acreditar que sua mão direita é do
mesmo lado que a da colega; para isso é importante que ela brinque com o espelho e possa
vivenciar essa visão diferente dela mesma, para transferir este esquema para o mundo que
a cerca. Ao mesmo tempo, ainda neste estágio, ela já entendeu que precisava virar para a
outra pessoa o objeto que ela está segurando em suas mãos, para que a pessoa consiga vê-
lo como ela o vê.
É interessante notarmos que nesta fase, as crianças gostam de estar com outras
crianças, mas não conseguem abrir mão das suas coisas e acham que tudo precisa girar em
torno delas. Neste momento, os jogos de regras não funcionam, embora elas precisem e
gostem de cumprir ordens e devem mesmo auxiliar os adultos em pequenas tarefas.
lv
Na fase dos quatro a sete anos, aproximadamente, os jogos assumem um papel
definitivo; passam a ter mais seriedade, ficando muito importantes na vida das crianças.
Elas passam a gostar de participar de brincadeiras com o próprio corpo, movimentando-se.
lvi
CONCLUSÃO
lvii
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica – Jogos e Técnicas, São Paulo, Editora
Loyola, 2000.
CRAIDY, Carmem Maria. O educador de todos os dias – convivendo com crianças de zero
a seis anos, Porto Alegre, Editora Mediação, 2001.
LIBER, Maria da Gloria. Psicologia do Pré-Escolar – Uma visão construtivista, São Paulo,
Editora Ática, 1999.
lviii
MARANHÃO, Diva. Ensinar Brincando – A aprendizagem pode ser uma grande
brincadeira, Rio de Janeiro, Editora WAR.
MILITÃO, Albigenor e Rose. Jogos, dinâmica e vivências grupais – como desenvolver sua
melhor técnica em atividades grupais, Rio de Janeiro, Editora Qualitymark, 2002.
OLIVEIRA, Vera Barros de. O brincar e a criança do nascimento aos seis anos, Petrópolis,
Rio de Janeiro, Editora Vozes, 2000.
REDIN, Euclides. O espaço e o tempo da criança – se der tempo a gente brinca, Porto
Alegre, Editora Maranhão, 2000.
RODRIGUES, Nice Rua e Magalhães, Zelinha Maria. Comunicações entre pais e mestres
(círculo de pais), Rio de Janeiro, Editora José Olímpio, 1973.
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A matemática na educação infantil – a teoria das múltiplas
inteligências na prática escolar, São Paulo: Editora Artes médicas, 1990.
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Título da Monografia
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Coordenação do Curso
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