Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tema importantíssimo da ginecologia, com incidência alta nas provas, apesar de ser um assunto
relativamente curto. Portanto, estude com muita atenção, pois certamente o esforço valerá a pena!
Vamos nessa?
DIU de cobre
O mecanismo contraceptivo ocorre por sua ação irritativa, inflamatória e espermicida, com duração
de 10 anos. Os principais efeitos adversos são a dismenorreia e aumento do fluxo menstrual.
Exatamente por isso, não é o método de escolha para mulheres que sofrem com os sintomas acima.
Além disso, não devem ser usados em mulheres com infecção pélvica ou alterações anatômicas da
cavidade uterina.
Sua principal indicação é o uso em mulheres que não podem - ou não querem - utilizar os métodos
hormonais.
4
Anticoncepção
IMPORTANTE: como você pode notar nos últimos trechos deste material, o DIU de cobre pode
piorar ou precipitar uma dismenorreia, enquanto o DIU hormonal costuma aliviar a dor relacionada
à menstruação. O mesmo contraste ocorre no fluxo menstrual aumentado. Essas diferenças são
CCQ’s fundamentais!
Métodos hormonais
Representam a grande maioria dos métodos contraceptivos de alta eficácia e por isso são MUITO
cobrados em provas de residência, especialmente suas contraindicações. Para entendê-los, é
fundamental diferenciar os métodos hormonais combinados (estrógeno + progestágeno) daqueles
que contém somente progestágeno - mais uma vez as comparações serão o nosso foco!
5
Anticoncepção
Os principais exemplos são as pílulas combinadas (ACO), injetável mensal, adesivos transdérmicos
e anéis vaginais. São sempre compostos por etinilestradiol (estrógeno) mais um progestágeno. Além
dos efeitos atribuídos ao progestágeno (ver item anterior), os anticoncepcionais combinados promovem
a anovulação ao alterar o eixo hipotálamo-hipófise-ovário de produção de GnRH, FSH e LH.
Principais contraindicações dos contraceptivos combinados Comparação com os contraceptivos só com progestágeno
7
Anticoncepção
Cada método contraceptivo possui uma numeração de 1 a 4 para determinar sua segurança em cada
contexto clínico, representando categorias.
A categoria 1 significa que o método é seguro, enquanto a 4 indica uma contraindicação absoluta.
Já a categoria 2 libera o uso com precauções, enquanto a 3 representa uma contraindicação
relativa. Para o seu estudo, sugerimos que você considere os números 3 e 4 como contraindicações
ao método - não devemos marcá-lo como resposta.
OBS: decore as contraindicações específicas dos tipos de contraceptivos, pois isso é o que mais cai
nas provas de residência.
(PSU-MG 2020) Mulher de 44 anos, nulípara, hipertensa bem controlada, com história pregressa
de trombose venosa profunda há 10 anos, deseja iniciar método contraceptivo. A conduta MAIS
ADEQUADA para essa paciente é:
Gabarito: letra C.
Contracepção cirúrgica
A laqueadura e vasectomia são métodos considerados definitivos, apesar de haver chance de reversão.
Sobre o assunto, a grande maioria das questões aborda os pré-requisitos legais da realização dos
procedimentos.
Somente mulheres ou homens com mais de 25 anos OU que possuam pelo menos 2 filhos vivos
podem se candidatar aos procedimentos - exceto em caso de risco de vida ou à saúde da mulher ou
do concepto em possível nova gestação.
Importante ressaltar que não deve-se indicar uma cesárea com o objetivo de realizar a laqueadura
durante o procedimento. Por isso, não devemos fazer a laqueadura durante a cesárea, a menos
que haja uma contraindicação formal ao parto normal (ex: gestante com pelo menos duas cesáreas
prévias). Além disso, deve-se aguardar pelo menos 60 dias entre a manifestação do desejo da
laqueadura e a sua realização.
Contracepção de emergência
Considerados métodos de exceção e sem contraindicações absolutas, devem ser usados o mais
próximo possível do coito e, no máximo, após 5 dias.
As “pílulas do dia seguinte” são as mais utilizadas, sendo mais indicado atualmente o levonorgestrel
(1,5 g em dose única ou duas doses separadas por 12 horas). Outra opção é a combinação de
levonorgestrel e etinilestradiol (método Yuzpe).
Além disso, o DIU também pode ser inserido, até 5 dias após o coito, como método contraceptivo de
emergência. A exceção são os casos de estupro, em que o risco elevado de infecção contraindica o
dispositivo.
Será que isso cai?
(UNICAMP - 2020) Mulher, 20a, comparece à Unidade Básica de Saúde para esclarecer dúvidas com
relação ao uso de anticoncepcional oral combinado (ACO). Refere fazer uso regular de etinilestradiol
0,02 mg e levonorgestrel 0,10 mg há 6 meses, porém esqueceu de iniciar nova cartela há 3 dias.
Refere relação sexual 3 vezes na semana e não deseja engravidar. A CONDUTA É:
(A) Retornar uso do ACO habitual, pois ainda não ocorreu a ovulação (primeira fase do ciclo).
(B) Prescrever etinilestradiol 0,03 mg e levonorgestrel 0,15 mg por dia por 21 dias, pois aumentando
a dosagem do ACO pode-se prevenir a ovulação.
(C) Prescrever os três comprimidos de ACO esquecidos (dose única) para evitar a ovulação.
(D) Prescrever levonorgestrel 15 mg dose única para inibir possível ovulação.
9
Anticoncepção
Gabarito: letra D. A questão foi posteriormente anulada, pois a dose é 1,5 mg e não 15 mg como a
banca erradamente citou.
#JJTop3
10
www.jjmentoria.com.br
equipe@jjmentoria.com.br
jjmentoria