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SUMÁRIO PÁGINA
1. Características dos seres vivos 01
2. Sistemática e Taxonomia 05
3. Vírus 11
4. Reino Monera 15
5. Reino Protoctista 22
6. Tipos de Ciclo de Vida 28
6. Questões Resolvidas 31
7. Bibliografia consultada 40
2. Sistemática e Taxonomia
CATEGORIAS TAXONÔMICAS
REINO
FILO
CLASSE
ORDEM
FAMÍLIA
GÊNERO
ESPÉCIE
Um belo macete para decorar a ordem das categorias taxonômicas é
utilizando o acrônimo formado por suas iniciais (em azul): REFICOFAGE.
Lembre-se que quanto mais alta for a categoria, mais indivíduos ela inclui.
Por isso, podemos dizer, por exemplo, que dois indivíduos que pertençam
à mesma ordem, pertencem também à mesma classe, filo e reino. No
entanto, não podemos dizer, por exemplo, que dois indivíduos pertencentes
ao mesmo gênero são da mesma espécie já que podem existir diferentes
espécies dentro de um mesmo gênero.
REGRAS DE NOMENCLATURA
Lineu também estabeleceu as regras para dar nomes aos seres vivos
e às suas categorias taxonômicas. Isso é importante para que todos os
países, independentemente de suas respectivas línguas, possam utilizar os
mesmos termos para identificar os seres vivos.
A primeira regra é o uso do latim como idioma para toda a
nomenclatura biológica. O latim foi escolhido por não sofrer
modificações ao longo do tempo, uma vez que é uma língua morta. Além
disso, sua escolha não privilegia nenhuma língua atual. Portanto, todos
os termos utilizados devem estar em latim ou latinizados.
5 REINOS E 3 DOMÍNIOS
A sistemática é uma área que sofre constantes mudanças devido ao
avanço de tecnologias de análise molecular, novas descobertas de fósseis e
Nº DE TIPO
NOME REPRESENTANTES NUTRIÇÃO
CÉLULAS CELULAR
Autotrófica
Monera Bactérias e árqueas Unicelulares Procarionte ou
heterotrófica
Unicelulares Autotrófica
Protoctista Protozoários e algas ou Eucarionte ou
pluricelulares heterotrófica
Unicelulares
Mofo, cogumelo, Heterotrófica
Fungi ou Eucarionte
levedura por absorção
pluricelulares
Plantae Vegetais Pluricelulares Eucarionte Autotrófica
Heterotrófica
Animalia Animais Pluricelulares Eucarionte
por ingestão
3. Vírus
Existem alguns seres que não estão enquadrados em nenhum dos três
domínios pois, na verdade, eles ainda são motivo de discussão acerca da
sua inclusão como seres vivos ou não. Esses seres são os vírus e eles
possuem características que os aproximam dos organismos e outras que os
afastam.
A primeira dessas características é que os vírus são acelulares, ou
seja, não possuem aquilo que é considerado a unidade fundamental de
todos os seres vivos: a célula. Por isso, eles não possuem metabolismo
próprio, não se alimentam, não respiram e nem se reproduzem sozinhos.
Não podem, portanto, ser considerados procariontes e nem eucariontes,
uma vez que não são formados por células. Por outro lado, eles possuem
material genético, assim como todos os organismos e estão também
sujeitos à ação de mutações e da seleção natural. Os vírus, portanto,
evoluem.
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Biologia para o ENEM
Prof. Daniel Reis Aula 06
Fig. 05: Estrutura viral. À esquerda o vírus da gripe e à direita um bacteriófago (vírus que infecta
bactérias).
4. Reino Monera
METABOLISMO BACTERIANO
As bactérias podem apresentar grande diversidade de mecanismos
metabólicos para a obtenção de nutrientes e para a produção de ATP.
TIPOS DE NUTRIÇÃO
Fotoautotróficas: produzem seus próprios nutrientes orgânicos
através da utilização da energia do sol no processo de fotossíntese. Suas
moléculas de clorofila ficam em regiões especializadas de sua membrana
plasmática, uma vez que, por serem procariontes, não possuem
cloroplastos. As cianobactérias realizam esse processo e possuem
grande importância ecológica por seres responsáveis por grande parte
da produção de oxigênio atmosférico. Além disso, as cianobactérias são
capazes de realizar a fixação do nitrogênio atmosférico, o que lhes
confere grande autonomia metabólica. Isso faz com que elas tenham
grande capacidade de colonizar ambientes inóspitos, onde não exista
nenhum outro ser vivo.
OBTENÇÃO DE ATP
A partir dos nutrientes orgânicos obtidos através de um dos tipos de
nutrição citados acima, as bactérias produzirão suas moléculas de ATP.
Respiração Aeróbica: É o processo de respiração celular mais
comum entre os seres vivos. Utiliza o gás oxigênio atmosférico como
aceptor final de elétrons.
Respiração Anaeróbica: Utiliza compostos diferentes do gás
oxigênio como aceptores finais de elétrons. Além da liberação gás
carbônico, libera também outras substâncias de acordo com o aceptor
final de elétrons utilizado. Por exemplo, algumas bactérias utilizam
sulfatos como aceptores finais de elétrons e liberam gás sulfídrico que
gera odor semelhante ao de ovo podre. Isso pode ser sentido em
locais com alta decomposição anaeróbica de matéria orgânica, como
lixões.
Fermentação: Processo de obtenção de ATP menos eficiente do que
a respiração celular. Pode gerar diversos tipos de produtos sendo que
os mais comuns são o etanol (fermentação alcoólica), o ácido láctico
(fermentação láctica) e o ácido acético (fermentação acética). As
bactérias que realizam esses tipos de fermentação possuem
importância na produção de alimentos, como os lactobacilos utilizados
na produção de derivados do leite como iogurtes, coalhada e queijos.
REPRODUÇÃO BACTERIANA
As bactérias se reproduzem assexuadamente através da divisão
binária. Elas duplicam seu único cromossomo e dividem-se ao meio
gerando indivíduos geneticamente iguais (clones). Esse processo é rápido
e permite que em poucas horas uma bactéria produza grande quantidade
de descendentes.
Como a reprodução assexuada não gera variabilidade genética, isso é
conseguido através das mutações sofridas no DNA bacteriano e também
através da aquisição de fragmentos de material genético que estejam
disponíveis no ambiente (transformação) ou provenientes de outra bactéria.
O processo pelo qual uma bactéria transfere um fragmento de DNA
(plasmídeo) para outro indivíduo é chamado de conjugação bacteriana.
Quando um bacteriófago atua na transferência dos plasmídeos entre
bactérias diferentes, esse processo é chamado de transdução bacteriana.
Fig. 11: Conjugação bacteriana. Uma bactéria transfere um plasmídeo para outra.
ÁRQUEAS
As árqueas foram consideradas por muito tempo bactérias e, de fato,
elas compartilham uma característica marcante que é o fato de serem
procariontes. Além disso, as árqueas também apresentam um cromossomo
circular e podem conter plasmídeos. No entanto, a constituição química de
sua parede celular e também de sua membrana plasmática é diferente
daquela presente em bactérias. Fato marcante que diferencia esses dois
grupos de procariontes é a configuração do RNA ribossomal que aproxima
mais as árqueas dos eucariontes do que das bactérias.
Elas estão presentes em ambientes hostis e, na maioria dos casos, na
ausência de gás oxigênio. Habitam o sistema digestório de mamíferos, o
fundo dos oceanos, fontes hidrotermais e locais de extrema acidez e
salinidade.
Quanto ao metabolismo, as árqueas também podem ser
fotossintetizantes, quimiossintetizantes ou heterotróficas. A maioria realiza
respiração anaeróbica e algumas delas podem liberar gás metano nesse
processo. São as chamadas metanogênicas. Estão presentes, por exemplo,
no intestino de ruminantes e também de ser humanos. O metano é liberado
através das flatulências desses animais e tem um papel no aumento do
efeito estufa. Na verdade, o metano é muito mais poderoso do que o gás
carbônico no sentido de contribuir para o efeito estufa, mas a sua
quantidade é muito menor na atmosfera. A decomposição anaeróbica por
parte de árqueas metanogênicas também é responsável pela liberação
desse gás. Esse gás pode ser utilizado em aterros sanitários como
combustível para geração de energia elétrica nos chamados biodigestores.
5. Reino Protoctista
PROTOZOÁRIOS
Protozoários são todos unicelulares e heterotróficos. São encontrados
em diversos ambientes como água doce, água salgada e também no solo.
Também podem estar associados a outros seres vivos em diversas relações
como mutualismo, comensalismo e parasitismo. Alguns são encontrados em
associação mutualística com cupins, realizando a digestão da celulose para
esses insetos. Os protozoários parasitas causam diversas doenças como a
malária, Doença de Chagas, amebíase, giardíase, toxoplasmose e
leishmaniose. Comentaremos sobre algumas dessas doenças assim como
as causadas por vírus e bactérias em outra aula.
ALGAS
As algas podem ser unicelulares ou pluricelulares e a esmagadora
maioria delas é autotrófica fotossintetizante. Ocupam ambientes marinhos,
de água doce ou locais úmidos como rochas ou troncos. Podem ainda
apresentar-se associadas a outros organismos como as que, junto com
fungos, formam os líquens, em uma associação mutualística.
As algas unicelulares formam, juntamente com as cianobactérias o
fitoplâncton. O fitoplâncton é um dos componentes do plâncton, que é o
conjunto de seres de ambientes aquáticos com pouca capacidade de
locomoção. Eles ficam, portanto, em suspensão na água, e ao sabor do
movimento das correntes. O plâncton é formado pelo fitoplâncton e pelo
CICLO HAPLONTE
O primeiro ciclo é chamado de haplonte pois o indivíduo adulto é
haploide. Ele produz gametas por mitose e o encontro de gametas de
indivíduos diferentes gera o zigoto diploide. O zigoto sofre meiose e gera
esporos haploides que se desenvolvem em novos indivíduos haploides
através de sucessivas mitoses no caso de organismos pluricelulares. Esse é
o ciclo da maioria dos protozoários, de algumas algas e de vários fungos.
Fig. 17: Ciclo haplonte. À direita o ciclo reprodutivo de uma alga haploide. Repare que ela também
realiza reprodução assexuada através da esporulação.
CICLO DIPLONTE
Nesse ciclo o indivíduo adulto é diploide. Ele produz gametas por
meiose, que se juntam na fecundação gerando um zigoto diploide. O zigoto
se desenvolve em um novo indivíduo adulto através de sucessivas mitoses.
Esse é o ciclo dos animais, como por exemplo o ser humano.
7. QUESTÕES COMENTADAS
(E) pela conversão, por oxidação química, do gás carbônico sob condições
aeróbias.
02. (ENEM 2014, Azul, Q49) O potencial brasileiro para transformar lixo
em energia permanece subutilizado — apenas pequena parte dos resíduos
brasileiros é utilizada para gerar energia. Contudo, bons exemplos são os
aterros sanitários, que utilizam a principal fonte de energia ali produzida.
Alguns aterros vendem créditos de carbono com base no Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de Kyoto. Essa fonte de
energia subutilizada, citada no texto, é o
(A) etanol, obtido a partir da decomposição da matéria orgânica por
bactérias.
(B) gás natural, formado pela ação de fungos decompositores da matéria
orgânica.
(C) óleo de xisto, obtido pela decomposição da matéria orgânica pelas
bactérias anaeróbias.
(D) gás metano, obtido pela atividade de bactérias anaeróbias na
decomposição da matéria orgânica.
(E) gás liquefeito de petróleo, obtido pela decomposição de vegetais
presentes nos restos de comida.
07. (ENEM 2009, Azul, Q21) Os seres vivos apresentam diferentes ciclos
de vida, caracterizados pelas fases nas quais gametas são produzidos e
pelos processos reprodutivos que resultam na geração de novos indivíduos.
Considerando-se um modelo simplificado padrão para geração de indivíduos
viáveis, a alternativa que corresponde ao observado em seres humanos é:
14. Impressionados com a notícia do poder arrasador com que o vírus Ebola
vem dizimando certa população na África, alguns alunos de um colégio
sugeriram medidas radicais para combater o vírus desta terrível doença.
Considerando-se que este agente infeccioso apresenta características
14. Vamos analisar cada alternativa: A – está errada pois os vírus não
podem ser cultivados como bactérias uma vez que são parasitas
intracelulares obrigatórios; B – vírus não possuem mitocôndrias; C –
bacteriófagos são vírus que atacam bactérias; E – vírus não possuem
membrana nuclear e nem ao menos uma célula. Alternativa D.
15. A afirmativa 1 está correta pois ela resume o processo de evolução por
seleção de modificações. A afirmativa 2 também está correta pois esses
critérios são fundamentais para o estabelecimento das relações de
parentesco entre os organismos. A afirmativa 3 também está correta, uma
vez que foram esses os 5 reinos propostos por Whittaker. A afirmativa 4
está errada pois os nomes não estão em itálico nem sublinhados e a palavra
“doméstica” está em português. A afirmativa 5 está errada pois classe vem
antes de ordem. Alternativa A.
7. Bibliografia consultada
AMABIS, J.M & MARTHO, G.R. Biologia. São Paulo: Editora Moderna,
2010, Vol.3.