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Uma vez que se exige a elaboração de um portal de transparência, o primeiro passo deste
projeto é entender o que é transparência.
Adaptando o conceito compartilhado por Naurin, Fellow e Schuman, para um portal ser
considerado transparente, é preciso que possibilite às pessoas de fora adquirir as
informações de que precisam para formar opiniões sobre ações e processos dentro dessas
instituições.
(...)
Isso posto, a fim de atender a legislação e cumprir com os ditames doutrinários, o desafio
para se elaborar um portal é enorme. Não obstante a vigência da Lei de Acesso à
Informação, não basta o funcionário público responsável pelo portal estar disposto a fazer
um bom trabalho. O próprio ambiente interno do órgão que tal funcionário trabalha, por
exemplo, pode desestimular a coleta de dados para divulgação dos dados. Pode haver
também conluio entre servidores dificultando o acesso de dados para posterior divulgação.
Sendo assim, sem um ambiente interno voltado às boas práticas da administração pública e
políticas que enfatizem a divulgação de dados, acrescentando-se a esse cenário eventuais
problemas tecnológicos, banco de dados desestruturado e a corrupção eivada no nosso
sistema, a elaboração de um simples portal pode se transformar numa tarefa hercúlea.
Acredito que reforçar a Governança Pública e fortalecer o Controle Interno são instrumentos
para fomentar a transparência das informações.
Conforme ensina o TCU, o setor público conta com instâncias de governança (externa,
externa de apoio à governança, interna e interna de apoio à governança) que servem
justamente para melhorar o trato com a coisa pública sendo certamente a promoção da
transparência das informações uma delas.
Então como funcionário público caso constatasse alguma malversação dos recursos
públicos ou práticas que atentassem contra a governança, denunciaria tal circunstância ao
tribunal de contas, como inclusive determina o art. 74, §1° da Constituição Federal, vejamos: