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Krummel - escolha da Libéria - semi-colônia sobretudo dos anos 60-70 dos EUA.
Não era um colonialismo europeu, portanto entra no imaginário das lideranças de forma
geral, como terra promissora (viver independente). modo de a África governar-se a si
mesma. Mito que antecede a História, porém, mas que serve como projeto futuro.
Tradição tem mais de uma acepção - não é apenas a tradição europeia, imutável, de
tempos distantes -, mas a que será trabalhada é a concepção de uma tradição que vai se
modificando (Seng…, Fanon, Memi…), tradição histórica que vai se modificando, mas que
apresenta uma raiz que a torna igual a si própria.
Chimamanda -
https://www.ted.com/talks/chimamanda_ngozi_adichie_the_danger_of_a_single_story/up-
next?language=pt
Africano como inferior? Boa parte da ideia está presente no colonialismo, mas vai se
sofisticando; como resgatar a dignidade? Como produzir a história.
Historicizar - ter a teoria, mas para ter noção mais efetiva se vai à empiria (questionar
o conceito) - o que possibilita a reformulação do conceito.
meet.google.com/eyw-uhws-nuv
Movimento reuniu vinte comunidades étnicas (magi magi), porém independentes (umas
espécie de união, mas unidades enquanto específicas). Coloca um problema à
antropologia: como vai ser enfrentado esse novo problema colocado pela História? Ver se é
um instrumental importante.
Reunião de vários projetos de futuro numa mesma temática: tanto histórica, teórica,
metodológica, epistemológica.
Resistências transnacionais
Aula 1 - 23/9
Tema - Olhares africanos sobre a idéia de África (duas aulas)
- HOUNTONDJI, Paulin J. “Conhecimento de África, conhecimento de Africanos:
Duas perspectivas sobre os Estudos Africanos”. In Revista Crítica de Ciências
Sociais. Tradução de Inês Martins Ferreira. Centro de Estudos Sociais.
Laboratório Associado da Universidade de Coimbra, Março 2008, p149-160.
(https://rccs.revues.org/699)
- MUDIMBE, V.Y. “Introdução” e “Discurso de Poder e o Conhecimento da
Alteridade”. In MUDIMBE, V.Y. A invenção da África – Gnose, Filosofia e a
Ordem do Conhecimento. Trad. Ana Medeiros. Lisboa: Edições Pedago, 2013,
p.9-41.
Por onde caminhará? Trabalha uma expressão que diz respeito aos africanistas: estudos
africanos.
História da África (História Geral da África) - História como grande ciência geral, que inclui a
relação existente entre a História e diversas áreas (sociologia, antropologia, etc). É uma
proposta que caminha a uma contestação da expressão estudos africanos, fortemente
difundida entre colonialistas. É porta de entrada de uma crítica aos estudos africanos,
retomando as características que envolvem o colonial.
O que se buscará são novas ambições, novas orientações, feitas por africanos em África.
Como descobre questões que o desafia e o deixa inquieto, buscará redefinir esta
expressão. Há uma unidade ou um paralelismo nas disciplinas? São interdependentes ou
se sobrepõem umas a outras? No entanto, realmente dialogarão entre si.
Antropologia - ao atribuir características raciais com teor intelectual (nos anos 1960, a
questão da consciência ainda não estava desenvolvida).
Obs: Kagami leva a obra de Temple para investigar o quanto existiria essa filosofia africana.
Há, portanto, uma ontologia própria dos nativos, que confirmará pensamentos dos próprios
elementos que produzem a negritude.
Estudo feito por Temples seria etnofilosofia? Há uma crítica feita ao autor belga por conta
da contaminação do sistema classificatório/hierarquizante da escala ocidental. Esses
acadêmicos desenvolvem etnofilosofia. Não é disciplina que parte da noção de que o sujeito
de conhecimento é o africano. Seria, no caso, uma filosofia feita por africanos.
Textos africanos escritos por africanos? Há uma implicação direta: africanista (estudiosos
que partem dos pressupostos ocidentais das várias áreas; o saber/conhecimento é
basicamente produzido por ocidentais) x africanos.
Tradição, mito e oralidade (contraposição aos trabalhos escritos) - seriam uma medida de
inferioridade, aos olhos de Hountondji. Há uma contraposição ao ocidental (branco, homem,
letrado).
Qual a contribuição que o ocidente traz? Conhecimento à cultura, língua, etc. Hountondji
não recusa totalmente o ocidente. Como pensar a autenticidade? Não há uma tradição
autêntica e que permanece igual no decorrer do tempo. É plural por não estar enclausurada
em si mesma.
Retoma Ousmane Oumar Kane, intelectual do Islã, põe em causa o direito de narrar, o que
narrar e como narrar (dos africanos).
Atuação na área da autocrítica das Ciências Sociais. Não é movimento feito apenas por
Hountondji.