Você está na página 1de 106

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

PRÓ- REITORIA DE PÓS- GRADUAÇÃO


Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física
Polo 38 UFRR – Campus Paricarana

CAROLINE GOMES COELHO NASCIMENTO

O JOGO “PASSEANDO NA TERMODINÂMICA DO SISTEMA SOLAR”,


FUNDAMENTADO PELA TEORIA DE FORMAÇÃO POR ETAPAS DAS AÇÕES
MENTAIS DE GALPERIN

Boa Vista
2017
CAROLINE GOMES COELHO NASCIMENTO

O JOGO “PASSEANDO NA TERMODINÂMICA DO SISTEMA SOLAR”,


FUNDAMENTADO PELA TEORIA DE FORMAÇÃO POR ETAPAS DAS AÇÕES
MENTAIS DE GALPERIN

Dissertação para a defesa de Mestrado a ser


apresentada ao Programa de Pós-Graduação da
Universidade Federal de Roraima, no Curso de
Mestrado Nacional Profissional em Ensino de
Física (MNPEF), como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de Mestre em
Ensino de Física.

Orientador: Dr. Oscar Tintorer Delgado

Boa Vista
2017
CAROLINE GOMES COELHO NASCIMENTO

O JOGO “PASSEANDO NA TERMODINÂMICA DO SISTEMA SOLAR”


FUNDAMENTADO PELA TEORIA DE FORMAÇÃO POR ETAPAS DAS AÇÕES
MENTAIS DE GALPERIN

Dissertação apresentada como Pré-requisito para conclusão do curso de


Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física, defendida em 30 de março de
2017 e avaliada pela seguinte banca examinadora:

______________________________________________
Prof. Dr. Oscar Tintorer Delgado
Orientador/Departamento de Física – UERR
Presidente/Banca Examinadora

______________________________________________
Prof. Drª. Fabíola Carvalho
Instituto INSIKIRAN – UFRR
Banca Examinadora/Externo

______________________________________________
Prof. Dr. Ijanílio Gabriel de Araújo
Departamento de Física – UFRR
Banca Examinadora
AGRADECIMENTO

A minha mãe Roselene Gomes Coelho, que mesmo em suas dificuldades da


vida, nunca desistiu de seus filhos.
Aos meus irmãos Barbara, Lorena, Felipe, Camilla, Amanda (in memoriam) e
ao Ramon em especial pelo presente que é o Benício.
Ao Leandro da Silva Nascimento, meu companheiro e cúmplice de todos os
momentos sejam de alegrias ou tristezas.
Ao meu Orientador Professor Doutor Oscar Tintorer, pelo apoio e incentivo,
compreendendo todas as minhas agonias e aflições.
A Universidade Federal de Roraima e aos professores de Física por terem
contribuído para minha formação acadêmica.
Em especial, ao Professor Doutor Roberto Câmara de Araújo, pelo incentivo
e compreensão diante das dificuldades apresentadas neste programa.
Aos meus amigos e colegas de profissão da EAGRO/UFRR que sempre
acreditaram na capacidade e estavam ali me motivando quando eu pensava em
desistir.
Aos meus alunos que são os maiores expectadores deste crescimento, pois
sempre foi por eles.
A todos os meus amigos que me apoiaram e estiveram sempre ao meu lado,
provando à sua maneira de que amizade é TUDO.
E aos meus colegas do MNPEF pelo companheirismo e apoio, apesar da
primeira turma tem- se reduzido, entretanto continuamos unidos.
A nova turma do MNPEF pela sua dedicação e crença de que sempre
venceremos.
Do micro ao macro, a natureza em sua infinita dança da perfeição, assim
somos nós seres observadores da sua Entropia, desordenando nosso Universo que
nos impõe as suas leis, possibilitando em mim a busca do seu pulsar.

Caroline Nascimento, 2016


RESUMO

O professor de Física tem enfrentado na sua realidade uma grande dificuldade quando
o assunto é o ensino, o que se fazer quando não se tem livros para todos, sem
bibliotecas, laboratórios equipados adequadamente, salas de aulas mais confortáveis
e internet para pesquisas. No intuito de motivar o aluno, criando o gosto em aprender
e estudar física, principalmente no conteúdo da Termodinâmica, na qual os alunos
têm tantas dificuldades, elaboramos e construímos um jogo na forma de trilha com 60
casas, três tipos de cartas, dados e pinos com imagem de fundo para representar o
nosso Sistema Solar, intitulado Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar. Isto
é, com base nas dificuldades e curiosidades que alguns alunos possuem, uma
ferramenta considerada alternativa para que o professor utilize na sala de aula criando
uma dinâmica e interação socializada entre eles. Com o objetivo principal de analisar
a aprendizagem no conteúdo de Termodinâmica, utilizando o jogo “passeando na
termodinâmica do sistema solar” fundamentado pela teoria de formação por etapas
das ações mentais de Galperin nos estudantes do 2º Ano do Ensino Médio da Escola
Agrotécnica da Universidade Federal de Roraima. Teórico esse que nos mostrará as
etapas que os alunos irão passar ao longo do primeiro semestre de 2016, desde a
motivada até a mental, em cima dos conteúdos trabalhados de forma sistemática,
realizando seminários seguidos de experimentos, além de exercícios de fixação e
provas, a fim de identificarmos em qual ponto de partida os alunos se encontram por
meio da Base Orientadora da Ação (BOA). As perguntas que compõem o jogo foram
retiradas de livros didáticos fornecidos pelo Plano Nacional do Livro Didático, sítios de
órgãos que produzem textos, artigos e livros sobre astronomia para que não se torne
um jogo inviável e difícil, como consta nos procedimentos e apêndices. Dos 38 alunos
matriculados, apenas 34 participaram da aplicação do jogo, além de responderem aos
questionários que avaliam o ensino e aprendizagem antes, durante e após a aplicação
do jogo didático. Compreendendo que a pesquisa siga a linha qualitativa, os discentes
se empenharam ao realizar os experimentos dos conteúdos lecionados anteriormente,
explicitando com detalhes cada fenômeno ocorrido de acordo com os conceitos
científicos. Também, pode-se observar que o jogo obteve êxito, com 85,3% de
aprovação dos discentes participantes, ou seja, que aprender brincando foi uma boa
ferramenta quanto à assimilação dos conteúdos ministrados em sala de aula,
elevando os parâmetros na qualidade das ações dos alunos, logo, para que haja uma
efetivação excepcional, é necessário ser aplicado para as turmas seguintes do
segundo ano do ensino médio, além de estudantes de graduação em instituições de
ensino superior.

Palavras- Chave: Aprendizagem, Galperin, Termodinâmica, Jogo Didático.


ABSTRACT

The physics teacher has faced a great difficulty when it comes to teaching, what to do
when you do not have books for everyone, without libraries, properly equipped labs,
more comfortable classrooms and internet for research. In order to motivate the
student, creating a taste in learning and studying physics, especially in the content of
thermodynamics, in which students have so many difficulties, we elaborate and
construct a game in the form of a trail with 60 houses, three types of letters, Pins with
background image to represent our Solar System, entitled Strolling in the
Thermodynamics of the Solar System. That is, based on the difficulties and curiosities
that some students have, a tool considered alternative for the teacher to use in the
classroom creating a dynamic and socialized interaction between them. With the main
objective of analyzing the learning in the content of Thermodynamics, using the game
"strolling in the thermodynamics of the solar system" based on the theory of stage
formation of the mental actions of Galperin in the students of the 2nd Year of High
School of the Agrotechnical School of the Federal University Of Roraima. Theoretical
that will show us the steps students will take during the first semester of 2016, from the
motivated to the mental, on top of the contents worked in a systematic way, conducting
seminars followed by experiments, as well as fixing exercises and tests, In order to
identify in which starting point the students meet through the Guidance Base of Action
(BOA). The questions that compose the game were taken from textbooks provided by
the National Book of Didactic Book, sites of organs that produce texts, articles and
books on astronomy so that it does not become a difficult and unfeasible game, as it
appears in the procedures and appendices. Of the 38 students enrolled, only 34
participated in the application of the game, besides answering the questionnaires that
evaluate teaching and learning before, during and after the application of the didactic
game. Understanding that the research follows the qualitative line, the students
committed themselves to carry out the experiments of the contents previously taught,
explaining in detail each phenomenon occurred according to the scientific concepts.
Also, it can be observed that the game was successful, with 85.3% approval of the
participating students, that is, that learning to play was a good tool for assimilating the
content taught in the classroom, raising the parameters in the quality of So that there
is an exceptional implementation, it is necessary to be applied to the following classes
of the second year of high school, in addition to undergraduate students in higher
education institutions.

Words- Key: Learning, Galperin, Thermodynamics, Didactic Game


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Exemplo de Equilíbrio Térmico............................................................... 29


Figura 2 - Comparação entre as escalas termométricas Kelvin, Celsius e
Fahrenheit, com os seus respectivos pontos fixos críticos.................... 30
Figura 3 - Representação matemática da variação total da dilatação volumétrica
do liquido real que é a soma algébrica entre as dilatações volumétrica
do recipiente e aparente......................................................................... 33
Figura 4 - Exemplos dos três tipos de dilatação térmica: Linear (A), Superficial (B)
e Volumétrica de um líquido (C)............................................................. 33
Figura 5 - Imagem da mudança de estado da matéria (Solido, Liquido e
Gasoso).................................................................................................. 37
Figura 6 - Tipos de propagação de calor por Condução, Convecção e
Irradiação................................................................................................ 39
Figura 7 - Experimento de Joule............................................................................. 40
Figura 8 - Diagrama da 1º Lei da Termodinâmica, com as respectivas
transformações....................................................................................... 43
Figura 9 - Experimento realizado em sala de aula pelos alunos do segundo ano
da Escola Agrotécnica da UFRR sobre propagação de calor na forma
de Condução.......................................................................................... 47
Figura 10 - Experimento sobre dilatação térmica linear com base em lâminas
bimetálicas, realizado pela Professora de Física Caroline Coelho da
Escola Agrotécnica................................................................................. 48
Figura 11 - Experimento da nuvem na garrafa na demonstração do estado de
Condensação da matéria........................................................................ 49
Figura 12 - Primeiros desenhos do tabuleiro desenhado a mão.............................. 51
Figura 13 - Planetas desenhados a mão.................................................................. 51
Figura 14 - Verso da “carta pergunta” de fundo preto, “cartas da sorte de fundo
azul e “carta problema” de fundo laranja................................................ 52
Figura 15 - Jogo “Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar”....................... 53
Figura 16 - Carta – Pergunta do Jogo Passeando na Termodinâmica do Sistema
Solar....................................................................................................... 54

i
Figura 17 - Carta da Sorte: modelo de afirmação de sorte ou azar, quando sair na
casa espaço........................................................................................... 55
Figura 18 - A “casa espaço” que se encontra no tabuleiro....................................... 55
Figura 19 - A “casa problema” que se encontra no tabuleiro................................... 56
Figura 20 - Modelo de pergunta da Carta Problema................................................ 56
Figura 21 - Alunos do segundo ano A do ensino médio da Escola Agrotécnica no
ato do jogo com os mediadores............................................................. 59
Figura 22 - Alunos do segundo ano B do ensino médio da Escola Agrotécnica no
ato do jogo com os mediadores............................................................. 60
Figura 23 - Gráfico das Questões 1 e 10.................................................................. 67
Figura 24 - Gráfico das questões 3 à 7.................................................................... 68
Figura 25 - Gráfico da questão 9.............................................................................. 70
Figura 26 - Gráfico de percentual da Nota............................................................... 71

ii
LISTA DE TABELA

Tabela 1 - Competências extraídas das Diretrizes Nacional Comum e Base


Nacional Comum.................................................................................... 26
Tabela 2 - Sequência programada de acordo com o livro de ensino médio doado
pelo MEC................................................................................................ 28
Tabela 3 - Alguns calores específicos e calores específicos molares à
temperatura ambiente............................................................................ 36
Tabela 4 - Calor Latente de algumas substâncias.................................................. 38
Tabela 5 - Frases dos alunos do segundo ano da Turma A durante a aplicação do
jogo passeando na Termodinâmica do Sistema Solar...................... 60

iii
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 13
OBJETIVO GERAL...................................................................................................... 17
OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................ 17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................ 18
2.1 Teoria de Aprendizagem: contribuições de Vygotsky a Talizina............................ 18
2.2 O Ensino da Termodinâmica no Ensino Médio...................................................... 25
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO...................................................................... 44
3.1 Sujeitos da Pesquisa.............................................................................................. 44
3.2 Coleta de Dados..................................................................................................... 44
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................. 46
4.1 O conhecimento da Termodinâmica antes do jogo, realizados pelos alunos do
segundo ano do Ensino Médio...................................................................................... 46
4.2 Elaboração, criação e construção do jogo: Passeando na Termodinâmica do
Sistema Solar................................................................................................................. 50
4.2.1 O jogo Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar na sala de aula............ 57
4.2.2 Avaliando o conhecimento da termodinâmica após o jogo................................... 61
4.3 A Avaliação do jogo “Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar”, como uma
atividade lúdica.............................................................................................................. 66
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 76
APÊNDICES
ANEXOS

iv
1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o Ensino Básico vem passando por grandes mudanças,
tanto no ambiente de formação do aluno, como na prática docente, o professor
que é formador de opiniões e cidadãos críticos tem se atualizado com as novas
técnicas e/ou metodologias que avancem no processo de ensino e
aprendizagem, tornando sua aula mais atrativa aos olhos de seus alunos.
É fato que na LDB nos remete que a motivação desses alunos para que
tenham uma aprendizagem real e possam dar continuidade em seus estudos e
assim poder se relacionar com a natureza e a sociedade a sua volta é orientada
pelo Art. 36 (BRASIL, 1996):
O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste
Capítulo e as seguintes diretrizes:
II - Adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a
iniciativa dos estudantes;
Em concomitância do § 1º. Os conteúdos, as metodologias e as formas
de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o
educando demonstre:
I - Domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a
produção moderna;
II - Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
Com a busca de novas alternativas de ensino, o lúdico vem crescendo
gradativamente na Educação Básica e Ensino Superior, como instrumento
alternativo de ensino, trazendo ao aluno e professor uma nova perspectiva em
qualidade e maior rendimento do ensino e aprendizagem na sala de aula.
Na visão de Gomes & Boruchovitch (2009, p 320) “O jogo tem sido
utilizado no contexto pedagógico e psicopedagógico em atividades de
diagnóstico e de intervenção, tendo em vista as possibilidades de promover, por
meio dele, o desenvolvimento e a aprendizagem”.

Para Pereira, Fusinato e Neves, (2009), diz que: “O jogo educativo deve
proporcionar um ambiente crítico, fazendo com que o aluno se sensibilize para

13
a construção de seu conhecimento com oportunidades prazerosas para o
desenvolvimento de suas cognições”.

Um dos quesitos que me motivaram a construir um jogo na forma de


trilha, utilizando o fundo do nosso Sistema Solar, foi pelo encantamento que toda
a pessoa de qualquer idade tem pelos satélites naturais, planetas e outros corpos
celestes.

A Astronomia é uma ciência que fascina qualquer pessoa. Entender


um pouco mais sobre o Universo, sobre nossa galáxia, nosso sistema
solar e enfim como a Terra está contida neste conjunto além de ser
muito interessante, abre novos horizontes para o pensamento humano
(AMON Et. Al, 2008).

Vale ressaltar que teremos um trabalho grandioso pela frente, diante das
dificuldades que os alunos têm na área da Astronomia e Física ao mesmo tempo.
Mais se apaixonam e se veem maravilhados com a adversidade do nosso
Universo.

Tarefa difícil, por que teremos que especificar os conteúdos de Física


aplicados ao jogo, mais especificadamente na termodinâmica para a Astronomia,
o que não nos impede de construirmos a partir dele vários subprodutos para
sejam aplicados para a pessoa de qualquer idade.

A Astronomia é considerada como uma área muito mais que


interdisciplinar, ela é multidisciplinar, por envolver todas as outras ciências sejam
naturais ou não. Podemos afirmar com DIAS & RITA, (2008):

Devido ao seu elevado caráter interdisciplinar e à possibilidade de


diversas interfaces com outras disciplinas (Física, Química, Biologia,
História, Geografia, Educação Artística), os conteúdos de Astronomia
podem proporcionar aos alunos uma visão menos fragmentada do
conhecimento, pensando mais adiante, esta disciplina ainda poderia
atuar como integradora de conhecimentos.

Entretanto, sabemos que o ensino de Astronomia é tão complexo para o


professor lecionar, por não ter uma formação adequada, disciplinas tidas como
eletivas e sem grande importância nos cursos de Licenciaturas na área da
ciência da Natureza, além de conteúdos vastos e multidisciplinares, o que cobra
o professor, a saber, de tudo.

14
Independentemente das peculiaridades tratadas acima, buscamos
construir de forma criativa e envolvente um jogo em forma de tabuleiro, com base
no Sistema Solar (imagens dos corpos celestes desenhados a mão, evitando a
cópia), com perguntas em três níveis de dificuldades de acordo com os conceitos
estudados em sala de aula dentro do conteúdo de Termodinâmica, passando a
se chamar: Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar.
Podendo “o jogo oferecer o estímulo e o ambiente propícios que
favoreçam o desenvolvimento espontâneo e criativo dos alunos e que permitirá
ao professor ampliar seu conhecimento de técnicas ativas de ensino” (BRASIL,
2000).
Sabemos que a desmotivação em aprender física diferentemente da
Astronomia, é enorme por parte dos alunos do ensino médio, entretanto isso não
é uma novidade, logo, é geral em todos os entes federados do nosso País. Faz-
se saber que o professor reinventa, cria ou modifica algumas ou todas as
técnicas de ensino e aprendizagem, de forma que atue significativamente na
formação do aluno.
Realidade essa que está muito próxima de nós, mais quando
perguntamos o porquê de não gostarem da Disciplina de Física, vem as
seguintes respostas em suas cabeças: só tem conta; queria saber onde iria
aplicar tudo isso na minha vida futura; é muito difícil a compreensão; Linguagem
do professor não é adequada.
Diferentemente quando o professor vai para a física experimental, em
que os alunos se sentem mais livres em assimilar os conceitos estudados e
aprendidos no ato da prática ao ser realizado com sucesso as atividades
propostas por seu tutor ou professor.
O trabalho parte das questões comuns estudadas e assimiladas ao
nosso dia- a- dia tratando a relação da teoria com a prática. Pois é através da
junção dos dois, que os alunos sincronizam dados mentalizados e orientados
pelo professor.
Pretende- se na proposta do jogo pedagógico a participação massiva
das duas turmas do 2º ano do Ensino Médio, que consistiu na elaboração das
perguntas do jogo, formação dos grupos que irão competir, construção das
regras, além da aplicação de um diagnóstico com base no conteúdo da
termodinâmica com a finalidade de sabermos o ponto de partida dos alunos além

15
da aplicação da base orientadora da ação e questionários que avaliem a
aplicabilidade do jogo e efetivação dos conhecimentos adquiridos após o jogo.
Com isso temos a seguinte problemática: Será que a aplicação do jogo
“Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar” contribuirá para a
aprendizagem no conteúdo de termodinâmica fundamentado teoria de formação
por etapas das ações mentais de Galperin nos estudantes de 2º Ano da Escola
Agrotécnica da Universidade Federal de Roraima?

16
OBJETIVO GERAL

Analisar aprendizagem no conteúdo de Termodinâmica utilizando o jogo


“passeando na termodinâmica do sistema solar” fundamentado pela teoria de
formação por etapas das ações mentais de Galperin nos estudantes do 2º Ano
do Ensino Médio da Escola Agrotécnica da Universidade Federal de Roraima.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Diagnosticar o nível de partida dos alunos no conteúdo de Termodinâmica

• Avaliar a efetividade da Base Orientadora da Ação na aprendizagem no


conteúdo de Termodinâmica

• Determinar em que etapa do processo de assimilação se encontra os


alunos.
• Avaliar a efetividade do jogo passeando na termodinâmica do sistema
solar, como produto.

17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A seguir iremos apresentar de forma clara, objetiva e sucinta uma


síntese da teoria da aprendizagem a partir dos conceitos estudados e
observados por Vygotsky, organizados e sistematizados como tipos de
atividades de Leontiev, através da formação e etapas de assimilação de Galperin
e que são direcionadas pela Psicóloga Nina Talizina, além da aprendizagem
baseada em jogos pedagógicos, embasando o nosso trabalho uma vez que o
nosso objetivo central é a aprendizagem dos alunos.

2.1 Da teoria de Aprendizagem aos Jogos educativos: contribuições de Vygotsky


a Talizina

Dentro das funções do professor é ser uma fonte de informação,


determinar o objetivo de ensino, selecionar e explicar os conteúdos para a
formação de habilidades (DELGADO, MENDOZA e CASTAÑEDA, 2009, pg. 02).
Mais que atribuição dentro de suas funções docentes, é um
compromisso que o professor faz com seus alunos no primeiro dia de aula,
motivando o companheirismo e a relação mútua entre os dois.
O professor contemporâneo tem buscado alternativas que se tornem
eficientes e possa atrair mais a atenção daqueles que tem dificuldades de ensino
e aprendizagem nos conteúdos de Física, quando se veem desmotivados desde
Ensino Fundamental.
Com isso, o processo de ensino aprendizagem deve estar fundamentado
por uma teoria de aprendizagem que explique o papel mediador do professor na
direção da transformação por etapas dos conteúdos da forma externa à interna
nos estudantes (MENDOZA e DELGADO, 2013).
Mas para o professor obter uma eficácia, ele prepara um diagnóstico ou
um teste de sondagem do determinado conteúdo, mesmo que ele ainda não o
tenha estudado, para obter uma pequena amostra do conhecimento prévio
adquirido no ensino fundamental ou até mesmo para saber o que ele entende
por tal assunto.
Assim, após analisar tal teste de sondagem ou diagnostico, o professor
buscará e construirá novos métodos que atraem e motivem uma maior

18
efetividade no processo de aprendizagem dos estudantes na qual deverá
coincidir com o objetivo de ensino (MENDOZA e DELGADO, 2013).
Outro fator que implica na desmotivação e que se torna difícil para os
alunos é a linguagem do professor de Física em sala de aula, e isso decorre de
inúmeros motivos, que são: formação incompleta, despreparo emocional para
detectar dificuldades ou casos de enfretamento entre professor e aluno e/ou pais,
conteúdos enormes e maçantes, tipos de avaliações, desmotivação da carreira
de magistério, estrutura física e pedagógica da escola e assim por diante.
Em meio a essas dificuldades, a escola ainda continua sendo o refúgio
de muitos alunos, é através dela que se ancoram ao perceber que o
conhecimento científico está ali, sendo oferecido da melhor forma possível.
Porém, tanto o professor quanto o aluno, possuem como uma de suas
características que é a busca pelo conhecimento e crescimento intelectual, para
isso, o ser humano tem a capacidade de organizar todas as informações que lhe
são necessárias para a sua sobrevivência, internalizando-a como garantia e
possibilidade de usá-la ao participar de diferentes grupos sociais (FERREIRA e
COSTA, 2012).
Diante do pressuposto acima, observamos que essas interações
socioculturais fazem parte da evolução do desenvolvimento do pensamento
conceitual do ser humano, logo definimos e os diferenciamos o conhecimento
espontâneo e o científico.
Espontâneo: conhecimento adquirido pela convivência e interação
social, ou seja, aprende conceitos vivenciados no seu dia a dia.
Científico: conhecimento introduzido, assimilado e aprendido no convívio
escolar.
Se analisarmos de forma generalizada, aplica-se, na educação que uma
mãe ou pai dá a seu (s) filho (s), que numa determinada idade; ou seja, as
crianças aprendem a soletrar o alfabeto, conhecem os números e aprendem a
contá-los, formação de sílabas e isso deve ao convívio familiar, logo o definimos
como conhecimento espontâneo.
Já o conhecimento científico é adquirido através da escolarização,
inicializados pelo mediador, que é o professor. Que parte desse processo de
“alfabetização”, a criança começa a compreender determinados temas ou
conteúdo de forma organizada e estruturada, trabalhando o ensino e

19
aprendizagem. Um exemplo simples e clássico é quando perguntamos uma
determinada turma seja do ensino médio ou não, “como está o clima hoje, isso
num ambiente aberto (quadra poliesportiva coberta da escola), sabendo que a
temperatura marcada no termômetro mede 35ºC?
E eles responderam: está muito quente hoje!
Na verdade [eles] sentem que seus corpos estão transpirando de forma
acelerada, só que não associam a alta temperatura, mais sim a sensação térmica
de que está muito quente.
No estudo do conceito da termologia, não tem como medir esse tipo de
“grandeza”, uma vez que está associada ao senso comum. Logo, não nega sua
existência, mas entende-se como um conhecimento espontâneo.
Entretanto o científico, é introduzido pelo professor com os conceitos das
grandezas físicas da termologia, tais como: Calor, Energia térmica, temperatura,
Equilíbrio térmico, termômetro (dispositivos de medição), escalas termométricas
e a partir daí, entenderão o fenômeno termodinâmico ao seu redor.
Estes conhecimentos já são bem definidos por Vygotsky (espontâneos e
científicos), entretanto, Leontiev por sua vez, provou de acordo com os preceitos
acima, que a personalidade do ser humano é formada e desenvolvida com base
nas atividades que ele executa.
Assim, define-se atividade como um conjunto de ações com suas
respectivas operações com um objetivo, resultando no desenvolvimento da
personalidade devido aos conceitos socioculturais introduzidos.
Nuñez (2009, Apud Leontiev, 1989a, p. 266) diz que, “[...] a partir de um
sistema que possui uma estrutura, passos internos, um desenvolvimento”.
O classificando os tipos de Atividades, que são: a prática, gnosiológica,
valorativa e comunicativa e que irá encontrá-los num determinado ambiente: a
escola.
Resignificando cada uma delas como peças importantes no processo de
aprendizagem do aluno ao longo da sua formação em desenvolvimento, ou seja,
Nuñez (2009) fala que “O ensino, como processo de organização da atividade
cognitiva, em estreito com a atividade de comunicação (socialização) e com a
atividade valorativa (formação de valores)” tudo isso numa só instituição, que é
a Escola.

20
Em continuidade dos estudos e aplicabilidade dos tipos de atividades
desenvolvidas por Leontiev a partir dos conceitos introduzido por Vygotsky,
Galperin deu um novo caminho e o descreveu como processo de formação de
conceitos, “[...] como um sistema de determinados tipos de atividade que levam
ao aluno a novos conhecimentos, habilidades, hábitos, atitudes, valores, sob um
processo de direção” (GALPERIN).
Contudo elaborou as seguintes etapas:
a. Etapa motivacional;
b. Etapa de estabelecimento da base orientadora da ação (BOA);
c. Etapa de formação da ação no plano material ou materialização;
d. Etapa da formação da ação da linguagem externa e
e. Etapa da ação no plano mental.
Etapas importantes para que o professor possa orientar executar e ter
controle de determinadas ações que irá fazer em conjunto com seus alunos.
A etapa motivacional é uma das mais importantes, é nela que os
professores em conjunto com os alunos constroem conceitos que são
necessários conhecer instigando o interesse pelo estudo, para que no final
possam analisar o que deu certo ou errado e o que poderia ser melhorado.
Neste caso, o professor deverá traçar uma metodologia adequada para
determinado tipo de atividade que irá contribuir de forma efetiva com a
aprendizagem daquele aluno, isso vale quando Nuñez diz “para que o aluno
aprenda novos conceitos, novas generalizações, novos conhecimentos e novas
habilidades, o aluno deve assimilar ações mentais adequadas” (2009), ou seja,
do externo para o interno.
Para que esta motivação possa se concretizar de forma eficiente, o
professor constrói um modelo baseado nos conceitos já conhecidos para o
desconhecido, introduzindo uma nova etapa que Galperin chama de BOA (Base
Orientadora da Ação).
É nesta etapa que o indivíduo aplica os conhecimentos adquiridos
durante seu processo de formação e utilizando no seu cotidiano, em
determinados problemas, buscando qual a melhor solução e assim efetivar suas
habilidades numa dada atividade.
E na escola, não é muito diferente, Nuñez (2009) fala que esse processo
da construção e execução da Base Orientadora da Ação.

21
“Deve permitir aos alunos determinar tal conteúdo, em termo de
conceitos e das ações que deve executar para resolver situações
problemas (orientadas pelo objetivo) e satisfazer suas necessidades
como personalidade”.
Assim,
Na etapa da BOA, deve ser garantida a compreensão (significado) e a
motivação (sentido) dos alunos para a construção do objeto de
aprendizagem, [....] Ser promovida a reflexão consciente pelo aluno do
processo de sua construção”.

Quando o aluno está familiarizado com esta etapa, que é a BOA, sabe-
se o que se pretende e aonde quer chegar com ela, partirá para o plano
materializado, etapa de formação da ação no plano material ou materializado, de
forma natural, em que somente o professor de imediato percebe este progresso.
Nesta ação, o aluno terá uma sequência de problemas ou situações em
que irá resolvê-los mediante os conceitos, funções e operações matemáticas
introduzidas na etapa anterior, ou seja, quando os modelos conceitual e físico
estiverem internalizados passando a ser o modelo mental.
Costa e Moreira (2001) definem três tipos de modelos que são
introduzidos no meio escolar:
“Modelo físico a descrição resultante das proposições da teoria
referente a um sistema ou fenômeno físico simplificado e idealizado;
modelo conceitual é aquele projetado por pesquisadores ou
professores para facilitar a compreensão ou o ensino de sistemas
físicos; modelo mental é um análogo estrutural do sistema físico, ou
seja, sua estrutura corresponde à estrutura da situação física
modelada”.
No entanto, Nuñez diz que a etapa material e a linguagem estão ligadas
uma na outra, uma vez que para o aluno entender e compreender o enunciado
de um determinado problema físico, não é muito fácil no primeiro momento,
então é necessário que o professor intervenha e que o oriente de acordo com a
Base Orientadora da Ação, logo a materialização é assimilação do conhecimento
obtido para que seja aplicada a uma dada ação.
A linguagem é um instrumento, ou seja, uma ferramenta da atividade de
aprendizagem que permite compartilhar e dar sentido aos objetos da
aprendizagem (NUÑEZ, 2009).

22
É nela que o indivíduo se torna capaz de argumentar e produzir
conceitos e respostas para determinadas situações no seu cotidiano, permitindo
que o aluno em processo de formação escolar utilize a linguagem como um fator
determinante de sua aprendizagem.
No entanto, o direcionamento deste processo de formação, atividade e
ensino na qual será desenvolvida pelo aluno, Talízina (1988) as classificou como
isolada e cíclica, ao defini-las da seguinte forma:
- Isolada é a direção sem enlace de retorno, ou seja, sem a regulação, sem a
regulação da marcha do processo dirigido por parte do sistema de direção;
- Cíclica é o enlace com retorno e a regulação do processo, por isso é mais é
mais eficaz na direção.
Na direção cíclica, o aluno irá demonstrar suas habilidades
desenvolvidas ao longo do processo de ensino e aprendizagem, ou seja, o que
internalizou para si a teoria de um determinado conceito ou fenômeno físico em
seguida posto na prática através de exercícios ou atividades experimentais,
contribuindo para a construção novas habilidades em geral.
Na cíclica, podemos verificar o sucesso do aluno quando consegue
responder alguma atividade sozinho sem nenhuma intervenção do professor ou
colega. Com isso, o direcionamento desenvolvido alcançado pela teoria de
direção nos possibilita uma regularização de um processo de aprendizagem
mais eficaz.
E Talizina (1988) nos confirma com a seguinte conclusão:
Dirigir o processo de ensino não é reprimir nem impor ao processo um
curso contrário à sua natureza, mas considerar cada influência sobre
ele, [...] quando se dirige o processo de aprendizagem, semelhante a
qualquer outro processo, a liberdade age como uma necessidade
conhecida.

O jogo é uma atividade rica e de grande efeito que responde às


necessidades lúdicas, intelectuais e afetivas, estimulando a vida social e
representando, assim, importante contribuição na aprendizagem (PEREIRA,
FUSINATO e NEVES, 2009).
Podemos citar vários tipos de jogos: damas, xadrez, quebra-cabeça,
cartas, tabuleiros (físico e virtual), games virtuais e etc. Quando se é criança, o
jogo se torna o instrumento essencial no processo de interação social, afetiva e

23
competitiva, uma vez que o raciocínio começa a ser posto em prática diante de
tais situações, ou seja, a aprendizagem se torna natural.
Para Nuñez (2009), “a aprendizagem, como atividade transformadora
tem caráter mediatizado por instrumentos, ou seja, ferramentas que se
interpõem entre o sujeito e o objeto da atividade”.
O jogo torna- se um estimulante pelo espírito de competividade de
acordo com os sentimentos obtidos ali, o de frustação por perder uma partida ou
de alegria por ter ganhado e pelo pressuposto surge às habilidades motoras e
cognitivas, facilitando a aprendizagem.
Já Melo e Sardinha (2009), trata que a “este tipo de atividade propicia a
quebra da rotina na sala de aula e a superação da metodologia tradicional com
o uso apenas da exposição de conteúdos”. Isso nos remete que a técnica
tradicional ainda está muito presente na Educação Básica, e até mesmo no
Ensino Superior.
Em dias atuais, professores já formados e aqueles que ainda estão no
processo de formação em Licenciatura em Física ou áreas afins vêm buscando
várias alternativas para chamar a atenção dos seus alunos, utilizando de
recursos áudio- visuais, música, teatro e entre outros.
Um jogo educativo é mais um material didático de apoio que o
professor pode ter à sua disposição. Sozinho, seu potencial
educacional é baixo, entretanto, quando aliado a outras práticas
pedagógicas (aulas expositivas, trabalhos em grupos, monitorias, etc),
seu potencial verdadeiro é revelado (PEREIRA, FUSINATO E NEVES,
2009).

Barbosa e Murarolli (2013), veem da seguinte perspectiva: “os jogos vêm


ganhando cada vez mais espaço nas escolas na busca de inserir a ludicidade na
sala de aula aperfeiçoando o aprendizado”. Contudo, o lúdico tem
importantíssimo papel dentro da sala de aula.
O professor de Física tem enfrentado em sua realidade uma grande
dificuldade quando o assunto é o ensino, o que se fazer quando não se tem livros
para todos, sem bibliotecas, laboratórios adequadamente equipados, salas de
aula mais confortáveis e internet para pesquisas.
De acordo com Joay et al. (2005) afirma que,
“Se o objetivo do professor é fazer com que todos aprendam, uma das
primeiras providências é sempre informar o que vai ser visto em aula e

24
o porquê de estudar aquilo. Isso é parte do famoso contrato
pedagógico ou didático, aquele acordo que deve ser estabelecido logo
no início das aulas entre estudantes e professor com normas de
conduta na sala de aula”.
Assim em nosso entendimento, para ensinar ciências é necessário uma
série de investigações dentro da sua realidade seja no convívio social de acordo
com o avanço tecnológico, as histórias de suas descobertas ou ideias cientificas,
assim como a relação do ser humano com o seu corpo, ambientes e recursos
naturais.
Rezende e Valdes (2006, p 1209) diz que, “O papel do professor é
incentivar o aprendiz a observar, despertando sua curiosidade e desafiando-o a
pesquisar e explicar determinados conceitos”. Contrariando o modelo de ensino
tradicional.

A aprendizagem situada (contextualizada) é associada, nos PCNEM, à


preocupação em retirar o aluno da condição de espectador passivo,
em produzir uma aprendizagem significativa e em desenvolver o
conhecimento espontâneo em direção ao conhecimento abstrato
(LOPES, 2002, p 391).

Na sala de aula o aluno transita nos dois de tipos de agente: o passivo


e o ativo. Em modelos de ensino tradicionais os alunos sempre é o passivo, por
entender que o professor é o único detentor do conhecimento.

2.2 O ensino da Termodinâmica no Ensino Médio

Antigamente os grandes mentores que eram chamados de filósofos,


teólogos por observavam a natureza como um todo e se faziam inúmeros
questionamentos de onde vinha, qual a constituição de cada objeto, o porquê
das marés, mudanças climáticas, o dia e a noite, as estrelas, os seres vivos e
etc. Na necessidade fez com que o homem evoluísse e assim a Ciência também
desse um salto.
Considerada a mais bela de todas as Ciências, por ser descrita em
postulados, corolários, além de Leis que regem nossa vivência e convivência

25
neste universo, pela utilização dos seus recursos naturais sejam renováveis ou
não. Não podemos dizer, muito menos comprovar que a Física é a mãe de todas
as áreas da ciência da natureza, seria até ofensivo, entretanto ela teve grandes
contribuições para o avanço da Astronomia, Biologia, Química, Matemática
dentre outras.
Foi através dela que houve um Big Bang de avanços tecnológicos para
a medicina, comunicação, construção de satélites artificiais e até o envio de
sondas para atmosferas de outros planetas, planetoides, astros, além da
descoberta de outros sistemas solares e galáxias vizinhas com o uso de
telescópios terrestres e espaciais.
As séries do ensino médio são divididas em primeiro, segundo e terceiro
ano, passa meio que imperceptível alguns conceitos ou até mesmo a relação da
física com a astronomia, com exceção do conteúdo de Gravitação que é
conteúdo do primeiro ano do ensino médio.
Mas isso não é um problema para o professor trabalhar
interdisciplinarmente o conteúdo de astronomia relacionando- a com a Física,
mais especificadamente com a Termodinâmica.
Conforme a tabela 1, vimos a mudança da nomenclatura da competência
2 que hoje passa a se chama e Energias e suas transformações, traremos para
o jogo questões relacionada a competência de número 6 que é Terra e Universo:
formação e evolução.

Tabela 1 – Competências extraídas das Diretrizes Nacional Comum e Base


Nacional Comum.
Parâmetros Curriculares Nacional Base Nacional Comum- BNC
-PCN
1. Movimentos: variações e 1 – Movimentos de objetos e sistemas
conservações
2. Calor, ambiente e usos de energia 2 – Energias e suas transformações
3. Som, imagem e informação 3 – Processos de comunicação e
informação
4. Equipamentos elétricos e 4–Eletromagnetismo: materiais e
Telecomunicações equipamentos
5. Matéria e radiação 5 – Matéria e Radiações: constituição e
interações
6. Universo, Terra e vida 6- Terra e Universo: formação e
evolução
Fonte: BNCC e Parâmetros Curriculares Nacional

26
O que faremos neste jogo é interligar as competências 2 e 6, conforme
tabela acima, de forma contextualizada e que aproxime o aluno das curiosidades
do espaço, uma vez que o conhecimento que eles carregam é do ensino
fundamental na disciplina de Geografia.
O momento em que o professor retorna a este tema em sala de aula é
quando inicia o capítulo de gravitação, conteúdo do primeiro ano do ensino
médio, quando não o pula devido ao tempo curto de sala de aula.
O interessante dessa competência é a perspectiva e emoção que ele
traz quando o professor dedica alguns momentos com relação a competência 6
Terra e Universo: formação e evolução, descrita nas palavras do Base Nacional
Comum (BRASIL, 2016):
Da gravitação universal que coordena a dança dos corpos celestes, até
as hipóteses sobre os primeiros momentos do surgimento das forças e
do nucleossíntese primitivo, estuda-se a visão contemporânea do
Universo e nele galáxias e estrelas, comparando-se com a herança de
cosmologias de outras épocas. O estudo do funcionamento e da
evolução de estrelas dá lugar a compreensão da formação de nosso
Sistema Solar e a investigação de condições para que surja a vida em
outras partes do Universo.

Ao introduzir e contextualizar o tema 6 na sala de aula, nos vem na


memória as coisas que mais chamam a atenção dos alunos que são os
experimentos que envolvem os fenômenos que ocorrem ao seu redor, como são
construídas, o tempo que leva para chegar até determinado planeta ou satélite
natural, quais resultados tem mostrado durante o seu tempo uso, além das
maravilhas com relação as imagens do nosso Sistema Solar e exoplanetas ou
outros sóis, eis que surgem as seguintes perguntas:
• Existe outros seres vivos em outros planetas??
• Há planetas parecidos com o nosso?
• Quais os gases presentes em cada planeta do Sistema Solar?
• E por que o nome Via Láctea?
• Qual a real temperatura do Sol?
Há inúmeros questionamentos sobre a astronomia e em que parte da
Física poderíamos estudar sobre suas propriedades, características, fenômenos

27
que ocorrem em cada um deles, isso até os motiva a querer estudar mais sobre
o Universo, especificamente o nosso Sistema Solar.
Entendemos que, o professor no ato de seu planejamento anual ou
semestral, se colocar um pouco de Astronomia nos conteúdos de Física de
acordo com as respectivas séries, não estará fugindo do Plano Político
Pedagógico, logo.
O Ensino de Astronomia é elemento estimulador para o aprendizado
em Ciências, capaz de ampliar, viabilizar e colaborar para a
apresentação e compreensão de conhecimentos científicos
possibilitando uma formação crítica e reflexiva (QUEIROZ e
TREVISAN, 2009, p 02).
Será na disciplina da Física que iremos dar sentido a este tema em
nosso jogo, ou seja, uma forma de motivá-los e atraí-los 100% para o mundo das
Ciências da Natureza, mas especificadamente a Termodinâmica, conteúdo que
os alunos sentem mais dificuldades por se tratar de dados abstratos e
complexos.
Para isso, é importante que o professor construa uma sequência didática
de acordo com a evolução dos alunos na qual está lecionando. Nos livros de
ensino médio o conteúdo completo de termodinâmica é estudado por dois
bimestres, vejamos na tabela 2.

Tabela 2 – Sequência programada de acordo com o livro de ensino médio doado


pelo MEC
Temperatura e Lei Zero
Calor e sua propagação
Calor Sensível e Latente
Termodinâmica Dilatação Térmica dos sólidos e
líquidos
Teoria Cinética dos Gases
Primeira e Segunda Lei
Fonte: o Autor

A tabela 2, nos mostra como o conteúdo da Termodinâmica é subdividida


em tópicos e que são estudados ao longo um semestre, ou seja, dividido em dois
bimestres, na segunda série do ensino médio de instituições públicas e privadas.

28
Desde a infância, temos um conhecimento prático dos conceitos de
temperatura [...] um exemplo, é que precisamos tomar cuidado com alimentos e
objetos quentes e assim por diante (HALLIDAY E RESNICK, 2009).
Considerada umas das sete grandezas fundamentais do Sistema
Internacional, a temperatura está presente em nossa vida e é associada a
sensação de quente e frio, ou seja, representa uma das características do estado
térmico de um sistema.

Figura 1 – Exemplo de Equilíbrio Térmico

Fonte: Boas, 2010.

Na figura 1, vemos que ao despejar as águas “quente” e “fria” em outro


recipiente, haverá uma troca de energia, na qual o copo de água quente cederá
calor e a outra parte envolvida no experimento do copo de água fria, absorverá
calor, até que estes dois tipos de águas, que se encontram em estados físicos
distintos, logo após um instante, o sistema (água quente, fria, e morna) entrará
em equilíbrio térmico, conforme o tempo vai passando, e assim, atingindo o
estado físico de equilíbrio térmico..
A Lei Zero, mesmo que tenha sido a última a ser comprovada pelos
físicos, é a primeira a ser introduzida no conteúdo de Temperatura e que no
Halliday e Resnick (2009), diz que, se dois corpos A e B estão separadamente
em equilíbrio térmico com um terceiro corpo T, A e B estão em equilíbrio térmico
entre si.
E a confirma noutra linguagem mais clássica que: “Todo corpo possui
uma propriedade chamada Temperatura. Quando dois corpos estão em
equilíbrio térmico, suas temperaturas são iguais e vice-versa”, ou seja, no estudo
da termodinâmica o ator principal é a Temperatura.

29
Entretanto, precisa-se de dispositivos capazes de aferir tais
temperaturas de determinados corpos, logo o primeiro dispositivo construído foi
o Termoscópio por Galileu Galilei em 1597, e com o passar dos anos estes
dispositivos são comuns em residências, hospitais, laboratórios e até mesmo nos
automóveis, devido ao avanço da tecnologia.
Embora termos diversos tipos de termômetros, no ensino médio são
estudadas as três escalas termométricas com os seus respectivos pontos fixos,
além da conversão entre elas (figura 2), que são: Kelvin, Fahrenheit e Celsius.

Figura 2 – Comparação entre as escalas termométricas Kelvin, Celsius e


Fahrenheit, com os seus respectivos pontos fixos críticos.

Fonte: Halliday e Resnick, 2009.

No Sistema Internacional, a unidade de medida de temperatura é o


kelvin, em homenagem ao Lorde Kelvin, ao defender o uso apenas de um ponto
fixo, que é o ponto tríplice da água quando está no equilíbrio térmico nos três
estados da matéria (sólido, líquido e gasoso), proposta defendida e aprovada
pela comunidade científica em 1954.

T3= 273,16K [1]

Utilizamos a escala Kelvin como unidade pela comunidade científica e


no Sistema Internacional, no entanto temos mais duas que podemos
convencionar da melhor forma possível.

30
No Brasil, é comum utilizar a escala Celsius e ela é representada pela
seguinte nomenclatura “ºC”, em outros países é utilizada a escala Fahrenheit
“ºF”. Estas duas escalas termométricas são divididas em 100 partes iguais de
acordo com os pontos fixos adotados de acordo com a figura 2, que são a Celsius
e Kelvin e uma com 180 partes que é a Fahrenheit. Logo, dizemos que 1 kelvin
equivale a 1 grau Celsius.
Vejamos o resumo dessas conversões ou como são chamadas de
relação entre escalas.

TC= T – 273,16°C [2]

TF = 9/5 (TC + 32ºF) [3]

Sabemos que a temperatura será bastante importante no estudo da


termodinâmica, observando que ao alterar a temperatura inicial de uma
determinada substância ou material, vimos que estes materiais sofrem
modificações em suas dimensões e este fenômeno chamamos de Dilatação
Térmica que é subdividida em duas: Sólidos e Líquidos.
Quando se fala em variação térmica, ou seja, a temperatura inicial sofreu
mudanças, dizemos que as partículas estão se afastando cada vez mais umas
das outras, com isso, aumentando suas dimensões de lineares até volumétricas.
As dilatações térmicas, sejam compressão ou expansão, são mais
presentes em nosso cotidiano, o termômetro, por exemplo, é considerada uma
dilatação térmica linear (expansão), que ao entrar em contato com outro corpo
de diferente temperatura, e com o passar do tempo, o termômetro entra em
equilibro térmico com o corpo e assim aferindo o seu valor real.
E uma forma de podermos constatar a sua expansão linear, é utilizando
a equação matemática:

ΔL= L0αΔT [4]

Em que α é o coeficiente da dilatação linear do sólido e sua unidade de


medida é °C-1 ou K-1, considerada uma constante por depender do tipo de
material que utilizando.

31
Como vemos nos exemplos abaixo, temos a situação B que ocorre, num
dado sólido bidimensional, quando elevada a sua temperatura faz com que a sua
área aumente, que visivelmente se observa numa chapa metálica com um orifício
no meio.
Sua equação matemática é:

ΔS= S0βΔT [5]

Onde, β é o coeficiente de dilatação superficial dos sólidos, e que vale


duas vezes o alfa (β= 2α).
Em seguida, no exemplo C, temos a dilatação volumétrica dos líquidos
tanto real como aparente.
Como os líquidos não possuem forma e nem volume, a não ser que
estejam condicionados num recipiente, logo terão tais medidas. Assim, faremos
duas aferições que é a do recipiente e do líquido aparente, como podem ver
recipiente abaixo, daí obteremos o seu volume real total.
Como na dilatação volumétrica dos sólidos, a do líquido não mudará sua
equação matemática, que ao elevar sua temperatura inicial, tem-se um aumento
gradativo em todas as suas dimensões, que são 3: Largura, Altura e
Comprimento, como podemos ver na figura 4.

ΔV= V0γΔt [6]

Onde, γ é o coeficiente de dilatação Volumétrica. A equação acima vale


também para os sólidos e líquidos ao sofrerem variação em sua temperatura
inicial, e é representada pela letra grega Gama (γ) que é 3α (três vezes o alfa
“coeficiente de dilatação linear”). E para que encontremos os valores de cada
coeficiente de dilatação volumétrica do líquido e do recipiente, fazemos a
seguinte relação matemática, figura 3.

32
Figura 3 – Representação matemática da variação total da dilatação volumétrica
do liquido real que é a soma algébrica entre as dilatações volumétrica do
recipiente e aparente.

Fonte: http://www.sofisica.com.br

Figura 4 – Exemplos dos três tipos de dilatação térmica: Linear (A), Superficial
(B) e Volumétrica de um líquido (C).

B C
Fonte: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Dilatacao.php

Por muitos anos, vários cientistas entendiam que temperatura e calor


tinham a mesma definição. Com o passar do tempo, avanço tecnológico e
observações empíricas começaram a divergir de qual o seu verdadeiro
significado, porém não foi uma tarefa fácil.
Em meados do século 18, entendiam que temperatura e calor tinham a
mesma definição. Com o passar dos tempos, os grandes físicos e químicos da
época observaram que os dois fenômenos não eram as mesmas coisas, mais
que um dependia do outro.
Em si, temperatura é uma grandeza capaz de medir o grau de agitação
das moléculas de um corpo. Em compensação calor tem outro significado que é

33
a energia em trânsito de um sistema para o outro devido a variação da
temperatura.
Ao conseguirem distingui-la de temperatura, não chegam a uma
definição correta para Calor, vejamos abaixo algumas definições, conforme
alguns Físicos e Químicos da época:
- Lavoisier: é uma substancia fluida indestrutível que preencheria os poros
dos corpos e se escoaria de um corpo mais quente a um mais frio, e o
chamava de Calórico;
- Isaac Newton: O calor consiste num minúsculo movimento de vibração das
partículas dos corpos;
- Benjamim Thomson: o calor não passava de um movimento vibratório que
tem lugar entres as partículas do corpo;
- James Watt: observou a partir da sua máquina a vapor, que o calor era capaz
de produzir trabalho;
- Julius R. Mayer: as energias são entidades conversíveis, mas
indestrutíveis... e que calor é uma forma de energia;
- Hermann Von Helmholtz: Princípio da conservação da energia se aplicava a
todos os fenômenos tais como: mecânico, térmicos, elétricos, magnéticos, na
físico-química, astronomia, na biologia e no metabolismo dos seres vivos;
Pode–se observar que cada um deles tinha uma definição para o
Calórico ou calor, só que ainda estavam confusos do porquê a energia aparecer,
quando empiricamente provavam a existência dela ao variar a temperatura de
um corpo.
Entretanto, conseguiram de fato provar que calor se mede e é
considerada uma quantidade ao alterar a temperatura inicial de um determinado
corpo, logo Nussenzveig (2002), define caloria como “a quantidade de calor
necessária para elevar a temperatura de 1º C de 1 grama de água”.
Observemos a seguinte situação:

Para elevar dois litros de leite, leva-se o dobro do tempo


que é necessário para 1 litro de leite, colocado na mesma
panela e levada à mesma chama. A variação de
temperatura é a mesma nos dos casos (da temperatura
ambiente ao ponto ao ponto de ebulição), mas a

34
quantidade de calor fornecida é dupla para 2 litros
(NUSSENZVEIG, 2002).
A partir do exemplo acima, podemos compreender o que acontecem em
determinados sistemas sejam isolados ou não.
Já Halliday e Resnick (2009), diz que calor é a energia transferida de um
sistema para o ambiente ou vice-versa devido a uma diferença de temperatura.
Calor na literatura é conhecida pela letra Q e sua unidade de medida é
em Joule [J], de acordo com o Sistema Internacional de Medidas e Pesos. Assim,
temos que ao variar a temperatura de uma determinada substancia ou corpo,
logo aparecerão suas propriedades como a capacidade térmica e o calor
específico dos sólidos e líquidos.
Chamamos de capacidade térmica [C] a quantidade necessária de calor
que determinada substância poderá receber ou ceder quando sua temperatura
inicial é elevada e é dada pela equação matemática abaixo.

𝑄 𝑄𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑜/𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜
𝐶= = [7]
∆𝑇 (𝑇𝐹 −𝑇0 )

onde, TF é a temperatura final e T0 é a temperatura inicial da substância na qual


esteja trabalhando.
Consequentemente, da equação (7) acima podemos encontrar o calor
específico em que dependerá apenas da massa, substituindo C na equação [7]
da equação [8], teremos a equação para encontrar o (c) calor específico.

𝑄𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑜/𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑄𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑜/𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜
𝑐𝑚 = =𝑚 [8]
(𝑇𝐹 −𝑇0 ) (𝑇𝐹 −𝑇0 )

𝐶 = 𝑐𝑚 [9]

Como podemos ver na tabela 3, os valores de seus calores específicos


de algumas substâncias e com suas respectivas unidades de medida de acordo
com o SI ou em Calorias ou molar. É conveniente ressaltar que o calor especifico
que é também conhecido como sensível, ele apenas varia a sua temperatura de
acordo com a quantidade de energia que está recebendo ou cedendo, logo ele

35
não modifica o seu estado, ou seja não se transforma e sua massa continua
constante.

Tabela 3 – Alguns calores específicos e calores específicos molares à


temperatura ambiente.

Fonte: Halliday e Resnick, 2009

No estudo do Calor e suas características, além de suas determinadas


propriedades por depender do material, massa e etc. como foi dito acima citamos
o Calor especifico sensível.
O outro é conhecido como Calor Latente, representada pela letra [L], no
entanto, que dada substância ao receber ou ceder energia, ela muda seu estado
ou de fase, ou seja se for sólido transforma- se em liquido ou liquido em gases.
Vejamos o exemplo abaixo.

36
Figura 5 – Imagem da mudança de estado da matéria (Solido, Liquido e Gasoso)

Fonte: http://fisicaevestibular.com.br

Porém, para o ensino básico falamos que existem três estados da


matéria que é o sólido, líquido e gasoso, e que processo explicado na figura 5
acima são suas respectivas transições dentro das fases; dependendo da sua
temperatura e pressão, em que essas substâncias absorvem ou liberação de
calor.
Onde LV/F é o Calor Latente de Vaporização ou Fusão. Nota-se na
equação acima que não temos a grandeza escalar da temperatura. Pois isso, se
deve ao fato que a temperatura no ato de sua transformação mudança de fase
permaneça constante. Logo, sua unidade de medida é kJ/Kg ou KJ/mol.
A ser representado pela equação matemática abaixo:

𝑄 = 𝑚𝐿𝑉/𝐹 [10]

37
Vejamos na tabela 4 na página 36, sobre os calores de algumas
substâncias.

Tabela 4 – Calor Latente de algumas substâncias

Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br

Mas sabe-se que o calor precisa de um meio para se propagar, e esses


meios podem ser em: sólidos, fluidos e no vácuo. E nós as conhecemos como:
Condução, Convecção e Irradiação.
A transmissão por condução acontece em meios sólidos e/ou fluidos de
forma bem diferente que a convecção, como vemos na figura abaixo, temos uma
barra de ferro sendo aquecida por chamas de uma fogueira, observa- se que sua
ponta está numa coloração avermelhada, pois suas partículas que estão
vibrando devido ao aumento de sua temperatura, percorrendo até a outra
extremidade da barra, fazendo com que toda a barra esteja na mesma
temperatura. Em compensação existem algumas substancias como gases,
materiais de construções e metais que possuem sua respectiva condutividade
térmica e é representada pela letra K (W/m.K).
A transmissão por convecção dá- se pelo movimento do próprio fluido,
na qual chamamos de corrente de convecção. Um exemplo clássico é a
geladeira e ar-condicionado em nossas casas. Em dias atuais, quando
compramos uma central de ar, já observamos a melhor posição e altura quando
instalada na parede.
Em si, sabemos que ela precisa estar numa altura boa o suficiente para
que o ambiente mantenha sua temperatura estável. Logo, ela ejeta uma massa
de ar mais fria, só que dentro deste ambiente existe uma massa de ar quente, e

38
neste processo acontece que a massa de ar fria, por ser mais densa, desce e a
massa de ar quente sobe. Ocorrendo em a convecção térmica no ambiente.
Já a Irradiação acontece independente do meio, e é transferida em forma
de calor por ondas eletromagnéticas. Como podemos observar na figura 6, onde
fogo é considerado uma fonte de calor e as emite como forma de uma onda de
radiação térmica e chegam até o outro corpo que precisa ser aquecido.

Figura 6 – Tipos de propagação de calor por Condução, Convecção e


Irradiação

Fonte: http://brasilescola.uol.com.br

Quando buscamos definir calor, chegamos à conclusão que ela está


ligada a energia e também está correlacionada com trabalho, como alguns
cientistas citaram acima. Observamos que na figura 7, página 28, é o
experimento de Joule, na qual determinou a conversão da unidade de caloria
para a unidade mecânica de energia.

39
Figura 7 – Experimento de Joule

Fonte: site http://vamosestudarfisica.com

O experimento é um calorímetro que é revestido por paredes


adiabáticas, ou seja, termicamente isoladas, cheio de água, sendo inserido um
termômetro e um conjunto de pás ou paletas presas a um eixo. Quando
colocadas em rotação, devido à queda de um dos pesos, as paletas atritam-se
até aquecerem a água, que em seguida haverá uma variação da temperatura,
observada pelo termômetro, que correspondera a um certo número de calorias.
Pode-se observar que o trabalho mecânico pôde ser medido assim que um dos
pesos caem de uma determinada altura.
Este experimento é muito comum nas universidades na disciplina de
física experimental II ou nome parecido. Este foi fundamental assim como a de
outros cientistas, ao provar a 1º Lei da Termodinâmica.
Nussenzveig (2002), diz que “ O trabalho realizado para levar um
sistema termicamente isolado de um dado estado inicial a um dado estado final
é independente do caminho. Entendemos que no experimento acima, a agua
possuía uma temperatura inicial e que ao cair um dos pesos as paletas se atritam
e faz com que a agua aumente sua temperatura, na qual haverá uma energia
interna quando fornecido calor ao sistema. Logo

∆𝑈 = 𝑈𝑓 − 𝑈0 = −𝑊 [11]

Por ser um processo adiabático, Q= 0. No entanto, quando temos um


determinado sistema em que há o fornecimento de calor (Q) e que esta energia
sofre uma variação, logo este sistema poderá está realizando trabalho. Em si

40
podemos enuncia a equação da 1º Lei da Termodinâmica e aplica-la em seus
diversos processos.

∆𝑈 = 𝑈𝑓 − 𝑈0 = 𝑄 − 𝑊 [12]

Halliday e Resnick (2009), diz que a energia interna (U) de um sistema


tende a aumenta, se acrescemos energia na forma de calor (Q), e a diminuir, se
removemos energia na forma de trabalho realizado pelo sistema. No estudo dos
processos termodinâmicos, existem casos especiais, tais como: Adiabáticos, a
volume constante, expansões livres, Cíclicos. Vejamos alguns exemplos
aplicados a 1º lei da termodinâmica:

• Processo Adiabático: não há troca de calor e o sistema é bem isolado, ou


seja, Q= 0.
∆𝑈 = −𝑊

• Processo a Volume constante: o volume se mantem constante, logo não


poderá realizar trabalho, W=0.
∆𝑈 = 𝑄

Onde, Q pode ser positivo quando o sistema estiver recebendo calor


fazendo com que sua energia aumente. Poderá ser negativo quando o sistema
estiver cedendo calor, assim sua energia interna também diminui.
• Processo Cíclico: o sistema retornará sempre ao seu estado inicial, logo a
U=0.
𝑊=𝑄

• Processo Expansões Livres: ocorre quando tenho duas câmaras


interligadas por uma válvula e que uma dela contem moléculas e que ao abrir
a válvula, elas ocuparam todo o espaço das duas câmaras, logo não haverá
troca de calor e nem realização de trabalho.

41
𝑊=𝑄=0
∆U = 0
O diagrama abaixo, aplica-se a primeira lei da termodinâmica quando as
condições de pressão, temperatura estão em normais. Com esta observação, os
processos isobárico, isotérmico, isovolumétrico, cíclico, adiabático possam ser
estudados de acordo com os tipos de sistemas (Figura 8, pagina 43).

42
Figura 8 – Diagrama da 1º Lei da Termodinâmica, com as respectivas
transformações.

1º Lei da Termodinâmica
P,V e T

É definida a partir dos processos que ocorrem num


determinado sistema seja fechado ou aberto,
realizando trabalho na forma de calor.

Transformação Transformação
Isobárica Isovolumétrica
Q > 0, ΔU > 0 e 𝜏 > 0 Q = ΔU e 𝜏 = 0
𝑄 = ∆𝑈 + 𝜏

Transformação Transformação
Isotérmica Adiabática
Q = 𝜏 e ΔU = 0 Q = 0 e 𝜏 = –ΔU

Princípio da Conservação da Energia

Fonte: a Autora.

43
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Por tratar-se de uma pesquisa qualitativa, a proposta é satisfazer os


objetivos mencionados anteriormente, priorizando a efetivação da aprendizagem
dos discentes.
Considerou-se como fonte experimental, o que envolveu a construção
de um produto educacional, um tabuleiro em forma de trilha que ao fundo temos
o nosso Sistema Solar.

3.1 Sujeitos da Pesquisa

A pesquisa realizou-se com os estudantes do 2º ano do Ensino Médio,


da Escola Agrotécnica da Universidade Federal de Roraima, no Campus
Murupu, localizada na Rodovia BR 174 Km 37, sede da antiga Fazenda
Bamerindus, S/N - PA Nova Amazônia, Zona Rural do município de Boa Vista.
A escolha deste tema se deteve pelo fato, de que o segundo ano do
ensino médio é considerada a série mais difícil, devido à dificuldade em
compreender determinados fenômenos que acontecem a sua volta, logo esta
problemática se passa em toda a disciplina de Física.
Fizeram parte desta pesquisa 39 alunos matriculados na Instituição
acima, além de 4 professores que mediaram na aplicação do jogo.

3.2 Coleta de Dados

As observações diárias dessas turmas são utilizadas como um dos


resultados e analisadas de forma sistemática, e é por ela que pontuaremos um
por um, as dificuldades mais presentes a partir de problemas de Termodinâmica.
Será a partir dessa primeira fase da pesquisa, que é o trabalho das
habilidades dos estudantes diante das dificuldades nos conteúdos de
Termodinâmica, de acordo com as etapas abaixo, conforme a Teoria de Galperin
e direcionado por Talízina.
1º Fase: constatamos o conhecimento prévio dos alunos no conteúdo de
Termodinâmica aplicado a Astronomia, através de observações diárias na qual
obtém-se o ponto de partida dos alunos.

44
2º Fase: consistiu-se na sequência didática abordada nas aulas da
disciplina de Física, que iniciou com a Base Orientadora da Ação (BOA’s), que
foi dividida em três BOA’s diferentes:
i. Etapa materializada, que consiste na resolução de problemas, exercícios com
ênfase em experimentos, tais como: determinação do calor específico de
algumas substâncias, mudanças de Estados e entre outros.
ii. A etapa verbal externa se desenvolveu fundamentalmente de acordo com as
explicações e argumentos dos dados experimentais, desenvolvendo a
linguagem científica por meios dos conceitos abordados em sala de aula.
iii. A etapa verbal interna ou de generalização que deteve no trabalho
fundamental da 1º Lei da Termodinâmica
3º Fase: criação, construção e aplicação do jogo pedagógico em sala de
aula, em conjunto com os professores da Escola Agrotécnica, que atuaram como
mediadores de cada grupo, na qual controlaram as jogadas, esclarecendo as
regras gerais de funcionamento, com o propósito de avaliar o processo de
assimilação pelas fases anteriores.
4º Fase: posterior à atividade, acompanhando o desempenho dos
estudantes em todas as etapas, e avaliando a eficácia da BOA, por meio de
questionários, provas, observações e jogo, a partir dos parâmetros definidos
aqui, que são: bom, regular e insuficiente; onde o Bom significa que o estudante
cumpriu todas as ações essenciais e algo mais; o regular é aquele que cumpriu
somente o essencial, e o Insuficiente é o que não cumpriu nenhuma das ações
essenciais.

45
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

No ano de 2016, continham 38 alunos matriculados divididos em duas


turmas, na Escola Agrotécnica. Para que pudessem participar desta atividade de
pesquisa, cada um deles receberam um Termo de Consentimento de Livre
Esclarecido (Anexo C) para que os responsáveis assinassem.
Deixemos claro que apenas 34 estudantes participaram da pesquisa
aqui abordada.
A elaboração, construção e aplicação do Jogo Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar, de acordo com as aulas teóricas e
experimentais aconteciam na disciplina de física, fez com a integração e a
competitividade entre eles se sentissem mais motivados em desvendar as
curiosidades astronômicas e termodinâmica antes, durante e após o jogo.

4.1 O conhecimento da Termodinâmica antes do jogo, experimentados pelos


alunos do segundo ano do Ensino Médio

A disciplina de Física na Escola Agrotécnica é ministrada por dois


professores Licenciados que dividem entre os dois as séries e turmas que são
oferecidas na unidade, então tem-se dois primeiros, dois segundos e dois
terceiros anos do Ensino Médio Regular e dois EJA (Educação de Jovens e
Adultos); com isso, cada um fica com quatro turmas.
O ensino médio regular funciona de acordo com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB) e Parâmetro Curricular Nacional (PCN), em que é
oferecido todo o conteúdo programático do eixo temático da Ciências da
Natureza- especificamente física.
Como já foi dito na revisão de literatura, o conteúdo de Termodinâmica
é subdivido em capítulos que vai de Temperatura até Entropia, isso sendo
trabalho em um semestre (1° e 2° Bimestres), no segundo ano do ensino médio.
Para que os estudantes tivessem o ensino e aprendizagem bem
compreendidos os conteúdos foram divididos em blocos, ou seja, aulas teóricas,
seminários acompanhados de experimentos em seguida a aplicação do jogo
passeando na termodinâmica do sistema solar.
De início, buscávamos uma ferramenta que interligasse a física com a

46
astronomia, devido a deficiência dos livros didáticos utilizados em sala de aula.
Então, nos slides usados para aulas conceituais, adicionou-se conceitos,
curiosidades e aplicações de cada fenômeno termodinâmico no dia-a-dia do
aluno, bem como, no estudo de planetas, satélites naturais e astros que nos
rodeiam, além da sua descoberta e sua finalidade.
Alguns conteúdos ministrados e assimilados foram aplicados em
experimentos, como pode-se ver na figura 9, os alunos explicaram como
funciona o processo de propagação de calor na forma de condução,
demonstrando aos colegas da sala que, ao aquecer uma lâmina de metal, na
qual existam moedas presas nela com a parafina da vela. E observaram que,
elevando-se sua temperatura na ponta, as moedas caiam de forma ordenada,
demonstrando o sentido da condução do calor.

Figura 9 – Experimento realizado em sala de aula pelos alunos do segundo ano


da Escola Agrotécnica da UFRR sobre propagação de calor na forma de
Condução.

Fonte: a Autora.

Os experimentos eram realizados durante as aulas de física e consistiam


nos seguintes temas: Propagação de Calor: Condução, Convecção e Radiação.
No conteúdo de Dilatação Térmica, foram realizados experimentos
simples sobre diferentes materiais, tais como: um lado de papel e o outro papel
alumínio, como mostra na figura 10.

47
Vale ressaltar que, os experimentos têm diversas vantagens em sua
utilização, desde que seja explorado conceitos na linguagem condizente com o
conteúdo ministrado nas aulas anteriores, diminuindo as dificuldades de
compreensão do estudo, segundo Moraes e Silva Junior (2014) diz que, os
processos experimentais podem ser facilitadores de um conhecimento mais
aprofundado quando relacionado aos conhecimentos prévios dos alunos,
aproximando assim a realidade deste com o conhecimento científico.

Figura 10 – Experimento sobre dilatação térmica linear com base em lâminas


bimetálicas, realizado pela Professora de Física Caroline Coelho da Escola
Agrotécnica.

Fonte: a Autora.

48
Figura 11 – Experimento nuvem na garrafa, estado de Condensação da matéria.

A B

C
Fonte: a Autora.

Na ilustração da figura 11 (A, B e C), o experimento que eles produziram


se chama nuvem na garrafa, que trata de dois processos de mudança de estado
que é o processo da Vaporização e o inverso, a Condensação. Ao colocarem
álcool dentro da garrafa e agitá-la, veem que o álcool evapora, mas continua
preso dentro da garrafa e que em seguida, enchem ao máximo a garrafa de ar
com o auxílio de uma bomba de encher pneu, até que ela fique dura, ou seja,
aumentando a pressão interna e sua temperatura também, com isso, ao
retirarem a rolha, observaram a formação de nuvens dentro da garrafa; eis a
condensação ocorrendo quando pressão e temperatura retornam aos seus
valores iniciais.
O interessante dos experimentos, é que ao deixá-los livres, sobre como
vão introduzir os conceitos e fenômenos que ali acontecem aos seus olhos, eles

49
sentem-se bem mais motivados e veem a física com outros olhos, pois quebra a
rotina de que somente o professor pode ser o agente ativo e o aluno, passivo.
A inversão de papéis só é possível, quando expõem-se as suas
habilidades em manusear os objetos mesmo que sejam simples. As
experimentações tornam- se como uma resolução de um problema, em que
devem pensar qual melhor maneira de solucionar, além de ser criativo, para que
os outros possam observar os fenômenos físicos que acontecem ao seu redor.
Corresponde ao que Talizina trata no tema: qualidade das ações e
conhecimentos formado sob condições de ensino experimental que os
estudantes trabalham corretamente com os conceitos na sua aplicação e
argumentação das ações (1988).
Atividades experimentais realizadas pelos alunos mostram que o
envolvimento na disciplina tem-se uma afetividade muito maior na construção de
novos conceitos adquiridos ali, com isso as atividades posteriores como
exercícios e provas de lápis e papel teve um rendimento muito maior,
contribuindo para uma aprendizagem significativa.
Contudo os primeiros passos, antes da aplicação do jogo passeando na
termodinâmica do sistema solar, dependeram das observações feitas em sala
de aula diante da vontade de aprender, além da eficiência na realização dos
experimentos, em sala de aula, que foram propostos no começo do semestre.

4.2 Elaboração, criação e construção do jogo: Passeando na Termodinâmica do


Sistema Solar

Elaborou-se um jogo pedagógico em forma de trilha sobre a imagem do


nosso sistema solar com todos os planetas, planetoides, satélites naturais e
cinturões, contendo regras e cartas e pinos.
A elaboração do jogo foi escolhida do tipo trilha contendo 60 casas.
Inicialmente, o tabuleiro foi desenhado (Figura 12) para não utilizar as imagens
prontas da internet.

50
Figura 12 – Primeiros desenhos do tabuleiro desenhado a mão.

Fonte: a Autora.

Já os planetas (Figura 13) foram desenhados individualmente e


trabalhados no programa PowerPoint 2010.

Em seguida, realizou-se a confecção das cartas, sendo as “cartas-


perguntas”, as “cartas problema” e as “cartas da sorte” no programa
PowerPoint 2010, conforme a figura 14, pagina 52.

Figura 13 – Planetas desenhados a mão.

Fonte: a Autora.

51
Figura 14 – Verso da “carta pergunta” de fundo preto, “cartas da sorte de fundo
azul e “carta problema” de fundo laranja.

Fonte: a Autora.

Na fase final o jogo foi confeccionado (Figura 15, pagina 53), sendo um
tabuleiro no tamanho 0,60 x 0,80 m, com trilha, dados, pinos, com 75 “cartas
perguntas”, 18 “cartas da sorte” e 18 “cartas problema” confeccionadas em papel
180 gramas, os pinos que serão movimentados pelos alunos.

52
Figura 15 – Jogo “Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar”.

Fonte: a Autora

53
As cartas perguntas, figura 15, serão as perguntas em maior quantidade
no jogo, ao iniciarem o jogo, os alunos irão no primeiro momento responder
perguntas básicas de acordo com a etapa materializada, até passar da casa 13.
No intervalo das casas 14 a 40, as cartas-perguntas são das etapas de
verbalização, aumentando o grau de dificuldade para poder avançar no jogo.
Das casas 41 a 60, as perguntas são consideradas de generalização,
vejamos o exemplo de uma na figura 15.

Figura 16 – Carta – Pergunta do Jogo Passeando na Termodinâmica do Sistema


Solar.

PERGUNTA: Um sistema, A,
está em equilíbrio térmico com
outro, B, e este não está em
equilíbrio térmico com um terceiro,
C. Então, podemos dizer que:

a) os sistemas A e B possuem a
mesma quantidade de calor.
b) a temperatura de A é diferente
da de B.
c) os sistemas A e B possuem a
mesma temperatura.
d) a temperatura de B é diferente
da de C, mas C pode ter
temperatura igual à do sistema A.

1
Fonte: a Autora.

As cartas-pergunta e problema correspondem a etapa materializada e


verbalização, serão enumeradas no canto inferior do lado direito após a resposta,
também constara punições caso o jogador erre a resposta, deixando as jogadas
mais emocionantes.

54
Figura 17 – Carta da Sorte: modelo de afirmação de sorte ou azar, quando sair na
casa espaço.

CARTA DA SORTE

Sortudo (a) você,


trocar de lugar com
outro jogador que está
em 1º lugar!

Fonte: a Autora.

A “carta da sorte” (figura 16) de fundo azul funcionará da seguinte forma:


serão elaboradas para garantir mais divertimento, adrenalina e emoção no jogo,
conforme exemplo acima.
A “Carta da sorte” é utilizada sempre que o jogador verificar quantas casas
andará no tabuleiro e parar na casa onde chamamos de “casa espaço” (figura 17).

Figura 18 – A “casa espaço” que se encontra no tabuleiro.

Fonte: a Autora.

O aluno que parar nesta casa terá que retirar uma carta e verificar sua sorte.
Estas cartas contêm surpresas como: “você está com sorte, jogar novamente”,
“você está com azar fique no espaço sem jogar uma rodada”, “você é azarento
acabou de perder tudo”, “sortudo você, trocar de lugar com outro jogador que está
em 1º lugar.

55
No tabuleiro também conterá uma “casa problema” (figura 18) identificada
na casa de cor amarela.

Figura 19 – A “casa problema” que se encontra no tabuleiro

Fonte: a Autora.

A “casa problema” o jogador que parar nesta casa, irá resolver um


problema referente ao conteúdo da termodinâmica aplicada a astronomia,
conforme a carta-problema que pegar (figura 19).
As cartas problema de frente na cor laranja serão elaboradas com base no
conteúdo do livro didático utilizados no ensino médio de Física.

Figura 20 – Modelo de pergunta da Carta Problema

Carta Problema

P.: Efeito estufa é o fenômeno


provocado pelo calor proveniente
do Sol, refletido pela Terra na
atmosfera e retido por uma capa de
gases. Apesar de natural, o efeito
tem se intensificado pela ação
humana com a queima de
combustíveis fósseis,
desmatamento, dentre outros.
Pode-se afirmar que o efeito estufa
ocorre devido à formação de:

R: gases-estufa acumulados na
atmosfera que bloqueiam a saída do calor
irradiado pelo solo, elevando a
temperatura da Terra.

Se errar, punição: ficar uma rodada sem


jogar.

Fonte: a Autora.

56
Nesta casa, o jogador terá que demostrar suas habilidades em resolver
problema na área de termodinâmica, de acordo com o tipo de pergunta da figura
acima.
O participante será obrigado a responder este problema, uma vez que fará
parte do seu processo de ensino e aprendizagem, devido aos exemplos
trabalhados e executados antes jogo.

4.2.1 O jogo Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar na sala de aula

Primeiramente, trabalhou-se os conteúdos na área da termodinâmica e


contextualizado na parte da Astronomia, só que com conceitos básicos, dicas e
curiosidades em determinado tema ou planeta.
A metodologia realizou-se durante todo o semestre de 2016.1, com as duas
respectivas turmas do segundo ano do Ensino Médio, seminários seguidos de
experimentos com o propósito de extrair conceitos e aplicações no cotidiano de
determinado conteúdo.
O jogo passeando na Termodinâmica do Sistema Solar contou com o apoio
de 4 mediadores que são: Leyde Andrade, Luciene Nunes, Ruan Pacheco e Eliane
Simas. Cada um ficou em contato com os alunos no Auditório do Bloco VII,
localizado no Campus Paricarana, das 13:30h às 17:30h no dia 05 de julho de 2016.
E na semana após aplicação do jogo, os alunos responderam dois questionários,
um de avaliação do jogo e o outro, avaliando o ensino e aprendizagem pós-jogo.
Os alunos dos dois segundos anos A e B são adolescentes de diferentes
faixas etária (15 a 17 anos), com bastante agitação, que é comum por causa da
idade, só que bastante concentrados quando são solicitados para tal tarefa.
As turmas somam no total de 38 alunos, só que no dia da aplicação do jogo,
contamos apenas com 34 alunos. Estudantes bastante participativos, alguns com
suas dificuldades de aprendizagem, e outros com alto grau de assimilação e
concentração nos estudos, ou seja, excelentes.
As duas turmas foram para o Auditório do Bloco VII no Campus Paricarana,
onde estávamos alojados temporariamente. Em seguida, divididas em 4 grupos por
conta da quantidade de mediadores e jogos para serem utilizados em que 4 grupos
de 4 e/ou 6 pessoas.

57
Para poderem participarem do jogo e desta pesquisa, os alunos trouxeram
assinado pelos pais ou responsável um Termo de Esclarecimento Livre (TCLE-
Anexo C), e também responderem questionários de avaliação do produto e pós-
teste para verificarmos a sua aprendizagem.
As perguntas foram construídas com base nos livros didáticos doados pelo
Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) dos seguintes autores:
- Bonjorno, J. R. Et. Al – Física: Termologia, Óptica, Ondulatória – 2º Ed. São Paulo:
FTD, 2013;
- Bôas, N. V. Física, 2 / Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter José
Biscuola- 1º Ed. -São Paulo: Saraiva, 2010.
Os livros citados acima, são o que mais condizem com os conteúdos a
serem trabalhados em sala de aula, além de um conjunto de diversos experimentos
e aplicabilidade no dia-a-dia dos seres humanos.
Os alunos fazem exercícios de fixação para aprimorarem os conceitos
adquiridos em aulas anteriores. O interessante de fazer essa com a astronomia,
pois observa-se o contentamento e curiosidade dos mesmos quando se fala das
temperaturas de cada planeta, a sua pressão atmosférica, se contem agua ou não,
qual o tipo de chuva que acontecem nesses planetas, se há possibilidade de vida
fora do planeta Terra e quais seriam as condições adequadas para que se tenha.
Outros autores que utilizamos para esta finalidade foram os seguintes:
- Ivanissevich, A.; Wuensche, C. A.; Rocha, J. F. V. de, (orgs.) – Astronomia Hoje-
Rio de Janeiro: Instituto Ciências Hoje, 2010;
- Chown, M.; Sistema Solar: uma exploração visual dos planetas, das luas e de
outros corpos celestes que orbitam nosso Sol. São Paulo – Blucher, 2014.
Quando se faz esse tipo de contextualização trazendo a astronomia para
dentro do ensino de Física no Ensino Médio, a motivação vista a partir do seu
comportamento e nas perguntas que fazem, faz valer-se do empenho da realização
deste jogo para que se obtenha uma aprendizagem mais efetiva.
Contudo, a receptividade do jogo e leitura das regras foi bem positiva,
observando com atenção todos os passos e pontos marcantes antes de iniciar a
jogo, figura 20, página 59.

58
Figura 21 – Alunos do segundo ano A do ensino médio da Escola Agrotécnica no
ato do jogo com os mediadores.

A B

C D

Fonte: a Autora.

Como podemos ver os alunos foram misturados de acordo com as suas


especificidades, isto é, aqueles que têm mais dificuldades de aprendizagem ficaram
com os que não têm.
Inicialmente foi lida as regras do jogo e explicado como funciona cada casa
e as cores das cartas respectivamente, diante da grande expectativa da espera do
jogo, estavam animados e entusiasmados pelo material.
No entanto, na primeira rodada do jogo, eles demoraram um pouco para
pegar o ritmo do jogo, mais assim que aconteceu os primeiros acertos das
perguntas, sentiam- se mais empolgados e confiantes para continuar no jogo.
Em algumas observações nos grupos e mediadores, percebi que ao fazer
as divisões, colocando aquele que tem menos dificuldade com o que tem muita
dificuldade, trouxe uma aproximação maior entre eles, pois haviam certos
comentários quando lido alguma pergunta no ato do jogo, como na tabela 5.

59
Tabela 5 – Frases dos alunos do segundo ano da Turma A durante a aplicação do
jogo passeando na Termodinâmica do Sistema Solar.

A1: Essa eu sei, mas não me lembro direito!


A2: Estou com medo de errar, e a professora já tinha falado disso.
A1: Professora, eu não sabia que nesse planeta tinha chuva de diamante?
A1: Professora, gostei muito do jogo!

Fonte: a Autora.

Figura 22 – Alunos do segundo ano B do ensino médio da Escola Agrotécnica no


ato do jogo com os mediadores.

Fonte: a Autora.

Nesta turma (Figura 21) primeiramente não estavam tão animados como a
turma anterior, entretanto, percebi que respondiam com mais ênfase as perguntas
feitas a eles ali.
É evidente que os alunos quando respondiam as perguntas corretamente,
sentiam-se mais seguros ao responder corretamente as cartas e quando
avançavam no número de casas do tabuleiro, de acordo com o valor do dado jogado
anteriormente. Alguns, de acordo com os tipos de perguntas, falavam que já tinham

60
lido e assistido sobre o determinado assunto, em programas educativos e em
canais fechados da TV a cabo.
A turma do segundo ano B entrou no auditório às 16 horas da tarde, após
o intervalo do lanche, também foram divididos na mesma forma que a turma A, do
menor para o maior grau de dificuldade.
Vale ressaltar que, para participarem desta pesquisa e do jogo, os alunos
entregaram o Termo de Consentimento de Livre Esclarecido assinado pelos pais
ou responsáveis.

4.2.2 Avaliando o conhecimento da termodinâmica após o jogo

Após passar sete após a aplicação do jogo passeando na termodinâmica


do Sistema Solar, as duas turmas responderam o questionário que avalia o ensino
e aprendizagem dos conteúdos da termodinâmica estudados no primeiro semestre
de 2016. Neste questionário, possuem seis perguntas abertas e duas fechadas e
com uma hora e trinta minutos para responderem em sala de aula, sem o auxílio
de livros ou cadernos.
Talizina (1988) diz que a segurança dos estudantes, em conhecimentos e
ações, mostra que eles se tornam independentes para cumprir determinadas
tarefas que são impostas a eles, ou seja, consegue resolver determinados
problemas, soluções com base nos conceitos estudados anteriormente, obtendo
uma nova formulação, sem ajuda de terceiros (professores e alunos).
De acordo com a afirmativa acima, vemos o que o aluno respondeu com
suas palavras sobre o processo de aquecimento da água com base na 1º Lei da
Termodinâmica (Anexo A),

De acordo com a 1º Lei da Termodinâmica está relacionada


com a mudança de estado, passando do sólido, líquido e
gasoso, e está relacionada também com a temperatura ou
melhor com o calor, que o cubo de gelo, com relação a
temperatura está derretendo, assim ocorre a fusão [...]
conforme vai recebendo mais calor, a agua em 100ºC, as
moléculas de agua bem agitadas ocorre a vaporização (Aluno
A1 da Turma B).

61
Numa análise mais significativa 44,11% dos alunos, responderam de forma
satisfatória a pergunta de número 2 do questionário pós-jogo (Anexo A),
considerando que os estudantes identificaram o que estava sendo conceituado.
Ao definir um fenômeno físico, partimos do princípio que esteja presente no
seu cotidiano, um exemplo. Logo, vários autores interpretam à sua maneira essa
definição, vejamos algumas delas:
- Calor é a energia transferida de um sistema para o ambiente ou vice-versa devido
a uma diferença de temperatura (Halliday, 1916);
- Calor é energia térmica em transito de um corpo para outro ou de uma parte para
outra de um mesmo corpo, trânsito esse provocado por uma diferença de
temperaturas (Villas Boas, 2010).
Pré-definidos acima, os alunos associam, de forma correta o significado de
Calor, diferenciando de sensação térmica.
Entretanto, 17,65% preferiram não responder a pergunta, sendo assim
considerados insuficientes, ou seja, não se sentiram à vontade e seguros para
responderem tal pergunta, minando seu próprio aprendizado; já 38,24% são
considerados regulares, pois não identificaram o que estava sendo dito ali, mas,
em sua maioria, confundiram os significados das palavras: Energia Térmica, Calor
Latente, Calor Sensível e Termodinâmica, apesar de não estarem totalmente
errados, pois todas essas palavras-chaves estão atreladas ao estudo da
Termodinâmica.
O papel do professor em sala de aula é mediar o conhecimento científico
através de ferramentas que possam melhorar o aprendizado daquele aluno.
Quando é imposta alguma situação-problema para os alunos, o docente busca
neste método, a “queima de neurônios”, isto é, racionalidade em suas respostas a
partir dos conceitos estudados em sala de aula, ou seja, que o estudante pense e
busque a melhor maneira de responder tal questionamento.
Na continuidade dos conceitos interposto a eles, os estudantes poderiam
ter utilizado a primeira questão pelo processo que ocorre (Anexo A), viriam que
responderiam com eficácia as três primeiras perguntas, no entanto, não se
atentaram ao que estava acontecendo, um caso de uma situação-problema ineficaz
pelos dados expostos ali.

62
Logo, a terceira pergunta foi por unanimidade a ineficiência das respostas,
isso demostra que para determinados temas ainda tenham dificuldades, em si não
cumpriu com nenhuma das etapas anteriores.
Na seguinte situação (4º questão do Anexo A), pedimos aos estudantes
identificarem tal fenômeno e 58,82% responderam Dilatação térmica.
Um dos conteúdos mais difíceis para o aluno entender, por demandar de
muitas propriedades e detalhes. O estudante internaliza os conceitos definidos
como temperatura, calor e sua propagação, calor latente e sensível, mudanças de
estado até chegar à dilatação térmica. Visto a inúmeras nomenclaturas e tipos de
materiais entre outras coisas.
Na dilatação térmica precisa-se estar bem claro para eles a diferença entre
expansão e compressão, uma vez que as duas são tratadas dentro do assunto, em
si para altas e baixas temperaturas de acordo com a escala utilizada.
No entanto, 35,30% confundiram tal fenômeno com outros nomes, logo
foram insuficientes em suas respostas. E 5,89% preferiram não responder. É
importante deixar claro, que após o jogo e passados alguns dias, esses conceitos
chegam a “esfriar” em suas mentes, com isso, precisam colocá-los em prática todo
o tempo até que se internalizem os fenômenos tratados em sala de aula.
Quando tratamos de aprendizagem, busquemos uma série de técnicas e
metodologias para comprovarmos qual seria a melhor e que traria eficácia dentro
da sala de aula. Experimentos seriam uma estratégia de investigação científica,
pois saem do passivo para o ativo, ou seja, agora são os mediadores do
conhecimento cientifico, com isso, confirma-se o que da Costa e Moreira (2000), ao
dizer que:

A resolução de problemas em sala de aula é uma habilidade pela qual o


indivíduo externaliza o processo construtivo de aprender, de converter em
ações, conceitos, proposições e exemplos adquiridos (construídos)
através da interação com professores, pares e materiais instrucionais.

Os experimentos podem ser utilizados na resolução de problema desde


que seja proposto no início como parte dos objetivos daquele determinado
conteúdo, com isso, melhor resultado nos conceitos estudados, bons resultados
numa prova de papel e lápis, por exemplo.

63
No mesmo molde da pergunta anterior, agora ela é fechada, o estudante
terá que analisar a questão e marcar a opção correta (5º questão do Anexo A),
responderam a Letra B correspondendo a 58,82%, isso é bom comparado nos
assuntos anteriores e considerado na visão do aluno um conteúdo muito difícil, pois
a mudança em suas dimensões sejam linear, superficial e volumétrica não são tão
visíveis a olho nu, para isso há a necessidade de outros métodos de instigar e
despertar nos alunos essas observações com exemplos em seu cotidiano: como
bolos em fornos a 180 graus Celsius, construções de calçadas e em geral, fervuras
de leite ou café. Situações simples, que facilitam essas observações diárias e
enlaçam com o fenômeno físico ali.
Já 41,18% dos estudantes questionados marcaram as letras a, c e d, não
souberam diferenciar o que seria cada propriedade física ali abordada, talvez ainda
restam dúvidas quanto ao conteúdo ministrado e, sala de aula.
Entretanto, existem determinados fatores para que não respondessem de
forma correta: falta de interesse na disciplina, não tem motivação pelo tema
abordado, problemas pessoais, até disciplinares na escola ou já esqueceu o que
havia estudado (decorou apenas para determinada situação e depois, não faz mais
questão de reutilizar).
Na próxima análise, não houve êxito quanto a resposta dada pelos alunos,
em que apenas 23, 53% marcaram a resposta correta que é a Letra E (6º questão
do Anexo A), e 76,47% ficaram na dúvida entre as 4 opções. Com isso, de acordo
com os parâmetros adotados para esta análise, foram insuficientes, ou seja, não
cumpriram com as etapas trabalhadas anteriormente.
Essa é uma situação um tanto complicada, pois o questionário não foi posto
como uma avaliação que estaria valendo nota, mas sim, parte de uma pesquisa, e
contribuiu com a baixa porcentagem de aprendizagem. Na perspectiva em que foi
trabalhado o jogo, desde o início do ano no intuito de obter uma aprendizagem mais
qualitativa, antes com o uso de experimentos e seminários, exercícios resolvidos
em sala de aula, provas de papel e lápis, e posteriormente, a aplicação do jogo
Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar. Haja vista, em sua empolgação
no último quesito e participação de quase 100% dos alunos.
Nisso Souza e Soares (2012) afirmam que:

64
Sucesso e fracasso escolar estão diretamente relacionados com a
vontade de aprender. A educação escolar deve objetivar manter seus
alunos em situação de constantes aprendizagens, mas muitas vezes a
correria do dia-a-dia acaba por abafar esse processo e torna o prazer pelo
aprender cada vez mais complicado, deixando espaço para o fracasso na
aprendizagem.

Analisemos algumas respostas descritas pelos estudantes sobre as Leis


da Termodinâmica (7º questão do Anexo A):

A lei zero diz a respeito de que se determinado corpos A e B


estão em equilíbrio térmico provavelmente C também estará
em equilíbrio térmico também (Aluno do Segundo Ano B- A1).
Lei zero é quando os corpos estão em equilibro térmico (Aluno
do Segundo Ano B- A2).
Basicamente é dois corpos A e B estão em equilíbrio e o
terceiro corpo também; a primeira lei relata que quando
fornecemos calor a um corpo ele realiza trabalho, a segunda
é quando o calor fornecido altera a energia interna (Aluno do
Segundo Ano A- A1).

Vimos que dos três alunos, somente um aluno falou da Segunda Lei da
Termodinâmica, entretanto não a conceituou de maneira precisa, talvez pela
dificuldade em tê-la compreendida de forma satisfatória.
No entanto, vimos que a Lei Zero já está internalizada em sua memória e
que conseguem descrevê-la sem dificuldade. Isso mostra a capacidade dos alunos
raciocinarem e formularem com suas próprias palavras uma lei que rege a natureza.
Quanto a 1º e 2º Leis, não foram tanto fiéis ao que escreveram, talvez pelo
pouco tempo que houve para trabalhar de forma sistemática os conteúdos
relacionados acima.
Pode ser que a pergunta seja um tanto incisiva, pois os estudantes se
sintam mais à vontade em responder perguntas quando há algum exemplo no meio,
como na questão 8 do questionário (Anexo A), que nos mostraram que souberam
dizer quais variáveis; 44,12% são considerados satisfatórios, ou seja, disseram com
clareza quais eram essas grandezas (Pressão, Temperatura e Volume).

65
Entretanto, 41,17% optaram por não responder e entraram no parâmetro
de insuficiente, pois não atenderam ou não cumpriram nenhuma das etapas
anteriores, 14,71% já ficaram na dúvida em qual a grandeza física, vejamos alguns
exemplos:

Calor Sensível e latente (Aluno do Segundo Ano B- B1)


Calor Latente, temperatura, quantidade de calor e material
que constitui o corpo. (Aluno do Segundo Ano B- B2)
Variáveis da termodinâmica: Temperatura, Massa e Pressão.
(Aluno do Segundo Ano B- B3)
Isobárico, Isovolumétrico e Isotérmico (Aluno do Segundo
Ano A- A1)
Calor, Temperatura, Variação de temperatura, massa. (Aluno
do Segundo Ano A- A2)

Não poderíamos dizer que eles estejam errados totalmente, apenas estão
confusos com tantos significados que estas palavras têm. Algumas delas estavam
presentes no jogo Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar e ao cair esse
tipo de pergunta, muitos deles são categóricos ao responder, demonstrando para
nós professores, que devemos sempre buscar novas técnicas e metodologias de
ensino e aprendizagem, para que desperte nele a motivação em estudar física.
Para darmos continuidade em nossas avaliações, verificamos como os
alunos avaliam o jogo e passam a ver a física como uma disciplina divertida e
prazerosa de se aprender.

4.3 A Avaliação do jogo “Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar”, como


uma atividade lúdica

A avaliação (Pergunta 1 e 10 do Anexo B) final do jogo ocorreu uma


semana após a sua aplicação, e nela está contida 3 perguntas abertas e 9
fechadas, foram 34 questionários respondidos, pois a escola tem um número
pequeno de estudantes matriculados no segundo ano do Ensino Médio.

66
Na figura 22, fizemos uma ligação entre a questão 1 e 10, sobre a
dificuldade em interpretar o jogo e o grau de dificuldade das perguntas, como
podemos observar, 44, 12% (15/34) e 61,76% (21/34) responderam que estava
razoável. Construir e pensar num jogo que mexa com o raciocínio dos alunos não
é fácil, precisa-se repensar numa didática simples, é como se estivessem jogando
a primeira vez um jogo de xadrez, na qual teriam que articular estratégias e táticas
na rapidez de suas respostas para que possam vencer seu oponente.
No entanto, boa parcela dos estudantes acharam o jogo de fácil
interpretação, 41,18% (14/34), mas apenas 2,94% (1/34) estudantes marcaram a
opção fácil, que trata do grau de dificuldade das perguntas, enquanto que os
demais tiveram dificuldades em interpretar a dinâmica do jogo além de poder
respondê-las com rapidez, aplicando os conceitos estudados em sala de aula,
então 11,76% (4/34) e 35,30% (12/34) sentiram o impacto das perguntas e as
consideraram de cunho difícil.

Figura 23 – Gráfico das Questões 1 e 10

Muito Difícil Difícil Razoável Fácil Muito fácil

70 61,76

60
Porcentagem

50 44,12 41,18
35,30
40
30
20 11,76
2,94 2,94
10 0 0 0
0
Questão 1 Questão 10

Fonte: a Autora.

Quando os estudantes foram questionados quanto as regras do jogo, se


estavam claras (pergunta 2 do Anexo B), 94,12% (32/34) responderam que sim e
que 5,88% (2/34) disseram que não, mostrando que o jogo “Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar” está mais interessante.

67
Ao serem questionados quanto aos assuntos contidos no jogo, se ajudaram
na compreensão das aulas teóricas (Questão 3 do Anexo B), 55,88% (19/34)
responderam que sim, ou seja, o conteúdo ministrado em sala de aula foi aplicado
de modo correto, conforme figura 23.

Figura 24 – Gráfico das questões 3 a 7

Sim Não Razoavelmente Em Branco

100
85,3 85,3
79,41
80
Porcentagem

55,88
60
44,12
35,3 38,23
40
14,71

8,82
5,88

14,7 14,7 11,77


20
2,94 2,94 0 0 0
0

0 0
Questão Questão Questão Questão Questão
3 4 5 6 7

Fonte: a Autora.

Inquiridos se os temas tratados no jogo estavam de acordo com a realidade


do livro didático (Questão 4 do Anexo B), vimos na figura 23 que 44,12% (15/34),
responderam que sim.
Com isso, podemos analisar os resultados de forma positiva, ou seja,
85,30% (29/34) dos estudantes aprenderam algo novo através do uso do jogo
“Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar”, confirmando o que Souza e
Soares (2012) diz “Jogar em sala de aula proporciona momentos ricos em interação
e aprendizagem”.
Ainda na figura 23 destacamos que 85,3% (29/34) marcaram sim, que
aprender brincando foi uma boa ferramenta quanto à assimilação dos conteúdos
ministrados em sala de aula (Questão 6 do Anexo B).
Os estudantes quando estavam respondendo as cartas- pergunta se via
em seus rostos a alegria e as risadas quando o outro oponente errava e tinha que
sofrer as punições, entretanto o mediador assim como o professor também fazia a
diferença no ato de aplicação do jogo:

68
Quando me aproximei de um dos grupos para observar como
os alunos estavam respondendo às perguntas e seu
comportamento diante de tal situação, eis que o aluno olhou
para mim e disse: - “Professora, assim a senhora me deixa
nervoso! E começava a rir.” (Relato pessoal da mestranda e
professora Caroline Coelho).

Logo, Souza e Soares (2012) reafirmam-se que através do jogo, o indivíduo


pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade
criativa.
A partir disso, observamos que 79,41% (27/34) (Figura 23) dos estudantes
se sentiram motivados a aprender através do jogo “Passeando na Termodinâmica
do Sistema Solar” (Questão 7 do Anexo B), significando que há vantagens em
utilizar os jogos como estratégias de ensino e aprendizagem, uma vez que haja
sucesso na aplicação do jogo, o professor deve ter em mente um planejamento
detalhado em mãos, e que busque em seus alunos os motivos necessários para
que propiciem um ambiente saudável e riquíssimo em saberes.
Para Strapason e Bisognin (2013), há inúmeras vantagens de se utilizarem
os jogos em sala de aula, e a motivação é um dos principais elementos, eis que:

A motivação visual proporcionada pelos materiais manipuláveis,


geralmente coloridos e diferenciados; a motivação proporcionada pela
chance de ganhar o jogo; a mudança de rotina da sala de aula, deixando
de lados os exercícios com lápis e papel; a oportunidade que o aluno tem,
durante os jogos, de manifestar suas dificuldades individuais de
aprendizagem.

A construção de um jogo sempre traz boas perspectiva quando aplicado


com simplicidade e de forma bem dinâmica, com esse intuito, indagou-se aos
alunos: se eles acrescentariam algo a mais no jogo “Passeando na Termodinâmica
do Sistema Solar” (Questão 8 do Anexo B) e 76,47% responderam que não,
entretanto 5,88% (2/34) deixaram em Branco e 17,65% (6/34) responderam que
sim, e são elas:
- A1: Um pouco mais de ferramentas no jogo;
- A2: As cartas da sorte nem sempre eram de sorte;
- A3: Uma roleta, mas o dado serviu muito bem;

69
- A4: Motivação;
- A5: Foi legal;
- A6: Acertar 5 seguidas, ter direito a uma sorte.
As vezes eles iniciam o jogo um pouco desanimados, mas assim que as
jogadas começam a ter um ritmo mais rápido e os oponentes vão errando ou sendo
punidos durante as jogadas, os estudantes veem o jogo com outros olhos e parte
para a brincadeira em conjunto com os seus outros colegas.
Ganhando ou perdendo, o jogo traz uma nova vivencia com os colegas e
um dinamismo em aprender mais, nisso solicitamos aos alunos que avaliassem o
jogo “Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar” (Questão 9 do Anexo B).
Como podemos ver na figura 24, obteve 23,53% (8/34) como excelente, 44,12%
(15/34) considerou ótimo e 29, 41% (10/34) marcaram Bom, isso supera nossa
expectativa quanto a aceitação do jogo, e isso é muito bom, pois pode ser
considerada como uma ferramenta que auxiliou o professor na mediação do
conhecimento aplicado em sala de aula sobre o conteúdo de termodinâmica.

Figura 25 – Gráfico da questão 9

Questão 9
50 44,12

40
Porcentagem

29,41
30 23,53

20

10 2,94
0
0
Excelente Ótimo Bom Regular Em Branco

Fonte: a Autora.

Além disso, os estudantes também deram uma nota para o jogo


“Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar” (Questão 10 do Anexo B), como
mostra na figura 25, vimos que ficaram 41,18% deram nota 9, 17,65% escreveram
10 e 29,41% colocaram 8.

70
Figura 26 – Gráfico de percentual da Nota

Percentual da Nota do Jogo

Porcentagem
60 41,18
40 29,41
17,65
20 8,82
2,94
0

Fonte: a Autora.

Como todo produto em fase de teste, foram interessantes essas notas


devido ao tempo que eles tiveram para se familiarizarem com o jogo, além das
perguntas que as compunha e regras em geral.
E isso nos trouxe uma nova forma de conceituar fenômenos que acontecem
ao nosso redor, com o jogo os estudantes novos conceitos a serem ali introduzidos
diante de uma problematização no ensino da Física.
Acarreta em novos saberes ou até mesmo desperta conceitos, ideias que
estão adormecidas no seu subconsciente. Para isso, salientamos a seguinte
proposição, se em algum momento modificaram algum conceito adquirido nas aulas
teóricas no ato do jogo? (Questão 12 do Anexo B), 73,53% (25/34) responderam
que não, 2,94% (1/34) deixou em branco e 23,53% (8/34) marcaram sim e deram
os seguintes exemplos:
- A1: Os tipos de gases que compõem alguns planetas;
- A2: Sim em relação aos estados físicos da matéria, e em termodinâmica;
- A3: Corrigi informações erradas sobre o conteúdo;
- A4: Conceitos gerais da Termodinâmica;
- A5: O jogo esclareceu um pouco sobre a Termodinâmica; nas aulas estavam um
pouco (difícil) de compreender, no jogo mais de 90% foi esclarecido;
- A6: Algumas perguntas que os outros respondiam, claro! foi ótimo para ter um
conceito melhor sobre as aulas de Termodinâmica.

71
5 CONCLUSÃO

A Escola Agrotécnica tem em seu Plano de Curso 17 disciplinas que são


oferecidas aos alunos matriculados no Ensino Médio Integrado ao Curso Técnico
em Agropecuária, logo seu horário de funcionamento é integral. Com essa
diversidade acima, temos um pouco de dificuldade em por certos rigores quanto ao
estudo dos alunos, buscamos dentro de uma sensibilização amenizar os impactos
de reprovações e evasão escolar durante o ano letivo, pois não é fácil para eles
estarem o dia inteiro numa escola em que há diariamente trabalhos escolares.
Faz-se saber que adotar atividades práticas como experimentos de baixo
custo além de adotar seminários para que os alunos desenvolvam suas habilidades
tem uma resposta significativa para ambos os lados, professor e aluno.
De início, eram 60 alunos matriculados na Escola Agrotécnica, mas com o
tempo, alguns foram desistindo e/ou reprovando a série que cursavam. Entretanto,
com uma quantidade menor podemos dizer que foi até mais fácil de se trabalhar,
pois a atenção é dada ao máximo para cada um daqueles que sentem dificuldades
de aprendizagem.
Na proposta dentre os objetivos mencionado no começo desta pesquisa, e
também ao procedimento propostos de como deveriam ser feitas as avaliações
além dos resultados da Base Orientadora da Ação, mostrou-nos que os alunos
superaram as suas próprias expectativas ao responderem as cartas- perguntas e a
carta- problema quando caiam numa delas.
A ideia de construir e montar um jogo na forma de tabuleiro com pinos,
dados e vários tipos de cartas, foi pensado justamente nos alunos de segundo ano
no determinado conteúdo comentado acima.
Primeiramente, foi trabalhado com as duas turmas A e B sobre as
curiosidades do nosso Sistema Solar desde o primeiro ano do ensino médio, e
fazendo o elo de ligação com a Física.
O lúdico na sala de aula teve suas vantagens, uma delas é o divertimento
dos participantes e aprendizagem sem que eles saibam da sua real natureza.
Estudantes do ensino médio são um tanto difíceis de chamar a atenção, pois o
professor tem que se virar nos trinta na sua busca de uma melhor clareza dos
conceitos ali abordados.

72
O jogo passeando na Termodinâmica do Sistema Solar teve o intuito de ser
um atrativo nas aulas de física, ainda mais num conteúdo que os estudantes
apresentam tantas dificuldades, por hora, há de saber utilizar da forma adequada
esta ferramenta de ensino.
A disciplina de Física tem uma grande evasão devido à formação deficiente
do professor, descontinuidade em sua formação, além da falta de estrutura
adequadas nas escolas da rede pública do nosso que é Roraima.
Temos a carga- horária do ensino médio anual de 80 horas com duas
horas- aula por semana tem uma base nacional comum que está em fase de
tramitação no Congresso Nacional que aumentaria para 120 horas anuais na
disciplina de Física além de outras também, só que agora teremos o inverso, a
diminuição da área básica de 2400 horas anual para 1200 horas, isso irá provocaria
ainda mais o enraizamento das dificuldades dos alunos na aprendizagem da
disciplina, além do déficit de professores formados na área.
Mesmo que eles tenham apresentado algumas dificuldades que é
considerado perfeitamente normal, devido o déficit na base do Ensino Fundamental
em todas as matérias, principalmente Geografia, buscaram desempenhar ao
máximo seu papel de estudante num ato de competição entre eles.
O jogo diante dos resultados, tornou- se um aliado no desenvolvimento da
aprendizagem desses estudantes, pois a alegria de modificar a dinâmica da
disciplina sempre os remete ao ato de que precisam estudar mais, um exemplo
disso foi quando os estudantes realizaram os experimentos de acordo com os
conceitos científicos abordados em sala de aula.
Para isso, vemos a participação destes estudantes numa pesquisa em que
eles tiveram que fazer inúmeras atividades para que chegássemos até aqui, diante
disto, soluções são pensadas de modo a minimizar o impacto das dificuldades de
aprendizagem, além da efetivação do aprender brincando, descobrindo suas
habilidades por meio de ações que requem atenção e reformulação de conceitos
que se aprenderam ao longo do semestre.
Este jogo para que se efetive de maneira excepcional, pode ser aplicado
para as diversas séries do ensino, desde que o professor se atente na formulação
das perguntas e que busque aprimorar seus conhecimentos nas áreas de
astronomia básica.

73
Suas perguntas foram retiradas dos livros de ensino médio e superior
(dependendo da forma do conceito científico), além de curiosidades do nosso
Sistema Solar para que o aluno se sinta à vontade quanto ao jogo.
A ligação das duas áreas Física e Astronomia foi satisfatória, pois haviam
perguntas e curiosidades que despertaram nos estudantes. Afirmações do tipo: se
a Terra seria o único local a abrigar vida de um modo geral?
Passa- se a pensar, na não intolerância daqueles que não tem internet em
suas casas somente na escola e jamais pararam para fazer este tipo de pesquisa.
Momentos este, que o jogo pode proporcionar um melhor rendimento em sala de
aula, principalmente na disciplina de física, quando contextualizada com as
diversas outras áreas, sejam elas das ciências da natureza ou humanas.
Faz- se saber que a interação entre os alunos, de um modo geral, facilitou
a integração dos conteúdos ministrados em sala de aula para que haja uma melhor
compreensão dos fenômenos que acontecem no nosso dia-a-dia.

74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília,


DF, 23 DEZ. 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em Abril de 2016.

_______Base Nacional Comum, de Abril de 2016. 2º Versão revista e preliminar.


Disponível em: basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em Abril de 2016.

_______Parâmetro Curricular Nacional, Ciências da Natureza e suas Tecnologias.


disponível em:
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12598:publicacoes. Acesso em
Abril de 2016.

BARBOSA, P. A.; MURAROLLI, P. L. Jogos e novas tecnologias na educação.


Perspectivas em Ciências Tecnológicas, Vol 2, Nº 2, pág. 39 – 48, Março de 2013.

BATISTA, D. A.; DIAS, C. L. O processo de ensino e de aprendizagem através


dos jogos educativos no ensino fundamental. Anais, Encontro de Ensino,
Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente/SP, Outubro de 2012.

BÔAS, N. V. Física, 2/Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter José
Biscuola- 1º Ed. -São Paulo: Saraiva, 2010.

BONJORNO, J. R. Et. Al – Física: Termologia, Óptica, Ondulatória – 2º Ed. São


Paulo: FTD, 2013.

CHOWN, M.; Sistema Solar: uma exploração visual dos planetas, das luas e
de outros corpos celestes que orbitam nosso Sol. São Paulo – Blucher, 2014.

COSTA, S. S. C.; MOREIRA, M. A. A resolução de problemas como um tipo


especial de aprendizagem significativa. III Encontro Internacional sobre
Aprendizagem Significativa, Peniche, Portugal, Outubro de 2000.

DELGADO, O. T.; MENDOZA, H. J. G.; CASTAÑEDA, A. M. M. Implicação da


base orientação das ações e direção do processo de estudo na aprendizagem
dos alunos na atividade de situações problema em sistema de equações
lineares. Anais, VIII Congresso Norte e Nordeste de Educação em Ciência e
Matemática, Boa Vista/RR, UERR, 2009.

FERREIRA, V. A.; COSTA, C. L. F. As contribuições da teoria da formação por


etapas das ações mentais à organização do ensino. Anais, VI Colóquio
Internacional “Educação e Contemporaneidade”, São Cristovão/SE, Setembro de
2012.

HALLIDAY, D. 1916- Fundamentos de Física, volume 2: gravitação, ondas e


termodinâmica/ Halliday, Resnick, Jean Walker; tradução e revisão técnica Ronaldo
Sérgio de Biasi. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

75
IVANISSEVICH, A.; WUENSCHE, C. A.; ROCHA, J. F. V. de, (orgs.) – Astronomia
Hoje- Rio de Janeiro: Instituto Ciências Hoje, 2010.

JOAY, A.; PEREIRA, C. A.; BUNHAK, K. K.; BAIJUK, S. COSTA, R. R. Avaliação


no ensino de ciências. In: V Educere: Congresso Nacional da Área de Educação,
2005, Curitiba. V Educere: Congresso Nacional da Área de Educação. Curitiba,
2005.

LOPES, A. C. Os parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio e a


submissão ao mundo produtivo: O caso do conceito de contextualização.
Educação e Sociedade, vol 23, Nº 80, pág. 386 – 400, Campinas/SP, Setembro de
2002.

MELO, S. A.; SARDINHA, M. O. B. Jogos no ensino aprendizagem de


matemática: Uma estratégia para aulas mais dinâmicas. Revista F@pciência,
V. 4, Nº 2, pág. 5 – 15, Apurana/PR, 2009.

MENDOZA, H. J. G.; DELGADO, O. T. A contribuição de Galperin na avaliação


de provas de lápis e papel de sistemas de equações lineares. Revista
Amazônica, LAPESAM/GMPEPPE/UFAM/CNPq/EDUA, Ano 6, Vol. XI, Nº 2, pág.
289 – 323, Jul – Dez de 2013.

MORAES, J. U. P.; SILVA JUNIOR, R. S. Experimentos didáticos no Ensino De


Física com foco na Aprendizagem Significativa Aprendizagem Significativa em
Revista/Meaningful Learning Review – V4(3), pp. 61-67, 2014.

NÚÑEZ, I. B. Vygotsky, Leontiev e Galperin: Formação de conceitos e


princípios didáticos. Brasília: Liber Livro 2009.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica, Volume 2: Fluidos, Oscilações e


Ondas, Calor. 2. Ed. – São Paulo: Blucher, 2015.

OSTERMANN, F.; MOREIRA, M. A. Uma revisão bibliográfica sobre a área de


pesquisa “Física Moderna e Contemporânea no Ensino Médio”. Investigação
em Ensino de Ciências – V 5 (1), pg. 23 – 48, Porto Alegre, RS, 2000.

PESSOA, G.; PAREDES, T. Uma proposta para o uso de jogos nas aulas de
matemática: Da fundamentação a confecção de jogos de estratégias. Anais,
VIII Encontro Nacional de Educação Matemática, Recife/PE, Julho de 2004.

PEREIRA, R. F.; FUSINATO, P. A.; NEVES, M. C. D. Desenvolvendo um jogo de


tabuleiro para o ensino de física. Anais, Encontro Nacional de Pesquisa em
Educação em Ciências, Florianópolis, 2009.

QUEIROZ, V.; TREVISAN, R. H. Investigação dos conteúdos de astronomia


presentes nos registros de aula das séries iniciais do ensino fundamental.
Anais, Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Florianópolis,
2009.

76
REZENDE, A.; VALDES, H. Galperin: Implicações Educacionais da teoria de
formação das ações mentais por estágios. Educação e Sociedade, vol. 27, Nº
97, pág. 1205 – 1232, Campinas/SP, Set/Dez de 2006.

SOUZA, K. S. DE; SOARES A. Aprendizado através de jogos e brincadeiras.


Revista EnsiQlopédia – FACOS/CNEC Osório. Vol.9 – Nº1 – Out/2012 – ISSN
1984-9125

STRAPASON, L. P. R.; BISOGNIN, E. Jogos Pedagógicos para o Ensino de


Funções no Primeiro Ano do Ensino Médio. ISSN 0103- 636X. Bolema, Rio
Claro (SP), v. 27, n. 46, p. 579-595, ago. 2013.

TALIZINA, N. Psicologia de la enseñanza, Editora AL Progreso- Moscou, pág. 1


a 184, 1988.

77
APÊNDICES

78
APÊNDICE A: Cartas – Perguntas de número 1 a 74 do Jogo: Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar.

P 1.: Qual Grandeza Física Escalar foi responsável por rebaixar o Plutão, a
categoria de Planeta Anão?
a) Temperatura
b) Massa
c) Energia
d) Gravidade

P 2.: A Temperatura da superfície do Sol é de:


a) 5.780K
b) 6.000k
c) 100.000K
d) 4.500K

P 3.: Quais Planetas do Sistema Solar são considerados rochosos?


a) Mercúrio, Terra, Vênus e Marte.
b) Júpiter, Terra, Mercúrio e Vênus.
c) Netuno, Marte, Vênus e Terra.
d) Saturno, Fobos, Haumea e Terra.

P 4.: Quais Planetas do Sistema Solar são conhecidos como “Gigantes


Gasosos”?
a) Netuno, Urano, Júpiter e Saturno.
b) Saturno, Netuno, Terra e Marte.
c) Mercúrio, Plutão, Saturno e Júpiter.
d) Júpiter, Haumea, Ceres e Urano.

P 5.: Qual o Planeta do Sistema Solar considerado o mais frio, com sua
temperatura variando entre -214 a -205ºC?
Resposta: URANO

79
P 6.: Sabemos que os gigantes gasosos em sua composição atmosférica
são de gases. Em relação ao planeta Urano, cite seus principais gases?
Resposta: Hidrogênio, Hélio, Metano, Deutério e Etano.

P 7.: O Sistema Solar tem num total quantas Luas Planetárias?


a) 145
b) 162
c) 350
d) 35

P 8.: Defina o Calor.


Resposta: É a energia em transferida de um sistema para o ambiente ou
vice-versa devido a uma diferença de temperatura.

P 9.: Defina a Lei Zero da Termodinâmica.


Resposta: se dois corpos A e B estão separadamente em equilíbrio térmico
om um terceiro corpo T, A e B estão em equilíbrio térmico entre si.

P 10.: Converta 40ºC na escala Kelvin.


Resposta:
Tk= Tc + 273,15º
Tk= 40º + 273,15º
Tk= 313,15 Kelvin

P 11.: Sabe- se que o ponto de congelamento da água na escala termométrica


Celsius é 0º. Já na escala termométrica Fahrenheit é?
Resposta: 32ºF

P 12.: É possível medirmos a temperatura do vácuo?


Resposta: Depende. Não caso existisse um local totalmente isento de
partículas, logo ela não poderia ser medida.
Já no vácuo real, encontraremos partículas em movimento, apresentando, no
conjunto do local, um valor de temperatura.

80
P 13.: O efeito estufa é o fator responsável pela existência da vida no Planeta
Terra, devido a retenção de energia térmica desses gases e pelo vapor de
água, existentes na atmosfera. Com o excesso de efeito estufa, o que pode
ocasionar?
Resposta: Derretimento das calotas polares, furacões e desequilíbrio da
temperatura média da terra.

P 14.: Podemos ter convecção no vácuo, explique o porquê?


Resposta: Não, devido à ausência de partículas, ou seja, só vai ocorrer a
convecção em locais onde existam gravitação.

P 15.: O calor específico sensível:


a) define o comportamento térmico de um corpo, ao contrário da capacidade
térmica, que se refere ao da substância.
b) é a quantidade de calórico que um corpo recebe para elevar sua
temperatura.
c) é gerado apenas por impacto e fricção.
d) relaciona-se com o modo de vibração das moléculas ou átomos de uma
substância.

P 16.: No estudo da calorimetria, são comuns os termos calor específico


sensível e capacidade térmica. Considerando esse tema, assinale a afirmativa
correta.
a) calor específico sensível é uma característica de um corpo.
b) calor específico sensível é uma característica de uma substância.
c) capacidade térmica é uma característica de uma substância.
d) quanto maior a capacidade térmica de um corpo, maior é a sua temperatura.

P 17.: Com relação ao conceito termodinâmico de calor, as sinale a alternativa


correta.
a) Calor é energia em trânsito de um corpo para outro, quando entre eles há
diferença de temperatura.
b) Calor é uma forma de energia presente exclusiva mente em corpos com alta
temperatura.
c) Calor é a medida da intensidade de temperatura dos corpos, sejam eles
quentes ou frios.
d) Calor é o mesmo que temperatura.

81
P 18.: O que aconteceria com a humanidade se as reservas de água potável
fossem contaminadas de forma irreversível por produtos químicos nocivos à
saúde?
Resposta: seria o fim da humanidade. A água é o bem mais precioso existente
na face da Terra. Sem água potável (em condições de ser ingerida pelos
humanos) todos morreriam.

P 19.: Um sistema, A, está em equilíbrio térmico com outro, B, e este não está
em equilíbrio térmico com um terceiro, C. Então, podemos dizer que:
a) os sistemas A e B possuem a mesma quantidade de calor.
b) a temperatura de A é diferente da de B.
c) os sistemas A e B possuem a mesma temperatura.
d) a temperatura de B é diferente da de C, mas C pode ter temperatura igual
à do sistema A.

P 20.: A vantagem do uso de panela de pressão é a rapidez para o cozimento


de alimentos e isto se deve:
a) à pressão no seu interior, que é igual à pressão externa.
b) à temperatura de seu interior, que está acima da temperatura de ebulição
da água no local.
c) à quantidade de calor adicional que é transferida à panela.
d) à quantidade de vapor que está sendo liberada pela válvula.

P 21.: Aquece-se certa quantidade de água. A temperatura em que irá ferver


depende da:
a) temperatura inicial da água
b) massa da água.
c) pressão ambiente.
d) rapidez com que o calor é fornecido.

82
P 22.: O funcionamento de uma panela de pressão está baseado no fato:
a) de a temperatura de ebulição da água independer da pressão.
b) de a temperatura de ebulição da água aumentar quando a pressão aumenta.
c) de a temperatura de ebulição da água diminuir quando a pressão aumenta.
d) de a temperatura de ebulição da água manter-se constante com a variação
da pressão atmosférica.

P 23.: Quando, numa noite de baixa temperatura, vamos para a cama, nós a
encontramos fria, mesmo que sobre ela estejam vários cobertores de lã.
Passado algum tempo, aquecemo-nos porquê?
a) o cobertor de lã impede a entrada do frio.
b) o cobertor de lã não é aquecedor, mas sim um bom isolante térmico.
c) o cobertor de lã só produz calor quando em contato com o nosso corpo.
d) o cobertor de lã não é um bom absorvedor de frio.

P 24.: Sabemos que os gigantes gasosos em sua composição atmosférica são


de gases. Em relação ao planeta Urano, cite seus principais gases?
R: Hidrogênio, Hélio, Metano, Deutério e Etano.

P 25.: A energia térmica de um corpo é:


a) sinônimo de calor
b) uma energia que não tem qualquer relação com a energia cinética
c) uma grandeza idêntica a temperatura
d) a soma das energias cinéticas de agitação das partículas que compõem o
corpo.

P 26.: O plasma é o quarto estado da matéria e ocupa 99% do Universo, tanto


nas estrelas quanto no espaço interstelar, na forma de gás ionizado. Qual o
principal elemento que o compõe?
Resposta: Hidrogênio.

83
P 27.: O estado físico é uma condição de macroscópica e depende da
temperatura e do estado de agregação dessas partículas, ou seja, determina
características como a densidade e apresentação da substância. Esta
afirmativa é verdadeira ou falsa?
Resposta: Verdadeira

P 28.: A massa total média da atmosfera terrestre é da ordem de 10 18Kg; desse


total, 1015Kg é de água no estado de vapor. Verdadeiro ou Falso?
Resposta: Verdadeiro

P 29.: A lua é o nosso único satélite considerado natural. É graças a ele que
temos as marés nos oceanos e até estabiliza o clima na Terra, mantendo
condições favoráveis de vida no nosso planeta. Esta afirmativa é Verdadeira
ou Falsa?
Resposta: Verdadeira.

P 30.: sabemos que o Planeta Terra também gera marés na Lua, entretanto
81 vezes mais poderosa, com massa 81 vezes superior ao da Lua. Com isso,
ela causa tremores e até erupções nela. Com o tempo, reduziu- se a rotação
da Lua, de modo que essencialmente mantém uma mesma face voltada para
a Terra.
Resposta: Verdadeira

P 31.: sabemos que a condensação é o inverso da vaporização. Em Vênus,


sua atmosfera é tão densa, que é considerada o planeta mais quente do
Sistema Solar. Verdadeira ou Falsa?
Resposta: Verdadeira

84
P 32.: Sua atmosfera é tão densa que é conhecida pela seguinte frase: Vênus
é um inferno. Logo sua temperatura é causada pelo efeito estufa
descontrolado. Qual a sua principal composição:
a) Dióxido de carbono, Nitrogênio, Dióxido de enxofre, Argônio e Água.
b) Dióxido de carbono, Nitrogênio, Argônio, Alumínio e Água.
c), Nitrogênio, Hidrogênio, Argônio, Água e Dióxido de carbono.
d) Metano, Hidrogênio, Argônio, Água e Dióxido de carbono.

P 33.: Conhecido como o Planeta Vermelho, com sua atmosfera formada por
partículas subatômicas mortais, vindas do Sol, e onde mal se atinge o 0ºC num
dia de Verão. Embora seja um ambiente hostil, ele não está morto, sendo
considerado o próximo lar dos habitantes terrestres. Estamos falando de qual
Planeta do Sistema Solar?
Resposta: Marte.

P 34.: Considerado o maior vulcão no Sistema Solar, por possuir 600 Km de


diâmetro e sua elevação é 26 mil metros acima da superfície de Marte. Qual o
nome deste Vulcão?
Resposta: Monte Olímpio.

P 35.: Com relação ao conceito termodinâmico de calor, assinale a alternativa


correta.
a) Calor é energia em trânsito de um corpo para outro, quando entre eles há
diferença de temperatura.
b) Calor é uma forma de energia presente exclusivamente em corpos com alta
temperatura.
c) Calor é a medida da intensidade de temperatura dos corpos, sejam eles
quentes ou frios.
d) Calor é o mesmo que temperatura.

85
P 36.: Transmissão de calor é a denominação dada à passagem da energia
térmica de um corpo para outro ou de uma parte para outra de um mesmo
corpo. Essa transmissão pode processar-se de três maneiras diferentes, quais
são elas?
Resposta: Condução, Convecção e Radiação.

P 37.: Ao encostarmos a mão em uma peça de cobre maciça e em seguida


em um objeto de madeira, ambos à mesma temperatura ambiente, temos a
sensação de que o cobre está mais frio, porque
a) a capacidade térmica da madeira é maior que a do cobre.
b) o calor específico do cobre é menor que o da madeira.
c) a condutibilidade térmica do cobre é maior que a da madeira.
d) a irradiação de calor da mão em contato com o cobre é menor do que
quando em contato com a madeira.

P 38.: A lua é o único outro corpo no Sistema Solar que já foi visitado por
humano. Verdadeiro ou Falso?
Resposta: Verdadeiro. Foi em 1969, pela chamada corrida espacial entre
Estados Unidos e Rússia

P 39.: No Brasil, o sistema de transporte depende do uso de combustíveis


fósseis e de biomassa, cuja energia é convertida em movimento de veículos.
Para esses combustíveis, a transformação de energia química em energia
mecânica acontece:
a) na combustão, que gera gases quentes para mover os pistões no motor.
b) nos eixos, que transferem torque às rodas e impulsionam o veículo.
c) na ignição, quando a energia elétrica é convertida em trabalho.
d) na exaustão, quando gases quentes são expelidos para trás.

86
P 40.: É um corpo celeste ou uma região do espaço onde a concentração de
massa é tão grande, o campo gravitacional é tão intenso, que nada, nem
mesmo a luz, consegue escapar de seu campo gravitacional. Ele é?
a) Buraco Negro
b) Nuvem de Oort.
c) Júpiter.
d) Sistema Solar.

P 41.: Qual o nome do foguete que levou o primeiro astronauta brasileiro ao


espaço?
Resposta: Soyus

P 42.: Qual o nome dos planetas anões?


R: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Eris.

P 43.: Qual constelação pertence as Três Marias?


Resposta: Constelação de Órion

P 44.: Qual é a característica mais marcante da superfície do nosso satélite


natural?
Resposta: É cheia de crateras.

P 45.: Qual o nome das quatro maiores luas de Júpiter?


Resposta: Lo, Europa, Ganimedes e Calixto

P 46.: Qual planeta do sistema solar possui a superfície muito parecida com a
da Lua, cheia de crateras?
Resposta: Mercúrio

P 47.: A Terra é dividida em dois hemisférios; qual o nome deles?


Resposta: Norte e sul

P 48.: Quais são as camadas que compõem a Terra?

Resposta: Crosta, manto e núcleo

87
P 49.: Qual são os dois principais componentes do Sol?
a) Hidrogênio e Hélio
b) Hidrogênio e Oxigênio
c) Ferro e Níquel
d) Oxigênio e Hélio

P 50.: O que é Sistema Solar?


a) um sistema solar é formado de um sol e tudo que gira em torno dele.
b) o sistema solar é o ciclo de vida de uma estrela, de uma anã amarela para
uma gigante vermelha e então para uma anã branca.
c) o sistema solar é o sol, sua coroa, manchas e erupções solares.
d) o sistema solar é formado por todas as estrelas da galáxia.

P 51.: Quanto tempo leva para o calor e a luz do sol chegarem à Terra?
a) 10 minutos
b) 5 minutos
c) 8 minutos
d) 22 minutos

P 52.: Em 1994, um cometa chamado Shoemaker-Levy-9, foi fragmentado em


21 pedaços pela poderosa e intensa gravidade, espalhando-os como uma
linha de pérolas. Vista a sua passagem na órbita de um gigante gasoso, qual
o nome do Planeta?
Resposta: Júpiter

P 53.: Europa é um satélite natural do planeta Júpiter e é conhecida como a


lua de gelo. Que de fato, depois de Marte é considerada o mundo mais
fascinante do Sistema Solar. Assim podemos dizer que o gás que compõe
100% da sua atmosfera é?
Resposta: Oxigênio

88
P 54.: Júpiter também ficou conhecido com o Planeta Canibal, por ter comido
20 ou mais de suas luas, e as que restaram são chamadas de sobreviventes.
Essa afirmativa é Verdadeira ou Falsa?
Resposta: Verdadeira

P 55.: Qual o número total de Luas do Planeta Júpiter?


a) 45
b) 63
c) 95
d) 67

P 56.: Lindo pela sua coloração total na cor Azul, Netuno é o oitavo planeta do
Sistema Solar. Devido sua composição atmosférica, ocorre a chuva de
diamantes. Devido a qual reação isso acontece?
a) Etano + Metano
b) Hélio + hidrogênio
c) Carbono+ hidrogênio
d) Argônio + metano

P 57.: A cor de um planeta depende, em geral do que está refletindo. Em


netuno é azul por causa da pequena quantidade de um gás presente em sua
atmosfera, que absorve a luz vermelha do sol, mas reflete a luz azul de volta
ao espaço. Qual o nome desse gás?
Resposta: Metano

P 58.: No Sol, como pressão e temperatura atingem níveis extremos, os


átomos de hidrogênio encontrados em seu núcleo se fundem e se transformam
em átomos de?
a) Hélio
b) Carbono
c) Argônio
d) Enxofre

89
P 59.: O sistema Solar exterior é formado por sobras geladas de material de
construção da época do nascimento dos planetas, só que nesse caso, estão
espalhados de modo tão esparso que jamais poderiam formar um planeta. De
qual cinturão estamos falando?
Resposta: Cinturão de Kuiper.

P 60.: A Galáxia onde o Sistema Solar orbita chama-se?


a) Láctea
b) Órion
c) Andrômeda
d) Saturno

P 61.: A explosão que pode ter dado origem ao universo é chamada de?
Resposta: Big Bang

P 62.: A medida usada para medir grandes distâncias no espaço é


a) ano-luz
b) metro
c) quilometro
d) milímetro

P 63.: É o processo de propagação de calor no qual a energia térmica passa


de partícula para partícula de um meio. Que processo é esse?
a) Condução
b) convecção
c) vaporização
d) radiação

90
P 64.: É o processo de propagação de calor no qual a energia térmica muda
de local, acompanhando o deslocamento do próprio material aquecido. Que
processo é esse?
a) Condução
b) convecção
c) vaporização
d) radiação

P 65.: A Convecção só ocorre em nos fluidos como gases, vapores e líquidos.


Essa afirmativa é verdadeira ou falsa?
Resposta: Verdadeira

P 66.: O clima em grandes centros urbanos é muito comum mudar


repentinamente devido aos poluentes emitidos pelos veículos e grandes
industrias, fazendo com que o ar quente em dias de inverno impeça desses
gases se dispersarem. Esse processo faz parte da convecção, qual o nome
dele?
Resposta: Inversão térmica

P 67.: Quando nos bronzeamos na praia, ficamos exposto a radiação solar. A


maior parte da energia que recebemos vem do Sol através das ondas
eletromagnéticas que são absorvidas e transformada em grande parte em
energia térmica. Esse processo é chamado de?
Resposta: Radiação

P 68.: Em alguns países com inverno rigoroso, fazem o plantio de verduras,


legumes, frutas e até flores em estufas artificiais. Qual o principal objetivo
dessa estufa artificial ser completamente de vidro?
Resposta: Controlar a temperatura ambiente dentro da estufa, mesmo em dias
de neve lá fora.

91
P 69.: As grandes geleiras que temos no Planeta Terra, são formadas no alto
das montanhas, deslizam porquê?
a) o gelo é muito liso, ocorrendo pequeno atrito entre o bloco de gelo e o chão.
b) a componente tangencial do peso é a única forca atuante sobre as geleiras.
c) o vento as desgruda do chão.
d) o aumento da pressão na parte inferior das geleiras, em razão de seu peso,
funde o gelo, soltando-as do chão.

P 70.: Explique o Processo Isotérmico a partir da 1ª Lei da Termodinâmica?


Resposta: com a temperatura constante, não haverá variação de energia
interna.

P 71.: As grandes geleiras que temos no Planeta Terra, são formadas no alto
das montanhas, deslizam porquê?
Resposta:
a) o gelo é muito liso, ocorrendo pequeno atrito entre o bloco de gelo e o chão.
b) a componente tangencial do peso é a única forca atuante sobre as geleiras.
c) o vento as desgruda do chão.
d) o aumento da pressão na parte inferior das geleiras, em razão de seu peso,
funde o gelo, soltando-as do chão.

P 72.: A fronteira final do nosso Sistema Solar tem o nome do seu descobridor,
além de ser o abrigo dos cometas. Estamos falando da?
Resposta: Nuvem de Oort.

P 73.: Explique o Processo Isotérmico a partir da 1ª Lei da Termodinâmica?


Resposta: Com a temperatura constante, não haverá variação de energia
interna.

P 74.: As grandes geleiras que temos no Planeta Terra, são formadas no alto
das montanhas, deslizam porquê?
Resposta: É a energia em transferida de um sistema para o ambiente ou vic-
versa devido a uma diferença de temperatura.

92
APÊNDICE B: Carta – Problema de número 1 a 18 do Jogo: Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar.

P 1.: Na expansão livre de um gás ideal, quando ele passa de um volume


inicial para um volume final, pode-se afirmar que essa expansão pode ser
descrita por:
Resposta: uma expansão adiabática irreversível, na qual a temperatura no
estado de equilíbrio final é a mesma que a no estado inicial.
Se errar, volte uma casa!

P 2.: A temperatura crítica de uma substancia é a:


Resposta: é quando a temperatura da substância não pode mais sofrer
condensação mediante simples aumento de pressão.
Se errar, fique uma rodada sem jogar!

P 3.: Para liquefazer um gás, deve-se?


Resposta: diminuir a temperatura abaixo da crítica e, se necessário,
comprimi-lo.
Se errar, volte duas casas!

P 4.: A temperatura do ponto triplo corresponde:


Resposta: À temperatura em que uma substancia pode ter suas fases líquida,
de vapor e de gás coexistindo em equilíbrio.
Se errar, fique uma rodada sem jogar!

P 5.: O que acontece quando se agita um recipiente contendo água em


sobrefusão?
Resposta: A água solidifica-se total ou parcialmente, acarretando um
aumento na temperatura do recipiente.
Se errar, volte duas casas!

93
P 6.: Se uma amostra de gás perfeito se encontra no interior de um
recipiente de volume constante e tem energia cinética média de suas
moléculas aumentada, logo?
Resposta: A pressão e a temperatura aumentarão.
Se errar, volte para o início do jogo!

P 7.: A teoria cinética dos gases propõe um modelo para os gases perfeitos,
no qual?
Resposta: a temperatura do gás está diretamente relacionada com a
energia cinética das moléculas.
Se errar, fique uma rodada sem jogar!

P 8.: Qual é a condição obrigatória para que um gás possa realizar


trabalho?
Resposta: um sistema gasoso realiza trabalho quando seu volume varia.
Se errar, troque de lugar com o último jogador do jogo!

P 9.: A 1º Lei da Termodinâmica, aplicada a uma substância gasosa, tende


a?
Resposta: conservação de energia total.
Se errar, volte uma casa!

P 10.: Na transformação de um gás perfeito, os estados final e inicial


acusaram a mesma energia interna. O que isso quer dizer?
Resposta: quer dizer que são iguais as temperaturas dos estados inicial e
final.
Se errar, volte duas casas!

P 11.: Quando estudamos a dilatação térmica dos líquidos, observamos que a


água apresenta uma anomalia. Assim, quando uma amostra de água atinge a
temperatura de 4ºC, notamos que essa temperatura é?
Resposta: aquela para a qual a água tem maior densidade.
Se errar, volte uma casa!

94
P 12.: Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela de pressão logo
que se inicia a saída de vapor pela válvula, de forma simplesmente a manter
a fervura, o tempo de cozimento
Resposta: não será alterado, pois a temperatura não varia.
Se errar, volte três casas!

P 13.: Numa cozinha, é fácil constatar que a temperatura é mais elevada


próximo ao teto do que próximo ao chão, quando há fogo no fogão. Isso é
devido ao fato do:
Resposta: O ar aquecido pelo fogo e pela irradiação das panelas é menos
denso do que o ar frio. Assim, o ar quente sobe, ficando próximo do teto.
Se errar, fique uma rodada sem jogar!

P 14.: Algumas pessoas usam toalhas plásticas para forrar as prateleiras das
suas geladeiras. Este procedimento:
Resposta: As toalhas plásticas dificultam a formação de correntes de
convecção no interior da geladeira.
Se errar, fique uma rodada sem jogar!

P 15.: Corpo negro é?


Resposta: Chama-se corpo negro o corpo que absorve todas as radiações que
incidem nele, não refletindo nada.
É importante observar que, pelo fato de o corpo negro ser o melhor absorvente,
ele também é o melhor emissor de energia, sendo chamado de radiador ideal.
Se errar, volte quatro casas!

P 16.: Têm-se dois copos, com a mesma quantidade de água, um aluminizado


A e outro, negro, N, que ficam expostos ao Sol durante uma hora. Sendo
inicialmente as temperaturas iguais, é mais provável que ocorra o seguinte:
Resposta: Após uma hora, a temperatura de N é maior que a de A.
Se errar, volte seis casas!

95
P 17.: você tivesse de entrar num forno quente, preferiria ir?
Resposta: envolto em roupa de lã recoberta com alumínio.
Se errar, volte duas casas!

P 18.: O calor do Sol chega à Terra por um processo de?


Resposta: radiação, que pode ocorrer no vácuo.
Se errar, volte uma casa!

96
APÊNDICE B: frente da Carta da Sorte do Jogo: Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar.

CARTA DA SORTE CARTA DA SORTE CARTA DA SORTE

FIQUE UMA FIQUE UMA FIQUE UMA

RODADA RODADA RODADA

SEM JOGAR SEM JOGAR SEM JOGAR

CARTA DA SORTE CARTA DA SORTE CARTA DA SORTE

DÊ UMA JOGADA DÊ UMA JOGADA DÊ UMA JOGADA

PARA QUALQUER PARA QUALQUER PARA QUALQUER

COLEGA COLEGA COLEGA

CARTA DA SORTE CARTA DA SORTE CARTA DA SORTE

SORTUDO (A) VOCÊ, SORTUDO (A) VOCÊ, SORTUDO (A) VOCÊ,

TROQUE DE LUGAR TROQUE DE LUGAR TROQUE DE LUGAR

COM O JOGADOR COM O JOGADOR COM O JOGADOR

QUE ESTÁ EM 1º QUE ESTÁ EM 1º QUE ESTÁ EM 1º

LUGAR LUGAR LUGAR

97
CARTA DA CARTA DA CARTA DA

SORTE SORTE SORTE

VOCÊ ESTÁ COM VOCÊ ESTÁ COM VOCÊ ESTÁ COM

AZAR, FIQUE UMA AZAR, FIQUE UMA AZAR, FIQUE UMA

RODADA SEM RODADA SEM RODADA SEM

JOGAR JOGAR JOGAR

CARTA DA CARTA DA CARTA DA

SORTE SORTE SORTE

VOCÊ É AZARENTO VOCÊ É AZARENTO VOCÊ É AZARENTO

ACABOU DE PERDER ACABOU DE PERDER ACABOU DE PERDER

TUDO! TUDO! TUDO!

CARTA DA CARTA DA CARTA DA

SORTE SORTE SORTE

JOGUE JOGUE JOGUE

NOVAMENTE NOVAMENTE NOVAMENTE


.

98
ANEXOS

99
ANEXO A: Questionário Pós- teste após a aplicação do jogo: Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar

Diagnóstico de Avaliação de Ensino e Aprendizagem dos conteúdos da Termodinâmica


estudados no 1º Semestre de 2016.
“Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar”
Mestranda: Caroline Coelho –Física/MNPEF/UFRR
Alun@:______________________________________ Série/Turma __________ N 0 ________

1) Conforme a imagem abaixo, descreva com suas palavras cada processo que
ocorre, além de interligá-lo com a 1º Lei da Termodinâmica.

R.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2) A energia térmica quando e apenas, enquanto está em trânsito, é denominada de:

R. ________________________________________________________

3) Sendo responsável pela mudança de Estado, a energia térmica, é:


R. ________________________________________________________

100
4) Ao aquecer determinado corpo, provoca- se um aumento nas suas dimensões, esse
fenômeno chamamos de:
R. ________________________________________________________

5) Quais as três características que o corpo depende para que ocorra a dilatação?

a. Tamanho inicial, Variação de Temperatura e Constituintes do Material.


b. Coeficiente de Dilatação, Variação de Temperatura e Tamanho inicial.
c. Energia Térmica, Tamanho inicial e Variação de Temperatura.
d. Calor, Variação de Temperatura e Tamanho Inicial.

6) Calor Sensível é definido por:

a. O calor trocado que altera o estado físico de uma substância, com temperatura
constante.
b. É a quantidade de calor que o objeto deve trocar para variar sua temperatura em
1ºC.
c. O calor trocado que faz com que a substância sofra variação de temperatura.
d. É a propagação de calor na qual a energia (térmica) se transmite de partícula para
partícula.

7) A 1ª Lei da Termodinâmica, aplicada a uma transformação gasosa, se refere à:


a. Conservação de massa do Gás
b. Conservação da quantidade de movimento das partículas do gás.
c. Relatividade do movimento de partículas subatômicas, que constituem uma massa
de gás.
d. Conservação da energia total.
e. Expansão e contratação do binômio espaço- tempo no movimento das partículas
do gás.
8) Escreva com suas palavras sobre a Lei Zero, 1ª e 2ª Lei da Termodinâmica.
R._____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_______________________________________

101
ANEXO B: Questionário de avaliação do jogo: Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar

Jogo Didático para o Ensino de Física: Elaboração, Utilização e Avaliação


Mestranda: Caroline Coelho –Física/MNPEF/UFRR

Alun@:______________________________________ Série/Turma __________ N 0 ________

1. Você teve alguma dificuldade em interpretar o jogo?


( ) Muito difícil ( )Difícil ( ) Razoável ( )Fácil ( ) Muito fácil

2. As regras estavam claras?

( )Sim ( )Não

3. Os assuntos contidos nele auxiliaram na compreensão das aulas teóricas?

( ) Sim ( )Não ( )Razoavelmente

4. Os temas tratados estavam relacionados à realidade do livro didático?

( ) Sim ( )Não ( )Razoavelmente

5. Você aprendeu algo novo através desse jogo?

( ) Sim ( )Não ( )Razoavelmente

6. Aprender brincando foi uma boa ferramenta para assimilar os conteúdos?

( ) Sim ( )Não ( )Razoavelmente

7. Você se sentiu motivado a aprender através da inclusão dessa ferramenta nas


aulas de Física?

( ) Sim ( )Não ( )Razoavelmente

8. Você acrescentaria algo que tenha sentido falta no jogo? ( )Sim ( )Não

O quê, por exemplo?_______________________________________________

_______________________________________________________________

9. Qual a sua avaliação em relação ao jogo?

( ) Excelente ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular

10. Qual o grau de dificuldade das perguntas?

102
( ) Muito difícil ( )Difícil ( ) Razoável ( )Fácil ( ) Muito fácil

11. De 1 a 10, qual nota você daria ao jogo?_______________________

12. Você modificou algum conceito adquirido nas aulas teóricas ao manusear e
jogar?

( )Sim ( )Não

O quê, por exemplo?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

103
ANEXO C: Temo de Consentimento de Livre Esclarecido

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE


“Passeando na Termodinâmica: um jogo didático para o ensino de física”

Declaro que fui satisfatoriamente esclarecido pela mestranda Caroline Gomes


Coelho Nascimento, do curso de Mestrado Profissional em Ensino de Física
da Universidade Federal de Roraima (UFRR), e seu orientador Professor Doutor
Oscar Tintorer Delgado em relação a participação de meu/minha filho/filha
_______________________________________________________________
no projeto de pesquisa intitulado Passeando na Termodinâmica: um jogo
didático para o ensino de física, cujo objetivo é analisar a aprendizagem no
conteúdo de Termodinâmica utilizando o jogo “passeando na termodinâmica do
sistema solar” fundamentado pela teoria de formação por etapas das ações
mentais de Galperin nos estudantes do 2º Ano do Ensino Médio da Escola
Agrotécnica da Universidade Federal de Roraima. O projeto será desenvolvido
durante as aulas de Física em três momentos diferentes, sendo o primeiro
momento de 20 minutos para esclarecer sobre o projeto e aplicação de um
questionário composto por 8 perguntas objetivas e subjetivas para verificar os
conhecimentos dos alunos sobre termodinâmica; no segundo momento, em um
tempo de 90 minutos os alunos jogarão o jogo “Passeando na termodinâmica do
Sistema Solar”, elaborado pela mestranda; no terceiro momento os alunos irão
avaliar as regras e a qualidade do jogo e no último momento, 7 dias após terem
jogado, os alunos irão responder as mesmas 8 perguntas, em um tempo de 45
minutos. A participação dos alunos do 2º. ano do ensino médio da escola
Agrotécnica será espontânea, não havendo qualquer tipo de constrangimento ou
de dano físico e intelectual; todas as atividades descritas serão desenvolvidas
em sala de aula acompanhadas pela professora e não serão computadas como
avaliação da disciplina. Estou ciente de que receberei uma cópia deste termo e
autorizo a realização dos procedimentos acima citados e a utilização dos dados
originados destes procedimentos para fins didáticos e de divulgação em revistas
científicas brasileiras ou estrangeiras contanto que sejam mantidas em sigilo
informações relacionadas à privacidade do meu/minha filho/filha, bem como
garantido meu direito de receber resposta a qualquer pergunta ou

104
esclarecimento de dúvidas acerca dos procedimentos, riscos e benefícios
relacionados à pesquisa, além de que se cumpra a legislação em caso de dano.
Caso haja algum efeito inesperado que possa prejudicar o estado de saúde físico
e/ou mental do meu/minha filho/filha, poderei entrar em contato com o
pesquisador responsável e/ou com demais pesquisadores. É possível retirar o
meu consentimento a qualquer hora e deixar de participar do estudo sem que
isso traga qualquer prejuízo à minha pessoa. Desta forma, concordo
voluntariamente e dou meu consentimento, sem ter sido submetido a qualquer
tipo de pressão ou coação.

Eu, ____________________________________________________, após ter


lido e entendido as informações e esclarecido todas as minhas dúvidas
referentes a este estudo com a mestranda Caroline Gomes Coelho Nascimento,
CONCORDO VOLUNTARIAMENTE, que meu/minha filho/filha participe do
mesmo.

Boa Vista – RR _____ de _______________de 2016.

___________________________ _______________________
Caroline Gomes Coelho Nascimento Oscar Tintorer Delgado

Eu, Oscar Tintorer Delgado, declaro que forneci todas as informações


referentes à pesquisa ao aluno.
Para maiores esclarecimentos, entrar em contato com os pesquisadores nos
endereços abaixo relacionados:
Caroline Gomes Coelho Nascimento – UFRR, Campus Murupu: Rodovia BR 174,
km 37, s/n – P.A Nova Amazônia – Boa Vista/RR Fones: 95-
984042092/981151778 E-mail: caroline.coelho@ufrr.br
Oscar Tintorer Delgado – UERR, Avenida Sete de Setembro, 231 –Canarinho.
Fone: 95-991155295 E-mail: tintorer@bol.com.br

105
ANEXO D: Regras de Aplicação do Jogo Passeando na Termodinâmica do
Sistema Solar

O jogo didático será aplicado em duas turmas A e B. Para dar início ao jogo, será
dividido em grupos contendo cinco jogadores, além de um mediador para ler as
perguntas. O mediador pode ser o professor da sala de aula. De cada turma
formará uma equipe única que representará respectivamente, turma A e a turma
B;
Cada jogador ou grupo escolherá um pino;
Todos os participantes deverão escolher um número da roleta, em seguida,
girando-se a roleta, determinará a ordem do jogo de ordem crescente;
Caso dois participantes obtiver a mesma numeração, o jogador dá vez repetirá
a jogada para determinar a ordem e iniciar a sequência dos jogadores;
Para iniciar o jogo, os grupos de cartas devem ser embaralhados
separadamente;
O jogador deverá jogar o dado para saber a quantidade de casa que irá andar
no tabuleiro;
O mediador deverá retirar uma carta, o qual lerá a pergunta para o jogador;
O jogador deve responder à pergunta. Se acertar, andará o número de casas de
acordo com o lance dos dados; se o jogador não souber a resposta, “passará a
vez” ao próximo jogador e a carta voltará ao jogo;
Na trilha existem “casas da sorte”, com a imagem de um da galáxia, nelas estão
contidas punições ou bônus, como por exemplo, para avançar ou voltar o jogo;
As “cartas problema” o jogador que cair nesta casa de cor amarela no tabuleiro.
Se o jogador acertar a pergunta andará as casas de acordo com a quantidade
lançada no dado. Caso não responda ou erre à questão sofrerá punição que
estará descrita na carta;
Cada jogador, acertando ou não a pergunta, só poderá jogar uma vez a cada
rodada; exceto se retirar uma “carta da sorte” com opção de jogar outra vez.
A “carta da sorte” será lida pelo mediador;
Ganha o jogo quem chegar primeiro ao fim trilha;
Caso acabem as cartas, o jogador que estiver mais à frente na trilha vencerá o
jogo.

106

Você também pode gostar