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OBSERVATÓRIO CÍVICO DOS CONTABILISTAS

DIGNIFICAR A PROFISSÃO E UNIR OS CONTABILISTAS

DECRETO REGULAMENTAR N.º 25/2009

VERSÃO ANTERIOR NOVA VERSÃO

Resumo das alterações ocorridas com a revogação do Decreto Regulamentar 2/90 pelo Decreto Regulamentar 25/2009, por
confronto das duas versões.

Artigo 1.º - Artigo 1.º


Condições gerais de aceitação das reintegrações e Condições gerais de aceitação das depreciações e
amortizações amortizações

1 - Podem ser objecto de reintegração e amortização os 1 — Podem ser objecto de depreciação ou amortização os
elementos do activo imobilizado sujeitos a deperecimento. elementos do activo sujeitos a deperecimento, considerando-se
como tais os activos fixos tangíveis, os activos intangíveis e as
propriedades de investimento contabilizadas ao custo histórico
que, com carácter sistemático, sofrerem perdas de valor
resultantes da sua utilização ou do decurso do tempo.

2 - Salvo razões devidamente justificadas, reconhecidas pela 2 — Salvo razões devidamente justificadas e aceites pela
Direcção-Geral das Contribuições e Impostos, as reintegrações e Direcção -Geral dos Impostos, as depreciações e amortizações só
amortizações só podem praticar-se: são consideradas:

a) Relativamente aos elementos do activo imobilizado corpóreo, a a) Relativamente a activos fixos tangíveis e a propriedades de
partir da sua entrada em funcionamento; investimento, a partir da sua entrada em funcionamento ou
utilização;
b) Relativamente aos elementos do activo imobilizado incorpóreo,
a partir da sua aquisição ou do início de actividade, se for b) Relativamente aos activos intangíveis, a partir da sua aquisição
posterior, ou ainda, quando se trate de elementos especialmente ou do início de actividade, se for posterior, ou, ainda, quando se
associados à obtenção de proveitos ou ganhos, a partir da sua trate de elementos especificamente associados à obtenção de
utilização com esse fim. rendimentos, a partir da sua utilização com esse fim.

3 - As reintegrações e amortizações só são aceites para efeitos 3 — As depreciações e amortizações só são aceites para efeitos
fiscais quando contabilizadas como custos ou perdas do exercício fiscais desde que contabilizadas como gastos no mesmo período
a que respeitam de tributação ou em períodos de tributação anteriores.

4 - Excepto tratando-se de edifícios e outras construções e


viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, as reintegrações e
amortizações devem praticar-se por grupos homogéneos de
elementos, entendendo-se como tais os conjuntos de elementos
do activo imobilizado da mesma espécie e cuja reintegração e
amortização, praticada por idêntico regime, se deva iniciar no
mesmo ano.

Artigo 2.º - Artigo 2.º


Valorimetria dos elementos reintegráveis ou amortizáveis Valorimetria dos elementos depreciáveis ou amortizáveis

1 - Para efeitos de cálculo das respectivas reintegrações e 1 — Para efeitos de cálculo das quotas máximas de
amortizações, os elementos do activo imobilizado devem ser depreciação ou amortização, os elementos do activo devem ser
valorizados do seguinte modo: valorizados do seguinte modo:

a) Custo de aquisição ou custo de produção, consoante se trate, a) Custo de aquisição ou de produção, consoante se
respectivamente, de elementos adquiridos a terceiros a título trate, respectivamente, de elementos adquiridos a terceiros a título
oneroso ou de elementos fabricados ou construídos pela própria oneroso ou de elementos construídos ou produzidos pela própria
empresa; empresa;

b) Valor resultante de reavaliação ao abrigo de legislação de b) Valor resultante de reavaliação ao abrigo de legislação de
carácter fiscal; carácter fiscal;

c) Valor real, à data da abertura de escrita, para os bens objecto c) Valor de mercado, à data da abertura de escrita, para os bens
de avaliação para este efeito, quando não seja conhecido o custo objecto de avaliação para este efeito, quando não seja conhecido
de aquisição ou o custo de produção, podendo esse valor ser o custo de aquisição ou de produção, podendo esse valor ser
objecto de correcção, para efeitos fiscais, quando se considere objecto de correcção, para efeitos fiscais, quando se considere
excedido. excedido.

2 - O custo de aquisição de um elemento do activo imobilizado é o 2 — O custo de aquisição de um elemento do activo é o


respectivo preço de compra, acrescido dos gastos acessórios respectivo preço de compra, acrescido dos gastos acessórios

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suportados até à sua entrada em funcionamento. suportados até à sua entrada em funcionamento ou utilização.

3 - Os custos de produção de um elemento do activo imobilizado 3 — O custo de produção de um elemento do activo obtém-se
obtém-se adicionando ao custo de aquisição das matérias-primas adicionando ao custo de aquisição das matérias-primas e de
e de consumo e da mão-de-obra directa os outros custos consumo e da mão-de-obra directa, os outros custos directamente
directamente imputáveis ao produto considerado, assim como a imputáveis ao produto considerado, assim como a parte dos
parte dos custos indirectos respeitantes ao período de fabricação custos indirectos respeitantes ao período de construção ou
ou construção que, de acordo com o sistema de custeio utilizado, produção que, de acordo com o sistema de custeio utilizado, lhe
lhe seja atribuível. seja atribuível.

4 - No custo de aquisição ou custo de produção inclui-se o 4 — No custo de aquisição ou de produção inclui -se o imposto
imposto sobre o valor acrescentado (IVA) que, nos termos legais, sobre o valor acrescentado (IVA) que, nos termos legais, não for
não for dedutível, designadamente em consequência de exclusão dedutível, designadamente em consequência de exclusão do
do direito à dedução, não sendo, porém, esses custos direito à dedução, não sendo, porém, esses custos influenciados
influenciados por eventuais regularizações ou liquidações por eventuais regularizações ou liquidações efectuadas em
efectuadas em exercícios posteriores ao da entrada em períodos de tributação posteriores ao da entrada em
funcionamento. funcionamento ou utilização.

5 - Não se consideram no custo de aquisição e no custo de 5 — São, ainda, incluídos no custo de aquisição ou de produção,
produção: de acordo com a normalização contabilística especificamente
aplicável, os custos de empréstimos obtidos que sejam
a) Os juros de empréstimos contraídos para financiar a aquisição directamente atribuíveis à aquisição ou produção de elementos
ou produção de imobilizado ou devidos pelo diferimento no tempo referidos no n.º 1 do artigo anterior, na medida em que respeitem
do pagamento do respectivo preço; ao período anterior à sua entrada em funcionamento ou utilização,
desde que este seja superior a um ano.
b) As diferenças de câmbio relacionadas com o imobilizado
resultantes quer de pagamentos efectivos, quer de actualizações 6 — Sem prejuízo do referido no número anterior, não se
à data do balanço. consideram no custo de aquisição ou de produção as diferenças
de câmbio relacionadas com os activos resultantes quer de
6 - Podem ser incluídos no custo de produção os juros de capitais pagamentos efectivos, quer de actualizações à data do balanço.
alheios destinados especificamente ao financiamento do fabrico
ou construção de imobilizações, na medida em que respeitem ao
período de fabricação ou construção e este não tenha uma
duração inferior a dois anos.

Artigo 3.º Artigo 3.º


Período de vida útil
Período de vida útil

1 - A vida útil de um elemento do activo imobilizado é, para efeitos 1 — A vida útil de um elemento do activo depreciável ou
fiscais, o período durante o qual se reintegra ou amortiza amortizável é, para efeitos fiscais, o período durante o qual se
totalmente o seu valor, excluído, quando for caso disso, o deprecia ou amortiza totalmente o seu valor, excluído, quando for
respectivo valor residual. caso disso, o respectivo valor residual.

2 - Qualquer que seja o método de reintegração ou amortização 2 — Qualquer que seja o método de depreciação ou amortização
utilizado, considera-se: aplicado, considera-se:

a) Período mínimo de vida útil de um elemento do activo a) Período mínimo de vida útil de um elemento do activo, o que se
imobilizado o que se deduz das taxas que podem ser aceites deduz da quota de depreciação ou amortização que seja
fiscalmente segundo o método das quotas constantes; fiscalmente aceite nos termos dos n.os 1 e 2 do artigo 5.º;

b) Período máximo de vida útil de um elemento do activo b) Período máximo de vida útil de um elemento, o que se deduz
imobilizado o que se deduz de uma taxa igual a metade das de quota igual a metade da referida na alínea anterior.
referidas na alínea anterior.

3 - Exceptuam-se do disposto na alínea b) do número anterior as 3 — Exceptuam -se do disposto na alínea b) do número anterior
despesas de instalação e as despesas de investigação e as despesas com projectos de desenvolvimento, cujo período
desenvolvimento, cujo período máximo útil é de cinco anos. máximo de vida útil é de cinco anos.

4 - Os períodos mínimo e máximo de vida útil contam-se a partir 4 — Os períodos mínimo e máximo de vida útil contam-se a partir
da ocorrência dos factos mencionados no n.º 2 do artigo 1.º. da ocorrência dos factos mencionados no n.º 2 do artigo 1.º

5 - Não são aceites como custos ou perdas para efeitos fiscais as 5 — Não são aceites como gastos para efeitos fiscais as
reintegrações ou amortizações praticadas para além do período depreciações ou amortizações praticadas para além do período
máximo de vida útil, ressalvando-se os casos devidamente máximo de vida útil, ressalvando-se os casos devidamente
justificados e aceites pela Direcção-Geral das Contribuições e justificados e aceites pela Direcção–Geral dos Impostos.
Impostos.

Artigo 4.º Artigo 4.º


Métodos de cálculo das reintegrações e amortizações Métodos de cálculo das depreciações e amortizações

1 - O cálculo das reintegrações e amortizações do exercício faz- 1 — O cálculo das depreciações e amortizações faz -se, em regra,
se, em regra, pelo método das quotas constantes. pelo método das quotas constantes.

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2 - Poderá, no entanto, optar-se, para o cálculo das reintegrações 2 — Pode, no entanto, optar-se pelo cálculo das depreciações
do exercício, pelo método das quotas degressivas relativamente pelo método das quotas decrescentes, relativamente aos activos
aos elementos do activo imobilizado corpóreo novos, adquiridos a fixos tangíveis novos, adquiridos a terceiros ou construídos ou
terceiros ou fabricados ou construídos pela própria empresa, e produzidos pela própria empresa, e que não sejam:
que não sejam:

a) Edifícios; a) Edifícios;

b) Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, excepto quando b) Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, excepto quando
afectas a empresas exploradoras de serviço público de transporte afectas à exploração de serviço público de transportes ou
ou destinadas a ser alugadas no exercício da actividade normal da destinadas a ser alugadas no exercício da actividade normal do
empresa sua proprietária; sujeito passivo;

c) Mobiliário e equipamentos sociais. c) Mobiliário e equipamentos sociais.

3 - Poderão ser utilizados métodos de reintegração e amortização 3 — Quando a natureza do deperecimento ou a actividade
diferentes dos indicados nos números anteriores, designadamente económica do sujeito passivo o justifique podem, ainda, ser
mantendo-se os actuais períodos mínimos e máximos de tempo aplicados métodos de depreciação e amortização diferentes dos
para a reintegração dos activos corpóreos, através da variação da indicados nos números anteriores, mantendo-se os períodos
taxa desde metade até ao dobro da taxa fixada, quando a máximos e mínimos de vida útil, desde que, mediante
natureza do deperecimento ou a actividade económica da requerimento, seja obtido o reconhecimento prévio da Direcção
empresa o justifique, após reconhecimento prévio da Direcção- Geral dos Impostos, salvo quando daí não resulte uma quota
Geral das Contribuições e Impostos. anual de depreciação ou amortização superior à prevista nos
artigos seguintes.

Artigo 5.º Artigo 5.º


Método das quotas constantes Método das quotas constantes

1 - No caso de utilização do método das quotas constantes, a 1 — No método das quotas constantes, a quota anual de
quota anual de reintegração e amortização que pode ser aceite depreciação ou amortização que pode ser aceite como gasto do
como custo do exercício determina-se aplicando aos valores período de tributação é determinada aplicando–se aos valores
mencionados no n.º 1 do artigo 2.º as taxas fixadas nas tabelas mencionados no n.º 1 do artigo 2.º as taxas de depreciação ou
anexas ao presente diploma, aplicando-se as taxas genéricas amortização específicas fixadas na tabela I anexa ao presente
mencionadas na tabela II apenas quando, para os elementos do decreto regulamentar, e que dele faz parte integrante, para os
activo imobilizado dos ramos de actividade de que se trate, não elementos do activo dos correspondentes ramos de actividade ou,
estejam fixadas taxas específicas na tabela I. quando estas não estejam fixadas, as taxas genéricas
mencionadas na tabela II anexa ao presente decreto
regulamentar, e que dele faz parte integrante.

2 - Exceptuam-se do disposto no número anterior os seguintes 2 — Exceptuam-se do disposto no número anterior os seguintes
casos, em que as taxas de reintegração e amortização são casos, em que as taxas de depreciação ou amortização são
calculadas com base no correspondente período de utilidade calculadas com base no correspondente período de utilidade
esperada, o qual pode ser corrigido quando se considere que é esperada, o qual pode ser corrigido quando se considere que é
inferior ao que objectivamente deveria ter sido estimado: inferior ao que objectivamente deveria ter sido estimado:

a) Bens adquiridos em estado de uso; a) Bens adquiridos em estado de uso;

b) Bens avaliados para efeitos de abertura de escrita; b) Bens avaliados para efeitos de abertura de escrita;

c) Grandes reparações e beneficiações; c) Grandes reparações e beneficiações;

d) Obras em edifícios alheios. d) Obras em edifícios e em outras construções de propriedade


alheia.

3 - Relativamente aos elementos não mencionados no número 3 — Relativamente aos elementos para os quais não se
anterior para os quais não se encontrem fixadas taxas de encontrem fixadas, nas tabelas referidas no n.º 1, taxas de
reintegração e amortização nas tabelas referidas no n.º 1, serão depreciação ou amortização são aceites as que pela Direcção-
aceites as que pela Direcção-Geral das Contribuições e Impostos Geral dos Impostos sejam consideradas razoáveis, tendo em
sejam consideradas razoáveis, tendo em conta o período de conta o período de utilidade esperada.
utilidade esperada.

4 - Quando em relação aos elementos mencionados nas alíneas 4 — Quando, em relação aos elementos mencionados nas alíneas
a) e b) do n.º 2 for conhecido o ano em que pela primeira vez a) e b) do n.º 2, for conhecido o ano em que pela primeira vez
tiverem entrado em funcionamento, o período de utilidade tiverem entrado em funcionamento ou utilização, o período de
esperada não pode ser inferior à diferença entre o período mínimo utilidade esperada não pode ser inferior à diferença entre o
de vida útil do mesmo elemento em estado de novo e o número de período mínimo de vida útil do mesmo elemento em estado de
anos de utilização já decorrido. novo e o número de anos de utilização já decorrido.

5 - Para efeitos de reintegração e amortização consideram-se: 5 — Para efeitos de depreciação ou amortização, consideram -se:

a) Grandes reparações e beneficiações - as que aumentem o a) «Grandes reparações e beneficiações» as que aumentem o
valor real ou a duração provável dos elementos a que respeitem; valor ou a duração provável dos elementos a que respeitem;
b) Obras em edifícios alheios - as que, tendo sido realizadas em
edifícios de propriedade alheia e não sendo de manutenção, b) «Obras em edifícios e em outras construções de propriedade

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reparação ou conservação, ainda que de carácter plurianual, não alheia» as que, tendo sido realizadas em edifícios e em outras
dêem origem a elementos removíveis ou, dando-o, estes percam construções de propriedade alheia, e não sendo de manutenção,
então a sua função instrumental. reparação ou conservação, ainda que de carácter plurianual, não
dêem origem a elementos removíveis ou, dando-o, estes percam
então a sua função instrumental.

Artigo 6.º Artigo 6.º


Método das quotas degressivas Método das quotas decrescentes

1 - No caso de utilização do método das quotas degressivas, a 1 — No método das quotas decrescentes, a quota anual de
quota anual de reintegração que pode ser aceite como custo do depreciação que pode ser aceite como gasto do período de
exercício determina-se aplicando aos valores mencionados nas tributação determina-se aplicando aos valores mencionados no n.º
alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º que, em cada exercício, ainda 1 do artigo 2.º, que ainda não tenham sido depreciados, as taxas
não tenham sido reintegrados as taxas aplicáveis segundo o referidas no n.º 1 do artigo anterior, corrigidas pelos seguintes
disposto nos n.os 1 e 3 do artigo anterior, corrigidas pelos coeficientes máximos:
seguintes coeficientes:

a) 1,5, se o período de vida útil do elemento é inferior a cinco a) 1,5, quando o período de vida útil do elemento seja inferior a
anos; cinco anos;

b) 2 , se o período de vida útil do elemento é de cinco ou seis b) 2, quando o período de vida útil do elemento seja de cinco ou
anos; seis anos;

c) 2,5, se o período de vida útil do elemento é superior a seis c) 2,5, quando o período de vida útil do elemento seja superior a
anos. seis anos.

2 - Nos casos em que, nos exercícios já decorridos de vida útil de 2 — Nos casos em que, nos períodos de tributação já decorridos
um elemento do activo imobilizado, não tenha sido praticada uma de vida útil do elemento do activo, não tenha sido praticada uma
quota de reintegração inferior à mencionada no número anterior, quota de depreciação inferior à referida no n.º 1 do artigo anterior,
quando a quota anual de reintegração desse elemento, de acordo quando a quota anual de depreciação determinada de acordo com
com o disposto no mesmo número, for inferior, num dado o disposto no número anterior for inferior, num dado período de
exercício, à que resulta da divisão do valor pendente de tributação, à que resulta da divisão do valor pendente de
reintegração pelo número de anos de vida útil que restam ao depreciação pelo número de anos de vida útil que restam ao
elemento a contar do início desse exercício, poderá ser aceite elemento a contar do início desse período de tributação, pode ser
como custo até ao termo dessa vida útil uma reintegração de valor aceite como gasto, até ao termo dessa vida útil, uma depreciação
correspondente ao quociente daquela divisão. de valor correspondente ao quociente daquela divisão.

3 - Para efeitos do disposto nos números anteriores a vida útil de 3 — Para efeitos do disposto no número anterior, a vida útil de um
um elemento do activo imobilizado, reporta-se ao período mínimo elemento do activo reporta-se ao período mínimo de vida útil
de vida útil segundo o disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 3.º, segundo o disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 3.º
contando-se sempre para efeitos do n.º 2 como ano completo o da
entrada em funcionamento.

4 - O disposto no n.º 2 não prejudica a aplicação do que se 4 — O disposto no n.º 2 não prejudica a aplicação do que se
estabelece no artigo 19.º relativamente a quotas mínimas de estabelece no artigo 18.º relativamente a quotas mínimas de
reintegração. depreciação.

Artigo 7.º Artigo 7.º


Reintegrações e amortizações por duodécimos Depreciações e amortizações por duodécimos

1 - No ano de início de utilização dos elementos patrimoniais 1 — No ano da entrada em funcionamento ou utilização dos
poderá ser praticada a quota anual de reintegração em activos, pode ser praticada a quota anual de depreciação ou
conformidade com o disposto nos artigos anteriores ou uma quota amortização em conformidade com o disposto nos artigos
de reintegração ou amortização, deduzida dessa quota anual, anteriores, ou uma quota de depreciação ou amortização,
correspondente ao número de meses contados desde o mês da determinada a partir dessa quota anual, correspondente ao
entrada em funcionamento desses elementos. número de meses contados desde o mês da entrada em
funcionamento ou utilização desses activos.

2 - No caso referido no número anterior, no ano em que se 2 — No caso referido no número anterior, no ano em que se
verificar a transmissão, a inutilização ou o termo de vida útil dos verificar a transmissão, a inutilização ou o termo de vida útil dos
mesmos elementos nas condições da alínea b) do n.º 2 do artigo mesmos activos nas condições do n.º 2 do artigo 3.º, só são
3.º, só serão aceites reintegrações e amortizações aceites depreciações ou amortizações correspondentes ao
correspondentes ao número de meses decorridos até ao mês número de meses decorridos até ao mês anterior ao da
anterior ao da verificação desses eventos. verificação desses eventos.

3 - A quota de reintegração e amortização que poderá ser aceite 3 — A quota de depreciação ou amortização que pode ser aceite
como custo do exercício é determinada ainda tendo em conta o como gasto do período de tributação é também determinada tendo
número de meses em que os elementos estiveram em em conta o número de meses em que os elementos estiveram em
funcionamento nos seguintes casos: funcionamento ou utilização nos seguintes casos:

a) Relativamente ao exercício de cessação da actividade motivada a) Relativamente ao período de tributação em que se verifique a
por a sede e a direcção efectiva deixarem de se situar em território cessação da actividade, motivada pelo facto de a sede e a

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português, continuando, no entanto, os elementos patrimoniais direcção efectiva deixarem de se situar em território português,
afectos ao exercício da mesma actividade através de continuando, no entanto, os activos afectos ao exercício da
estabelecimento estável aí situado; mesma actividade, através de estabelecimento estável aí situado;

b) Relativamente ao período de tributação referido na alínea d) do b) Relativamente ao período de tributação referido na alínea d) do
n.º 4 do artigo 8.º do Código do IRC; n.º 4 do artigo 8.º do Código do IRC;

c) Quando seja aplicável o disposto na alínea b) do n.º 4 do artigo c) Quando seja aplicável o disposto no n.º 3 do artigo 74.º do
68.º do Código do IRC relativamente ao número de meses em Código do IRC, relativamente ao número de meses em que, no
que, no exercício da transferência, os elementos estiveram em período de tributação da transmissão, os activos estiveram em
funcionamento nas sociedades fundidas ou cindidas ou na funcionamento ou utilização nas sociedades fundidas ou cindidas
sociedade contribuidora e na sociedade para a qual se transmitem ou na sociedade contribuidora e na sociedade para a qual se
em consequência da fusão ou cisão ou entrada de activos; transmitem em consequência da fusão ou cisão ou entrada de
d) Relativamente ao exercício em que se verifique a dissolução da activos;
sociedade para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 2 do artigo
73.º do Código do IRC.
d) Relativamente ao período de tributação em que se verifique a
dissolução da sociedade para efeitos do disposto na alínea c) do
n.º 2 do artigo 79.º do Código do IRC.

Artigo 8.º Artigo 8.º


Utilização uniforme dos métodos de reintegração e Aplicação uniforme dos métodos de depreciação e
amortização amortização

Para efeitos de cálculo do limite máximo das quotas de Salvo razões devidamente justificadas, para efeitos de cálculo do
reintegração e amortização que, em cada exercício, podem ser limite máximo das quotas de depreciação ou amortização que
aceites para efeitos fiscais, deverá ser usado, em relação a cada podem ser aceites, em cada período de tributação, deve ser
elemento do activo imobilizado, o mesmo método de reintegração aplicado, em relação a cada elemento do activo, o mesmo método
e amortização desde a sua entrada em funcionamento até à sua de depreciação e amortização desde a sua entrada em
reintegração ou amortização total, transmissão ou inutilização. funcionamento ou utilização até à sua depreciação ou amortização
total, transmissão ou inutilização.

Artigo 9.º Artigo 9.º


Regime intensivo de utilização dos elementos patrimoniais Regime intensivo de utilização dos activos depreciáveis

1 - Quando os elementos do activo imobilizado corpóreo estiverem 1 — Quando os activos fixos tangíveis estiverem sujeitos a
sujeitos a desgaste mais rápido do que o normal em consequência desgaste mais rápido do que o normal, em consequência de
de laboração em mais do que um turno, poderá ser aceite como laboração em mais do que um turno, pode ser aceite como gasto
custo do exercício: do período de tributação:

a) Se a laboração for em dois turnos, uma quota de reintegração a) Se a laboração for em dois turnos, uma quota de depreciação
correspondente à que puder ser praticada pelo método que estiver correspondente à que puder ser praticada pelo método que estiver
a ser utilizado acrescida até 25%; a ser aplicado, acrescida até 25 %;

b) Se a laboração for superior a dois turnos, uma quota de b) Se a laboração for superior a dois turnos, uma quota de
reintegração correspondente à que puder ser praticada pelo depreciação correspondente à que puder ser praticada pelo
método que estiver a ser utilizado acrescida até 50%. método que estiver a ser aplicado, acrescida até 50 %.

2 - No caso de ser utilizado o método das quotas degressivas, o 2 — No caso do método das quotas decrescentes, o disposto no
disposto no número anterior não pode ser aplicado relativamente número anterior não pode ser aplicado relativamente ao primeiro
ao primeiro período de reintegração nem dele pode decorrer, nos período de depreciação, nem dele pode decorrer, nos períodos
períodos seguintes, uma quota de reintegração superior à que seguintes, uma quota de depreciação superior à que puder ser
puder ser aplicada nesse primeiro período. praticada nesse primeiro período.

3 - O regime mencionado no n.º 1 poderá igualmente ser 3 — O regime mencionado no n.º 1 pode igualmente ser extensivo
extensivo, mediante reconhecimento prévio da Direcção-Geral das a outros casos de desgaste mais rápido do que o normal, em
Contribuições e Impostos, a outros casos de desgaste mais rápido consequência de outras causas devidamente justificadas, até ao
do que o normal em consequência de outras causas devidamente máximo referido na alínea b) do n.º 1, com as limitações
justificadas, até ao máximo referido na alínea b) do n.º 1, com as mencionadas no número anterior, desde que, mediante
limitações mencionadas no n.º 2. requerimento, seja obtido o reconhecimento prévio da Direcção -
Geral dos Impostos.

4 - O disposto nos números anteriores não é aplicável, em regra, 4 — O disposto nos números anteriores não é aplicável, em regra,
relativamente a: relativamente a:

a) Edifícios e outras construções; a) Edifícios e outras construções;

b) Bens que, pela sua natureza ou tendo em conta a actividade b) Bens que, pela sua natureza ou tendo em conta a actividade
económica em que especificamente são utilizados, estão económica em que especificamente são utilizados, estão
normalmente sujeitos a condições intensivas de exploração. normalmente sujeitos a condições intensivas de exploração.

Artigo 10.º

5
Desvalorizações excepcionais de elementos do activo
imobilizado

1 - No caso de se verificarem em elementos do activo imobilizado


desvalorizações excepcionais provenientes de causas anormais
devidamente comprovadas, poderá ser aceite como custo ou
perda do exercício em que aquelas ocorrem uma quota de
reintegração ou amortização superior à que resulta da aplicação
dos métodos referidos no artigo 4.º.

2 - O regime estabelecido no número anterior aplica-se,


designadamente, às desvalorizações excepcionais provocadas
por desastres, fenómenos naturais e inovações técnicas
excepcionalmente rápidas.

3 - Para efeitos do disposto no n.º 1, o contribuinte deve obter a


aceitação da Direcção-Geral dos Impostos, mediante exposição
devidamente fundamentada, a apresentar até ao fim do 1.º mês do
período de tributação seguinte ao da ocorrência dos factos que
determinaram as desvalorizações excepcionais, acompanhada de
documentação comprovativa dos mesmos, designadamente da
decisão do competente órgão de gestão que confirme aqueles
factos, bem como da indicação do destino a dar aos bens, quando
o abate físico, desmantelamento, abandono ou inutilização destes
não ocorra no mesmo período de tributação. (Redacção do
Decreto-Lei n.º 211/2005, de 07 de Dezembro)

4 - Quando os factos que determinaram as desvalorizações


excepcionais dos bens e o abate físico, desmantelamento,
abandono ou inutilização ocorram no mesmo período de
tributação, o valor líquido fiscal dos bens, corrigido de eventuais
valores recuperáveis, pode ser aceite como custo ou perda do
exercício desde que: (Redacção do Decreto-Lei n.º 211/2005, de
07 de Dezembro).

a) Seja comprovado o abate físico, desmantelamento, abandono


ou inutilização dos bens, através do respectivo auto, assinado por
duas testemunhas e identificados e comprovados os factos que
originaram as desvalorizações excepcionais; (Redacção do
Decreto-Lei n.º 211/2005, de 07 de Dezembro)

b) O auto seja acompanhado de relação discriminativa dos


elementos do imobilizado corpóreo em causa, contendo,
relativamente a cada bem, a descrição, o ano e o valor de
aquisição, bem como o valor contabilístico e o valor líquido fiscal;
(Redacção do Decreto-Lei n.º 211/2005, de 07 de Dezembro)
c) Seja comunicado ao serviço de finanças da área do local onde
aqueles se encontrem, com a antecedência mínima de 15 dias, o
local, a data e a hora do abate, desmantelamento ou inutilização e
o total do valor líquido fiscal dos bens. (Redacção do Decreto-Lei
n.º 211/2005, de 07 de Dezembro)

5 - O disposto nas alíneas a) a c) do número anterior deve


igualmente observar-se nas situações previstas no n.º 3, no
exercício em que venha a efectuar-se o abate físico,
desmantelamento, abandono ou inutilização dos bens. (Redacção
do Decreto-Lei n.º 211/2005, de 07 de Dezembro)

6 - A autorização referida no n.º 3 é da competência do director de


finanças da área da sede, direcção efectiva ou estabelecimento
estável do sujeito passivo ou do director dos Serviços de
Prevenção e Inspecção Tributária, tratando-se de empresas
incluídas no âmbito das suas atribuições. (Redacção do Decreto-
Lei n.º 211/2005, de 07 de Dezembro)

7 - A documentação a que se refere o n.º 4 deve integrar o


processo de documentação fiscal, nos termos do artigo 121.º do
Código do IRC. (Redacção do Decreto-Lei n.º 211/2005, de 07 de
Dezembro)

Artigo 11.º Artigo 10.º


Reintegrações de imóveis Depreciações de imóveis

6
1 - No caso de imóveis, do valor a considerar nos termos do artigo 1 — No caso de imóveis, do valor a considerar nos termos do
2.º, para efeitos do cálculo das respectivas quotas de artigo 2.º, para efeitos do cálculo das respectivas quotas de
reintegração, é excluído o valor do terreno ou, tratando-se de depreciação, é excluído o valor do terreno ou, tratando-se de
terrenos de exploração, a parte do respectivo valor não sujeita a terrenos de exploração, a parte do respectivo valor não sujeita a
deperecimento. deperecimento.

2 - De modo a permitir o tratamento referido no número anterior


deverão ser evidenciados separadamente na contabilidade: 2 — De modo a permitir o tratamento referido no número anterior,
devem ser evidenciados separadamente, no processo de
a) O valor do terreno e o valor da construção, sendo o valor do documentação fiscal previsto no artigo 130.º do Código do IRC:
terreno apenas o do subjacente à construção e o que lhe serve de
logradouro; a) O valor do terreno e o valor da construção, sendo o valor do
b) A parte do valor do terreno de exploração não sujeita a primeiro apenas o subjacente à construção e o que lhe serve de
deperecimento e a parte desse valor a ele sujeita. logradouro;

3 - Em relação aos imóveis adquiridos sem indicação expressa do b) A parte do valor do terreno de exploração não sujeita a
valor do terreno referido na alínea a) do número anterior, o valor a deperecimento e a parte desse valor a ele sujeita.
atribuir a este, para efeitos de evidenciação na contabilidade, é
fixado em 25% do valor global, a menos que o contribuinte estime 3 — Em relação aos imóveis adquiridos sem indicação expressa
outro valor com base em cálculos devidamente fundamentados e do valor do terreno referido na alínea a) do número anterior, o
aceites pela Direcção-Geral das Contribuições e Impostos. valor a atribuir a este, para efeitos fiscais, é fixado em 25 % do
valor global, a menos que o sujeito passivo estime outro valor com
4 - O valor a atribuir ao terreno para efeitos de evidenciação na base em cálculos devidamente fundamentados e aceites pela
contabilidade nunca poderá, porém, ser inferior ao determinado Direcção -Geral dos Impostos.
nos termos do Código das Avaliações mencionado no n.º 1 do
artigo 7.º do Código da Contribuição Autárquica e constante da 4 — O valor a atribuir ao terreno, para efeitos fiscais, nunca pode,
matriz à data da aquisição do imóvel. porém, ser inferior ao determinado nos termos do Código do
Imposto Municipal sobre Imóveis, aprovado pelo Decreto -Lei n.º
5 - O valor reintegrável de um imóvel corresponde ao respectivo 287/2003, de 12 de Novembro.
valor de construção ou, tratando-se de terrenos para exploração, à
parte do respectivo valor sujeita a deperecimento. 5 — O valor depreciável de um imóvel corresponde ao seu valor
de construção ou, tratando se de terrenos para exploração, à
parte do respectivo valor sujeita a deperecimento.

Artigo 12.º Artigo 11.º


Reintegrações de viaturas ligeiras, barcos de recreio e aviões Depreciações de viaturas ligeiras, barcos de recreio e aviões
de turismo de turismo

1 - Não são aceites como custos as reintegrações de viaturas 1 — Não são aceites como gastos as depreciações de viaturas
ligeiras de passageiros ou mistas na parte correspondente ao ligeiras de passageiros ou mistas, na parte correspondente ao
valor de aquisição ou de reavaliação excedente a 6 000 000$, custo de aquisição superior a € 40 000, bem como dos barcos de
bem como dos barcos de recreio e aviões de turismo e todos os recreio e aviões de turismo e todos os gastos com estes
encargos com estes relacionados. relacionados.

2 - Exceptuam-se do disposto no número anterior os bens que 2 — Exceptuam-se do disposto no número anterior os bens que
estejam afectos a empresas exploradoras de serviço público de estejam afectos à exploração de serviço público de transportes, ou
transportes ou que se destinem a ser alugados no exercício da que se destinem a ser alugados no exercício da actividade normal
actividade normal da empresa sua proprietária. do sujeito passivo.

Artigo 13.º Artigo 12.º


Activos revertíveis Activos revertíveis

1 - Os elementos do activo imobilizado adquiridos ou produzidos 1 — Os elementos depreciáveis ou amortizáveis adquiridos ou


por entidades concessionárias e que nos termos das cláusulas do produzidos por entidades concessionárias e que, nos termos das
contrato de concessão sejam revertíveis no final desta podem ser cláusulas do contrato de concessão, sejam revertíveis no final
reintegrados ou amortizados em função do número de anos que desta, podem ser depreciados ou amortizados em função do
restem do período de concessão quando aquele for inferior ao seu número de anos que restem do período de concessão, quando
período mínimo de vida útil. aquele for inferior ao seu período mínimo de vida útil.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, a quota anual de 2 — Para efeitos do disposto no número anterior, a quota anual de
reintegração ou amortização que pode ser aceite como custo do depreciação ou amortização que pode ser aceite como gasto do
exercício determina-se dividindo o custo de aquisição ou o custo período de tributação determina-se dividindo o custo de aquisição
de produção dos elementos deduzidos, se for caso disso, da ou de produção dos elementos, deduzido, se for caso disso, da
eventual contrapartida da entidade concedente, pelo número de eventual contrapartida da entidade concedente, pelo número de
anos que decorrer desde a sua entrada em funcionamento até à anos que decorrer desde a sua entrada em funcionamento ou
data estabelecida para a reversão. utilização até à data estabelecida para a reversão.

3 - Na determinação da quota anual de reintegração ou 3 — Na determinação da quota anual de depreciação ou


amortização deverá ser tido em consideração, com a limitação amortização deve ser tido em consideração, com a limitação
mencionada na parte final do n.º 1, o novo período que resultar de mencionada na parte final do n.º 1, o novo período que resultar de
eventual prorrogação ou prolongamento do período de concessão, eventual prorrogação ou prolongamento do período de concessão,
a partir do exercício em que esse facto se verifique. a partir do período de tributação em que esse facto se verifique.

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Artigo 14.º Artigo 13.º
Locação financeira Locação financeira

1 - As reintegrações dos bens objecto de locação financeira são 1 — As depreciações ou amortizações dos bens objecto de
custos ou perdas do exercício dos respectivos locatários, sendo- locação financeira são gastos do período de tributação dos
lhes aplicável o regime geral constante do Código do IRC e do respectivos locatários, sendo-lhes aplicável o regime geral
presente diploma. constante do Código do IRC e do presente decreto regulamentar.

2 - A transmissão dos bens locados para o locatário no termo dos 2 — A transmissão dos bens locados, para o locatário, no termo
respectivos contratos de locação financeira, bem como a dos respectivos contratos de locação financeira, bem como na
relocação financeira prevista no artigo 25.º do Código do IRC não relocação financeira prevista no artigo 25.º do Código do IRC, não
determinam qualquer alteração no regime de reintegrações que determinam qualquer alteração do regime de depreciações ou
vinha sendo seguido em relação aos mesmos pelo locatário. amortizações que vinha sendo seguido em relação aos mesmos
pelo locatário

Artigo 15.º Artigo 14.º


Peças ou componentes de substituição ou de reserva Peças e componentes de substituição ou de reserva

1 - As peças e componentes de substituição ou de reserva que, 1 — As peças e componentes de substituição ou de reserva, que
tendo a natureza de imobilizações, sejam perfeitamente sejam perfeitamente identificáveis e de utilização exclusiva em
identificáveis e de utilização exclusiva em elementos do activo activos fixos tangíveis, podem ser excepcionalmente depreciadas,
imobilizado podem ser excepcionalmente reintegradas, a partir da a partir da data da entrada em funcionamento ou utilização destes
data da entrada em funcionamento destes elementos ou da data activos ou da data da sua aquisição, se posterior, durante o
da sua aquisição, se posterior, durante o mesmo período da vida mesmo período da vida útil dos elementos a que se destinam ou,
útil dos elementos a que se destinam ou, no caso de ser menor, no caso de ser menor, no decurso do respectivo período de vida
no decurso do respectivo período de vida útil calculado em função útil calculado em função do número de anos de utilidade
do número de anos de utilidade esperada. esperada.

2 - O regime previsto no número anterior não se aplica às peças e 2 — O regime referido no número anterior não se aplica às peças
componentes que aumentem o valor ou a duração esperada dos e componentes que aumentem o valor ou a duração esperada dos
elementos em que são aplicados. elementos em que são aplicados.

Artigo 16.º Artigo 15.º


Reintegrações de bens reavaliados Depreciações de bens reavaliados

1 - O regime de aceitação como custos das reintegrações de bens 1 — O regime de aceitação como gastos das depreciações de
reavaliados ao abrigo de legislação de carácter fiscal é o bens reavaliados ao abrigo de legislação de carácter fiscal é o
mencionado na mesma, com as adaptações resultantes deste mencionado na mesma, com as adaptações resultantes do
decreto regulamentar, aplicando-se aos bens reavaliados nos presente decreto regulamentar, aplicando-se aos bens reavaliados
termos da Portaria n.º 20258, de 28 de Dezembro de 1963, o nos termos da Portaria n.º 20 258, de 28 de Dezembro de 1963, o
regime previsto no n.º 2 do artigo 5.º. regime previsto no n.º 2 do artigo 5.º

2 - Exceptuando o caso das reavaliações ao abrigo da Portaria n.º 2 — Relativamente às reavaliações ao abrigo de diplomas de
20258, de 28 de Dezembro de 1963, e do Decreto-Lei n.º 126/77, carácter fiscal, é de observar o seguinte:
de 2 de Abril, cujo aumento de reintegrações resultante das
mesmas, desde que efectuadas nos termos dessa legislação e, na a) Não é aceite como gasto, para efeitos fiscais, o produto de 0,4
parte aplicável, com observância das disposições deste decreto pela importância do aumento das depreciações resultantes dessas
regulamentar, é aceite na totalidade como custo para efeitos reavaliações;
fiscais, relativamente às restantes reavaliações ao abrigo de
diplomas de carácter fiscal, é de observar o seguinte: b) Não é aceite como gasto, para efeitos fiscais, a parte do valor
depreciável dos bens que tenham sofrido desvalorizações
a) Não é aceite como custo, para efeitos fiscais, o produto de 0,4 excepcionais nos termos do artigo 38.º do Código do IRC que
pela importância do aumento das reintegrações resultantes corresponda à reavaliação efectuada.
dessas reavaliações;

b) Não é aceite como custo, para efeitos fiscais, a parte do valor 3 — Exceptuam -se do disposto no número anterior as
líquido contabilístico dos bens que tenham sofrido desvalorizações reavaliações efectuadas ao abrigo da Portaria n.º 20 258, de 28
excepcionais nos termos do artigo 10.º que corresponda à de Dezembro de 1963, e do Decreto -Lei n.º 126/77, de 2 de Abril,
reavaliação efectuada. desde que efectuadas nos termos previstos nessa legislação e, na
parte aplicável, com observância das disposições do presente
decreto regulamentar, caso em que o aumento das depreciações
resultante da reavaliação é aceite na totalidade como gasto para
efeitos fiscais.

Artigo 17.º Artigo 16.º


Amortização de imobilizações incorpóreas Activos intangíveis

1 - Os elementos do activo imobilizado incorpóreo são 1 — Os activos intangíveis são amortizáveis quando sujeitos a
amortizáveis quando sujeitos a deperecimento, designadamente deperecimento, designadamente por terem uma vigência temporal
por terem uma vigência temporal limitada. limitada.

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2 - São amortizáveis os seguintes elementos do activo imobilizado 2 — São amortizáveis os seguintes activos intangíveis:
incorpóreo:
a) Despesas com projectos de desenvolvimento;
a) Despesas de instalação;
b) Elementos da propriedade industrial, tais como patentes,
b) Despesas de investigação e desenvolvimento; marcas, alvarás, processos de produção, modelos ou outros
direitos assimilados, adquiridos a título oneroso e cuja utilização
c) Elementos de propriedade industrial, tais como patentes, exclusiva seja reconhecida por um período limitado de tempo.
marcas, alvarás, processos de fabrico, modelos ou outros direitos
assimilados, adquiridos a título oneroso e cuja utilização exclusiva
seja reconhecida por um período limitado de tempo.

3 - Excepto em caso de deperecimento efectivo devidamente 3 — Excepto em caso de deperecimento efectivo devidamente
comprovado, reconhecido pela Direcção-Geral das Contribuições comprovado, reconhecido pela Direcção –Geral dos Impostos, não
e Impostos, não são amortizáveis os seguintes elementos do são amortizáveis:
activo imobilizado incorpóreo:
a) Trespasses;
a) Trespasses;
b) Elementos mencionados na alínea b) do número anterior
b) Elementos mencionados na alínea c) do número anterior quando não se verifiquem as condições aí referidas.
quando não se verifiquem as condições aí referidas.

4 - Embora não sendo imobilizações incorpóreas, devem, contudo,


ser consideradas como custos, em partes iguais em mais do que
um exercício, as despesas ou encargos de projecção económica
plurianual, sendo aquela repartição feita durante um período
mínimo de três anos em relação às seguintes:

a) Despesas com a emissão de obrigações;

b) Encargos financeiros com a aquisição ou produção de


imobilizado, correspondentes ao período anterior ao da sua
entrada em funcionamento, quando não tenha sido utilizada a
faculdade prevista no n.º 6 do artigo 2.º;

c) Diferenças de câmbio desfavoráveis relacionadas com o


imobilizado e correspondentes ao período anterior à sua entrada
em funcionamento;

d) Encargos com campanhas publicitárias.

Artigo 18.º Artigo 17.º


Despesas de investigação e desenvolvimento Projectos de desenvolvimento

1 - Os contribuintes poderão optar por considerar as despesas de 1 — As despesas com projectos de desenvolvimento podem ser
investigação e desenvolvimento como custo no exercício em que consideradas como gasto fiscal no período de tributação em que
sejam suportadas. sejam suportadas.

2 - Para efeitos do disposto no presente diploma, consideram-se: 2 — Para efeitos do disposto no presente decreto regulamentar,
consideram-se despesas com projectos de desenvolvimento, as
a) Despesas de investigação as realizadas pela empresa com realizadas através da exploração de resultados de trabalhos de
vista à aquisição de novos conhecimentos científicos ou técnicos; investigação ou de outros conhecimentos científicos ou técnicos,
com vista à descoberta ou à melhoria substancial de matérias-
b) Despesas de desenvolvimento as realizadas pela empresa primas, produtos, serviços ou processos de produção.
através da exploração de resultados de trabalhos de investigação
ou de outros conhecimentos científicos ou técnicos com vista à
descoberta ou melhoria substancial de matérias-primas, produtos,
serviços ou processos de fabrico.

3 - Não é aplicável o disposto no n.º 1 bem como no n.º 2 do artigo 3 — Não é aplicável o disposto no n.º 1, nem o referido na alínea
anterior aos trabalhos de investigação e desenvolvimento
efectuados para outrem mediante contrato. a) do n.º 2 do artigo anterior, aos projectos de desenvolvimento
efectuados para outrem mediante contrato.

Artigo 19.º Artigo 18.º


Quotas mínimas de reintegração e amortização Quotas mínimas de depreciação ou amortização
1 - As quotas mínimas de reintegração e amortização que não 1 — As quotas mínimas de depreciação ou amortização que não
tiverem sido contabilizadas como custos ou perdas do exercício a tiverem sido contabilizadas como gastos do período de tributação
que respeitam não podem ser deduzidas dos proveitos ou ganhos a que respeitam, não podem ser deduzidas dos rendimentos de
de qualquer outro exercício. qualquer outro período de tributação.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, as quotas 2 — Para efeitos do disposto no número anterior, as quotas
mínimas de reintegração e amortização são, qualquer que seja o mínimas de depreciação ou amortização são determinadas

9
método de reintegração e amortização utilizado, as que decorrem através da aplicação, aos valores mencionados no artigo 2.º das
do método das quotas constantes, considerando para o seu taxas iguais a metade das fixadas no artigo 5.º, salvo quando a
cálculo taxas iguais a metade das fixadas no artigo 5.º. Direcção-Geral dos Impostos conceda previamente autorização
para a utilização de quotas inferiores, na sequência da
apresentação de requerimento em que se indiquem as razões que
as justificam.

3 — O disposto nos números anteriores não é aplicável aos


activos não correntes detidos para venda.

Artigo 20.º Artigo 19.º


Elementos de reduzido valor Elementos de reduzido valor

1 - Os elementos do activo imobilizado sujeitos a deperecimento 1 — Os elementos do activo sujeitos a deperecimento, cujos
cujos valores unitários de aquisição ou de produção não custos unitários de aquisição ou de produção não ultrapassem €
ultrapassem 20 000$ (a) podem ser totalmente reintegrados ou 1000, podem ser totalmente depreciados ou amortizados num só
amortizados num só exercício, excepto quando façam parte período de tributação, excepto quando façam parte integrante de
integrante de um conjunto de elementos que deva ser reintegrado um conjunto de elementos que deva ser depreciado ou amortizado
ou amortizado como um todo. como um todo.

2 - Considera-se sempre verificado o condicionalismo da parte 2 — Considera-se sempre verificado o condicionalismo da parte
final do número anterior quando os mencionados elementos não final do número anterior quando os mencionados elementos não
possam ser avaliados e utilizados individualmente. possam ser avaliados e utilizados individualmente.

3 - Os elementos do activo imobilizado reintegrados ou 3 — Os activos depreciados ou amortizados nos termos do n.º 1
amortizados nos termos do n.º 1 devem constar dos mapas das devem constar dos mapas das depreciações e amortizações pelo
reintegrações e amortizações pelo seu valor global numa linha seu valor global, numa linha própria para os elementos adquiridos
própria para os adquiridos ou produzidos em cada exercício com a ou produzidos em cada período de tributação, com a designação
designação "Elementos de valor unitário inferior a 40 000$", «Elementos de custo unitário inferior a € 1000», elementos estes
elementos estes cujo período máximo de vida útil passará a ser, cujo período máximo de vida útil se considera, para efeitos fiscais,
para efeitos fiscais, de um ano. de um ano.

Artigo 21.º Artigo 20.º


Regularização de reintegrações e amortizações tributadas Depreciações e amortizações tributadas

As reintegrações e amortizações que não sejam consideradas As depreciações e amortizações que não sejam consideradas
como custos ou perdas do exercício em que foram contabilizadas como gastos fiscais no período de tributação em que foram
por excederem as importâncias máximas admitidas poderão ser contabilizadas, por excederem as importâncias máximas
tomadas como custos ou perdas de exercícios seguintes, com admitidas, são aceites como gastos fiscais nos períodos
observância das demais disposições deste decreto regulamentar, seguintes, na medida em que não se excedam as quotas máximas
desde que se efectue a adequada regularização contabilística. de depreciação ou amortização fixadas no presente decreto
regulamentar.

Artigo 22.º Artigo 21.º


Mapas de reintegrações e amortizações Mapas de depreciações e amortizações

1 - Os contribuintes deverão juntar à respectiva declaração de 1 — Os sujeitos passivos devem incluir, no processo de
rendimentos, nos termos do n.º 2 do artigo 109.º do Código do documentação fiscal previsto nos artigos 130.º do Código do IRC
IRC e do n.º 3 do artigo 57.º do Código do IRS os mapas de e 129.º do Código do IRS, os mapas de depreciações e
reintegrações e amortizações mencionados nos modelos oficiais amortizações de modelo oficial, apresentando separadamente:
daquelas declarações apresentando separadamente:
a) Os elementos que entraram em funcionamento até 31 de
Os elementos que entrarem em funcionamento até 31 de Dezembro de 1988;
Dezembro de 1988;
b) Os elementos que entraram em funcionamento a partir 1 de
Os elementos que foram objecto de reavaliação ao abrigo de Janeiro de 1989;
diplomas de carácter fiscal;
c) Os elementos que foram objecto de reavaliação ao abrigo de
Os elementos que entraram em funcionamento a partir de 1 de diploma de carácter fiscal.
Janeiro de 1989.
2 — Os mapas a que se refere o número anterior devem ser
2 - Nos termos referidos no número anterior, os elementos do preenchidos de acordo com a codificação expressa nas tabelas
activo imobilizado são descritos por grupos homogéneos, excepto anexas ao presente decreto regulamentar, e que dele fazem parte
os edifícios e outras construções e viaturas ligeiras de integrante.
passageiros ou mistas, os quais devem ser discriminados
elemento a elemento. 3 — A contabilidade organizada nos termos do artigo 123.º do
Código do IRC e do artigo 117.º do Código do IRS deve permitir o
3 - Os mapas a que se refere o n.º 1 devem ser preenchidos de controlo dos valores constantes dos mapas referidos no n.º 1, em
acordo com a codificação expressa nas tabelas anexas a este conformidade com o disposto no presente decreto regulamentar e
decreto regulamentar. na demais legislação aplicável.

4 - A contabilidade organizada nos termos do artigo 115.º do

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Código do IRC e do artigo 117.º do Código do IRS deverá permitir
o controlo dos valores constantes dos mapas referidos no n.º 1 em
conformidade com o disposto no presente decreto regulamentar e
na demais legislação aplicável.

Artigo 21-A.º - Bens em que se tenha concretizado o


reinvestimento de valores de realização

Bens em que se tenha concretizado o reinvestimento de valores


de realização

No caso de se tratar de bem em que se tenha concretizado o


reinvestimento do valor de realização, nos termos do artigo 45.º do
Código do IRC , ter-se-á em conta na aplicação do presente
diploma o disposto nos n.os 6 e 7 do referido artigo 45.º,
designadamente para efeitos do disposto nos artigos 2.º, 5.º, 6.º,
11.º, 12.º, 13.º e 20.º, observando-se ainda o seguinte:

a) No caso de imóveis, em que tenha sido adquirido


conjuntamente o terreno e a construção, a parte da dedução que
lhes for imputada é abatida proporcionalmente ao valor do terreno
e ao valor de construção;

b) No caso de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, a parte


da dedução que lhes for imputada é abatida ao limite referido no
n.º 1 do artigo 22.º ou ao valor de aquisição ou de reavaliação, se
for inferior a esse limite;

c) No caso de activos revertíveis, a parte da dedução que lhes for


imputada é abatida ao valor a dividir nos termos do n.º 2 do artigo
13.º.

(artigo 21.º-A está tacitamente revogado).

Artigo 23.º Artigo 22.º


Norma transitória Disposição transitória

O disposto no presente decreto regulamentar aplica-se para Na aplicação do disposto no presente decreto regulamentar deve
efeitos de IRC e de IRS relativamente aos períodos de tributação ter -se em conta o seguinte:
iniciados a partir de 1 de Janeiro de 1989, excepto quanto ao
previsto na alínea f), em que a liquidação ainda não tenha sido a) O método das quotas degressivas é aplicável apenas
feita à data da sua publicação, devendo ainda ter-se em conta o relativamente aos elementos cuja entrada em funcionamento se
seguinte: tenha verificado a partir de 1 de Janeiro de 1989;

a) O disposto no n.º 3 do artigo 3.º não é aplicável às despesas aí b) O disposto no n.º 3 do artigo 7.º é aplicável às situações
mencionadas cuja amortização se tenha iniciado anteriormente, ocorridas a partir de 1 de Janeiro de 1989, incluindo igualmente as
aplicando-se, nesse caso, o disposto na alínea b) do n.º 2 do situações mencionadas na parte final do artigo 8.º do Decreto -Lei
mesmo artigo; n.º 442 -B/88, de 30 de Novembro;

b) O método das quotas degressivas é aplicável apenas c) Relativamente aos imóveis de que não tenha sido ainda
relativamente aos elementos cuja entrada em funcionamento se determinado o respectivo valor nos termos da legislação
verifique a partir de 1 de Janeiro de 1989; mencionada no n.º 4 do artigo 10.º, o limite mínimo aí referido é
constituído por 25 % do respectivo valor patrimonial constante da
c) O disposto no n.º 3 do artigo 7.º é aplicável às situações matriz à data da aquisição do imóvel;
ocorridas a partir de 1 de Janeiro de 1989, incluindo igualmente as
situações mencionadas na parte final do artigo 8.º do Decreto-Lei d) No tocante aos contratos de locação financeira celebrados
n.º 442-B/88 de 30 de Novembro ; antes de 1 de Janeiro de 1990, aplica -se, com as necessárias
adaptações, para efeitos do cálculo das quotas de depreciação,
d) Relativamente aos imóveis de que não tenha sido ainda nos termos do n.º 1 do artigo 13.º, o disposto no n.º 1 do artigo 1.º
determinado o respectivo valor nos termos da legislação do Decreto -Lei n.º 311/82, de 4 de Agosto;
mencionada no n.º 4 do artigo 11.º o limite mínimo aí referido é
constituído por 25% do respectivo valor patrimonial constante da e) As taxas de depreciação e amortização constantes das tabelas
matriz à data da aquisição do imóvel; anexas ao presente decreto regulamentar, e que dele fazem parte
integrante, são aplicáveis apenas aos elementos cuja entrada em
e) O limite mencionado no artigo 12.º é também aplicável funcionamento se tenha verificado a partir de 1 de Janeiro de
relativamente aos bens que entraram em funcionamento antes de 1989, aplicando-se aos que entraram em funcionamento
1 de Janeiro de 1989, não sendo, no entanto, permitida, para anteriormente as constantes das tabelas anexas à Portaria n.º
efeitos fiscais, a regularização prevista no artigo 21.º quanto às 737/81, de 29 de Agosto, com as alterações que lhe foram
reintegrações que não tenham sido aceites como custos ou introduzidas pelas Portarias n.os 990/84, de 29 de Dezembro, e
perdas de exercícios anteriores em resultados dos limites então 85/88, de 9 de Fevereiro;
vigentes;
f) No tocante aos contratos de locação financeira celebrados antes f) As despesas com a emissão de obrigações, os encargos
de 1 de Janeiro de 1990 aplica-se, com as necessárias financeiros com a aquisição ou produção de elementos do

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adaptações, para efeitos do cálculo das quotas de reintegração, imobilizado, as diferenças de câmbio desfavoráveis relacionadas
nos termos do n.º 1 do artigo 14.º o disposto no n.º 1 do artigo 1.º com o imobilizado e os encargos com campanhas publicitárias,
do Decreto-lei n.º 311/82, de 4 de Agosto; reconhecidos como gastos e ainda não aceites fiscalmente,
concorrem igualmente para a formação do lucro tributável de
g) As taxas de reintegração e amortização constantes das tabelas acordo com o regime que vinha sendo adoptado.
anexas são aplicáveis apenas aos elementos cuja entrada em
funcionamento se verifique a partir de 1 de Janeiro de 1989,
aplicando-se aos entrados em funcionamento anteriormente as
constantes das tabelas anexas à Portaria n.º 737/81, de 29 de
Agosto, com as alterações que lhe foram introduzidas pelas
Portarias n.os 990/84, de 29 de Dezembro, e 85/88, de 9 de
Fevereiro.

Artigo 23.º
Norma revogatória

É revogado o Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro.

Artigo 24.º
Entrada em vigor e produção de efeitos

O presente decreto regulamentar entra em vigor em 1 de Janeiro


de 2010, aplicando -se, para efeitos de IRC e de IRS,
relativamente aos períodos de tributação que se iniciem em, ou
após, 1 de Janeiro de 2010.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de Julho de


2009. — José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa — Fernando
Teixeira dos Santos.

Promulgado em 31 de Agosto de 2009.


Publique -se.
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Referendado em 1 de Setembro de 2009.
O Primeiro -Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

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