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A Ordem dos Fatos ESCATOLÓGICOS

A ORDEM DOS ACONTECIMENTOS ESCATOLÓGICOS

INTRODUÇÃO: Escatologia é o estudo das ultimas coisas que hão de vir sobre este
mundo. No capítulo 7, verso 2 de sua profecia, Ezequiel fala altissonantemente que o fim
vem não só sobre Israel, mas também sobre os quatro cantos da terra; e no v. 6 ele diz: “
Haverá fim, vem o fim...” Deveras o fim é inevitável. O propósito deste livrinho, além de
instruir o leitor sobre as coisas do fim, é ajudá-lo a ver a ordem dos acontecimentos
escatológicos. Em primeiro lugar vamos falar sobre dos fatos específicos do fim e,
depois, discorremos sobre os fatos escatológicos na sua ordem. É interessante notar que,
ao falar desses fatos escatológicos, lembrando a destruição do mundo antigo com o
dilúvio e o flagelo do fogo e enxofre que veio sobre Sodoma e Gomorra, Jesus disse: “E
NÃO O PERCEBERAM...’’ O mesmo está acontecendo nos dias de hoje diante dos fatos
escatológicos já presentes: POUCOS OS ESTÃO PERCEBENDO!

• Sinais Que Indicam a Proximidade dos Fatos Escatológicos

Começo dizendo que estamos dentro dos dias do fim. Ao falar deles, Paulo diz que
serão difíceis e revela a índole perversa da geração daqueles dias. Não precisamos fazer
qualquer esforço para sabermos que os dias “trabalhosos e difíceis” chegaram. Estamos
dentro deles. Leia o leitor os versos de 1 a 5 de II Timóteo 3. Os tipos de pessoas
enumeradas por Paulo e que estarão presentes nos dias trabalhosos são assim mostrados:
“Egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais,
ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si,
cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres do
que amigos de Deus, tendo FORMA DE PIEDADE, negando-lhe, entretanto, o poder...”
Este é um retrato fiel da geração dos dias atuais em que se incluem os que têm forma, ou
aparência de piedade apenas. Têm aparência de crentes evangélicos; e que, entretanto,
afinados com o mundo, negam a eficácia dessa mesma piedade: Há “crentes” hoje no
samba, no carnaval, cantando “rock” em nada diferente do povo do mundo. E não
somente “show” de rock, há até “namorada evangélica” de PC Farias. A sensualíssima
Grechen é também, “evangélica”, mas continua sendo a lídima representante dos povos
de Sodoma e Gomorra, fazendo o trânsito parar para que o público assista a seus
tentadores rebolados, já que não pode ver nela a beleza de Jesus Cristo! Paulo previu, em
meio à geração adultera e pecadora, os que querem se parecer com crente, mas, pelas suas
vidas mundanas, negam a fé e afirmam que nunca nasceram de novo! O fato é que, pelas
suas vidas não regeneradas, as coisas velhas nunca passaram e nada se fez novo. Paulo
inclui, também, neste espantoso panorama escatológico, os seguintes fenômenos:

1º Doutrina de Demônios. Os demônios estão à solta! Profetizando para estes dias do


fim, Paulo diz que a apostasia resulta da obediência a ensino de espíritos enganadores e
que esse fenômeno ocorreria nos últimos tempos (I Tm. 4:1), acrescentando que tais
doutrinas são ensinos de demônios. Nunca aconteceu entre os evangélicos o que está
acontecendo nos dias de hoje. Em vez de culto “em espírito e verdade”, adoração sincera
em calma devoção, temos hoje, entre os “evangélicos”, a dança que nada tem a ver com
a “dança” de Mirian nem a de Davi; o culto do sopro, que faz cair os que não pertencem a
Deus; o culto do lançamento do paletó, que faz cair os falsos irmãos; o culto dos pulos e
dos rodopios; o dormir no Senhor que, conforme informação fidedigna, consiste num
ajuntamento de homens e mulheres “evangélicos”, dormindo juntos o culto do vomito
para expelir os males, ritual que os índios pacaas-novos abandonaram, quando se
converteram, pois era ritual inspirado pelos demônios, etc.. Das destruidoras heresias do
“Reverendo” Moon até o fenômeno aureo-ondontológico e o ensino da divinização do
homem as doutrinas de demônios são fatos que cobrem o mundo inteiro, praticados em
nome do evangelho de Jesus.

2º O fenômeno do Comichão Nos Ouvidos. Paulo diz: “Haverá tempo em que não
suportarão a sã doutrina...” A doutrina da necessidade do novo nascimento, da separação
do mundo (I Jo. 2:15-17), da pregação do evangelho até os confins da terra, do
estabelecimento do milênio por Jesus Cristo, de uma vida de santificação e de testemunho
cristão inequívoco de sal da terra e de luz do mundo, as multidões “evangélicas” já não
podem suportar, já que, em vez de almejarem o retorno de Jesus Cristo à terra,
empolgam-se em ser maioria no Brasil, no ano 2 mil!

Seria oportuno dizer aos verdadeiros atalaias do evangelho não equivocado que,
quando certas pessoas de suas igrejas se passarem para o meio deles, por não suportarem
a sã doutrina, não se aflijam e nem se assustem, pois está previsto que isso pode
acontecer com os que não pertencem ao meio cristão bíblico fiel (I Jo. 2:18-19). Eles vão
sair à procura de mestres que lhes cocem os ouvidos. São os mestres-cotonetes, peritos na
arte de coçar muito bem os ouvidos que comicham, incapazes de ouvir a são doutrina:

“... Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, e vede para
nós enganos.” (Is. 30:10).

Bem coçados os ouvidos com ilusões e fábulas, o desprezo da sã doutrina é inevitável,


como inevitável é o crescimento dos mestres quesabem coçar, em resposta à ardente
concupiscência das multidões enlouquecidas por emoções e sinais maravilhosos! Recorde
bem o leitor o que Paulo escreve em II Timóteo 4:1-5.

3º As coisas que prefaciarão a vinda do anticristo. Está muito claro, na Bíblia, que o
“homem do pecado”, ou “besta”, ou Anticristo (II Ts. 2:3; Ap. 13:18; I Jo. 2:18), à luz
dos acontecimentos atuais, está para se revelar, pois os sinais, que lhe precedem a vinda,
estão bem presentes, nos dias de hoje. Isto é: o prefácio de seu aparecimento está diante
de nós. Veja com letras maiúsculas:

“A ESSE CUJA VINDA É SEGUNDO A EFICÁCIA DE SATANÁS, COM TODO O


PODER, E SINAIS E PRODÍGIOS DE MENTIRA, E COM TODO O ENGANO DA
INJUSTIÇA PARA OS QUE PERECEM, PORQUE NÃO RECEBERAM O AMOR DA
VERDADE PARA SE SALVAREM.”(II Ts. 2:9-10).

Ouça bem, leitor! — “Sinais e prodígios...” Jesus bem falou desses dias em que
vivemos, dizendo:

“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e
prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” (Mt. 24:24).

O mundo “evangélico”, hoje, está cheio de operadores de sinais e prodígios. Sim, no


meio “evangélico”, pois Jesus diz que eles apareceriam nos dias do fim, fazendo esses
prodígios todos EM SEU NOME! Confira o que Ele diz, em Mateus 7:22:

“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu
nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas
maravilhas?”

Leia o leitor o verso 23 e ouça o que lhes dirá o Senhor Jesus:


“E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que
praticais a iniquidade.” Jesus ordenou que sua igreja pregasse o evangelho do
arrependimento e de mudança de vida até que Ele voltasse. Em virtude da negação deste
evangelho, o mundo chamado evangélico está cheio de pessoas chamadas evangélicas
sem qualquer sinal de arrependimento e transformação de vida!
Esses sinais, que precedem a vinda do Anticristo, tornar-se-ão cada vez mais
espetaculares e as multidões crerão neles. O líder do movimento TERCEIRA ONDA,
John Wimber, entre muitas coisas que ele diz sobre a onda de prodígios que surgirão no
fim da atual dispensação, declara:

“O futuro avivamento colocará na sombra todos os avivamentos anteriores no que


diz respeito ao seu poder e alcance. Será maior do que o avivamento dos tempos
apostólicos no primeiro século. Um profeta profetizou que os estádios esportivos se
encherão de milhares e centenas de milhares de pessoas. Já não haverá qualquer
interesse por esportes profissional ou coisas semelhantes... Curas serão comuns nesta
época — até ressurreição de mortos será comum. O mesmo profeta viu (em visão —
nota do tradutor) como 30 a 40 caixões de defuntos foram levados para os estádios e
foram ressuscitados. Serão vistos evangelistas de cura que erguerão as mãos e delas
fluirão jatos de luz. Quando a luz acertar alguma pessoa doente, ela ficará curada
instantaneamente. Braços amputados, etc., serão restituídos...” (Informações para
Líderes”, s/ data).

Os prodígios de fontes mentirosas (II Ts. 2:9-10) intensificar-se-ão, de tal sorte, que
poderão afetar até os verdadeiros crentes. Esses sinais serão realizados em todas as áreas
religiosas, no espiritismo, no catolicismo, entre os “evangélicos” e religiões outras. São o
prefácio do aparecimento do Anticristo.

4º A substituição do evangelho da redenção no sangue do cordeiro pela pregação


do evangelho social e da prosperidade. As pessoas hoje estão ouvindo um evangelho
que não as conduz ao arrependimento dos pecados e vida no caminho estreito, levando a
cruz nos passos de Jesus. As pessoas estão sendo chamadas a se enriquecerem em vez de
se arrependerem. Estão sendo chamadas a prosperarem em vez de serem chamadas a
crescerem na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. Estão sendo atraídas à glória e à
fama do mundo em vez de serem desafiadas a preferirem o vitupério de Cristo aos
tesouros do Egito (Hb. 11:23-27). O evangelho que prega a redenção no sangue de Cristo
está sendo desprezado tanto quanto o próprio Cordeiro de Deus (Is. 53:3-7). O evangelho
dos mais infelizes está substituindo o evangelho dos que foram comprados pelo sangue
do Cordeiro de Deus. Leia, e medite o leitor no v. 19 de I Coríntios 15. Os que esperam
em Cristo só para esta vida estão vivendo o evangelho dos mais desditosos, já que não
conhecem o evangelho da bem-aventurada esperança (Tito 2:12-13).

5º O silêncio dos púlpitos sobre a segunda vinda de cristo. Tenho visto isto quando
abro o assunto com certos obreiros. Trinta, cinquenta anos atrás, a pregação da parúsia
era uma inspiração constante. Percebo, hoje, contudo, haver um medo de se tocar no
assunto. Percebo que, com maior ou menor resplendor, muitos milhares de pessoas têm o
seu troninho ao qual se aferram fortemente. Do trono da popularidade aos tronos das
lideranças políticas e religiosas deste mundo, todos se apegam avidamente aos seus
tronos. Assim, estão com medo que Jesus Cristo volte, pois não querem descer dos seus
tronos. Têm medo que o anjo emboque a trombeta e proclame:

“... Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele
reinará para todo o sempre.” (Ap. 11:15).

O fato está na parábola das dez minas: “NÃO QUEREMOS QUE ESTE REINE
SOBRE NÓS.” Não apenas o papa tem medo de perder o seu trono, mas também os
reizinhos da terra. Daí o silêncio quase geral dos púlpitos. E aumenta o número daqueles
que estão alardeando a sua descrença na volta do Grande REI Jesus: “Onde está a
promessa da sua vinda?” (II Pe. 3:4).

6º O outro evangelho. É, também, o evangelho do outro Jesus e do outro espírito e


dos que querem transtornar o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo (II Co. 11:4; Gl.
1:7-8). Hoje e de novo estão pervertendo o evangelho de Cristo. É o evangelho da música
estranhaque tornou possível o triunfo dos dançarinos “evangélicos”; “Fora com o
verdadeiro louvor!”, tentando fazer chegar aos ouvidos de Deus as músicas do homem
perdido juntamente com o “rock” do diabo! O evangelho pervertido — o outro evangelho
trouxe ICABODE! Recorde o leitor da tomada da arca de Deus pelos filisteus (I Sm. 4).
Foi tão tremendo o impacto, que o sacerdote Eli caiu morto com um fulminante ataque do
coração. Sua nora, a mulher de Finéias, teve repentinas dores de parto ao ouvir que a
glória do Deus de Israel foi-se embora! E, antes de morrer, deu à luz o filho a quem
chamou de ICABODE, que quer dizer: FOI-SE A GLÓRIA! O outro evangelho, sem a
glória de Deus, tenta obumbrar até mesmo a glória do verdadeiro evangelho, pois lhe
toma o nome e tem testemunho negativo de violência, sensualidade de astros que,
incapazes de resplandecerem como “filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração
corrompida e perversa” (Fp. 2:15), procedem como os próprios filhos das trevas através
de seus “shows” mundanos e de seus meios de comunicação. Em vez de astros
resplandecendo nas trevas, são “ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas
abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das
trevas.” (Jd. 13).

7º Adeus, calvário! adeus, céu! tenho visto, ouvido e constatado que já não são
mais comuns as pregações sobre o que aconteceu no calvário, no chamado mundo
evangélico. Pregam-se curas, sinais, revelações extrabíblicas, maravilhas e pouco, ou
quase nada, se fala sobre a verdadeiramente grande maravilha: O Calvário, onde Jesus
deu a Sua vida por nós — o único sacrifício que Deus aceita para a salvação de todo
aquele que crê. Acabo de constatar que, para se formar um outro hinário, antes de
eliminarem o “Cantor Cristão”, quase todos os hinos, que falam sobre o sangue de Cristo,
foram eliminados! Se os grandes hinos sobre a redenção, que nos vem por Cristo na Cruz,
foram abolidos, não se esperem muitas pregações sobre o Cordeiro de Deus “que tira o
pecado do mundo” (Jo. 1:29). Um dos subprodutos disso é a “Marcha para Jesus” em
que as multidões de “evangélicos” sem rumo digno declaram, com muito poder e
inspiração, que o mundo perdido pertence a Jesus Cristo. Quão chocante é declarar que a
salvação das cidades do mundo depende de uma declaração, cada ano, dos que marcham,
contra a verdade clara das Escrituras de que o mundo jaz no maligno (I Jo. 5:19)! O Céu,
também, se foi dos púlpitos e das igrejas, e as pregações sobre as coisas da terra tomaram
o seu lugar, enchendo o mundo dos “evangélicos” de inimigos da cruz de Cristo. Veja o
leitor Filipenses 3:17-20. O banimento, do seio das igrejas, da visão da gloriosa cidade de
Deus, foi o resultado. Morreu, assim, a “bem-aventurada esperança”, posto que
sepultada a visão da Cidade de Deus!

“E vi um novo céu, e uma nova terra... vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que
de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.”
(Ap. 21:1-2).

“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande


Deus e nosso Salvador Jesus Cristo.” (Tito 2:13).

Sem a redenção efetuada no Calvário perde-se a visão da parúsia e da cidade de Deus.


E sem o sangue os crentes ficam sem a sua maior arma para vencerem em suas lutas e
tentações contra Satanás:

“E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e


não amaram as suas vidas até à morte.” (Ap. 12:11).

O fato é que estamos assistindo à formação da “Grande Babilônia”, a união da


cristandade apóstata com todas as religiões, sob a égide da besta (Ap. 17).
O papa João Paulo II, em seu livro, “Cruzando o Limiar da Esperança”, diz, na página
145:

“Já foram realizadas muitas coisas nesse caminho. O diálogo ecumênico em


diversos níveis está em pleno desenvolvimento e trazendo muitos frutos concretos.
Numerosas comissões teológicas estão trabalhando em harmonia. Qualquer um que
acompanhe de perto estes problemas não pode deixar de perceber um evidente sopro
do Espírito Santo.”

O papa crê ainda que essa união pode estar bem acentuada no ano 2000:

“É preciso que o ano 2000 nos encontre pelo menos mais unidos” (Opus cit. p.
146).

O movimento carismático no catolicismo e no meio pseudo-evangélico é um dos


fortes elos para unir os que se afastaram da simplicidade e pureza devidas a Cristo (II Co.
11:1-4). O povo evangélico, biblicamente conceituado, não é exortado a procurar a
unidade, mas a preservá-la (Ef. 4:3). Lutar em prol da união das trevas com a luz é
frustração garantida.
Deveras os espíritos enganadores estão em ação para o surgimento da Grande
Meretriz, soprando onde podem. O Espírito Santo sopra para fazer que os pecadores
nasçam de novo e saiam das trevas. Ele e sua missão são inconfundíveis.

A Ordem dos Eventos Escatológicos.

1º O princípio das dores. Evidentemente, as coisas que já foram ditas, estão dentro do
“princípio das dores”, período em que nos encontramos hoje. Acrescente-se, ainda a este
quadro atual, o que Jesus disse em Mateus 24:3-12, onde Ele fala das guerras, rumores de
guerras, terremotos em vários lugares e fomes, além dos sinais no sol, na lua e nas
estrelas, já perto de Sua segunda vinda. A angústia e perplexidade entre as nações; o
terror e a expectativa das coisas que sobrevirão a este mundo, estão presentes no feio
quadro do princípio das dores. É tempo, também de grandes escândalos, de multiplicação
de iniquidade, de ódio e traição. Os discípulos de Cristo são marcados também pelo
crescente ódio do mundo por quem nunca serão amados. Jesus diz que eles serão odiados
de todas as nações, e esse ódio tende a aumentar através do período em foco (Mt. 24:8-
10).

2º O arrebatamento. Um estudo das sete dispensações e das sete semanas de Daniel


nos mostra claramente que o arrebatamento dos salvos — a verdadeira igreja de Jesus
Cristo — é o próximo acontecimento. A diferença entre o arrebatamento da igreja e a
segunda vinda de Cristo é que, no primeiro acontecimento, os salvos irão ao encontro de
Jesus nas nuvens. Terá havido, antes de nosso encontro com Cristo, a ressurreição dos
corpos dos crentes que já se encontravam no céu bem como a transformação dos corpos
dos crentes que estavam vivos, todos juntos subiremos ao encontro do Senhor nos ares,
entre nuvens. Na segunda vinda, o Senhor descerá à terra, como veremos. Toda a verdade
se encontra em I Coríntios 15:50-55 e I Tessalonicenses 4:13-18.

3º A grande tribulação. Logo após o arrebatamento da igreja, na última semana de


Daniel, que são os sete anos do período chamado “Grande Tribulação”, o Anticristo
entrará em cena e, como líder inconteste, governará o mundo. Nesse período de sete anos,
haverá um tempo de falsa paz — os primeiros três anos e meio — prevista por Paulo em I
Tessalonicenses 5:3. Os clamores, hoje, em prol da paz, são prenúncios da profecia
aludida. E sobre a “repentina destruição”, basta ler os capítulos 6 a 18 do livro do
Apocalipse.

4º A batalha do armagedom. Pouco antes de terminar a grande tribulação, dar-se-á a


batalha do Armagedom (Ap. 16:13-16), cujo objetivo principal é varrer os judeus da face
da terra. É o ápice do tempo de “angústia para Jacó” (Jr. 30:7; Dn. 12:1; Mt. 24:21).

5º A segunda vinda de cristo. Jesus volta com a igreja que Ele havia arrebatado, logo
após o período da grande tribulação (Mt. 25:31; Zc. 14:5; I Ts. 3:13). Note o leitor que,
na segunda vinda, Ele não fica nas nuvens a nos esperar, mas “estarão os seus pés sobre
o monte das Oliveiras” (Zc. 14:4). Veja uma síntese do que ocorrerá em Sua segunda
vinda, em Zacarias 14 e Mateus 25:
1) Ele fará terminar a batalha do Armagedom (Zc. 12:9; 14:1-3).
2) A conversão dos judeus em Jerusalém (Zc. 12:10-14;Rm. 11:25-26).
3) O Senhor passará a reinar sobre a terra. É o milênio (Zc. 14:9; Is. 11:1-9).
4) O julgamento das nações que estiverem vivas (Mt. 25:41) e a admissão no reino
milenar dos que se converteram durante o período da grande tribulação (Mt. 25:34).

6º O milênio. Descendo Jesus sobre a terra, com Sua igreja, estabelecerá o reino
milenar. Não me preocupo com as teorias humanas sobre o milênio. A ideia amilenista,
negando o milênio bíblico, diz que já estamos no milênio, o que, evidentissimamente não
é verdade. A ideia pós-milenista nos diz que Cristo volta depois que suas igrejas
estabelecerem o milênio. A Bíblia diz, contudo, que Cristo vem estabelecer o milênio e
reinar sobre a terra. As igrejas de Jesus foram comissionadas a evangelizar o mundo, e
não a realizar a tarefa impossível de estabelecer o milênio (Dn. 7:13-14). Reinando com
os crentes, Jesus mostrará como seria o mundo sem o pecado. Ele precisa fazer isto.
Bem no fim do milênio, com a soltura de Satanás, haverá um confronto de curtíssima
duração entre ele e Deus, com a derrota das nações que nasceram e rejeitaram a Cristo
durante os mil anos. Essas nações são os filhos dos crentes que entraram no milênio com
seus corpos naturais. A descrição deste confronto relâmpago e a consequente derrota de
Satanás, estão em Apocalipse 20:7-10.

7º O juízo final. Segue-se, então, o juízo final ou julgamento dos ímpios que estavam
mortos, dando-se, portanto, a segunda ressurreição ou a ressurreição dos perdidos. Após o
julgamento dos perdidos, perante o trono branco de Deus, a morte — e o reino de Satanás
(Hb. 2:14) — e o inferno ou o além dos pecadores condenados, serão lançados no lago de
fogo que é chamado também de segunda morte, ou separação eterna de Deus (Ap. 20:11-
14).

8º O fim do mundo. Diante do trono branco, à hora do julgamento final, “fugiu a


terra e o céu; e não se achou lugar para eles.” Simplesmente desapareceram! É assim
que Pedro descreve o fim do mundo:

“Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com
grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há,
se queimarão... Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os
céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” (II Pe. 3:10, 12).

9º Novos céus e nova terra. Destruindo o universo, Deus fará “novos céus e nova
terra, em que habita a justiça. ” A promessa desse novo universo nos é lembrada por
Pedro:

“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra...” (II
Pe. 3:13).

Essa promessa se encontra em Isaías 65:17 e 66:22:

“Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança
das coisas passadas, nem mais se recordarão.”

“Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da
minha face, diz o SENHOR...”

Neste universo, cuja capital é a cidade santa, a nova Jerusalém, não haverá pecado e,
consequentemente, a maldição será banida. Leia o leitor, Apocalipse 21:1-4, 27. No
capítulo 22, verso 3, a Bíblia diz:

“E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus
e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.”

10º A eternidade. “E assim”, como lembra Paulo em I Tessalonicenses 4:17,


“estaremos sempre com o Senhor”. Ao terminar a descrição deste mundo sem maldição,
João escreve:

“E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol,
porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre” (Ap. 22:5).

Nada mais excitante, glorioso e bendito: Viver com Cristo para sempre! — “PELO
SÉCULOS DOS SÉCULOS”.

Pr. Gérson Rocha, 28/08/1996.

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