• Solos moles
• Investigação geotécnica
• Soluções típicas: estaqueamento, drenos verticais,
bermas, construção por etapas.
• Instrumentação e monitoramento de aterros
Aterros Sobre Solos Moles
Aterro:
Acúmulo de terras para nivelar ou altear um terreno.
CATERPILLAR
Solo Colapsível
Removido DYNAPAC
• Argilas siltosas
siltosas,, turfas
turfas;;
• Solo de baixa resistência N-SPT < 4;
• Solo muito compressível – recalque por adensamento alto
alto;;
• Solo com alto teor de umidade (w > 100
100%%) e saturado (S = 100
100%%);
• Solo normalmente orgânico de coloração escura
escura;;
• Ocorre freqüentemente em baixadas, planícies costeiras
costeiras;;
• Planície do Recife
Recife:: Madalena, Boa Vista, Afogados, Caxangá Caxangá,,
BoaViagem,, Imbiribeira etc
BoaViagem etc;; próximo a margens de rios, lagoas e canais
canais..
Turfas: É uma massa de restos de planta decomposta, sendo que os
caules e raízes são ainda distinguidos nos primeiros estágios de
decomposição. Nos últimos estágios do processo de humificação, a turfa é
preta, mole, pegajosa, praticamente sem estrutura nenhuma (GUSMÃO
FILHO, 2008).
A umidade natura da turfa é alta. A porosidade da turfa é muito
alta e o material é muito compressível (GUSMÃO FILHO, 2008).
“Lama”
PERFIS TÍPICOS NA REGIÃO METROPOLITANA
DO RECIFE
• Classe III – Os aterros classe III são baixos, isto é, com alturas menores
que 3 m e afastados de estruturas sensíveis.
Alternativas para projeto de aterros sobre solo mole
a) Evitar o solo mole através de relocação do aterro ou do uso de
estrutura elevada (viadutos);
b) Remover o solo mole e substituí-lo por material adequado;
c) Tratar o solo melhorando suas propriedades;
d) Projetar o aterro de acordo com o solo fraco.
OBS.: O tipo de utilização da área vai influenciar a decisão da técnica
construtiva mais adequada.
Requisitos Fundamentais
a) Apresentar fator de segurança adequado quanto a possibilidade
de ruptura do solo de fundação durante e após a construção;
b) Apresentar deslocamentos totais ou diferenciais, no fim ou após
a construção, compatíveis com o tipo de obra;
c) Evitar danos a estruturas adjacentes ou enterradas.
Fatores que afetam a escolha da solução
Investigação Complementar:
•Obtenção dos parâmetros geotécnicos propriamente ditos.
• Ensaio de laboratório e de campo.
Investigação Geotécnica – Sondagem à Percussão
a)Laboratório:
Complementação dos ensaios de caracterização (ex: porcentagem de
matéria orgânica em peso NBR 13600 – ABNT, 1996 ou o método da
Embrapa, 1997);
Ensaios de adensamento ;
Ensaios triaxiais.
Ensaios In Situ
1) Trado;
2) Rotativa;
2) Rotativa 3) CONE;
4) Palheta 5) Dilatômetro
ENSAIO DE PALHETA (VANE TEST)
ABNT (NBR 10905/1989)
OBJETIVOS:
Medir a Resistência não
drenada (Su) ao cisalhamento dos
solos puramente coesivos.
INFORMAÇÕES:
Resistência não Drenada Su.
APLICAÇÕES:
Aterros, Barragens e Rodovias.
ENSAIO DE PALHETA DE CAMPO – VANE TEST
O “vane test” foi
desenvolvido na Suécia, com o
objetivo de medir a resistência ao
cisalhamento não drenada de
solos coesivos moles saturados.
Hoje o ensaio é normalizado no
Brasil pela ABNT (NBR 10905)
O equipamento para
realização do ensaio é constituído
de uma palheta de aço, formada por
quatro aletas finas retangulares,
hastes, tubos de revestimentos,
mesa, dispositivo de aplicação do
momento torçor e acessórios para
medida do momento e das
deformações.
ENSAIO DE PALHETA DE CAMPO – VANE TEST
Objetivos:
Problemas práticos:
Procedimento:
Cravar a palheta e medir o torque necessário para
cisalhar o solo, segundo uma superfície cilíndrica de
ruptura, que se desenvolve no entorno da palheta,
quando se aplica ao aparelho um movimento de
rotação.
ENSAIO DE PALHETA DE CAMPO – VANE TEST
Segundo Skempton;
Skempton; Northey (1952)
Objetivo:
História:
qc resistência de
ponta
ENSAIO DE CONE E PIEZOCONE
Medidas do ensaio:
fs resistência
por atrito
lateral
qc
resistência
de ponta
ENSAIO DE CONE E PIEZOCONE
VANTAGENS DESVANTAGENS
Fonte: DNER-Pro 381/98 – Projetos de Aterros Sobre Solos Moles para Obras Viárias ; Almeida e
Marques, 2010.
Soluções para Construir Aterros Sobre Solos Moles
Fonte: DNER-Pro 381/98 – Projetos de Aterros Sobre Solos Moles para Obras Viárias ; Almeida e
Marques, 2010.
Soluções para Construir Aterros Sobre Solos Moles
leve
Construção sobre aterro sobre solo mole em etapas (Fonte: DNER-PRO 381/94)
e) Pré-Carregamento ou Sobrecarga Temporária:
Trata-se de aplicar uma sobrecarga temporária, em geral da ordem de 25
a 30 % de peso do aterro para acelerar os recalques. O tempo de permanência da
sobrecarga é determinado por estudos de adensamento e posteriormente verificado no
campo através de instrumentação para observação de recalques e poropressões
(DNER-PRO 381/98).
Desvantagens: Prazos de estabilização dos recalques muito elevados, devido a baixa
permeabilidade dos depósitos moles. Grande volume de terras associados a
empréstimo e bota-fora.
OBS: De acordo o DNER-Pro 384/98, está técnica pode ser eficaz em solos
silto-arenosos, mas é pouco eficaz em solos argilosos de baixa
permeabilidade, especialmente se a espessura da camada mole for grande.
Nesse caso esta alternativa só é eficaz se combinada com o uso de
drenos verticais.
Diminuição do tempo
de execução do aterro,
pois seu alteamento
pode ser realizado em
uma só etapa, em um
tempo relativamente
curto.
g.1) Aterros sobre Colunas Granulares
O material granular utilizado nas colunas geralmente é areia ou brita.
Técnica de vibrossubstituição utilizada com sucesso no exterior.
N C . SU
h Critica =
γ Aterro
Nc = Fator de capacidade de carga
1) Determinação da Altura Critica:
N C . SU
h Critica =
γ Aterro
Onde:
- hCritica = Altura Critica do Aterro ou Altura Máxima que o Aterro Pode Admitir
sem Proporcionar Ruptura a Fundação de Solo Mole;
- NC = Fator de Capacidade de Carga (Nc ≈ 5,5);
- ɣAterro = Peso Especifico Natural do Aterro;
- SU = cVane-Test = Resistência não Drenada da Camada de Argila Mole
(Fundação do Aterro), obtida por meio de Ensaios de Campo (Ensaio de
Palheta/Vane Test ou Ensaio de Piezocone) e Laboratório (Ensaio Triaxial do
Tipo UU/Unconsolidated Undrained = Não Consolidado e Não Drenado).
2) Determinação da Altura Admissível (hAdmissivel):
Deve-se construir o aterro com base na altura admissível do
mesmo, a qual é determinada fazendo uso da seguinte formulação:
hCritica N c . SU
hAdmissivel = =
FS γ Aterro .FS
Onde:
- hAdmissivel = Altura Admissível do Aterro;
- hCritica = Altura Critica do Aterro;
- Fs= Fator de segurança;
- NC = Fator de Capacidade de Carga (5,5);
- ɣAterro = Peso Especifico Natural do Aterro;
- SU = cVane-Test = Resistência não Drenada da Camada de Argila Mole
(Fundação do Aterro),
OBS-4: O fator de segurança (Fs) é definido a partir de critério de projeto,
considerando a importância da obra. Usam-se, em geral, valores de Fs
superiores a 1,5, sendo aceitos valores menores (Fs ≥ 1,3) no caso de calculo de
estabilidade para uma condição temporária (exemplos: aterros construídos em
etapas), com monitoramentos de inclinometros e sem que haja vizinhos próximos
(ALMEIDA & ESTHER, 2010).
∆H = Cr H log σ vm + Cc H log σ vf
1+e0 σ v0 1+e0 σ vm
10Kpa - 24h
20Kpa - 24h
.
.
.
640KPa
RECALQUES
ANÁLISE DE ESTABILIDADE
• FELLENIUS
• BISHOP
• JANBU
• Programas computacionais Ex: GEOSLOPE
• CONDIÇÕES DE ESTABILIDADE:
• FS > 1,5 – estável
• FS < 1,5 – instável – Métodos de estabilização
• FS = 1 – RUPTURA – usado em retro-análise
Instrumentação
“Toda obra rodoviária importante em solos moles deve ser instrumentada,
seja pela sua extensão e profundidade da camada mole, seja pela baixa
resistência da camada mole, ou pela necessidade de se acompanhar os recalques”
(Norma DNER-PRO 381/98)
•Objetivos da instrumentação
a) acompanhar os recalques e verificar o tempo de permanência de uma
sobrecarga temporária;
b) monitorar poro-pressões geradas durante a construção e a sua velocidade de
dissipação;
c) acompanhar os efeitos de deslocamentos horizontais provocados por um aterro
sobre solo mole;
d) monitorar a estabilidade da obra em casos críticos;
e) verificar a adequação de um método construtivo.
OBS: A instrumentação a ser empregada em cada caso varia com a importância e
a complexidade do problema (Norma DNER-PRO 381/98).
Tipos de instrumentos
1.Pino de recalque
Pinos metálicos a serem chumbados em uma estrutura rígida permitindo observar
os seus deslocamentos através de instrumentos topográficos de precisão. Os pinos
devem ser lidos por nivelamento de alta precisão com acurácia de 1 mm.
Pino
Nível
2.Placa de recalque
Placas de aço com 500 mm x 500 mm com uma haste central protundente ao
aterro. Esta haste é revestida com um tubo de PVC à medida que o aterro sobe e
permite o nivelamento topográfico da sua extremidade superior e a obtenção dos
recalques.
2.Placa de recalque Tubo de aço
Revestimento
PR
Placa de aço
500 mm x 500
mm x 10 mm
3. Inclinômetros
Instrumentos para observar deslocamentos horizontais. Constam de um
tubo de acesso instalado no terreno e um torpedo sensor deslizante para
leituras periódicas (DNER-PRO 381/98).
O tubo de acesso deve ser de alumínio ou plástico com cerca de 80 mm de
diâmetro, dispondo de 4 ranhuras diametralmente opostas que servem para
guiar a descida do sensor.
3. Inclinômetros
Instrumentos para observar deslocamentos horizontais. Constam de um tubo de
acesso instalado no terreno e um torpedo sensor deslizante para leituras periódicas
(DNER-PRO 381/98).
4. Piezômetros
Instrumentos para medições de poro-pressões (pressão da água).
4.1.Piezômetros Casagrande e Indicados de nível d’água
Instalados em furos de sondagem de 75 ou 100 mm de diâmetro. Tubos de PVC
perfurados com 25 mm de diâmetro instalado em bulbo de areia no terreno.
Piezômetro Casagrande tem o bulbo com 1 m de comprimento, enquanto o INA
tem o bulbo ao longo de quase toda a sua extensão. A partir do bulbo executa-
se um selo de bentonita-cimento. A parte perfurada do tubo é revestida com
geotêxtil. A leitura é realizada com indicados elétrico de NA.
Indicador
de NA Tubo PVC
Reaterro