Você está na página 1de 17

DIREITO PENAL I

 A Missão do Direito Penal é a proteção do bem público.


 A pena em direito penal é uma punição ( A restrição de uma determinada coisa)
 Ato ilícito é um ato contrário a lei, a um ordenamento jurídico que gera uma
situação de conflito.
 Um ato ilícito civil é uma punição menos severa em caráter reparatório.
 Ilícito na esfera penal gera um intenso dano social.
 Há dois tipos de ilícitos penais: contravenções / crimes.
 A pena é uma forma de dizer a pessoa que ela não deve praticar um crime.
 O que é Direito Penal ? É o ramo do direito público que são interesses públicos.
 O Direito Penal trabalha com dois objetos:
1º ) Estabelecer quais são as condutas a ser consideradas ilícitas penais
2º ) Regular a aplicação da pena.

Ciências Penais:

1º ) CRIMINOLOGIA-É a ciência social que cuida da investigação do fenômeno


criminoso / características do crime.
2º ) POLÍTICA PENAL- Orienta ao estado quanto a forma que deve se aplicar a pena.
3º ) DOGMÁTICA JURÍDICA PENAL- Cuida do estudo das leis penais.

16/02/2000
Todas as vezes que se viola um conjunto de normas que pratica um ato ilícito
você tem uma situação de conflito.
A todo ato ilícito gera uma situação de conflito( conflito entre a norma e a
atitude)
Existem determinados atos ilícitos ( violações da norma) que geram intenso
conflito desestabilizando a norma:
 Ilícitos Penais- São aqueles que geram um conflito mais intenso, muito grave. São
os crimes e as contravenções. Provocam intenso dano social.
Ilícitos de Natureza Civil- Gera conflitos que podem ser resolvidos, aplicando uma
penalidade muitas vezes de caráter indenizatório, pois tem a necessidade de restabelecer
a situação de equilíbrio.

A penalidade de caráter visa a situação anterior.


Um ilícito penal tem como consequência uma pena que não é indenizatória, pois
não visa indenizar nem restabelecer a situação anterior. A pena é uma punição.
O estado pode reagir a um ilícito penal estabelecendo uma pena. Ilícitos que
causam uma grande social tem que impor uma pena ( O Estado impõe ).
O Estado estabelece certas condutas como criminosas impondo uma pena.
Ele inibe esses ilícitos porque geram danos sociais.
A missão do direito penal é protetiva destinado aos bens jurídicos, pois cuida
dos mais importantes bens e diz que toda pena restringe alguém.
PENA- Socialmente onerosa.
Para que o estado possa exercer sua função de punir é necessário que obedeça
determinados princípios que detêm a função de limitar o poder.
Direito Penal Subjetivo- JUS PUNIENDE = o direito que o Estado tem de punir.
PRINCÍPIOS ORIENTADORES DE PUNIR O ESTADO
1º ) Princípio Fundamental do Direito Penal- Legalidade ou Reserva Legal.
Expresso na constituição art. 5º e art. 1º do Código Penal.
Não há pena sem lei, não há crime sem lei.
É um grande instrumento de limitação do poder do Estado. O estado só pode
punir se houver crime.
2º ) Intervenção Mínima- O Direito Penal é a ciência da última razão. O estado só se
vale do Direito Penal quando não há outra solução.
3º ) Fragmentariedade- O direito penal é fragmentado, pois não tem como objeto todos
os bens jurídicos somente os mais importantes. O direito penal parâmetros para
distinguir:

 Parâmetros-
1= Valorização do bem jurídico;
2= Forma de agressão ao bem jurídico;

4º ) Humanidade- Estão vedadas as penas de tortura ( O Estadp pode dispor o máximo a


pena privativa de liberdade), art. 5º inciso 47.
5º ) Insignificância ou Bagatela- Todo ilícito penal só é considerado porque sua prática
gera um dano social, por isso para evitar um dano social o Estado prevê uma pena para
quem praticar o ilícito penal.
_Quando o crime é menor que a pena
Ex: Um homem furta $ 05,00, pena de 1 a 4 anos, por roubo mais não vale penalizar o
homem porque o dano que aconteceu é menor que o Estado pagaria com ele na prisão.
6º ) Anterioridade- A lei não pode atingir a pessoa que cometeu o crime antes da lei
entrar em vigor. Antes de haver crime tem que haver lei.
7º ) Irretroatividade da Lei Penal- Não volta ao momento anterior para punir.
8º ) Princípio da Adequação Social- Adequando a norma aos valores postos.
9º ) Culpabilidade-
10º) Devido Processo Legal- Mais usado no Direito Processual Penal. Para que o
Estaqdo possa aplicar uma pena ele tem que comprovar que você cometeu o crime e se
chega a esta conclusão através do Devido Processo Penal.

CIÊNCIAS AUXILIARES DO DIREITO PENAL

1ª) Medicina Legal- É a área da medicina que vão trazer fundamentais para
o fato criminoso.
2ª) Psiquiatria Forense- Estuda determinadas doenças penais que leva as pessoas a
praticar um delito.
3ª) Criminalisticas- São técnicos que são apurados os fatos criminosos.

RELACÃO ENTRE O DIREITO PENAL E OUTROS RAMOS DO


DIREITO

1) Relação do Direito Penal e do Direito Processual Penal- Chamam o Direito Penal de


Direito Substantivo e o Direito Processual Penal de Direito Adjetivo.
 Direito Penal- Regula a determinação do que é ilícito e regula a aplicação de uma
pena.
 Direito Processual Penal- Regula a apuração dos fatos.

2) Relação do Direito Penal e Direito Constitucional- Nenhuma norma pode ir contra o


direito Constitucional ( é intrisica )

3) Relação do Direito Penal e do Direito Civil- Para defender determinado ilícito ele
tem que recorrer ao Direito Civil.
Ex: Adultério

A primeira regra consagrada foi a Lei de Taleão “Olho por olho, dente por dente”, esta
foi a primeira forma de limitação do poder punitivo do Estado. Na idade média a idéia
de vingança ainda imperava.

JURISPRUDÊNCIA

Roubo- Crime de bagatela

O delito de bagatela só incide quando o valor do bem for irrelevante, não tendo
qualquer expressão econômica.
Desclassificação para furto simples.
Afigura-se como correta a desclassificação para furto operada na sentença, visto
que a violência foi contra a coisa, não havendo a intenção de lesionar a pessoa ofendida.
Se objeto subtraído é muito (menor), (inferior) ao salário mínimo, impede
reconhecer-se o delito na forma privilegiada, comprovada a ausência de antecedentes.
Por maioria, deram parcial provimento para condenar Paulo Ricardo Felício por
furto simples privilegiado art. 155, parágrafo 2º do Código Penal, a pena de multa, no
mínimo legal ( 10 dias/ multa a razão de 1/30 do salário mínimo à época do fato).
( Recurso em sentido escrito nº 295000699 1ª Câmara Criminal do TARGS,
Porto Alegre 08.03.95).

A HISTÓRIA DO DIREITO PENAL COMO SABER

A História do Direito Penal começou recentemente a partir do ilumunismo


século XVIII em 1768 quando o marquês italiano Cesar Biccaria traz ao mundo o marco
inicial do Direito Penal “Dos Delitos e Das Penas”, ele parte do pressuposto que o crime
é um ente jurídico. O crime existe e é o Estado é quem deve punir.
A Pena representava um imperativo categórico, entretanto se o Estado deve
punir ele deve respeitar um pouco a dignidade humana.
Biccaria dizia: “O homem é livre para escolher entre o bem e o mal”
Ele formou a escola clássica que dizia que o crime existia e era justo punir,
sendo que tinha limitações ao poder punitivo.
Na primeira metade do séc. XIX surge o Cezar Lombroso que ao contrário de
Biccaria ele vai tentar explicar da onde vem e porque vem o crime porque o ser humano
pratica o crime sendo Razões Endógeas. Cria a figura do criminoso nato, é aquele que já
nasceu para ser criminoso, ele nega o livre arbítrio o crime já é de sua essência.
Surge então a chamada Ideologia do Tratamento, onde se é doente, não pode ser
punida, deverá se aplicar uma medida de segurança de caráter terapêutico, as duas idéias
dele deram origem ao importante ramo da criminologia chamado Antropologia
Criminal.
Também na 1ª metade do séc. XIX surge Enrico Ferri que também procura
entender o crime e busca razões externas. Vai tentar identificar no comportamento do
criminoso diferenças entre a vida social, ele vai explicar o crime através das razões
sociais.
Surge a Sociologia Criminal “a pessoa delinque porque está fora do convívio
social”. O Estado tem que impor pena reincerindo o elemento na sociedade, a
“ressocialização”.
A junção de Lombroso e Ferre formam a escola positiva.
Surge então a Criminologia que é a junção do estudo da sociologia criminal e da
antropologia criminal.

ESTUDO DA NORMA PENAL

* Características da Norma Penal Incriminadora

Existem 2 espécies de normas:

1) As normas penais não incriminadoras:


 Permissitivas- são aquelas que trazem exclusão, bilateralidade, descaracterização do
crime. Ex: art. 23
 Especulativas- Que definem, explica um determinado conceito. Ex: art. 24
 Preceito Primário- definição do comportamento criminoso.
 Preceito Secundário- Impõe uma pena.

A norma penal incriminadora ela descreve o comportamento a ser criminoso e


impõe uma pena.
A junção do preceito primário mais preceito secundário, surge preceito geral,
que é a vontade da lei ( comando legal ) ele não está explícito na norma, ele é
implícito, você deduz.
Ex: art. 121 e art. 155 do Código Penal
A norma penal incriminadora é uma descrição do comportamento criminoso, ela
é quem define preceitos criminosos.

APLICACÃO DA LEI PENAL NO TEMPO

 Leis Excepcionais- Tem seu prazo de vigência associada a uma determinada


circunstância. Terminando o caso ela é revogada. O prazo está associado a
circunstância.
 Leis temporárias- São leis que trazem o tempo já com elas. Ex: Lei Seca.

Os atos praticados dentro dessas leis, esses atos serão regulados por estas leis
mesmo que cessado, vai continuar em vigência.
Art. 3º “A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram aplica-se ao fato
praticado durante sua vigência”.

Estas regras, Leis Excepcionais ou Temporárias são aplicadas para as chamadas


normas penais em branco que são normas penais incriminadoras que tem o preceito
incompleto, a descrição da conduta criminosa é incompleta, sendo este preceito
complementado por outro ato normativo.

 Normas penais em sentido amplo- São normas complementadas por outra lei.
 Normas penais em sentido restrito- É a norma sendo complementada por qualquer
outro ato normativo que não seja lei.
Ex: Decreto

Art.289 “Crime de moeda falsa” Falsificar, falsificando-a ou alterando a moeda


metálica ou papel moeda de curso legal no país ou no estrangeiro.
É uma norma penal incriminadora complementada por uma outra lei.

OBS: A norma penal em branco se houver variação de complemento, continua valendo


a lei excepcional ou temporária.
Ou seja ela cometeu o crime de falsificação de cruzeiro, mais atualmente é real,
ela cometeu crime porque é crime falsificar moeda não importa que ela esteja em
vigência. Art. 289
As normas penais em branco obedecem as regras das leis excepcionais quando
se fala em complementos.

É fundamental que se estabeleça o tempo do crime. Para se determinar o tempo


do crime, existem 3 teorias:

1º) Teoria da Ação- estabelece que o momento do crime ou o momento da ação ou


omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

2º) Teoria do Resultado- O momento do crime é o que se consuma que tem o resultado
da ação.

3º) Teoria Mista ou Ubiguidade- O tempo do crime tanto é o momento da ação como o
tempo do resultado.

OBS: Observamos que o nosso código penal utiliza a primeira teoria “Teoria da Ação”.

APLICACÃO DA LEI NO ESPACO / BRASIL

No nosso país temos uma regra fundamental que é o princípio da territoriedade


aos crimes praticados em território brasileiro. Aplica-se independente das outras leis de
outros países a lei penal brasileira.
Existem exceções que são os casos de extraterritorialidade. Vão aplicar a lei a
crimes que ocorreram fora do território brasileiro.
Art. 7º-Extraterritorialidade- Ficam sujeito a lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro.
 Lugar do Crime ( 3 Teorias )

1º) Teoria da Ação- Entende como lugar do crime onde ocorreu a ação ou omissão.

2º) Teoria do Resultado ou Consumação- Onde ocorre o resultado criminoso.

3º) Teoria Mista- O lugar do crime onde se desenvolveu a ação criminosa ou onde se dá
a consumação.

OBS: Observamos que o nosso código penal utiliza a 3ª teoria “Teoria Mista” que é o
Art. 6º “Considera-se praticado o crime, no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”.

 O crime praticado em extensão do território nacional;

1º) Embarcações ou aeronaves brasileiras que sejam públicas ou que estejam a serviço
do governo ela é considerada extensão do território brasileiro em qualquer lugar onde se
esteja.
Ex: O navio da Petrobrás ancora na África, ocorre um crime e a pessoa que morreu era
coreano e o outro africano, mais o crime foi cometido em território brasileiro

2º) As embarcações ou aeronaves brasileiras privadas mercantes será extensão do nosso


território quando estiverem em águas internacionais ou espaço aéreo internacional.
Ex: Um cruzeiro brasileiro privado roda ao mundo com um italiano a bordo do navio, e
ele mata um austríaco, cometendo crime em território brasileiro.
OBS: Se estiver em terra firme não é extensão do território.

Art. 5º- Territorialidade- Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados
e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.

Situações que tem a aplicação da lei penal extra-território:

Podem ser situações:


Incondicionado- Vai ser aplicada a crimes ocorridos no território sem prejuízo de
nenhuma outra lei.
Condicional- a crimes cometidos fora do território nacional vai ser necessário
observar determinadas condições. Art. 7º

PRINCÍPIOS ( nos quais aplica a lei penal brasileira mesmo extra território )

1º) Princípio da Proteção ou Defesa Real : estabelece determinados bens jurídicos de


importância fundamental de equilíbrio para o país, que o crime praticado é de ordem
ofensiva para o país que vai aplicar onde quer que seja.
Ex: Morte/Assassinato do Presidente

2º) Princípio da Justiça Penal Universal ou Cosmopolita: determinados crimes que não
importando onde seja praticado que afeta a humanidade como um todo. O brasil é
obrigado a aceitar onde é que ele ocorra.
Ex: Genocídio ( um extermínio total ou parcial de um determinado grupo étnico)

3º) Princípio da Administração:

4º) Princípio da Nacionalidade:

 Nacionalidade Ativa- Aplica-se alei penal brasileira ao crime por brasileiro mesmo
fora do território.
 Nacionalidade Passiva- Aplica-se a lei penal contra o brasileiro, mesmo fora do
território.
5º) Principio da Representação da Bandeira: O navio aportou em Cancum (México) o
navio de bandeira brasileira não foi aplicado em território brasileiro. Não se aplica a lei
penal.
Se não for julgado lá pode ser aqui por via da extraterritorialidade.
OBS: No Art. 7º do código penal os 4 primeiros casos do inciso 1º são situações
incondicionadas. Inciso 2º condicionada.

 Extraterritorialidade incondicionada – A lei brasileira se aplica sem prejuízo das de


mais leis.
Ex: Uma pessoa comete um crime no exterior e é punida com dez anos de reclusão, na
lei brasileira ele é condenado a 19 anos. Quando essa pessoa cumprir os 10 anos no
exterior, terá de cumprir mais 9 no Brasil. “Art. 9º, inciso 1º e 2º.

A sentença do estrangeiro só tem valor no Brasil se for homologada.


No Brasil a sentença só é homologada nestes dois casos:

 Para indenização (pela parte interessada).


 Para cumprimento de medida de segurança

Toda vez que ocorre um crime, surge para o Estado o interesse de punir.
A contagem de prazo no direito penal é: Conta-se o primeiro dia e despreza-se o
último dia.
O prazo para o Estado punir são de dois anos.
Ex: Pessoa cometeu um crime no dia 22/03/2000, o Estado só tem o poder de punir
até o dia 21/03/2002.

Existe no Brasil dois ilícitos penais: crimes e contravenção.


Definição de crime:

 Conceito Formal- Crime é aquilo que a lei diz que é crime, princípio da legalidade,
só há crime se houver lei. Este conceito formal de crime não estabelece subsídios
teóricos.
 Conceito Material- Crime é toda conduta que viola um bem jurídico, um dano
social(matar alguém), a vida é um bem jurídico,
 Conceito Analítico ou Científico - Este conceito traria a definição de crime através
dos elementos fundamentais para que ocorra um crime ( elementos constitutivos ).

 Von Liszt- Um dos primeiros estudiosos que trazia idéias fundamentais para o
direito penal.
Fato- Direito Penal é a ciência que vai literalmente trabalhar com o fato, aspecto externo
da conduta do agente.

Vontade- Aspecto que levou a seu comportamento. Nunca se pode em direito penal
fazer apenas uma análise de vontade ou só de fato, tem que usar as duas. Inicialmente
para que haja um crime tem que haver lei ( ela existe) ( estrutura abstrata). Tem que
haver uma conduta humana, ação em sentido amplo, que esteja na lei definida como
crime.

*Conduta humana- para haver é necessário que esta conduta seja voluntária
(voluntariedade) no agir.
Ex: Sonambulismo- não é voluntário, a ipnose também não.

 Elementos que compõe uma conduta humana - Voluntariedade, comportamento e


resultado.

Dentro da conduta humana tem de haver voluntariedade de comportamento do


qual se obtêm determinado resultado, entre comportamento e resultado tem de
haver uma relação de causalidade.
OBS: Com o suicídio, o suicida não comete crime algum, se não consegue se
matar não é crime, Art. 122º ( puni-se a pessoa que colabora com o suicida, auxilia
o suicida, fornecendo meios, dizendo para ele se matar, é crime estigar a pessoa a
cometer o suicídio.

Para que haja um crime não basta uma conduta humana, é fundamental que esta
conduta humana esteja na lei definida, como crime, tem que se encaixar a um
modelo, criado pela lei do crime.

OBS: A norma penal sempre começa por um verbo por força do princípio da
legalidade. Estes modelos descrições de crimes recebe um nome título.

 Título- Descrição legal de um comportamento criminoso. Não basta a conduta


humana ela tem que se encaixar em um título quando isto ocorre chama-se
(tipicidade).

 Tipicidade- É a adequação do comportamento humano a um tipo legal de crime,


para que haja crime é necessário que esta conduta esteja expressa identificada
adequadamente na lei como criminosa.

1º- Elemento do crime, identificação do crime.

OBS: Matar alguém é conduta Típica. Matar alguém em Legítima Defesa, a conduta é
Típica, mas não é crime. Sendo assim, não basta só a tipicidade, para haver crime, tem
que ser ilícito.

Antijuridicidade- É a posição existente na tipicidade e o ordenamento jurídico.

Matar em legítima defesa é típico, mas está segurado pelo ordenamento jurídico
que a assegura alegando que não é crime matar em legítima defesa, em caso de
necessidade, exercício regular do direito, existindo cumprimento do dever legal.
Mesmo a conduta sendo típica não será considerada crime. Art. 23
A conduta deve ter antijuridicidade para que haja crime.
Deve-se olhar para quem realiza o crime, o agente. Esta conduta deve ser
reprovável.
Ex: Uma criança de 5 anos mata alguém, outra de 18 anos mata outra no mesmo,
ambiente ( situações a princípio idênticas ), condutas típicas, são antijurídicas, a
diferença está no agente e não na conduta, o juízo de reprovação a cerca da conduta se
faz aos 18 anos é a mesma que se faz aos 5 anos.
Para haver crime, a conduta humana deve ser reprovável ( conduta passível de
reprovação) o que não pode fazer com a criança.

 Culpabilidade- Sem culpabilidade não há pena. A culpabilidade recai sobre o


agente, não está vinculada a conduta e sim ao agente, a pena que vai ser imposta é
dosada, aplicada de acordo com a reprovação, com a culpabilidade do indivíduo.
* Crime como ação típica antijurídica é culpável. Este conceito é aceito no mundo.
Estes elementos são comuns em qualquer lugar. Para haver culpabilidade é necessária
uma série de elementos que esteja em contradição com o ordenamento jurídico.

ESTRUTURA PRÁTICA DA TIPICIDADE

* O 1º elemento do crime é a tipicidade. Ela é composta de duas estruturas:

Descrição Objetiva- Conduta voluntária que faz a conduta que mostra um resultado.

Descrição Subjetiva-

ESTRUTURA DA TIPICIDADE OBJETIVA

Formas de Conduta:

1) Ação- Crimes comissivos, entretanto existe uma forma de conduta que não só se
caracteriza a ação.
2) Omissão- Crimes omissivos, onde a conduta do agente é a ausência da ação.

 Os crimes omissivos comportam divisões que são:

 Próprios ou puros- A omissão é irrelevante para o direito penal.

Impróprios ou Crimes Comissivos por Omissão- Nos crimes comissivos o


comportamento descrito na lei, o comportamento criminoso importa em um fazer, um
agir, quando o certo é não fazer.

Nos crimes omissivos a conduta a ser incriminada consiste em não fazer. Não
existem relação de causalidade.

Nos crimes omissivos próprios a lei descreve um não fazer, quando o certo era
fazer, o comportamento crime.
Ex: Art. 135, 269/ consiste na omissão.
Nos omissivos impróprios é a ausência da ação do agente garantidor.
OBS: Agentes Garantidores- São pessoas que tem o dever jurídico de agir
(socorrer) evitar que um determinado resultado aconteça.
Ex: Art. 13, parágrafo 2º

EXEMPLOS DE CRIMES COMISSIVOS POR OMISSÃO

Uma bala perdida atinge uma pessoa e um médico está junto dela e permite que
ela morra. Este médico praticou um crime comissivo por omissão.

Resultado de um crime- Deriva da teoria naturalista. Alteração causada no estado


natural das coisas adernada da conduta humana.

Só ocorre um resultado quando ocorre uma causa.

Teoria dos Equivalentes Causais- Para se determinar a causa de um resultado, teria que
voltar momentos antes do resultado tirando cada fator e analizando um por um,
excluindo até chegar ao verdadeiro.

Consagrando a máxima:
Conditio Sine Qua Non- Condição sem a qual o resultado não aconteceria.

 Causa de um resultado- É toda circunstância que contribui para que o resultado


aconteça, sendo que essa circunstância não existe, pois não haveria resultado.

Não é causa de um determinado resultado aquela circunstância que mesmo não


existindo o resultado aconteceria.
Muitas vezes para determinar um resultado nem sempre só é necessário a
conduta, mais também as concausas.

 Concausas- Circunstâncias que juntamente ou isoladamente com a conduta humana


são determinantes para o resultado criminoso.
 Concausas Absolutamente Idependentes- Independem da conduta humana.

Ex: Uma pessoa envenena outra e o onde estava desaba, mesmo que não tivesse
ocorrido o envenenamento, a pessoa morreria decorrente do desabamento.
Exclusão da imputação do resultado.

Concausas Relativamente Independentes- Condições ou circunstâncias determinantes de


um resultado mas que só ocorre dependente da conduta humana.

Se divide em:

 Concausas Relativamente Independentes que por si só provocam o resultado.


 Concausas Relativamente Independentes que provocam o resultado por si só não
havendo a exclusão da imputação. A pessoa responde como se da o resultado.

OBS: Crime de Injúria é ofender a integridade de alguém.

1/ Iter Criminais – Possui quatro etapas que constituem uma elaboração teórica.
As etapas são:
 Cogitação- Quando o sujeito idealiza um determinado evento criminoso.
 Fase de Preparação- Onde o sujeito depois de idealizado, ele realiza todos os atos
preparatórios para a execução do crime ou Conatus Remoteis.
 Fase de Execução- Onde o sujeito executa os atos preparatórios necessários a onter
o resultado que o sujeito idealizou, ou Conatus Proximus.
 Consumação- Onde o sujeito ativo da relação criminal obtém o resultado no qual ele
idealizou, preparou, executou ou Meta Opititata.

2/ Crime Consumado- Atinge as quatro etapas do Iter Criminais. Um crime está


consumado no momento em que na conduta humana, já estiverem presentes todas as
descrições contidas na definição do tipo penal. “Art. 159”

 Conceito- É aquele onde no comportamento humano estão contidos todos os


elementos do tipo penal. “Art. 14”

* Quanto a ocorrência do resultado os crimes podem ser classificados em três espécies:-

1# Crimes Materiais- Onde para se consumarem com a efetivação tem que ter o
resultado de subtrair algo como nos crimes de lesão corporal, roubo.

2# Crimes Formais ou Crimes de Consumação Antecipada- eles se consumam antes


mesmo da ocorrência do resultado, não precisa haver a ocorrência de um resultado para
a efetivação do crime ( Extorsão mediante sequestro).

3# Crimes de Mera Conduta- São aqueles que necessariamente o simples ato executório
é o próprio resultado produzido, não admite tentativa ( Crime de porte de arma é um
crime omissivo próprio).

OBS: A partir de que momento um crime é punível? A partir do momento em que o


sujeito ativo da relação criminal chega a iniciar a execução.

3/ Crime Tentado- O sujeito ativo da relação criminal inicia a execução de um


determinado delito e não se consuma em circunstâncias alheias a vontade do agente.
“Art. 14 inciso II”.

OBS1: O Art. 14 / II ela é tratada de uma norma penal incriminadora por extensão. Ela
se combina com uma outra norma penal incriminadora que descreve um fato criminoso
e aplica esse fato a uma PENA.

OBS2: Crime tentado é aquele onde existe uma diferenciação entre o ato executório e a
consumação.

* Crimes Unisubsistentes- Pode existir execução sem consumação.

* Crimes Plurisubsistentes- São aqueles aonde ao intervalo lógico temporal entre o


momento consumativo e a consumação admitem tentativa.

A punição para o crime tentado é a mesma do crime consumado diminuindo a


pena. O crime tentado é de menor potencial.
Relacionado ao crime tentado ocorre:

(1) Desistência Voluntária- É quando inciou a excução de um determinado crime, mais


antes de realizar todos os atos executórios, por ato livre espontâneo e voluntário,
para no meio e desiste da execução.

(2) Arrependimento Eficaz- O sujeito ativo da relação criminal realiza os atos


excutórios, mais antes de efetivar a consumação, por ato voluntário e espontâneo
consegue impedir a consumação do crime.

Ex: Uma mulher envenena o marido, mas quando ele começa a passar mal, ela o socorre
por livre vontade. Art. 15- Ela vai responder pelas lesões corporais.

OBS: Tanto a desistência como o arrependimento do ato do agente, estas duas condutas
são espontâneas e voluntárias.
No arrependimento eficaz importa em evitar a consumação, mas se for ineficaz só
vai ser atenuante.

(3) Arrependimento posterior- Uma situação criminosa onde o sujeito vai atingir as 4
etapas do Iter Criminais. Ele chega a consumação do crime, mesmo tendo a
consumação ele se arrepende e indeniza, repara o dano causado relativo ao crime,
ele restitui a última por ato espontâneo. Existem dois detalhes fundamentais:

1: O âmbito de incidência de arrependimento posterior, só é possível quando não há


violência grave ou grave ameaça contra a pessoa.

2: Até que momento poderá se arrepender e gozar desse arrependimento?


Até o início da ação penal.

Âmbito de Evidência- Crimes sem violência, lesão grave contra a

Arrependimento
Até que momento se arrepende- Início da ação penal

(4) Crime Impossível- Art. 17. Realiza os atos executórios. Chega a excussão visando
obter a consumação, que não vai acontecer por situações alheias a sua vontade, só
que ele possui duas razões para a consumação não ser efetuada.

1> O objeto do delito é absolutamente impróprio.

2> Ineficácia absoluta do maio utilizado

Ex: Um indivíduo pensa em matar uma pessoa, pega a arma e vai ao encontro desta
pessoa, só que ela já está morta, mais mesmo assim atira, quer dizer que é
absolutamente impróprio o objeto do delito.

Ex2: Uma pessoa anda pela rua e um ladrão enfia a mão no bolso e não possui objeto
algum. É ineficácia absoluta do meio utilizado.
Nas hipóteses de crimes impossíveis não existe uma ameaça a alguém direito.
Os crimes impossíveis são impuníveis e não respondem por nenhum crime.

* Hipótese do flagrante de delito- Está realizando os atos executórios.

* Flagrante preparado consiste em uma hipótese de crime impossível.

No flagrante preparado é quando eu provoco uma pessoa a praticar um crime e


prendo, a conduta é provocada.
Entretanto não se constituiu todavia hipótese de crime impossível o flagrante
esperado o sujeito ativo da relação criminal pratica o crime por vontade própria, só que
eu já tinha ciência do crime e espero ele praticar para pegar em flagrante.

No direito penal só se puni uma conduta criminosa via de regra por dolo
(intenção) ou eventualmente por culpa.

(5) Crime Doloso- Art. 18. Vontade de produção de um determinado resultado.

TIPOS DE DOLO

1# Dolo Direto- O sujeito ativo da relação criminal ele idealiza, vislumbra um resultado
final e atinge o resultado, quer praticar o resultado idealizado.

2# Dolo Eventual- O sujeito ativo da relação criminal ele representa, prever a ocorrência
de um determinado resultado criminoso, mais que ele não quer que aconteça mais se
vier a acontecer ele suporta o risco do resultado, é fundamental dizer que a pessoa
assumiu o risco da produção do resultado, ser indiferente a essa ocorrência.

(6) Crime Culposo- Art. 18. O sujeito ativo da relação criminal da causa, a um
determinado resultado, resultado esse que não é desejado, não é assumido, mais era
resultado de possível previsão. Ele atua de maneira descriminada, acaba provocando
um resultado que não queria, não assumiria.

ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO

1= Violação do dever de cuidado por parte do agente, negligência da sua conduta


descuidada.

2= Produção de um determinado resultado como consequência da sua conduta


descuidada.

3= Possibilidade de se prever a ocorrência do resultado.

O crime culposo era evitável. Um elemento fundamental da culpa é a


possibilidade.
Ex: Uma pessoa está conduzindo seu carro com o sinal verde para você e de repente
uma outra pessoa se joga em cima do seu carro, você não tem culpa, foi uma conduta
atípica.
Culpa em direito penal se prova não se pressume.

* Tipos de Culpa:

1- Culpa Inocente- O sujeito ele prevê a ocorrência de um resultado mais tinha


condição de prevê que agindo de forma descuidada poderia causar um acidente.

2- Culpa Conciente- O sujeito da causa, a um resultado que ele não queria produzir,
não assumia o resultado, ele acha que não vai acontecer.

OBS: Se no tipo penal não tiver nenhuma referência dolosa ou culposa ela será
expressamente dolosa. Só se puni de forma culposa quando a referência estiver
expressa.

(7) Crimes qualificados pelo resultado- Onde o sujeito muitas vezes produz uma
conduta criminosa que pode se tornar mais grave com a consumação do resultado.
A pessoa age com dolo mais o dolo em resultado mais grave.

(8) Crime Preterintensional- É aquele que o sujeito ativo da relação criminal produz um
resultado além, mais grave do que ele desejava produzir, ou seja que ele tinha dolo
(desejo) em produzir.

Ex: Uma mulher discutindo com o marido joga um objeto em sua cabeça com o intuito
de ferir e acaba o matando.
Ela tinha dolo em relação a lesão, mais não tinha dolo em relação a morte, mais
poderia prever o resultado mais grave, portanto é culposo.

 Crime Preteintensional ou Preterdoloso- Existe dolo na conduta inicial e culpa na


conduta final.
Neste crime o sujeito produz um resultado mais grave do que tinha intenção, além
do desejado, para que esse resultado seja considerado mais grave deve haver a
possibilidade de se prever.

 Nos crimes qualificados pelo resultado o resultado tem que ser previsível para
qualificar.

OBS: No direito penal, você só é condenado se praticou algo por dolo ou culpa.

* Tipicidade- É a característica de uma conduta.

* Crimes Comissivos Dolosos- São praticados através de uma ação.

* Crimes Omissivos- O sujeito ativo da relação criminal comete o crime ao não fazer o
que deveria ser feito.

* Crimes Comissivos por Omissão- O sujeito ativo da relação criminal responde a um


crime por relação comissiva.
* Crime Culposo- O sujeito em uma conduta voluntária provida de imperícia, acaba
produzindo, um resultado que não era previsto.

SEGUNDO ELEMENTO DO CRIME

Antijuridicidade ou ilicitude- O comportamento típico ( previsto em lei) via de regra é


considerado um ato ilícito.

CIRCUNSTÂNCIAS EXCLUDENTES DA ANTIJURIDICIDADE

São circunstâncias que mesmo havendo comportamento típico, esse


comportamento não será ilícito.

Ex: Um homem saca seu revólver para matar uma mulher, ela saca seu revólver e atira
no homem, em legítima defesa, a conduta é típica mais não é antijurídica.

 Ilicitude- Contrariedade da conduta típica do ordenamento jurídico.

Quando a conduta típica afasta a possibilidade de ilicitude?


Quando se tem a exclusão de ilicitude nas condutas que estão previstas em lei.

Art. 23 Código Penal Brasileiro

* No art. 128 temos hipóteses que se pode praticar o aborto legalmente, hipóteses que
tornam ilícitas a pratica do aborto ( aborto conduta típica).

Estado de Necessidade- Pensar em estado de necessidade é pensar na existência da


situação de perigo, um risco fundado, um perigo que recai sobre um bem jurídico
legítimo, bem jurídico este que pode ser tanto do sujeito ativo da relação criminal
quanto de terceiros.

CARACTERÍSTICAS DO PERIGO QUE COMPÕEM O FATO NACESSITADO

 Perigo que é atual deve estar acontecendo agora


 Perigo este que é inafastavel
 Perigo que não foi produzido por ação voluntária do sujeito, este não pode dar a
causa a este perigo.

* Bem Jurídico legítimo- É o que é reconhecido pelo Direito.

A pessoa em estado de perigo atual pode preservar o bem jurídico legítimo dele
ou de terceiros sacrifica outro bem jurídico igualmente legítimo. Estado de perigo este
que não foi ele quem causou.

Ex: Um homem andando pela rua se vê de frente com um furacão, para se salvar invade
uma casa para se abrigar, cometendo assim um ato ilícito ( invasão de domicílio).
Sacrificou um bem jurídico para salvar outro, a sua vida que estava em perigo atual.
Agiu em estado de necessidade.

“Este perigo não pode ser provocado dolosamente pelo agente. O perigo deve ser atual”.
Para se reconhecer o Estado de Necessidade há a necessidade de se haver uma
igualdade entre o bem jurídico que foi sacrificado e o bem jurídico que foi preservado ,
não há estado de necessidade se o valor do bem jurídico preservado for maior que o bem
jurídico sacrificado, no máximo igual não há problema. Se o bem sacrificado tiver valor
maior que o preservado.

Estado de necessidade Justificante- ( situação de perigo) que torna ilícito um


determinado comportamento típico exclui a ilicitude a antijuridicidade.

Só pode se beneficiar do estado de necessidade aquela pessoa que não tem o


dever jurídico de enfrentar o perigo.( quem tem o dever jurídico são os agentes
garantidores)

Existem duas teorias para estado de necessidade:

 Teoria unitária- Só o estado de necessidade que torna lícito se o bem jurídico


sacrificado fosse de maior valor jurídico que o bem preservado.

 Teoria Diferenciadora- Sacrifica o bem jurídico de valor igual a do preservado.

* Se o bem jurídico for de valor maior do que o sacrificado, se tem uma conduta típica,
não se tem estado de necessidade justificado.

* Não se pode alegar, beneficiar estado de necessidade a pessoa que provocou


dolosamente.

* Só tem estado de necessidade situação que não suportasse a necessidade de perigo.

EXCLUDENTE DE ILICITUDE = antijuridicidade

Legítima Defesa- Não pode ser ilícita a conduta de uma pessoa que se defende. Art. 25

Pressuposto da Legítima Defesa:

A existência de uma agressão, que somente pode partir de uma ação humana.

Características da agressão de Legítima Defesa- Agressão injusta, está em desacordo


com o direito, ilícita.

Só existe legítima Defesa:

 Se a reação da agressão for atual ou iminente ( está para acontecer).

 Não vai existir Legítima Defesa se a reação for passada ou futura.

 Na legítima defesa tem uma agressão injusta, atual e iminente contra um direito
próprio ou de terceiros.
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAL DA LEGÍTIMA DEFESA

* Usar moderadamente os meios, e usar dos meios necessários

* Atua a legítima defesa, uma pessoa que reage a uma agressão justa ou eminente.

* Não existe possibilidade de legítima defesa recíproca.

* A legítima defesa tem como pressuposto a injustiça.

Ex1: “A” injustamente agride “B”, “B” reage a agressão de “A” utilizando de forma
moderada os meios necessários para se livrar dela.
Diante desta reação de “B” poderia “A” reagir a essa agressão de “B”, se
valendo da legítima defesa? Não.
Conduta “A” ilícita a conduta de “B” é justa se o “B” reagir contra “A” estaria
reagindo contra uma conduta justa. Pois se “B” está em legítima defesa o seu
comportamento é justo e a legítima defesa só é reconhecida sobre conduta ilícita.

Ex2: “A” injustamente agride “B”

Você também pode gostar