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Aula 06 - Identidade dos Seres Vivos

Biologia p/ ENEM 2016


Professor: Daniel dos Reis Lopes
Biologia para o ENEM
Prof. Daniel Reis Aula 06

AULA 06: Características dos seres vivos;


Sistemática e Taxonomia; Vírus; Reino Monera;
Reino Protoctista; Ciclos de vida.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Características dos seres vivos 01
2. Sistemática e Taxonomia 05
3. Vírus 11
4. Reino Monera 15
5. Reino Protoctista 22
6. Tipos de Ciclo de Vida 28
6. Questões Resolvidas 31
7. Bibliografia consultada 40

1. Características dos seres vivos

Iniciaremos agora o estudo de outro tema da Biologia que é a


Identidade dos Seres Vivos. Para isso, e antes de mais nada, precisamos
saber quais são as características compartilhadas por todos os organismos
(ou quase todos) e que os diferenciam da matéria não viva.
Apesar de termos estudado a Origem da Vida lá na aula 00, não
chegamos a definir o que é um ser vivo. Precisamos, portanto, responder a
essa pergunta: O QUE É VIDA?
Para identificar o que faz com que algo seja um ser vivo, precisamos
elencar as características compartilhadas por todos os organismos.

a) COMPOSIÇÃO QUÍMICA COMPLEXA: Vimos na aula 03 que a


composição química dos seres vivos é diferente daquela da matéria não
viva. Isso acontece pelos tipos e pelas quantidades de determinadas
moléculas. As principais moléculas orgânicas são os carboidratos, os
lipídeos, as proteínas, os ácidos nucleicos e as vitaminas. Os seres vivos
apresentam também grande quantidade de água e sais minerais.

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b) ALTO GRAU DE ORGANIZAÇÃO: A vida parece estar organizada em


vários níveis hierárquicos formando conjuntos cada vez maiores de
estruturas e organismos. Isso se reflete nos chamados níveis de
organização dos seres vivos. Se tomarmos como ponto de partida os
átomos (hoje sabemos que existem partículas menores do que eles)
veremos que eles se juntam para formar moléculas. Estas, por sua vez,
se unem nas diversas organelas que compõem as células. A célula é
considerada a unidade morfofisiológica dos seres vivos. Isso ocorre
pois ela é a menor estrutura que pode, por si só, formar um organismo.
Essa situação acontece nos seres unicelulares, que possuem somente uma
célula e, nesse caso, ela também representa o nível de organismo. Para a
maioria dos seres pluricelulares, ou seja, aqueles que são formados por
mais de uma célula, essas células se organizam formando tecidos. Como
vimos na aula 05, tecidos são conjuntos de células de estrutura e função
semelhantes que se unem para formar diferentes órgãos. O conjunto de
órgãos em um ser vivo forma os sistemas, como por exemplo o nosso
sistema respiratório. E, finalmente, os sistemas compõem os organismos.
É claro que, para seres mais simples, algumas dessas categorias não
estarão presentes. A partir do nível acima de organismos, ou seja,
população, eles serão fruto de estudo da Ecologia, como vimos na aula 01.
A figura 01 representa os níveis de organização citados.

c) METABOLISMO: Tal como vimos nas aulas 03 e 04, o metabolismo


compreende o conjunto de todas as reações químicas que ocorrem nas
células e levam à transformação da matéria. Essas reações se dividem em
dois grupos: anabolismo e catabolismo. As reações anabólicas são
aquelas que envolvem a síntese de matéria orgânica, como é o caso da
fotossíntese. As reações catabólicas envolvem a quebra de matéria, como
é o caso da respiração celular.

d) NUTRIÇÃO: A nutrição compreende as formas pelas quais os


organismos adquirem a matéria orgânica que servirá como combustível
para a obtenção de energia química. Ela pode ser autotrófica, onde os

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seres produzem a própria matéria orgânica através de processos como a


fotossíntese e a quimiossíntese; ou heterotrófica onde os organismos
precisam obter os nutrientes orgânicos já prontos na natureza, através da
alimentação.

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Fig. 01: Níveis de organização dos seres vivos.


e) REPRODUÇÃO COM HEREDITARIEDADE: Os seres vivos crescem e
se reproduzem, gerando descendentes que portam as suas características.
Isso ocorre pois sua reprodução conserva as informações contidas no
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material genético, o que implica na transmissão das características


hereditárias. A reprodução pode ocorrer assexuadamente, quando não há
troca de material genético entre indivíduos diferentes e gerando
descendentes idênticos aos progenitores, ou sexuadamente, quando dois
organismos trocam material genético e dão origem a descendentes
diferentes dos progenitores.

f) IRRITABILIDADE: É a capacidade que os seres vivos possuem de reagir


a estímulos ambientais, seja por movimentos, mudando a sua forma, ou
desencadeando processos bioquímicos. Essa característica fica bem visível
nos animais, uma vez que a maioria tem a capacidade de se mover
ativamente. Mas as plantas também são capazes de alterar a posição de
suas folhas, por exemplo, ou controlar a abertura e fechamento dos
estômatos em resposta a alterações de temperatura e umidade.

g) EVOLUÇÃO: Todos os seres vivos se modificam ao longo das gerações,


devido principalmente ao surgimento de variações no seu material genético
de forma aleatória – as mutações, que sofrem ação da seleção natural,
fazendo com que os indivíduos portadores das melhores mutações
sobrevivam mais e se reproduzam mais do que outros.

Essas características são responsáveis pelo fato de os seres vivos


serem tão peculiares e tão diferentes da matéria não viva. No entanto, e
como sempre, existe um grupo de seres que estão no limiar entre a vida e
a matéria inanimada. Os vírus não possuem a maior parte das
características listadas acima e, por isso, muitos cientistas não os
consideram como seres vivos. Vamos conhece-los melhor mais à frente
nessa aula.

2. Sistemática e Taxonomia

A sistemática é a área da Biologia que estuda a biodiversidade. Para


isso, ela depende da taxonomia para classificar, agrupar e dar nomes aos
seres vivos.

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Desde que o ser humano desenvolveu a curiosidade pelos demais seres


vivos, ele criou sistemas de classificação baseados em diversos critérios.
Por exemplo, podemos classificar os animais em aquáticos, terrestres e
ainda voadores. Isso obviamente geraria grupos com seres muito diversos
e distantes evolutivamente como morcegos e insetos. Outro critério poderia
ser a “utilidade” de um animal para o ser humano (como se isso fizesse
algum sentido). A verdade é que sistemas de classificação baseados em
critérios arbitrários como esses citados acima são sistemas artificiais.
Na história da classificação biológica, há um médico sueco que pode
ser considerado como o pai da taxonomia moderna. Seu nome era Carl von
Linné (Lineu) e, no século XVIII, ele criou um sistema de classificação que
até hoje é utilizado. O critério escolhido por ele para classificar os
organismos era o seu conjunto de características anatômicas. Assim, seres
mais semelhantes eram colocados nos mesmos grupos e seres mais
diferentes eram colocados em grupos diferentes. Surge então um sistema
natural de classificação biológica. Lineu, no entanto, não acreditava que os
organismos se modificavam ao longo do tempo (fixismo), assim como a
maioria dos naturalistas da sua época. Vale lembrar também que quando
Lineu morreu, Lamarck tinha apenas 4 anos e Darwin nem sonhava em
nascer. Lineu era, portanto, fixista (e criacionista obviamente).
Seu sistema de classificação se baseia na espécie como categoria
taxonômica básica. Como vimos na aula 00, a definição biológica de espécie
diz que ela é um conjunto de indivíduos muito semelhantes capazes de
reproduzir e gerar descendentes férteis em ambientes naturais. Esse
conceito tem limitações pois não pode ser usado para seres que realizam
reprodução assexuada e nem para fósseis. No entanto, é o conceito mais
utilizado pois é o de mais fácil entendimento.
Lineu criou também as demais categorias taxonômicas. Partindo da
espécie, vamos subindo nessas categorias e incluindo cada vez mais
organismos. Assim, as espécies se agrupam em gêneros, que se agrupam
em famílias, que se juntam em ordens, reunidas em classes, que se
unem em filos que formam os reinos. Existem ainda categorias

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intermediárias como as subfamílias, as superordens ou as infraclasses, que


são importantes apenas para os taxonomistas.

CATEGORIAS TAXONÔMICAS
REINO
FILO
CLASSE
ORDEM
FAMÍLIA
GÊNERO
ESPÉCIE
Um belo macete para decorar a ordem das categorias taxonômicas é
utilizando o acrônimo formado por suas iniciais (em azul): REFICOFAGE.
Lembre-se que quanto mais alta for a categoria, mais indivíduos ela inclui.
Por isso, podemos dizer, por exemplo, que dois indivíduos que pertençam
à mesma ordem, pertencem também à mesma classe, filo e reino. No
entanto, não podemos dizer, por exemplo, que dois indivíduos pertencentes
ao mesmo gênero são da mesma espécie já que podem existir diferentes
espécies dentro de um mesmo gênero.

REGRAS DE NOMENCLATURA
Lineu também estabeleceu as regras para dar nomes aos seres vivos
e às suas categorias taxonômicas. Isso é importante para que todos os
países, independentemente de suas respectivas línguas, possam utilizar os
mesmos termos para identificar os seres vivos.
 A primeira regra é o uso do latim como idioma para toda a
nomenclatura biológica. O latim foi escolhido por não sofrer
modificações ao longo do tempo, uma vez que é uma língua morta. Além
disso, sua escolha não privilegia nenhuma língua atual. Portanto, todos
os termos utilizados devem estar em latim ou latinizados.

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 Os nomes das categorias de gênero a reino devem sempre ser iniciados


por letra maiúscula. Ex: Carnivora (uma ordem)
 Gêneros e espécies devem ser destacados do texto, seja em itálico ou
sublinhados. Ex: Crotalus (um gênero)
 As espécies são definidas por dois nomes (nomenclatura binomial). O
primeiro termo define o gênero ao qual a espécie pertence (epíteto
genérico) e o segundo termo diferencia as espécies pertencentes ao
mesmo gênero (epíteto específico). O termo específico sempre é iniciado
por letra minúscula. Ex: Canis lupus (lobo)

Vamos a um exemplo da utilização das categorias taxonômicas. Veja


abaixo como fica a classificação do ser humano:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Hominidae
Gênero: Homo
Espécie: Homo sapiens

Existe ainda uma categoria taxonômica chamada subespécie que


representa, na verdade, populações isoladas de uma mesma espécie que
têm o potencial de formar novas espécies no futuro. Subespécies utilizam
a nomenclatura trinomial. Ex: Naja naja ganjetica e Naja naja indusi – 2
subespécies de uma espécie de serpente.

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Fig. 02: Classificação biológica do urso preto americano.

A sistemática moderna (sistemática filogenética) busca estabelecer as


relações evolutivas entre os seres vivos. Isso se reflete também na forma
como os seres vivos serão classificados, uma vez que os grupos
taxonômicos devem ser monofiléticos, conforme vimos na aula 00. No
entanto, nem sempre isso acontece, principalmente devido à falta de
informações e de consenso entre os taxonomistas e sistematas. O produto
da sistemática filogenética é uma árvore filogenética ou cladograma, que
representa as relações evolutivas entre os organismos.

5 REINOS E 3 DOMÍNIOS
A sistemática é uma área que sofre constantes mudanças devido ao
avanço de tecnologias de análise molecular, novas descobertas de fósseis e

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diferentes interpretações por parte dos pesquisadores. Isso é refletido na


forma como os organismos são agrupados taxonomicamente. No fim da
década de 60 do século XX, um cientista chamado Robert Whittaker
estabeleceu a classificação dos seres vivos em 5 reinos: Animalia, Plantae,
Protista, Fungi e Monera. Mesmo com algumas modificações posteriores,
esse sistema ainda é amplamente utilizado para classificar os organismos.
Veja no quadro abaixo as principais características desses reinos.

Nº DE TIPO
NOME REPRESENTANTES NUTRIÇÃO
CÉLULAS CELULAR
Autotrófica
Monera Bactérias e árqueas Unicelulares Procarionte ou
heterotrófica
Unicelulares Autotrófica
Protoctista Protozoários e algas ou Eucarionte ou
pluricelulares heterotrófica
Unicelulares
Mofo, cogumelo, Heterotrófica
Fungi ou Eucarionte
levedura por absorção
pluricelulares
Plantae Vegetais Pluricelulares Eucarionte Autotrófica
Heterotrófica
Animalia Animais Pluricelulares Eucarionte
por ingestão

Mais recentemente, no fim da década de 70, o biólogo Carl Woese


propôs um sistema de classificação baseado não em 5 reinos, mas em 3
domínios. Domínios são categorias taxonômicas situadas acima de reinos.
Os 3 domínios propostos são: Bacteria, Archaea e Eukarya. A diferença
desse sistema reside na separação do reino Monera em 2 domínios, já que
os reinos eucariontes continuam agrupados no domínio Eukarya. Essa
separação é resultado da grande quantidade de diferenças entre bactérias
e árqueas, mesmo todas elas sendo organismos unicelulares procariontes.
Na realidade, as árqueas estão mais próximas evolutivamente dos seres
eucariontes do que das bactérias, conforme o cladograma abaixo.

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Fig. 03: Cladograma representando os 3 domínios de seres vivos.

3. Vírus

Existem alguns seres que não estão enquadrados em nenhum dos três
domínios pois, na verdade, eles ainda são motivo de discussão acerca da
sua inclusão como seres vivos ou não. Esses seres são os vírus e eles
possuem características que os aproximam dos organismos e outras que os
afastam.
A primeira dessas características é que os vírus são acelulares, ou
seja, não possuem aquilo que é considerado a unidade fundamental de
todos os seres vivos: a célula. Por isso, eles não possuem metabolismo
próprio, não se alimentam, não respiram e nem se reproduzem sozinhos.
Não podem, portanto, ser considerados procariontes e nem eucariontes,
uma vez que não são formados por células. Por outro lado, eles possuem
material genético, assim como todos os organismos e estão também
sujeitos à ação de mutações e da seleção natural. Os vírus, portanto,
evoluem.
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Os vírus são agentes infecciosos capazes de gerar doenças em


qualquer forma de vida do nosso planeta. Estão presentes nos mais
variados ambientes, seja no ar ou na água. Sua estrutura básica é composta
por um capsídeo proteico e, no interior do capsídeo, seu material
genético, que pode ser DNA ou RNA, mas nunca os dois juntos. No interior
do capsídeo, os vírus podem carregar ainda diversas enzimas que exercerão
papel importante no ciclo viral dentro do hospedeiro. Os vírus podem ainda,
externamente ao capsídeo, apresentar um envelope de composição
química lipoproteica, semelhante à composição da membrana plasmática.

Fig. 04: Componentes básicos de um vírus.

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Fig. 05: Estrutura viral. À esquerda o vírus da gripe e à direita um bacteriófago (vírus que infecta
bactérias).

Assim, podemos ter vírus de DNA ou RNA e vírus envelopados ou não-


envelopados.
Para que possam produzir cópias de si mesmo, os vírus precisam
infectar uma célula. No entanto, para cada tipo de vírus existem poucos
tipos específicos de células que servirão de hospedeiras para eles. São, por
isso, parasitas intracelulares obrigatórios e específicos. Isso significa
que, fora de uma célula, os vírus são apenas pedaços de material genético
e proteína vagando pelo ambiente. Essa especificidade entre os vírus e as
células que eles infectam acontece principalmente pela presença de
receptores virais na célula, que reconhecem as proteínas ligantes presentes
no vírus.

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Após esse reconhecimento, o vírus pode entrar na célula hospedeira e


iniciar seu ciclo reprodutivo. A forma como o vírus penetra nas células
depende, entre outras coisas, de sua estrutura. Vírus como os bacteriófagos
apenas injetam seu DNA na célula e o capsídeo fica do lado de fora. Já os
vírus envelopados podem entrar na célula pela fusão do envelope com a
membrana plasmática. Existe ainda a possibilidade de um vírus ser
englobado na sua totalidade através da endocitose. Fato é que após a
penetração do vírus (ou apenas do seu material genético), seu RNA ou DNA
seguirão uma série de passos que resultarão na replicação viral.
No caso de vírus de DNA, seu material genético é incorporado ao DNA
celular, o que faz com que a célula passe a transcrever e traduzir as
informações contidas nele. Assim a célula produzirá novas moléculas de
DNA viral e também formará as proteínas do seu capsídeo.
No caso de vírus de RNA, eles podem servir prontamente para a síntese
de proteínas, atuar como molde para a síntese de um RNA mensageiro
complementar ou ainda sofrer um processo adicional e presente somente
nos vírus chamado transcrição reversa. Os vírus que realizam a transcrição
reversa são chamados de retrovírus. Neles, o RNA serve de molde para a
síntese de um DNA, no processo catalisado pela enzima transcriptase
reversa. Um exemplo de vírus que faz isso é o HIV. O DNA viral, após a
transcrição reversa, pode ser incorporado ao material genético da célula
para ser transcrito e traduzido. Nesse processo é comum que ocorram
muitos erros de pareamentos, o que gera grande variabilidade genética nos
retrovírus e dificulta bastante o combate às doenças causadas por eles.
A figura 06 resume o ciclo reprodutivo de um vírus desde a sua chegada
à célula hospedeira até a saída de novos vírus para infectar outras células.
Comentaremos sobre a AIDS e outras doenças virais em outra aula do
nosso curso.

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Fig. 06: Ciclo reprodutivo viral simplificado.

4. Reino Monera

O Reino Monera inclui bactérias e árqueas, que são organismos


unicelulares procariontes. Não possuem, portanto, membrana nuclear
(carioteca) nem quaisquer organelas membranosas em suas células. De
acordo com o sistema de classificação por 3 domínios, bactérias e árqueas
estão, respectivamente, no domínio Bacteria e Archaea. São os seres mais
abundantes do planeta e habitam praticamente qualquer local, inclusive o
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corpo humano. Na verdade, existem mais bactérias vivendo no seu corpo


do que o número de células que o compõem. Elas podem apresentar
nutrição heterotrófica ou autotrófica. Quanto à respiração celular,
podem utilizar o gás oxigênio (respiração aeróbica), ou outras
substâncias (respiração anaeróbica) capazes de oxidar a matéria
orgânica para a produção de energia na forma de ATP. Algumas bactérias
podem ainda realizar a fermentação como processo de obtenção de energia,
como é o caso dos lactobacilos. Os componentes básicos comuns aos
procariontes são:
 Membrana plasmática
 Citoplasma
 Material genético
 Ribossomos
 Parede celular

Fig. 07: Esquema de uma célula procarionte.

Quando falamos em bactérias, pensamos logo em doenças. No


entanto, esses organismos possuem papel ecológico muito importante no
planeta, pois vários deles realizam a reciclagem da matéria orgânica pelo

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processo de decomposição (bactérias saprofágicas). Além disso, existem


várias delas vivendo em mutualismo com outros seres, como as bactérias
fixadoras de nitrogênio que vivem nas raízes das leguminosas e também as
bactérias que fazem a digestão da celulose no sistema digestório de
mamíferos ruminantes. Alguns procariontes são também comensalistas,
como as bactérias que vivem na camada mais externa da nossa pele se
alimentando das células mortas.
Existem, porém, diversas bactérias que vivem parasitando outros
organismos e provocando doenças. Essas doenças, ao contrário das
infecções virais (seres acelulares), podem ser tratadas com antibióticos,
uma vez que esses medicamentos atacam as células bacterianas.
O genoma dos procariontes é, normalmente, composto por um único
cromossomo circular. No entanto, bactérias e árqueas podem apresentar
pequenos fragmentos de DNA chamados plasmídeos que podem conferir
várias características vantajosas aos seus portadores como, por exemplo,
a resistência a antibióticos.

Fig. 08: Diversidade bacteriana

METABOLISMO BACTERIANO
As bactérias podem apresentar grande diversidade de mecanismos
metabólicos para a obtenção de nutrientes e para a produção de ATP.

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No que diz respeito à sua nutrição, elas podem ser autotróficas


(fotoautotróficas e quimioautotróficas) ou heterotróficas. Já em relação à
obtenção de ATP, elas podem fazer respiração aeróbica, anaeróbica ou
fermentação.

TIPOS DE NUTRIÇÃO
 Fotoautotróficas: produzem seus próprios nutrientes orgânicos
através da utilização da energia do sol no processo de fotossíntese. Suas
moléculas de clorofila ficam em regiões especializadas de sua membrana
plasmática, uma vez que, por serem procariontes, não possuem
cloroplastos. As cianobactérias realizam esse processo e possuem
grande importância ecológica por seres responsáveis por grande parte
da produção de oxigênio atmosférico. Além disso, as cianobactérias são
capazes de realizar a fixação do nitrogênio atmosférico, o que lhes
confere grande autonomia metabólica. Isso faz com que elas tenham
grande capacidade de colonizar ambientes inóspitos, onde não exista
nenhum outro ser vivo.

Fig. 09: Colônia de cianobactérias. O heterocisto é responsável pela fixação de nitrogênio


atmosférico.

 Quimioautotróficas: Utilizam a energia liberada na oxidação de


moléculas inorgânicas para produzir seus nutrientes orgânicos. As
bactérias nitrificantes, que fazem parte do ciclo do nitrogênio, realizam
esse processo pois oxidam compostos nitrogenados como amônia e íons
nitrito, obtendo energia que será utilizada na produção de seus
nutrientes orgânicos.
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 Heterotróficas: A grande maioria das bactérias realiza esse processo


para obtenção de nutrientes orgânicos, no qual elas precisam buscá-los
já prontos no ambiente. Fazem parte desse grupo as bactérias
decompositoras (saprofágicas) que se alimentam de outros seres
vivos em decomposição e, por isso, realizam a reciclagem da matéria
orgânica, processo essencial para a manutenção da vida na Terra. As
bactérias parasitas, ou seja, aquelas que se alimentam às custas de
outros organismos provocando doenças, também são incluídas nesse
tipo de nutrição.

OBTENÇÃO DE ATP
A partir dos nutrientes orgânicos obtidos através de um dos tipos de
nutrição citados acima, as bactérias produzirão suas moléculas de ATP.
 Respiração Aeróbica: É o processo de respiração celular mais
comum entre os seres vivos. Utiliza o gás oxigênio atmosférico como
aceptor final de elétrons.
 Respiração Anaeróbica: Utiliza compostos diferentes do gás
oxigênio como aceptores finais de elétrons. Além da liberação gás
carbônico, libera também outras substâncias de acordo com o aceptor
final de elétrons utilizado. Por exemplo, algumas bactérias utilizam
sulfatos como aceptores finais de elétrons e liberam gás sulfídrico que
gera odor semelhante ao de ovo podre. Isso pode ser sentido em
locais com alta decomposição anaeróbica de matéria orgânica, como
lixões.
 Fermentação: Processo de obtenção de ATP menos eficiente do que
a respiração celular. Pode gerar diversos tipos de produtos sendo que
os mais comuns são o etanol (fermentação alcoólica), o ácido láctico
(fermentação láctica) e o ácido acético (fermentação acética). As
bactérias que realizam esses tipos de fermentação possuem
importância na produção de alimentos, como os lactobacilos utilizados
na produção de derivados do leite como iogurtes, coalhada e queijos.

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As bactérias aeróbicas realizam apenas o tipo de respiração celular


correspondente. Já as anaeróbicas podem ser obrigatórias ou
facultativas. As anaeróbicas obrigatórias não sobrevivem na presença de
gás oxigênio. É o caso da bactéria causadora do tétano (Clostridium tetani).
É por isso que ela só consegue se desenvolver em ferimentos profundos,
uma vez que o oxigênio não está presente. É por isso também que
utilizamos água oxigenada para lavar ferimentos. Já as anaeróbicas
facultativas realizam respiração aeróbica em presença de gás oxigênio e,
na sua ausência, fazem fermentação como processo de obtenção de ATP.

REPRODUÇÃO BACTERIANA
As bactérias se reproduzem assexuadamente através da divisão
binária. Elas duplicam seu único cromossomo e dividem-se ao meio
gerando indivíduos geneticamente iguais (clones). Esse processo é rápido
e permite que em poucas horas uma bactéria produza grande quantidade
de descendentes.
Como a reprodução assexuada não gera variabilidade genética, isso é
conseguido através das mutações sofridas no DNA bacteriano e também
através da aquisição de fragmentos de material genético que estejam
disponíveis no ambiente (transformação) ou provenientes de outra bactéria.
O processo pelo qual uma bactéria transfere um fragmento de DNA
(plasmídeo) para outro indivíduo é chamado de conjugação bacteriana.
Quando um bacteriófago atua na transferência dos plasmídeos entre
bactérias diferentes, esse processo é chamado de transdução bacteriana.

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Fig. 10: Divisão binária em bactérias.

Fig. 11: Conjugação bacteriana. Uma bactéria transfere um plasmídeo para outra.

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ÁRQUEAS
As árqueas foram consideradas por muito tempo bactérias e, de fato,
elas compartilham uma característica marcante que é o fato de serem
procariontes. Além disso, as árqueas também apresentam um cromossomo
circular e podem conter plasmídeos. No entanto, a constituição química de
sua parede celular e também de sua membrana plasmática é diferente
daquela presente em bactérias. Fato marcante que diferencia esses dois
grupos de procariontes é a configuração do RNA ribossomal que aproxima
mais as árqueas dos eucariontes do que das bactérias.
Elas estão presentes em ambientes hostis e, na maioria dos casos, na
ausência de gás oxigênio. Habitam o sistema digestório de mamíferos, o
fundo dos oceanos, fontes hidrotermais e locais de extrema acidez e
salinidade.
Quanto ao metabolismo, as árqueas também podem ser
fotossintetizantes, quimiossintetizantes ou heterotróficas. A maioria realiza
respiração anaeróbica e algumas delas podem liberar gás metano nesse
processo. São as chamadas metanogênicas. Estão presentes, por exemplo,
no intestino de ruminantes e também de ser humanos. O metano é liberado
através das flatulências desses animais e tem um papel no aumento do
efeito estufa. Na verdade, o metano é muito mais poderoso do que o gás
carbônico no sentido de contribuir para o efeito estufa, mas a sua
quantidade é muito menor na atmosfera. A decomposição anaeróbica por
parte de árqueas metanogênicas também é responsável pela liberação
desse gás. Esse gás pode ser utilizado em aterros sanitários como
combustível para geração de energia elétrica nos chamados biodigestores.

5. Reino Protoctista

O Reino Protoctista é o primeiro grupo de seres eucariontes que vamos


estudar. Ele inclui os protozoários e as algas, mas, na verdade, ele é um
reino onde os taxonomistas agrupam aqueles seres vivos que não
pertencem a nenhum outro reino. Isso faz com que ele não seja um grupo
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taxonomicamente válido, pois não é monofilético. Atualmente, já existem


propostas de classificação em que o reino Protoctista foi desmembrado em
vários outros reinos. Por enquanto vamos estudar seus representantes
dessa forma.
Por ser o primeiro reino de eucariontes a surgir na história evolutiva, é
interessante que você dê uma relembrada na origem da célula eucarionte e
nos eventos de endossimbiose que levaram ao surgimento das mitocôndrias
e cloroplastos. Isso está lá na aula 03.
Como características gerais do reino, seus representantes podem ser
unicelulares ou pluricelulares, fotoautotróficos ou heterotróficos. Além
disso, podem ser de vida livre ou associados a outros organismos.

PROTOZOÁRIOS
Protozoários são todos unicelulares e heterotróficos. São encontrados
em diversos ambientes como água doce, água salgada e também no solo.
Também podem estar associados a outros seres vivos em diversas relações
como mutualismo, comensalismo e parasitismo. Alguns são encontrados em
associação mutualística com cupins, realizando a digestão da celulose para
esses insetos. Os protozoários parasitas causam diversas doenças como a
malária, Doença de Chagas, amebíase, giardíase, toxoplasmose e
leishmaniose. Comentaremos sobre algumas dessas doenças assim como
as causadas por vírus e bactérias em outra aula.

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Fig. 12: O paramécio é um protozoário muito comum em água doce.

Apresentam diversas estruturas locomotoras como cílios (ex:


paramécio), flagelos (ex: tripanossomo) e pseudópodes (ex: ameba).
Alguns não apresentam estruturas locomotoras, como o plasmódio, que é
o causador da malária.

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Fig. 13: Estruturas locomotoras em prozotoários. A: cílios em paramécio; B: Flagelo em


tripanossomo; C: pseudópodes em ameba.

Sua reprodução é, na maioria dos casos, de forma assexuada por


divisão binária. Em alguns casos dois protozoários podem se unir e formar
um zigoto que sofre meiose e gera novos indivíduos geneticamente
diferentes. Nessa situação, a reprodução é sexuada. Outro tipo de
reprodução sexuada envolve a troca mútua de material genético no
processo conhecido como conjugação. Repare que a conjugação em
protozoários é diferente daquela em bactérias pois os dois indivíduos doam
e recebem material genético.
Uma característica marcante dos protozoários de água doce é a
presença de uma organela chamada vacúolo pulsátil. Como a água doce
constitui um meio hipotônico em relação ao protozoário, a água entra na
célula constantemente por osmose. Se o protozoário não possuísse nenhum
mecanismo para expulsar o excesso de água, ele acabaria inchando até que

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sua membrana plasmática rompesse e ele morresse. No entanto, o vacúolo


pulsátil ou contrátil tem exatamente esse papel de eliminar a água em
excesso para o ambiente. Ele capta essa substância do citoplasma e, ao
ficar cheio, se contrai e joga a água para fora da célula. Protozoários de
água salgada, por outro lado, não apresentam essa estrutura e, caso
fossem colocados em água doce, não sobreviveriam.

Fig. 14: Ação do vacúolo pulsátil.

ALGAS
As algas podem ser unicelulares ou pluricelulares e a esmagadora
maioria delas é autotrófica fotossintetizante. Ocupam ambientes marinhos,
de água doce ou locais úmidos como rochas ou troncos. Podem ainda
apresentar-se associadas a outros organismos como as que, junto com
fungos, formam os líquens, em uma associação mutualística.
As algas unicelulares formam, juntamente com as cianobactérias o
fitoplâncton. O fitoplâncton é um dos componentes do plâncton, que é o
conjunto de seres de ambientes aquáticos com pouca capacidade de
locomoção. Eles ficam, portanto, em suspensão na água, e ao sabor do
movimento das correntes. O plâncton é formado pelo fitoplâncton e pelo

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zooplâncton. No zooplâncton estão incluídos os protozoários, os


microcrustáceos, e outros animais com baixa capacidade de locomoção. O
fitoplâncton tem grande importância ecológica pois esses organismos estão
na base das cadeias alimentares aquáticas (por serem produtores) e
são responsáveis por cerca de 90% da produção de gás oxigênio
atmosférico. Eles são, portanto, o verdadeiro “pulmão do planeta”.

Fig. 15: Colônias de algas unicelulares.

Várias algas são importantes economicamente e algumas são utilizadas


como alimentos, como é o caso do nori, alga vermelha muito utilizada na
culinária japonesa.

Fig. 16: Diversidade de algas pluricelulares.

As algas realizam vários tipos de reprodução, tanto assexuadamente


quanto sexuadamente. As algas unicelulares fazem principalmente
reprodução assexuada por divisão binária, mas também podem agir como
gametas e fundir-se a outro indivíduo gerando um zigoto. Já as algas

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pluricelulares podem reproduzir-se assexuadamente através da


fragmentação, onde um fragmento do talo da alga dá origem a outro
indivíduo, e por esporulação com a produção e liberação de esporos no
ambiente que se desenvolvem em novas algas. Já como reprodução
sexuada, as algas pluricelulares podem realizar um tipo de conjugação e
podem produzir gametas flagelados que se encontram e geram um zigoto.

6. Tipos de Ciclo de Vida

A reprodução sexuada se diferencia da assexuada pela recombinação


do material genético de indivíduos diferentes. Esse processo, que envolve
divisão celular por meiose, gera variabilidade genética tão importante na
evolução dos seres vivos. A reprodução sexuada, na maioria das vezes, pela
produção de células específicas haploides chamadas gametas. O encontro
dos gametas é a fecundação e sempre gera um zigoto diploide. No entanto,
a formação dos gametas e de novos indivíduos apresenta variações de
acordo com os tipos de ciclo de vida que cada espécie apresenta.
Existem três tipos diferentes desses ciclos, que se baseiam na ploidia
do indivíduo adulto. Se você não estiver familiarizado com os termos
haploide e diploide, é interessante revisar a aula 05.

CICLO HAPLONTE
O primeiro ciclo é chamado de haplonte pois o indivíduo adulto é
haploide. Ele produz gametas por mitose e o encontro de gametas de
indivíduos diferentes gera o zigoto diploide. O zigoto sofre meiose e gera
esporos haploides que se desenvolvem em novos indivíduos haploides
através de sucessivas mitoses no caso de organismos pluricelulares. Esse é
o ciclo da maioria dos protozoários, de algumas algas e de vários fungos.

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Fig. 17: Ciclo haplonte. À direita o ciclo reprodutivo de uma alga haploide. Repare que ela também
realiza reprodução assexuada através da esporulação.

CICLO DIPLONTE
Nesse ciclo o indivíduo adulto é diploide. Ele produz gametas por
meiose, que se juntam na fecundação gerando um zigoto diploide. O zigoto
se desenvolve em um novo indivíduo adulto através de sucessivas mitoses.
Esse é o ciclo dos animais, como por exemplo o ser humano.

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Fig. 18: Ciclo diplonte apresentado pelos animais.

CICLO HAPLONTE-DIPLONTE – ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES


Esse ciclo é o mais complexo dos três pois nele existe uma alternância
entre indivíduos haploides e diploides. Por isso o nome haplonte-diplonte.
Nele, o indivíduo haploide, chamado de gametófito, produz gametas por
mitose, que se encontram na fertilização e geram o zigoto diploide. Esse,
por sua vez, se desenvolve, através de sucessivas mitoses, em um indivíduo
diploide, chamado de esporófito. O esporófito produz esporos haploides por
meiose que se desenvolvem em novos indivíduos haploides por meio de
sucessivas mitoses. Esse ciclo ocorre nos vegetais e em algumas algas.

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Fig. 19: Ciclo haplonte-diplonte. À direita um exemplo de alternância de gerações isomórfica em


algas, ou seja, os indivíduos haploides e diploides apresentam a mesma forma.

E com isso vamos finalizando mais uma aula! Na aula 07


falaremos sobre o Reino Fungi e o Reino Vegetal! Até lá e bom
estudo!

7. QUESTÕES COMENTADAS

01. (ENEM 2011, Azul, Q79) Moradores sobreviventes da tragédia que


destruiu aproximadamente 60 casas no Morro do Bumba, na Zona Norte de
Niterói (RJ), ainda defendem a hipótese de o deslizamento ter sido causado
por uma explosão provocada por gás metano, visto que esse local foi um
lixão entre os anos 1960 e 1980. Jornal Web. Disponível em: http://www.ojornalweb.com.
Acesso em: 12 abr. 2010 (adaptado).
O gás mencionado no texto é produzido
(A) como subproduto da respiração aeróbia bacteriana.
(B) pela degradação anaeróbia de matéria orgânica por bactérias.
(C) como produto da fotossíntese de organismos pluricelulares autotróficos.
(D) pela transformação química do gás carbônico em condições anaeróbias.

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(E) pela conversão, por oxidação química, do gás carbônico sob condições
aeróbias.

02. (ENEM 2014, Azul, Q49) O potencial brasileiro para transformar lixo
em energia permanece subutilizado — apenas pequena parte dos resíduos
brasileiros é utilizada para gerar energia. Contudo, bons exemplos são os
aterros sanitários, que utilizam a principal fonte de energia ali produzida.
Alguns aterros vendem créditos de carbono com base no Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de Kyoto. Essa fonte de
energia subutilizada, citada no texto, é o
(A) etanol, obtido a partir da decomposição da matéria orgânica por
bactérias.
(B) gás natural, formado pela ação de fungos decompositores da matéria
orgânica.
(C) óleo de xisto, obtido pela decomposição da matéria orgânica pelas
bactérias anaeróbias.
(D) gás metano, obtido pela atividade de bactérias anaeróbias na
decomposição da matéria orgânica.
(E) gás liquefeito de petróleo, obtido pela decomposição de vegetais
presentes nos restos de comida.

03. (ENEM 2008, Amarela, Q29) A biodigestão anaeróbica, que se


processa na ausência de ar, permite a obtenção de energia e materiais que
podem ser utilizados não só como fertilizante e combustível de veículos,
mas também para acionar motores elétricos e aquecer recintos.

O material produzido pelo processo esquematizado acima e utilizado para


geração de energia é o
(A) biodiesel, obtido a partir da decomposição de matéria orgânica e(ou)
por fermentação na presença de oxigênio.
(B) metano (CH4), biocombustível utilizado em diferentes máquinas.
(C) etanol, que, além de ser empregado na geração de energia elétrica, é
utilizado como fertilizante.
(D) hidrogênio, combustível economicamente mais viável, produzido sem
necessidade de oxigênio.
(E) metanol, que, além das aplicações mostradas no esquema, é matéria-
prima na indústria de bebidas.
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04. (ENEM 1999, Amarela, Q59) A deterioração de um alimento é


resultado de transformações químicas que decorrem, na maioria dos casos,
da interação do alimento com microrganismos ou, ainda, da interação com
o oxigênio do ar, como é o caso da rancificação de gorduras. Para conservar
por mais tempo um alimento deve-se, portanto, procurar impedir ou
retardar ao máximo a ocorrência dessas transformações. Os processos
comumente utilizados para conservar alimentos levam em conta os
seguintes fatores:
I. microrganismos dependem da água líquida para sua sobrevivência. II.
microrganismos necessitam de temperaturas adequadas para crescerem e
se multiplicarem. A multiplicação de microrganismos, em geral, é mais
rápida entre 25ºC e 45ºC, aproximadamente.
III. transformações químicas têm maior rapidez quanto maior for a
temperatura e a superfície de contato das substâncias que interagem.
IV. há substâncias que acrescentadas ao alimento dificultam a
sobrevivência ou a multiplicação de microrganismos.
V. no ar há microrganismos que encontrando alimento, água líquida e
temperaturas adequadas crescem e se multiplicam.
Em uma embalagem de leite “longa-vida”, lê-se: “Após aberto é preciso
guardá-lo em geladeira”
Caso uma pessoa não siga tal instrução, principalmente no verão tropical,
o leite se deteriorará rapidamente, devido a razões relacionadas com
(A) o fator I, apenas.
(B) o fator II, apenas.
(C) os fatores II ,III e V , apenas.
(D) os fatores I,II e III, apenas.
(E) os fatores I, II ,III , IV e V.

05. (ENEM 2010, Amarela, Q49) A cárie dental resulta da atividade de


bactérias que degradam os açúcares e os transformam em ácidos que
corroem a porção mineralizada dos dentes. O flúor, juntamente com o cálcio
e um açúcar chamado xilitol, agem inibindo esse processo. Quando não se
escovam os dentes corretamente e neles acumulam-se restos de alimentos,
as bactérias que vivem na boca aderem aos dentes, formando a placa
bacteriana ou biofilme. Na placa, elas transformam o açúcar dos restos de
alimentos em ácidos, que corroem o esmalte do dente formando uma
cavidade, que é a cárie. Vale lembrar que a placa bacteriana se forma
mesmo na ausência de ingestão de carboidratos fermentáveis, pois as
bactérias possuem polissacarídeos intracelulares de reserva.
Disponível em: http://www.diariodasaude.com.br. Acessoem: 11 ago 2010 (adaptado).

cárie 1. destruição de um osso por corrosão progressiva.


* cárie dentária: efeito da destruição da estrutura dentária por bactérias.
HOUAISS, Antônio. Dicionário eletrônico. Versão 1.0. Editora Objetiva, 2001 (adaptado).

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A partir da leitura do texto, que discute as causas do aparecimento de


cáries, e da sua relação com as informações do dicionário, conclui-se que a
cárie dental resulta, principalmente, de
(A) falta de flúor e de cálcio na alimentação diária da população brasileira.
(B) consumo exagerado do xilitol, um açúcar, na dieta alimentar diária do
indivíduo.
(C) redução na proliferação bacteriana quando a saliva é desbalanceada
pela má alimentação.
(D) uso exagerado do flúor, um agente que em alta quantidade torna-se
tóxico à formação dos dentes.
(E) consumo excessivo de açúcares na alimentação e má higienização bucal,
que contribuem para a proliferação de bactérias.

06. (ENEM 2010, Azul, Q71) O uso prolongado de lentes de contato,


sobretudo durante a noite, aliado a condições precárias de higiene
representam fatores de risco para o aparecimento de uma infecção
denominada ceratite microbiana, que causa ulceração inflamatória da
córnea. Para interromper o processo da doença, é necessário tratamento
antibiótico. De modo geral, os fatores de risco provocam a diminuição da
oxigenação corneana e determinam mudanças no seu metabolismo, de um
estado aeróbico para anaeróbico. Como decorrência, observa-se a
diminuição no número e na velocidade de mitoses do epitélio, o que
predispõe ao aparecimento de defeitos epiteliais e à invasão bacteriana.
CRESTA, F. Lente de contato e infecção ocular. Revista Sinopse de Oftalmologia. São Paulo: Moreira
Jr.,v.04, n.04, 2002 (adaptado).

A instalação das bactérias e o avanço do processo infeccioso na córnea


estão relacionados a algumas características gerais desses microrganismos,
tais como:
(A) A grande capacidade de adaptação, considerando as constantes
mudanças no ambiente em que se reproduzem e o processo aeróbico como
a melhor opção desses microrganismos para a obtenção de energia.
(B) A grande capacidade de sofrer mutações, aumentando a probabilidade
do aparecimento de formas resistentes e o processo anaeróbico da
fermentação como a principal via de obtenção de energia.
(C) A diversidade morfológica entre as bactérias, aumentando a variedade
de tipos de agentes infecciosos e a nutrição heterotrófica, como forma de
esses microrganismos obterem matéria-prima e energia.
(D) O alto poder de reprodução, aumentando a variabilidade genética dos
milhares de indivíduos e a nutrição heterotrófica, como única forma de
obtenção de matéria-prima e energia desses microrganismos.
(E) O alto poder de reprodução, originando milhares de descendentes
geneticamente idênticos entre si e a diversidade metabólica, considerando
processos aeróbicos e anaeróbicos para a obtenção de energia.

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07. (ENEM 2009, Azul, Q21) Os seres vivos apresentam diferentes ciclos
de vida, caracterizados pelas fases nas quais gametas são produzidos e
pelos processos reprodutivos que resultam na geração de novos indivíduos.
Considerando-se um modelo simplificado padrão para geração de indivíduos
viáveis, a alternativa que corresponde ao observado em seres humanos é:

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08. (ENEM 2007, Amarela, Q33)

São características do tipo de reprodução representado na tirinha:


a) simplicidade, permuta de material gênico e variabilidade genética.
b) rapidez, simplicidade e semelhança genética.
c) variabilidade genética, mutação e evolução lenta.
d) gametogênese, troca de material gênico e complexidade.
e) clonagem, gemulação e partenogênese.

09. (Unifor-CE) Considere três diferentes processos de obtenção de


nutrientes:
I. Absorção de matéria orgânica existente no meio.
II. Síntese de matéria orgânica com utilização da energia liberada em
reações inorgânicas.
III. Síntese de matéria orgânica com utilização da energia luminosa.

As bactérias são capazes de realizar:


a) Somente I
b) Somente II
c) Somente III
d) Somente I e II
e) I, II e III

10. (UFMG) Em que alternativa as duas características são comuns a todos


os indivíduos do reino Monera?
a) Ausência de núcleo e presença de clorofila
b) Ausência de carioteca e capacidade de síntese proteica
c) Incapacidade de síntese proteica e parasitas exclusivos
d) Presença de um só tipo de ácido nucleico e ausência de clorofila
e) Ausência de membrana plasmática e presença de DNA e RNA

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11. (FEI-SP) As células bacterianas podem conter, além de seu


cromossomo, pequenas moléculas de DNA que, geralmente, têm genes que
conferem às bactérias resistência a antibióticos. Essas moléculas de DNA
são chamadas de:
a) Plasmídeos.
b) Fago recombinante.
c) Enzima de restrição.
d) Clone.
e) Transgênicos.

12. (Unifesp-SP) Em uma área de transição entre a mata atlântica e o


cerrado, são encontrados o pau-d’arco (Tabebuia serratifolia), a caixeta
(Tabebuia cassinoides) e alguns ipês (Tabebuia aurea, Tabebuia alba,
Cybistax antisyphillitica). O cipó-de-são-joão (Pyrostegia venusta) é
também frequente naquela região.
Considerando os critérios da classificação biológica, no texto são citados

a) 3 gêneros e 3 espécies d) 4 gêneros e 4 espécies


b) 3 gêneros e 4 espécies e) 4 gêneros e 6 espécies
c) 3 gêneros e 6 espécies

13. Analise o seguinte esquema como representativo das principais


categorias sistemáticas partindo de reino, e identifique a alternativa
correta. Para efeito de simplificação, cada categoria só está representada
por um subconjunto.

a) As categorias representadas são: A, filo; B, ordem; C, família; D,


classe; E, Gênero; F, espécie.
b) A figura B representa um filo.
c) A família está representada pela figura C.
d) A figura C representa uma classe.
e) A figura E representa um gênero.

14. Impressionados com a notícia do poder arrasador com que o vírus Ebola
vem dizimando certa população na África, alguns alunos de um colégio
sugeriram medidas radicais para combater o vírus desta terrível doença.
Considerando-se que este agente infeccioso apresenta características

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típicas dos demais vírus, assinale a alternativa que contenha a sugestão


mais razoável:

a) cultivar o vírus "in vitro", semelhante à cultura de bactérias, para tentar


descobrir uma vacina.
b) alterar o mecanismo enzimático mitocondrial para impedir o seu processo
respiratório.
c) injetar nas pessoas contaminadas uma dose maciça de bacteriófagos
para fagocitar o vírus.
d) impedir, de alguma maneira, a replicação da molécula de ácido nucléico
do vírus.
e) descobrir urgentemente um potente antibiótico que possa destruir a sua
membrana nuclear.

15. Para estudar e compreender a variedade de organismos, em todos os


ambientes, tornou-se necessário classificá-los e agrupá-los de acordo com
suas características semelhantes. Sobre este assunto, analise as
alternativas abaixo:
1) A teoria evolucionista estabelece que as diversas espécies de organismos
existentes na Terra evoluíram a partir de ancestrais comuns, por
modificação.
2) A estrutura e anatomia dos seres vivos, a composição química das
proteínas e dos seus genes são critérios utilizados na sua classificação.
3) Whittaker propôs a classificação dos seres vivos em 5 reinos: Monera,
Protista, Fungo, Vegetal e Animal.
4) 'Musca doméstica' é a grafia correta do nome científico de uma espécie
de mosca.
5) A hierarquia taxonômica é, na seqüência: reino, filo, ordem, classe,
família, gênero e espécie.

Estão corretas apenas:


a) 1, 2 e 3 d) 2, 3 e 5
b) 1, 2, 3 e 5 e) 2, 4 e 5
c) 1, 2 e 4

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES


01. Essa questão pode gerar certa controvérsia, uma vez que, de acordo
com o sistema mais atual de classificação biológica, árqueas e bactérias
fazem parte de domínios distintos. Somente árqueas são capazes de
produzir gás metano através da respiração anaeróbica. Acontece que as
árqueas já foram chamadas de arqueobactérias e eram classificadas junto
com esse outro grupo de procariontes. Alternativa B

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02. A liberação de gás metano, na respiração anaeróbica de árqueas (antes


chamadas arqueobactérias) constitui uma fonte de energia sustentável,
sendo esse gás um biocombustível. Alternativa D.

03. O gás metano é liberado na respiração anaeróbica de árqueas


(anteriormente chamadas arqueobactérias) e pode ser usado como
biocombustível. Alternativa B.

04. Essa é uma questão que basta interpretar as informações fornecidas


para resolvê-la. Ela quer saber por que o leite se deteriora mais
rapidamente se deixado em temperaturas quentes. A afirmativa I não se
enquadra pois o leite não fica congelado na geladeira, então a água líquida
não é um fator preponderante; a afirmativa II está correta pois menciona
o intervalo de temperaturas onde os microrganismos vão se desenvolver
melhor; a afirmativa III também relaciona as transformações químicas com
a temperatura; a afirmativa IV não se enquadra pois estamos falando de
temperatura e não de substâncias adicionadas ao leite; a afirmativa V está
correta pois os microrganismos presentes no ar é que vão se desenvolver
no leite aberto. Alternativa C.

05. Alimentos ricos em açúcar são facilmente digeridos pelas bactérias e


são convertido em ácidos que corroem os dentes provocando as cáries.
Além disso, se não escovarmos corretamente e com frequência os dentes,
possibilitamos o acúmulo dessas bactérias. Alternativa E.

06. A principal característica relacionada à reprodução das bactérias é que


através da reprodução assexuada, elas conseguem rapidamente originar
grande quantidade de descendentes iguais às células progenitoras. Além
disso, as bactérias realizam diversos processos para a obtenção de ATP,
sendo que algumas conseguem alternar entre respiração aeróbica e
anaeróbica. Alternativa E.

07. Os seres humanos, assim como todos os animais, apresentam ciclo


reprodutivo diplonte. Isso significa que os indivíduos adultos são diploides,
produzem gametas por meiose, que se juntam na fecundação formando o
zigoto, que sofre mitoses e gera um novo indivíduo. O gráfico que
representa esse processo é o C. O gráfico A representa o ciclo haplonte-
diplonte e todos os outros apresentam algum erro em sua configuração.
Alternativa C.

08. Bactérias realizam reprodução assexuada que é caracterizada pela


rapidez, simplicidade e semelhança genética, formando clones. Alternativa
B.

09. As bactérias possuem a maior diversidade de tipos de metabolismo


entre os seres vivos. Elas podem ser heterotróficas (afirmativa I),

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quimioautotróficas (afirmativa II) e fotoautotróficas (afirmativa III).


Alternativa E.

10. Todos os integrantes do reino Monera são procariontes (ausência de


carioteca) e possuem ribossomos (síntese proteica). Somente alguns
possuem clorofila e são parasitas. Alternativa B.

11. Bactérias e árqueas podem apresentar, além de seu cromossomo único


e circular, outros fragmentos de DNA que podem lhes fornecer vantagens
evolutivas. Esses fragmentos são chamados de plasmídeos. Alternativa A.

12. Gêneros: Tabebuia, Cybistax e Pyrostegia = 3


Espécies: Tabebuia serratifolia, Tabebuia cassinoides, Tabebuia aurea,
Tabebuia alba, Cybistax antisyphillitica e Pyrostegia venusta = 6
Alternativa C.

13. Seguindo a ordem das categorias taxonômicas e partindo do reino


temos: A – filo, B – classe, C – ordem, D – família, E – gênero, F – espécie.
Alternativa E.

14. Vamos analisar cada alternativa: A – está errada pois os vírus não
podem ser cultivados como bactérias uma vez que são parasitas
intracelulares obrigatórios; B – vírus não possuem mitocôndrias; C –
bacteriófagos são vírus que atacam bactérias; E – vírus não possuem
membrana nuclear e nem ao menos uma célula. Alternativa D.

15. A afirmativa 1 está correta pois ela resume o processo de evolução por
seleção de modificações. A afirmativa 2 também está correta pois esses
critérios são fundamentais para o estabelecimento das relações de
parentesco entre os organismos. A afirmativa 3 também está correta, uma
vez que foram esses os 5 reinos propostos por Whittaker. A afirmativa 4
está errada pois os nomes não estão em itálico nem sublinhados e a palavra
“doméstica” está em português. A afirmativa 5 está errada pois classe vem
antes de ordem. Alternativa A.

7. Bibliografia consultada

 AMABIS, J.M & MARTHO, G.R. Biologia. São Paulo: Editora Moderna,
2010, Vol.3.

 CAMPBELL, NEIL. Biologia, Porto Alegre: Artmed Editora, 2010.

 LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje. São Paulo:


Editora Ática, 2014, Vol. 3.

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 PURVES, W. K.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H. HELLER, H.C. Vida - A


ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002, Vol. 2.

 STARR; EVERS; STARR. Biology Concepts and Applications


Without Physiology. Stamford. Cengage Learning, 2013.

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