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ÂCAO

SEMANÁRIO ANARQUISTA PREÇO Cr$ 0,50 Diretor: JOSÉ OITICICA


Atualmente a burgues"a coi :■■
tuiu-se em Feudalitmo Ho
por isso, marcha, como
lismo da terra para a <
Auguste Chirac, L'agiotage ^u
Ia troisième Republique, p. 20.

ANO I Rio de Janeiro — Quinta-feira, 20 de fevereiro de 1947 N." 31

Estado e Liberdade AS ELEIÇÕES


Vereadores! As eleições de ja- pático das rameiras políticas que
neiro foram, para toda gente, fazem tudo eontanto que lhes
e por tudo e quem obedece e dá rá e esfomeará. Teremos outra uma espetacular comédia, para saia das urnas um naipezinho
Classificam-se os Estados con-
contas não é livre. idade média com a fome oficial muitos candidatos amarga decep- capaz de lance forte.
forme a distribuição do poder.
Onde há leis, regulamentos, au- para ter direito à sopa do Estado. ção, para certos partidos uma Nesse ponto, a coisa foi além
Na autocracia concentra-se o
toridade, há imposição, constran- Armar-se-á uma doutrina so- vergonheira em vários atos sujos, de previsões ousadas.
poder numa só pessoa. Na de-
gimento, sujeição; logo, não há cial infalível e obrigatória, uma para nós, anarquistas, só para Exemplo : O Partido Comunista
mocracia supõe-se estar o poder
liberdade. ortodoxia totalitária, a qual tri nós, indiscutível triunfo. faz candidato seu o snr. Adhemar
em todos oa cidadãos.
Mas as leis são feitas pelos re- turará a individualidade. Triunfo para nós porque fomos de Barros. O nome de Adhemar
Más, que é poder e para que
presentantes do povo! dirão, Assim como a burocracia atual os únicos a afirmar o caráter de Barros aparece irmanado nos
serve?
Tirar das urnas uma vontade se identifica a si mesma como apalhaçado de tal «dever cívico», cartazes comunistas ao de Prestes.
O poder do Estado é força-fí-
única é operação mágica. E' me- povo e como pátria, assim tam- os únicos a demonstrar que pelo O cavaleiro da Esperança abra-
sica e psíquica. A física é uma
lhor pôr de parte essa ficção de bém a burocracia dos comunistas voto não se resolve a palpitante çadinho com o Cavaleiro ... de
espécie de máquina movida por
um governo gerado pelo voto po- se identifica a si mesma como e ameaçadora questão social, os que ? (os adversários descobrem
um botão que pessoas autoriza-
pular. trabalho e como socialismo e per- únicos a clamar aos trabalhado- agora que Adhemar de Barros é
das apertam. A psíquica decorre
O sufrágio é mero artifício com seguirá a quantos queiram pensar res contra os partidos, seus chefes, Cavaleiro de Industria, pois abis-
da ignorância geral, do veneno
que se disfarsa o poder encapo- por si sós. suas maquinações inoperantes, suas coitou na Interventoria de S.
infundido pela moral cívica e re-
ligiosa. tando-o com a vontada popular. Socialismo passaria a ser idéia tremendís?imas traições aos seus Paulo, uns quarenta mil contos).
Dizem que nas democracias o fixa, imóvel, parasitária, reacio- ingênuos fihados. Outro exemplo da comédia elei-
Esse aparelho — o Estado —
povo é teu próprio legislador. nária. O trabalhador teria de in- A comédia começou pela pró- toral. O snr. Borghi é provada-
com suas leis, soldados, polícias,
gressar na igreja vermelha; senão, pria lei, lei absurda segundo a qual mente, por decisão oficial de um
espiões, ministros, juizes, etc. Suponhamos, pura hipótese,
passaria fome, seria difamado e os católicos, muitos católicos, dos inquérito mihtar, audaz escroque
mantém o servilismo, assegura a que uma constituição hoje repre-
chacinado. mais fervorosos, dos mais intran- estadonovista. Esse homem, que
exploração, sufoca as forças de senta a vontade de todos. Mas,
A liberdade não é cousa que se sigentes arrenegadores de Stálin, devia estar preso, com todos os
expansão, isto é, as forças vivas amanhã, representará a de todos
da liberdade. receba de presente e, muito me- acabaram dando seus votinhos bens confiscados, apresenta-se can-
os que a não votaram hoje? Nes- consagrados a Cristo, aos satâ- didato a governador do mais
Esse instinto de liberdade ten- se caso, ainda, nossa criatura de nos, de uma autoridade.
As revoluções tém-se feito im- nicos e execrados comunistas. Quá! importante Estado da União!
de a realizar uma sociedade sem hoje vai tornar-se amanhã nosso
pelidas pelo afan da liberdade. quá! quá! Para gozar a comédia, diziam,
poder e sua expressão máxima é amo. Demais, a vontade de to-
Infelizmente os povos não têm Bem feito! O processo das so- em S. Paulo, que o Borghi, se
a anarquia, regime essencialmen- dos, hoje, estagna-se por muitos
podido fazer mais que mudar de bras, a m iis ignóbil artimanha não fosse eleito, só podia sair-se
te construtivo. anos e oprime os que vêm depoi?.
autoridade. da comédia, foi defendido na ou dando um tiro na praça ou
A vontade é a fonte de ener- Os comunistas russos preten-
Pergunto eu: «Gude se acha a Câmara pelo P. Social Democráti- dando um tiro na cabaça.
gia vital no indivíduo. Sufocá-la dem libertar a humanidade. Pa-
lei que proíbe ciunprar braços e co, o do snr. Nereu Ramos; líder, Ao que nos consta, deu una
é um crime de lesa-individuali ra isso, rei orçam o Estado, quer
cérebros humanos ?» Que espécie com a certeza certíssima de que tiro no Tesouro Federal. Rosna-
dade. A liberdade concedida pelo dizer, reforçam o opressor e por
de liberdade é es^a que força o o P. S. D. majoritário iria, nas se, com efeito, que o governo
Estado não é liberdade. Seriam isso o Estado Russo é a mais
homem a vender oi braços e a eleições de janeiro, lamber os federal mandou comprar um terre-
duos liberdades, cousa impos- dura tirania do mundo.
mteiij,íne'aj por J Leiiro como votQS inteirinhos dos partidos mi- no de Borghi na rua do Riachu-
sível. üm poder pode-se destruir.
t!rnstJt»Í!-s ■* mV.culos ou n^iquenoB. elo, terreno avaliado em 12 míi
Oi meios emoregados Delo Es-
-.-J^co, AU J ÁlvlU^J i '^JilhOA, pOi" \A) i.Jil,
tado para manter sus, autorida- munistas querem tornar o impos- Tempo virá en> ue ninguém
!ur» ará os joelhos ante Bial. Comunifta, combalca a moamba E vai tudo bem, no melhur
de são imorahssimos, precisamen- sível possível.
A luta vindoura será uma luta com vigor, mas a moamba passou. dos inuudos !
te os considerados mal quando o
A liberdade só aparece quando entre o espírito humano e o po- Agora, peço que olhem para a No capítulo das decepções, nem
indivíduo os pratica: a violência,
desaparece o poder. Se o socia- der estúpido do Estado, entre a cara mofada do P. S. D. vendo falar! Quanta cabeça inchada!
a mentira, a calúnia, a injustiça.
lismo autoritário vencer, a hu- verdade e a mentira em prol da o satisfeito Prestes usufruir e Quanto bobo alegre ingenuamente
A Igreja Católica modelou o manidade passará de uma opres- devorar, apetitoso, o pudim das cobiçando a convidativa verea-
Estado Moderno: organização hie- liberdade. Há de triunfar a anar-
são para outra. A massa, estati quia porque só ela defende o sobras. doria... bom emprego, emprego
rárquica, compressão pelo medo, zada, mais se aviltará por mais Comédia foi também o jego para malandros de camisa limpa!
pela perseguição, pela espiona- homem e sua liberdade.
se ensoberbecer o Estado; outra de empurra, os cambalachos sór- E o Partido Comunista! Esse
gem, pela dominação se.mpre burocracia mais possante a enlea- Germirial didos, uma espécie de entra sim- tinha sem a menor dúvida a
crescente, com supressão do pen
cadeira de senador. O excelentís-
flamento livre, a lei de um lado
simo senhor deputado João Ama-
e do outro o dogma.
O domínio pelo medo procede
da ignorância. Dominar significa
PROVAS DE CAPACIDADE zonas, proletário, já mandara fa-
zer elegante casaca aristocrática
para comparecer nas festanças do
sempre quebrar as vontades, de- P. Ferreira da Silva governo, ao lado do seu chefe e
gradar o9 caracteres, automati- senhor, o burguês progressista
zando as criaturas, viciando-aa a As atividades humanas di- têm o dever de influir seus sindicatos, a uma ação snr. Luiz Carlos Prestes.
cumprir ordens, a não pensar exclusivista, re ivin dic an do Deixando essa decepção fúne-
nem retrucar. videm se, desde velhos tem junto dos seus irmãos, em
pos, entre uma minoria que primeiro lugar, para que apenas salários. Devem mos- bre, passemos a outra decepção
Todo Estado é de cunho to- para cujo qualificativo não acho
taUtário, no sentido de reprimirmanda e uma maioria que estes reconheçam o seu pro trar que têm capacidade adjetivo. Chamemos-lhe: dor dê
sempre onde alguém objeta ou obedece Mandar e obede- prio direito e valor, e de para solucionar os proble- barrigal
prejudica os seus detentores. cer são funções de uma so- pois junto das camadas mas atuais de ordem geral, A dor de barriga foi a vitória
Assim sendo, é,por índole, cor-
ciedade em que a autori- opressoras, fazendo-lhes sen- e conduzir a bom termo estardalhante, esbarrigante, a vi-
ra tor. tória valha-nos Deus do snr. Car-
dade supera todas as ra- tir que a capacidade de di as relações coletivas na so
Seu ensino mais hipócrita é o los Lacerda. O P. C. considera
de asseverar que todo cidadão zões, impondo-se no terre reção não é privilegio d e ciedade futura. Carlos Lacerda um renegado.
obediente às leis é livre. no social e econômico. Os uma casta. Diz se que na democra- Ignoravam todos a sinceridade
E, como para tudo há leia dopovos acostumaram se aS' Para que os homens pi cia o poder emana dó povo, desse moço dinâmico e poderoso
Estado, a essência do Estado é sim a um sistema no qual sem o caminho da igualda- e por essa teoria chega-se orador e mais sua capacidade
o absolutismo. de, torna se necessário aca à conclusão de que a de- combativa tal, que só a sua
Essa liberdade, a concedida
parece que só os privilegia-
campanha contra Fiúza e Bor-
pelo Estado, mas sujeita a leis,dos sociais possuem capa bar com a divisão arbitra- mocracia é um regime onde ghi lhe deu a estrondosa vota-
tem para conteúdo a coação e cidade para a direção dos ria de dirigentes e dirigidos. todos mandam. O anarquis. ção de janeiro.
seu substrato é o cumprimento trabalhos e das relações Que cada um tome a tare- mo, pelo contrário, será Com efeito, de um lado todo
de determinações alheias. entre as diversas classes fa para a qual tenha com- uma sociedade onde nin- o P. C. disciplinadinho, coeso,
Ê uma liberdade condicionadaEis aí um erro terrive), petência e valor. E quando guém manda. Eis a dife- votando como cães amestrados
por uma autoridade; logo, uma nos candidatos indigitados pelo
fazendo vítimas entre o s o proletariado estiver sufi rença, e ela é suficiente amo e, do outro lado, Carlos
não-liberdade.
espoliados de toda a rique-
Autoridade e le%\ com tais pa- cientemente instruído, se- mente clara para mostrar Lacerda, sozinho, ele e mais nin-
lavras sagradas mata-se diaria- za natural. nhor dos meios de produ- ao homem onde está a sua guém.
mente a liberdade e mumificam- O erro de tal concepção ção e distribuição, tecnica- verdadeira emancipação. Pois Carlos Lacerda, só, ven-
na nas burras estatais — as dos não atinge somente as ca- mente capaz de estabelecer Contudo, se na socieda- ceu longe todo o P. Comunista.
banqueiros. E o P. C. não odeia a ninguém
madas proletárias, porque e executar planos de enver- de anarquista ninguém man- mais do que a Carlos Lacerda.
Diz-se que na democracia vin-
ga a liberdade política. nem só estas vivem sujei gadura geral na coletivida- da, isso não exclui a neces- E vão lá dizer que o Partido
Que será isso? tas ao destino de obedecer. de livre, por certo que não sidade de praticar, pelo li- Comunista vale alguma cousa!
Será o indivíduo livre perante Por outro lado," destruir há de alijar da mesma co- vre entendimento, as ipedi Porque é necessário deixar '
o poder supremo estatal? semelhante conceito seria letividade os indivíduos cujo das capazes de assegurar claro isto: não foi e
Ao contrário, é a coação do in- que venceu com Carl
um passo dos mais impor- preparo os recomende para um bom aproveitamento dos foi, ao contrário, Ca'
divíduo pelo Estado. Segundo frutos que a sociedade deve
ela, o Estado é livre, mas não o
tantes para o bom enten- as funções orientadoras. que deu vitória à U. D. iN.
indivíduo. Este tem de obedecer.dimento entre os homens. Mas os trabalhadores não produzir, de estabelecer e Importa ressaltai mais o
"dedar contas ao Estado de tudoIOs proletários esclarecidos podem limitar-se, dentro dos (Continua na 4* pag.) (Continua na 4* pag.)

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2 AÇÃO DIRETA 20-2-1947
terra tem a culpa da guerra 1
ÍOMEM SEM CABEÇA Churchill e Roosevelt são os sa-
cerdotes de Mamon, por quem Tristes conseqüências
Rodolf Rocker deve sacrificar-se o proletariado!
E meu amigo me mostrou um
formoso desenho de "New Ação Direta, no seu propósito itálico não impediria mais o pas-
O srligo que segue foi extraído por mim mesmo não teria caído de tormar conhecidos dos compa- so dos trabalhadores para a con-
da obra "As Idéias absolutistas nunca nessa verdade se não fosse Massas", onde Roosevelt, vestido
no Socialismo", de Rudolf Rocker de bruxa no Inferno, revolve o nheiros do Brasil os escritores quista do Bem Estar Social. Se
a qual, como noutro lugar noticia o meu amigo da foice e do mar- anarquistas, velhos ou novos, pu os chefeies dos Partidos de Es-
telo, com o auxílio que me pres- fogo de uma caldeira onde é cozi-
mos, acaba de ser dado à luz blica hoje o seguinte artigo tra- querda se ativeasem ao velho le-
pela» "Edições Sí8'*«"O" ^^ São tou. Meu amigo era um santo nhada a sopa da guerra. Chur-
Paulo. chill — com seu grosso charuto na duzido de Umanltà Nova. ma marxista, segundo o qual: o
singular : nele nunca sabia a mão (24-11-946) emancipação dos trabalhadores de-
esquerda o que fazia a direita. boca, aparece ali como um vam-
Minha avó era uma mulher piro e sorri. H. Hillman, como ve ser obra dos próprios trabalha-
Durante anos me tinha pregado O líder do Partido Comunista dores; se permanecessem em con-
rara. Tinha boas qualidades, mas que os trabalhadores não deviam víbora, contempla os manejos de
era terrivelmente supersticiosa e Roosevelt, e n q u a nt o Knox e snr. Togliatti, num artigo de fun- tato com eles em vez de os tor-
adquirir nenhum compromisso com do aparecido em Unità n° 242 nar espantosamente gregários, ho-
sabia uma quantidade de coitas a burguesia e com os chamados Stimpson arrastam a um pobre
extraordinárias, das quais a nossa proletário para ser cozido na «Quem são os subversivos» lamen- je os inimigos do proletariado
''social-fascistas". Só a "ditadura ta-se de que, de alguns meses a esta não contrastariam a marcha para
sabedoria escolar nada podia sus- do proletariado" podia trazer- caldeira e encher a barriga do
peitar. Em nossa cidade havia imperialismo. Até me trouxe meu parte, categorias inteiras de fun- a realização de uma verdadeira
nos a solução. Â democracia era cionários do Estado hajam rece- República que harmonizasse to-
uma velha rua solitária, chamada um engano, a liberdade um "pre- amigo um boletim Aos judeus,
Hohl, na qual, até em pleno dia, no qual se diz que só a política bido a senha de considerar como das as pessoas num recíproco
conceito poqueno-burgaês", a éti- subversivos, merecedores de um acordo de amor e trabalho fe-
raramente se encontrava um ser ca social um "estimulante" para de Stálin pode libertar o mundo
humano. Daí, dessa rua, guarda do antisemitismo. Recordei-lhe tratamento particular de vigilân- cundo.
os frouxos". cia e repressão, aqueles grupos A reação qualunquista, clérico-
da por velhas árvores, uma am- Mas um dia o meu amigo veio que há muitos anos, na Palesti-
pla escada de pedra conduzia à na, foi editado também um ma- de trabalhadores que mais de- liberal tomou a ofensiva e o pro-
visitar-me. Meteu a foice e o monstraram saber combater pela letariado não tem outro consolo
tOrre de^ Stephan. Contava minha martelo num caixote de antigui nifesto des^a espécie, no qual se
avó uma vez que, por essa esca- defendia o nacionalismo árabe democracia, contra o fascismo e que o de meditar sobre as con-
dades e gritou: "Agora temos a pela defesa dos seus interesses». tribuições com o acompanhamen-
da, passeava um homem vestido linha justa! Frente única! Morra contra o perigo judeu. Mas meu
de pegro, entre as doze da noite amigo me gritou na cara: Isto é Não nos maravilhamos, com to de taxas, miséria, feme, de-
o fascismo! Salvemos a democra- efeito, nós, desse reinicio reacio- semprego, suas recompensas ao
e uma da madrugada. Porque cia! "Apelava par^ os "social-fas- dialética sociail Tu não entendes\
havia escolhido aquele homem Veio o ataque de Stálin con- nário. Pois não ajudou o compa- que fez o sofreu.
cistas", para os liberais, para os nheiro Romita, ex-ccnfinado, a
precisamente essa escada para tra a Finlândia. Mencionei ao E os pançudos, caro compa-
maçon^, para os católicos, para o reconstruir tal mentalidade com
passeio, seu segredo era; muito Papa, para os pequeno-burguesos meu amigo uma frase de Lênine nheiro Togliatti, camorristas do
mais singular, porém, era a cir- em 1918: "Um socialista russo o enjaulamento dos anarquistas e Eslado, os habituais mágicos que
O presidente Roosevelt, que antes outros subversivos?
cunstância de não ter esse homem que negue a liberdade da Fin- bebem, comem e vestem bem
era apenas um "reflexo do capi-
cabeça. lândia é um chovinista". Mas Oá funcionários do Estado, os com o dinheiro usurpado ao povo,
talismo amiricano", converteu-se
Sem dúvida, uma história mui- meu amigo me mostrou um arti- arcanjos do padre De Gasperi, os jerarcas do fascismo, egressos
de repente num gênio político. O
to estrattha que me causou mui- go do novelista Alexis Tolstoi, no ex deputado austríaco, não po das galés que passeiam pelas
sr. Browder defendeu-o com todo
tas preocupações quando criança. "Pravda", onde se lê: "Stálin dem certamente fazer uma políti- ruas, aqueles que foram os algo-
o calor de sua alma fogosa e
Refleti sobre o assunto um dia e sabe o que convém mais à Fin- ca diversa da que fazem. zes dos subversivos e os padres
declarou modestamente, num dis-
outro, e cheguei à conclusão de que, lândia. Êle, mais que nenhum Não ocorre ao snr. Togliatti que corrompem as consciências
cursa pelo rádio, que oa reacionâ
sem cabeça, não se podia passear. outro, sabe o que assegura a explicar o porque dessas medidas dando víveres em troca de cédu-
rios combatiam Roosevelt, mas
Foi isto, sem dúvida, um grande felicidade a todos os povos da de vigilância e repressão em pre- las, e a imprensa amarela que
que, na realidade, só se referiam
descobrimento. Hoje, não longe humanidade. Êle pensa em tudo juízo dos trabalhadores que de- esporeia o esbirro a exterminar
a êle, Browder. Era uma época
dos setenta, reconheci, contudo o que pode alegrar a vida do ho monstraram saber combater pelo os chamados sediciosos, têm ra-
magnífica aquela da "frente úni-
que, durante toda a minha vida, mem. Não há um só ser humano triunfo da democracia. zão de rir de.=sa República papa-
ca" contra o fascismo, da luta
não fui sábio, mas um pobre de quem êle não seja amigo e ao Eis, companheiro Togliatti, as lina que abre os braços a todos
da democracia contra Hitler, o
louco. Talvez êsss reconhecimento qual não abra seu coração. O', conseqüências de uma Revolução os reacionários de selvagem me-
anlropóíago, o cão raivoío da Eu-
me faça agora realmente sábio, quío mais ditosos seriam os in- falhada. E, se prosseguirmos nes- mória.
ropa. Recordei ao meu amigo
mas a sabedoria me veio muito sua posição anterior, mas êle gleses se Stálin pudesse fundar se passo, devemos abaixar a ca Estou satisfeitíssimo de que o
tirde. Torna-se uma pessoa inte- gritou-me na cara; "Isto é dialé- a felicidade do povo inglês!" beca ante as antigas barbarida- companheiro Togliatt', ex-minis-
ligenta quanlo, na vida, se apro- tica social —disso não entendes Ma», desgraçadíMnente- eu não des e todos nós seremos subjuga- tro e ex-deputado do Parlamento,
xima da última estação. nada 1 " entendia I lis rada disso. Era dos às mais infames tradições tenha pac-oid-, *~io tarda, que
Não fui eu sábio eiilósof<i, mas L' go iBz-st u pacto jiim Hitler. laieiica aociai. I cienco-iascislas. 08 í!i<'.( ionanos ao Governa xle-
minha avó. Necessitei de Sitenta Meu amigo perdeu poi iilgum Meu amigo atribuía aos ingle- i Ah! se os chefes nã) houves- publicifio, andari sempre à caça
anos para aprender que se pode tempo a voz. .Mas chegou a nova ses todos os pe.jados; não dizia sem resolvido sustar a marcha dos subversivob como dantes e
andar passeando sem cabeça por ordem de Moscou e começou uma palavra de que Hitler, co revolucionária que começou com de que atire pedras nos que fre-
esse formoso mundo. Para vergo outra vez a trabalhar o bico: berto pela aliança de Stálin, a libertação da Alta Itália, toda quenta.
nha minha, tenho de confessar que 'Esses vis imperialistas ! A Ingla- (Continua na 4' pag.) essa imundície que infecta o solo Varese Macchi

A DOUTRINA ANARQUISTA AO ALCANCE DE TODOS JOSE' OITICICA


23 — As discussões provoca pírito revolucionário dos bolche- é eleito pelo soviet local presi- relações com Moscou. Dois ope- 31 — Entregues os tecidos,
das pelos bolchevistas eterniza- vistas — s. r. de esquerda, co- dente do Comitê Revolucionário, rário i de Moscou desceram até convoca-se uma assembléia para
vam-se. Mahhnó rebelou-se con- meçava a modificar-se visivel- e o grupo anarquista exige que Guiai Pole para verem o que ha mostrar aos trabalhadores a s
tra isso. Perdiam tempo, enquan- mente: não buscavam senão do- se desarme o batalhão do regi- viam feito os anarquistas. Esses vantagens das trocas diretas e
to a Rada e os monarquistas se minar a revolução, reinar, no mento 48 de Berdiansk acanto operários manifestaram seu re- regularizar-se a distribuição. Isso
armavam Chegou então a notí- sentido grosseiro da palavra nado em Orekhovo e composto ceio de que os funcionários dos evidenciaria, pelo exemplo, a inu-
cia de estarem os cosacs mar- Tendo longamente estudado sua de partidários de Kalénin e d a governos já estabelecidos na Rús- tilidade doe intermediários e fun-
chando para Aievandrovska, com atividade em Alexandrovska e, an- Rada Ucraína. Pedem auxílio à sia apreenderiam os trens carrega- cionários governamentais. Ele»
intenção de passar o Don e unir- teriormente, nos Congressos de- Federação anarquista de Alexan- dos de um e outro lado. viam, comenta Makhnó, ao mes-
se a Kalénin. Uma comissão vai partamentais e distritos de cam- drovska e desarmam o batalhão. 29 — Não obstante esse re- mo tempo, o meio de solapar
estender-se com eles, mas nada poneses e operários, onde eram Com grande surpresa dos bolche- ceio, Sereguin faz carregar vários eficazmente as bases capitalistas
consegue. Eles atacam, mas são maioria nessa ocasião, eu pressen- vistas, as armas não são entre- vagões de trigo e envia-os a da Revolução, vestígios dos tem-
repelidos. Sem poder passar o tia ser uma ficção o bloco desses gues nem ao general bolchevista Moscon guardados por um des pos tzaristas. De modo que, re-
Don, os cosacoa resolvpm pedir dois partidos; que, mais cedo ou Boldanof nem ao Comitê Revo tacaniento armado, dirigido pelo partidos todos os tecidos, a po-
paz, depor as armas e ir para mais tarde, um desses dois parti- lucionário de Alexandrovska. São companheiro Skomski. Apesar pulação de Gulai-Pole considerou
suas oasas. Muitos, porém, se dei- dos deveria absorver ou devoiar levadas para Guiai Pole e servem dos entraves opostos pelos chefes nos meios de estender as trocas
xaram seduzir pelas promessas brutalmente o outro, pois ambos 'de base inicial para o exércit) de estação, o comboio chega a a todos os gêneros de primeira
bolcheviques e foram servir no sustentavam c princípio do Esta- dos camponeses livres. Moscou. Dez dias depois, volta necessidade e em quantidade bas-
exército do general Antonoff-Ov- do e sua autoridade RÔbre a co- o comboio carregado de tecidos; tante para toda a região. Isso
munhão livre dos trabalhadores». 27 -— Chegam notícias de tra-
seenko. mas, no caminho, os funcionários provaria que a Revolução cuida-
24 — Makhnó entrega-se ou- Conclui por fim: «Os bolchevi- tados de paz da Rada e dos bol-
cheviques cornos alemães. Makh- os detêm e os mandam para o va não só de destruir as bases
tra vez ao trabalho do Comitê ques e os S. R. de esquerda centro de aprovisionamento de do regimen burguês e capitalista,
Revolucionário com os bokhevi- aproveitaram-se, nesses dias, da nó vê a necessidade imperiosa de
obter mais armas para armar Alexandrovska, por não haver li- mas também trataria de indicar
que e sociais-democratas; mas confiança dos trabalhadores na cença das autoridades soviéticas concretamente as bases de uma
logo percebe a impostibilidade de revolução, para oporem metódi toda a população. Falta dinheiro
para isso. Propõe exigi-lo do ban- para tais tropas. sociedade nova com sua atmosfe-
colaborar com eles. O Comitê oamente aos interesses dos traba- ra de igualdade na qual cresce-
Revolucionário, conta êle, ao im- lhadores, seus interesses de parti- co da Rada existente em Gulai- 30 — Makhnó convoca ime-
Pole. Com aprovação unânime do ria e se expandiria o eu cons-
pulso dos partidos nele represen- do. Ás manobras bolchevistas, diatamente, o Comitê Revolucio- ciente dos trabalhadores».
tados, pôs-se também a dar pro chama Nestor Makhnó, expressi- soviet local, obtém letras dos di- nário e o Soviete dos deputados
vas de atividade revolucionária. vamente — «cozinha política dos retores do banco e saca 2S0,000 camponeses e operários e resol- 32 — Delegados camponeses
Primeiro, uma intervenção abu- seus comitês centrais». rublos do banco de Alexandrovs vem todos enviar severo protes- vão a várias cidades industriais
^a na vida local dos traba- 25 — Vendo esse trabalho ka. Isso, necessariamente, consti- to à Seção de Alexandrovska. para estabelecer trocas, mas vol-
.nadores, ordem severas e arbi- contra-revolucionário de bolche- tuiu para os bolchevistas, ho- Despacha três camaradas para tam de mãos vazias porque as
trárias, dadas verbalmente ou for- vistas e socialistas revolucionários mens do Estado e da lei, rema- avisarem o Comitê Revolucioná- autoridades bolchevistas o impe-
muladas por escrito. Assim, achou de esquerda, prestes a se entre tado crime. rio de Alexandrovska do ocorri- diram alegando que estavam sen-
de lançar impostos à cidade (18 devorarem, Makhnó resolve re- 28 — Iniciam-se as trocas di- do. Feito isso convoca uma as- do criadas organizações do Esta-
milhões de rublof). Prendeu so- forçar a ação anarquista dos cam- retas de produtos: os das cidades sembléia-skhod geral de campo- do para efetuar esse serviço. Só
cialistas da direita. Falaram até poneses para salvar a revolução enviariam tecidos e os de Gulai- neses e operários. A reunião aplau- em Moscou os trabalhadores re-
V nissário de prisão. Adian- Apesar dos esforços dos compa Pole enviariam trigo e outras de freneticamente Sereguin e exi- volucionários conseguem das au-
^'>khnó:€Vi clara e segu- nheiros para retê-lo —Makhnó não matérias alimentícias. Em 1 5 ge marcha imediata centra as toridades bolchevistas licença pa-
• colaboração com voltou atrás, mormente receben- dias, Sereguin, o companheiro autoridades inúteis de Alexandro- ra uma única remessa. Essa re-
Bociais-revolucio- do notícias de ter a Rada Ucraí- encarregado de tal serviço e a vska. Quase a findar a reunião, messa é retida várias vezes em
^oMuerda, se tornava na mandado a Gulai-Pole emis- quem Makhnó tece os maiores chega um telegrama das autori- caminho e só muito mais tarde
ei para um anarquista sários para organizar os soldados elogios, firmou relações com as dades de Alexandroxska reconhe- chega a Gulai-Pole.
. onário mesmo na luta recém-vindos da frente. uzinas têxteis de Prokhorov e cendo o direito de Gulai-Pole
■ -fesa da revolução, O es- 26 — Chegando a Guiai-Fole, Morozov. Logo depois, entra em aos tecidos apreendidos. (Continua no próximo númerç)

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20-2-1947 AÇÃO DIRETA

c orno vai ii na ixussia


aquilo RI
Freedom (30-11-46), de Lon- OI salários; anualmente não se com sua bicicleta, sua casa as-
CARTA A UM POETA PROLE
Por Antônio de Sá
dreí, traz uma crônica interessan- pagam os abonos por doença. seada, etc. Companheiro, recebemos a sua dos no poder por aqueles mea-
tíssima sobre a crise comunista Pior ainda. Em Moscou a po- Ao voltarem muitos para a poesia Sentinela oríã. Será para mos que, em coifferências hipó-
na Rússia, assinada pelo camara- pulação cre3ceu de 4 milhões Rússia, levaram e transmitiram nós um prazec contribuir para a critas, os condenaram.
da George Woodcock. Vamos re- para 7. O excesso apinha-se em essa impressão nada favorável ao divulgação das produções poéti-
sumi-la. cômodos de todo inadequados e regime soviético. Daí o ter exi- cas dum jovem operário. E não Assim analisamos nós, anar-
Segundo ele, as notícias, quase dormem todos pelos corredores gido o Pravda, recentemeute, uma podemos deixar de testemunhar- quistas, a guerra contra o nazis-
todas de fonte oficial, revelam ou em barracões insalubres. Os campanha de educação política, lhe a nossa admiração, sobretudo mo e todas as guerras em pre-
profunda crise política, financeira burocratas, ao contrário, estã<i no exército, feita pelo Partido por saber que você não freqüen- paração nos laboratórios da di-
e econômica no paraíso dos tra- bem alojados e, legal ou ilegal- Comunista. O jornal Bolshevik tou universidades, mas sim as plomacia das grandes potências.
balhadores. E' cedo para afirmar- mente, têm sempre preferência. Somos contra a guerra, era que
concordou com isso e publicou oficinas de trabalho onde labuta
se o estado moribundo da ditadu- A Rússia procurou remediar o uma série de artigos de Sobolev, diariamente na conquista do pão só perde o povo e g nham o s
ra soviética; mas, tudo indica ser desastre trasladando para lá toda os quais se distribuíram aos mi- Portanto, só pode estudar e pro- imperialistas, sejam quais forem
fatal e iminente a queda. a maquinaria austríaca e alemã. lhões pelo exército. as bandeiras triunfantes. Somos
duzir sacrificando as escassas ho- contra o conceito patriótico, por-
1. Primeiro, a questão alimen- Faltavam, porém, especialistas Isso explica não haver a Rús- ras de folga e as naturais diver-
tar. O próprio Zdhanov confessa, para as máquinas, começando en- sia desmobilizado ainda suas sões da juventude. Por tudo is- que é invocando esse sentimento
aos 6 de novembro, que a situa- tão a deportação de alemtes. que se lançam os povos em
tropas de ocupação. Seria peri- so, apresenta um notável exem- guerras fratricidas, sempre em
ção é quase de aridez, isto é, es- O piotpsto dos aliados parece goso que esses soldados todos, plo à mocidade proletária. Creia
cassez absoluta. Há graves indí- ter sustado esse expediente e o descrentes do bolchevismo, fossem que estas palavras não consti- prejuízo da Humanidade. Só uma
cios de que a intensa subprodu- governo russo está fazendo in de chofre, em massa, atirados à tuem um elogio banal. O seu guerra, só uma luta aceitamos:
ção de cereais na Ucraína não se tensa força para arrebanhar ope vida normal russa. a luta social que derrubará o re-
trabalho impressiona e emociona. gime capitalista para implantar
deve de todo a causas naturais. rários e levar os já veteranos a Toda a manifestação artística
A falência da produção coletiva mais vivo trabalho. Tudo por 5. Mas, a verdadeira dor de uma sociedade de homens livres.
que tem essa rara virtude é ver
deve-se a três causas principais: meio de processos maquiavélico", cabeça do governo russo é a dadeiramente arte Só assim a humanidade conquis-
o) insuficiente aparelhagem me- tal o de tirar, aos não industria Ucraína. A Uciaíua sempre teve tará a liberdade e a paz, porpue
Quanto a publicação da sua
cânica; b) corrução e ineficiência lizados, seus cartões de raciona- bem vivo o sentimento de inde- poesia em Ação Direta, forçoso é se aniquilarão de uma vez para
dos técnicos e administradores; c) mento, prometendo substituí-los pendência. E' o maior ideal do que para isso sofra algumas mo- sempre todos os germes da
pouquíssima disposição dos cam- só por cartões de indústria. Ou- seu povo. Finda a guerra, tal dificações. Em primeiro lugar, é guerra.
poneses de trabalharem para o trossim, suspende os preços, dos sentimento se reavivou altamen- um poema demasiado longo psra Somos portanto internaciona-
Estado que lhes tira sumariamen- objetos de primeira necessidade te. Confessou-o, em agosto últi- o espaço que o jornal lhe pode lif^tas, pela abolição das frontei-
te o produto do seu trabalho, e para obrigar os obreiros a traba- mo, Krushev, do Poliiburô. dedicar sem prejuízo das outras
ras artificiais que dividem os po-
em troca lhes fornece poucos arti- lharem mais, afim de obterem o O movimento foi a ponto de matérias, O nosso jornal é aca- vos. Em conformidade com esses
gos de consumo. Acresce a mín- suficiente para a vida. Acresce a haver em Kiev editores que ou- princípios, não podemos achar
nhado de espaço. Custeado com heroísmo nas ações belicosas de
gua de transporte e desmandos campanha acesa do Pravda pela saram publicar escritos separatis- sacrifício por um grupo de tra-
na distribuição. moral industrial, indignado com tas. Efetuou-se um expurgo do balhadores manuais e inteletuais, batalhões armados que se truci-
Resultado, Havia o governo dam estupidamente, em holocaus-
não pudemos ainda dar-lhe a
prometido para o fim de 46 a to as ambições do imperialismo e
ampUlude que precisa. O nosso as rivalidades raciais.
suspensão do racionamento. Essa objetivo é divulgar as doutrinas
suspensão foi diferida mais ou
menos indefinidamente. GUERRILHEIRO ORFÂO libertárias, combater a sociedade
capitalista. Todo o espaço é pou
Estas observações de modo
nenhum pretendem diminuir o
Pior, no último mês, as rações mérito hterário do seu trabalho
CO para essa tarefa principal.
caíram. Os preços dos gSneros, Apenas visam a justificar porque
já muito acima dos mal pagos Guerrilheiro! Teus pais morreram pelo povo! Devemos notar, ademais, que
o tem? dos seus versos não se sugerimos a modificação do tema
trabalhadores russos, triplicaram em que está vazado, adaptando-o
em setembro.
Esquece a tua dor. Levanta-te de novo! harmoniza com os princípios
anarquistas, intraosige'ntem ente aos ideais humanitários defendi-
A quota racional desceu um Eu sei que já não tens a ternura, o cariiiho dos por Ação Direta. Cremos que
grau, quer dizer, os trabalhado- defendidos por Ação Direta, e
Dum coração de m~e, que murmura baixinho contrários à concepção do poema o p iderá fc'^'"- sem lhe tirar o
res de h c)?S8e (os de escol) pas- ^'alov nem pr( . L>«1«=.»,
■arbm à layáo d' 2" fiasse Kn- T'ma prece de amcr c de angústia òupreii/a íSsirlinda orjc., inspirado na guci-
ra liitre as potências denoiaina- Sentimos n seus ■> eríos, ccm-
quant" isso, exfielif.;n-se cartões Pelo filho que parte em defesa dum lema. panheiro, a viuraçuo de uma ju-
especiais uapiementares a certas das fascistas e as de rótulo de-
mocrático. Deixa transparecer que ventude sonhadora. Onde há be-
categorias de burocratas e traba- Já não podes ouvir aquela voz subUme leza e poe-ia, tem de haver bon-
lhadores inteiecfcuais. A mais alta os batalhões que lutaram contra
categoria recebe seis quilos e meio
Que enche as almas de luz e que tudo redime. 08 invasores nazistas, o fizeram dade e ânsias de amor e justiça.
para conquistar a liberdade e a A sua voz é precisa para cantar
de carne e 20 ovos por mês. O Sim, já não te conforta a doce voz dum pai o ideal, o ncsso ideal. Esperamos
povo, esse, vive num estado de paz; enaltece as ações heróicas
quase esfomeação.
Que te diga a sorrir: "Luta meu filho... vai" de soldados que esmagaram «a ouvi-la sempre, através dos ven-
milícia germânica». Está todo tos que sopram H chama Ubertá-
2. A produção industrial é bai- Não mais escutarás os contos à lareira... ria. Esperamos ouvi-la sempre,
xa. De pura evidência, há falta impregnado de misticií-mo patrió-
de gêneros de consumo em toda a
Mas a tua família é a Humanidade inteira. tico, do espírito guerreiro que através do clamor dos que mar-
alenta o militarismo. cham para a luz.
Rússia, excetuando para a dita claS' Esquece a tua dor... Há que vencer o Mal.
se burocrática. Impossibilidade de Ora, a guerra em que foram
achar roupa, fazendas, couro,
Vai juntar tua voz ao coro Universal. sacrificadas milhões de vidas de
utensílios domésticos, tendo em Que a Paz estenda enfim, por sobre a Humanidade proletários não teve por finali-
vista as neceJsidades dos traba-
As asas de cetim ao sol da Liberdade!
dade a conquista da liberdade e
da paz, como já estávamos veri-
Noticias aoáípicas
lhadores. Sem nenhuma dúvida,
essa miséria de gêneros decorre ficando, mas simplesmente a sa-
da ineficiência crescente d a A. Freixo tisfação de interesses imperialis- — o companheiro Camil-
produção industrial russa que, tas. Os povos foram mais uma lo Porreca publicou o pri-
ainda aos melhores tempos, nun- vez enganados. Depois da derro- meiro número de Ilpensie-
ca foi boa. as tendências democráticas dos partido comunista ucraíno e mais ta militar da Germânia, que ve- TO anticlericale. Tanto
E cita o Economist que, exa- trabalhadores. A democracia das da metade foi excluída. mos? Os vencedores continuam a
minando o orçamento russo, as- fábricas chama ele velha panio- . Tudo isso, porqne náo mor- mesma política imperialista, os
bastou para ser chamado à
sinala: «O aumento do cu-.to da rriima. reu, na Ucraína, a lembrança do povos mais fracos não podem ordem e ameaçado pelo
produção deve-se primacialmente 3. A distribuição dos produtos grande anarquista Makhnô, e tão reivindicar a sua liberdade, os prefeito de Roma por crime
a ura decréscimo na eficiência pelo Estado é outra calamidade. viva se acha, que, nos confins guerrilheiros do povo são metra- de vilipendio à religião do
causada pelo uso e gasto'do equi- A princípio ia sendo feita pelas da Ucraína, há bandos guerri- Ihados, na Espanha, na Itália ou Estado e em virtude do
pamento industrial, quer por aua cooperativas; mas, foram elas, lheiros, calculados entre 20 e 80 na Grécia, com a mesma bruta-
má qualidade, quer por lassidão pouco a pouco, desautorizadas e mil homen^, combatendo contra o lidade.
artigo 164 da lei fascista de
dos operários, quer por ambos hoje o serviço está realmente nas governo soviético. Isso o declara Vejamos o exemplo de Franco segurança pública, Porreca
os fatores, Em casos extremos o mãos de funcionários. Ora, as francamente Ruth Fischer, anti- e Salazar que, depois de auxilia- não respeitou a intimação
custo da produção, em várias agências estatais distribuidoras ga lider do Comintern, em sua rem ostensivamente o grupo do e prossegue com as publica-
indústrias, excedeu os preços pla- tão incapazes se mostraram que, carta publicada em Nova York, Eixo, sobrevivem e são ampara- ções. Rogamos aos compa-
neados, 100 por cento». nos próprios órgãos oficiais, fo intitulada: The Rússia State Par-
Mas, não é só o cansaço. As rara atacadas e o governo teve ty. Afirma que esses bandos,
nheiros de Itália que nos
condições de trabalho são insu- de voltar às cooperativas (18.000 compostos de indivíduos idos de vários candidatos à sucessão de enviem os números publi-
portáveis. Por vezes não pagam de consumidores e 11.000 de pro- toda a parte, têm tendência an- um ditador doente. cados com os preços para
dutores); mas, evidentemente, essas tinacional e anarco-sindicalista. Opinando que o regime russo encomendas.
cooperativas não são as verda- Adite-se que
REUNIÃO NACIONAL deiras cooperativas cuja essência comunista russo confessa esta- do ainda, o próprio partido pode estar realmente muito sóli- — Os companheiros de
Woodcolk termina as- Adunata dei Refratari se-
DE MILITANTES é a liberdade e independência. rem os camponeses sabotando o» sim: «Entretanto um exame da
Não é de crer que a autoridade trabalho do Estado nos campos, situação revela que o regime, guindo o exemplo do comp.
Os militantes anarquista russa permita o funcionamento preterindo cuidar dos seus terre- quando nada, está menos seguro Ivan Aiati de Roma, que
de S. Paulo e Rio acordaram de um aparelho de todo descen- nos ou, apertados pela autorida- do que sua política externa faz teve a idéia de reeditar
em apelar para os militantes tralizado, isto é, de tendência de, queimar o trigo a entregá-lo supor, e que o povo russo Dão Contro Ia face, contro Ia
anárquica. aos agentes. esftá mais próximo do paraíso guerra, per Ia Rivoluzio'
de todos os Estados afim de 4. Na, Rússia campeia profun- 6. Mais graves ainda são as dos trabalhadores do que dantes.
estudarem o meio de envia- do malestar e uma das causas dissensões entre os páredros. Há Estes dois fatos: a inata insegu- ne Sociale de Gallear.i. v
rem a S. Paulo ou Rio de- maiores foi o espetáculo deparado frieza entre os chefes militares e rança de toda tirania e a misé- solveram combinar i
legados seus para uma reu- aos invasores russos do nível de a NKVD com o Poütburô. No ria fermentante do povo, podem e publicar, reunidos,
nião nacional. Pedem aos vida na Alemanha. Apesar de Politburô, os maiorais não se en- precipitar mais cedo do que su- trabalhos a que dão o noix.
vencida, . a população alemã vi- tendem muito bem, talvez repe- pomos uma situação em que um de Una Bataélía.
vários grupos dos Estados via muito melhor que a russa. tição do fato normalíssimo (cooio exército russo desfaça a igreji-
sugestões sobre local, data, Lá viram os soldados russos nos tempos de Alexandre) de aha e dê ao mundo nova espe- Depois deste, já quase
duração, etc, pada operário com seu relógio, brigas intestinas por ambição dos rança de revolução social». pronto, outros seguir-se-ão

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AÇÃO DIRETA 20-S-1947

.- SIGNIFICA O PLANO PROVAS DE Edições Sagitário


QÜINQÜENAL ARGENTINO CAPACIDADE Sob a direção do nosso
camarada Mário Ferreira
calismo. Foi membro do
conselho federal da União
(Continuação da 1* pag.) Santos, iniciou as suas ati- Geral dos Trabalhadores
(manifesto da Federação Obreira Regional Argentina) vidades em São Paulo a Alemães, diretor do impor-
manter, enfim, todas a s
condições de bem-estar. Editora e Distribuidora Sa- tante órgão proletário Der
Num estudo desapaixonado perderá com esse plano ? Syndicalist e colaborou
Esses problemas futuros gitário Ltda., com a publi-
descarnamos, até o âmago, o Tudo!*. *• cação da tradução portu- também no Der Freie Ar-
verdadeiro sentido e as ver- não são tão futuros como
Submetida a produção a guesa de As idéias abso- beiter. Atualmente, desde
dadeiras projeções sociais do parecem. Organizada e m
um ritmo acelerado, postas lutistas no Socialismo. a sua ocidentade\. fuga da
chamado Plano Qüinqüenal seus sindicatos, a classe tra-
a serviço do governo todas Já aqui tivemos ocasião de bastilha hitlerista, que cons-
O propósito aparente que o balhadora precisa de colo
as energias humanas, como referir-nos desenvolvidamen- tituiu uma verdadeira odis-
anima : a restauração econô- o demonstram tais ensaios cá-bs no presente e resol
te a esta obra quando ela séia, vive, com setenta anos,
mica do país, seu ajusta- na Rússia, Alemanha, e vê-los sem apresentar exi-
nos apareceu, pela primeira nos Estados Unidos, onde,
mento político, cultural e gências perturbadoras d o
Itália, etc , cairão vertical- vez, em castelhano, editada apesar da sua avançada ida-
sanitário, não é mais que mente os salários e os dias interesse geral. Sabe se que
pelo grupo Tierra y Li- de, continua lutando pelo
a máscara que encobre mal de trabalho chegarão a 12 a complexidade da organi-
bertad, do México. Não socialismo libertário, ou se-
um espírito a todas as luzes e 14 horas, calcado tudo zação capitalista faz refle
podemos, porém, dada a ja pela emancipação hu-
reacionário onde campeia o numa imigração de traba- tir-se de modos diversos,
grande importância que pa- mana.
objetivo militarista. Conver- lhadores selecionados ex- em setores que afetam ca
ra o renascimento do pen. A edição em idioma por-
ter um país eminentemente professo. O direito de greve, madas proletárias, qualquer
samento anarquista no Bra tuguês, ora aparecida, en-
agrícola - pecuário — supon- alteração obtida em benefí-
que implicitamente é o di- sil representa o apareci- riquece-se com novos capí-
do-se realize essa iniciativa cio de outros setores tam
reito de agremiação e defesa mento desta obra em lín- tulos, um dos quais, O hom
— em nação industrializada, bem proletários. E ainda
das condições de salários e gua portuguesa, deixar de mem sem cabeça, publi-
â todo vapor, onde prepon- mais quando os opressores
de vida, desaparecerão auto- dedicar-lhe algumas linhas. camos neste número. O lei-
derá a indústria pesada que têm todo o interesse em es
maticamente com a «conci- Importa principalmente tor encontrará por isso nes-
é a indústria de guerra; tabelecer desinteligências ou
liação e arbitragem obriga- recordar que se trata de ta edição o dobro da ma-
submeter toda a população, rivalidades entre os opri
tória», «sem que, durante o um livro de polêmica, es- téria contida na edição ori-
homens e mulheres a um midos, pois assim como a ginal, ou seja, na edição
tempo gasto em ventilar-se união faz a força, certo há crito num estilo brilhante e
regime de quartel, dos 12 o assunto, sofram prejuízos claro e no qual se tratam castelhana.
aos 50 anos; ehminar das de ser que a desunião -en-
irreparáveis os interesses das os problemas fundamentais Quanto à editora Sagi-
universidades e centros ci- fraquece, favorecendo quem,
partes e principalmente o do socialismo e se estudam, tário, não podemos deixar
entíficos o pensamento libe- por mais forte que se jul- de felicitar nos e felicitar
interesse da coletividade»; gue, sempre receia a vin- com grande alteza de miras
ral, substituindo-o pelo ro- como se estabelece na Obra e clara visão do futuro, o o camarada Mário Santos
sisxxio, o nazi-fascismo e o gança daqueles a quem pelo papel que ela está des-
Social. maltrata. lamentável desvio e as tre-
clericalismo; um movimento mendas conseqüências que tinada a representar no re-
obreiro vertical e dirigido, O resto: previsão social, E' dentro desse critério as idéias absolutistas, das nascimento das idéias anar-
impregnado de forte nacio- acionariado obreiro (sem que os trabalhadores, orga-
caráter obrigatório), seguro quais a mais importante é, quistas nos países de língua
nalismo, são as bases fun- nizados em sindicatos, pre sem dúvida, o chamado portuguesa, após a fragoro-
damentais em que assenta, social e fomento das habi- cisam de cuidar dos seus marxismo, enquistando-se no sa derrota do fascismo e o
para desenvolver-se o Plano tações, não são mais que interesses sem descuidar os
a follia de parreira que corpo do socialismo, oca- descrédito da social-demo'
Qüinqüenal, Junte-se a isso interesses da coletividade. sionou e ocasionará ainda cracia e do seu gêmf^o, o
ò fabuloso orçameuLu de oonUa a Di<<:iplíiía rio Tra- jE eobi'ot',;d:; inutilizar de
balho, o que, traduzido em certamente pur não sabe chamado coraunisme stali-
guerra para 1947 e ier-se-á uma vez as censuras de mos quanto tempo ao mo- nista. Exortamos os cama-
uma idéia aproximada do linguagem clara, significa: quem vê no idealismo anar-
trabalhar e produzir sem vimento emancipador da hu- radas a contribuírem por
verdadeiro caráter desse quista uma teoria fora da todos cs meios para que a
descanso e sem tugir. manidade tão promissora-
plano. realidade. Qs sindicatos têm mente prenunciado nos fins nova editorial possa levar
Uma política dessa natu- ?Ioras s,imbrias esperam toda. a possibilidade de des do século 18. a cabo a sua generosa mis-
reza há de conduzir-nos fa- o povo produtor. Todas as mentir semelhante perfídia, O autor, uma das mais são: a de iluminar a cons-
talmente à guerra pois a suas conquistas e liberdades estudando os problemas ge- privilegiadas cerebrações do ciência das massas, liber-
história demonstra, com estão seriamente comprome- rais e apontando remédios nosso tempo, cuja obra me tando-a das trevas em que
sangrenta eloqüência, que o tidas. para a atualidade e solu- receu os mais rasgados en- a mergulhou o fascismo ne-
militarismo desemboca sem- A Federação Obreira Re- ções para o futuro, como cômios, entre outros pensa- gro e o vermelho.
pre nesse monstro que en- gional Argentina, autênlica órgãos técnicos de estudo e dores eminentes, a Bertrand O endereço da Editora e
gole o mús nobre e vital expressão do proletariado direção. Sem esquecer que, Rússell, a Lewis Mumford, Distribuidora Sagitário Lt-
dos povos. Jamais se fabri- militante do país, vontade embora tenham de sentir a Louis Adamic, T h o m a s da. é: Avenida São João,
caram canhões por mero livre e insubornável dos tra- necessidade de resolver os Mann, Charles A. Beard, 487 — Caixa Postal 500 —
passatempo! balhadores organizados sem casos privados da sua clas- Rupert Read, é hoje um São Paulo.
Que ganhará o proleta- ataduras trágicas, em cum- se, estes não devem sobre dos mais representativos ba- O preço do livro é 15
riado da Argentina com isso ? pôr'se a um plano de or- talhadores do anarco-sindi- cruzeiros.
primento de sua missão his
Absolutamente nada ! Que tórica, cumpre o seu dever dem geral e coletiva. É dos
irrenunciável de assinalar o pequenos casos que se for-
ma o conjunto; entretanto, O HOMEM SEM CABEÇA
perigo que nos ameaça e
a harmonia seria prejudica
As eleições exorta todos os trabalha-
dores a manterem desperto da por critérios exclusivis-
(Continuação da 2' pag.) lificados como representantes da
tradição americana e comparados
o sentimento de Liberdade, tas, se eles vingassem defi- espezinhava os povos da Europa. com Jefferson e Lincoln. Pôs-se
(Continuação da 1^ pag ) nitivamente, falseando a ver- Os ingleses eram os malditos im- enraivecido e resmungou que
sem o qual a vida é uma perialistas. O fato de Stâlin "não queria nada com gente que
guinte: Carlos Lacerda venceu cousa desprezível e sem dadeira missão social dos
anexar partes da Finlândia, meia trabalhava para Hitler. Stálin
porque desasiombradamente de- valor. sindicatos, Polônia, a Bessarábia e até a estivera sempre contra Hitler. Só
nunciou e provou a rapinagem A capacidade profissional a Bucovina, que nuoca pertence- concertou a aliança com ■êle para
escandalosa de Fiúza, de Borghi, Buenos Aires, dezembro é também capacidade social ra à Rússia, naturalmente não preparar a guerra contra êle".
da quadrilha Getúlio; venceu por- de 1946. era "imperialismo", mas apenas "Mas foi Hitler que marchou
que arrostou a todos os trampo- nos sindicatos, e dela de-
dialética social. sobre Moscou" — disse eu. "Sim,
lineiros do Estado Novo e a to- vem dar provas pelo estu-
O Conselho Federal Veio logo o fim amargo. Hitler porque do contrário Stálin teria
dos 08 continuadores da ditadura do adequado, preparando as fez marchar seus exércitos contra marchado eôbre Berlim" — repôs
ainda empoleirados nas posições teses e planos de uma so- o meu amigo. Esta é a dialética
a Rússia e Stálin apelou para a
da República. ciedade futura. A ação di- social da História".
ajuda dos "imperialistas", da
Venceu com êle a ânsia popu reta dos sindicatos sobre os Inglaterra e dos Estados Unidos Olhei fixamente o meu amigo
lar de justiça, de alguma provi- LIVROS NOSSOS problemas que estiverem Devíeis) ver a cara do meu ami- e descobri então — só então! —
dência, legal ou ilegal, que po- go. "Esse Hitler assassino! La- que êle não tinha cabeça. Minha
nha termo à impunidade dos la- dentro da sua orbita, fará drão, bandido, que assalta países
RodoU Rocker—AS IDÉIAS avô tinha razão. Pode um ser
drões, dos ineptos, dos vivedores desses organismos as pedras e povos e os põe em seus alfor- humano passear sem cabeça. É
ABSOLUTISTAS NO SOCIA-
que açambarcaram, com votos mais sólidas dos alicerces de ges, e que nem sequer consente até mais cômodo. «Ma» devia
Od à força, a direção do país. LISMO . . . . Cr$ 15,00
uma sociedade tecnicamente que Cháplin use os seus bigodes! ter uma cabeça» — objetareis.
,^ O povo quer alguém que en- acaba de sair em tradução por- " E o meu amigo se pôs a aju-
^V ■> a azorrague os vendilhões
perfeita e livre. Sim, mas era só um rosto com
tuguesa. Coleção: Perspectivas dar a Knox e a Stimson a pôr o dois olhos, e estes não viam.
das Edições Sagitário proletariado na caldeira. Chur- Uma cabeça é uma cabeça quan-
'« esquece de que o chill, "o pirata do mar", conver- do serve para pensar Sobre os
^.i disso é ele mesmo, pedidos a Ação Direta. Buenos Propaguem teu-se num grande estadista e ombros do meu amigo podeis
o, se quiser compenetrar-se Aires 147 A 2.o Rio de Janeiro Roosevelt teve repentinamente o pôr uma cabeça, um cabo, um
í sua força e deixar de atender ou ao Centro de Estudos So- destino do mundo em suas mãos. tambor ou um pedaço de madei-
ordens dos líderes, os causa- ciais de S. Paulo. Caixa pos- Ação Direta Recordei ao meu amigo o caso ra; prestará os mesmos serviços.
0' res morea de toda a desgraça tal 5739. de Lindberg e do senador Weeler, Como comunista pode ir a pas-
jiuana acjui e além. que na véspera haviam sido qua- seio sem cabeça.

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