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Ficha técnica
É expressamente proibida a reprodução no todo ou em parte da presente obra sem autorização do editor de harmonia com a
lei em vigor.
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NOTA INTRODUTÓRIA
Este livro, pela sua própria natureza, não tem a pretensão de esgotar o tema Tecnologia de Soldadura, que todos os dias é
ampliado e enriquecido com técnicas novas.
Aspira, essencialmente, a compilar os elementos essenciais a considerar na realização das soldaduras em estruturas
metálicas.
A informação que se proporciona será útil aos soldadores qualificados ou em fase de qualificação. Este livro contém, ainda,
informação para todas as pessoas ligadas directa ou indirectamente com o Processo Especial de Soldadura.
Os autores
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INDICE
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2 – PROCESSOS DE SOLDADURA 6
5 – SIMBOLOGIA 40
8 – RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA 58
12 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 88
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Até ao século XIX o único processo de soldadura existente era o utilizado pelo ferreiro, o qual concentrava calor na zona
que queria ligar provocando a sua fusão ou deformação. A soldadura por fusão só se tornou uma realidade após a invenção
do arco eléctrico.
Os processos de soldadura por arco eléctrico são, sem dúvida, os processos mais importantes de “soldadura por fusão”. Há
pelo menos 35 processos de soldadura com diferentes variantes e na maioria dos casos utiliza-se calor para fundir o metal,
de forma a criar a ligação entre as partes a serem soldadas, as quais solidificam ao retirar-se a fonte de calor. É um método
de união de metais de elevada eficiência, económico e flexível o qual permite aos engenheiros e projectistas novas
possibilidades na utilização dos materiais.
Os processos de soldadura por fusão têm-se desenvolvido e melhorado significativamente. Eles são responsáveis pela
grande parte das ligações soldadas e a sua variedade torna possível ao utilizador seleccionar o processo e a técnica adequada
de acordo com a aplicação em causa e os metais envolvidos.
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2 – PROCESSOS DE SOLDADURA
Estas gotas de metal, bem como todo o banho em fusão, são protegidas da contaminação
atmosférica através de um envelope gasoso gerado pela decomposição do revestimento
do eléctrodo.
A escória que se produz flutua sobre o banho em fusão protegendo o metal depositado da contaminação atmosférica
durante o período de solidificação.
A escória que, entretanto, solidificou deve ser removida após a execução de cada passe de soldadura.
Actualmente produzem-se centenas de tipos de eléctrodos contendo ligas que garantem aos respectivos metais depositados
características de durabilidade e resistência mecânica.
Este processo é essencialmente utilizado para a soldadura de ligas ferrosas na fabricação de estruturas metálicas, na
construção naval e nos trabalhos de metalomecânica em geral.
Apesar da relativa lentidão de execução do processo, devido às trocas de eléctrodo e à necessidade de remover a escória,
esta permanece como uma das técnicas de soldadura mais flexíveis apresentando vantagens notórias em áreas de acesso
restrito.
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Definição
Princípios de funcionamento
O arco formado está contido numa cavidade cheia de gases (CO2, CO, etc) e vapores dos metais fundidos: esta cavidade é
circundada por um lado pelo metal base não fundido e por outro pelo metal depositado que está a solidificar-se.
No topo do metal solidificado forma-se uma fina camada de escória sólida, que tem origem no fluxo fundido, a qual
recobre toda a superfície do cordão de soldadura. Por baixo da escória, o metal fundido apresenta uma superfície
praticamente lisa, característica deste processo, devido à elevada quantidade de calor transmitido ao banho de fusão e à
baixa velocidade de arrefecimento do metal em contacto com a escória.
O fluxo é um elemento básico de todo o processo, tornando possível as condições de funcionamento que o diferenciam de
todos os outros processos de soldadura.
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O fluxo no estado fundido torna-se extremamente condutor de electricidade, não sendo no entanto condutor a frio, o que
pode dificultar o escorvamento do arco. O arco é escorvado tocando com o eléctrodo na peça.
O fluxo assegura a protecção do banho contra a atmosfera, pela criação de um envelope liquido de fluxo. Tem ainda uma
acção de limpeza, modifica a composição química e influencia a zona do metal fundido.
O fluxo que não é fundido durante a soldadura é recuperado (aspirado e reciclado) para ser utilizado de novo, uma vez que a
sua composição e propriedades não são alteradas.
De salientar que atendendo ao facto do arco eléctrico não ser visível, torna-se indispensável um rigoroso ajustamento dos
parâmetros de soldadura antes de se iniciar a operação.
Para se obter soldaduras de alta qualidade é necessário ter um material base homogéneo, sem sujidades (na zona a soldar), e
sem outras impurezas. Ou seja, é necessário uma boa preparação da junta.
Uma das grandes vantagens deste processo de soldadura resulta do facto do arco eléctrico estar completamente tapado, o
que permite a utilização de correntes elevadas sem que existam explosões ou salpicos do metal em fusão, evitando-se
simultaneamente o contacto do metal em fusão com a atmosfera. As altas correntes utilizadas originam fortes penetrações,
sendo também o rendimento térmico elevado devido ao facto de grande parte do arco estar abaixo da superfície da chapa a
soldar.
Parâmetros do processo
A correcta selecção dos parâmetros de soldadura, para uma dada espessura e tipo de junta, é de fundamental importância
para evitar defeitos de soldadura.
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Continuação
PARÂMETRO AFECTA EFEITOS
Consumíveis
Os consumíveis utilizados são os eléctrodos e os fluxos, sendo a combinação entre eles, juntamente com o metal de base e o
procedimento de soldadura, que determinam as propriedades mecânicas do cordão de soldadura.
Fluxos
Os fluxos são compostos minerais fusíveis em várias proporções e sob a forma granular. A classificação dos diversos tipos
de fluxos existentes no mercado pode ser feita de diversos modos, atendendo à sua composição, características químicas,
método de fabrico ou uso.
Fio eléctrodo
Os eléctrodos são normalmente fios sólidos, fornecidos na forma de bobinas, com diferentes tamanhos, dependendo do tipo
e quantidade de soldaduras a realizar. Estes fios são produzidos por trefilagem e podem ter um revestimento superficial de
cobre.
Equipamentos
Em todos os equipamentos convencionais de soldadura existem três operações fundamentais: escorvamento do arco
eléctrico, manutenção do arco eléctrico e deslocamento do arco ao longo da soldadura.
As duas primeiras operações são realizadas pela máquina de soldadura, enquanto que a terceira é executada pelo sistema de
movimentação integrado no equipamento. Alguns equipamentos modernos permitem fazer uma sensorização do cordão de
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soldadura, utilizando para tal sensores adequados, e permitindo assim uma correcção dos parâmetros de soldadura durante a
sua execução.
Um equipamento de soldadura por arco submerso é constituído por uma máquina de soldadura, tocha de soldadura,
alimentador do material de adição (fio eléctrodo), sistema de controlo, dispositivo de alimentação de fluxo e cabos
eléctricos e sistema de movimentação.
Exemplos:
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Fixação
Devem ser limitados os deslocamentos das peças a soldar. Se necessário utilizar pingos, grampos, gabarits para a fixação.
Se as peças forem muito espessas, bastam pingos para alinhar a junta. Se as peças tiverem espessuras finas, as peças devem
ser grampeadas.
Inclinação
Os trabalhos devem executar-se preferencialmente ao baixo. Pode tolerar-se ligeira inclinação, com soldadura a fazer-se na
descendente.
Servem para iniciar e acabar a soldadura fora da peça a soldar. Evita-se defeitos de arranque e de finalização na peça.
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Posição do fio
Existem três factores a considerar: alinhamento do fio em relação à junta, ângulo de inclinação na direcção lateral, direcção
do fio (para a frente ou para trás).
Dadas as características do processo (utilização de um fluxo granulado) torna-se necessário, por vezes, suportar o cordão de
raiz. Isto é, sempre que existe um certo afastamento entre os materiais há necessidade de haver suporte artificial ou de um
cordão anterior. Existem cinco métodos de suporte do metal fundido: barras de aço (cobrejunta em ferro), cobrejunta em fita
cerâmica, cobrejunta de metal de soldadura (primeiro passo manual), cobrejunta de cobre e cobrejunta de fluxo.
Soldaduras circunferenciais
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Defeitos de soldadura
Podem ocorrer com o processo de soldadura por Arco Submerso defeitos cujas causas mais comuns são descritas na Tabela.
Aços macios
A escolha do fluxo está dependente, em geral, do grau de soldabilidade requerida, excepto em aplicações para baixas
temperaturas. Nestes casos é preferível usar fluxos que produzam metal depositado com um nível de inclusões baixo.
Em geral, os fabricantes de materiais de adição dão indicações que podem ser úteis na escolha do binário fio-fluxo mais
indicado para determinada aplicação.
Devido ao efeito da diluição, elementos de liga do metal base podem ser introduzidos no metal depositado o que poderá
alterar significativamente as propriedades do metal depositado. O Nióbio (Nb), por exemplo, aumenta a resistência do metal
depositado, embora possa reduzir a sua tenacidade. O mesmo se passa com o Vanádio (V) principalmente se o Nb está
presente também.
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Boas propriedades de resistência e tenacidade são obtidas quando os teores de Manganésio e Molibdénio, Níquel e Boro são
suficientemente elevados.
Aplicações
A soldadura por arco submerso tem a sua maior aplicação na soldadura de aço carbono e de baixa liga, embora seja também
aplicável à soldadura do aço inoxidável, alumínio e cobre.
Trata-se de um processo utilizado sobretudo em soldadura ao baixo, em que os cordões a realizar têm um grande
comprimento e são rectilíneos.
É utilizada em fabricação, manutenção e recuperação de peças metálicas e encontra uma grande aplicação em estaleiros
navais, reservatórios, fábricas de perfis e estruturas metálicas, tubagens, automóvel, etc.
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2.3 - Processo de soldadura por arco eléctrico com eléctrodo refractário e protecção gasosa (T.I.G.)
Princípio do processo
O calor desenvolvido pelo arco é suficiente para fundir a peça formando um banho de fusão ao qual se pode juntar um metal
de adição para completar a soldadura.
Uma segunda função do arco é a limpeza da superfície do banho de fusão e do metal de base adjacente, de óxidos
superficiais, não sendo portanto necessário a utilização de fluxo. O gás de protecção deve ser inerte para que não haja
contaminação do eléctrodo de tungsténio.
A escolha do tungsténio, como eléctrodo, é devida ao seu elevado ponto de fusão e à sua elevada emissividade. A primeira
característica permite a redução de desgaste do eléctrodo enquanto a segunda facilita a ionização e por consequência o
estabelecimento do arco e a sua manutenção.
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Instalações de soldadura
Utiliza-se corrente contínua de polaridade directa (polo - ao eléctrodo, polo + à peça) para soldar aços macios, aços
inoxidáveis e cobre.
A corrente alternada é absolutamente necessária para a soldadura do alumínio, magnésio e suas ligas. Este tipo de corrente
permite quebrar a camada de óxidos e realizar a decapagem do banho de fusão, facilitando a soldadura.
A soldadura em corrente contínua e polaridade inversa (polo + ao eléctrodo, polo – à peça), origina fraca penetração, largura
do banho de fusão demasiado elevada e desgaste rápido do eléctrodo. Por isso na prática quase não se utiliza.
Inicialmente começou por usar-se eléctrodos de tungsténio puro, no entanto verificou-se que a adição de 1% a 2% de Tório
(óxidos de tório) ou Zircónio (óxidos de zircónio) trazia vantagens para o processo. A adição destes óxidos ao tungsténio
puro aumenta a emissão de electrões melhorando o escorvamento do arco e sua reignição, e portanto a estabilidade do arco,
particularmente com intensidades de corrente baixa. Ao mesmo tempo esses elementos aumentam a duração dos eléctrodos,
podem ser utilizados com maiores intensidades de corrente e diminuem a possibilidade de introduzir inclusões de tungsténio
no metal depositado.
Os eléctrodos de tungsténio com 1-2% de Tório são recomendados para soldadura em corrente contínua; o seu uso não é
recomendado na soldadura do alumínio e ligas leves.
Os eléctrodos de tungsténio com Zircónio foram desenvolvidos para serem usados com corrente alternada e portanto são
particularmente recomendados para a soldadura de alumínio e magnésio e respectivas ligas.
Produtos consumíveis
Gás de protecção
Os gases de protecção utilizados no processo T.I.G. desempenham fundamentalmente duas funções: proporcionam uma
atmosfera fácilmente ionizável e protegem o banho de fusão da contaminação pelo oxigénio e azoto do ar. Os gases mais
utilizados são: Argon - É um gás inerte, sem cheiro, não tóxico e apresenta as seguintes vantagens: produz um arco estável,
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a tensão do arco é baixa para uma dada corrente, boa acção de decapagem na soldadura do alumínio, fácil acendimento do
arco, baixos débitos para uma protecção eficaz; Hélio - É um gás inerte, é menos denso que o Argon e por isso apresenta
como desvantagem em relação ao Argon o facto de necessitar de 2 a 2,5 vezes maior caudal para dar a mesma protecção. A
característica principal do Hélio é a sua elevada condutibilidade térmica que o torna vantajoso na soldadura de grandes
espessuras ou em aplicações mecânicas de elevada velocidade.
As misturas argon-hélio poderão ser vantajosas em aplicações onde se deseje um compromisso entre as características de
ambos.
A utilização de misturas argon-hidrogénio limita-se aos aços inoxidáveis e ligas de níquel-cobre, já que o hidrogénio produz
efeitos prejudiciais na maioria dos outros materiais.
O caudal necessário para se obter uma soldadura de qualidade depende de vários factores: material base, forma e diâmetro
da tocha, tipo de junta e local de trabalho.
Metais de adição
Os metais de adição, quando usados, são em geral semelhantes mas não necessariamente idênticos ao material a soldar. Em
geral, a composição do metal de adição é ajustada de modo a atingir as características do metal base. Para minimizar a
oxidação, devida à existência de óxidos superficiais ou de mistura de ar no gás de protecção, adicionam-se elementos
desoxidantes ao material de adição.
Materiais Base
O processo T.I.G. pode ser usado para soldar uma grande variedade de materiais. É, especialmente, indicado para a
soldadura de materiais altamente reactivos com os quais se podem obter soldaduras isentas de defeitos, quando se utilizam
câmaras de argon ou buses especiais. O comportamento dos metais, durante a soldadura com T.I.G., pode ser
correlacionado com a estabilidade do óxido que se forma à sua superfície. Na Tabela seguinte são indicados os defeitos que
podem ocorrer e modo de os evitar, para diversos tipos de materiais.
A soldadura T.I.G. aplica-se principalmente na soldadura de chapas finas (espessura inferior a 3 mm e vulgarmente sem
vareta de adição em chapas muito finas). A chama do arco, não tem qualquer acção desfavorável sobre a soldadura, que
dará bons resultados com aços calmados. Na soldadura de aços efervescentes corre-se o risco de se formarem poros, devido
à combinação do carbono com o oxigénio (formação de monóxido de carbono - CO). Se utilizarmos um metal de adição
calmado (contendo silício) e de alta pureza poderemos obter soldaduras de boa qualidade.
Deve utilizar-se corrente contínua, polaridade directa (polo – ao eléctrodo) e escorvar-se o arco fora da soldadura, sobre
uma placa de cobre.
Este tipo de aços é sempre fornecido no estado calmado. Assim, para a soldadura pelo processo T.I.G. destes materiais,
utiliza-se um metal de adição do mesmo tipo mas sempre calmado. A limpeza química, não é aconselhada para a preparação
das superfícies a unir devido ao risco da libertação do hidrogénio. A natureza da corrente é idêntica ao caso anterior.
Aços inoxidáveis
Estes aços são essencialmente calmados pelo que podem ser soldados com ou sem metal de adição ou em passes múltiplos.
A condutibilidade térmica destes aços é pequena (a terça parte dos aços correntes), pelo que as chapas espessas poderão ser
soldadas com uma intensidade relativamente fraca e em chapas finas. A protecção pelo argon suprime a perda de elementos,
as projecções são nulas e os cordões lisos, brilhantes e de bom aspecto. Além disso, a concentração de calor necessária ao
processo T.I.G., reduz, neste tipo de aços, as deformações.
A soldadura deve ser executada exclusivamente em corrente contínua, pólo negativo ao eléctrodo.
Aplicações
A soldadura T.I.G. apresenta vantagens significativas para uma larga diversidade de aplicações industriais, as quais vão
desde a elevada qualidade requerida na indústria aeroespacial e nuclear, à elevada velocidade necessária para a fabricação
de tubos e chapas, até à flexibilidade que a soldadura T.I.G. apresenta para trabalhos de reparação.
Este processo de soldadura permite um controlo preciso da entrega térmica pelo que é recomendado para a ligação de
metais de pequena espessura e para a realização de cordões em componentes sensíveis aos calor.
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É um processo adequado para soldar quase todos os metais, particularmente alumínio e magnésio, bem como metais
reactivos, como o titânio e o zircónio. Pode-se também soldar aços ligados, aços inoxidáveis e ligas de níquel entre outras.
A soldadura T.I.G. pode ser utilizada com todos os tipos de juntas e preparações em chapa, tubo ou quaisquer outras
formas.
A utilização do processo T.I.G. sem material de adição, é particularmente indicada para espessuras finas, sendo uma técnica
facilmente automatizável.
Alguns sistemas recentes incorporam controlo adaptativo o que permite a correcção dos parâmetros do processo. O
objectivo é manter a qualidade da soldadura constante, independentemente das alterações que os parâmetros possam sofrer.
O ajuste de cada variável, como intensidade de corrente ou comprimento do arco, é realizado através de monitorização das
características do cordão, nomeadamente a largura do banho de fusão.
Em determinados sistemas estão incorporados outros dispositivos que permitem controlar o posicionamento do eléctrodo
ou, quando se usa metal de adição, a taxa de fusão.
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2.4 - Processo de soldadura por arco eléctrico com fio eléctrodo e protecção gasosa (M.I.G./M.A.G.)
Principio do Processo
Quando o gás de protecção é um gás inerte, como o Argon, o processo é conhecido como “M.I.G.” (Metal Inert Gas).
Quando o gás de protecção é um gás activo, como o CO2, o processo é conhecido como “M.A.G.” (Metal Active Gas).
Parâmetros do processo
Os principais parâmetros que influenciam a qualidade do cordão de soldadura realizado, utilizando o processo M.I.G. /
M.A.G. são os seguintes: intensidade de corrente, tensão do arco, velocidade de soldadura, extensão do eléctrodo, posição
da tocha, diâmetro do eléctrodo e tipo de gás de protecção.
Para que o processo de soldadura seja eficaz em cada situação, isto é, para um determinado tipo metal base, diâmetro do fio,
tipo de junta, existe um equilíbrio entre os vários parâmetros de soldadura.
INTENSIDADE DE CORRENTE
O aumento do seu valor tem como resultado o aumento da penetração, da largura do cordão de soldadura e também da
quantidade de metal depositado.
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O valor da intensidade de corrente varia com a velocidade de alimentação do fio e o valor correcto a utilizar numa
determinada situação varia com a composição química do eléctrodo e o seu diâmetro.
TENSÃO DO ARCO
O valor ideal a utilizar para se obter uma bom cordão de soldadura é difícil de determinar requerendo muita experimentação
para ser alcançado;
O seu valor é influenciado pela espessura do metal de base, pelo tipo de junta, pela posição de soldadura, pelo diâmetro do
fio e pelo gás de protecção;
Quando são utilizados valores muito altos aparecem porosidades, salpicos e bordos queimados.
VELOCIDADE DE AVANÇO
Com o seu aumento, aumenta a quantidade de fio fundido devido ao aumento do calor.
É de ter em conta que a extensão do eléctrodo também não pode ser demasiado elevada pois o arco torna-se instável porque
o fio começa tremer e por falta de protecção gasosa dando origem a porosidades e a um cordão irregular com menor
penetração.
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POSIÇÃO DA TOCHA
A posição correcta a utilizar depende do diâmetro do fio, da posição de soldadura e do tipo de junta a ser soldado.
Soldadura à Soldadura à
Direcção de soldadura
esquerda direita
Pouco
Mais
Penetração
profunda
profunda
Tendência para o
Maior Menor
aparecimento de poros
GÁS DE PROTECÇÃO
O gás de protecção tem influência em muitos aspectos, tais como: a estabilidade do arco, a geometria do cordão e as
propriedades mecânicas.
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9 AÇO CARBONO – CORGON 18/Linde ( Argon com 18% de CO2) – M21/NP EN 439
9 AÇO INOXIDÁVEL – CRONIGON 2/Linde (Argon com 2.5% de CO2) – M12/NP EN 439
9 LIGAS DE ALUMÍNIO – ARGON – I1/NP EN 439
Metal de adição
À semelhança do gás de protecção, a escolha adequada do metal de adição é feita em função de um número considerável de
factores, como o metal que estamos a soldar, as propriedades mecânicas requeridas, o modo de transferência de metal
pretendido e a posição de soldadura.
O fio mais adequado à soldadura de um dado material deve ser, em termos de composição química, o mais similar possível
ao metal base, tendo no entanto presente que a maior parte das vezes, para a obtenção das características mecânicas mais
favoráveis, é necessária a alteração da composição do metal de adição com alguns elementos de liga.
Os fios consumíveis mais comuns têm diâmetros entre 0.8 e 1.2 mm e são comercializados em bobines ou rolos.
Os fios consumíveis recomendados para cada material são os seguintes:
METAL DE ADIÇÃO
METAL BASE
( Material adicionado à junta de soldadura que,
( Material a ser soldado ) em conjunto com o material base, estabelece a
ligação entre as peças a soldar )
AÇO CARBONO St12/DIN 1623 ; St37.2/DIN 17100 ; St44.2/DIN
SG2/DIN 8559 ; SG3/DIN 8559
17100 ; St52.3/DIN 17100
3Cr12/Cromweld – X2CrNi12/EN 10088-2 ER309LSI/AWS A5.9-93
AÇO INOXIDÁVEL
AISI 304 ER308LSI/AWS A5.9-93
Equipamento
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1 - Fonte de alimentação
2 - Gás de protecção
4 - Tocha de soldadura
5 - Caixa de comando
6 - Manoredutor e Debitómetro
7 – Refrigeração (opcional)
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Modos de transferência
O processo M.I.G. / M.A.G. pode subdividir-se em dois processos de soldadura conforme o modo de transferência de
material do eléctrodo para a peça.
O método original, usado principalmente com ligas não ferrosas no qual o metal do eléctrodo é transferido sob a forma de
um Spray de goticulas.
O segundo método dito de Curto Circuito ou Transferência por Imersão no qual a transferência do metal é feito através de
uma série de curto circuitos entre o eléctrodo e a peça.
Transferência em Spray
Este modo de transferência é usado, principalmente, com as ligas de alumínio embora também possa ser usado com os aços.
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São apresentados a seguir esquematicamente os modos de transferência com a indicação da frequência de transferência das
gotas:
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A transferência por curto circuito ocorre quando o metal é transferido para a peça de
trabalho apenas durante o período em que o eléctrodo está em contacto com o banho de
fusão.
Quando a fusão do fio se inicia e o banho de fusão se forma, a ponta do eléctrodo penetra no
banho causando um curto circuito.
Este facto resulta num rápido aumento de temperatura no fio (originado pela corrente de
curto circuito passando através da peça) e a ponta do eléctrodo em fusão destaca-se sendo
absorvida pelo banho de fusão.
Este arco mantém o circuito eléctrico e produz calor suficiente para manter o banho de fusão
fluido.
O eléctrodo continua a fundir e a ponta penetra uma vez mais no banho de fusão.
Esta sequência de acontecimentos é repetida com uma frequência que varia de 20 a 200
vezes por segundo.
Apesar da transferência de metal ocorrer unicamente durante o curto circuito, a composição do gás de protecção tem uma
influência importante na estabilidade operatória do processo. O tipo de gás influência a dimensão da gota, a duração do
curto circuito e a quantidade de salpicos. Uma protecção de CO2 puro dá origem a um arco mais instável e a maior
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libertação de salpicos, mas, dá também origem a uma maior penetração. Para a obtenção de uma base de compromisso entre
a libertação de salpicos e a penetração, utilizam-se misturas de Argon e CO2 em metais ferrosos como os aços carbono,
carbono-manganês, baixa liga e microligados e adições de Hélio para metais não ferrosos.
Esta técnica permite a soldadura em todas as posições em aços por transferencia por Spray.
As forças necessárias para destacar e transferir as gotas de metal fundido do fio para a peça
são proporcionais ao quadrado da intensidade da corrente.
Em soldadura com arco pulsante é debitada uma densidade de corrente elevada em períodos
determinados a fim de destacar e transferir a gota de metal fundido a qual tem vindo a formar-
se durante um período em que a intensidade de corrente é baixa.
Com esta técnica usam-se duas fontes de corrente: uma debita uma corrente de base,
suficiente para escorvar o arco e manter ionizado o espaço entre o eléctrodo e a peça; a outra
debita a intensidade de corrente elevada que irá provocar a transferência da gota.
Esta técnica de soldadura veio alargar o campo de aplicação do processo M.I.G. tanto na
soldadura de metais ferrosos como não ferrosos.
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As principais vantagens são: soldadura isenta de salpicos, aspecto regular da superfície do cordão, penetração constante,
possibilidade de ser usada em todas as posições, energia térmica posta em jogo por unidade de metal depositado mais
elevada que no caso do Curto Circuito, conteúdo de carbono do metal depositado mais reduzido, gama de intensidades mais
vasta.
Equipamentos
Uma instalação de soldadura M.I.G. / M.A.G. pode ser manual (semi-automática) ou automática.
A denominação “semi-automática” deve-se ao facto da alimentação do fio eléctrodo se fazer automaticamente pela
máquina, sendo as restantes operações realizadas pelo soldador. No caso de soldadura totalmente automática, após a
regulação dos parâmetros pelo operador, este não tem mais interferência na operação de soldadura.
O equipamento necessário para o funcionamento do processo M.I.G. / M.A.G. é constituído pelos seguintes elementos:
fonte de alimentação da corrente de soldadura, fonte de gás de protecção, unidade e alimentação do fio, tocha ou pistola de
soldadura, caixa de comando, manoredutor e debitómetro (no caso de se estar a utilizar o dióxido de carbono - CO2 - é
necessário utilizar também um pré-aquecedor).
Eléctrodo
Com este processo de soldadura podem-se soldar quase todos os tipos de materiais, porque existe uma grande diversidade
de consumíveis que permitem a soldadura dos mais variados materiais. O fio mais adequado à soldadura de um dado
material é de um modo geral um consumível com uma composição química o mais similar possível à composição do
material de base.
As características mecânicas da junta obrigam, no entanto muitas vezes a que o fio consumível não tenha a mesma
composição química ou uma composição similar do material base, mas sim uma composição química diferente.
Outro factor a tomar em conta é a atmosfera de protecção usada durante a soldadura, porque para soldar um dado material,
como por exemplo um aço carbono de baixa liga se se usar uma atmosfera inerte ou uma atmosfera activa, a composição
química do fio consumível não deverá ser a mesma, devido à necessidade de se ter um teor de desoxidantes mais elevado
quando a atmosfera protectora é activa .
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Neste processo o calor necessário para a fusão é obtido pondo-se as peças a soldar em contacto uma com a outra e fazendo-
as atravessar por uma corrente eléctrica de modo que encontre elevada resistência. O aquecimento provoca então a fusão.
Faz-se passar a corrente entre dois eléctrodos, um fixo e outro móvel. O aquecimento que provoca a fusão produz-se na
secção de maior resistência. Os eléctrodos são apertados sobre a zona aquecida a fim de se obter um efeito de forjamento.
As peças a unir são colocadas, em sobreposição, entre as extremidades dos eléctrodos. A corrente passa entre estes através
das peças e cria-se assim um ponto de soldadura.
Neste tipo de soldadura deve-se considerar: a pressão a exercer entre eléctrodos, que tem de ser elevada, o tempo de
soldadura, que deve ser muito curto, e a corrente a utilizar, que deve ser muito intensa. Os valores de cada um destes
parâmetros dependem da espessura das peças a soldar.
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A soldadura por pontos com pinça de punho, é uma soldadura aplicada manualmente em que a força aplicada no único
eléctrodo utilizado (do lado exterior do empilhamento). O caminho da corrente é então indirecta, isto é, uma parte da obra
faz parte do circuito da corrente de soldadura.
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Um arco eléctrico pode ser definido como um condutor gasoso no qual se transforma energia eléctrica em calorífica
O gerador pode ainda ser de corrente contínua (CC) ou de corrente alternada (CA).
A utilização de corrente continua (CC) em relação à corrente alternada (CA) tem algumas vantagens entre as quais:
A utilização de corrente alternada (CA) em relação à corrente continua (CC) tem algumas vantagens entre as quais:
O campo concentra-se no material base distribuindo-se numa forma circular regular em torno do arco eléctrico.
Sob certas condições o arco tem tendência a afastar-se do ponto de soldadura tornando-se difícil a execução de um cordão
de características satisfatórias.
Este fenómeno, ao qual se chama sopro magnético, resulta de efeitos magnéticos que envolvem o arco eléctrico.
Situação A
Força que actua sobre o arco causada pela assimetria do campo magnético, devido à posição da ligação à terra.
Situação B
Quando este se aproxima da zona final do material de base as linhas do campo magnético adensam-se do lado do final da
chapa, uma vez que não têm mais material ferro magnético.
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Este adensamento das linhas do campo magnético resulta numa força electromagnética que se dirige da zona de campo mais
forte para a de campo mais fraco, provocando a deflexão do arco “para dentro”.
Podem-se usar campos magnéticos induzidos externamente, de forma a contrariar os efeitos do sopro magnético.
Como ?
• Realizar várias ligações à terra através de vários cabos ou de pingamento da chapa, de forma a
criar caminhos alternativos de passagem de corrente. (Situação A)
• Utilizar acrescentos no inicio e fim do cordão, em material ferromagético que são retirados após
conclusão do trabalho. (Situação B)
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Rectificadores e Inversores
Enquanto que o transporte de energia eléctrica se pode realizar tanto em CC como em CA, a sua geração, pelo contrário, só
resulta economicamente e tecnicamente vantajoso se se realizam na forma de CA.
Assim sendo é necessário dispor de meios capazes de transformar, ou converter, uma forma de energia na outra:
Polaridade
Nos processos de soldadura por arco eléctrico utilizam-se os dois tipos de corrente:
• Corrente alternada (CA)
• Corrente continua (CC)
Soldadura manual
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Soldadura semi-automática
Soldadura automática
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Característica plana – Tensão constante
Placa sinalética
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5 - SIMBOLOGIA
Estes, para que não hajam várias interpretações devem seguir certas REGRAS.
Estas são definidas por normas, dentro das quais se destacam a NORMA EUROPEIA EN 22553:1994.
A aplicação de símbolos (REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA) nos desenhos deve fornecer todas as indicações necessárias
sobre a junta de soldadura.
¾ Um SIMBOLO SUPLEMENTAR;
Com o objectivo de simplificar o mais possível os desenhos, é recomendável referenciar quais as especificações (
INSTRUÇÕES DE TRABALHO ) que indiquem todos os detalhes relativos à preparação dos BORDOS A SOLDAR e
os MODOS OPERATÓRIOS ( por exemplo SEQUÊNCIAS DE SOLDADURA ).
Na falta de tais referências, pode-se mencionar, junto do SÍMBOLO, as cotas respeitantes à preparação dos BORDOS A
SOLDAR e os MODOS OPERATÓRIOS.
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SÍMBOLOS
SÍMBOLOS ELEMENTARES
Os diferentes tipos de junta são caracterizados por um SÍMBOLO que, geralmente, é parecido com a forma do tipo de junta
a soldar.
Se para uma determinada junta, não houver interesse na sua especificação mas apenas a indicação de que se trata de uma
junta soldada, deve ser usado o SÍMBOLO CONVENCIONAL DE SOLDADURA .
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(*) – As soldaduras de bordos direitos rebordados (Número 1) não completamente penetrados são representadas como a
soldadura de bordos direitos (Número 2) com a indicação da cota principal S.
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SÍMBOLOS SUPLEMENTARES
Os SÍMBOLOS ELEMENTARES podem ser completados por um símbolo que caracteriza a forma da superfície exterior
da soldadura. A esse símbolo chama-se SÍMBOLO SUPLEMENTAR.
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Côncava
Convexa
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¾ Uma LINHA DE REFERÊNCIA ( 2 ); Esta pode ser dupla, constituída por duas linhas paralelas,
uma contínua ( 2a ) e outra descontínua ( 2b );
As regras que se seguem têm por objectivo definir a localização das soldaduras, especificando:
¾ A posição da FLECHA;
¾ A posição do SÍMBOLO.
1 – FLECHA
3 – SÍMBOLO DE SOLDADURA
Normalmente a flecha é aplicada no fim da linha de referência (contínua), para baixo e para a esquerda. No entanto são
possíveis, outras combinações como mostra a figura seguinte.
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OBSERVAÇÕES:
Relativamente à LINHA DE REFERÊNCIA DUPLA, a LINHA DESCONTÍNUA pode ser desenhada quer por CIMA
quer por BAIXO da LINHA CONTÍNUA.
Para soldaduras simétricas, a LINHA DESCONTÍNUA é desnecessária, e não deve ser aplicada.
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OBSERVAÇÕES:
Nestas figuras, a flecha foi traçada de modo a dar esquemas perfeitamente claros. Normalmente será traçada de
modo a tocar efectivamente a junta.
POSIÇÃO DA FLECHA
No entanto, no caso de soldaduras em chapas chanfradas de um dos lados ( tipos número 4, 6 e 8 do QUADRO 1 –
SÍMBOLOS ELEMENTARES PRINCIPAIS ), a flecha deve ser dirigida para a chapa que está chanfrada ( ver FIGURA
c).
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A LINHA DE REFERÊNCIA deve ser uma recta traçada, de preferência, paralelamente ao bordo inferior do desenho. Na
impossibilidade de isto acontecer, deve ser traçada na perpendicular ao bordo.
O símbolo de soldadura deve ser colocado sobre a linha de referência ou sobre a linha de identificação, dependendo do
caso:
A operação de soldadura envolve não só a elaboração de cordão de soldadura propriamente dito, mas
também a preparação das peças a soldar (cortes e chanfros de bordos). A forma dos bordos das chapas
e a sua distância estão normalizadas e ficam definidas desde que se indique o tipo e a espessura do
cordão, bem como o processo de soldadura a utilizar.
REGRAS GERAIS
Cada soldadura pode ser acompanhada por um conjunto de dimensões de dois tipos distintos (FIGURA seguinte).
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♦ A dimensão s da secção transversal do cordão, que deve ser inscrita à esquerda do símbolo de soldadura. Esta dimensão
pode ser a da base do cordão (z na FIGURA abaixo) ou a da garganta do cordão (a na FIGURA abaixo).
♦
♦ A dimensão longitudinal l do cordão, que deve ser inscrita à direita do símbolo de soldadura.
No caso de cordões de soldadura de grande penetração, é necessário explicitar a penetração de desejada, como mostra a
FIGURA seguinte.
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Têm que ser especificadas, neste caso, a dimensão da garganta e a dimensão da penetração de soldadura.
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Juntas de
soldadura
topo a topo
Se não existir nenhuma dimensão à direita do símbolo, isso deve significar que o cordão de soldadura deve percorrer todo o
comprimento da peça a soldar.
Na falta de indicação em contrário, as soldaduras de bordos direitos devem ser de penetração total.
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INDICAÇÕES COMPLEMENTARES
Pode ser necessário introduzir indicações complementares nos desenhos que envolvam soldaduras. Por
exemplo:
Soldaduras Periféricas
Quando a soldadura tiver que ser executada a toda a volta da peça. Para simbolizar esta soldadura,
coloca-se um pequeno círculo na intersecção da flecha com a linha de referência, como mostra a
FIGURA seguinte.
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135
A NORMA ISO 4063 lista a correspondência entre os processos e o respectivo número a indicar. A seguir serão indicados
alguns exemplos de códigos:
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Pode existir uma sequência de indicações, a seguir ao processo de soldadura, na cauda da linha de referência na seguinte
ordem separadas pelo símbolo “/”:
135/ISO 5817-D/
ISO 6947-PA/EN 440 – G3SI1
Na cauda da linha de referência pode ainda existir uma instrução específica de fabrico, referenciando um procedimento a
adoptar, indicado numa instrução de trabalho ou procedimento de fabrico exterior ao desenho. Neste caso, esta indicação
aparecerá dentro de um rectângulo.
EPS 1
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PB PB PF PG PD
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Os ÓXIDOS ( vulgarmente designados de “FERRUGEM” ), todos os corpos estranhos, como GORDURAS, TINTAS (salvo as
que apresentam bom comportamento às operações por soldadura), POEIRAS, têm de ser eliminados da zona da junta a
soldar.
Se não forem eliminados poderão provocar POROS, FALTA DE FUSÃO, INCRUSTAÇÕES (descontinuidades) pois a
SUJIDADE localizada à superfície impede que o metal atinja a temperatura de fusão.
Para a LIMPEZA, a lixa de esmeril é, por vezes, suficiente, mas casos há em que a lima, a mó (rebolo) e outros meios
mecânicos são necessários.
É também importante bolear ligeiramente as arestas, porque estas fundem facilmente e alteram a solda.
Em casos de maior produção, sobretudo na fabricação em série, as peças são limpas por DESENGORDURAMENTO.
Para se poder tirar o melhor partido de um aparelho de soldadura e para que a soldadura seja efectuada em segurança é
necessário seguir algumas regras no que diz respeito ao aparelho propriamente dito:
Quando se escolhe um aparelho de soldar para uma determinada tarefa deve ter-se em conta os parâmetros de soldadura
que vão ser utilizados;
Verificar se os roletos estão com a afinação correcta e se o bico da tocha está de acordo com o diâmetro do fio eléctrodo;
Tentar soldar sempre com a mangueira o mais esticada possível para que o fio eléctrodo possa correr sem dificuldade;
Sempre que for necessário deslocar o aparelho nunca puxar pela mangueira;
No lugar de utilizar um alicate de corte para pôr e tirar os bocais e os bicos da tocha deve utilizar-se um alicate universal
para não causar estragos que possam inutiliza-los;
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8 – RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA
A segurança em soldadura T.I.G. e M.I.G. / M.A.G. está directamente ligada às características dos processos,
principalmente:
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III ) RADIAÇÃO
Tal como na maioria dos outros processos de soldadura por arco eléctrico, a radiação pode provocar queimaduras na pele e
nos olhos. Para evitar este problema deve-se usar VESTUÁRIO ADEQUADO, e uma MÁSCARA DE SOLDADOR.
IV ) CHOQUES ELÉCTRICOS
Recomenda-se que os locais de trabalho não sejam DEMASIADO HÚMIDOS, e nunca se trabalhe SEM LUVAS ou com
luvas em MAU ESTADO.
V ) RUÍDO
O pessoal deverá usar AURICULARES DE PROTECÇÃO adequados ao nível de ruído dos processos.
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DEFORMAÇÕES
O calor libertado durante a operação de soldadura origina, nas peças a soldar, tensões e deformações que podem ser
momentâneas ou permanentes e que podem ser devidas a dilatações ou a contracções.
A grandeza destas deformações depende do coeficiente de dilatação do material. Esse coeficiente é a variação de
comprimento por grau de temperatura e por mílimetro de comprimento.
Considerando uma barra de aço de comprimento L, à temperatura de 0º C, vemos que, ao aquecê-la, aumentam o
comprimento (A), a largura (C) e a espessura (B), como mostra a figura seguinte. Sendo maior a dilatação na direcção A
que na direcção B.
Existem diversos factores que podem contribuir para a deformação durante o processo de soldadura, e, destes, o
aquecimento não uniforme da junta soldada é o mais importante.
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No entanto, uma previsão correcta de como e quanto vai ser a deformação é muito difícil, devido às propriedades físicas e
mecânicas nas quais se baseiam os cálculos das deformações. Variam com a temperatura, que por sua vez depende da
entrega térmica do processo de soldadura.
Entrega térmica
Varia com o processo de soldadura, e com a regulação dos parâmetros que se utiliza para efectuar o trabalho.
O processo Soldadura Oxiacetilénica aquece menos a peça que o processo MIG/MAG logo provoca maiores
deformações.
• Um pré-aquecimento mal aplicado e muito pontual pode provocar um empeno (deformação) muito grande.
• No processo TIG devido ao aquecimento ser muito pontual as peças deformam-se mais que no processo SER.
Grau de Rigidez
Quanto maior for a espessura das peças a soldar ou se elas estiverem muito “fixas”, isto é não se poderem movimentar
livremente, menores deformações ocorrerão.
No entanto o nível das tensões internas aumenta podendo chegar ao ponto do aparecimento de fissuras devido aos materiais
não se poderem deformar.
Tensões Internas
As tensões internas estão geralmente presentes nos componentes antes mesmo da soldadura e são causadas por vários
processos, como a laminagem (ex:chapa em bobine), dobragem (ex: tubos), conformação (ex: fundos copados) e mesmo
corte térmico (ex: corte por plasma”).
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O aquecimento devido à soldadura tende a aliviar estas tensões internas e a deformação final é uma combinação do valor
das tensões internas com o calor provocado pela soldadura.
Algumas vezes as tensões internas ajudam a que o material não se deforme , outras vezes é o contrário.
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Como primeira possibilidade de evitar deformações, deve-se considerar a fase de projecto das peças a obter por soldadura e
a preparação dos bordos.
Um processo de preparar as peças consiste em deformá-las no sentido oposto àquele em que se espera que a deformação se
dê. Por exemplo:
Chapa
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Quanto mais se depositar maiores são as contracções que são as causadoras de deformações.
Uso de Chanfros
Os chanfros devem ser o mais estreitos possíveis, e as folgas as maiores possíveis.
Exemplo: Para chapas muito espessas não se deve utilizar chanfros em V mas sim em X ou outro tipo de chanfros.
Qualquer chanfro duplo para a mesma espessura de chapa a soldar requer menos material depositado em cada face a soldar
devido a isto as deformações são menores e ao soldar em cada face os efeitos das contracções compensam-se
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Ordem de soldadura
Muito importante é também a ORDEM seguida na execução dos diversos cordões de um trabalho.
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Sempre que possível deve-se utilizar as soldaduras descontinuas, em vez de um cordão continuo.
Quanto menos passes forem utilizados na soldadura de um chanfro menor é o efeito de deformação transversal, isto porque,
a contracção de cada passe vai acumular-se à contracção dos outros passes, aumentando deste modo a contracção final.
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As deformações são minimizadas quanto menor for a distância entre os cordões e a linha neutra
Esta técnica permite contrabalançar as deformações devido ao efeito de aquecimento / arrefecimento provocado pela
sequência de soldadura
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Velocidade de arrefecimento
A extensão das transformações microestruturais verificadas vai depender fundamentalmente da composição química do
material e das velocidades de aquecimento verificadas no ciclo térmico. Particularmente a velocidade de arrefecimento na
zona afectada pelo calor (ZAC) vai depender da geometria da peça, espessura do material base e processo de soldadura
usado.
Para uma determinada energia térmica posta em jogo a velocidade de arrefecimento aumenta rapidamente com o
comprimento da chapa.
Se ao mesmo tempo o material base é do tipo temperável então obter-se-ão na ZAC estruturas duras para as velocidades de
arrefecimento normalmente associadas com a operação de soldadura.
Verifica-se então que o ciclo térmico associado à soldadura é o factor mais importante que pode influenciar ou determinar
as estruturas e propriedades mecânicas do metal depositado e ZAC.
Soldabilidade
A maior ou menor facilidade com que se dá a união dos metais depende da soldabilidade, que é a propriedade que os metais
possuem de ser ou não soldáveis, e se apresenta em maior ou menor grau, pois é determinada por toda uma série de factores
físicos e químicos.
• A soldabilidade operatória – é indispensável e determina o facto de um material poder ou não ser soldado.
Depende de transformações que se dão nas peças durante a soldadura e que podem afectar-lhes as características mecânicas.
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A soldabilidade metalúrgica – determina até que ponto podem os metais ser soldados sem que a sua composição sofra
inconvenientes graves por efeito de fusão, oxidação…
• A soldabilidade construtiva - refere-se à facilidade com que os materiais podem ser unidos, com obtenção de
formas que resistam aos esforços a que depois devam ser submetidas e que possam ter boa duração.
A soldabilidade dos aços-aços inoxidáveis e dos aços-alumínio pode ser melhorada com o uso de fundentes que dissolvam
os óxidos de ´crómio e de alumínio.
Qualidade do aço
O aço é como se sabe vazado para lingotes os quais são posteriormente laminados de forma a obter as diferentes formas em
que o aço se apresenta (chapa, perfil, varões, etc)
As propriedades mecânicas dos produtos assim obtidos estão dependentes da temperatura de laminagem e da velocidade de
arrefecimento a partir da temperatura de laminagem.
As operações de laminagem ou forjamento melhoram as propriedades do material, e assim para grandes espessuras (onde o
trabalho de laminagem é menor) torna-se necessário alterar a composição química do aço (% de carbono e manganês) para
obter as mesmas propriedades mecânicas que o material menos espesso.
A presença de impurezas ou elementos residuais nos aços pode implicar dificuldades na soldadura dos aços.
A composição do metal depositado é outra variável que é difícil de predizer uma vez que ele resulta da diluição do metal de
adição com o material base.
A diluição verificada estará dependente do tipo de preparação adoptada, processo de soldadura escolhido…
Processos de soldadura
Um factor que pode ter uma influencia primordial na soldabilidade de um aço é o processo de soldadura usado e o
procedimento de soldadura adoptado.
A principal diferença entre os diversos processos de soldadura reside na energia térmica especifica do processo.
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Os processos de soldadura apresentados anteriormente pode ser ordenados do seguinte modo por ordem crescente de
energia térmica (aproximadamente).
TIG
SER
MIG / MAG
SAS
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Antes do inicio da soldadura devem ser verificados: as certificações dos soldadores, qualificações de procedimentos de
soldadura, identificação dos materiais de base e dos consumíveis, preparação de juntas (montagens), condições gerais do
local de trabalho (organização, ambiente, etc).
Durante os trabalhos de soldadura deve-se proceder à verificação de uma série de itens do processo, como por exemplo:
parâmetros relativos às variáveis essenciais de soldadura, temperatura de pré aquecimento e temperatura de entre passe
conforme a norma EN-1258, limpeza dos cordões de soldadura, controlo das distorções, manuseamento dos materiais.
Quando necessário nesta fase do trabalho serão efectuados os ensaios visuais, ensaios não destrutivos, ensaios destrutivos,
bem como a verificação dos registos gerados pelas inspecções anteriores. A avaliação dos resultados destas análises deverão
ser feitas de acordo com as normas correspondentes.
A inspecção visual é um ensaio não destrutivo largamente utilizado para avaliar as condições ou qualidade de uma solda ou
componente. É de fácil execução, de baixo custo e não requer equipamento especial .
É muito utilizada na inspecção de juntas soldadas, onde uma rápida detecção e correcção de defeitos significam economia.
É considerado um método primário de controlo de qualidade.
A inspecção visual requer boa visão, boas condições de iluminação e experiência no reconhecimento de defeitos. Alguns
equipamentos também podem ser usados tais como, escantilhões, lupas, endoscópios.
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a) b) c)
Figura – Escantilhão. a ) Permitem medir a sobre-espessura nos cordões topo a topo; b ) Permitem medir a garganta dos
cordões de canto; c ) Permitem medir desnivelamento dos bordos das juntas topo a topo.
Figura - Lupa - Permite um maior detalhe da inspecção do que a simples inspecção visual.
Ensaio de estanquecidade
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• Baixa pressão: os ensaios pneumáticos;
• Pressão atmosférica: os enchimentos com água.
Os ensaios a alta pressão são, simultaneamente, ensaios de resistência. A pressão de ensaio é calculada a partir da pressão
de cálculo ou de serviço multiplicando-a por um coeficiente de segurança definido pelo código ou regulamento que rege a
construção ou utilização do recipiente (o Regulamento Português de caldeiras e reservatórios de pressão indica 1,5 x pressão
de serviço).
Nos ensaios a baixa pressão, as fugas são reveladas pelas bolhas que aparecem nas juntas, previamente pinceladas com
sabão líquido que, sob a acção do sopro da fuga forma bolhas denunciantes. A pressão usada é sempre muito baixa, da
ordem dos 1,3 a 1,5 Kg/cm2.
Os ensaios à pressão atmosférica são usados nos recipientes sem pressão. O recipiente é cheio com água para verificação
visual das fugas.
• Caixa de vácuo: Adequado para os casos em que as soldaduras a inspeccionar estão em chapas planas e são
acessíveis só de um lado .
Antes da colocação da caixa de vácuo, a soldadura é molhada com sabão líquido. Quando se faz uma pequena percentagem
de vácuo na caixa criam-se condições para o aparecimento de bolhas gasosas se não houver estanquecidade.
• Líquidos penetrantes: É aplicável, apenas, quando há acesso a ambos os lados da soldadura. O líquido penetrante é
aplicado numa das faces da soldadura e o revelador na outra face. Se houver defeito através de toda a espessura, o
penetrante atravessa-se por capilaridade e vai corar o revelador revelando assim a falta de estanquecidade. Este
ensaio dá bons resultados até espessuras de cerca de 6 mm .
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Exame radiográfico
O objecto a ser radiografado é colocado entre a fonte e um filme radiográfico ou amplificador de imagens. Uma
descontinuidade presente em qualquer parte do objecto, absorve menos radiação do que o próprio objecto. O tipo de
descontinuidade e localização será indicada por uma área maior ou exposição escura.
Os raios x são produzidos numa aparelhagem eléctrica pelo choque numa placa convenientemente colocada (anti-cátodo) de
um fluxo de electrões acelerados por uma diferença de potencial muito elevada. Regulando a diferença de potencial actua-se
sobre a energia cinética dos electrões. O feixe de raios emitido pela fonte é caracterizado pela sua intensidade (da qual
depende o poder de penetração), isto é, a quantidade de energia que passa em 1 segundo através de uma superfície de 1 cm2
perpendicular ao feixe.
No caso dos raios γ, a fonte é um corpo radioactivo emitindo em permanência com uma intensidade que lhe é própria, sem
possibilidade de regulação. Em consequência, a emissão de uma fonte de raios x pode ser interrompida enquanto que uma
fonte de raios γ emite até ao seu esgotamento. Daqui resulta que as medidas a tomar para segurança dos operadores tenham
de ser muito mais severas no segundo caso. Além disso, com os raios γ, os tempos de exposição são mais longos e as
imagens obtidas são menos nítidas.
De um modo geral, o controle radiográfico permite detectar os defeitos na medida em que estes dão origem a uma
descontinuidade de absorção dos raios x e γ. Assim, são fácilmente detectáveis as inclusões não metálicas, as porosidades,
faltas de penetração, quando não muito estreitas, e as fissuras quando a sua orientação em relação aos raios incidentes é
apropriada.
O método mais usado no controle das soldaduras é o da reflexão no qual os impulsos eléctricos aplicados a um cristal
piezoeléctrico emissor (transdutor ou sonda) se transforma em vibrações mecânicas produzindo ondas sonoras de alta
frequência que penetram e se propagam no material a examinar e são recebidas pelo mesmo cristal após reflexão em
qualquer obstáculo. As descontinuidades que existem no interior do material em exame reflectem, total ou parcialmente, o
feixe ultra-sónico. O sinal da descontinuidade (eco) é recebido pelo transdutor emissor onde é convertido em sinais
eléctricos que são transmitidos a um osciloscópio. No ecrã do osciloscópio o eco da descontinuidade é observado sob a
forma de uma deflexão vertical na linha base dos tempos horizontal. Esta base é calibrada em distâncias permitindo, assim,
a localização da descontinuidade na peça relativamente ao ponto de entrada do feixe emitido.
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a) b) c)
Figura – Modo de funcionamento de aparelho de ultra sons: a) onda encontra uma descontinuidade; b) onda é reflectida; c)
sinais mostrados no ecrã do osciloscópio.
a) b)
Figura – Transmissão de ultra-sons: a ) Com sondas dispersas – A grandeza e a localização do defeito são revelados pela
posição e amplitude da resposta (eco) à descontinuidade no osciloscópio, e pela diferença de amplitudes dos picos extremos;
b ) Com sondas angulares – A intensidade do feixe reflectido é atenuado à medida que a distância entre o sinal da fonte e a
descontinuidade aumenta.
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Devido à sua complexidade o ensaio por ultra-som exige do inspector uma boa formação (bom nível técnico).
O ensaio por ultra som é utilizado na detecção de fissuras, inclusões de escória, falta de fusão e penetração, e para a
medição de espessuras. Os defeitos planos: fissuras, faltas de penetração e faltas de fusão – dão normalmente ecos nítidos e
intensos .
É um método de ensaio não destrutivo para a detecção de defeitos que se propaguem até à superfície, tendo particular
interesse no caso de materiais não magnéticos (aços austeníticos, ligas leves) aos quais o ensaio por partículas magnéticas
não pode ser aplicado.
Na superfície a examinar é aplicado um líquido de forte poder penetrante que, por capilaridade, penetra nos defeitos
superficiais. Procede-se em seguida à remoção total da película superficial de líquido de forma a que só fica retido o líquido
que penetrou nas cavidades dos defeitos. Finalmente, aplica-se o revelador (pó seco ou em suspensão líquida volátil) que
forma uma fina película que absorve o penetrante para fora das cavidades onde tinha penetrado. Assim, o revelador só é
molhado nos locais dos defeitos.
a) b) c) d)
Figura - Modo de funcionamento do ensaio com líquidos penetrantes: a) o liquido penetrante é aplicado; b) o excesso é
removido; c) aplica-se o revelador; d) observação das descontinuidades.
Os líquidos penetrantes podem ser de dois tipos: Visíveis - a inspecção é feita à luz natural; Fluorescentes - a inspecção faz-
se em zona obscurecida sob a acção de uma lâmpada de raios ultra-violetas.
O líquido penetrante pode ser usado em qualquer material. É essencial que o material seja cuidadosamente limpo, de outra
forma será impossível que o liquido penetre no defeito.
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Quando se cria um campo magnético de uma certa intensidade numa barra de aço o campo é desviado se encontrar um
obstáculo no seu percurso. Se este obstáculo está situado perto da superfície, as linhas de força do campo podem sair para o
exterior da peça.
a) b) c)
Figura - Peças magnetizadas. a ) Peça sem fissuras; b ) Peça com uma fissura superficial; c ) Peça com uma fissura interior
perto da superfície.
Aplicando na superfície da peça um pó magnético, este concentra-se então nos pontos de saída das linhas de força,
materializando assim a presença de um defeito subjacente. Para obter o máximo de perceptibilidade de um defeito é
essencial que, na medida do possível, a direcção do campo magnético seja perpendicular à dimensão principal dos defeitos.
Se é paralelo às linhas de força o campo não é praticamente perturbado, não há pois fugas e o defeito não é detectado. Em
consequência, o controle de uma superfície deve ser executado segundo duas direcções perpendiculares.
a) b) c) d) e)
Figura - Modo de funcionamento do ensaio com partículas magnéticas: a) Limpeza prévia da área; b) Colocação do Yoke;
c) Magnetização; d) Aplicação do pó magnético; e) Indicações das descontinuidades.
Em construções soldadas o método de magnetização utilizado, normalmente, é por circulação de corrente na própria peça –
Yoke. A corrente utilizada pode ser contínua ou alternada. O pó magnético detector pode ser utilizado seco ou em
suspensão líquida. Neste último caso, o pó pode ser fluorescente e então utiliza-se uma lâmpada de radiação ultra-violeta
para a inspecção.
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Ensaios destrutivos
Ensaio de dureza
Os ensaios de dureza são dos mais empregues na indústria metalúrgica e metalomecânica para controlar a qualidade de
materiais e de processos. A sua generalização deve-se, por um lado, à facilidade de execução do ensaio e, por outro, ao
baixo custo dos equipamentos. As aplicações destes ensaios incluem a determinação da resistência mecânica e da
ductilidade de um material, o controle de qualidade de tratamentos térmicos, o controle de qualidade em processos de
conformação plástica e em processos de união.
O conceito físico de dureza traduz uma propriedade que pode ser interpretada de modo diverso. Em geral, a dureza de um
material significa a resistência à penetração ou à deformação permanente da sua superfície. Consoante o método de medida
adoptado podemos classificar os ensaios de dureza em três tipos:
• Dureza de risco;
• Dureza de ressalto;
• Dureza de penetração.
Os dois últimos métodos são muito utilizados na metalurgia e metalomecânica, sobretudo a dureza por penetração. Os
métodos mais comuns são:
Método Vickers
Este ensaio, desenvolvido em 1929, utiliza um penetrador de diamante com a forma de uma pirâmide quadrangular e com
um ângulo entre faces de 136º.
Técnica de ensaio
A superfície a ensaiar deve encontrar-se firmemente apoiada de modo a evitar qualquer deslocamento e fixa de modo a que
se situe num plano perpendicular ao eixo do penetrador. Os ensaios devem ser realizados à temperatura ambiente. As forças
de ensaio devem ser aplicadas sem variações bruscas ou vibrações. O intervalo de tempo desde o início da aplicação da
força até esta atingir o valor da força de ensaio (F), não deve ser inferior a 2 segundos nem superior a 8 segundos. A força
de ensaio (F) deve ser mantida durante 10 a 15 segundos. Alguns materiais requerem, no entanto, um aumento do tempo de
aplicação da força de ensaio.
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• Cobre;
• Aços, • Estanho;
Materiais • Latão; • Ligas leves.
• F. Fundidos. • Chumbo.
• Bronze.
Exame macrográfico
De acordo com a norma portuguesa NP 1643 – “Metais Ferrosos. Vocabulário.”, macrografia é o exame e descrição duma
macroestrutura, sendo macroestrutura a estrutura apresentada por um metal após polimento e ataque convenientes quando
observada sem ou com ampliação até 10x. O termo macrografia é também aplicado ao documento que regista o aspecto
observado e que no caso de uma fotografia se denomina fotomacrografia .
O exame macrográfico é uma das técnicas metalográficas de grande interesse sobretudo para os aços. Oferece a vantagem
de podermos examinar grandes superfícies, fornecendo um aspecto geral da peça .
O exame macrográfico é essencialmente qualitativo e deve preceder, sempre que possível, os ensaios micrográficos,
químicos e mecânicos para dar informação sobre as heterogeneidades da peça e orientar a obtenção de provetes para a
análise química. Aplica-se a superfícies exteriores, superfícies de corte planas e fracturas.
O seu objectivo primordial consiste em pôr em evidência as heterogeneidades físicas e químicas existentes no material, à
escala macrográfica e, a partir da sua apreciação, obter informações sobre textura, estruturas, descontinuidades,
homogeneidade, processos de fabricação, sanidade, estado do material (fragilidade), etc., e ajudar ainda, consoante a
importância dos defeitos revelados e a utilização do produto, a definir a qualidade desse produto.
Ensaio de dobragem
O ensaio de dobragem fornece uma indicação complementar sobre a ductilidade dos materiais, quantificável em outros
ensaios mecânicos como, por exemplo, o ensaio de tracção. Na sua versão mais comum não permite a retirada de qualquer
informação numérica, razão pela qual se diz ter um carácter qualitativo. Apesar disso, é largamente utilizado na indústria ou
em laboratório, para avaliação do comportamento de certos produtos, tais como barras para construção civil, juntas
soldadas, tubos ou arames. O ensaio de dobragem é um caso particular do ensaio de flexão que é aplicado em materiais
frágeis (ferro fundido, aços para ferramentas, metais duros, por exemplo) com o objectivo de obter informações sobre
propriedades de rigidez e resistência, em flexão.
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O resultado de um ensaio de dobragem exprime-se pela indicação do ângulo de dobragem, em graus, tipo de ensaio e
aparecimento ou ausência de fissuras na parte convexa do provete. O ângulo de dobragem é definido, segundo a norma NP-
173, através do suplemento do ângulo formado após o ensaio, pelos segmentos rectilíneos do eixo do provete .
A força do ensaio que é comunicada a um mandril que actua sobre o provete, bem como a velocidade com que é aplicada,
não são variáveis importantes que seja necessário controlar com rigor. A velocidade, no entanto, não deve ser muito elevada
para que o ensaio não seja incluído nos ensaios dinâmicos. A severidade do ensaio resulta do diâmetro do mandril utilizado,
da distância entre apoios e do ângulo de dobragem realizado. Relativamente ao ensaio devem ser consideradas duas
variantes: dobragem livre e semi-guiada. A dobragem livre pressupõe que a aplicação da força se realiza nas extremidades
do provete enquanto na dobragem semi-guiada o provete é encastrado numa extremidade e solicitado na outra.
Legenda:
a – espessura do provete (mm)
b – largura do provete (mm)
Ls – distância entre apoios (mm)
Lt – comprimento total do provete (mm)
α - ângulo de dobragem
d – diâmetro do mandril (mm)
D – diâmetro dos roletes de apoio (mm)
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O ensaio de tracção é um dos ensaios mais universais, pela facilidade de execução e reprodutibilidade dos resultados.
Emprega-se muito na investigação, como meio de quantificar propriedades mecânicas para selecção de materiais e projecto,
e no processo industrial como ensaio de controle de qualidade .
O ensaio consiste em solicitar um provete de geometria adequada com uma força tractiva uniaxial, continuamente crescente,
efectuando-se em simultâneo o registo da força e do alongamento sofrido por um troço de referência do provete por meio de
instrumentação apropriada. A apresentação do resultado do ensaio faz-se através de um gráfico de tensão versus extensão.
Ensaios de resiliência
Os materiais metálicos apresentam dois tipos fundamentais de rotura – dúctil ou frágil. Uma rotura dúctil possui como
característica uma elevada deformação plástica e a sua superfície tem uma aparência fibrosa. Produz-se pelo
escorregamento ou por maclagem dos planos cristalográficos sujeitos às tensões de corte máximas. A rotura frágil, por outro
lado, ocorre com baixa deformação plástica e, por isso, num intervalo de tempo reduzido. É provocada por tensões normais
de tracção e as superfícies de fractura aparecem com um aspecto granular e brilhante. Uma rotura frágil pode ocorrer
imprevisivelmente mesmo num material que exiba comportamento dúctil à temperatura ambiente (por exemplo, existência
de um defeito), o que a torna especialmente gravosa. Na tentativa de reduzir a probabilidade do seu aparecimento, foram
desenvolvidos métodos de ensaio para o seu estudo. Esses métodos dividem-se em duas áreas consoante a solicitação é de
carácter dinâmico ou de carácter quase estático. No primeiro caso incluem-se as metodologias clássicas de ensaios do
choque Charpy e Izod, além de outras, como: o ensaio por queda de massa, o ensaio Batelle, o ensaio de rasgão dinâmicos,
o ensaio de explosão e o ensaio Robertson. No segundo caso incluem-se metodologias desenvolvidas mais recentemente no
âmbito da mecânica da fractura. Estes ensaios fundamentam-se na análise da propagação de uma fissura pré-existente em
condições elásticas ou elasto-plásticas.
Os ensaios de choque medem a capacidade de absorção de energia de deformação no domínio plástico e constituem um
método de comparação de materiais. Os equipamentos disponíveis para realizar ensaios de choque são agrupáveis em duas
áreas:
Os mais habituais são os que recorrem aos dispositivos pendulares, caso dos métodos Charpy e Izod, em que os provetes
são solicitados em flexão.
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É importante que se conheça em qualquer altura o estado dos ensaios e inspecções. Podem ser utilizadas marcações ou
registos adequados.
Deverão ser implantados sistemas que controlem os itens não conformes assim, como as medidas correctivas tomadas.
Todos os trabalhos de correcção deverão ser novamente inspeccionados afim de assegurar-se a conformidade da junta
soldada.
Calibração
Os instrumentos de medição, inspecção e testes envolvidos nos trabalhos de soldadura deverão estar devidamente
calibrados. Sendo o seu controlo da responsabilidade do seu fabricante.
Identificação e Rastreabilidade
Deverão ser implementados sistemas de identificação e rastreabilidade nas áreas necessárias que possibilitem o
acompanhamento de todas as operações de soldadura. Estes documentos podem ser planos de produção, códigos dos
materiais de base, números dos soldadores nos trabalhos, localização das reparações, etc.
Registos da qualidade
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Deverão ser mantidos como registo da qualidade os documentos especificados no contrato, nomeadamente: certificados de
materiais, certificados de consumíveis, registos da revisão do contrato e projecto, relatórios de inspecção dimensional,
registos de tratamentos térmicos, registos de não conformidade e outros que forem especificados.
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12 – Referências bibliográficas
[1] – José F. Oliveira Santos e Luísa Quintino - “Processos de Soldadura”, 2ª edição, I.S.Q. edições, 1998.
[2] – Carlos Maia - Web Site “www.isq.pt”
[3] – Compact Disc - “Weld_IT – The Software Solution for all your welding needs”, by MapleSoft Development Corporation and
Canadian Welding Bureau, 1998.
[4] – Engenheiro António Augusto Fernandes, sebenta de apoio à cadeira de “Processo de Ligação de Metais” da Licenciatura em
Engenharia Mecânica.
[5] – Engenheiro Acácio Lima, sebenta de apoio à cadeira de “Processos de União” da Licenciatura em Engenharia Metalúrgica e de
Materiais.
[6] – R.L. O´Brien – “Welding Processes”, 8ª edição, American Welding Society, 1991.
[7] - Compact Disc – “Norma EN 729”, Instituto de Soldadura e Qualidade, S.A.F. edições.
[8] – Norma Portuguesa e Europeia NP EN 288-3:1996 “Especificação e qualificação de procedimentos de soldadura para materiais
metálicos”.
[9] – Web Site “www.metalmat.ufrj.br”
[10] – Engenheiro Acácio Lima, sebenta de apoio à cadeira de “Gestão da Qualidade” da Licenciatura em Engenharia Metalúrgica e de
Materiais.
[11] – Manuela Clemente, cursos de prevenção – Texto de apoio n.º 14 – “Soldadura Eléctrica”, Ministério do Trabalho, Direcção Geral
de Higiene e Segurança do Trabalho, Lisboa 1981
[12] – J.P. Davim e A.G. Magalhães “Ensaios Mecânicos e Tecnológicos”, Estante editora, 1992.
[13] – Antera Valeriana de Seabra – “Metalurgia Geral – Metalografia”, volume III, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa
1985
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