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ANDERSON MENDES
FRANCINALDO SARGES BRAGA
WILLIAN ANDERSON DOS REIS PEREIRA
Macapá
2019
ANDERSON MENDES
FRANCINALDO SARGES BRAGA
WILLIAN ANDERSON DOS REIS PEREIRA
Macapá
2019
1 JUSTIFICATIVA
A Carbamazepina, sendo um psicofármaco, deve ser utilizada com cautela,
tendo em vista que pode produzir diversos efeitos adversos severos, causar
dependência e o seu uso prolongado - devido à problemas psicológicos provenientes
de diversas fontes não identificadas com clareza - pode gerar diversos problemas à
saúde da população, fazendo-se necessária esta identificação.
Este medicamento deve ser um grande aliado no tratamento de transtornos
mentais, no entanto, seu uso indevido atrelado ao desconhecimento da origem pode
acarretar em danos à saúde além de gerar gastos acumulativos para os Órgãos
Públicos.
A inclusão e seleção da Carbamazepina como psicofármaco nas relações de
medicamentos essenciais deve ser baseada em critérios epidemiológicos que refletem
perfis sociais e demográficos da população local, por isto é extremamente significante
na elaboração de protocolos clínicos, e também na capacitação em saúde mental para
os próprios profissionais.
A partir dos dados do estudo proposto, faz-se necessário delinear o perfil do
uso da Carbamazepina para conhecer que tipo de indivíduo a utiliza e assim otimizar
sua dispensação, adequando-a à especificidade dos pacientes, direcionando a
assistência farmacêutica bem como o planejamento de intervenções na comunidade e
junto aos prescritores.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Verificar o padrão de consumo do psicofármaco Carbamazepina através do
perfil sócio demográfico dos pacientes usuários da Rede Pública de Macapá – AP,
durante o período de Janeiro a Dezembro de 2019.
2. 2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1.º.Identificar fatores que influenciam ao consumo da Carbamazepina na população
estudada;
2.º.Descrever as características demográficas e socioeconômicas da população
estudada;
3.º.Determinar o grau de informação dos entrevistados atendidos Rede Pública de
Macapá – AP, acerca do medicamento Carbamazepina.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 SAÚDE E BEM-ESTAR
De acordo com conceito proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
o uso racional de medicamentos ocorre quando o paciente recebe o medicamento
apropriado à sua necessidade clínica, na dose e posologia corretas, por um período de
tempo adequado e ao menor custo para si e para a comunidade (QUELUZ, LEITE,
2002).
A Portaria nº 1077, de 24 de agosto de 1999 de assistência farmacêutica em
saúde mental visa assegurar medicamentos básicos para usuários de serviços
ambulatoriais públicos de saúde que disponham de atenção nesta área. Nesta portaria,
são referidos alguns requisitos para o recebimento dos recursos financeiros, entre eles
a estimativa epidemiológica das patologias de maior prevalência nos serviços,
objetivando a utilização racional dos psicofármacos.
De acordo com LIZANCOS (2000), saúde mental é um aspecto específico,
porém inseparável da saúde geral das pessoas, famílias e comunidades. Os
profissionais sanitários da atenção primária de saúde, em geral, detectam com
frequência necessidades e problemas relacionados com aspectos psiquiátricos e
psicológicos de pacientes e familiares atendidos diariamente nas consultas, nos
domicílios e em grupos de terapia.
Considerando as afirmações acima concluímos que estar com saúde ou estar
com uma doença tem relação direta com a percepção do funcionamento orgânico, logo,
é uma questão de consciência do próprio corpo (FORTE, 2007).
Assim, o conceito de saúde, do ponto de vista fisiológico, fundamenta-se na
homeostase, ou seja, na capacidade do organismo de manter constante as condições
fisiológicas e, por isso, mesmo que surjam alterações funcionais, o organismo reagirá
no sentindo de retornar à condição anterior. Isso implica, do ponto de vista cultural e
social, que o normal pode corresponder ao anormal reconhecido pela ciência.
3.2 MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS
O uso de fármacos com eficácia demonstrada em distúrbios psiquiátricos
tornou-se disseminado a partir de meados da década de 1950. Hoje, uma pequena
parte das prescrições feitas são para medicações destinadas a afetar os processos
mentais: para sedar, estimular ou, de algum modo, mudar o humor, o raciocínio ou o
comportamento. Esta prática reflete tanto a alta frequência de distúrbios psiquiátricos
primários quanto à ocorrência de reações emocionais quase inevitáveis em pessoas
com doenças clínicas (FIGUEIREDO, GREDORI, 2002).
Os psicotrópicos podem ser divididos em 4 categorias principais. Os
ansiolíticossedativos, particularmente os benzodiazepínicos, são utilizados para a
farmacoterapia de distúrbios de ansiedade. Os antidepressivos (agentes que elevam o
humor) e os antimaníacos ou estabilizadores do humor (notavelmente os sais de lítio e
determinados anticonvulsivantes) são utilizados no tratamento dos distúrbios afetivos
do humor e condições relacionadas. Os antipisicóticos ou neurolépticos são
utilizados no tratamento de doenças psiquiátricas muito graves - as psicoses e a mania,
exercendo efeitos benéficos sobre o humor e o raciocínio (DUTRA, 1997).
ARRAIS, et al., 2007 avaliaram os aspectos dos processos de prescrição e
dispensação de medicamentos em Fortaleza sugerindo a baixa qualidade na
dispensação do medicamento, pois ela normalmente não é realizada pelo farmacêutico.
O mesmo estudo sugere a baixa qualidade no atendimento médico e farmacêutico e a
apatia do paciente no processo que envolve a prescrição e dispensação de
medicamentos seu uso racional.
Outro fator problemático, como conclui NAVES e SILVER (2005) em estudo
realizado na atenção primária, seria o comprometimento das ações de assistência
farmacêutica devido aos baixos níveis de compreensão dos pacientes e pela dificuldade
de acesso.
Em estudo realizado entre escolares da rede de ensino público e privado de
Passo Fundo (PIZZOL, et al., 2006), Rio Grande do Sul, Brasil, o padrão de consumo
de medicamentos psicoativos é semelhante ao observado em adultos, sugerindo a
necessidade de inclusão de crianças e adolescentes nas campanhas educativas para
prevenção do uso indevido de medicamentos.
3.3 CARBAMAZEPINA: ASPECTOS FARMACOLÓGICOS
3.3.1 Histórico
A carbamazepina foi descoberta em 1953 pelo químico Walter Schindler, que
procurava encontrar um composto tricíclico com propriedades antipsicóticas
semelhantes à clorpromazina (CPMZ). Destas investigações, surgiu a CBZ, uma
molécula estruturalmente muito semelhante à CPMZ. Em 1962, a CBZ foi introduzida
no mercado, sendo indicada como anticonvulsivante e para o tratamento da neuralgia.
Os psiquiatras começaram a combiná-la com drogas tranquilizantes em determinados
distúrbios comportamentais que não respondiam a monoterapia. No final dos anos 60
foram descobertas, por acaso, propriedades antiepilépticas da CBZ, passando a ser
utilizada e mostrando-se eficaz no tratamento de primeira linha das crises convulsivas
parciais (GOUVINHAS, et al., 2005).
3.3.3 Indicação
A CBZ é indicada no tratamento de crises epilépticas parciais com
sintomatologia elementar motora, sensorial e autonômica, e ainda quando o paciente
apresentar a sintomatologia complexa psíquica, psicossensorial e psicomotora. Nas
formas de convulsões primárias ou secundariamente generalizadas com componentes
tônico crônicos, nas formas mistas de epilepsias, como adjuvante dos medicamentos
destinados especificamente ao tratamento das crises de ausência generalizada não
convulsiva (KATZUNG, 2005).
Também é indicada na neuralgia essencial do trigêmeo e na neuralgia
trigeminal devida à esclerose múltipla, na neuralgia essencial do glossofaríngeo e na
síndrome de abstinência do álcool. Pode ainda, ser indicada para o tratamento da
mania aguda e como estabilizador do humor na doença bipolar (psicose
maníacodepressiva), de forma a evitar ou atenuar recorrências, neuropatia diabética
dolorosa, além de diabetes insipidus central, poliúria e polidipsia de origem neuro-
hormonal (MORENO, et al., 2005).
4 METODOLOGIA
4.1 MÉTODO DE ABORDAGEM
Será realizado um estudo de delineamento epidemiológico analítico descritivo
transversal retrospectivo e prospectivo. Com analise de prontuários e aplicação de
questionário.
5 CRONOGRAMA DO PROJETO
Jan Fev Ma Abr Mai Jun Jul Ago Set Out No Dez
r v
1-Revisão X
bibliográfica
2-Discussão teórica X
em função da
determinação dos
objetivos
3-Localização e X X
identificação das
fontes de obtenção de
dados ou documentos
4-Determinação de X
categorias para
tratamento dos dados
documentais
5-Análise e X
interpretação
6-Redação da X
monografia
7-Revisão da redação X
8-Divulgação dos X X X X
resultados ou defesa
pública
CONSIDERAÇÕES FINAIS
PIZZOL, S.; BRANCO, N.; CARVALHO, A.; PASQUALOTTI, A.; MACIEL, N.; MIGOTT,
B. Uso não-médico de medicamentos psicoativos entre escolares do ensino
fundamental e médio no Sul do Brasil. Caderno de Saúde pública, Rio de Janeiro, n.
22, vol. 1, 2006.
GOUVINHAS, C.; PEREIRA J.; PEREIRA L. Carbamazepina - Toxicologia e Análises
Toxicológicas, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Portugal, 2005.
Acesso em 10 de Maio de 2019. Disponível em:
http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0506/carbamazepina/index.html
ARAÚJO, S.; SILVA, R.; FREITAS, M. Carbamazepina: uma revisão literária. Revista
eletrônica de farmácia. N. 4, vol. 7, 2010.
CHU, S. Carbamazepine: prevention of alcohol withdrawal seizures. Revista
Neurology, Minneapolis – MN, n. 29, vol. 1, 1979.
O Sr. (a) está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa “PERFIL DOS
PACIENTES USUÁRIOS DA CARBAMAZEPINA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DE
MACAPÁ-AP”. Neste estudo pretendemos verificar o padrão de consumo do psicofármaco
Carbamazepina através do perfil sócio demográfico dos pacientes usuários da Rede Pública de
Macapá –AP.
O motivo que nos leva a estudar é a necessidade de ter um conhecimento acerca do perfil sócio
demográfico desses pacientes, para um melhor planejamento da assistência farmacêutica dentro
da rede pública de saúde
Para participar deste estudo você não terá nenhum custo, nem receberá qualquer vantagem
financeira. Você será esclarecido (a) sobre o estudo em qualquer aspecto que desejar e estará
livre para participar ou recusar-se a participar. Poderá retirar seu consentimento ou interromper a
participação a qualquer momento. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não
acarretará qualquer penalidade ou modificação na forma em que é atendido pelo pesquisador.
O pesquisador irá tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo.
Os resultados da pesquisa estarão à sua disposição quando finalizada. Seu nome ou o material
que indique sua participação não será liberado sem a sua permissão.
O (A) Sr (a) não será identificado em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo.
Este termo de consentimento encontra-se impresso em duas vias, sendo que uma cópia será
arquivada pelo pesquisador responsável, no Comitê de Ética em Pesquisa – CEP, da Universidade
Federal do Amapá e a outra será fornecida a você.
Caso haja danos decorrentes dos riscos previstos, o pesquisador assumirá a responsabilidade
pelos mesmos.
Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste termo de
consentimento livre e esclarecido e me foi dada à oportunidade de ler e esclarecer as minhas
dúvidas.