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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE

FAMILIA DA COMARCA DE ITAÚNA-MG

JOÃO DE SOUZA SILVA, menor impúbere, nacionalidade, estado civil,


RG nº xxx, inscrito no CPF sob nº xxx, neste ato representado por sua genitora
Joana da Silva, nacionalidade, estado civil, portadora do RG nº xxx, incita no
CPF sob nº xxx, residentes e domiciliados a rua xxx, nº xxx, bairro xxx, CEP xxx,
Itaúna – Minas Gerais, por seu procurador e advogado com escritório situado à
rua xxx, conforme instrumento de mandato em anexo, vem, respeitosamente, à
Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

em face de José de Souza, nacionalidade, estado civil, RG nº xxx, inscrito


no CPF sob nº xxx, residente e domiciliado a rua xxx, nº xxx, bairro xxx, CEP
xxx, Belo Horizonte – Minas Gerais, pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos:

I. DA JUSTIÇA GRATUITA

Cumpre salientar que o requerente não possui condições financeiras de


arcar com custas processuais de honorários advocatícios, sem prejuízo de seu
sustento e de sua família (declaração de pobreza em anexo), requerendo desde
já, os benefícios da Justiça Gratuita como amparo na lei 1.060/50 e consoante
ao artigo 98, caput do CPC/15.

II. DOS FATOS

Joana da Silva é mãe do menor impúbere João de Souza Silva e


residem em Itaúna/MG. Em acordo informal feito com José de Souza, pai do
menor, foi lhe prometido o valor mensal de 1 (um) salário mínimo. Joana está
passando dificuldades pois encontra-se desempregada.

Incontestável é o dever do requerido em prestar alimentos ao filho menor,


que hoje necessita desse valor para sobreviver. Segundo Joana, José recebe o
valor de 3,5 salários por mês, tendo condições de arcar com o valor requisitado.

III. DO DIREITO

Fundamenta-se na legislação vigente o pedido da requerente nos termos


do artigo 1634 e 888, ambos do Código Civil, competindo aos pais o dever de
criar e educar os filhos, podendo o juiz ordenar ou autorizar a guarda e a
educação dos filhos, regulando o direito de visita.

Consoante o sistema do Código Civil, os alimentos compreendem os


recursos necessários à sobrevivência, não só a alimentação propriamente dita,
como a habitação, vestuário, tratamento médico e dentário, medicamentos,
assim como a instrução e educação quando se trata de menor.

Segundo informações da genitora, o réu possui situação financeira


estável, recebendo cerca de R$ 4.700,00 (conforme contracheque em anexo),
assim plenamente comprovada a possibilidade do réu.

Diante do que aqui exposto, não resta outro meio a requerente, senão
buscar através da ação de alimentos a prestação jurisdicional, a fim de proteger
seus direitos.

IV. DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPATÓRIA


Em que pese a presente demanda para satisfazer o interesse da
requerente, insta salientar que esta não pode esperar em virtude de estar
desempregada e passando necessidades.

A concessão da tutela de urgência, para que tenha sua satisfação atendida


é medida que se impõe, sob pena de ter sérios prejuízos como material e
educacional, como expressa o artigo 300, §1º do Código de Processo Civil de
2015.

Assim, a concessão da tutela de urgência antecipatória, no sentido de


definir provisoriamente, alicerçados nos artigos supracitados, alimentos à autora
no importe de R$ 1.045,00, a serem resguardados o direito da criança até o final
do processo.

IV. DOS PEDIDOS

Diante do exposto requer:

a) O benefício da assistência judiciária, por ser a requerente, juridicamente


pobre, nos moldes do art. 98 a 102, do CPC/2015;
b) A intimação do Ilustre representante do Ministério Público, nos termos da
lei;
c) A concessão da tutela de urgência antecipatória para fixação de alimentos
provisórios no valor de R$ 1.045,00, devendo ser depositado na conta
poupança da requerida até o dia 10 de cada mês;
d) Determinar a citação do requerido nos termos do artigo 246 do CPC/15;
e) A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319,
VII do NCPC;
f) A produção de todas as provas admitidas no direito;
g) A condenação do réu às custas e honorários e sucumbenciais;
h) Ao final, sejam julgados procedentes, totalmente, os pedidos veiculados
nesta ação;

Dá-se a causa, o valor de R$ 12.540,00 (doze mil quinhentos e quarenta reais),


equivalentes a um ano de pagamento de pensão alimentícia.
Nestes termos,

Pede deferimento.

Itaúna, data xxx

Advogada / OAB

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