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Boa Vista
2017
CAROLINE GOMES COELHO NASCIMENTO
Boa Vista
2017
CAROLINE GOMES COELHO NASCIMENTO
______________________________________________
Prof. Dr. Oscar Tintorer Delgado
Orientador/Departamento de Física – UERR
Presidente/Banca Examinadora
______________________________________________
Prof. Drª. Fabíola Carvalho
Instituto INSIKIRAN – UFRR
Banca Examinadora/Externo
______________________________________________
Prof. Dr. Ijanílio Gabriel de Araújo
Departamento de Física – UFRR
Banca Examinadora
AGRADECIMENTO
O professor de Física tem enfrentado na sua realidade uma grande dificuldade quando
o assunto é o ensino, o que se fazer quando não se tem livros para todos, sem
bibliotecas, laboratórios equipados adequadamente, salas de aulas mais confortáveis
e internet para pesquisas. No intuito de motivar o aluno, criando o gosto em aprender
e estudar física, principalmente no conteúdo da Termodinâmica, na qual os alunos
têm tantas dificuldades, elaboramos e construímos um jogo na forma de trilha com 60
casas, três tipos de cartas, dados e pinos com imagem de fundo para representar o
nosso Sistema Solar, intitulado Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar. Isto
é, com base nas dificuldades e curiosidades que alguns alunos possuem, uma
ferramenta considerada alternativa para que o professor utilize na sala de aula criando
uma dinâmica e interação socializada entre eles. Com o objetivo principal de analisar
a aprendizagem no conteúdo de Termodinâmica, utilizando o jogo “passeando na
termodinâmica do sistema solar” fundamentado pela teoria de formação por etapas
das ações mentais de Galperin nos estudantes do 2º Ano do Ensino Médio da Escola
Agrotécnica da Universidade Federal de Roraima. Teórico esse que nos mostrará as
etapas que os alunos irão passar ao longo do primeiro semestre de 2016, desde a
motivada até a mental, em cima dos conteúdos trabalhados de forma sistemática,
realizando seminários seguidos de experimentos, além de exercícios de fixação e
provas, a fim de identificarmos em qual ponto de partida os alunos se encontram por
meio da Base Orientadora da Ação (BOA). As perguntas que compõem o jogo foram
retiradas de livros didáticos fornecidos pelo Plano Nacional do Livro Didático, sítios de
órgãos que produzem textos, artigos e livros sobre astronomia para que não se torne
um jogo inviável e difícil, como consta nos procedimentos e apêndices. Dos 38 alunos
matriculados, apenas 34 participaram da aplicação do jogo, além de responderem aos
questionários que avaliam o ensino e aprendizagem antes, durante e após a aplicação
do jogo didático. Compreendendo que a pesquisa siga a linha qualitativa, os discentes
se empenharam ao realizar os experimentos dos conteúdos lecionados anteriormente,
explicitando com detalhes cada fenômeno ocorrido de acordo com os conceitos
científicos. Também, pode-se observar que o jogo obteve êxito, com 85,3% de
aprovação dos discentes participantes, ou seja, que aprender brincando foi uma boa
ferramenta quanto à assimilação dos conteúdos ministrados em sala de aula,
elevando os parâmetros na qualidade das ações dos alunos, logo, para que haja uma
efetivação excepcional, é necessário ser aplicado para as turmas seguintes do
segundo ano do ensino médio, além de estudantes de graduação em instituições de
ensino superior.
The physics teacher has faced a great difficulty when it comes to teaching, what to do
when you do not have books for everyone, without libraries, properly equipped labs,
more comfortable classrooms and internet for research. In order to motivate the
student, creating a taste in learning and studying physics, especially in the content of
thermodynamics, in which students have so many difficulties, we elaborate and
construct a game in the form of a trail with 60 houses, three types of letters, Pins with
background image to represent our Solar System, entitled Strolling in the
Thermodynamics of the Solar System. That is, based on the difficulties and curiosities
that some students have, a tool considered alternative for the teacher to use in the
classroom creating a dynamic and socialized interaction between them. With the main
objective of analyzing the learning in the content of Thermodynamics, using the game
"strolling in the thermodynamics of the solar system" based on the theory of stage
formation of the mental actions of Galperin in the students of the 2nd Year of High
School of the Agrotechnical School of the Federal University Of Roraima. Theoretical
that will show us the steps students will take during the first semester of 2016, from the
motivated to the mental, on top of the contents worked in a systematic way, conducting
seminars followed by experiments, as well as fixing exercises and tests, In order to
identify in which starting point the students meet through the Guidance Base of Action
(BOA). The questions that compose the game were taken from textbooks provided by
the National Book of Didactic Book, sites of organs that produce texts, articles and
books on astronomy so that it does not become a difficult and unfeasible game, as it
appears in the procedures and appendices. Of the 38 students enrolled, only 34
participated in the application of the game, besides answering the questionnaires that
evaluate teaching and learning before, during and after the application of the didactic
game. Understanding that the research follows the qualitative line, the students
committed themselves to carry out the experiments of the contents previously taught,
explaining in detail each phenomenon occurred according to the scientific concepts.
Also, it can be observed that the game was successful, with 85.3% approval of the
participating students, that is, that learning to play was a good tool for assimilating the
content taught in the classroom, raising the parameters in the quality of So that there
is an exceptional implementation, it is necessary to be applied to the following classes
of the second year of high school, in addition to undergraduate students in higher
education institutions.
i
Figura 17 - Carta da Sorte: modelo de afirmação de sorte ou azar, quando sair na
casa espaço........................................................................................... 55
Figura 18 - A “casa espaço” que se encontra no tabuleiro....................................... 55
Figura 19 - A “casa problema” que se encontra no tabuleiro................................... 56
Figura 20 - Modelo de pergunta da Carta Problema................................................ 56
Figura 21 - Alunos do segundo ano A do ensino médio da Escola Agrotécnica no
ato do jogo com os mediadores............................................................. 59
Figura 22 - Alunos do segundo ano B do ensino médio da Escola Agrotécnica no
ato do jogo com os mediadores............................................................. 60
Figura 23 - Gráfico das Questões 1 e 10.................................................................. 67
Figura 24 - Gráfico das questões 3 à 7.................................................................... 68
Figura 25 - Gráfico da questão 9.............................................................................. 70
Figura 26 - Gráfico de percentual da Nota............................................................... 71
ii
LISTA DE TABELA
iii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 13
OBJETIVO GERAL...................................................................................................... 17
OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................ 17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................ 18
2.1 Teoria de Aprendizagem: contribuições de Vygotsky a Talizina............................ 18
2.2 O Ensino da Termodinâmica no Ensino Médio...................................................... 25
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO...................................................................... 44
3.1 Sujeitos da Pesquisa.............................................................................................. 44
3.2 Coleta de Dados..................................................................................................... 44
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................. 46
4.1 O conhecimento da Termodinâmica antes do jogo, realizados pelos alunos do
segundo ano do Ensino Médio...................................................................................... 46
4.2 Elaboração, criação e construção do jogo: Passeando na Termodinâmica do
Sistema Solar................................................................................................................. 50
4.2.1 O jogo Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar na sala de aula............ 57
4.2.2 Avaliando o conhecimento da termodinâmica após o jogo................................... 61
4.3 A Avaliação do jogo “Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar”, como uma
atividade lúdica.............................................................................................................. 66
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 76
APÊNDICES
ANEXOS
iv
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o Ensino Básico vem passando por grandes mudanças,
tanto no ambiente de formação do aluno, como na prática docente, o professor
que é formador de opiniões e cidadãos críticos tem se atualizado com as novas
técnicas e/ou metodologias que avancem no processo de ensino e
aprendizagem, tornando sua aula mais atrativa aos olhos de seus alunos.
É fato que na LDB nos remete que a motivação desses alunos para que
tenham uma aprendizagem real e possam dar continuidade em seus estudos e
assim poder se relacionar com a natureza e a sociedade a sua volta é orientada
pelo Art. 36 (BRASIL, 1996):
O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste
Capítulo e as seguintes diretrizes:
II - Adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a
iniciativa dos estudantes;
Em concomitância do § 1º. Os conteúdos, as metodologias e as formas
de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o
educando demonstre:
I - Domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a
produção moderna;
II - Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
Com a busca de novas alternativas de ensino, o lúdico vem crescendo
gradativamente na Educação Básica e Ensino Superior, como instrumento
alternativo de ensino, trazendo ao aluno e professor uma nova perspectiva em
qualidade e maior rendimento do ensino e aprendizagem na sala de aula.
Na visão de Gomes & Boruchovitch (2009, p 320) “O jogo tem sido
utilizado no contexto pedagógico e psicopedagógico em atividades de
diagnóstico e de intervenção, tendo em vista as possibilidades de promover, por
meio dele, o desenvolvimento e a aprendizagem”.
Para Pereira, Fusinato e Neves, (2009), diz que: “O jogo educativo deve
proporcionar um ambiente crítico, fazendo com que o aluno se sensibilize para
13
a construção de seu conhecimento com oportunidades prazerosas para o
desenvolvimento de suas cognições”.
Vale ressaltar que teremos um trabalho grandioso pela frente, diante das
dificuldades que os alunos têm na área da Astronomia e Física ao mesmo tempo.
Mais se apaixonam e se veem maravilhados com a adversidade do nosso
Universo.
14
Independentemente das peculiaridades tratadas acima, buscamos
construir de forma criativa e envolvente um jogo em forma de tabuleiro, com base
no Sistema Solar (imagens dos corpos celestes desenhados a mão, evitando a
cópia), com perguntas em três níveis de dificuldades de acordo com os conceitos
estudados em sala de aula dentro do conteúdo de Termodinâmica, passando a
se chamar: Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar.
Podendo “o jogo oferecer o estímulo e o ambiente propícios que
favoreçam o desenvolvimento espontâneo e criativo dos alunos e que permitirá
ao professor ampliar seu conhecimento de técnicas ativas de ensino” (BRASIL,
2000).
Sabemos que a desmotivação em aprender física diferentemente da
Astronomia, é enorme por parte dos alunos do ensino médio, entretanto isso não
é uma novidade, logo, é geral em todos os entes federados do nosso País. Faz-
se saber que o professor reinventa, cria ou modifica algumas ou todas as
técnicas de ensino e aprendizagem, de forma que atue significativamente na
formação do aluno.
Realidade essa que está muito próxima de nós, mais quando
perguntamos o porquê de não gostarem da Disciplina de Física, vem as
seguintes respostas em suas cabeças: só tem conta; queria saber onde iria
aplicar tudo isso na minha vida futura; é muito difícil a compreensão; Linguagem
do professor não é adequada.
Diferentemente quando o professor vai para a física experimental, em
que os alunos se sentem mais livres em assimilar os conceitos estudados e
aprendidos no ato da prática ao ser realizado com sucesso as atividades
propostas por seu tutor ou professor.
O trabalho parte das questões comuns estudadas e assimiladas ao
nosso dia- a- dia tratando a relação da teoria com a prática. Pois é através da
junção dos dois, que os alunos sincronizam dados mentalizados e orientados
pelo professor.
Pretende- se na proposta do jogo pedagógico a participação massiva
das duas turmas do 2º ano do Ensino Médio, que consistiu na elaboração das
perguntas do jogo, formação dos grupos que irão competir, construção das
regras, além da aplicação de um diagnóstico com base no conteúdo da
termodinâmica com a finalidade de sabermos o ponto de partida dos alunos além
15
da aplicação da base orientadora da ação e questionários que avaliem a
aplicabilidade do jogo e efetivação dos conhecimentos adquiridos após o jogo.
Com isso temos a seguinte problemática: Será que a aplicação do jogo
“Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar” contribuirá para a
aprendizagem no conteúdo de termodinâmica fundamentado teoria de formação
por etapas das ações mentais de Galperin nos estudantes de 2º Ano da Escola
Agrotécnica da Universidade Federal de Roraima?
16
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
18
efetividade no processo de aprendizagem dos estudantes na qual deverá
coincidir com o objetivo de ensino (MENDOZA e DELGADO, 2013).
Outro fator que implica na desmotivação e que se torna difícil para os
alunos é a linguagem do professor de Física em sala de aula, e isso decorre de
inúmeros motivos, que são: formação incompleta, despreparo emocional para
detectar dificuldades ou casos de enfretamento entre professor e aluno e/ou pais,
conteúdos enormes e maçantes, tipos de avaliações, desmotivação da carreira
de magistério, estrutura física e pedagógica da escola e assim por diante.
Em meio a essas dificuldades, a escola ainda continua sendo o refúgio
de muitos alunos, é através dela que se ancoram ao perceber que o
conhecimento científico está ali, sendo oferecido da melhor forma possível.
Porém, tanto o professor quanto o aluno, possuem como uma de suas
características que é a busca pelo conhecimento e crescimento intelectual, para
isso, o ser humano tem a capacidade de organizar todas as informações que lhe
são necessárias para a sua sobrevivência, internalizando-a como garantia e
possibilidade de usá-la ao participar de diferentes grupos sociais (FERREIRA e
COSTA, 2012).
Diante do pressuposto acima, observamos que essas interações
socioculturais fazem parte da evolução do desenvolvimento do pensamento
conceitual do ser humano, logo definimos e os diferenciamos o conhecimento
espontâneo e o científico.
Espontâneo: conhecimento adquirido pela convivência e interação
social, ou seja, aprende conceitos vivenciados no seu dia a dia.
Científico: conhecimento introduzido, assimilado e aprendido no convívio
escolar.
Se analisarmos de forma generalizada, aplica-se, na educação que uma
mãe ou pai dá a seu (s) filho (s), que numa determinada idade; ou seja, as
crianças aprendem a soletrar o alfabeto, conhecem os números e aprendem a
contá-los, formação de sílabas e isso deve ao convívio familiar, logo o definimos
como conhecimento espontâneo.
Já o conhecimento científico é adquirido através da escolarização,
inicializados pelo mediador, que é o professor. Que parte desse processo de
“alfabetização”, a criança começa a compreender determinados temas ou
conteúdo de forma organizada e estruturada, trabalhando o ensino e
19
aprendizagem. Um exemplo simples e clássico é quando perguntamos uma
determinada turma seja do ensino médio ou não, “como está o clima hoje, isso
num ambiente aberto (quadra poliesportiva coberta da escola), sabendo que a
temperatura marcada no termômetro mede 35ºC?
E eles responderam: está muito quente hoje!
Na verdade [eles] sentem que seus corpos estão transpirando de forma
acelerada, só que não associam a alta temperatura, mais sim a sensação térmica
de que está muito quente.
No estudo do conceito da termologia, não tem como medir esse tipo de
“grandeza”, uma vez que está associada ao senso comum. Logo, não nega sua
existência, mas entende-se como um conhecimento espontâneo.
Entretanto o científico, é introduzido pelo professor com os conceitos das
grandezas físicas da termologia, tais como: Calor, Energia térmica, temperatura,
Equilíbrio térmico, termômetro (dispositivos de medição), escalas termométricas
e a partir daí, entenderão o fenômeno termodinâmico ao seu redor.
Estes conhecimentos já são bem definidos por Vygotsky (espontâneos e
científicos), entretanto, Leontiev por sua vez, provou de acordo com os preceitos
acima, que a personalidade do ser humano é formada e desenvolvida com base
nas atividades que ele executa.
Assim, define-se atividade como um conjunto de ações com suas
respectivas operações com um objetivo, resultando no desenvolvimento da
personalidade devido aos conceitos socioculturais introduzidos.
Nuñez (2009, Apud Leontiev, 1989a, p. 266) diz que, “[...] a partir de um
sistema que possui uma estrutura, passos internos, um desenvolvimento”.
O classificando os tipos de Atividades, que são: a prática, gnosiológica,
valorativa e comunicativa e que irá encontrá-los num determinado ambiente: a
escola.
Resignificando cada uma delas como peças importantes no processo de
aprendizagem do aluno ao longo da sua formação em desenvolvimento, ou seja,
Nuñez (2009) fala que “O ensino, como processo de organização da atividade
cognitiva, em estreito com a atividade de comunicação (socialização) e com a
atividade valorativa (formação de valores)” tudo isso numa só instituição, que é
a Escola.
20
Em continuidade dos estudos e aplicabilidade dos tipos de atividades
desenvolvidas por Leontiev a partir dos conceitos introduzido por Vygotsky,
Galperin deu um novo caminho e o descreveu como processo de formação de
conceitos, “[...] como um sistema de determinados tipos de atividade que levam
ao aluno a novos conhecimentos, habilidades, hábitos, atitudes, valores, sob um
processo de direção” (GALPERIN).
Contudo elaborou as seguintes etapas:
a. Etapa motivacional;
b. Etapa de estabelecimento da base orientadora da ação (BOA);
c. Etapa de formação da ação no plano material ou materialização;
d. Etapa da formação da ação da linguagem externa e
e. Etapa da ação no plano mental.
Etapas importantes para que o professor possa orientar executar e ter
controle de determinadas ações que irá fazer em conjunto com seus alunos.
A etapa motivacional é uma das mais importantes, é nela que os
professores em conjunto com os alunos constroem conceitos que são
necessários conhecer instigando o interesse pelo estudo, para que no final
possam analisar o que deu certo ou errado e o que poderia ser melhorado.
Neste caso, o professor deverá traçar uma metodologia adequada para
determinado tipo de atividade que irá contribuir de forma efetiva com a
aprendizagem daquele aluno, isso vale quando Nuñez diz “para que o aluno
aprenda novos conceitos, novas generalizações, novos conhecimentos e novas
habilidades, o aluno deve assimilar ações mentais adequadas” (2009), ou seja,
do externo para o interno.
Para que esta motivação possa se concretizar de forma eficiente, o
professor constrói um modelo baseado nos conceitos já conhecidos para o
desconhecido, introduzindo uma nova etapa que Galperin chama de BOA (Base
Orientadora da Ação).
É nesta etapa que o indivíduo aplica os conhecimentos adquiridos
durante seu processo de formação e utilizando no seu cotidiano, em
determinados problemas, buscando qual a melhor solução e assim efetivar suas
habilidades numa dada atividade.
E na escola, não é muito diferente, Nuñez (2009) fala que esse processo
da construção e execução da Base Orientadora da Ação.
21
“Deve permitir aos alunos determinar tal conteúdo, em termo de
conceitos e das ações que deve executar para resolver situações
problemas (orientadas pelo objetivo) e satisfazer suas necessidades
como personalidade”.
Assim,
Na etapa da BOA, deve ser garantida a compreensão (significado) e a
motivação (sentido) dos alunos para a construção do objeto de
aprendizagem, [....] Ser promovida a reflexão consciente pelo aluno do
processo de sua construção”.
Quando o aluno está familiarizado com esta etapa, que é a BOA, sabe-
se o que se pretende e aonde quer chegar com ela, partirá para o plano
materializado, etapa de formação da ação no plano material ou materializado, de
forma natural, em que somente o professor de imediato percebe este progresso.
Nesta ação, o aluno terá uma sequência de problemas ou situações em
que irá resolvê-los mediante os conceitos, funções e operações matemáticas
introduzidas na etapa anterior, ou seja, quando os modelos conceitual e físico
estiverem internalizados passando a ser o modelo mental.
Costa e Moreira (2001) definem três tipos de modelos que são
introduzidos no meio escolar:
“Modelo físico a descrição resultante das proposições da teoria
referente a um sistema ou fenômeno físico simplificado e idealizado;
modelo conceitual é aquele projetado por pesquisadores ou
professores para facilitar a compreensão ou o ensino de sistemas
físicos; modelo mental é um análogo estrutural do sistema físico, ou
seja, sua estrutura corresponde à estrutura da situação física
modelada”.
No entanto, Nuñez diz que a etapa material e a linguagem estão ligadas
uma na outra, uma vez que para o aluno entender e compreender o enunciado
de um determinado problema físico, não é muito fácil no primeiro momento,
então é necessário que o professor intervenha e que o oriente de acordo com a
Base Orientadora da Ação, logo a materialização é assimilação do conhecimento
obtido para que seja aplicada a uma dada ação.
A linguagem é um instrumento, ou seja, uma ferramenta da atividade de
aprendizagem que permite compartilhar e dar sentido aos objetos da
aprendizagem (NUÑEZ, 2009).
22
É nela que o indivíduo se torna capaz de argumentar e produzir
conceitos e respostas para determinadas situações no seu cotidiano, permitindo
que o aluno em processo de formação escolar utilize a linguagem como um fator
determinante de sua aprendizagem.
No entanto, o direcionamento deste processo de formação, atividade e
ensino na qual será desenvolvida pelo aluno, Talízina (1988) as classificou como
isolada e cíclica, ao defini-las da seguinte forma:
- Isolada é a direção sem enlace de retorno, ou seja, sem a regulação, sem a
regulação da marcha do processo dirigido por parte do sistema de direção;
- Cíclica é o enlace com retorno e a regulação do processo, por isso é mais é
mais eficaz na direção.
Na direção cíclica, o aluno irá demonstrar suas habilidades
desenvolvidas ao longo do processo de ensino e aprendizagem, ou seja, o que
internalizou para si a teoria de um determinado conceito ou fenômeno físico em
seguida posto na prática através de exercícios ou atividades experimentais,
contribuindo para a construção novas habilidades em geral.
Na cíclica, podemos verificar o sucesso do aluno quando consegue
responder alguma atividade sozinho sem nenhuma intervenção do professor ou
colega. Com isso, o direcionamento desenvolvido alcançado pela teoria de
direção nos possibilita uma regularização de um processo de aprendizagem
mais eficaz.
E Talizina (1988) nos confirma com a seguinte conclusão:
Dirigir o processo de ensino não é reprimir nem impor ao processo um
curso contrário à sua natureza, mas considerar cada influência sobre
ele, [...] quando se dirige o processo de aprendizagem, semelhante a
qualquer outro processo, a liberdade age como uma necessidade
conhecida.
23
competitiva, uma vez que o raciocínio começa a ser posto em prática diante de
tais situações, ou seja, a aprendizagem se torna natural.
Para Nuñez (2009), “a aprendizagem, como atividade transformadora
tem caráter mediatizado por instrumentos, ou seja, ferramentas que se
interpõem entre o sujeito e o objeto da atividade”.
O jogo torna- se um estimulante pelo espírito de competividade de
acordo com os sentimentos obtidos ali, o de frustação por perder uma partida ou
de alegria por ter ganhado e pelo pressuposto surge às habilidades motoras e
cognitivas, facilitando a aprendizagem.
Já Melo e Sardinha (2009), trata que a “este tipo de atividade propicia a
quebra da rotina na sala de aula e a superação da metodologia tradicional com
o uso apenas da exposição de conteúdos”. Isso nos remete que a técnica
tradicional ainda está muito presente na Educação Básica, e até mesmo no
Ensino Superior.
Em dias atuais, professores já formados e aqueles que ainda estão no
processo de formação em Licenciatura em Física ou áreas afins vêm buscando
várias alternativas para chamar a atenção dos seus alunos, utilizando de
recursos áudio- visuais, música, teatro e entre outros.
Um jogo educativo é mais um material didático de apoio que o
professor pode ter à sua disposição. Sozinho, seu potencial
educacional é baixo, entretanto, quando aliado a outras práticas
pedagógicas (aulas expositivas, trabalhos em grupos, monitorias, etc),
seu potencial verdadeiro é revelado (PEREIRA, FUSINATO E NEVES,
2009).
24
o porquê de estudar aquilo. Isso é parte do famoso contrato
pedagógico ou didático, aquele acordo que deve ser estabelecido logo
no início das aulas entre estudantes e professor com normas de
conduta na sala de aula”.
Assim em nosso entendimento, para ensinar ciências é necessário uma
série de investigações dentro da sua realidade seja no convívio social de acordo
com o avanço tecnológico, as histórias de suas descobertas ou ideias cientificas,
assim como a relação do ser humano com o seu corpo, ambientes e recursos
naturais.
Rezende e Valdes (2006, p 1209) diz que, “O papel do professor é
incentivar o aprendiz a observar, despertando sua curiosidade e desafiando-o a
pesquisar e explicar determinados conceitos”. Contrariando o modelo de ensino
tradicional.
25
neste universo, pela utilização dos seus recursos naturais sejam renováveis ou
não. Não podemos dizer, muito menos comprovar que a Física é a mãe de todas
as áreas da ciência da natureza, seria até ofensivo, entretanto ela teve grandes
contribuições para o avanço da Astronomia, Biologia, Química, Matemática
dentre outras.
Foi através dela que houve um Big Bang de avanços tecnológicos para
a medicina, comunicação, construção de satélites artificiais e até o envio de
sondas para atmosferas de outros planetas, planetoides, astros, além da
descoberta de outros sistemas solares e galáxias vizinhas com o uso de
telescópios terrestres e espaciais.
As séries do ensino médio são divididas em primeiro, segundo e terceiro
ano, passa meio que imperceptível alguns conceitos ou até mesmo a relação da
física com a astronomia, com exceção do conteúdo de Gravitação que é
conteúdo do primeiro ano do ensino médio.
Mas isso não é um problema para o professor trabalhar
interdisciplinarmente o conteúdo de astronomia relacionando- a com a Física,
mais especificadamente com a Termodinâmica.
Conforme a tabela 1, vimos a mudança da nomenclatura da competência
2 que hoje passa a se chama e Energias e suas transformações, traremos para
o jogo questões relacionada a competência de número 6 que é Terra e Universo:
formação e evolução.
26
O que faremos neste jogo é interligar as competências 2 e 6, conforme
tabela acima, de forma contextualizada e que aproxime o aluno das curiosidades
do espaço, uma vez que o conhecimento que eles carregam é do ensino
fundamental na disciplina de Geografia.
O momento em que o professor retorna a este tema em sala de aula é
quando inicia o capítulo de gravitação, conteúdo do primeiro ano do ensino
médio, quando não o pula devido ao tempo curto de sala de aula.
O interessante dessa competência é a perspectiva e emoção que ele
traz quando o professor dedica alguns momentos com relação a competência 6
Terra e Universo: formação e evolução, descrita nas palavras do Base Nacional
Comum (BRASIL, 2016):
Da gravitação universal que coordena a dança dos corpos celestes, até
as hipóteses sobre os primeiros momentos do surgimento das forças e
do nucleossíntese primitivo, estuda-se a visão contemporânea do
Universo e nele galáxias e estrelas, comparando-se com a herança de
cosmologias de outras épocas. O estudo do funcionamento e da
evolução de estrelas dá lugar a compreensão da formação de nosso
Sistema Solar e a investigação de condições para que surja a vida em
outras partes do Universo.
27
que ocorrem em cada um deles, isso até os motiva a querer estudar mais sobre
o Universo, especificamente o nosso Sistema Solar.
Entendemos que, o professor no ato de seu planejamento anual ou
semestral, se colocar um pouco de Astronomia nos conteúdos de Física de
acordo com as respectivas séries, não estará fugindo do Plano Político
Pedagógico, logo.
O Ensino de Astronomia é elemento estimulador para o aprendizado
em Ciências, capaz de ampliar, viabilizar e colaborar para a
apresentação e compreensão de conhecimentos científicos
possibilitando uma formação crítica e reflexiva (QUEIROZ e
TREVISAN, 2009, p 02).
Será na disciplina da Física que iremos dar sentido a este tema em
nosso jogo, ou seja, uma forma de motivá-los e atraí-los 100% para o mundo das
Ciências da Natureza, mas especificadamente a Termodinâmica, conteúdo que
os alunos sentem mais dificuldades por se tratar de dados abstratos e
complexos.
Para isso, é importante que o professor construa uma sequência didática
de acordo com a evolução dos alunos na qual está lecionando. Nos livros de
ensino médio o conteúdo completo de termodinâmica é estudado por dois
bimestres, vejamos na tabela 2.
28
Desde a infância, temos um conhecimento prático dos conceitos de
temperatura [...] um exemplo, é que precisamos tomar cuidado com alimentos e
objetos quentes e assim por diante (HALLIDAY E RESNICK, 2009).
Considerada umas das sete grandezas fundamentais do Sistema
Internacional, a temperatura está presente em nossa vida e é associada a
sensação de quente e frio, ou seja, representa uma das características do estado
térmico de um sistema.
29
Entretanto, precisa-se de dispositivos capazes de aferir tais
temperaturas de determinados corpos, logo o primeiro dispositivo construído foi
o Termoscópio por Galileu Galilei em 1597, e com o passar dos anos estes
dispositivos são comuns em residências, hospitais, laboratórios e até mesmo nos
automóveis, devido ao avanço da tecnologia.
Embora termos diversos tipos de termômetros, no ensino médio são
estudadas as três escalas termométricas com os seus respectivos pontos fixos,
além da conversão entre elas (figura 2), que são: Kelvin, Fahrenheit e Celsius.
30
No Brasil, é comum utilizar a escala Celsius e ela é representada pela
seguinte nomenclatura “ºC”, em outros países é utilizada a escala Fahrenheit
“ºF”. Estas duas escalas termométricas são divididas em 100 partes iguais de
acordo com os pontos fixos adotados de acordo com a figura 2, que são a Celsius
e Kelvin e uma com 180 partes que é a Fahrenheit. Logo, dizemos que 1 kelvin
equivale a 1 grau Celsius.
Vejamos o resumo dessas conversões ou como são chamadas de
relação entre escalas.
31
Como vemos nos exemplos abaixo, temos a situação B que ocorre, num
dado sólido bidimensional, quando elevada a sua temperatura faz com que a sua
área aumente, que visivelmente se observa numa chapa metálica com um orifício
no meio.
Sua equação matemática é:
32
Figura 3 – Representação matemática da variação total da dilatação volumétrica
do liquido real que é a soma algébrica entre as dilatações volumétrica do
recipiente e aparente.
Fonte: http://www.sofisica.com.br
Figura 4 – Exemplos dos três tipos de dilatação térmica: Linear (A), Superficial
(B) e Volumétrica de um líquido (C).
B C
Fonte: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Dilatacao.php
33
a energia em trânsito de um sistema para o outro devido a variação da
temperatura.
Ao conseguirem distingui-la de temperatura, não chegam a uma
definição correta para Calor, vejamos abaixo algumas definições, conforme
alguns Físicos e Químicos da época:
- Lavoisier: é uma substancia fluida indestrutível que preencheria os poros
dos corpos e se escoaria de um corpo mais quente a um mais frio, e o
chamava de Calórico;
- Isaac Newton: O calor consiste num minúsculo movimento de vibração das
partículas dos corpos;
- Benjamim Thomson: o calor não passava de um movimento vibratório que
tem lugar entres as partículas do corpo;
- James Watt: observou a partir da sua máquina a vapor, que o calor era capaz
de produzir trabalho;
- Julius R. Mayer: as energias são entidades conversíveis, mas
indestrutíveis... e que calor é uma forma de energia;
- Hermann Von Helmholtz: Princípio da conservação da energia se aplicava a
todos os fenômenos tais como: mecânico, térmicos, elétricos, magnéticos, na
físico-química, astronomia, na biologia e no metabolismo dos seres vivos;
Pode–se observar que cada um deles tinha uma definição para o
Calórico ou calor, só que ainda estavam confusos do porquê a energia aparecer,
quando empiricamente provavam a existência dela ao variar a temperatura de
um corpo.
Entretanto, conseguiram de fato provar que calor se mede e é
considerada uma quantidade ao alterar a temperatura inicial de um determinado
corpo, logo Nussenzveig (2002), define caloria como “a quantidade de calor
necessária para elevar a temperatura de 1º C de 1 grama de água”.
Observemos a seguinte situação:
34
quantidade de calor fornecida é dupla para 2 litros
(NUSSENZVEIG, 2002).
A partir do exemplo acima, podemos compreender o que acontecem em
determinados sistemas sejam isolados ou não.
Já Halliday e Resnick (2009), diz que calor é a energia transferida de um
sistema para o ambiente ou vice-versa devido a uma diferença de temperatura.
Calor na literatura é conhecida pela letra Q e sua unidade de medida é
em Joule [J], de acordo com o Sistema Internacional de Medidas e Pesos. Assim,
temos que ao variar a temperatura de uma determinada substancia ou corpo,
logo aparecerão suas propriedades como a capacidade térmica e o calor
específico dos sólidos e líquidos.
Chamamos de capacidade térmica [C] a quantidade necessária de calor
que determinada substância poderá receber ou ceder quando sua temperatura
inicial é elevada e é dada pela equação matemática abaixo.
𝑄 𝑄𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑜/𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜
𝐶= = [7]
∆𝑇 (𝑇𝐹 −𝑇0 )
𝑄𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑜/𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑄𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑜/𝑐𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜
𝑐𝑚 = =𝑚 [8]
(𝑇𝐹 −𝑇0 ) (𝑇𝐹 −𝑇0 )
𝐶 = 𝑐𝑚 [9]
35
não modifica o seu estado, ou seja não se transforma e sua massa continua
constante.
36
Figura 5 – Imagem da mudança de estado da matéria (Solido, Liquido e Gasoso)
Fonte: http://fisicaevestibular.com.br
𝑄 = 𝑚𝐿𝑉/𝐹 [10]
37
Vejamos na tabela 4 na página 36, sobre os calores de algumas
substâncias.
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br
38
neste processo acontece que a massa de ar fria, por ser mais densa, desce e a
massa de ar quente sobe. Ocorrendo em a convecção térmica no ambiente.
Já a Irradiação acontece independente do meio, e é transferida em forma
de calor por ondas eletromagnéticas. Como podemos observar na figura 6, onde
fogo é considerado uma fonte de calor e as emite como forma de uma onda de
radiação térmica e chegam até o outro corpo que precisa ser aquecido.
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br
39
Figura 7 – Experimento de Joule
∆𝑈 = 𝑈𝑓 − 𝑈0 = −𝑊 [11]
40
podemos enuncia a equação da 1º Lei da Termodinâmica e aplica-la em seus
diversos processos.
∆𝑈 = 𝑈𝑓 − 𝑈0 = 𝑄 − 𝑊 [12]
41
𝑊=𝑄=0
∆U = 0
O diagrama abaixo, aplica-se a primeira lei da termodinâmica quando as
condições de pressão, temperatura estão em normais. Com esta observação, os
processos isobárico, isotérmico, isovolumétrico, cíclico, adiabático possam ser
estudados de acordo com os tipos de sistemas (Figura 8, pagina 43).
42
Figura 8 – Diagrama da 1º Lei da Termodinâmica, com as respectivas
transformações.
1º Lei da Termodinâmica
P,V e T
Transformação Transformação
Isobárica Isovolumétrica
Q > 0, ΔU > 0 e 𝜏 > 0 Q = ΔU e 𝜏 = 0
𝑄 = ∆𝑈 + 𝜏
Transformação Transformação
Isotérmica Adiabática
Q = 𝜏 e ΔU = 0 Q = 0 e 𝜏 = –ΔU
Fonte: a Autora.
43
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
44
2º Fase: consistiu-se na sequência didática abordada nas aulas da
disciplina de Física, que iniciou com a Base Orientadora da Ação (BOA’s), que
foi dividida em três BOA’s diferentes:
i. Etapa materializada, que consiste na resolução de problemas, exercícios com
ênfase em experimentos, tais como: determinação do calor específico de
algumas substâncias, mudanças de Estados e entre outros.
ii. A etapa verbal externa se desenvolveu fundamentalmente de acordo com as
explicações e argumentos dos dados experimentais, desenvolvendo a
linguagem científica por meios dos conceitos abordados em sala de aula.
iii. A etapa verbal interna ou de generalização que deteve no trabalho
fundamental da 1º Lei da Termodinâmica
3º Fase: criação, construção e aplicação do jogo pedagógico em sala de
aula, em conjunto com os professores da Escola Agrotécnica, que atuaram como
mediadores de cada grupo, na qual controlaram as jogadas, esclarecendo as
regras gerais de funcionamento, com o propósito de avaliar o processo de
assimilação pelas fases anteriores.
4º Fase: posterior à atividade, acompanhando o desempenho dos
estudantes em todas as etapas, e avaliando a eficácia da BOA, por meio de
questionários, provas, observações e jogo, a partir dos parâmetros definidos
aqui, que são: bom, regular e insuficiente; onde o Bom significa que o estudante
cumpriu todas as ações essenciais e algo mais; o regular é aquele que cumpriu
somente o essencial, e o Insuficiente é o que não cumpriu nenhuma das ações
essenciais.
45
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
46
astronomia, devido a deficiência dos livros didáticos utilizados em sala de aula.
Então, nos slides usados para aulas conceituais, adicionou-se conceitos,
curiosidades e aplicações de cada fenômeno termodinâmico no dia-a-dia do
aluno, bem como, no estudo de planetas, satélites naturais e astros que nos
rodeiam, além da sua descoberta e sua finalidade.
Alguns conteúdos ministrados e assimilados foram aplicados em
experimentos, como pode-se ver na figura 9, os alunos explicaram como
funciona o processo de propagação de calor na forma de condução,
demonstrando aos colegas da sala que, ao aquecer uma lâmina de metal, na
qual existam moedas presas nela com a parafina da vela. E observaram que,
elevando-se sua temperatura na ponta, as moedas caiam de forma ordenada,
demonstrando o sentido da condução do calor.
Fonte: a Autora.
47
Vale ressaltar que, os experimentos têm diversas vantagens em sua
utilização, desde que seja explorado conceitos na linguagem condizente com o
conteúdo ministrado nas aulas anteriores, diminuindo as dificuldades de
compreensão do estudo, segundo Moraes e Silva Junior (2014) diz que, os
processos experimentais podem ser facilitadores de um conhecimento mais
aprofundado quando relacionado aos conhecimentos prévios dos alunos,
aproximando assim a realidade deste com o conhecimento científico.
Fonte: a Autora.
48
Figura 11 – Experimento nuvem na garrafa, estado de Condensação da matéria.
A B
C
Fonte: a Autora.
49
sentem-se bem mais motivados e veem a física com outros olhos, pois quebra a
rotina de que somente o professor pode ser o agente ativo e o aluno, passivo.
A inversão de papéis só é possível, quando expõem-se as suas
habilidades em manusear os objetos mesmo que sejam simples. As
experimentações tornam- se como uma resolução de um problema, em que
devem pensar qual melhor maneira de solucionar, além de ser criativo, para que
os outros possam observar os fenômenos físicos que acontecem ao seu redor.
Corresponde ao que Talizina trata no tema: qualidade das ações e
conhecimentos formado sob condições de ensino experimental que os
estudantes trabalham corretamente com os conceitos na sua aplicação e
argumentação das ações (1988).
Atividades experimentais realizadas pelos alunos mostram que o
envolvimento na disciplina tem-se uma afetividade muito maior na construção de
novos conceitos adquiridos ali, com isso as atividades posteriores como
exercícios e provas de lápis e papel teve um rendimento muito maior,
contribuindo para uma aprendizagem significativa.
Contudo os primeiros passos, antes da aplicação do jogo passeando na
termodinâmica do sistema solar, dependeram das observações feitas em sala
de aula diante da vontade de aprender, além da eficiência na realização dos
experimentos, em sala de aula, que foram propostos no começo do semestre.
50
Figura 12 – Primeiros desenhos do tabuleiro desenhado a mão.
Fonte: a Autora.
Fonte: a Autora.
51
Figura 14 – Verso da “carta pergunta” de fundo preto, “cartas da sorte de fundo
azul e “carta problema” de fundo laranja.
Fonte: a Autora.
Na fase final o jogo foi confeccionado (Figura 15, pagina 53), sendo um
tabuleiro no tamanho 0,60 x 0,80 m, com trilha, dados, pinos, com 75 “cartas
perguntas”, 18 “cartas da sorte” e 18 “cartas problema” confeccionadas em papel
180 gramas, os pinos que serão movimentados pelos alunos.
52
Figura 15 – Jogo “Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar”.
Fonte: a Autora
53
As cartas perguntas, figura 15, serão as perguntas em maior quantidade
no jogo, ao iniciarem o jogo, os alunos irão no primeiro momento responder
perguntas básicas de acordo com a etapa materializada, até passar da casa 13.
No intervalo das casas 14 a 40, as cartas-perguntas são das etapas de
verbalização, aumentando o grau de dificuldade para poder avançar no jogo.
Das casas 41 a 60, as perguntas são consideradas de generalização,
vejamos o exemplo de uma na figura 15.
PERGUNTA: Um sistema, A,
está em equilíbrio térmico com
outro, B, e este não está em
equilíbrio térmico com um terceiro,
C. Então, podemos dizer que:
a) os sistemas A e B possuem a
mesma quantidade de calor.
b) a temperatura de A é diferente
da de B.
c) os sistemas A e B possuem a
mesma temperatura.
d) a temperatura de B é diferente
da de C, mas C pode ter
temperatura igual à do sistema A.
1
Fonte: a Autora.
54
Figura 17 – Carta da Sorte: modelo de afirmação de sorte ou azar, quando sair na
casa espaço.
CARTA DA SORTE
Fonte: a Autora.
Fonte: a Autora.
O aluno que parar nesta casa terá que retirar uma carta e verificar sua sorte.
Estas cartas contêm surpresas como: “você está com sorte, jogar novamente”,
“você está com azar fique no espaço sem jogar uma rodada”, “você é azarento
acabou de perder tudo”, “sortudo você, trocar de lugar com outro jogador que está
em 1º lugar.
55
No tabuleiro também conterá uma “casa problema” (figura 18) identificada
na casa de cor amarela.
Fonte: a Autora.
Carta Problema
R: gases-estufa acumulados na
atmosfera que bloqueiam a saída do calor
irradiado pelo solo, elevando a
temperatura da Terra.
Fonte: a Autora.
56
Nesta casa, o jogador terá que demostrar suas habilidades em resolver
problema na área de termodinâmica, de acordo com o tipo de pergunta da figura
acima.
O participante será obrigado a responder este problema, uma vez que fará
parte do seu processo de ensino e aprendizagem, devido aos exemplos
trabalhados e executados antes jogo.
57
Para poderem participarem do jogo e desta pesquisa, os alunos trouxeram
assinado pelos pais ou responsável um Termo de Esclarecimento Livre (TCLE-
Anexo C), e também responderem questionários de avaliação do produto e pós-
teste para verificarmos a sua aprendizagem.
As perguntas foram construídas com base nos livros didáticos doados pelo
Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) dos seguintes autores:
- Bonjorno, J. R. Et. Al – Física: Termologia, Óptica, Ondulatória – 2º Ed. São Paulo:
FTD, 2013;
- Bôas, N. V. Física, 2 / Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter José
Biscuola- 1º Ed. -São Paulo: Saraiva, 2010.
Os livros citados acima, são o que mais condizem com os conteúdos a
serem trabalhados em sala de aula, além de um conjunto de diversos experimentos
e aplicabilidade no dia-a-dia dos seres humanos.
Os alunos fazem exercícios de fixação para aprimorarem os conceitos
adquiridos em aulas anteriores. O interessante de fazer essa com a astronomia,
pois observa-se o contentamento e curiosidade dos mesmos quando se fala das
temperaturas de cada planeta, a sua pressão atmosférica, se contem agua ou não,
qual o tipo de chuva que acontecem nesses planetas, se há possibilidade de vida
fora do planeta Terra e quais seriam as condições adequadas para que se tenha.
Outros autores que utilizamos para esta finalidade foram os seguintes:
- Ivanissevich, A.; Wuensche, C. A.; Rocha, J. F. V. de, (orgs.) – Astronomia Hoje-
Rio de Janeiro: Instituto Ciências Hoje, 2010;
- Chown, M.; Sistema Solar: uma exploração visual dos planetas, das luas e de
outros corpos celestes que orbitam nosso Sol. São Paulo – Blucher, 2014.
Quando se faz esse tipo de contextualização trazendo a astronomia para
dentro do ensino de Física no Ensino Médio, a motivação vista a partir do seu
comportamento e nas perguntas que fazem, faz valer-se do empenho da realização
deste jogo para que se obtenha uma aprendizagem mais efetiva.
Contudo, a receptividade do jogo e leitura das regras foi bem positiva,
observando com atenção todos os passos e pontos marcantes antes de iniciar a
jogo, figura 20, página 59.
58
Figura 21 – Alunos do segundo ano A do ensino médio da Escola Agrotécnica no
ato do jogo com os mediadores.
A B
C D
Fonte: a Autora.
59
Tabela 5 – Frases dos alunos do segundo ano da Turma A durante a aplicação do
jogo passeando na Termodinâmica do Sistema Solar.
Fonte: a Autora.
Fonte: a Autora.
Nesta turma (Figura 21) primeiramente não estavam tão animados como a
turma anterior, entretanto, percebi que respondiam com mais ênfase as perguntas
feitas a eles ali.
É evidente que os alunos quando respondiam as perguntas corretamente,
sentiam-se mais seguros ao responder corretamente as cartas e quando
avançavam no número de casas do tabuleiro, de acordo com o valor do dado jogado
anteriormente. Alguns, de acordo com os tipos de perguntas, falavam que já tinham
60
lido e assistido sobre o determinado assunto, em programas educativos e em
canais fechados da TV a cabo.
A turma do segundo ano B entrou no auditório às 16 horas da tarde, após
o intervalo do lanche, também foram divididos na mesma forma que a turma A, do
menor para o maior grau de dificuldade.
Vale ressaltar que, para participarem desta pesquisa e do jogo, os alunos
entregaram o Termo de Consentimento de Livre Esclarecido assinado pelos pais
ou responsáveis.
61
Numa análise mais significativa 44,11% dos alunos, responderam de forma
satisfatória a pergunta de número 2 do questionário pós-jogo (Anexo A),
considerando que os estudantes identificaram o que estava sendo conceituado.
Ao definir um fenômeno físico, partimos do princípio que esteja presente no
seu cotidiano, um exemplo. Logo, vários autores interpretam à sua maneira essa
definição, vejamos algumas delas:
- Calor é a energia transferida de um sistema para o ambiente ou vice-versa devido
a uma diferença de temperatura (Halliday, 1916);
- Calor é energia térmica em transito de um corpo para outro ou de uma parte para
outra de um mesmo corpo, trânsito esse provocado por uma diferença de
temperaturas (Villas Boas, 2010).
Pré-definidos acima, os alunos associam, de forma correta o significado de
Calor, diferenciando de sensação térmica.
Entretanto, 17,65% preferiram não responder a pergunta, sendo assim
considerados insuficientes, ou seja, não se sentiram à vontade e seguros para
responderem tal pergunta, minando seu próprio aprendizado; já 38,24% são
considerados regulares, pois não identificaram o que estava sendo dito ali, mas,
em sua maioria, confundiram os significados das palavras: Energia Térmica, Calor
Latente, Calor Sensível e Termodinâmica, apesar de não estarem totalmente
errados, pois todas essas palavras-chaves estão atreladas ao estudo da
Termodinâmica.
O papel do professor em sala de aula é mediar o conhecimento científico
através de ferramentas que possam melhorar o aprendizado daquele aluno.
Quando é imposta alguma situação-problema para os alunos, o docente busca
neste método, a “queima de neurônios”, isto é, racionalidade em suas respostas a
partir dos conceitos estudados em sala de aula, ou seja, que o estudante pense e
busque a melhor maneira de responder tal questionamento.
Na continuidade dos conceitos interposto a eles, os estudantes poderiam
ter utilizado a primeira questão pelo processo que ocorre (Anexo A), viriam que
responderiam com eficácia as três primeiras perguntas, no entanto, não se
atentaram ao que estava acontecendo, um caso de uma situação-problema ineficaz
pelos dados expostos ali.
62
Logo, a terceira pergunta foi por unanimidade a ineficiência das respostas,
isso demostra que para determinados temas ainda tenham dificuldades, em si não
cumpriu com nenhuma das etapas anteriores.
Na seguinte situação (4º questão do Anexo A), pedimos aos estudantes
identificarem tal fenômeno e 58,82% responderam Dilatação térmica.
Um dos conteúdos mais difíceis para o aluno entender, por demandar de
muitas propriedades e detalhes. O estudante internaliza os conceitos definidos
como temperatura, calor e sua propagação, calor latente e sensível, mudanças de
estado até chegar à dilatação térmica. Visto a inúmeras nomenclaturas e tipos de
materiais entre outras coisas.
Na dilatação térmica precisa-se estar bem claro para eles a diferença entre
expansão e compressão, uma vez que as duas são tratadas dentro do assunto, em
si para altas e baixas temperaturas de acordo com a escala utilizada.
No entanto, 35,30% confundiram tal fenômeno com outros nomes, logo
foram insuficientes em suas respostas. E 5,89% preferiram não responder. É
importante deixar claro, que após o jogo e passados alguns dias, esses conceitos
chegam a “esfriar” em suas mentes, com isso, precisam colocá-los em prática todo
o tempo até que se internalizem os fenômenos tratados em sala de aula.
Quando tratamos de aprendizagem, busquemos uma série de técnicas e
metodologias para comprovarmos qual seria a melhor e que traria eficácia dentro
da sala de aula. Experimentos seriam uma estratégia de investigação científica,
pois saem do passivo para o ativo, ou seja, agora são os mediadores do
conhecimento cientifico, com isso, confirma-se o que da Costa e Moreira (2000), ao
dizer que:
63
No mesmo molde da pergunta anterior, agora ela é fechada, o estudante
terá que analisar a questão e marcar a opção correta (5º questão do Anexo A),
responderam a Letra B correspondendo a 58,82%, isso é bom comparado nos
assuntos anteriores e considerado na visão do aluno um conteúdo muito difícil, pois
a mudança em suas dimensões sejam linear, superficial e volumétrica não são tão
visíveis a olho nu, para isso há a necessidade de outros métodos de instigar e
despertar nos alunos essas observações com exemplos em seu cotidiano: como
bolos em fornos a 180 graus Celsius, construções de calçadas e em geral, fervuras
de leite ou café. Situações simples, que facilitam essas observações diárias e
enlaçam com o fenômeno físico ali.
Já 41,18% dos estudantes questionados marcaram as letras a, c e d, não
souberam diferenciar o que seria cada propriedade física ali abordada, talvez ainda
restam dúvidas quanto ao conteúdo ministrado e, sala de aula.
Entretanto, existem determinados fatores para que não respondessem de
forma correta: falta de interesse na disciplina, não tem motivação pelo tema
abordado, problemas pessoais, até disciplinares na escola ou já esqueceu o que
havia estudado (decorou apenas para determinada situação e depois, não faz mais
questão de reutilizar).
Na próxima análise, não houve êxito quanto a resposta dada pelos alunos,
em que apenas 23, 53% marcaram a resposta correta que é a Letra E (6º questão
do Anexo A), e 76,47% ficaram na dúvida entre as 4 opções. Com isso, de acordo
com os parâmetros adotados para esta análise, foram insuficientes, ou seja, não
cumpriram com as etapas trabalhadas anteriormente.
Essa é uma situação um tanto complicada, pois o questionário não foi posto
como uma avaliação que estaria valendo nota, mas sim, parte de uma pesquisa, e
contribuiu com a baixa porcentagem de aprendizagem. Na perspectiva em que foi
trabalhado o jogo, desde o início do ano no intuito de obter uma aprendizagem mais
qualitativa, antes com o uso de experimentos e seminários, exercícios resolvidos
em sala de aula, provas de papel e lápis, e posteriormente, a aplicação do jogo
Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar. Haja vista, em sua empolgação
no último quesito e participação de quase 100% dos alunos.
Nisso Souza e Soares (2012) afirmam que:
64
Sucesso e fracasso escolar estão diretamente relacionados com a
vontade de aprender. A educação escolar deve objetivar manter seus
alunos em situação de constantes aprendizagens, mas muitas vezes a
correria do dia-a-dia acaba por abafar esse processo e torna o prazer pelo
aprender cada vez mais complicado, deixando espaço para o fracasso na
aprendizagem.
Vimos que dos três alunos, somente um aluno falou da Segunda Lei da
Termodinâmica, entretanto não a conceituou de maneira precisa, talvez pela
dificuldade em tê-la compreendida de forma satisfatória.
No entanto, vimos que a Lei Zero já está internalizada em sua memória e
que conseguem descrevê-la sem dificuldade. Isso mostra a capacidade dos alunos
raciocinarem e formularem com suas próprias palavras uma lei que rege a natureza.
Quanto a 1º e 2º Leis, não foram tanto fiéis ao que escreveram, talvez pelo
pouco tempo que houve para trabalhar de forma sistemática os conteúdos
relacionados acima.
Pode ser que a pergunta seja um tanto incisiva, pois os estudantes se
sintam mais à vontade em responder perguntas quando há algum exemplo no meio,
como na questão 8 do questionário (Anexo A), que nos mostraram que souberam
dizer quais variáveis; 44,12% são considerados satisfatórios, ou seja, disseram com
clareza quais eram essas grandezas (Pressão, Temperatura e Volume).
65
Entretanto, 41,17% optaram por não responder e entraram no parâmetro
de insuficiente, pois não atenderam ou não cumpriram nenhuma das etapas
anteriores, 14,71% já ficaram na dúvida em qual a grandeza física, vejamos alguns
exemplos:
Não poderíamos dizer que eles estejam errados totalmente, apenas estão
confusos com tantos significados que estas palavras têm. Algumas delas estavam
presentes no jogo Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar e ao cair esse
tipo de pergunta, muitos deles são categóricos ao responder, demonstrando para
nós professores, que devemos sempre buscar novas técnicas e metodologias de
ensino e aprendizagem, para que desperte nele a motivação em estudar física.
Para darmos continuidade em nossas avaliações, verificamos como os
alunos avaliam o jogo e passam a ver a física como uma disciplina divertida e
prazerosa de se aprender.
66
Na figura 22, fizemos uma ligação entre a questão 1 e 10, sobre a
dificuldade em interpretar o jogo e o grau de dificuldade das perguntas, como
podemos observar, 44, 12% (15/34) e 61,76% (21/34) responderam que estava
razoável. Construir e pensar num jogo que mexa com o raciocínio dos alunos não
é fácil, precisa-se repensar numa didática simples, é como se estivessem jogando
a primeira vez um jogo de xadrez, na qual teriam que articular estratégias e táticas
na rapidez de suas respostas para que possam vencer seu oponente.
No entanto, boa parcela dos estudantes acharam o jogo de fácil
interpretação, 41,18% (14/34), mas apenas 2,94% (1/34) estudantes marcaram a
opção fácil, que trata do grau de dificuldade das perguntas, enquanto que os
demais tiveram dificuldades em interpretar a dinâmica do jogo além de poder
respondê-las com rapidez, aplicando os conceitos estudados em sala de aula,
então 11,76% (4/34) e 35,30% (12/34) sentiram o impacto das perguntas e as
consideraram de cunho difícil.
70 61,76
60
Porcentagem
50 44,12 41,18
35,30
40
30
20 11,76
2,94 2,94
10 0 0 0
0
Questão 1 Questão 10
Fonte: a Autora.
67
Ao serem questionados quanto aos assuntos contidos no jogo, se ajudaram
na compreensão das aulas teóricas (Questão 3 do Anexo B), 55,88% (19/34)
responderam que sim, ou seja, o conteúdo ministrado em sala de aula foi aplicado
de modo correto, conforme figura 23.
100
85,3 85,3
79,41
80
Porcentagem
55,88
60
44,12
35,3 38,23
40
14,71
8,82
5,88
0 0
Questão Questão Questão Questão Questão
3 4 5 6 7
Fonte: a Autora.
68
Quando me aproximei de um dos grupos para observar como
os alunos estavam respondendo às perguntas e seu
comportamento diante de tal situação, eis que o aluno olhou
para mim e disse: - “Professora, assim a senhora me deixa
nervoso! E começava a rir.” (Relato pessoal da mestranda e
professora Caroline Coelho).
69
- A4: Motivação;
- A5: Foi legal;
- A6: Acertar 5 seguidas, ter direito a uma sorte.
As vezes eles iniciam o jogo um pouco desanimados, mas assim que as
jogadas começam a ter um ritmo mais rápido e os oponentes vão errando ou sendo
punidos durante as jogadas, os estudantes veem o jogo com outros olhos e parte
para a brincadeira em conjunto com os seus outros colegas.
Ganhando ou perdendo, o jogo traz uma nova vivencia com os colegas e
um dinamismo em aprender mais, nisso solicitamos aos alunos que avaliassem o
jogo “Passeando na Termodinâmica do Sistema Solar” (Questão 9 do Anexo B).
Como podemos ver na figura 24, obteve 23,53% (8/34) como excelente, 44,12%
(15/34) considerou ótimo e 29, 41% (10/34) marcaram Bom, isso supera nossa
expectativa quanto a aceitação do jogo, e isso é muito bom, pois pode ser
considerada como uma ferramenta que auxiliou o professor na mediação do
conhecimento aplicado em sala de aula sobre o conteúdo de termodinâmica.
Questão 9
50 44,12
40
Porcentagem
29,41
30 23,53
20
10 2,94
0
0
Excelente Ótimo Bom Regular Em Branco
Fonte: a Autora.
70
Figura 26 – Gráfico de percentual da Nota
Porcentagem
60 41,18
40 29,41
17,65
20 8,82
2,94
0
Fonte: a Autora.
71
5 CONCLUSÃO
72
O jogo passeando na Termodinâmica do Sistema Solar teve o intuito de ser
um atrativo nas aulas de física, ainda mais num conteúdo que os estudantes
apresentam tantas dificuldades, por hora, há de saber utilizar da forma adequada
esta ferramenta de ensino.
A disciplina de Física tem uma grande evasão devido à formação deficiente
do professor, descontinuidade em sua formação, além da falta de estrutura
adequadas nas escolas da rede pública do nosso que é Roraima.
Temos a carga- horária do ensino médio anual de 80 horas com duas
horas- aula por semana tem uma base nacional comum que está em fase de
tramitação no Congresso Nacional que aumentaria para 120 horas anuais na
disciplina de Física além de outras também, só que agora teremos o inverso, a
diminuição da área básica de 2400 horas anual para 1200 horas, isso irá provocaria
ainda mais o enraizamento das dificuldades dos alunos na aprendizagem da
disciplina, além do déficit de professores formados na área.
Mesmo que eles tenham apresentado algumas dificuldades que é
considerado perfeitamente normal, devido o déficit na base do Ensino Fundamental
em todas as matérias, principalmente Geografia, buscaram desempenhar ao
máximo seu papel de estudante num ato de competição entre eles.
O jogo diante dos resultados, tornou- se um aliado no desenvolvimento da
aprendizagem desses estudantes, pois a alegria de modificar a dinâmica da
disciplina sempre os remete ao ato de que precisam estudar mais, um exemplo
disso foi quando os estudantes realizaram os experimentos de acordo com os
conceitos científicos abordados em sala de aula.
Para isso, vemos a participação destes estudantes numa pesquisa em que
eles tiveram que fazer inúmeras atividades para que chegássemos até aqui, diante
disto, soluções são pensadas de modo a minimizar o impacto das dificuldades de
aprendizagem, além da efetivação do aprender brincando, descobrindo suas
habilidades por meio de ações que requem atenção e reformulação de conceitos
que se aprenderam ao longo do semestre.
Este jogo para que se efetive de maneira excepcional, pode ser aplicado
para as diversas séries do ensino, desde que o professor se atente na formulação
das perguntas e que busque aprimorar seus conhecimentos nas áreas de
astronomia básica.
73
Suas perguntas foram retiradas dos livros de ensino médio e superior
(dependendo da forma do conceito científico), além de curiosidades do nosso
Sistema Solar para que o aluno se sinta à vontade quanto ao jogo.
A ligação das duas áreas Física e Astronomia foi satisfatória, pois haviam
perguntas e curiosidades que despertaram nos estudantes. Afirmações do tipo: se
a Terra seria o único local a abrigar vida de um modo geral?
Passa- se a pensar, na não intolerância daqueles que não tem internet em
suas casas somente na escola e jamais pararam para fazer este tipo de pesquisa.
Momentos este, que o jogo pode proporcionar um melhor rendimento em sala de
aula, principalmente na disciplina de física, quando contextualizada com as
diversas outras áreas, sejam elas das ciências da natureza ou humanas.
Faz- se saber que a interação entre os alunos, de um modo geral, facilitou
a integração dos conteúdos ministrados em sala de aula para que haja uma melhor
compreensão dos fenômenos que acontecem no nosso dia-a-dia.
74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BÔAS, N. V. Física, 2/Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter José
Biscuola- 1º Ed. -São Paulo: Saraiva, 2010.
CHOWN, M.; Sistema Solar: uma exploração visual dos planetas, das luas e
de outros corpos celestes que orbitam nosso Sol. São Paulo – Blucher, 2014.
75
IVANISSEVICH, A.; WUENSCHE, C. A.; ROCHA, J. F. V. de, (orgs.) – Astronomia
Hoje- Rio de Janeiro: Instituto Ciências Hoje, 2010.
PESSOA, G.; PAREDES, T. Uma proposta para o uso de jogos nas aulas de
matemática: Da fundamentação a confecção de jogos de estratégias. Anais,
VIII Encontro Nacional de Educação Matemática, Recife/PE, Julho de 2004.
76
REZENDE, A.; VALDES, H. Galperin: Implicações Educacionais da teoria de
formação das ações mentais por estágios. Educação e Sociedade, vol. 27, Nº
97, pág. 1205 – 1232, Campinas/SP, Set/Dez de 2006.
77
APÊNDICES
78
APÊNDICE A: Cartas – Perguntas de número 1 a 74 do Jogo: Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar.
P 1.: Qual Grandeza Física Escalar foi responsável por rebaixar o Plutão, a
categoria de Planeta Anão?
a) Temperatura
b) Massa
c) Energia
d) Gravidade
P 5.: Qual o Planeta do Sistema Solar considerado o mais frio, com sua
temperatura variando entre -214 a -205ºC?
Resposta: URANO
79
P 6.: Sabemos que os gigantes gasosos em sua composição atmosférica
são de gases. Em relação ao planeta Urano, cite seus principais gases?
Resposta: Hidrogênio, Hélio, Metano, Deutério e Etano.
80
P 13.: O efeito estufa é o fator responsável pela existência da vida no Planeta
Terra, devido a retenção de energia térmica desses gases e pelo vapor de
água, existentes na atmosfera. Com o excesso de efeito estufa, o que pode
ocasionar?
Resposta: Derretimento das calotas polares, furacões e desequilíbrio da
temperatura média da terra.
81
P 18.: O que aconteceria com a humanidade se as reservas de água potável
fossem contaminadas de forma irreversível por produtos químicos nocivos à
saúde?
Resposta: seria o fim da humanidade. A água é o bem mais precioso existente
na face da Terra. Sem água potável (em condições de ser ingerida pelos
humanos) todos morreriam.
P 19.: Um sistema, A, está em equilíbrio térmico com outro, B, e este não está
em equilíbrio térmico com um terceiro, C. Então, podemos dizer que:
a) os sistemas A e B possuem a mesma quantidade de calor.
b) a temperatura de A é diferente da de B.
c) os sistemas A e B possuem a mesma temperatura.
d) a temperatura de B é diferente da de C, mas C pode ter temperatura igual
à do sistema A.
82
P 22.: O funcionamento de uma panela de pressão está baseado no fato:
a) de a temperatura de ebulição da água independer da pressão.
b) de a temperatura de ebulição da água aumentar quando a pressão aumenta.
c) de a temperatura de ebulição da água diminuir quando a pressão aumenta.
d) de a temperatura de ebulição da água manter-se constante com a variação
da pressão atmosférica.
P 23.: Quando, numa noite de baixa temperatura, vamos para a cama, nós a
encontramos fria, mesmo que sobre ela estejam vários cobertores de lã.
Passado algum tempo, aquecemo-nos porquê?
a) o cobertor de lã impede a entrada do frio.
b) o cobertor de lã não é aquecedor, mas sim um bom isolante térmico.
c) o cobertor de lã só produz calor quando em contato com o nosso corpo.
d) o cobertor de lã não é um bom absorvedor de frio.
83
P 27.: O estado físico é uma condição de macroscópica e depende da
temperatura e do estado de agregação dessas partículas, ou seja, determina
características como a densidade e apresentação da substância. Esta
afirmativa é verdadeira ou falsa?
Resposta: Verdadeira
P 29.: A lua é o nosso único satélite considerado natural. É graças a ele que
temos as marés nos oceanos e até estabiliza o clima na Terra, mantendo
condições favoráveis de vida no nosso planeta. Esta afirmativa é Verdadeira
ou Falsa?
Resposta: Verdadeira.
P 30.: sabemos que o Planeta Terra também gera marés na Lua, entretanto
81 vezes mais poderosa, com massa 81 vezes superior ao da Lua. Com isso,
ela causa tremores e até erupções nela. Com o tempo, reduziu- se a rotação
da Lua, de modo que essencialmente mantém uma mesma face voltada para
a Terra.
Resposta: Verdadeira
84
P 32.: Sua atmosfera é tão densa que é conhecida pela seguinte frase: Vênus
é um inferno. Logo sua temperatura é causada pelo efeito estufa
descontrolado. Qual a sua principal composição:
a) Dióxido de carbono, Nitrogênio, Dióxido de enxofre, Argônio e Água.
b) Dióxido de carbono, Nitrogênio, Argônio, Alumínio e Água.
c), Nitrogênio, Hidrogênio, Argônio, Água e Dióxido de carbono.
d) Metano, Hidrogênio, Argônio, Água e Dióxido de carbono.
P 33.: Conhecido como o Planeta Vermelho, com sua atmosfera formada por
partículas subatômicas mortais, vindas do Sol, e onde mal se atinge o 0ºC num
dia de Verão. Embora seja um ambiente hostil, ele não está morto, sendo
considerado o próximo lar dos habitantes terrestres. Estamos falando de qual
Planeta do Sistema Solar?
Resposta: Marte.
85
P 36.: Transmissão de calor é a denominação dada à passagem da energia
térmica de um corpo para outro ou de uma parte para outra de um mesmo
corpo. Essa transmissão pode processar-se de três maneiras diferentes, quais
são elas?
Resposta: Condução, Convecção e Radiação.
P 38.: A lua é o único outro corpo no Sistema Solar que já foi visitado por
humano. Verdadeiro ou Falso?
Resposta: Verdadeiro. Foi em 1969, pela chamada corrida espacial entre
Estados Unidos e Rússia
86
P 40.: É um corpo celeste ou uma região do espaço onde a concentração de
massa é tão grande, o campo gravitacional é tão intenso, que nada, nem
mesmo a luz, consegue escapar de seu campo gravitacional. Ele é?
a) Buraco Negro
b) Nuvem de Oort.
c) Júpiter.
d) Sistema Solar.
P 46.: Qual planeta do sistema solar possui a superfície muito parecida com a
da Lua, cheia de crateras?
Resposta: Mercúrio
87
P 49.: Qual são os dois principais componentes do Sol?
a) Hidrogênio e Hélio
b) Hidrogênio e Oxigênio
c) Ferro e Níquel
d) Oxigênio e Hélio
P 51.: Quanto tempo leva para o calor e a luz do sol chegarem à Terra?
a) 10 minutos
b) 5 minutos
c) 8 minutos
d) 22 minutos
88
P 54.: Júpiter também ficou conhecido com o Planeta Canibal, por ter comido
20 ou mais de suas luas, e as que restaram são chamadas de sobreviventes.
Essa afirmativa é Verdadeira ou Falsa?
Resposta: Verdadeira
P 56.: Lindo pela sua coloração total na cor Azul, Netuno é o oitavo planeta do
Sistema Solar. Devido sua composição atmosférica, ocorre a chuva de
diamantes. Devido a qual reação isso acontece?
a) Etano + Metano
b) Hélio + hidrogênio
c) Carbono+ hidrogênio
d) Argônio + metano
89
P 59.: O sistema Solar exterior é formado por sobras geladas de material de
construção da época do nascimento dos planetas, só que nesse caso, estão
espalhados de modo tão esparso que jamais poderiam formar um planeta. De
qual cinturão estamos falando?
Resposta: Cinturão de Kuiper.
P 61.: A explosão que pode ter dado origem ao universo é chamada de?
Resposta: Big Bang
90
P 64.: É o processo de propagação de calor no qual a energia térmica muda
de local, acompanhando o deslocamento do próprio material aquecido. Que
processo é esse?
a) Condução
b) convecção
c) vaporização
d) radiação
91
P 69.: As grandes geleiras que temos no Planeta Terra, são formadas no alto
das montanhas, deslizam porquê?
a) o gelo é muito liso, ocorrendo pequeno atrito entre o bloco de gelo e o chão.
b) a componente tangencial do peso é a única forca atuante sobre as geleiras.
c) o vento as desgruda do chão.
d) o aumento da pressão na parte inferior das geleiras, em razão de seu peso,
funde o gelo, soltando-as do chão.
P 71.: As grandes geleiras que temos no Planeta Terra, são formadas no alto
das montanhas, deslizam porquê?
Resposta:
a) o gelo é muito liso, ocorrendo pequeno atrito entre o bloco de gelo e o chão.
b) a componente tangencial do peso é a única forca atuante sobre as geleiras.
c) o vento as desgruda do chão.
d) o aumento da pressão na parte inferior das geleiras, em razão de seu peso,
funde o gelo, soltando-as do chão.
P 72.: A fronteira final do nosso Sistema Solar tem o nome do seu descobridor,
além de ser o abrigo dos cometas. Estamos falando da?
Resposta: Nuvem de Oort.
P 74.: As grandes geleiras que temos no Planeta Terra, são formadas no alto
das montanhas, deslizam porquê?
Resposta: É a energia em transferida de um sistema para o ambiente ou vic-
versa devido a uma diferença de temperatura.
92
APÊNDICE B: Carta – Problema de número 1 a 18 do Jogo: Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar.
93
P 6.: Se uma amostra de gás perfeito se encontra no interior de um
recipiente de volume constante e tem energia cinética média de suas
moléculas aumentada, logo?
Resposta: A pressão e a temperatura aumentarão.
Se errar, volte para o início do jogo!
P 7.: A teoria cinética dos gases propõe um modelo para os gases perfeitos,
no qual?
Resposta: a temperatura do gás está diretamente relacionada com a
energia cinética das moléculas.
Se errar, fique uma rodada sem jogar!
94
P 12.: Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela de pressão logo
que se inicia a saída de vapor pela válvula, de forma simplesmente a manter
a fervura, o tempo de cozimento
Resposta: não será alterado, pois a temperatura não varia.
Se errar, volte três casas!
P 14.: Algumas pessoas usam toalhas plásticas para forrar as prateleiras das
suas geladeiras. Este procedimento:
Resposta: As toalhas plásticas dificultam a formação de correntes de
convecção no interior da geladeira.
Se errar, fique uma rodada sem jogar!
95
P 17.: você tivesse de entrar num forno quente, preferiria ir?
Resposta: envolto em roupa de lã recoberta com alumínio.
Se errar, volte duas casas!
96
APÊNDICE B: frente da Carta da Sorte do Jogo: Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar.
97
CARTA DA CARTA DA CARTA DA
98
ANEXOS
99
ANEXO A: Questionário Pós- teste após a aplicação do jogo: Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar
1) Conforme a imagem abaixo, descreva com suas palavras cada processo que
ocorre, além de interligá-lo com a 1º Lei da Termodinâmica.
R.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
R. ________________________________________________________
100
4) Ao aquecer determinado corpo, provoca- se um aumento nas suas dimensões, esse
fenômeno chamamos de:
R. ________________________________________________________
5) Quais as três características que o corpo depende para que ocorra a dilatação?
a. O calor trocado que altera o estado físico de uma substância, com temperatura
constante.
b. É a quantidade de calor que o objeto deve trocar para variar sua temperatura em
1ºC.
c. O calor trocado que faz com que a substância sofra variação de temperatura.
d. É a propagação de calor na qual a energia (térmica) se transmite de partícula para
partícula.
101
ANEXO B: Questionário de avaliação do jogo: Passeando na
Termodinâmica do Sistema Solar
( )Sim ( )Não
8. Você acrescentaria algo que tenha sentido falta no jogo? ( )Sim ( )Não
_______________________________________________________________
102
( ) Muito difícil ( )Difícil ( ) Razoável ( )Fácil ( ) Muito fácil
12. Você modificou algum conceito adquirido nas aulas teóricas ao manusear e
jogar?
( )Sim ( )Não
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
103
ANEXO C: Temo de Consentimento de Livre Esclarecido
104
esclarecimento de dúvidas acerca dos procedimentos, riscos e benefícios
relacionados à pesquisa, além de que se cumpra a legislação em caso de dano.
Caso haja algum efeito inesperado que possa prejudicar o estado de saúde físico
e/ou mental do meu/minha filho/filha, poderei entrar em contato com o
pesquisador responsável e/ou com demais pesquisadores. É possível retirar o
meu consentimento a qualquer hora e deixar de participar do estudo sem que
isso traga qualquer prejuízo à minha pessoa. Desta forma, concordo
voluntariamente e dou meu consentimento, sem ter sido submetido a qualquer
tipo de pressão ou coação.
___________________________ _______________________
Caroline Gomes Coelho Nascimento Oscar Tintorer Delgado
105
ANEXO D: Regras de Aplicação do Jogo Passeando na Termodinâmica do
Sistema Solar
O jogo didático será aplicado em duas turmas A e B. Para dar início ao jogo, será
dividido em grupos contendo cinco jogadores, além de um mediador para ler as
perguntas. O mediador pode ser o professor da sala de aula. De cada turma
formará uma equipe única que representará respectivamente, turma A e a turma
B;
Cada jogador ou grupo escolherá um pino;
Todos os participantes deverão escolher um número da roleta, em seguida,
girando-se a roleta, determinará a ordem do jogo de ordem crescente;
Caso dois participantes obtiver a mesma numeração, o jogador dá vez repetirá
a jogada para determinar a ordem e iniciar a sequência dos jogadores;
Para iniciar o jogo, os grupos de cartas devem ser embaralhados
separadamente;
O jogador deverá jogar o dado para saber a quantidade de casa que irá andar
no tabuleiro;
O mediador deverá retirar uma carta, o qual lerá a pergunta para o jogador;
O jogador deve responder à pergunta. Se acertar, andará o número de casas de
acordo com o lance dos dados; se o jogador não souber a resposta, “passará a
vez” ao próximo jogador e a carta voltará ao jogo;
Na trilha existem “casas da sorte”, com a imagem de um da galáxia, nelas estão
contidas punições ou bônus, como por exemplo, para avançar ou voltar o jogo;
As “cartas problema” o jogador que cair nesta casa de cor amarela no tabuleiro.
Se o jogador acertar a pergunta andará as casas de acordo com a quantidade
lançada no dado. Caso não responda ou erre à questão sofrerá punição que
estará descrita na carta;
Cada jogador, acertando ou não a pergunta, só poderá jogar uma vez a cada
rodada; exceto se retirar uma “carta da sorte” com opção de jogar outra vez.
A “carta da sorte” será lida pelo mediador;
Ganha o jogo quem chegar primeiro ao fim trilha;
Caso acabem as cartas, o jogador que estiver mais à frente na trilha vencerá o
jogo.
106